quinta-feira, 15 de março de 2018

MÚSICA(ATIVIDADES): AMOR PRA RECOMEÇAR - LETRA: SÉRGIO JOCKYMANN - COM FREJAT - QUESTÕES GABARITADAS

Música(Atividades): Amor Pra Recomeçar

                                                      Frejat
Eu te desejo
Não parar tão cedo
Pois toda idade tem
Prazer e medo

E com os que erram
Feio e bastante
Que você consiga
Ser tolerante

Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero

Desejo
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda exista amor
Pra recomeçar
Pra recomeçar

Eu te desejo muitos amigos
Mas que em um
Você possa confiar
E que tenha até
Inimigos
Pra você não deixar
De duvidar

Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero

Desejo
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda exista amor
Pra recomeçar
Pra recomeçar

Eu desejo
Que você ganhe dinheiro
Pois é preciso
Viver também
E que você diga a ele
Pelo menos uma vez
Quem é mesmo
O dono de quem

Desejo
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda exista amor
Pra recomeçar

Eu desejo
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Pra recomeçar
Pra recomeçar
Pra recomeçar.

Letra:Sérgio Jockymann jornalista gaúcho.
https://pedromazine.com.br/2021/03/13/poema-os-votos-desejos-de-sergio-jockymann Jockymann jornalista gaúcho.
https://pedromazine.com.br/2021/03/13/poema-os-votos-desejos-de-sergio-jockymann

Entendendo a canção:
01 – Que assunto a canção aborda?
      Sobre viver seja qual for a idade, encontrando muitos amigos, dinheiro e motivos para viver.

02 – O eu lírico diz que devemos agir sem medo quando?
      Sempre que for preciso trocar a pessoa amada.

03 – Nos versos:
      “E quando estiver bem cansado
       Ainda, exista amor
       Pra recomeçar.”
      Que interpretação podemos fazer?
      É que mesmo cansado é possível recomeçar, sem precisar desistir de um amor.

04 – Esta música estabelece um diálogo com a poesia de Victor Hugo, intitulada “Desejo”. Que nome se dá a esse entrelaçar de ideias entre ambas as produções?
      Intertextualidade.

05 – Cite dois versos que mostrem o diálogo com o leitor.
      “Eu te desejo muitos amigos.”
      “Desejo / Que você tenha a quem amar.”

06 – O eu lírico declara o que ele deseja ao leitor. Enumere esses desejos.
      1° Não parar tão cedo.
      2° Que você consiga ser tolerante.
      3° Quando ficar triste que seja por um dia e não o ano inteiro.
      4° Que você tenha a quem amar.
      5° Muitos amigos.
      6° Que tenha até inimigos.
      7° Que você descubra que rir é bom.
      8° Que você ganhe dinheiro.

07 – Segundo o texto, para que servem os inimigos?
      Para você não deixar de duvidar.

08 – No trecho: “Eu desejo
                           Que você ganhe dinheiro
                           Pois é preciso
                           Viver também
                           E que você diga a ele
                           Pelo menos uma vez
                           Quem é mesmo
                           O dono de quem.”

a)   Diga a quem se refere o termo destacado.
Ao dinheiro.

b)   Explique que relação é estabelecida pelo conectivo “Pois”.
É uma conjunção.

c)   Explique o que significa “ser dono” nesse trecho?
Significa que você não pode deixar o dinheiro ser seu dono, ele apenas é necessário e não fundamental.

d)   Escreva um parágrafo, explicando como deve ser a relação do ser humano com o dinheiro, segundo o texto.
Segundo o texto, é precisar ganhar dinheiro, mas é preciso viver também.

09 – Após a leitura, conclui-se que o amor é um sentimento inabalável e que nunca muda? Explique com suas palavras.
      Resposta pessoal do aluno.





FILME(ATIVIDADES): O ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS - COM SINOPSE/INTERPRETAÇÃO E GABARITO

FILME(ATIVIDADES): "O ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS"

Ficha Técnica
Direção: Cão Hamburger
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 110 minutos
Ano de Lançamento (Brasil): 2006


        O filme se passa no ano de 1970. Mauro é um garoto mineiro de 12 anos, que adora futebol e jogo de botão. Um dia sua vida muda completamente, já que seus pais saem de férias de forma inesperada e sem motivo aparente para ele. Na verdade, os pais de Mauro foram obrigados a fugir por formarem um casal militante de esquerda e serem perseguidos pela ditadura militar no Brasil, tendo que deixá-lo com o avô paterno (Paulo Autran). Porém, o avô enfrenta problemas e algo inesperado ocorre com ele, o que faz com que Mauro tenha que ficar com Shlomo, um velho judeu solitário que é seu vizinho. Enquanto aguarda um telefonema dos pais, Mauro precisa lidar com sua nova realidade, vivendo momentos de tristeza pela situação em que vive e também de alegria, ao acompanhar o desempenho da seleção brasileira na Copa do Mundo do México. A paixão pelo futebol, o desenvolvimento de sua sexualidade, novas amizades e a vivência em um mundo completamente diferente do qual até então vivia são algumas pautas abordadas no enredo. Toda a história se desenvolve com as inesperadas férias que os pais do garoto “usufruem”, sendo o encrudescimento da ditadura e os jogos do Brasil no México, rumo ao título de 1970, o pano de fundo para a narração dos conflitos vividos por Mauro.

        Em O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, a Copa do Mundo de 1970 monta o cenário e a ditadura militar no Brasil é o ponto de partida pelo qual o enredo discorrerá. A história do filme é toda baseada nas transformações que ocorrem na vida do protagonista, Mauro, de apenas 11 anos. Essas transformações são decorrentes da mudança que Mauro é obrigado a passar já que quando seus pais saem de férias sem data certa para voltar, o garoto (de Belo Horizonte) é obrigado a conviver com seu avô em São Paulo.

        A história que se passa em 1970 narra as aventuras e descobertas do jovem protagonista, todas elas diretamente relacionadas com a fuga que seus pais são obrigados a realizar para se livrarem da perseguição do governo militar. O jovem casal militante da esquerda política deixa o filho no Bairro do Bom Retiro em São Paulo para que procurasse o avô buscando moradia e cuidados durante as forçadas férias dos pais. Pelo oportunismo do destino, o avô de Mauro morre e o menino acaba acolhido por um vizinho, um judeu solitário e ranzinza com quem o garoto pouco a pouco vai desenvolvendo uma relação de amizade e confiança.

        Durante todo o filme, boa parte das atuações referentes à ditadura militar no Brasil é amenizada pelo forte relacionamento que o menino tem com o futebol. A Copa do Mundo de 1970, e os jogos do Brasil a todo o tempo permeiam os fatos narrados no filme, desviando bastante a atenção das perseguições realizadas pelos militares. Mesmo com grande crítica por tratar a ditadura militar no Brasil apenas como pano de fundo, para um espectador mais atento é possível pensar a obra como uma ficção criada em cima de uma das inúmeras consequências que o regime militar provocou na vida dos brasileiros.

        Em meio ao desaparecimento de pessoas, mortes, prisões, deposições, condenações e vários exilamentos, a fuga dos pais de Mauro das perseguições que sofreram é mais uma consequência. O pequeno trecho de vida de Mauro, narrado na obra, o sofrimento de seu personagem e as aventuras e desavenças pelas quais o menino passa são todas ocasionadas pelas inesperadas férias de seus pais, ou seja, frutos da intransigência política vigente na década de 70, quando sob o governo do general Ernesto Garrastazu Médici o Brasil conheceu um dos momentos mais obscuros da ditadura.

        O drama de Mauro é, segundo o diretor Cão Hamburguer, o drama de muitas pessoas que sofreram com a ditadura militar, mas acima de tudo o drama de um garoto em fase de transição da infância para a adolescência, que se vê obrigado a se virar sozinho no mundo sem a presença dos pais. Com as palavras do diretor pode-se entender o filme como um drama leve, produzido para toda a família, longe de qualquer intenção de denunciar a ação militar no Brasil, mas passível de aproximá-la a muitos jovens da mesma faixa etária de Mauro, proporcionando uma reflexão sobre o tema.

        Com diálogos curtos, excelente caracterização indumentária e um cenário muito bem construído e apresentado, o filme peca ao priorizar algumas brincadeiras pueris, quando poderia dar sequência a atuação das organizações de militantes de esquerda, alcançando, no mínimo, a mesma dinâmica conquistada com as cenas cômicas sem, no entanto, perder o elo original pretendido pelo diretor.

        O filme mistura momentos de tensão, ocasionados pela ação dos militares na vida dos personagens, à momentos de alegria proporcionados por exemplo pelas vitórias alcançadas pela seleção brasileira de futebol, na Copa do Mundo do México. Devido ao enredo, fica difícil compreender a finalidade pela qual o filme foi produzido, mas sem dúvida sua história é elaborada para abarcar diferentes nichos da sociedade.

        É interessante perceber que o roteiro é trabalhado a partir do elemento mais lembrado por pessoas que passaram pela ditadura militar no Brasil sem, no entanto, carregar marcas expositivas. O tricampeonato do Brasil no México é lembrado por todos os jovens que viveram a década de 70 como um “possível” bom momento da ditadura no país.

        A tomada de ângulos ao longo das cenas varia muito pouco, fato que pode ser conjugado, no enredo, com a inércia que o pequeno Mauro vive. Apesar dos novos sentimentos que a vida lhe apresenta através das novas amizades e momentos de descontração vivenciados com os colegas de bairro, o protagonista está sempre à espera do retorno de seus pais.

Título Original: O ano em que meus pais saíram de férias (Brasil)
Gênero: Drama    Tempo de Duração: 110 minutos
Ano de Lançamento: 2006

Entendendo o filme: 
01 – Quais são os personagens centrais desse filme? 
      Mauro, Daniel e Bia

02 – Porque o personagem Mauro pode ser considerado protagonista? 
      Com doze anos de idade, Mauro (Michel Joelsas) já sabe que a profissão de arqueiro é a mais solitária dentro de campo. A responsabilidade é tremenda. Transcorre 1970, ano de Copa, e os pais de Mauro saem de férias. Esse é o eufemismo para dizer que a ditadura forçou o casal a se esconder. O garoto é deixado em São Paulo com o avô. O que os pais não esperavam é que o velho falecesse de repente. Mauro está prestes a experimentar um pouco da responsabilidade - e da solidão - de ser um goleiro nesse jogo da tenebrosa e incerta época da repressão. 

03 – Quais são as características desse personagem? 
      Garoto mineiro de 12 anos que adorava futebol e jogo de botão.

04 – Qual foi a primeira e difícil surpresa que Mauro teve ao chegar em São Paulo? 
      Na verdade, os pais de Mauro foram obrigados a fugir da perseguição política, tendo que deixá-lo com o avô paterno (Paulo Autran). Porém o avô enfrenta problemas de saúde, e vem a falecer.

05 – Qual foi a solução encontrada para que Mauro pudesse continuar na cidade? 
      O que faz com que Mauro tem que ficar com Shlomo (Germano Haiut), um velho judeu solitário que é vizinho do avô de Mauro.

06 – Essa solução foi confortável para as personagens envolvidas situação?
      O Shlomo age como um fantasma que some e ressurge sem que Mauro possa identificar seus movimentos. Tudo age contra ele. As férias dos pais que nunca terminam e as ações do velho Shlomo às vezes brutais.

07 – As amizades feitas pelo menino o ajudam se adaptar à nova vida temporária? Em sua opinião porque isso aconteceu?
      Resposta Pessoal.


PROJETO: MULTIFACE DA LINGUAGEM


PROJETO MULTIFACE DA LINGUAGEM


APRESENTAÇÃO:

        Este projeto tem a finalidade de desenvolver um trabalho interdisciplinar, ou seja, realizar um diálogo entre a Língua Portuguesa, Língua Estrangeira e Arte, através das multifaces da linguagem, seja verbal (oral/escrita) e não-verbal (imagens e expressão corporal), a música (canto e dança) declamação de poema, leitura dramatizada, exposição de desenho, produção de conto, crônica e poema. Para demonstrar o resultado do trabalho desenvolvido, apresentar-se-á na Feira Cultural da Escola as atividades desenvolvidas pelos dos alunos.

JUSTIFICATIVA:

        As observações no cotidiano em sala, foi decisivo para desenvolver este trabalho, ou seja, a maioria dos alunos demonstraram estar desmotivados, alguma coisa deveria ser feita para mudar um pouco a rotina. Isso ocorreu nos dois últimos dois meses do primeiro semestre. Depois do diagnóstico feito, foi detectado que a poesia, a música, conto, crônica, desenho e teatro, leitura dramatizada, poderiam ser as modalidades possíveis de serem trabalhadas com resultados positivos.

OBJETIVO GERAL:
        Desenvolver habilidades e competências nas mais diversas modalidades da linguagem que levem o aluno a perceber, que há caminhos diversos para chegar o conhecimento com prazer de aprender.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
        - Motivar os alunos através das diversas modalidades da linguagem a descobrir seu potencial.
        - Estimular os alunos a buscar conhecimento através de pesquisa.
        - Expor a pesquisa realizada através de exposição na feira cultural.
        - Compreender a importância da linguagem verbal e não verbal.
        - Aprender a apreciar arte e em suas diversas modalidades, realizando um sarau.
        - Revelar talentos.

PÚBLICO ALVO:

        O projeto tem como público alvo os alunos do ensino fundamental.

PROCEDIMENTO METODOLÓGICO:

        Para realização da Feira Cultural serão utilizadas metodologias diversificadas como: aula dialogada, pesquisas, produção de poesias, textos diversos, paródias, dramatizações, leituras de vários gêneros textuais; leituras dinamizadas, apresentações musicais, etc.
        Primeiro passo: conversar com os alunos a respeito do projeto (como será realizado o projeto), bem como fazer inscrição para a Feira Cultural dos grupos que participarão do trabalho e formar uma comissão organizadora (ver anexo I e II).
     Segundo passo: estudar conteúdos que serão a base de desenvolvimento para o projeto (gêneros literários, linguagem conotativa e denotativa).
        Terceiro passo: leitura de poemas e conto, igualmente a apreciação de obras de arte. Nesta fase, apresentar-se-á um Roteiro de Trabalho para cada grupo.
        Quarto passo: produção de textos poemas, contos e crônicas em sala de aula.
       Quinto passo: estudo, preparação e ensaio de textos escolhidos pela sala para apresentação em Sarau.
        Sexto passo: apresentação do Sarau.
     Sétimo passo: preparação para Feira Cultural, ou seja, confecção de cartazes e outros materiais pertinentes à exposição, tais como: materiais de dramatização, cenários, desenhos, entre outros, de acordo com a necessidade do trabalho realizado.
        Oitavo passo: Feira Cultural exposição.
Observação: todas as etapas do projeto devem ser fotografadas e / ou filmadas de modo que possa ser feito um registro do caminho percorrido pelos alunos durante a realização do projeto.

CONTEÚDOS:

- Texto literário e não literário.
- Gêneros literários (narrativo, lírico e dramático).
- Leitura de poema.
- Produção de poemas, contos e crônica.

PRODUTOS FINAIS:
- Publicação de poemas, crônica e conto.

AVALIAÇÃO:
        Ocorrerá de forma contínua e sistematizada por meio da interpretação qualitativa do conhecimento construído pelo aluno e da intervenção pedagógica realizada pelo professor(a).

                                           ANEXO I

        Comissão Organizadora do Sarau
        A comissão organizadora do Sarau Literário será formado por um Coordenador Geral, por coordenador de grupos e um(a) secretário(a), essas pessoas que irão compor a comissão serão responsáveis pelo bom andamento do evento. Cada turma terá apenas um coordenador(a) de grupo e um(a) secretária.
        O que deve ser feito?

COORDENADOR GERAL:
        Supervisionar todas as atividades dos coordenadores de grupo, secretários e grupos de alunos que assumiram os temas a serem trabalhados.

COORDENADOR DE GRUPOS:
·        Estimular os demais a cumprir suas tarefas.
·        Supervisionar o andamento do grupo.
·        Identificar falhas e atrasos nas atividades.
·        Levantar as necessidades do grupo quanto ao material que irá precisar.

SECRETÁRIO(A):
·        Reunir com cada grupo e saber da escolha do tema.
·        Recolher as inscrições do grupo.
·        Saber que atividades que será desenvolvida no dia do sarau.
·        Realizar reuniões com grupo para verificar, se está pronto para ser apresentado, informar as professoras como estão sendo desenvolvidos os trabalhos.
·        Definir quantos trabalhos.
 

                                         __________________________________
                                                       Coordenador(a) Geral
                                         
                                         __________________________________
                                                    Coordenador(a) de grupos

                                         __________________________________
                                                               Secretário(a)

               

TEXTO: HERÓIS E MITOS - TOM COELHO - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

Texto: SOBRE HERÓIS E MITOS

       "Todo homem é um herói e um oráculo para alguém." (Ralph Waldo Emerson)

       Todos nós cultivamos heróis. São pessoas que nossos olhos enxergam de forma diferenciada. Eles são mais corajosos, tenazes, perspicazes. 
Também parecem maiores, por vezes até fisicamente, admirados pela tela da televisão, foto no jornal ou imagem estampada em nossas mentes. São capazes de feitos incríveis, suportam e superam grandes adversidades e alcançam resultados extraordinários. À tradição grega, mortais divinizados por atos de nobreza.
       Quando pequenos, elegemos pais, irmãos ou avós representantes dessa casta. Espelhamos muitos de nossos comportamentos e valores a partir dos exemplos por eles destilados. Já na fase adulta, muito embora a influência familiar de outrora permaneça impregnada em nosso íntimo, passamos a adotar outros modelos, em geral, oriundos do meio social ou profissional.
        Arquitetos têm como ícones Le Corbusier e Oscar Niemeyer; pintores, Vincent Van Gogh e Pablo Picasso; amantes do jazz, Sarah Vaughan e Charlie Parker; educadores, Jean Piaget e Paulo Freire. Experimente fazer este exercício! Escolha uma carreira profissional qualquer e, com certeza, você encontrará alguns nomes notáveis.
       Como tudo na vida, a presença destes expoentes tem aspectos positivos e negativos. O lado bom é que servem como referência, parâmetro de conduta e exemplo de excelência. Mas há uma face ruim... Por serem tidos como semideuses, parecem denotar um padrão inatingível para pessoas normais como nós. Você olha para eles e seus inventos e declara: "Esplêndido! Gostaria de poder fazer igual...".
        Diante disso, você se apequena e se constrange.

                                                                Tom Coelho .Texto adaptado.

Glossário:
Oráculo: divindade consultada ou sacerdote encarregado da consulta à divindade e transmissão de suas respostas.

01 – Tom Coelho expressa o que pensa a respeito da relação que as pessoas têm com seus heróis, com seus mitos. Quando diz "Eles são mais corajosos, tenazes, perspicazes", ressalta os modelos a serem seguidos e/ou admirados pelo fato de representarem:
      a) sempre uma face boa;
      b) uma face, muitas vezes, ruim;
      c) um estímulo, uma motivação;
      d) uma figura familiar;
      e) uma forma de constrangimento.

02 – Associando os textos I e II, pode-se afirmar que:
      a) é possível atingir a tenacidade do ídolo apenas por intermédio da fé, da divindade que ele representa;
      b) a divindade atribuída a Neymar é constrangedora, já que nenhum fã pode alcançar sucesso semelhante;
      c) heróis como Neymar são mitos, isto é, só existem na imaginação fértil de seus fãs;
      d) Neymar serve de estímulo a muitos fãs, podendo representar símbolo de ascensão social e pessoal para muitos deles;
      e) o modelo que Neymar representa é negativo, uma vez que sua tenacidade é única, incomparável.


      

POEMA: OS LUSÍADAS - LUÍS VAZ DE CAMÕES - COM GABARITO


POEMA: OS LUSÍADAS (1572)
                 Luís Vaz de Camões


As armas e os barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca dantes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana
E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram; E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valorosas
Se vão da lei da Morte libertando
Cantando espalharei por toda a parte
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

Luís de Camões, Canto I, 1-2

Entendendo o poema:
01 – O texto evidencia claramente características do gênero:
a) épico.
b) lírico.
c) poético.
d) dramático.
e) narrativo.

02 – Escrito com o objetivo de contar a trajetória do povo português, Camões utiliza recursos para compor o gênero textual em questão, tendo como marca do gênero:
a) narrar passagens gloriosas e grandes feitos.
b) apresentar de forma emocional e lírica as emoções do narrador. c) possibilitar uma adaptação para tornar o texto dramático.
d) dramatizar episódios lendários.
e) emocionar através das memórias do narrador.

03 – O verso que melhor exemplifica a ideia de "continuidade" e "perpetuação" da obra literária passada de geração para geração está em:
a) As armas e os barões assinalados.
b) Cantando espalharei por toda a parte.
c) A Fé, o Império, e as terras viciosas / De África e de Ásia andaram devastando.
d) Em perigos e guerras esforçados / Mais do que prometia a força humana.
e) Se vão da lei da Morte libertando.



TEXTO: O ÍNDIO - EDSON R.PASSOS - COM GABARITO

TEXTO: O ÍNDIO

        - Meu Deus, é ele!

      Quem já conversou com um índio, assim um papo aberto, sobre futebol, religião, amor...? A primeira ideia que nos vem é a da impossibilidade desse diálogo, risos, preconceito, talvez. O que dizer então da visão dos estrangeiros, que pensam que andamos nus, atiramos em capivaras com flechas envenenadas e dançamos literalmente a dança da chuva pintados com urucu na praça da Sé ou na avenida Paulista?
        Pois na minha escola no ano de 1995 ocorreu a matrícula de um índio. Um genuíno adolescente pataxó.

        A funcionária da secretaria não conseguiu esconder o espanto quando na manhã de segunda-feira abriu preguiçosamente a portinhola e deparou-se com um pataxó sem camisa com o umbigo preto para fora, dois penachos brancos na cabeça e a senha número "um" na mão, que sem delongas disse:

        – Vim matricular meu filho.

       E foi o que ocorreu, preenchidos os papéis, apresentados os documentos, fotografias, certidões, transferências, alvarás, licenças etc. A notícia subiu e desceu rapidamente os corredores do colégio, atravessou as ruas do bairro, transpôs a sala dos professores e chegou à sala da diretora, que levantou e, em brado forte e retumbante, proclamou:

         – Mas é um índio mesmo?

      Era um índio mesmo. O desespero tomou a alma da pobre mulher; andava de um lado para o outro, olhava a ficha do novo aluno silvícola, ia até os professores, chamava dois ou três, contava-lhes, voltava à sala, ligava para outros diretores pedindo auxílio, até que teve uma ideia: pesquisaria na biblioteca. Chegando lá, revirou Leis, Decretos, Portarias, Tratados, o Atlas, Mapas históricos e nada. Curiosa com a situação, a funcionária questionou:

        – qual o problema para tanto barulho?
     
     – Precisamos ver se podemos matricular um índio; ele tem proteção federal, não sabemos que língua fala, seus costumes, se pode viver fora da reserva; enfim, precisamos de amparo legal. E se ele resolver vir nu estudar, será que podemos impedir?

        Passam os dias e enfim chega o primeiro dia de aula, a vinda do índio já era notícia corrente, foi amplamente divulgada pelo jornal do bairro, pelas comadres nos portões, pelo japonês tomateiro da feira, pelos aposentados da praça, não se falava noutra coisa. Uma multidão aguardava em frente da escola a chegada do índio, pelas frestas da janela, que dava para o portão principal, em cima das cadeiras e da mesa, disputavam uma melhor visão os professores – sem nenhuma falta –, a diretora, a supervisora de ensino e o delegado.
        O porteiro abriu o portão – sem que ninguém entrasse – e fitou ao longe o final da avenida; surgiu entre a poeira e o derreter do asfalto um fusca, pneus baixos, rebaixado, parou em frente da escola, o rádio foi desligado, tal o silêncio da multidão que se ouviu o rangido da porta abrir, desceu um menino roliço, chicletes, boné do Chicago Bulls, tênis Reebok, calça jeans, camiseta, walkman nas orelhas, andou até o porteiro e perguntou:

        – Pode assistir aula de walkman?

Edson Rodrigues dos Passos. In: Nós e os outros:
Histórias de diferentes culturas. São Paulo. Ática, 2001.

ENTENDENDO O TEXTO

1. Na escola, tudo corria tranquilamente. O que vem mudar esta situação?
    A matricula de um índio.

2. Por que a diretora consultou os documentos citados no texto?
    Porque não tinha certeza se podia recebe-lo na escola, tinha dúvidas se a escola sabia falar a sua língua.

3. Em quais documentos a diretora poderia encontrar amparo legal para matricular o índio
?
     Leis, Decretos, Portarias, Tratados, o Atlas, Mapas históricos.

4. Por que a comunidade tinha expectativa pela chegada do índio?
    Porque não sabiam de que maneira o indiozinho viria pra aula, nem como estaria vestido.

5. O menino pataxó correspondeu à expectativa que a comunidade tinha a respeito dele?
    Nãopois o garoto era um aluno normal como os outros da escola

6. O menino chega mascando chicletes, usando boné do Chicago Bulls, tênis Recep, calça jeans, walkman nas orelhas. A que cultura associou os elementos citados?
     Uma cultura padrão ele se vestia igual aos alunos daquela escola...

7. Das frases abaixo, qual é a que mais se aproxima da questão cultural indígena tratada no texto?
a)É bom que todos tenham a oportunidade de partilhar os avanços tecnológicos.
b) É uma pena que os povos percam sua identidade.
c) Eu uso esses produtos, mas o índio usando é estranho.

8. A expressão brado retumbante aparece em um importante texto brasileiro. Você sabe qual?
    Resposta pessoal do aluno.

9. Como o conflito se resolve no final? 
    A comunidade escolar se decepciona com o índio, pois eles não esperavam um jovem normal como os outros.

10. Você acha normal a reação das pessoas ao ver um índio? Você também teria esta reação? Justifique sua resposta.
     Sim pra quem não conhece sua história de existência... Pois alguns séculos atrás os índios corresponderia a expectativa da escola, mas nos dias de hoje eles já se trajam como o branco...