domingo, 29 de julho de 2018

CONTO: ESTA CASA É MINHA - ANA MARIA MACHADO - COM GABARITO

Conto: Esta casa é minha

        Paula e Beto moravam com os pais num apartamento. E queriam ter quintal.
        Adoravam sair para passear nos fins de semana. Iam à casa dos avós, ao parque, ao cinema.
       Às vezes faziam uns passeios de carro até mais longe. Ao sítio do tio. Ou por uma estrada comprida que ia dar numa praia quase deserta. Onde passavam o dia todo.
   Um domingo, nessa praia, enquanto Paula e o irmão brincavam, o pai ficou conversando com um pescador ao lado de uma canoa, debaixo de uma árvore.
  Voltando para casa, contou aos filhos:
        — Vocês me viram falando com o Zé Juca? Pois é, estou pensando em comprar aquele terreno que ele tem na beira da praia…
        Um terreno? Qual? Onde? Pra que?
        Depois de tanta pergunta e resposta, Paula nessa noite sonhou com o que o pai contou: iam ter uma casinha entre as árvores, em frente ao mar. Como se a praia e a mata fossem um quintal imenso. Só deles.
        Outro domingo foram para lá de novo. Desta vez, Paula e Beto já olhavam tudo com olhos de quem é dono.
        Um bando de maritacas fazia um barulhão nas árvores. Um caxinguelê deu uma corridinha assustada pelo chão, de um tronco para outro. Uma cambaxirra saltitante e um bem-te-vi barulhento voavam pra lá e pra cá. Na areia um caranguejo amarelo fazia um buraco. E no alto de uma árvore um bando de micos guinchava e fazia macaquices.
        Para todos eles, Paula e Beto gritavam:
        — Aqui vai ser minha casa!
        E assim foi durante alguns meses.
        Eles sempre iam pra lá.
        Os pais ficavam vendo a obra enquanto as crianças brincavam naquela praia maravilhosa. Muitas e muitas vezes. Só eles, uns pescadores, um monte de bichos.
        Peixes mariscos e siris no mar. Lagartinhos nas pedras. Micos e caxinguelês nas árvores, formigas e besouros na terra, abelhas e borboletas nas flores, todo tipo de passarinho no céu.
        Para todos eles, Paula e Beto iam anunciando:
        — Esta casa é minha!
        Quando a casa ficou pronta, a família começou a ir pra lá todo fim de semana.
        E foi se instalando. Cheia de ideias.
        — Vamos ter um cachorro.
        — E um gato.
        — Vamos limpar esse mato em volta da casa para fazer um gramado!
        — Vamos trazer uns postes de luz para iluminar o jardim e o quintal!
        — Vamos cimentar o chão lá atrás para fazer uma churrasqueira!
        Como se a mãe, o pai, Paula e Beto, todos estivessem contando:
        — Esta aqui é minha casa!
        Estavam tão animados que nem reparavam nas mudanças.
        Nunca mais o caxinguelê tinha aparecido. Devia ter medo de cachorro.
        O gato devia ter dado sumiço nos lagartos.
        Os guinchos dos micos vinham de árvores cada vez mais distantes.
        Caranguejinho amarelo fazendo buraco? Agora só na areia da praia.
        Aquelas frutinhas do mato, que passarinho comia, também acabaram quando o mato ficou longe. E vinha menos passarinho cantar no quintal.
        Mas a família nem reparava.
        Traziam amigos para o fim de semana. Faziam churrasco. Ligavam o som do carro em volume bem alto.
        De noite, acendiam as luzes todas, ligavam ventilador e ar-condicionado. Nem ouviam mais o barulhinho do mar na hora de dormir.
        Mas um dia o pai teve uma proposta de trabalho em outra cidade. Iam ter de se mudar e morar por lá por um ano ou dois.
        Ficar um tempão longe da casinha da praia. Do seu cheiro de mar, seu barulho de ondas, sua passarada.
        Iam sentir muita saudade. Deixaram o cachorro e o gato com amigos na cidade. E pediram ao Zé Juca para tomar conta de tudo na praia. Direitinho. Para que, quando voltassem, pudessem dizer com alegria:
        — Esta casa é minha!
        Quando finalmente voltaram, quase levaram um susto.
        O mato tinha crescido de novo e chegava bem perto da casa.
        Havia uma colmeia numa árvore. Um ninho de cambaxirra na varanda. Uma casa de joão-de-barro no telhado. Formigas na cozinha. Sapo no jardim. Uma família de lagartos instalada numas pedras atrás da churrasqueira.
        As lâmpadas do poste estavam queimadas e o Zé Juca nem trocou por outras novas.
        — Zé Juca, tinha lâmpada nova em casa. Por que você não trocou?
        — Ué, mas pra quê se quem tirou as lâmpadas do poste fui eu…
        O pai viu que não estavam queimadas mesmo, tinham sido tiradas.
        — E por quê?
        — Por causa das tartarugas. Primeiro veio a mãe, nadando de longe, como ela faz todo o ano. Botou um monte de ovos na areia. Aí passou um tempão, todo dia o sol chocava os ovos. Já estava na hora dos filhotes nascerem. Então eu tirei as lâmpadas, para eles não acharem que era a luz da Lua no mar, senão eles entravam no quintal em vez de ir para a água…
        O pai resmungou com a explicação, e reclamou ainda mais:
        — Zé Juca, eu não pedi para você tomar conta da casa? Cuidar de tudo… Como é que você deixou ficar desse jeito?
        — Mas eu cuidei, Doutor. Só que eu tomei conta de todas as casas, não só da sua.
        O pai ficou meio zangado. O pescador devia estar maluco.
        — Aqui só tem uma casa. Esta aqui, que é minha.
        Mas Paula, que tinha ido até o quintal e voltado, de repente entendeu tudo e falou:
        — Tem não, pai. Vem ver. Tem uma porção. Vem ver.
        As crianças puxaram os pais pelas mãos e foram mostrando.
        — Psiu! Não faz barulho! Fica ouvindo.
        Eles ouviram. As maritacas gritando. Os micos guinchando. As abelhas zunindo.  Um monte de passarinhos cantando. Ao fundo, o vento nas folhas. E o mar, onda-vai-onda-vem, batendo na areia e nas pedras.
        — Ouviu?
        — Ouvi, o que é que tem?
        — Não entendeu o que eles estão dizendo?
        Todos pararam para prestar atenção. E aos poucos foram ouvindo:
        — Esta casa é minha!
        Todos diziam isso. Não assim, em língua de gente. Mas em língua de bicho — cantorias e zumbidos, guinchos e gritos. Coisas que não são palavras, mas são o jeito de falar em passarinhês e abelhês, em miquês e maritaquês. Mas que querem dizer a mesma coisa.
        — Esta casa é minha!
        Até em silêncio, tudo em volta queria dizer a mesma coisa. Cada um com seu jeito: o caxinguelê que corria pela árvore, o caranguejinho amarelo que deixava rastro na areia, a tartarugona que levantava a cabeça na espuma da onda, o bando de gaivotas que mergulhava no mar, as formigas, o bando de gaivotas que mergulhava no mar, as formigas que trabalhavam enfileiradas por cima da pedra, o vento, o mar. Até o mato que chegava mais perto do jardim se inclinava sobre o gramado ou se espichava para o sol.
        A família foi prestando atenção e ouvindo de cada um:
        — Esta casa é minha!
        De repente, Paula começou a responder:
        — Mas esta casa é minha também!
        Beto entrou na brincadeira:
        — É… A gente é vizinho, sabia?
        O pai falou;
        — Esta casa é nossa!
        E a mãe comentou:
        — Ainda bem que o Zé Juca tomou conta de todas as casas, de todo mundo…
        E, agora que eles aprenderam a ouvir a linguagem de todos os vizinhos, tomam sempre o maior cuidado. Porque sabem que fizeram a casa deles no quintal dos outros. Um quintal grande, com lugar para todos os que sabem ouvir sempre:
        — Esta casa é minha!
Ana Maria Machado. Esta casa é minha
São Paulo, Editora Moderna, 2009.
Entendendo o conto:
01 – Qual é o foco narrativo do livro ''Esta casa é minha''?
      Ana Maria Machado, escreveu esta obra para crianças, portanto, o foco narrativo está em terceira pessoa porque é a escritora quem conduz a narrativa.

02 – Quem é o autora do texto?
      Ana Maria Machado.

03 – Em que lugar se passa a história?
      Na praia.

04 – Quem são as personagens?
      Paula, Beto, o pai, a mãe e Zé Juca.

05 – Em que lugares Paula e Beto costumavam ir passear no final de semana?
      Iam a casa dos avós, ao parque, ao cinema, no sítio dos tios e na praia.

06 – Qual o desejo que eles dois tinham?
      Ter uma casa com quintal grande.

07 – Que animais habitavam a praia onde eles costumavam ir?
·        Um bando de Maritacas.
·        Uma Cambaxirra.
·        Um bem-te-vi.
·        Um caranguejo amarelo.
·        Um bando de micos.

08 – Que notícia o pai deu para as crianças ao voltarem da praia?
     “— Vocês me viram falando com o Zé Juca? Pois é, estou pensando em comprar aquele terreno que ele tem na beira da praia…” 
     
09 – Que animais habitavam o terreno onde eles iriam construir a casa?
      “Peixes mariscos e siris no mar. Lagartinhos nas pedras. Micos e caxinguelês nas árvores, formigas e besouros na terra, abelhas e borboletas nas flores, todo tipo de passarinho no céu.”

10 – Que mudanças ocorreram durante a construção da casa?
      Os animais foram desaparecendo.  
 
11 – Por que a família precisou mudar novamente de cidade?
      Porque o pai recebeu uma proposta de serviço em outra cidade.  
   
12 – O que o pai de Paula e Beto pediu a Zé Juca antes de viajar?
      Para que ele tomasse conta de tudo na praia.

13 – Que surpresa a família teve ao voltar para a casa da praia?
      O mato tinha crescido de novo. E os animais tinha voltado para a casa.

14 – Na sua opinião, o pescador tomou conta direitinho da casa? Por que?
      Resposta pessoal do aluno.

15 – O que a família compreendeu ao ouvir os sons dos animais da casa?
      Que eles tinham arrumado novos vizinhos. Que as aves e os bichos tinham retornado.




TEXTO: FELICIDADE MELHORA A SAÚDE E PROLONGA A VIDA, DIZ ESTUDO - COM GABARITO

Texto: Felicidade melhora a saúde e prolonga a vida, diz estudo

  Uma análise de mais de 160 estudos detectou "provas claras e convincentes" de que pessoas felizes tendem a viver mais e com melhores condições de saúde do que pessoas infelizes.
   O estudo, publicado na revista científica "Applied Psychology: Health and Well-Being", é o levantamento mais abrangente, até o momento, que faz a ligação entre felicidade e estado de saúde das pessoas. Seu autor principal, o professor emérito de psicologia da Universidade de Illinois, Ed Diener, analisou estudos de longo prazo dos seres humanos, testes experimentais em humanos e em animais e estudos que avaliam o estado de saúde de pessoas estressadas por eventos naturais. [...]
        "Nós analisamos oito tipos diferentes de estudos", disse Diener. "E a conclusão geral é que o bem-estar subjetivo – ou seja, estar feliz com a vida, não estressado e não deprimido – contribui para a longevidade e melhor saúde em populações saudáveis", explicou.
        Um estudo que acompanhou cerca de 5 mil estudantes universitários por 40 anos, por exemplo, concluiu que aqueles que eram mais pessimistas [...] morreram mais cedo que seus colegas. [...]
        Havia algumas exceções, mas a maioria dos estudos a longo prazo mostrou que a ansiedade, depressão, falta de prazer nas atividades diárias e pessimismo estão associados a taxas mais elevadas de doença e a uma vida mais curta.
        Experimentos de laboratório em humanos descobriram que o bom humor reduz os hormônios relacionados ao estresse, aumenta a função imunológica e promove a rápida recuperação do coração após esforço. Em outros estudos, conflitos conjugais e hostilidade em casais foram associados à cicatrização lenta e pior resposta do sistema imunológico a doenças.
        "Eu fiquei surpreso ao ver a consistência dos resultados de vários estudos. Todos eles apontam para a mesma conclusão: saúde e longevidade são influenciadas pelo nosso humor", disse Diener.
        Enquanto a felicidade não pode por si só prevenir ou curar doenças, as evidências de que emoções positivas contribuem para uma melhor saúde e longevidade são mais fortes que os dados que relacionam a obesidade à longevidade reduzida, afirmou Diener. "A felicidade não é uma poção mágica, mas as provas são claras de que ela muda suas chances de ficar doente ou morrer jovem", afirmou.
                                                                                      Adaptado de:

Entendendo o texto:                     
01 – Pode-se dizer que existe uma tese defendida no texto. Transcreva-a.
      "Nós analisamos oito tipos diferentes de estudos", disse Diener. "E a conclusão geral é que o bem-estar subjetivo – ou seja, estar feliz com a vida, não estressado e não deprimido – contribui para a longevidade e melhor saúde em populações saudáveis", explicou.

02 – Retire do texto um argumento que sustenta a tese.
      Um estudo que acompanhou cerca de 5 mil estudantes universitários por 40 anos, por exemplo, concluiu que aqueles que eram mais pessimistas [...] morreram mais cedo que seus colegas. [...]

03 – No 3º, 7° e 8 º parágrafos aparecem trechos entre aspas. Explique o significado do uso das aspas.
      Foram utilizados para informar o resultado das pesquisas quanto a longevidade e estar feliz com a vida.

04 – Segundo o 5º parágrafo do texto, que fatores são associados a taxas mais elevadas de doenças e a uma vida mais curta?
      A ansiedade, a depressão, a falta de prazer nas atividades diárias e o pessimismo.

05 – No 5º parágrafo, existem conectivos que estabelecem relações de oposição e de adição. Reescreva as frases em que eles aparecem e destaque-os.
      Experimentos de laboratório em humanos descobriram que o bom humor reduz os hormônios relacionados ao estresse, aumenta a função imunológica e promove a rápida recuperação do coração após esforço. Em outros estudos, conflitos conjugais e hostilidade em casais foram associados à cicatrização lenta e pior resposta do sistema imunológico a doenças.

06 – Segundo o texto, quais as consequências do bom humor?
      Ela muda suas chances de ficar doente ou morrer jovem.    
    
07 – Em que revista a pesquisa foi publicada?
      Na revista científica Applied Psychology Health and Well – Being.

08 – Quem é a pessoa responsável pela publicação?
      O professor de psicologia da Universidade de Llinóis, Ed Diener.




TEXTO: AS DROGAS - INFOESCOLA - COM GABARITO

Texto: As Drogas


        As drogas são definidas como toda substância, natural ou não, que modifica as funções normais de um organismo. Também são chamadas de entorpecentes ou narcóticos. A maioria das drogas são produzidas à partir de plantas (drogas naturais), como por exemplo a maconha, que é feita com Cannabis sativa, e o Ópio, proveniente da flor da Papoula. Outras são produzidas em laboratórios (drogas sintéticas), como o Ecstasy e o LSD. A maioria causa dependência química ou psicológica, e podem levar à morte em caso de overdose. Existem exames médicos que conseguem detectar a presença de várias drogas no organismo - são chamados de Exames Toxicológicos.
        As pessoas que tentam abandonar as drogas podem sofrer com a Síndrome de Abstinência, que são reações do organismo à falta da droga.
        O tráfico de drogas é chamado de narcotráfico. Algumas dessas substâncias são utilizadas em medicamentos (drogas lícitas), outras são proibidas em quase o mundo todo (drogas ilícitas).
        Alguns tipos de drogas:
Drogas Naturais.
·        Maconha: Uma das drogas mais populares, a maconha é consumida por meio de um enrolado de papel contendo a substância. É feita a partir da planta Cannabis Sativa. Existe a variação chamada Skunk, com um teor de THC bastante elevado, bem como o Haxixe.
·        Ópio: Droga altamente viciante, o Ópio é feito a partir da flor da Papoula. Os principais efeitos são sonolência, vômitos e náuseas, além da perda de inteligência. Opiáceos: codeína, heroína, morfina, etc.
·        Psilocibina: É uma substância encontrada em fungos e cogumelos, a Psilocibina tem como principal efeito as alucinações. Também é utilizada em pesquisas sobre a enxaqueca.
·        DMT Dimetiltriptamina: A principal consequência do seu consumo são perturbações no sistema nervoso central. Utilizada em rituais religiosos.
·        Cafeína: É o estimulante mais consumido no mundo – está no café, no refrigerante e no chocolate.
·        Cogumelos Alucinógenos: Alguns cogumelos, como o Amanita muscaria podem causar alucinações.
·        Nicotina: Encontrada nos cigarros.
Drogas sintéticas.
·        Anfetaminas: Seu principal efeito é o estimulante. É muito utilizada no Brasil por caminhoneiros, com o objetivo de afastar o sono e poder dirigir por longos períodos.
·        Barbitúricos: Um poderoso sedativo e tranquilizante, causa grande dependência química nos seus usuários.
·        Ecstasy: Droga altamente alucinógena, causa forte ansiedade, náuseas, etc.
·        LSD: Outro poderoso alucinógeno que causa dependência psicológica.
·        Metanfetamina: Era utilizada em terapias em muitos países, mas foi banida pelo uso abusivo e consequências devastadores da drogas.
Drogas Semi-Sintéticas.
·        Heroína: A heroína é uma das drogas mais devastadores, altamente viciante – causa rápido envelhecimento do usuário e forte depressão quando o efeito acaba.
·        Cocaína e Crack: A cocaína é o pó produzido a partir da folha de coca, e o crack é a versão petrificada dessa droga. Altamente viciante, deteriora rapidamente o organismo do drogado, causando também perda de inteligência, alucinações ansiedades, etc.
·        Morfina: É uma droga utilizada principalmente para o alívio de dores em todo o mundo. Também causa dependência química nos seus usuários.
·        Merla: Droga produzida a partir da pasta de coca.
·        Oxi: Outra droga derivada da pasta de cocaína.
Outras drogas: Inalantes, solventes, bebidas alcoólicas, cigarros, etc.
Medicamentos:  Muitas drogas são utilizadas em medicamentos, para o tratamento de diversos problemas de saúde e doenças.
·        Tranquilizantes: remédios de venda controlada, para controle da tensão, insônia e ansiedade.
·        Ansiolíticos: utilizados no tratamento contra a ansiedade.

                                       https://www.infoescola.com/drogas
Entendendo o texto:
01 – De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o que é considerado droga?
      Toda substância que não sendo produzida pelo organismo tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas, provocando alteração em seu funcionamento.

02 – O que o termo “droga” pode designar?
      Tanto medicamentos prescritos por profissionais quanto certas substâncias usadas para alterar as funções do corpo.

03 – O que são drogas ilícitas?
      Drogas ilegais.

04 – Onde essas drogas afetam principalmente?
      O cérebro, mas outros órgãos também podem ser prejudicados, como coração, rins etc.

05 – O que são drogas depressoras do SNC?
      Substâncias que diminuem a atividade do cérebro. Como o álcool, ansiolíticos etc.

06 – O que causam as drogas estimulantes do SNC?
      Aumentam a atividade cerebral, como a cafeína, nicotina, anfetamina etc.

07 – O que fazem as drogas perturbadoras do SNC?
      Modificam qualitativamente a atividade cerebral, como o LSD, maconha etc.

08 – O que é Síndrome de Abstinência?
      É a reação do organismo à falta da droga.

09 – O que é narcotráfico?
      É o nome dado ao tráfico de drogas.

10 – Quais são as drogas conhecidas como drogas naturais?
      São: a Maconha, o Ópio, Psilocibina, Dimetiltriptamina, Cafeina, Cogumelos Alucinógenos, Nicotina.

11 – Quais são as drogas sintéticas?
      Anfetaminas, Barbitúricos, Ecstasy, LSD, Metanfetamina.

12 – Quais são as drogas Semi-Sintéticas?
      Heroína, Cocaína e Crack, Morfina, Merla, Oxi.

13 – Onde é encontrado a cafeína?
      No café, no refrigerante e no chocolate.

14 – Quem utiliza a Anfetaminas e para que serve?
      É utilizada por caminhoneiros, com o objetivo de afastar o sono e poder dirigir por longos períodos.

15 – Para que é utilizada a Morfina?
      É uma droga utilizada principalmente para alívio de dores em todo o mundo.

16 – Quais são os outros tipos de drogas usadas?
      São os Inalantes, Solventes, Bebidas Alcoólicas, Cigarros, etc.

17 – Quais são os medicamentos que são utilizados como drogas?
      Os tranquilizantes, são utilizados para controle da tensão, insônia e ansiedade.
      Ansiolíticos, utilizados no tratamento contra a ansiedade.
     
     

sábado, 28 de julho de 2018

MÚSICA(ATIVIDADES): É PRECISO SABER VIVER - ROBERTO CARLOS - COM GABARITO

Música(Atividades): É Preciso Saber Viver

                                                           Roberto Carlos
Quem espera que a vida   
Seja feita de ilusão
Pode até ficar maluco
Ou morrer na solidão
É preciso ter cuidado
Pra mais tarde não sofrer
É preciso saber viver

Toda pedra do caminho
Você deve retirar
Numa flor que tem espinhos
Você pode se arranhar
Se o bem e o mal existem
Você pode escolher
É preciso saber viver

É preciso saber viver!
É preciso saber viver!
É preciso saber viver!
Saber viver!

Toda pedra do caminho
Você deve retirar
Numa flor que tem espinhos
Você pode se arranhar
Se o bem e o mal existem
Você pode escolher
É preciso saber viver

É preciso saber viver!
É preciso saber viver!
É preciso saber viver!
Saber viver! Saber viver!

É preciso saber viver!
É preciso saber viver!
É preciso saber viver!
Saber viver! Saber viver!

                            Composição: Erasmo Carlos / Roberto Carlos

Entendendo a canção:
01 – Que cuidados são necessários para não sofrermos com as desilusões da vida?
      No caso da canção, é aquela pessoa cautelosa que não quer se iludir, significa não se apaixonar de modo que seu amor não seja ágape (baseado em razões), ou pode se tratar de coisas que você faz de modo que deixou se levar.

02 – Quais são as pedras que existem em nossos caminhos?
      Há muitas pedras em nosso caminho, às vezes a morte de um parente, a situação financeira ruim, e quando diz que numa flor tem espinhos, fala que as vezes você se envolve com uma pessoa que tem falhas, e essas falhas podem ser um problema e acabar te machucando.

03 – As escolhas são livres. Como podemos escolher o melhor?
      Muitas vezes nos encontramos em situações de conflito sem saber que tipo de decisão tomar. Escolhemos melhor se conhecermos as consequências que cada escolha pode produzir.

04 – Quais as figuras de linguagem utilizadas na segunda estrofe?
      Pedra do caminho – metáfora.
      Bem e o mal – antítese.

05 – Faça uma reflexão sobre a frase: "É preciso saber viver."
      É preciso saber viver, sim porque viver é diferente de sobreviver. Viver sabendo aproveitar a vida de uma forma certa, saudável.
      Para saber viver, o ponto de partida é o autoconhecimento. Sem autoconhecimento vamos continuar desperdiçando boas chances para sermos felizes. Continuaremos a reclamar, transformando, assim, a vida em um grande muro das lamentações! E você, se conhece bem o suficiente para aproveitar as chances de ser feliz que a vida tem te dado?


FÁBULA: O PAGAMENTO DO DEVEDOR E A DÍVIDA DO CREDOR - COM GABARITO


Fábula: O pagamento do devedor e a dívida do credor


        Na última lona, Hizi-ibn-Bem-Gazara pediu um empréstimo a um amigo rico que ia passando por ali. O amigo, cuja mania era apertar torneiras, recusou o empréstimo.
        Gazara implorou. O já não tão amigo recusou. Gazara chorou, prometeu, garantiu, até que o ex amigo lhe disse: "Se você, aos sessenta anos, conseguir plantar uma bananeira, eu lhe empresto o dinheiro."
        Apesar da idade, e apesar de nunca ter feito um exercício na vida, Gazara imediatamente plantou a bananeira. O já inimigo, obrigado a honrar sua palavra, imediatamente deu a Gazara as 3.000 rúpias de que este necessitava.
        Um observador social que, coerentemente, observava, não se conteve, saiu de sua observação, e disse a Gazara: "Como pode um sexagenário se humilhar de maneira tão humilhante e se curvar de maneira tão curvante pra conseguir que um idiota lhe empreste umas míseras gotas de sua liquidez?"
        E Gazara respondeu: " Não - pra mim foi fácil e nem senti a humilhação. Eu precisava do dinheiro e vou pagar com juros. Mas os juros maiores, os da humilhação, quem vai pagar é ele. Quando quiser receber terá que andar de quatro atrás de mim um ano inteiro."
        Obs.: Não há maior estímulo do que a adversidade, dizem todos os filósofos que, vivendo sempre à custa do poder, jamais passaram necessidades.
        MORAL: O credor está sempre na mão do devedor.

Entendendo a fábula:
01 – Com que finalidade Hizi-ibn-Bem-Gazara pediu um empréstimo ao amigo rico?
      Ele precisava do dinheiro e ia pagar com juros.

02 – Que condição o já ex-amigo impôs ao sexagenário para lhe emprestar o dinheiro?
      Que Gazara plantasse uma bananeira.

03 – O que disse um observador social a Gazara?
      "Como pode um sexagenário se humilhar de maneira tão humilhante e se curvar de maneira tão curvante pra conseguir que um idiota lhe empreste umas míseras gotas de sua liquidez?"

04 – No quarto parágrafo encontramos dois pleonasmo. Cite as expressões:
       “... se curvar de maneira tão curvante...”    
       “... se humilhar de maneira tão humilhante...”

05 – Houve um tempo, que era comum o sujeito ser escravizado por não pagar dívida. Depois houve uma evolução se permitia apenas prisão. E nos tempos atuais como pode cobrar dívidas?
      O credor pode penhorar recursos financeiros do devedor ou bens e leva-los a leilão ou até ficar com eles em definitivo se não aparecer quem os arremate.

06 – Por que Gazara diz que humilhação maior será do ex-amigo?
      Quando quiser receber terá que andar de quatro atrás de mim um ano inteiro.


CONTO: DOUTORES DA ALEGRIA - COM GABARITO

Conto: DOUTORES DA ALEGRIA
        

   Quando a arte é o remédio


        Já se passaram 19 anos desde que a primeira dupla de palhaços dos Doutores da Alegria adentrou os corredores de um hospital para levar a crianças um infalível fortificante: a alegria. Contabilizando uma média de 75 mil visitas anuais em três cidades – São Paulo, Recife e Belo Horizonte –, a organização criada por Wellington Nogueira abre edital no Rio de Janeiro para uma nova experiência: o Plateias Hospitalares. O projeto pretende levar cultura para quem está impossibilitado de acesso, integrando profissionais de saúde, pacientes e comunidades.
        Eles são doutores em uma especialidade em que poucos se aventurariam. Afinal, não é em todo mundo que jaleco branco, nariz vermelho e sapato de palhaço caem bem. Sem falar na habilidade de manusear instrumentos de altíssima precisão como bolinha de sabão, pandeiro e violão. Os besteirologistas têm a missão de levar alegria a crianças hospitalizadas, através da arte do palhaço. [...] explica Wellington Nogueira, o idealizador do Doutores da Alegria no país. “Eles fazem isso continuamente, duas vezes por semana, seis horas por dia. Quando o paciente vive a experiência da alegria impacta os pais, impacta os profissionais de saúde. [...]
        E é assim, de leito em leito, que Wellington Nogueira e seu pequeno exército de 47 atores-palhaços colore um pouco a vida de quem passa por um momento difícil, de apreensão. Para fazer parte desta equipe é preciso treinamento intenso, antes da estreia nos hospitais, e depois também. “Sabemos que a carga emocional é imensa, mas mudando nosso olhar em relação ao hospital quando estamos ali como besteirologistas”, explica o ‘doutor’.
        “Antigamente, era muito suscetível, hospital me causava náusea. Quando entrei como palhaço, com o objetivo de me disponibilizar para criança, percebi que não me afetava mais o entorno daquela situação, que devia me focar no olhar daquele serzinho, buscar o que está bom em tudo aquilo”. [...]
        Paulistano, com cinquenta anos, Wellington Nogueira fez parte do elenco da Big Apple Circus Clown Care Unit, nos Estados Unidos, programa pioneiro em levar palhaços profissionais especialmente treinados para visitar crianças hospitalizadas. Em 1991 voltou ao Brasil e fundou o Doutores da Alegria, onde até hoje acumula a função de coordenador e de “Dr. Zinho”. E o artista não se vê mais dissociado do trabalho social. “Isso pra mim se tornou um caminho sem volta. Quando eu consegui o primeiro patrocínio significativo para os Doutores, pensei: vou parar de atuar por uns cinco anos para me dedicar exclusivamente ao projeto”. E já se foram 15 anos. “Processos de ensaios teatrais são maravilhosos, mas depois que entrei em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) me sinto mais útil. [...]”.
        Para esse ‘doutor’ especialista em boas ações, nenhum artista cênico está completo sem viver algo semelhante. “O grande desafio é quando a gente, ator, olha a vida real como uma grande mídia, e vai para o trabalho do corpo a corpo, do um a um. Você toca aquela plateia individual e ela marca para sempre a vida da gente. Esse é meu interesse nas artes cênicas. Mostrar que o encontro entre duas pessoas pode ser um espetáculo de começo, meio e fim
Adaptado de Revista Acesso Total, 29 agosto de 2010.
 http://www.doutoresdaalegria.org.br
Entendendo o conto:

01 – No 1º parágrafo, que relação se estabelece entre o que a dupla de palhaços leva aos hospitais (o infalível fortificante: alegria) e o público a quem se dirige (crianças internadas no hospital)?
      Estabelece a interação e a diversão entre ambos.

02 – Qual o nome do novo projeto dos Doutores da Alegria e qual o seu objetivo?
      O Plateias Hospitalares.
      O projeto pretende levar cultura para quem está impossibilitado de acesso, integrando profissionais de saúde, pacientes e comunidades.

03 – No trecho “O projeto pretende levar cultura para quem está impossibilitado de acesso [...]”, a quem se referem as palavras em destaque?
      Aos pacientes dos hospitais.

04 – Transcreva do 2º parágrafo:
a) o trecho que mistura termos ligados a duas profissões: médico e palhaço.
     “Eles são doutores em uma especialidade em que poucos se aventurariam. Afinal, não é em todo mundo que jaleco branco, nariz vermelho e sapato de palhaço caem bem.” 

b) o trecho que associa os objetos usados pelos Doutores da Alegria a instrumentos usados na medicina.
      “Sem falar na habilidade de manusear instrumentos de altíssima precisão como bolinha de sabão, pandeiro e violão.”

05 – Ainda no 2º parágrafo, que palavra foi criada para se referir aos Doutores da Alegria?
      Os besteirologistas.

06 – Segundo o depoimento de Wellington Nogueira, no 2º parágrafo, além dos pacientes quem mais é afetado pela experiência da alegria?
      “Quando o paciente vive a experiência da alegria impacta os pais, impacta os profissionais de saúde.”

07 – Com que sentido foi usada a palavra em destaque no trecho “E é assim, de leito em leito, que Wellington Nogueira e seu pequeno exército de 47 atores-palhaços colore um pouco a vida de quem passa por um momento difícil, de apreensão.”
      Foi empregada no sentido de proporcionar alegria, felicidade e diversão a todas as pessoas que estão num leito de hospital.

08 – No 3º parágrafo a palavra ‘doutor’ aparece entre aspas. Que efeito de sentido pode-se perceber no uso desta notação gráfica – as aspas?
      Tem o sentido de afirmar que além de um besteirologista, ele também é um médico.

09 – Que sentimento pode-se perceber no uso do diminutivo serzinho? (4º parágrafo)
      Refere-se à aquelas pequenas crianças que estão em tratamento no hospital.

10 – Por que, segundo o texto, Wellington Nogueira se sente mais útil atuando numa UTI?
      Porque ele viu o quanto bem estava fazendo à aquelas pessoas que estavam num estado bem ruim.

11 – Observe o título do texto e a mensagem não verbal da logomarca acima, à esquerda. Que relação há entre eles e o projeto Doutores da Alegria?
      Significa que o trabalho executado por eles, faz tão bem as pessoas doentes, chega a ter efeito positivo como a de um medicamento.