domingo, 9 de maio de 2021

ROMANCE: FALA SÉRIO, MÃE!(FRAGMENTO) - THALITA REBOUÇAS - COM GABARITO

 Romance: Fala sério, mãe! (Fragmento)

               Thalita Rebouças

       Estava sentada no meu computador lendo uns e-mails quando, por conta de umas fotos de bebês que um amigo me mandou, lembrei de como parece que foi ontem que meus filhos eram pequenas bolotas cheias de dobrinhas. É engraçado perceber que muitas vezes Maria de Lourdes, a menos parecia fisicamente comigo, faz gestos e olhares que eu faria, toma atitudes que eu tomaria... é muito bacana pensar que criei meus filhos para o mundo, mas deixei neles a minha marca.

        A Maria de Lourdes anda numa fase engraçada. Está se achando gente, mais mulher, comprando roupas menos infantis, querendo livros com temas mais adultos. No fundo, claro, continua uma criança. Criança enorme, já, já está mais alta do que eu. Às vezes queria voltar no tempo só par poder carrega-la como um bebê de novo. Por alguns segundos gostaria de ter aquela sensação gostosa de volta. Mas a verdade é que ela ainda é a minha neném.

        -- Ooooi! – disse ela, ao chegar em casa fazendo a bagunça de sempre, deixando a mochila num canto, agenda noutro.

        -- Oi, amor de mãe! Estava pensando em você pequenininha e deu uma saudade... vem cá me dar um beijo?

        Ela veio, encheu-me de beijos e, sentada no meu colo, perguntou:

        -- Lembra que eu fui ao cinema no sábado?

        -- Lembro, claro.

        -- Sabe o que rolou lá?

        -- O filme, ué.

        -- Não, mãe! Além do filme...

        -- Pipoca? Refrigerante? Jujuba?

        -- Que mané jujuba, mãe? Pensa mais um pouco.

        -- Chiclete?

        -- Caraca, não acredito que você não deu uma dentro! Rolou um beijo, mãe. Beijo!

        -- O quê? Suas amigas já estão beijando? Não me diga, Maria de Lourdes. Aposto que foi essa tal de Alice, sempre achei essa menina muito saidinha.

        -- Fui eu, mãe. Eu que beijei.

        Hãããããããã!? Muita calma nessa hora! Tentei agir naturalmente.

        -- Você? Olha só, filha... você beijou... que bom... – reagi, sem um pingo de animação com o assunto, admito.

        -- Só isso? Não quer saber como foi? Com quem foi? Achei que você ia morrer de curiosidade.

        -- Nossa, estou louca, LOUCA para saber esses detalhes, minha filha, você não faz ideia – menti descaradamente. – Só espera um minuto que mamãe vai pegar um copo d’água. Quer também?

        Eu precisava mastigar a novidade.

        -- não, obrigada! – respondeu ela.

        Deixei Maria de Lourdes na sala e corri para a cozinha. Eu pensando que ela ainda era um bebê e já tem marmanjo de olho na minha pequena? Que mundo mais apressadinho! Maria de Lourdes ainda é uma criança, seu, seu... como é o nome do rapaz?

        Será que rolou um cheirinho no cangote? Uma lambidinha na orelha? Ai, não! Jamais posso perguntar isso para ela. Mas quero saber tantas coisas... não! Não quero saber nada! Nada! Não está muito cedo para uma criança começar a beijar? Uma criança, meu Deus!

        Precisava recompor minhas energias e fazer cara de mãe melhor amiga, entendida também como “nossa, que novidade bacana você está me contando, filha!”. Respirei fundo e fui para a sala. O Armando talvez leve isso com mais naturalidade, mas eu sou meio antiquada para esses assuntos de beijo, de sexo, de relacionamento... na minha adolescência nós nunca conversamos sobre isso lá em casa.

        -- Então, filha, agora sou todos ouvidos. Quem é ele?

        -- É o Nando, primo da Alice.

        -- Não acredito que o cara é parente dessa Alice...

        -- Mãe! – bronqueou ela.

        -- Desculpa, desculpa, não está mais aqui quem falou.

        -- Ele mora em Friburgo, veio passar o feriadão aqui no Rio.

        [...]

        -- [...] Maria de Lourdes, você conhece os pais desse rapaz? Ele é de boa família? De boa índole?

        -- Ai, mãe, que coisa mais antiga! Que “rapaz”? Quem é que fala “rapaz” hoje em dia? E por que é que eu tenho de conhecer os pais de um menino só porque dei um beijo nele? Que coisa mais sem nexo.

        -- O quê? Foi você que deu o beijo nele?

        -- Ah, tipo assim... eu tomei a iniciativa, mas ele já estava me azarando desde a lanchonete.

        -- Você tomou a iniciativa? Isso é coisa de menina fácil, Maria de Lourdes!

        -- Mas meninos são lentos, às vezes precisam de um empurrão básico. Além do mais, eu não aguentava mais ser BV, né?

        -- BV? O que é BV, Maria de Lourdes?

        -- Boca virgem, mãe! Que desatualizada!

        -- Mas que bobagem! Sabia que no meu tempo a gente só beijava...

        -- Alou! Não estamos no seu tempo! Vai começar esse papo chato de “no seu tempo” de novo?

        -- Está bom, desculpa.

        -- Não vai perguntar se foi bom?

        Ela estava realmente decidida a ir fundo no tema. E eu sem a menor vontade de saber como foi. Precisava de tempo para digerir as informações anteriores. Mas Maria de Lourdes estava numa ansiedade frenética, queria porque queria contar tudo. Logo. E eu, que sempre quis bancar a mãe moderna, a mãe bem resolvida, a mãe antenada... tive de aguentar, com pinta de superinteressada. [...]

        REBOUÇAS, Thalita. Fala sério, mãe! Rio de Janeiro: Rocco, 2004.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 32-6.

Entendendo o romance:

01 – Qual é o assunto central do texto?

      O primeiro beijo da personagem adolescente em um garoto.

02 – Releia o trecho a seguir:

        A Maria de Lourdes anda numa fase engraçada. Está se achando gente, mais mulher, comprando roupas menos infantis, querendo livros com temas mais adultos. No fundo, claro, continua uma criança. Criança enorme, já, já está mais alta do que eu.” Responda:

a)   Nesse trecho, a mãe reconhece que a filha está passando para a fase da adolescência ao descrever as mudanças que percebe no comportamento da menina. No entanto, ela não inclui na descrição um comportamento típico dessa fase da vida e que tem relação com o assunto central do texto. Que comportamento é esse?

O interesse pelo namoro e por relacionamento afetivos.

b)   Nesse trecho, há uma frase indicativa de que a mãe não admite como verdade o fato de a filha estar passando para uma nova fase da vida. Identifique e copie essa frase.

No fundo, claro, continua uma criança.

c)   Em sua opinião, essa negativa da mãe é comum à maioria dos pais que têm filhos nessa faixa de idade? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

03 – É possível inferir do texto três reações da mãe no momento em que a menina faz a revelação sobre o beijo. Relacione as reações aos trechos transcritos abaixo.

a)   Negação; b) Espanto; c) Dissimulação de sentimento.

I – “-- Nossa, estou louca, LOUCA para saber esses detalhes, minha filha, você não faz ideia – menti descaradamente. – Só espera um minuto que mamãe vai pegar um copo d’água.”

      Dissimulação de sentimento.

II – “-- O quê? Suas amigas já estão beijando? Não me diga, Maria de Lourdes. Aposto que foi essa tal de Alice, sempre achei essa menina muito saidinha.”

      Negação.

III – “Hãããããããã!? Muita calma nessa hora! Tentei agir naturalmente.

        -- Você? Olha só, filha... você beijou... que bom... – reagi, sem um pingo de animação com o assunto, admito.”

      Espanto.

04 – No momento em que faz a revelação sobre o beijo, a personagem Maria de Lourdes age naturalmente ou se mostra constrangida diante do assunto o qual conversava com a mãe? Justifique.

      Ela age naturalmente. O modo como ela conversa com a mãe, os termos que usa no diálogo, as explicações que dá aos questionamentos da mãe, o modo como descreve o beijo, entre outros, demonstram a naturalidade da menina.

05 – Trazendo o fato narrado para uma situação real, os adolescentes normalmente expõem assuntos dessa natureza aos pais com a mesma naturalidade da personagem? Dê sua opinião.

      Resposta pessoal do aluno.

06 – O texto apresenta opiniões diferentes entre mãe e filha sobre quem deve tomar a iniciativa em um relacionamento. Indique as alternativas que trazem exemplos dessas divergências.

a)   “— Você tomou a iniciativa? Isso é coisa de menina fácil, Maria de Lourdes!”

b)   “— [...] Maria de Lourdes, você conhece os pais desse rapaz?

c)   “— Mas meninos são lentos, às vezes precisam de um empurrão básico. Além do mais, eu não aguentava mais ser BV, né?”

d)   “— Alou! Não estamos no seu tempo! Vai começar esse papo chato de “no seu tempo” de novo?”.

07 – Leia o trecho a seguir.

        “Respirei fundo e fui para a sala. O Armando talvez leve isso com mais naturalidade, mas eu sou meio antiquada para esses assuntos de beijo, de sexo, de relacionamento... na minha adolescência nós nunca conversamos sobre isso lá em casa.” Você concorda com a mãe quando ela afirma que talvez o pai (Armando) encare o assunto com mais naturalidade? Os pais são mais maleáveis que as mães no diálogo com os filhos no que diz respeito a assuntos como primeiro beijo, namoro, “ficar”, enfim, relacionamentos amorosos?

      Resposta pessoal do aluno.

08 – No texto, Maria de Lourdes afirma à mãe que já não aguenta ser “BV”. Em que situação de comunicação o uso dessa sigla ou a expressão “boca virgem” é mais comum?

      Na conversa entre adolescentes.

09 – Se você estivesse vivenciando a mesma situação reproduzida no texto, ou seja, um diálogo com seus pais sobre o primeiro beijo, você usaria a sigla BV (ou a expressão correspondente) para comunicar essa ideia?

      Resposta pessoal do aluno.

10 – O trecho a seguir foi extraído do artigo de opinião “O poder das palavras”. Releia-o.

        “Experimentem, sempre que comunicam, escolher palavras com carga afetiva positiva! Por exemplo, se substituírem a palavra “problema” por “situação”, o problema parece tornar-se mais pequeno, não parece?”. Considerando o que se coloca nesse trecho e a forma como discorre o diálogo entre a mãe e a filha adolescente, responda:

a)   As palavras escolhidas pela adolescente para revelar à mãe que tinha beijado um garoto foram adequadas?

Resposta pessoal do aluno.

b)   Haveria uma forma de ela contar o fato à mãe de modo menos impactante? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

11 – As hipóteses que você levantou antes da leitura sobre o título “Fala sério, mãe!” se confirmaram ou não depois da leitura do texto?

      Resposta pessoal do aluno.

ARTIGO: O PODER DAS PALAVRAS - SANDRA DUARTE TAVARES - COM GABARITO

 Artigo: O poder das palavras


Por Sandra Duarte Tavares – 17 de janeiro de 2017       

        [...]

        As palavras têm um poder tremendo. Repito com assertividade: as palavras têm um poder tremendo. Há palavras que edificam, outras que destroem; umas trazem bênção, outras, maldição. E é entre estas duas balizas que a comunicação vai moldando a nossa vida.

        [...]

        Há palavras que deviam ser escondidas num baú fechado a sete chaves. Porque não edificam, porque magoam, porque destroem...

        Há uns tempos fui fazer um exame médico. Após o questionário clínico habitual, a médica prosseguiu “Agora, vou fazer-lhe umas maldades”. Nesse instante, o meu corpo sucumbiu e o desmaio tornou-se iminente. Ora, a palavra maldade magoou-me mais do que o próprio exame. Teria sido muito sensato ter escondido tal palavra num quarto escuro. Não teria magoado tanto.

        Mas voltemos às palavras amigas, as que mimam, as que confortam, as que aquecem o coração.

        Sabiam que podem mudar o dia de alguém com uma calorosa saudação? “Bom dia, como está?” Experimentem, sempre que comunicam, escolher palavras com carga afetiva positiva! Por exemplo, se substituírem a palavra “problema” por “situação”, o problema parece tornar-se mais pequeno, não parece? Ou então acrescentar adjetivos robustos quando agradecem a alguém: “Obrigada pela sua preciosa, valiosa ajuda”.

        Se queremos relações pessoais e profissionais mais saudáveis e felizes, usemos e abusemos das palavras positivas na nossa vida. E não nos cansemos de elogiar. Palavras de louvor e honra trazem felicidade não só a quem as recebe mas também, e sobretudo, a quem as oferece.

TAVARES, Sandra Duarte. O poder das palavras. Visão, ed. 1298, 17 jan. 2017. Disponível em: https://bit.ly/2z3PYqa. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 24-5.

Entendendo o artigo:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Baliza: marco; divisa; fronteira.

·        Iminente: que está a ponto de acontecer; imediato.

·        Sucumbir: abater-se; desanimar-se.

02 – Qual é o tema central desse artigo de opinião?

      Nesse texto, a autora discorre sobre o poder que as palavras exercem na vida das pessoas, podendo contribuir tanto para o bem quanto para o mal.

03 – Em sua opinião, ao dizer à paciente que iria lhe fazer “umas maldades”, a intenção da médica era realmente praticar algum ato de crueldade? Explique.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Provavelmente não. Ao usar a expressão “umas maldades” a médica poderia estar se referindo a alguns procedimentos incômodos no exame, mas necessários para verificar a condição de saúde da paciente. É possível também que alguns alunos interpretem a expressão em seu sentido denotativo.

04 – Releia o trecho abaixo e observe a frase em destaque:

        Sabiam que podem mudar o dia de alguém com uma calorosa saudação? “Bom dia, como está?” Experimentem, sempre que comunicam, escolher palavras com carga afetiva positiva! Por exemplo, se substituírem a palavra “problema” por “situação”, o problema parece tornar-se mais pequeno, não parece? Ou então acrescentar adjetivos robustos quando agradecem a alguém: “Obrigada pela sua preciosa, valiosa ajuda”.

a)   Você concorda com a afirmação que essa frase traz? Justifique.

Resposta pessoal do aluno.

b)   Nesse parágrafo há uma palavra composta por justaposição. Que palavra é essa?

A palavra “bom-dia”.

c)   Identifique os morfemas das palavras abaixo retiradas desse trecho:

Escolher – pequeno – acrescentar – robustos – obrigada.

Escolh-er – pequen-o – acrescent-ar – robust-os – obrigad-a.

d)   Forme outras palavras a partir da palavra preciosa.

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: precioso, preciosismo, preciosidade, preciosíssimo.

e)   Nas palavras indicadas como resposta à questão anterior (d), qual parte permaneceu invariável, ou seja, não se alterou?

A parte precios-.

 

 

MITO: O ENIGMA DA ESFINGE E O ORÁCULO DE DELFOS - VIKTOR D. SALIS - COM GABARITO

 Mito: O ENIGMA DA ESFINGE E O ORÁCULO DE DELFOS

        Viktor D. Salis

 Esfinge de Naxos, Delfos, Grécia, c. 560 a.C.

        A esfinge era um monstro mitológico, com cabeça de mulher, corpo de leão e asas de águia. Essa tradição mitológica originou-se no Egito e passou para a Grécia. Sua principal estátua ficava no templo de Apolo, no cha­mado oráculo de Delfos. "Esfinge" é uma pa­lavra do egípcio arcaico que significa apertar a garganta até sufocar ou mesmo asfixiar. Já "oráculo" é uma palavra em parte grega e em parte latina que significa profeta, adivinho.

        Delfos era um local sagrado onde Apolo, o deus da luz e das profecias, era consultado por meio da sua grande sacerdotisa, chama­da de Pítia ou Pitonisa, nome que quer dizer "aquela que vence a escuridão ... A esfinge era famosa por seus enigmas, mas todos tinham uma mesma finalidade: "Decifra-me ou te de­voro", ou seja, aquele que não os decifrasse era por ela devorado.

        Um desses enigmas, muito conhecido, era mais ou menos assim: "O que é, o que é? De manhã anda de quatro, ao meio-dia, sobre duas pernas, e, pela tarde, com três pernas”.

SALIS. Viktor D. Mitologia viva: aprendendo com os deuses a arte de viver e amar. São Paulo: Nova Alexandria, 2003.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 14-5.

Entendendo o mito:

01 – Você consegue decifrar o enigma apresentado no último parágrafo do texto?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Homem – quando bebê, engatinha; quando adulto, anda sobre duas pernas; ao envelhecer, necessita da terceira perna, a bengala.

02 – Nesse contexto, qual era a importância das palavras que solucionavam os enigmas?

      Essas palavras eram decisivas, tinham muito poder, pois aqueles que as descobriam decifravam os enigmas e salvavam a própria vida.

03 – Ao conjunto de sentidos, exemplos e informações relativos a uma palavra, contidos numa entrada de dicionário, enciclopédia, glossário etc., damos o nome de verbete. Que características de verbete o texto lido apresenta?

      O texto traz um conjunto de informações e o significado de alguns elementos mitológicos (esfinge, oráculo, Delfos e Pítia), no formato de enciclopédia, seguindo um critério de apresentação temática.
 

 

CAMPANHA: CURTA O CARNAVAL COM CONSCIÊNCIA - COM GABARITO

 Campanha: Curta o carnaval com consciência


Campanha “Curta o Carnaval com consciência”. Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado (SBAIT).

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição- 2018. p. 250.

Entendendo a campanha:

01 – Qual é o objetivo da campanha?

      Alertar para o risco de acidentes de trânsito provocados pelo uso de bebidas alcoólicas no carnaval.

02 – Observe: “#souconscientenotrânsito”. Você conhece esse tipo de expressão? Sabe como se chama e para que é usada?

      A expressão recebe o nome de hashtag. É uma expressão bastante comum entre os usuários das redes sociais, na internet, e constitui-se de uma palavra-chave antecedida pelo símbolo #. As hashtags são utilizadas para classificar conteúdos e criar uma interação entre os usuários das redes sociais. Ao clicarem no hiperlink, os usuários podem acessar e comentar o conteúdo ao qual a hashtag esteja associada.

03 – Veja agora a expressão que compõe a hashtag “#souconscientenotrânsito” escrita em forma de período: “Sou consciente no trânsito”. É possível transformar esse período em dois períodos simples? Por que isso acontece?

      Não, porque o período simples é formado por apenas uma oração que se estrutura em torno de um verbo e o período acima possui somente um verbo, portanto, trata-se de uma única oração.

04 – Releia o período do corpo da campanha.

        “Brinque com alegria, não brinque com a vida”. Reescreva esse período composto por coordenação em dois períodos simples.

      Brinque com alegria. Não brinque com a vida.

05 – Compare os dois períodos que compõem a campanha: Que efeito é produzido pelo uso de orações coordenadas no corpo da campanha?

      As duas orações têm a mesma estrutura e, embora sejam orações independentes em sua estrutura, elas se ligam pelo sentido com a mesma importância, ou seja, brincar com alegria é tão importante quanto não brincar com a vida.





REPORTAGEM: DANÇAS, ARTES, COMIDAS E COSTUMES DÃO IDENTIDADE A MATO GROSSO(FRAGMENTO) - COM GABARITO

 Reportagem: Danças, artes, comidas e costumes dão identidade a Mato Grosso – Fragmento.

Sexta-feira, 6 de julho de 2018

Congo: dança de origem africana executada em festas típicas, como a de São Benedito.

ARTESANATO

        O artesanato mato-grossense reflete o modo de vida do artesão. Em cada obra, vemos representado o dia-a-dia e os costumes da sociedade. Verdadeiras obras de arte enriquecem a cultura mato-grossense e transformam o cotidiano num encanto de belezas. São objetos de barro, madeira, fibra vegetal, linhas de algodão e sementes.

Governo de Mato Grosso. Danças, artes, comidas e costumes dão identidade a Mato Grosso. Cuiabá, 6 jul. 2018. Disponível em: http://bit.ly/2xVc78C. Acesso em: 27 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição- 2018. p. 248.

Entendendo a reportagem:

01 – A frase “Verdadeiras obras de arte enriquecem a cultura mato-grossense e transformam o cotidiano num encanto de belezas” reflete um fato ou uma opinião?

      Reflete uma opinião.

02 – Você concorda que manifestações culturais como as obras de arte podem transformar “o cotidiano num encanto de belezas”? Justifique.

      Resposta pessoal do aluno.

03 – A frase destacada na pergunta (1) constitui-se de um período e, cada oração desse período, sozinha, tem um sentido completo. Veja:

1ª oração: Verdadeiras obras de arte enriquecem a cultura mato-grossense.

2ª oração: e transformam o cotidiano num encanto de belezas.

·        A qual sujeito se referem os predicados dessas duas orações?

Ao sujeito “Verdadeiras obras de arte”.

04 – Em sua opinião, haveria necessidade de se repetir o sujeito na segunda oração? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno.

NOTÍCIA: PROFESSORES, ALUNOS E VOLUNTÁRIOS DÃO VIDA E COR AO MURO DA ESCOLA JOÃO NEVES PEREIRA - COM GABARITO

 Notícia: Professores, alunos e voluntários dão vida e cor ao muro da Escola João Neves Pereira

Sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Muro da escola João Neves Pereira, Sooretama (ES), 2017.

        Ontem os professores, alunos e voluntários da comunidade realizaram um bonito trabalho nos muros da escola João Neves Pereira. Imagens representando a diversidade cultural foram pintadas nas paredes trazendo vida e cor ao muro que antes era cinza e sem graça. A ação faz parte do projeto “Diversidade Cultural – A Cara do Brasil” desenvolvido na escola em celebração a semana da Consciência Negra. O objetivo é mostrar aos alunos e a toda a comunidade em geral a miscigenação racial e cultural do nosso povo, passando a mensagem do quão rica é a nossa cultura e de como devemos respeitar a todos!

Prefeitura do Município de Sooretama (ES). Professores, alunos e voluntários dão vida e cor ao muro da Escola João Neves Pereira. Sooretama, 17 nov. 2017. Disponível em: http://bit.ly/2OmvOAA. Acesso em: 27 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição- 2018. p.245-6.

Entendendo a notícia:

01 – Qual fato originou a notícia?

      A ação de professores, voluntários e alunos de pintar os muros da escola com o tema diversidade cultural.

02 – Por que os professores, os alunos e os voluntários realizaram essa ação?

      A ação faz parte do projeto “Diversidade Cultural – A Cara do Brasil”, desenvolvido na escola em celebração à semana da Consciência Negra.

03 – Releia o título da notícia:

        Professores, alunos e voluntários dão vida e cor ao muro da Escola João Neves Pereira. Responda:

·        Quais poderiam ser os sentidos possíveis do trecho “dão vida e cor ao muro”?

O trecho “vida e cor” pode ter o sentido de tornar colorido o muro ou, ainda, de mostrar pessoas de várias cores e etnias.

04 – Observe a foto que acompanha a notícia e responda:

a)   O que você vê na imagem?

Um muro pintado com ilustração de crianças de diferentes etnias e uma frase “A diferença nos enriquece... O respeito nos une”.

b)   Qual é a relação da imagem com a proposta da escola para a comemoração da semana da Consciência Negra?

Mostrar aos alunos e à comunidade em geral a miscigenação racial e cultural do nosso povo.

c)   O que você pensa sobre a frase pintada no muro: “A diferença nos enriquece... O respeito nos une”?

Resposta pessoal do aluno.

 

 

REPORTAGEM: BLOCO IILÊ AIYÊ: 44 ANOS DE "REAFRICANIZAÇÃO" DO CARNAVAL BRASILEIRO - JULIANA GONÇALVES - COM GABARITO

 Reportagem: Bloco Ilê Aiyê: 44 anos de "reafricanização" do carnaval brasileiro

          Grupo faz da festividade um ato político ao enfrentar o racismo

Juliana Gonçalves

Brasil de Fato l São Paulo (SP) - 02 de Fevereiro de 2018 às 18:13

Bloco afro só admite a participação de negros e reafricaniza carnaval baiano – André Frutuôso/Divulgação

         


       




        Nascido em 1974 e composto por ritmistas, cantores e dançarinos negros, o Ilê Aiyê é considerado patrimônio cultural da Bahia, sendo o primeiro bloco afro do Brasil. De origem iorubá, Ilê Aiyê pode ser traduzido como "Casa de Negro". E como local de resistência sempre esteve na linha de frente do combate ao racismo estrutural por meio da arte, da cultura e da educação.

        Ilê Aiyê nasce no Curuzu, bairro Liberdade, o de maior população negra do país, com aproximadamente 600 mil habitantes. Seu surgimento é uma espécie de resposta à histórica segregação de negros do carnaval baiano.

        Em 1975, o bloco toma às ruas liderado por um grupo de jovens. Entre eles estava Antônio Carlos dos Santos, conhecido como Vovô do Ilê. 

Enquanto no primeiro desfile participaram menos de cem pessoas, hoje, apenas como associados o Ilê Aiyê reúne cerca de 3 mil pessoas e segue provocando transformações nas relações raciais em Salvador. O Ilê já foi premiado diversas vezes como melhor bloco afro do carnaval baiano, tendo uma discografia de quatro álbuns, o último lançado em 1998. A Band’ Aiyê conta hoje com mais de 100 músicos.

        A musicalidade do bloco segue diálogo com ritmos oriundos da tradição africana, que ajudam no que o bloco propaga como "reafricanização" do Carnaval da Bahia.

        A Band’Aiyê, que já teve Carlinhos Brown como mestre de percussão, já deixou sua marca em obras de artistas como Daniela Mercury, Martinho da Vila, e até a cantora islandesa Björk. A sonoridade do grupo busca demonstrar que a música baiana vai além do axé music.

        Carlos Antônio, conhecido como Kehindê Boa Morte, mestre de bateria e percussão, conta que a principal característica do bloco é o samba-afro. "O mestre Bafo, o primeiro mestre de bateria do Ilê Aiyê trouxe esse samba afro com baqueta de madeira que fazemos o toque, o nosso ritmo. A gente usa também muito os toques de matrizes africana, o ilu, aguere, ijexá...", explica.

        2018

        Neste ano, o tema do bloco é “Mandela. A Azânia celebra o centenário de seu Madiba”. Azânia é um outro modo de se referir a África do Sul, um nome africano sem conotações colonialistas. 

        A força do ex-presidente Nelson Mandela também foi tema do concurso de beleza anual realizado pelo Ilê durante a 39ª Noite da Beleza Negra que ocorreu no último dia 20. Este ano, a vencedora foi a estudante de 19 anos, Jéssica Nascimento que agora assume o posto de Deusa do Ébano do bloco.

        [...]

        Jéssica afirma que o Ilê Aiyê transformou o carnaval em uma manifestação política e ressalta a importância do bloco. “É uma entidade que leva o discurso político e social para as pessoas, de representatividade, de luta contra a discriminação e preconceito contra aqueles que não veem a mulher negra como símbolo de beleza”, finaliza.

        [...]

GONÇALVES, Juliana. Bloco Ilê Aiyê: 44 anos de “reafricanização” do carnaval brasileiro. Brasil de Fato. São Paulo, 2 fev. 2018. Disponível em: https://bit.ly/2D6jPlm. Acesso em: 27 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição- 2018. p. 241-245.

Entendendo a reportagem:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Aguere: toques de atabaque.

·        Ijexá: ritmo musical, tocado para expressar a religiosidade de matriz africana.

·        Ilu: tipo de atabaque feito com couro cru.

·        Iorubá: língua falada pelo povo negro do grupo sudanês da África Oriental, trazido em grandes contingentes para o Brasil, a fim de ser escravizado.

·        Segregação: separação ou distanciamento de elementos considerados diferentes ou divergentes, em virtude de fatores biológicos e sociais, como etnia, riqueza, religião, nacionalidade, profissão, entre outros.

02 – Que fato originou a reportagem?

      A comemoração de 44 anos do bloco de carnaval Ilê Aiyê de Salvador.

03 – Releia o título da reportagem:

        Bloco Ilê Aiyê: 44 anos de "reafricanização" do carnaval brasileiro

Responda:

a)   Em sua opinião, o que chama mais atenção no título da reportagem?

Resposta pessoal do aluno.

b)   O prefixo re- pode ter o sentido de reforço, repetição ou recua. Pensando nisso e nas informações da reportagem, qual seria o significado da expressão “reafricanização do carnaval”?

Reforçar a ideia de que o carnaval é uma festa afro-brasileira também.

c)   De acordo com o texto, de que língua o nome “Ilê Aiyê” se originou e qual é seu significado?

O nome do bloco tem origem na língua Iorubá e o significado é “Casa de Negro”.

04 – Releia o subtítulo (linha fina) da reportagem:

        Grupo faz da festividade um ato político ao enfrentar o racismo

a)   Que fato é enfatizado nesse subtítulo?

O carnaval como ato político do grupo Ilê Aiyê contra o racimo.

b)   Qual é a relação de sentido entre esse subtítulo e o título da reportagem?

O subtítulo explica a ideia de reafricanização do carnaval, apresentada no título.

05 – O lide da reportagem que você acabou de ler encontra-se no primeiro parágrafo. Releia-o e responda:

a)   Qual é o acontecimento relatado?

44 anos do surgimento do primeiro bloco afro do carnaval do Brasil: grupo Ilê Aiyê.

b)   Quando e onde surgiu o bloco?

O bloco Ilê Aiyê surgiu em Salvador no ano de 1974.

c)   Como é composto o bloco?

Esse bloco é composto por ritmistas, cantores e dançarinos negros.

d)   Por que / Para que o bloco se formou?

Ele se formou para ser uma linha de frente no combate ao racismo estrutural, por meio da arte, da cultura e da educação.

06 – O primeiro carnaval de que o bloco Ilê Aiyê participou foi em 1975, com um grupo de jovens, entre eles Antônio Carlos dos Santos, conhecido atualmente como Vovô do Ilê, contando com menos de 100 pessoas. Responda:

a)   Explique o contexto social e histórico do surgimento do bloco Ilê Aiyê na Bahia.

Ilê Aiyê nasce no Curuzu, bairro Liberdade, o de maior população negra do país, com aproximadamente 600 mil habitantes. Seu surgimento é uma espécie de resposta à histórica segregação de negros do carnaval baiano.

b)   Quantos associados o bloco afro reúne atualmente?

O bloco conta com cerca de 3 mil pessoas.

c)   Quantos músicos a Band’Aiyê, banda do bloco afro, possui atualmente?

A Band’Aiyê conta com mais de 100 músicos.

d)   Quais premiações o bloco conquistou e quantos álbuns foram gravados?

O Ilê Aiyê já foi premiado diversas vezes como melhor bloco afro do carnaval baiano, tendo uma discografia de quatro álbuns, o último lançado em 1998.

07 – O bloco Ilê Aiyê apresenta uma manifestação artística voltada para os valores da cultura de origem africana, especialmente no carnaval. Essas referências culturais se manifestam nas músicas que eles produzem. Pesquise e responda:

a)   Como ocorre a “reafricanização” na musicalidade do Ilê Aiyê?

Resposta pessoal do aluno.

b)   No trabalho de quais artistas o bloco deixou sua marca?

Resposta pessoal do aluno.

c)   Como o mestre de bateria e percussão do bloco Ilê Aiyê caracteriza o estilo musical que eles produzem? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

08 – Releia o trecho da reportagem a seguir:

        Neste ano (2018), o tema do bloco é “Mandela. A Azânia celebra o centenário de seu Madiba”. Azânia é um outro modo de se referir a África do Sul, um nome africano sem conotações colonialistas. 

a)   Pesquise, na internet ou na biblioteca da escola, quem foi Nelson Mandela e qual é sua importância na luta contra o racismo.

Nelson Mandela (1918-2013) foi presidente da África do Sul no período de 1994 a 1999. Ele foi líder do movimento contra o “Apartheid”, legislação que segregava a população negra daquele país. O que ocasionou a sua prisão em 1964. Após grande pressão internacional, Mandela foi liberado em 1990. Ele recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1993 pela sua luta contra o racismo.

b)   Escolha e copie, entre as alternativas abaixo, a que melhor explica o sentido da expressão “Conotações colonialistas” nesse trecho da reportagem. Se necessário, consulte um dicionário.

·        A expressão se refere ao interesse ou paixão pelas colônias.

·        A expressão faz referência a uma característica da língua falada na África do Sul.

·        A expressão evoca submissão de uma comunidade, um território, um país ou uma nação a outra que o/a domina.

c)   Por que a escolha do nome “África do Sul” teria conotações colonialistas de acordo com o bloco?

Porque o nome “África do Sul” está associado a um país da África que foi por muito tempo colônia da Inglaterra e também ao “Apartheid” – sistema legalizado que discriminava racialmente os negros e garantia o domínio da minoria branca na região.

09 – Observe atentamente as fotos e as legendas que as acompanham na reportagem.

a)   Descreva o que você vê nas duas fotos.

Na primeira foto, há músicos negros com instrumentos de percussão à frente de um microfone. De acordo com a legenda, o bloco se apresentou na “Noite da Beleza Negra”. Na segunda foto, há a estudante Jéssica Nascimento, a escolhida para ser a “Deusa do Ébano, rainha do Ilê Aiyê”.

b)   O que as roupas, cabelo e adereços das pessoas nas fotos revelam sobre a “reafricanização” do carnaval que o bloco Ilê Aiyê propaga?

Os cabelos, as roupas com suas estampas, os adereços (bijuterias e turbantes) remetem às culturas dos povos africanos. Dessa forma, enfatizam e valorizam os valores da origem africana na cultura brasileira e na luta contra o racismo.

10 – Releia o depoimento de Jéssica Nascimento que ganhou o posto de “Deusa do Ébano do Ilê Aiyê” em um concurso de beleza negra promovido pelo bloco afro.

       Jéssica afirma que o Ilê Aiyê transformou o carnaval em uma manifestação política e ressalta a importância do bloco. “É uma entidade que leva o discurso político e social para as pessoas, de representatividade, de luta contra a discriminação e preconceito contra aqueles que não veem a mulher negra como símbolo de beleza”, finaliza. Responda:

a)   Em sua opinião, falta representatividade da mulher negra nas diferentes mídias?

Resposta pessoal do aluno.

b)   Como você acha que pode se revelar o preconceito e a discriminação contra a mulher negra?

Resposta pessoal do aluno.

c)   O que você acha sobre a promoção de eventos, como esse, para exaltar a beleza da mulher negra?

Resposta pessoal do aluno.

11 – O jornal Brasil de Fato apresentou um forte destaque ao papel político contra o racismo nas manifestações artístico-culturais do bloco Ilê Aiyê. Responda:

a)   O que essa abordagem política do jornal pode revelar sobre o nível de parcialidade na apresentação das informações?

Pode revelar um nível alto de parcialidade, pois demonstra que as bandeiras políticas do Ilê Aiyê também são identificadas pelo jornal.

b)   Em sua opinião, qual é a visão assumida pelo jornal para tratar sobre a questão racial no Brasil?

Resposta pessoal do aluno.