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quinta-feira, 19 de outubro de 2023

ARTIGO DE OPINIÃO: EXISTE UMA IDADE MELHOR? LYA LUFT - COM GABARITO

 ARTIGO DE OPINIÃO: Existe uma idade melhor?

          Lya Luft

        A vida é um rio que corre. Nós somos os peixes, galhos e folhas caídas das árvores que essa torrente leva. Se pensarmos assim, imaginando que vamos desaguar no estranho silencioso nebuloso mar chamado morte, que pode não ser o fim de tudo, teremos uma visão realista das etapas da nossa existência. Sou pouco simpática à invenção de rótulos que distorcem realidades revelando apenas um preconceito: envelhecer é feio, é degradante, vamos ser eternamente jovens, seguindo aos pulinhos até o fim, fantasiados de Peter Pan. Disfarçamos realidades naturais porque as vemos como algo feio, inadmissível, pobres de nós, ignorantes do que é normal e digno e bom.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV_n6PDLVwdqkwbZoEBTWP1OflR-WAA4KxQeo2j4oMbx7OA0znUYLcOQ3WmaVhrWDrHE5Zgr_ClAoMVdM-aLmA-d7baE0tksOzRwJ1IdEZeP8uE9CjpZdULFCt6W06D6TW7eYOpAw-OH5Ffs0YqTV7w6NKwU74mlVvaWCeZ8iIVbna5YL2ZdpBL4izJRg/s320/MELHOR%20IDADE.jpg


        Assim, inventam-se termos para a velhice: um pior do que o outro. “Terceira idade” não significa grande coisa, pois, se podemos viver até 80 ou 90 ainda ativos – (o número de pessoas nessas condições tende a aumentar -, vamos criar uma quarta idade e uma quinta: isso tudo me parece bastante tolo. Pior ainda é chamar a velhice, que alguns consideram se iniciar aos 60, outros aos 70 ou aos 80, de “melhor idade”. Quem disse que é melhor? Melhor do que qual outra fase? Melhor é algo muito subjetivo, em geral nos referimos à infância, mas a infância é sempre feliz? A Juventude não sofre? A maturidade não exige trabalhos e sacrifício?

        Por que consideramos a passagem do tempo decadência, e não transformação? Tudo é um processo que se inicia quando somos concebidos, depois somos lançados nesse rio de tantas águas chamado vida. Uma cadeia de mudanças que após um bom tempo traz limitações físicas, menos elasticidade, menos beleza no conceito geral, talvez menos lucidez. Alguma dependência de outros, quem sabe, e, se não cultivamos bons afetos, isso pode ser doloroso. Mas não necessariamente decrepitude e vergonha a esconder! Todas essas naturais transformações deveriam vir acompanhadas de qualidades que na juventude não tínhamos. Capacidade de amar melhor, por exemplo: filhos criados, amizades consolidadas, velhos casamentos sendo uma parceria tranquila, e tempo disponível, são grandes privilégios. Podemos amar com mais alegria, pois não precisamos educar netos, apenas curtir, querer bem, deixar que gostem de nossa companhia, não sendo os chatos cobradores, exigentes a reclamar que as visitas são poucas, que merecíamos mais atenção. Temos tempo para curtir coisas que passavam despercebidas na correria anterior, como uma bela paisagem, um bom filme, um bom livro, uma boa conversa, doces memórias, não pensando no que perdemos, mas no que tivemos e ficou em nós, se fomos atentos e não fúteis demais.

        “O que a senhora faz para se manter jovem?”, me perguntou um jornalista recentemente. Achei graça: eu não quero me manter jovem, quero ser uma pessoa interessada, e quem sabe interessante, na fase em que estou. Querer ter 40 anos aos 70 é tão patético quanto querer ter 20 aos 40, como se nos tivessem embalsamado na idade que achamos ideal. Que idade será essa? A infância é para alguns a fase mais feliz; para outros foi a juventude, e assim vai. Não acho que a chamada “terceira idade” seja a melhor, e detesto a expressão “melhor idade”, que apenas revela um preconceito atroz. Mas nela podemos ter e passar adiante coisas boas, belas e alegres, e contemplar do alto desses anos todos com mais lucidez e calma, por exemplo, a mediocridade reinante neste momento no país, se é que isso nos interessa. Deveria interessar.

        Mas uma cruel fixação na juventude nos impede de curtir naturalmente a passagem do tempo, que, se aliada a certo bom humor, nos torna amados e amorosos, ligados ao mundo mesmo quando a velha senhora morte começa a rondar a nossa casa. E, se acreditarmos que esse rio da vida que corre não termina num nada absurdo, mas em nova fase, quem sabe não precisaremos tapar a cabeça feito crianças diante do que nos espera nesse mar onde tudo deságua – inclusive nossos preconceitos, nossas fragilidades e nossas ilusões.

*Fonte: Revista Veja, 30/01/2013

Entendendo o texto:

01 – Qual metáfora a autora usa para descrever a passagem do tempo?

      A autora usa a metáfora do "rio que corre" para descrever a passagem do tempo.

02 – Por que a autora critica o uso do termo "melhor idade"?

      A autora critica o uso do termo "melhor idade" porque considera que a ideia de uma idade ser melhor do que outra é subjetiva e revela preconceito.

03 – Como a autora acredita que as transformações naturais da idade avançada podem ser acompanhadas por qualidades positivas?

      A autora acredita que a idade avançada pode ser acompanhada por qualidades positivas, como a capacidade de amar melhor, relacionamentos consolidados e tempo para desfrutar da vida de maneira mais tranquila.

04 – Por que a autora não quer se "manter jovem"?

      A autora não quer se "manter jovem" porque prefere ser uma pessoa interessada e interessante na fase em que está, em vez de tentar parecer mais jovem do que é.

05 – Qual é a atitude da autora em relação à passagem do tempo?

      A autora tem uma atitude positiva em relação à passagem do tempo, desde que seja acompanhada de bom humor, amor e lucidez.

06 – Segundo a autora, por que a fixação na juventude pode ser prejudicial?

      A fixação na juventude pode ser prejudicial porque impede as pessoas de apreciarem naturalmente a passagem do tempo e de serem amadas e amorosas em idades mais avançadas.

07 – Qual é a visão da autora em relação à morte?

      A autora sugere que a morte não é necessariamente o fim de tudo, mas uma nova fase, e que essa perspectiva pode ajudar as pessoas a encararem a passagem do tempo com mais calma.

08 – Como a autora descreve a fase da "terceira idade"?

      A autora não faz uma descrição específica da "terceira idade" no texto, mas critica o uso desse termo e a expressão "melhor idade".

09 – Qual mensagem a autora deseja transmitir em relação à passagem do tempo e à idade?

      A autora deseja transmitir a mensagem de que a passagem do tempo é um processo natural que pode ser enriquecido por qualidades positivas, desde que as pessoas superem a fixação na juventude.

10 – Por que a autora menciona a mediocridade reinante no país?

      A autora menciona a mediocridade reinante no país para enfatizar a importância de estar ligado ao mundo e consciente dos problemas sociais, mesmo em idades avançadas, e como uma reflexão sobre a sociedade em geral.

 

 

ARTIGO DE OPINIÃO: MUNDO SEM POESIA É IMUNDO - ULISSES TAVARES - COM GABARITO

 Artigo de opinião: Mundo sem poesia é imundo

                            Ulisses Tavares

        A realidade da vida, em si mesma, não se sustenta.

        O ser humano é mais que um organismo que precisa de comida, roupa, sono e ar.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi44BhnoRud0OICg45T8qlnCzuILOwcYnq6NQ1iqJVSt3PmLvYQviTxWawgqgj5CtVkfGvtojV7vm4ydEi7IWGFh57ol7lYcSk47F_vsbBXP_jLJlb505u9nUlv20ePSC7uQFQBsrJcN1C7_tIkR38AXNLKrrBkShBXk4DE4gzTC7DuZyroINXNrTXLrwk/s320/POESIA.jpg


        As pessoas são famintas de carinho, ficam frias sem o cobertor da esperança, não dormem direito apenas com os braços de travesseiros, e querem, sempre, voar nos pensamentos. Respirar não basta, não preenche. Queremos inspiração para criar, amar, repartir. Aspiramos ser um outro ser, o que não somos podemos imaginar.

        Nem o macaco no zoológico aguenta as limitações, por mais bem tratado que seja. Claro que ele trocaria de bom grado a sua jaula pela liberdade da floresta.

        Deixamos para amanhã a luz que poderíamos ter ainda hoje. Nos assusta a poesia que iluminaria o túnel escuro em que nos arrastamos.

        Nós, os macacos evoluídos, temos a dor e o prazer de querer romper limites. E procuramos desesperadamente achar a chave da gaiola da civilização.

        A chave está dentro da gente. Sabemos disso. Mas dá trabalho procurar com afinco. Dói nos conhecermos.

        Daí desistimos com facilidade.

        E preferimos ficar macaqueando a farsa que a realidade externa nos mostra como felicidade.

        Triste espelho distorcido esse do dia-a-dia em que nos miramos para ajeitar o sorriso no rosto enquanto a alma chora.

        E vamos dançar, vamos para a balada. A música é alta para atordoar, a bebida forte para alterar rápido, e os corpos se juntam hoje para se desjuntarem amanhã cedinho como copinhos descartáveis de café.

        Queremos amor, claro. Só queremos e não temos porque, como todos, não desenvolvemos a delicadeza da entrega, da generosidade, do gosto pelas diferenças, pelas descobertas lentas, cautelosas e profundas.

        Os poemas escancarados de amor, de paixão, de entrega, de renúncia ao seu próprio umbigo, vão rareando, encolhendo, sumindo.

        Poema de amor não enche barriga, dizemos. Nem ajuda a conquistar beltrana, a impressionar fulano.

        E seguimos assombrados e sozinhos e surpresos porque contas bancárias, academias de ginástica e carro novo, também não conseguem nos tirar de nossa solidão.

        Nos contentamos com prazer sexual sem nunca chegar ao orgasmo espiritual, cósmico, que um simples e poderoso verso proporciona.

        E assistimos o noticiário para que este nos confirme que a poesia é inútil.

        Claro que nenhum bandido gosta de poesia. O poema é o território do humano, do sensível, do compartilhar. Nada a ver com o território sangrento de sua violência.

        Poderosos também não são chegados. Poesias insistem, frequentemente, em lembrar que existe todo um povo em redor deles, com seus apelos e urgências. Então, a política fica sendo a chatice, o tédio, o exercício vazio da crueldade. Falta o sonho.

        Política sem sonho é apenas um discurso.

        Demoramos milênios para adquirir o dom da fala. Séculos para dominarmos a escrita.

        Aprendemos a registrar em letras aquilo que estava engasgado na garganta imaterial de nosso íntimo.

        Frase após frase, passamos pela vida a procurar uma resposta.

        E todas as respostas estão ali, na nossa frente. São muitas porque muitas são nossas perguntas.

        Mas uma dessas respostas foi feita para nós por um de nossos semelhantes. A mesma coisa que nos inquieta também afligiu algum poeta, em algum momento.

        Teremos a coragem de ouvir?

        Poesia não se destina a fracos. Antenados percebem que da fraqueza vem sua força.

        Onde quer que se vá, um poeta já se atreveu a passar por lá. Pelos céus e pelos infernos de todos nós.

        A tecnologia muda, os costumes mudam, mas o ser humano é o que sempre foi e será, nem muito melhor, nem muito pior que isso que está aí.

        Dia a dia rima com poesia sim. Você decide. Abra um livro de poesia já. Antes que seja tarde.

        Ulisses Tavares é, claro, poeta, mas não otário, mano.

        Coloque o farol na popa e vá em frente!

        Você é uma jangada. Frágil, qualquer onda mais forte balança e quase o afoga. Você é o condutor e o passageiro ao mesmo tempo, candidato ao naufrágio, lutando e rezando para voltar à praia.

        Um país é um barco. Grande, mas nem sempre bem construído. E muito menos bem conduzido. O povo é apenas marinheiro cumprindo ordens.

        A Terra é um navio. Imenso, farto, mas com os passageiros de primeira classe capazes de festejar e dançar enquanto ele afunda como um Titanic.

        Jangada, barco e navio navegam pelas mesmas águas turbulentas da História, numa viagem que começou bem antes e não se sabe onde irá parar.

        O futuro é uma incógnita, mas o passado é a bússola que pode nos indicar se estamos fora da melhor rota. Se pegamos o caminho errado.

        E isso faz toda diferença.

        Sua jangada, precária de corpo e alma, a qualquer momento será engolfada pela tormenta dos azares, do imprevisível. A felicidade é apenas um momento de calmaria entre horas de ventos cortantes.

        As milhas já navegadas, porém, ensinam a prevenir desastres anunciados.

        Olhe os que foram engolidos pelo Triângulo das Bermudas da existência humana: drogas, egoísmo, alienação.

        Sem cuidar do corpo, você será uma casca de noz boiando no mar. Sendo egoísta, virará um homem solitário mesmo se rodeado de gente. Comprará tudo, menos o incomparável: amor, admiração, amizade. E, se alienando, será plateia perpétua, nunca ator no palco da vida. Vota, mas não apita nada.

        Nosso barco País de vez em quando acerta o rumo do porto seguro. Mas, no mais das vezes, parece uma canoa furada onde impera o salve-se quem puder.

        Novamente colocar o farol na popa, a parte de trás, em vez da popa, a parte da frente, nos ajuda a iluminar o hoje e clarear o possível amanhã.

        O barco já começou a navegar errado, com uma elite ociosa e corrupta e sem nenhum apreço pela educação. São séculos de tirar riquezas e colocar pobrezas. Primeiro pelos portugueses, depois por nossa própria conta e escolha.

        Nosso navio Terra, por sua vez, recebe insultos e devolve flores há milênios.

        Mas está com seu casco avariado, sem combustível e superlotado. Sua única saída é sacudir-se e livrar-se da tripulação toda para continuar como no início dos tempos.

        A esperança é que jangada, barco e navio encontrem uma corrente marítima segura para continuarem navegando.

        Não temos como resolver com facilidade tão grave problema. Não dá para enfrentar a fúria de Netuno, o senhor dos mares, esquecendo de Juno, o deus do tempo.

        Juno, aquele de duas faces da mitologia, uma olhando para a frente, outra voltada para o que passou.

        A História, portanto o passado, é nosso manual prático de cabotagem.

        O ser humano tem sido guerreiro, escravagista, fanático religioso e prepotente em todos os quadrantes e latitudes.

        E sempre afundou sua jangada nas procelas da ambição.

        Os governantes tem sido ora populistas, ora mentirosos, ora oportunistas.

        E sempre afundaram o barco do povo em nome de seus mesquinhos interesses pessoais.

        A Terra foi loteada em fronteiras bem delimitadas e guardadas. E essas fronteiras tem sido a justificativa para extrair o máximo de cada metro quadrado sem pensar no vizinho.

        E, como a Terra é redonda, o navio de todos nós é o mesmo e afunda por inteiro.

        Portanto, o axioma está formado, a Esfinge pronta a nos devorar se não dermos a resposta correta.

        Sem conhecer o que já passamos, como iremos decidir onde será melhor passar?

        A História não é algo estático, parado no tempo.

        É um tsunami indo e vindo, se repetindo, como uma lição que ainda não aprendemos.

        Comecemos pela jangada, passemos para o barco e chegaremos ao navio.

        Sem ler História, de nossa vida, de nosso País, de nosso Planeta, estaremos perdidos.

        E iremos ao fundo, sem a mínima ideia de porque fomos parar lá.

        Ulisses Tavares é uma jangada com medo de ir à pique. Por isso se mira na História e tenta mudar o rumo do barco e do navio. Mas se sente um pouco sozinho nessa tarefa. Alguém aí disposto a ajudar? Cartas para a redação.

Entendendo o artigo de opinião:

01 – Qual é o título do artigo de opinião?

      O título do artigo é "Mundo sem poesia é imundo."

02 – Quem é o autor do artigo?

      O autor do artigo é Ulisses Tavares.

03 – Segundo o autor, o que as pessoas desejam além das necessidades básicas, como comida e sono?

      As pessoas desejam carinho, esperança, inspiração e a capacidade de criar, amar e compartilhar.

04 – O autor menciona a busca pela chave da gaiola da civilização. O que ele quer dizer com isso?

      O autor está se referindo à busca por uma maneira de escapar das limitações e restrições da vida moderna e da sociedade.

05 – Por que o autor acredita que a poesia é importante?

      O autor acredita que a poesia é importante porque ela é uma fonte de inspiração, expressão de sentimentos profundos e uma maneira de compartilhar o humano e o sensível.

06 – Como o autor descreve a política em relação à poesia?

      O autor descreve a política como "chatice" e "exercício vazio da crueldade" quando falta o sonho, destacando a importância do idealismo na política.

07 – O que o autor afirma sobre a tecnologia e os costumes em relação à natureza humana?

      O autor afirma que a tecnologia e os costumes podem mudar, mas a natureza humana permanece relativamente constante ao longo do tempo.

08 – Qual é a importância que o autor atribui ao conhecimento histórico?

      O autor enfatiza a importância de conhecer a história como um manual prático de navegação para evitar erros do passado.

09 – Quais são as três metáforas náuticas que o autor usa para descrever a humanidade e a sociedade?

      O autor utiliza as metáforas de jangada, barco e navio para representar diferentes níveis de organização social e desafios enfrentados pela humanidade.

10 – Qual é o apelo final do autor aos leitores?

      O autor faz um apelo para que os leitores se envolvam na busca por conhecimento histórico e participem ativamente na mudança do curso da sociedade e da humanidade.

 

 

ARTIGO DE OPINIÃO: COMO LER MUITO E CONTINUAR NA MESMA - ULISSES TAVARES - COM GABARITO

 Artigo de opinião: Como ler muito e continuar na mesma

               Ulisses Tavares

        Dizem que o peixe morre pela boca, principalmente quando abocanha o anzol crente que era uma deliciosa minhoca.

        No sentido figurado, o poeta aqui deu uma de peixe.

 Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIBwXmWONJjqn5pJJ4d96xwtU3RNdZXooRYuwhrqSZBvE26DVTmvwJQytQvmHJe9vtWtY-dEnHbUP8fm0s_zAkav1cDuAXEjRWIRRlxyi8G50j-juDl9Uc4qO-uSA77Af_qwlwnDH4iPUwRzbHPOnnqV0EL5LCmdsAlz2PUs39U0hufM64oshYy4K_7M8/s320/LER.jpg


        Durante os últimos anos, tenho defendido que as pessoas devem ler, e muito, e sempre, e o que quiserem ou gostarem. Com unhas e dentes, advoguei em palestras que é melhor ler pouco do que nada. E já saí espalhando por aí que mais vale uma leitura tola e fútil que servirá como treinamento para leituras de mais fôlego, no futuro.

        Fui um dos primeiros a louvar a Internet como ferramenta que forçasse os jovens a, no mínimo, praticarem a linguagem escrita e despertasse a geração adormecida (como a Pátria, no Hino Nacional) em berço esplêndido para novos conhecimentos.

        Pois é: Eu, em grande medida, estava errado. Mordi a isca e entalei com o ferrão do anzol da realidade.

        Minhas “verdades” não resistem as mais recentes pesquisas sobre hábitos de leitura e vou esclarecer tudo neste artigo, porque persistir no erro, mesmo que bem intencionado, é pura burrice.

        Primeiro, arriemos do mastro a bandeira de que, de porcaria em porcaria literária, de livros em livros água-com-açúcar, aos poucos o leitor ingressaria no mundo vasto mundo da literatura clássica ou no instigante e complexo universo da literatura contemporânea.

        Sei que não apenas eu como muitos professores esperançosos, apostamos nessa possibilidade.

        Infelizmente, os fatos nos desmentem.

        Levantamento de entidades ligados ao livro, como a CBL, constataram o óbvio: as tiragens dos romances cor-de-rosa, no Brasil, são de fato gigantescas e avidamente consumidas as centenas dos milhares nas bancas de jornais.

        Maravilha, em princípio.

        Só que um dado surpreendente e assustador emerge da pesquisa: quem lê esse tipo de literatura, continua lendo imutáveis historinhas de amor pelo resto da vida.

        Trocando em miúdos, as jovens e maduras leitoras sonhadoras desse segmento (uma versão atualizada dos antigos folhetins) leem muito. E trocando em graúdos, não leem nem se interessam por nenhum outro gênero ou tipo de livros.

        Certamente, não é esse leitor que vai compor o País de Leitores que nosso romantismo canta nestes tempos escuros.

        Agora, a Internet.

        É inegável que os jovens, em especial, estão trocando o hábito de leitura de jornais, revistas e livros, pela consulta na telinha digital.

        O mercado de livros vendidos nas livrarias já encolheu pela metade.

        E o tempo dedicado à mídia tradicional (a mídia impressa e televisiva) também caiu 40%.

        Um fenômeno com consequências imprevisíveis mas não assustador, pois quando Gutemberg inventou os tipos móveis também se achava o fim dos tempos, afinal livros eram copiados à mão.

        O que dá o que pensar, e preocupar, é que os neo-leitores, a geração web, está lendo mais… porém sem nenhum critério.

        Os trabalhos escolares estão recheados de textos catados na internet e… sem contexto!

        Parágrafos inteiros de grandes pensadores são copiados sem citar a fonte.

        Os poemas, então, são massacrados diariamente.

        Aquele famoso de Gabriel Garcia Marques, La Marioneta, que supostamente celebra a vida de um Gabriel a beira da morte, nunca foi do grande Gabo.

        Seu autor é um ventríloquo mexicano, Johnny Welch, que escreveu o poema para seu boneco!

        Em suma, os webeiros estão lendo qualquer droga e passando pra frente como obras definitivas.

        Isso não é conhecimento. É preguiça pura.

        E leitor preguiçoso nunca vai virar um bom leitor. Como apenas ouvir música estilo sertanejo e quebra-barraco não é um bom primeiro degrau para se transformar em requintado ouvinte de Bach.

        Por incrível que pareça, apenas os contumazes e fiéis leitores e fazedores de quebra-cabeças (essa categoria também composta de revistinhas e livrinhos best-sellers), estão no bom caminho da habilitação a carta de motorista leitor-premium.

        Enriquecem seu vocabulário. Lembremos que sem amplo vocabulário não se chegará a ler e entender nem bulas de remédio ou anúncios de imóveis.

        E, de lambuja, exercitam o cérebro evitando o mal de Alzheimer.

        Acaba meu espaço mas continuam as coisas aí pedindo para refletirmos juntos. Cartas para a redação. Ler, pensar e coçar é só começar.

Ulisses Tavares, poeta, escritor, professor, dramaturgo e filósofo multiuso.

Entendendo o artigo de opinião:

01 – Qual é a principal crítica que o autor faz em relação aos hábitos de leitura das pessoas?

      O autor critica a ideia de que a leitura de qualquer tipo de material, mesmo que seja considerado frívolo, eventualmente levará os leitores a explorar a literatura clássica ou contemporânea.

02 – Segundo o autor, qual é o problema das leitoras de romances cor-de-rosa no Brasil?

      O problema apontado pelo autor é que as leitoras desses romances tendem a continuar lendo apenas histórias de amor e não se interessam por outros gêneros literários.

03 – Como a Internet está afetando os hábitos de leitura, de acordo com o autor?

      A Internet está levando os jovens a abandonar a leitura de jornais, revistas e livros em favor de conteúdo digital, e isso está diminuindo o mercado de livros vendidos nas livrarias.

04 – O que preocupa o autor em relação à leitura na era digital?

      O autor expressa preocupação com o fato de que os leitores na era digital estão consumindo conteúdo sem critério, copiando textos da Internet sem contexto e sem citar fontes, o que ele considera preguiça intelectual.

05 – Qual é a crítica do autor em relação à leitura na Internet em relação a textos escolares?

      O autor argumenta que os trabalhos escolares estão sendo preenchidos com textos retirados da Internet sem contexto, e isso é prejudicial para a educação.

06 – De acordo com o autor, o que é necessário para se tornar um leitor premium?

      O autor sugere que para se tornar um leitor premium, é necessário ser um leitor assíduo, fazer quebra-cabeças, enriquecer o vocabulário e exercitar o cérebro.

07 – Quais são as consequências negativas que o autor associa à leitura sem critério na Internet?

      O autor acredita que a leitura sem critério na Internet não resulta em conhecimento genuíno, mas sim em preguiça intelectual e na disseminação de informações incorretas.

08 – O que o autor sugere ser o caminho certo para desenvolver bons hábitos de leitura?

      O autor sugere que desenvolver hábitos de leitura sólida envolve a escolha de leituras significativas, a ampliação do vocabulário e a prática constante da leitura.

09 – O que o autor quer destacar sobre o papel dos leitores na formação de um "País de Leitores"?

      O autor quer enfatizar que apenas ler qualquer coisa, sem critério, não contribuirá para a formação de uma nação de leitores, e é necessário escolher leituras mais substanciais.

10 – Qual é a mensagem final do autor para os leitores?

      A mensagem final do autor é incentivar os leitores a refletirem sobre seus hábitos de leitura, a escolherem leituras mais significativas e a evitarem a leitura sem critério.

 

ARTIGO DE OPINIÃO: A PROPAGANDA DOS POETAS. E OS POETAS DA PROPAGANDA - ULISSES TAVARES - COM GABARITO

 Artigo de opinião: A propaganda dos poetas. E os poetas da propaganda.

                Ulisses Tavares

        Em setembro, tive a alegria de ser um dos coordenadores da Primeira Semana de Poesia da Escola Superior de Propaganda e Marketing-ESPM- de São Paulo. Muitas e variadas atrações, com pesos pesados da crítica literária e da poesia brasileira.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirG4Z-kE2LK6vxQ5Gy77af763TTW8BDXUSe0UtsMZsaoiKpdxdFOz1Q6KBz2lZlKT7BjrUxyr1MxDg-8I2fJONre1BITgn7053otCSh9Z1OiOgxyhHxtTLMO0uvdeiEmbhZ-iWuGs0AfoR1vk7YWVGDsDzDbaX9r6xGdzm62gMlJ_BuOZXHT8mnt8IZY8/s1600/PROPAGANDA.jpg


        E tive a tristeza de constatar o óbvio: os universitários, com as poucas exceções de sempre, não parecem se entusiasmar pelo tema literatura, mesmo sendo de graça e de alta qualidade como neste evento da Espm.

        Perderam, assim, a chance de compartilhar a sabedoria atualizada de um Cláudio Willer, de um Carrascoza, de um Franceschi, de um Mauro Salles e, até, a performance do ator Pascoal da Conceição que tirou as calças e, de bunda de fora, deu um show sobre Mário de Andrade e o modernismo.

        Meu lado poeta ficou revoltado, mas meu lado publicitário, mais cínico, me consolou: esses jovens que não se ligam em leitura irão se ferrar em breve. Como é que alguém pode pretender trabalhar em marketing e propaganda se não gosta de ler? Em mais de 30 anos de profissão, nunca conheci um publicitário de sucesso que não gostasse de ler! Simplesmente porque é impossível viver o dia-a-dia da propaganda sem uma boa bagagem cultural. Na minha área, por exemplo, a Criação, as ideias surgem e se concretizam das mais diversas fontes: da moda, da informação factual, do vocabulário, da filosofia, da psicologia, da história, da geografia, enfim, de todos os ramos do conhecimento humano. Sem ser curioso e ser muito lido, o próprio mercado rejeita o sem-leitura na primeira entrevista de seleção.

        É mais fácil alguém que não gosta de ler virar presidente da república que publicitário de sucesso.

        Por isso, no próximo evento da Espm, pois muitos outros virão, já que sua diretoria é de apaixonados pela literatura, meu conselho de puta-velha é: compareçam e aproveitem, meninos, antes que seja tarde demais.

        O estudante que não compareceu às palestras, mesas-redondas e recitais, achando que poesia não tem nada a ver com propaganda, se passou um diploma de burraldo com louvor.

        Grande parte dos nossos maiores escritores e poetas foi (e assim ainda é) dependente da propaganda para sobreviver.
           O que também não é nenhuma novidade: o primeiro poeta que colocou seu talento a serviço do processo de venda de produtos, serviços e ideias (sim, o nome disso hoje é o tal de marketing, aluno alienado!) foi o maior poeta latino, Virgílio. Há mais de 2 mil anos atrás, ele ficou 8 anos escrevendo os 4 volumes do imenso poema Geórgicas. E não porque quisesse. Era para ganhar a vida mesmo. O hiper poema foi encomendado pelo imperador de Roma para convencer as pessoas a voltarem a trabalhar com prazer no campo, já que não cabia mais ninguém na cidade. Leiam e irão ver que o poema é quase um tratado de agricultura.

        Resumindo, propaganda pura e simples.

        A seguir, divirtam-se com uma seleção de exemplos da língua portuguesa:

        Fernando Pessoa, que dispensa apresentações, em 1928 meteu-se na propaganda e criou o slogan da Coca-Cola, produto recém-chegado ao seu Portugal: “Primeiro, estranha-se! Depois, entranha-se!” O slogan chegou a ter sua utilização proibida, pois as autoridades consideraram que ele insinuava que a Coca-Cola continha substâncias tóxicas. No que o autor deste artigo concorda, pois é viciado nela.

        Casimiro de Abreu, outro clássico, criou a propaganda do Café Fama: “Ah! Venham fregueses! / E venham depressa! Que aqui não se prega / Nem logro, nem peça.”

        Olavo Bilac, aquele do ouvir estrelas ensinado nas escolas do antigo primário, hoje fundamental, fez a propaganda do Fósforos Brilhante com estes versos: “Aviso a quem é fumante / Tanto o Príncipe de Gales / Como o Dr. Campos Salles / Usam Fósforos Brilhante.”

        Ernesto de Souza, em 1918, criou um hit poético-publicitário que todo mundo lembra geração após geração, para o remédio Rhum Creosotado: “Veja ilustre passageiro / o belo tipo faceiro / que o senhor tem a seu lado. / E, no entanto, acredite, / quase morreu de bronquite, / salvou-o Rhum Creosotado.”

        Augusto dos Anjos, aquele poeta da morte e dos vermes corroendo nossas putrefatas carnes, fez inúmeras propagandas em versinhos, com muita repercussão. Uma delas foi esta, para uma loja de roupas importadas: “Nesta cidade onde o atraso / Lembra uma cara morfética / Fez monopólio da estética / A Loja do Rattacaso.”

        Bastos Tigre e Ary Barroso, em 1934, lançaram a cerveja Brahma em garrafa, grande novidade da época já que, até então, só existia cerveja em barril: “O Brahma Chopp em garrafa, / Querido em todo o Brasil, / Corre longe, a banca abafa, / Igualzinho o de barril.”

        A lista é infindável, mas meu espaço não, por isso paro aqui. Mas aproveito para reiterar (é a mesma coisa, em propaganda, que a gente chama de stressar) que estudante de comunicações que não curte ler, nem ama a literatura, vai ter um problema prático logo de cara quando tentar virar profissional: seus futuros patrões são leitores compulsivos. E, também por causa disso, muito espertos e sabidos.

        Aliás, vários deles estavam lá, na Semana de Poesia da Espm. E outros tantos estarão nas próximas. Jovem que não for, dançou, marcou bobeira. Amém.

Ulisses Tavares, poeta nas horas plenas, publicitário nas horas vagas.

Entendendo o artigo de opinião:

01 – Qual foi o evento mencionado no artigo que o autor coordenou em setembro?

      O autor coordenou a Primeira Semana de Poesia da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) de São Paulo.

02 – Por que o autor ficou revoltado durante o evento?

      O autor ficou revoltado porque percebeu que a maioria dos universitários não demonstrou entusiasmo pela literatura, mesmo com a presença de figuras importantes da crítica literária e poesia brasileira.

03 – Qual é o conselho do autor para os estudantes que não compareceram ao evento da ESPM?

      O autor aconselha os estudantes a comparecerem e aproveitarem os eventos de literatura, pois acredita que é essencial para o sucesso na área de marketing e propaganda.

04 – Quem é considerado o primeiro poeta a se envolver em propaganda?

      O primeiro poeta a se envolver em propaganda foi Virgílio, um poeta latino que escreveu as "Geórgicas" a pedido do imperador romano para promover a agricultura.

05 – Quais são alguns exemplos de poetas famosos que também participaram na criação de slogans publicitários?

      Fernando Pessoa, Casimiro de Abreu, Olavo Bilac, Ernesto de Souza, Augusto dos Anjos, Bastos Tigre e Ary Barroso são alguns dos poetas mencionados no artigo que contribuíram com slogans publicitários.

06 – Qual é o ponto que o autor enfatiza sobre a importância da leitura na área de marketing e propaganda?

      O autor enfatiza que a leitura é essencial na área de marketing e propaganda porque as ideias e inspirações surgem de diversas fontes culturais e literárias.

07 – Como o autor descreve a relação entre a literatura e a propaganda?

      O autor sugere que muitos poetas e escritores tiveram que se envolver em propaganda para sobreviver, indicando uma ligação histórica entre as duas áreas.

08 – Qual é a importância do evento da ESPM mencionado no artigo?

      O evento da ESPM é importante porque oferece a oportunidade de os estudantes se envolverem com a literatura e, assim, adquirirem uma bagagem cultural fundamental para futuras carreiras em marketing e propaganda.

09 – O que o autor diz sobre o perfil dos futuros patrões na área de comunicações?

      O autor afirma que a maioria dos futuros patrões na área de comunicações são leitores compulsivos, inteligentes e bem-informados, o que pode ser um desafio para estudantes que não gostam de ler.

10 – Como o autor encerra o artigo em relação à participação dos jovens nos eventos da ESPM?

      O autor encerra o artigo enfatizando que os jovens que não participam dos eventos da ESPM perderão a oportunidade de se envolver com profissionais experientes e apaixonados pela literatura na área de comunicações.

 

 

domingo, 11 de dezembro de 2022

ARTIGO DE OPINIÃO - NOVAS TECNOLOGIAS: CUIDADO PARA NÃO VIRAR VÍCIO! DENISE ARAGÃO - COM GABARITO

 ARTIGO DE OPINIÃO- NOVAS TECNOLOGIAS: CUIDADO PARA NÃO VIRAR VÍCIO!

          Denise Aragão

          A internet e as tecnologias associadas a ela fazem parte do cotidiano atual de crianças e jovens, pois são instrumentos de pesquisa, conhecimento e lazer. No entanto, como o controle em relação ao tempo de uso é praticamente impossível, estão causando inúmeros problemas.

       Esse é um tema muito relevante, pois já é possível perceber sintomas de vício em eletrônicos nos jovens e até nas crianças, como, por exemplo: o isolamento, o afastamento de brincadeiras e atividades ao ar livre, a queda do rendimento escolar, a irritabilidade, a agressividade, a necessidade de passar um tempo cada vez maior conectado e a angústia quando são impedidos.

        Além disso, o costume de jogarem ou conversarem nas redes sociais antes de irem para a cama está adiando o horário dessa turma ir dormir. Eles deveriam dormir por volta das 21h30, três horas depois que escurece. Quem adia esse momento está mais exposto ao vício e à insônia.

      Outro ponto importante é o de que, como deixam de fazer exercícios físicos, é comum o ganho de peso, a obesidade e até a hipertensão precoce. Também já é possível observar problemas psicológicos. Durante a infância e a juventude, atividades variadas são indispensáveis para a formação psíquica do indivíduo. Por ser um ambiente muito atrativo, a internet pode gerar o desinteresse pela vida real e, muitas vezes, sua substituição pela vida virtual. Os efeitos dessa dependência vão da irritabilidade à alienação social, uma vez que a vida familiar, escolar e pessoal é prejudicada.

      Portanto, em vez de a tecnologia facilitar e ampliar os meios para se adquirir informações e o círculo de amizades, muitas crianças e jovens nunca estiveram tão desconectados do mundo real. Parecem hipnotizados por seus celulares e tablets, perdendo a vontade de estudar, de brincar ao ar livre e até de conversar entre si e com seus familiares.

 Denise Aragão. A Era Digital e os impactos na educação infantojuvenil. Coluna Bernadete Alves. Disponível em: http://www.bernadetealves.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3049%3Acoluna-bernadete-alves-dia-31072017&catid=4%3Abernadetealves&Itemid=1. Acesso em: 30 ago.2017.

Fonte: Encontros língua portuguesa, 4º ano:componente curricular língua portuguesa:ensino fundamental, anos iniciais/Isabella Pessoa de Melo Carpaneda, Angiolina Domanico Bragança – 1 ed. São Paulo: FTD, 2018, p.276-9.

 

GLOSSÁRIO

Hipertensão: pressão alta demais dentro do corpo.

Relevante: de muita importância, importante.

 Entendendo o texto

 01.Qual o ponto de vista defendido nesse artigo de opinião?

      Esse artigo defende que o uso excessivo das tecnologias tem causado inúmeros problemas em crianças e jovens.

02. Para defender seu ponto de vista, a autora listou alguns problemas causados pelo uso excessivo das novas tecnologias. Escreva três deles.

- Isolamento;

- Afastamento de brincadeiras e atividades ao ar livre;

- Baixa no rendimento escolar;

- Agressividade;

- Angústia quando não se está conectado;

- Perda do sono;

- Hipertensão;

- Desinteresse pela vida real.

03. Releia o início do quarto parágrafo do artigo de opinião.

   a) Qual foi a intenção da autora ao começar o quarto parágrafo com a expressão outro ponto importante? Marque.

  ( x ) Reafirmar as ideais dos parágrafos anteriores e acrescentar novas justificativas para defender seu ponto de vista.

   (    ) Iniciar uma ideia contrária ao parágrafo anterior.

   b) Encontre outro modo de começar o quarto parágrafo, substituindo as palavras outro ponto importante por outros termos que tenham o mesmo sentido.

Sugestões de resposta: e não é só isso/ e não para por aí/além disso/ e tem mais.

04. Releia um trecho do último parágrafo do artigo

      Portanto, em vez de a tecnologia facilitar e ampliar os meios para se adquirir informações e o círculo de amizades, muitas crianças e jovens nunca estiveram tão desconectados do mundo real. Parecem hipnotizados por seus celulares e tablets, perdendo a vontade de estudar, de brincar ao ar livre e até de conversar entre si e com seus familiares.

a)   Que palavra pode substituir a que está em destaque sem mudar o sentido da frase?

Sugestões de resposta: desligados, afastados, desvinculados.

b)   Na sua opinião, qual a intenção da autora em usar a palavra desconectados?

É provável que a autora tenha escolhido a palavra “desconectados” para fazer referência ao tema do artigo.

05. Leia.

            Conectado  - desconectado

a)   Essas palavras têm sentido semelhante ou sentido contrário?

    Sentido contrário.

b)   Faça o mesmo com as seguintes palavras, escrevendo o sentido contrário delas.

Cuidar      - descuidar

Fazer       - desfazer

Abrigar     - desabrigar

Congelar  - descongelar

Conhecer – desconhecer

Costurar  descosturar

Crença    descrença

Embarcar – desembarcar

06. A autora desse artigo ressaltou que um dos problemas causados pelo uso excessivo de tecnologias é a insônia.

       Em sua opinião, por que o sono é importante?

       Resposta pessoal.