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domingo, 11 de dezembro de 2022

ARTIGO DE OPINIÃO: NOVAS TECNOLOGIAS: FACILIDADE DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO - GETÚLIO BERNARDO MORATO FILHO - COM GABARITO

 ARTIGO DE OPINIÃO: NOVAS TECNOLOGIAS: FACILIDADE DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO

                       Getúlio Bernardo Morato Filho

    (AZ)      As novas tecnologias certamente revolucionaram o mundo com sua agilidade, grande quantidade de informação e poder de comunicação. Nesse sentido, o uso do computador, de tablets, de celulares e, consequentemente, da internet tem se tornado cada vez mais comum entre crianças e jovens, mas não há mal nisso.

    (AM)      Dos 6 aos 12 anos, jogos e brincadeiras interativas são os chamarizes. Além disso, há bastante interesse dessa faixa etária em vídeos e desenhos animados. Crianças e jovens também usam a internet para conversar com amigos e familiares, podendo estreitar laços com tios ou primos que não veem sempre, por exemplo.

    (AM)       Outra facilidade que os avanços tecnológicos permitem está relacionada a pesquisas de imagens e conteúdo em geral para trabalhos escolares. Atualmente, não é mais imprescindível comprar enciclopédias ou correr para a biblioteca cada vez que realizam pesquisas. Entretanto, a internet não substitui os livros, mas facilita a busca de informações.

     (AM)      A internet também é um excelente meio de divertimento para todas as idades, pois possibilita que pessoas se reúnam em torno de um mesmo jogo. Com ela, é possível aprender a dançar, jogar tênis e outros esportes. Assim, crianças e jovens tímidos acabam interagindo mais com os colegas.

      (AM)     No entanto, o controle sobre o uso da internet é importante. Proibir o uso jamais. A tecnologia não é um problema, e sim como a pessoa a utiliza. É necessário estabelecer um momento em que a garotada deixe de lado celulares, tablets e computador para brincar ao ar livre, fazer as refeições, ler e conversar face a face.

      (VE)    Em suma, a família deve ser a principal construtora de um comportamento saudável no uso da tecnologia, mantendo em casa regras e conversas a respeito do uso correto da rede, seguida pela escola, que também tem a função de educar nesse sentido, já que é grande incentivadora de seu uso.

 Getúlio Bernardo Morato Filho. A Era Digital e os impactos na educação infantojuvenil? Coluna Bernadete Alves. Disponível em http://www.bernadetealves.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3049%3Acoluna-bernadete-alves-dia-31072017&catid=4%3Abernadete-alves&Itemid=1 Acesso em: 30 ago. 2017.

Fonte: Encontros língua portuguesa, 4º ano:componente curricular língua portuguesa:ensino fundamental, anos iniciais/Isabella Pessoa de Melo Carpaneda, Angiolina Domanico Bragança – 1 ed. São Paulo: FTD, 2018, p.270-3.

GLOSSÁRIO

Chamarizes: coisas que atraem pessoa ou animal; iscas.

Estreitar laços: fazer algum sentimento ficar mais forte.

Imprescindível: que não se pode deixar de ter; indispensável.

Revolucionar: mudar completamente a situação de alguma coisa.

 Entendendo o texto

01. Nesse artigo de opinião, que ponto de vista o autor defende?

Defende que as tecnologias são benéficas se as pessoas souberem usá-las de maneira adequada.

02. Geralmente, os artigos de opinião são organizados assim:

·        Ponto de vista: o autor introduz o assunto e apresenta seu ponto de vista.

·        Justificativa: o autor apresenta argumentos que justificam seu ponto de vista.

·        Conclusão: o autor conclui suas ideias e reafirma seu ponto de vista.

      Releia o artigo e classifique-o com as seguintes siglas abaixo:

      Ponto de vista: AZ

      Justificativa: AM

      Conclusão: VE

03. Esse artigo ressalta que o uso da internet deve ser:

a)   proibido pelos pais e educadores.

b)   controlado pelos pais e pela escola.

c)   de responsabilidade exclusiva da família.

 

04. Nesse artigo de opinião, há palavras e expressões que servem para ligar as ideias nos parágrafos e entre os parágrafos.

Releia o segundo parágrafo.

Dos 6 aos 12 anos, jogos e brincadeiras interativas são os chamarizes. Além disso, há bastante interesse dessa faixa etária em vídeos e desenhos animados. Crianças e jovens também usam a internet para conversar com amigos e familiares, podendo estreitar laços com tios ou primos que não veem sempre, por exemplo.

       - E expressão além disso foi usada para ligar as ideias apresentadas no parágrafo, acrescentando-lhe informações. Qual dos elementos a seguir poderia substituir essa expressão, mantendo o mesmo sentido?

a) além do mais.

b) mas.

c) dessa forma.

 

quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

ARTIGO DE OPINIÃO: IMPORTÂNCIA DO SONO NA ADOLESCÊNCIA - RAFAELA FUSIEGER - COM GABARITO

 ARTIGO DE OPINIÃO: Importância do sono na adolescência

 Conheça estudos que evidenciam a necessidade de desfrutar de horas suficientes de sono, além de dicas que contribuem para dormir melhor

                                                                       2 jun 2017

          Um estudo citado pela Escola de Medicina de Harvard (Harvard Medical School) menciona que pesquisadores de Cingapura dividiram estudantes do ensino médio em dois grupos. Durante uma semana, os integrantes de um dos grupos dormiram nove horas por noite, já os participantes do outro grupo foram instruídos a dormir cinco horas. Os estudantes foram avaliados antes, durante e depois dessa semana de experiência. Os pesquisadores revelaram que o grupo que desfrutou de menos horas de sono apresentou mais problemas de função cognitiva, atenção e humor ao longo da semana, quando comparados com os outros estudantes. Além disso, foram necessárias duas noites de “sono de recuperação” para o organismo voltar ao normal.

          As informações acima evidenciam a importância do sono na adolescência. A Academia Americana de Medicina do Sono (American Academy os Sleep Medicine) recomenda que jovens de 13 a 18 anos durmam, pelo menos, de oito a dez horas ininterruptas em um período de 24 horas. Conforme a Escola de Medicina de Harvard, enquanto a quantidade de sono ideal pode variar de pessoa para pessoa, no caso das crianças e adolescentes o fato de não dormir horas suficientes pode ter consequência graves, pois o cérebro está em desenvolvimento e, portanto, é mais sensível aos impactos do sono deficiente.

 Dicas para dormir melhor

 Vinte a trinta minutos antes de dormir, estabeleça como rotina o estímulo a atividades tranquilas, como a prática de meditação, yoga ou leitura.

Evite que televisores, computadores, celulares, tablets e outros dispositivos de mídia eletrônica permaneçam no quarto durante o período programado para dormir.

Não faça ingestão de cafeína à tarde e à noite, pois o corpo pode passar até oito horas sob os efeitos dela, interferindo negativamente na qualidade do sono.

Faça lanches mais leves ou ingira uma porção menor de comida no jantar.

Tome banho quente antes de se deitar. Esse hábito costuma gerar sensações de sonolência e de relaxamento.

Mantenha um horário fixo para dormir e acordar todos os dias, evitando dormir em excesso aos fins de semana.

Evite sonecas após às 15h, pois isso pode dificultar o “pegar no sono” à noite.

                                        FUSIEGER, Rafaela.Viver bem. Unimed.

Disponível em: www.unimed.coop.br/./importancia-do-sono-na-adolescencia Acesso em: 26 fev 2018.

Fonte: Maxi: ensino fundamental 2:multidisciplinar:6 º ao 9º ano/obra coletiva: Thais Ginicolo Cabral. 1.ed. São Paulo: Maxiprint,2019.7º ano Caderno 3 p 56 a 60.

 Entendendo o texto         

 Qual foi o estudo citado pela Escola de Medicina de Harvard?

Pesquisadores de Cingapura dividiram estudantes do ensino médio em dois grupos.

A que esses grupos foram submetidos?

Durante uma semana, os integrantes de um dos grupos dormiram nove horas por noite, já os do outro grupo foram instruídos a dormir cinco horas.

Como foi feito o acompanhamento desse estudo?

Os estudantes foram avaliados antes, durante e depois dessa semana de experiência.

Os que os pesquisadores revelaram?

O grupo que desfrutou de menos horas de sono apresentou mais problemas de função cognitiva, atenção e humor ao longo da semana, quando comparados com os outros estudantes. Além disso, foram necessárias duas noites de “sono de recuperação” para o organismo voltar ao normal.

Qual é a recomendação da Academia Americana de Medicina do Sono com relação à importância do sono?

A Academia Americana de Medicina do Sono recomenda que jovens de 13 a 18 anos durmam, pelo menos, de oito a dez horas ininterruptas em um período de 24 horas.

Por que as consequências podem ser graves no caso das crianças e dos adolescentes que não dormem horas suficientes?

As consequências podem ser graves, pois o cérebro está em desenvolvimento e, portanto, é mais sensível aos impactos do sono deficiente.

Responda às questões que seguem sobre as dicas para dormir melhor.

Cite uma das dicas que você já pratica. Ela realmente faz você dormir melhor? Comente.

Resposta pessoal.

Como está a qualidade de seu sono? Existe alguma dica que consta ou não no texto, mas que você sabe que poderia ajudá-lo(a) a dormir melhor?

Resposta pessoal.

 

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

ARTIGO CIENTÍFICO: BIG-BANG: COMO TUDO COMEÇOU - COM GABARITO

 ARTIGO CIENTÍFICO: BIG-BANG: COMO TUDO COMEÇOU

            Você já deve ter olhado para o céu e perguntado: de onde vieram os planetas, o Sol, as estrelas? Ou olhado para a Terra e perguntado de onde vieram as rochas, os animais, as plantas e os seres humanos. Para os cientistas, tudo o que existe no Universo veio de uma bolha que, há cerca de 10 ou 20 bilhões de anos, surgiu em um tipo de “sopa” quentíssima e começou a crescer, dando origem a toda a matéria que conhecemos.

           Essa bolha era formada de partículas de luz (fótons) e outras partículas minúsculas, que se criavam e se destruíam o tempo todo. Os cientistas chamam essa teoria que tenta explicar a origem de todas as coisas de big-bang, expressão em inglês que quer dizer “Grande Explosão”. À medida que crescia, a bolha mudava: ela ficou, por exemplo, bem mais fria. Quando o Universo completou 500 mil anos de idade, a temperatura da bolha era de 10 mil graus Celsius! Com o tempo, as partículas também começaram a ficar diferentes umas das outras. Essas partículas minúsculas foram se juntando e formando átomos cada vez mais pesados.

            Os primeiros átomos a surgir foram os de hidrogênio, elemento mais simples que existe na natureza, e os de hélio. Esses elementos se misturaram, formaram nuvens, e uma parte delas gerou estrelas. Os elementos mais complexos que o hélio foram formados pelas estrelas. Outra parte dessa nuvem que produziu as estrelas formou um tipo de “disco”, girando em torno delas. Nesses discos, surgiram “pelotas” que cresceram até virarem planetas e seus satélites.

            [...] Inicialmente, os planetas eram muito quentes. A Terra, por exemplo, não tinha água líquida quando se formou. Foram necessários milhões de anos para que se resfriasse. Isso permitiu a formação de rios e oceanos, nos quais os cientistas acreditam que surgiram as primeiras formas de vida, e a partir das quais vieram os bichos, as plantas e o homem.

             Mas nem todos os cientistas concordam sobre detalhes do big-bang. [...]

              Há outras teorias para explicar a origem do Universo, mas por enquanto o big-bang é a teoria mais aceita. [...]

 SODRÉ JR, Laerte. Ciência Hoje das Crianças. Disponível em:http://chccienciahoje.oul.com.br/big-bang-como-tudo-comecou/

Acesso em: 11 maio 2018.

Fonte: Maxi: ensino fundamental 2:multidisciplinar:6 º ao 9º ano/obra coletiva: Thais Ginicolo Cabral. 1.ed. São Paulo: Maxiprint,2019.7º ano Caderno 4 p.56-7.

Entendendo o texto

O texto que você leu é um artigo de divulgação científica, cujo objetivo é apresentar ao leitor, de maneira mais acessível, uma teoria científica complexa, como é o caso da teoria do big-bang.

 01. Qual é a explicação científica dada para a origem dos planetas, do Sol e das estrelas?

Para os cientistas, tudo o que existe no Universo veio de uma bolha muito quente, que começou a crescer e depois a esfriar, dando origem a toda a matéria que conhecemos.

02. Para que público esse texto foi escrito? Explique.

Esse texto foi escrito especialmente para crianças, já que foi publicado em uma revista destinada a esse público, o que é percebido pela linguagem simplificada, de fácil entendimento.

03. Associe as características dos gêneros mito e artigo de divulgação científica.

A.  Mito.

B.  Artigo de divulgação científica

(  A  )   (  B  ) Fruto do desejo de conhecer e de responder a questões como: De onde viemos?

(  B  )    (      ) Recorre à razão e à pesquisa.

(      )    (  B  ) Recorre à imaginação e ao sobrenatural.

04. Você conhece outra teoria que explica a origem do Universo? Faça uma pesquise ou converse com seu professor de Ciências a respeito do assunto, anote as informações encontradas e compartilhe-as com os colegas.

Resposta pessoal.

05. Nestas passagens extraídas do texto, as palavras destacadas contêm prefixos e sufixos. Destaque-os, determinando-lhes o significado. Se necessário, consulte a lista apresentada anteriormente:

[...] chegaríamos a uma partícula indivisível! [...]

[...] os cientistas descobrem outras que tinham passado despercebidas.

Partícula: sufixo diminutivo -cula; indivisível: prefixo in- com sentido de negação; sufixo -vel, com sentido de “que se pode”; cientistas: sufixo -istas, exprime profissão; Despercebidas: prefixo des-,  com sentido de negação.

 

terça-feira, 25 de outubro de 2022

ARTIGO DE OPINIÃO: EVENTO ESPORTIVO NÃO É LUGAR DE MANIFESTAÇÃO POLÍTICA - TIAGO LEIFERT - COM GABARITO

 Artigo de opinião: Evento esportivo não é lugar de manifestação política

               Um evento como um jogo de futebol serve a manifestações políticas? Eu acho que não

        Eu não gosto da obrigação de tocar o Hino Nacional antes de eventos esportivos. Na Copa São Paulo de Futebol Júnior, no mês passado, os caras tocavam o hino inteiro antes do jogo. Tipo cinco minutos de música. Não vejo necessidade, não acho que patriotismo funciona enfiando um hino goela abaixo de torcedores. Me incomoda também saber que o hino é uma lei estadual, uma interferência da Assembleia Legislativa no rito esportivo.

        Quando política e esporte se misturam dá ruim. Vou poupá-los dos detalhes, mas basta olhar nossos últimos grandes eventos para entender que essas duas substâncias não devem ser consumidas ao mesmo tempo. O que me leva à minha primeira grande preocupação de 2018: é ano eleitoral.

        Nos Estados Unidos, Colin Kaepernick, jogador da NFL, a liga de futebol americano, resolveu se ajoelhar durante o hino americano para protestar contra a forma como a polícia trata os negros. Trump ficou pistola, os torcedores conservadores também, considerando um desrespeito ao hino. Independentemente do que você, leitor, ache, Kaepernick está desempregado. Nenhum time quis esse “troublemaker” no elenco. Como eu estava dizendo, quando esporte e política se misturam…

        Será que o evento esportivo é um local apropriado para manifestações políticas? Eu acho que não. Olhando por todos os lados, não vejo motivos para politizar o esporte.

        Do ponto de vista do atleta: ele veste uma camisa que não é dele (que, aliás, ele largará por um salário melhor), uma camisa que representa torcedores que caem por todo o espectro político. A câmera e o microfone só estão apontados para aquele jogador por causa da camisa que ele está vestindo e de sua performance esportiva.

        Não acho justo ele hackear esse momento, pelo qual está sendo pago, para levar adiante causas pessoais. É para isso que existe a rede social: ali, o jogador faz o que quiser. No campo? Ele está para entreter e representar até mesmo os torcedores que votam e pensam diferente.

        Acho também que temos de respeitar os espaços destinados à diversão, senão nosso mundo vai ficar ainda mais maluco. Imagine só: você chega em casa cansado, abre uma garrafa de vinho e ela grita “Fora, Temer!”. O catupiry da pizza veio em forma de letras “Lula preso amanhã”, e ainda usaram uma calabresa para fazer a letra O. A gente precisa respirar.

        Você liga no basquete, no vôlei, no futebol para ter umas duas horas de paixão, suspense, humor.

        Do mesmo jeito que você escolhe uma série no Netflix ou assiste a uma novela. É um desligamento da realidade; nosso cérebro precisa dessa quase meditação para aguentar o dia seguinte. E aí você senta para ver um jogo e esfregam um hino na sua cara, como se aqui fosse uma “república popular”, e seu jogador favorito resolve lacrar na hora de comemorar o gol do título do seu time. É justo? Não.

        Tem muita coisa contaminada por aí. Precisamos imunizar o pouco espaço que ainda temos de diversão. Textão é no Facebook. Deixem o esporte em paz.

LEIFERT, Tiago. GQ Brasil, 226 fev. 2018. Disponível em: https://gq.globo.com/Colunas/Tiago-Leifert/noticia/2018/02/evento-esportivo-não-e-lugar-de-manifestacao-politica.html. Acesso em: 27 mar. 2020.

Fonte: Língua Portuguesa – Se liga nas linguagens – Área do conhecimento: Linguagens e suas Tecnologias – Ensino Médio – 1ª edição – São Paulo, 2020 – Moderna – p. 36-8.

Entendendo o artigo de opinião:

01 – Tiago Leifert defende a tese de que “quando política e esporte se misturam dá ruim”.

a)   Você concorda com a tese defendida pelo autor? Por quê?

Resposta pessoal do aluno.

b)   Como argumento para reafirmar sua tese, o autor sugere aos leitores que se lembrem de eventos esportivos anteriores. Considerando o momento histórico em que o texto foi escrito (ano de 2018), faça uma pesquisa rápida e descubra: a quais grandes eventos o autor estaria se referindo?

Á Copa do Mundo FIFA de futebol masculino, realizada em 2014 no Brasil, e aos Jogos Olímpicos, realizados no Rio de Janeiro (RJ) em 2016.

c)   Por qual motivo o autor elege esses eventos como ilustrações de sua tese de que política e esporte não devem se misturar?

Por se tratarem de eventos esportivos caracterizados por decisões políticas que levaram a denúncias de superfaturamento e desvios de recursos.

d)   Elabore uma contra argumentação a essa tese, buscando estabelecer contrapontos que indiquem aspectos positivos da realização dos megaeventos esportivos no país.

Resposta pessoal do aluno.

02 – No quinto parágrafo, o autor afirma que o atleta “veste uma camisa que não é dele [...], uma camisa que representa torcedores que caem por todo o espectro político”.

a)   Em sua opinião, o fato de o atleta representar torcedores com diferentes posições políticas justifica a negação de sua manifestação política em campo? Por quê?

Resposta pessoal do aluno.

b)   Colin Kaepernick se manifestou, em campo, contra a violência policial dispensada aos negros de seu país. Qual é a sua opinião sobre esse tipo de protesto?

Resposta pessoal do aluno.

c)   Tiago Leifert se posiciona contrariamente à manifestação política do atleta estadunidense. Quais são os argumentos utilizados pelo jornalista para sustentar sua opinião?

O autor defende que o atleta é contratado para entreter torcedores de todas as posições políticas, incluindo aqueles que votam e pensam diferente dele, e que, por isso, não deve se aproveitar da exposição midiática para expor ou defender causas próprias ou pessoais.

d)   Levando em consideração os motivos de Kaepernick para realizar o protesto, como você avalia a opinião do jornalista?

Resposta pessoal do aluno.

03 – O artigo de opinião de Tiago Leifert expressa seu posicionamento sobre as relações entre política e esporte. Retome a leitura e identifique expressões que estejam introduzindo juízos de valor.

      Sugestão: “Eu não gosto da”, “Não vejo necessidade”, “Me incomoda também", “minha primeira grande preocupação”, “Não acho justo”.

04 – Analise a posição social ocupada por Tiago Leifert. Qual é o impacto dessa posição no poder de convencimento de sua argumentação e na formação da opinião pública?

      O autor era apresentador de um programa esportivo de grande audiência e, dessa forma, suas declarações acabam tendo muita repercussão e poder de convencimento na formação da opinião pública.

05 – Leifert afirma que o presidente americano Donald Trump “ficou pistola” e que considerou o protesto de Kaepernick um desrespeito ao hino do país.

a)   Qual é o significado dessa gíria no texto?

“Ficar pistola”, no texto, tem o significado de “ficar bravo”, “reprovar o protesto”.

b)   Identifique outras gírias ou expressões informais usadas pelo autor. Em sua opinião, qual é o papel delas no texto?

“Os caras”; “goela abaixo”; “dá ruim”, “hackear”; “mais maluco”; “lacrar”; “textão”; entre outras. O uso das gírias estabelece um vínculo afetivo com o leitor e cria uma imagem de um locutor descolado, menos careta e informal.

06 – Identifique a relação de causa e consequência estabelecida por Leifert ao relator o caso do protesto de Kaepernick.

      O jogador protestou, o presidente e os torcedores conservadores desaprovaram e consideraram um desrespeito ao hino e, por isso, Kaepernick foi demitido.

07 – Com qual propósito Leifert construiu essa relação?

      Ao estabelecer uma relação direta entre a empregabilidade do atleta e a expectativa de atuação acrítica, Leifert confirma sua opinião de que não é boa a mistura entre política e esporte e legítima a punição.

08 – No sexto parágrafo, o autor faz a seguinte afirmação: “Não acho justo ele hackear esse momento, pelo qual está sendo pago, para levar adiante causas pessoais”.

a)   Qual é o significado, no contexto, atribuído à expressão “hackear esse momento”?

Refere-se ao ato de sequestrar dos espectadores e torcedores a possibilidade de apreciarem o esporte de uma forma tida como legítima.

b)   Qual é a sua opinião a respeito dessa afirmação?

Resposta pessoal do aluno.

c)   Suponha, por exemplo, que as manifestações políticas dos atletas sejam proibidas para evitar esse “hackeamento”. Tente imaginar quais seriam as consequências dessa proibição para os atletas.

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Uma suposta censura política, no sentido de coibir o “hackeamento” da experiência do “consumidor” do espetáculo esportivo, implicaria o apagamento das identidades políticas desses atletas, de sua liberdade de expressão e do exercício de sua plena cidadania.

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

ARTIGO DE OPINIÃO: O MITO DO TEMPO REAL - LULI RADFAHER - CRASE - COM GABARITO

 ARTIGO DE OPINIÃO: O MITO DO TEMPO REAL

                                              Luli Radfahrer

         O descompasso entre a velocidade das máquinas e a capacidade de compreensão de seus usuários leva a um quadro de ansiedade social sem precedentes. Em blogs, redes sociais, podcasts e mensagens eletrônicas diversas todos pedem desculpas pela demora em responder às demandas de seus interlocutores, impacientes como nunca. E-mails que não sejam atendidos em algumas horas acabam encaminhados para outras redes, em um apelo público por uma resposta.

        No desespero por contato instantâneo, telefones chamam repetidamente em horas impróprias, mensagens de texto são trocadas madrugada adentro, conversas multiplicam-se por comunicadores instantâneos e toda ocasião – do trânsito ao banheiro, do elevador à cama, da hora do almoço ao fim de semana – parece uma lacuna propícia para se resolver uma pendência.

        A resposta imediata a uma requisição é chamada tecnicamente de “tempo real”, mesmo que não haja nada verdadeiramente real nem humano nessa velocidade. O tempo imediato, sem pausas nem espera, em que tudo acontece num estalar de dedos é uma ficção. Desejá-lo não aumenta a eficiência. Pelo contrário, pode ser extremamente prejudicial.

         O contato estabelecido com o mundo real é marcado por demoras e esperas, tempos aparentemente perdidos em que boa parte da reflexão e do aprendizado acontecem. Entupir cada pausa com textos, músicas, jogos, vídeos e atividades multitarefa leva a uma sobrecarga cognitiva que só aumenta o estresse e a frustração. Conectados por tempo integral, todos parecem estar cada vez mais tensos, divididos, esquartejados entre várias demandas, muitas delas desnecessárias.

         A dependência da conexão é tamanha que leva usuários de smartphones a sofrerem uma espécie de síndrome de abstinência cada vez que são submetidos ao extremo desconforto cada vez que os esquecem ou veem sua bateria esgotar.

         Muitos combatem a superficialidade nas relações digitais pelos motivos errados, questionando a validade dos “amigos” no Facebook ou “seguidores” no Twitter ao compará-los com seus equivalentes analógicos. O problema não está na tecnologia, mas na intensidade dispensada em cada interação. Seja qual for o meio em que ele se dê, o contato entre indivíduos demanda tempo, e nesse tempo não é só a informação pura e simples que se troca. Festas, conversas, leituras, relacionamentos, músicas e filmes de qualidade não podem ser acelerados ou resumidos a sinopses. Conversas, ao vivo ou mediadas por qualquer tecnologia, perdem boa parte de sua intensidade com a segmentação. O tempo empenhado em cada uma delas é muito valioso, não faz sentido economizá-lo, empilhá-lo ou segmentá-lo. O tempo humano (que talvez seja irreal, se o “outro” for provado real) é bem mais devagar. Nossas vidas são marcadas tanto pela velocidade quanto pela lentidão.

         Acelerado, multitarefa e disponível em páginas e bases de dados cada vez maiores e interligadas, o conteúdo da rede é congelado em prateleiras cada vez maiores e mais complexas. Se por um lado essa compilação FÁCILita o acesso à informação, por outro ela achata a percepção de continuidade, tempos e processos. Na grande biblioteca digital tudo acontece no presente contínuo. O passado é achatado, o futuro vem por mágica.

        Essa quebra da sequência histórica faz com que muitos processos pareçam herméticos ou misteriosos demais. Quando não há uma compreensão das etapas componentes de um processo, não há como intervir nelas, propondo correções, adaptações ou melhorias. Tal impotência leva a uma apatia, em que as condições impostas são aceitas por falta de alternativa. Escondidos seus processos industriais, os produtos adquirem uma aura quase divina, transformando seus usuários em consumidores vorazes, que se estapeiam em lojas à procura do último aparelho eletrônico que se proponha a preencher o vazio que sentem.

        Incapazes de propor alternativas ou sugerir mudanças, os consumidores bovinos são estimulados pela publicidade a um gigantesco hedonismo e pragmatismo. A FÁCILidade de acesso à abundância leva a uma passividade e a um pensamento pragmático que defende a ideia de “vamos aproveitar agora, pois quando acontecer um problema alguém terá descoberto a solução”, visível na forma com que se abordam problemas de saúde, obesidade, consumo, lixo eletrônico, esgotamento de recursos e poluição ambiental.

        Em alta velocidade há pouco espaço para a reflexão. Reduzidos a impulsos e reflexos, corremos o risco de deixar para trás tudo aquilo que nos diferencia das outras espécies.

 (Luli Radfahrer. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luliradfahrer/1191007-o-mito-do-tempo-real.shtml.)

Fonte: Figueiredo, Adriana Giarola Ferraz-Sistema Maxi de Ensino: ensino médio: língua portuguesa 2º ano: cadernos de1 a 4: manual do professor/Adriana Giarola Ferraz Figueiredo, Denise Silveira Silva Barros, Alberto Luís Pugina Silva. 1.ed. São Paulo: Maxiprint Editora,2018. p.17-9.

 

01) O tema de um texto é o seu tópico central, em torno do qual todas as informações convergem para que o texto tenha unidade. Em vista desse aspecto, assinale a alternativa que apresenta o tema sobre o qual o texto versa.

a) A falta de paciência em esperar por respostas.

b) A dinâmica das interações na contemporaneidade.

c) O excesso de informações disponíveis no mundo virtual.

d) O esvaziamento das relações humanas nos dias de hoje.

 

02)(UTFPR) Analise o uso da crase no fragmento:

     Escondidos seus processos industriais, os produtos adquirem uma aura quase divina, transformando seus usuários em consumidores vorazes, que se estapeiam em lojas à procura do último aparelho eletrônico.

 

Assinale a alternativa em que o emprego da crase se justifica pelo mesmo uso que no fragmento acima.

a)   Ela ficou parada à espera de uma oportunidade para dar sua opinião.

b)   Os imigrantes sírios voltaram à terra de seus antepassados.

c)   Todos os funcionários do jornal foram à Lapa inaugurar a gráfica.

d)   Dirigia-se àquela população como seu reduto eleitoral.

e)   A placa indicava que era proibido virar à esquerda nesta rua.

 

 

03. (PUC-PR) Leia as sentenças e assinale o que se pede a seguir.

      I. Em 2014, os brasileiros, confiantes e crédulos, saíram a consumir, como se consumo fosse investimento. E o Estado agora nos convoca à pagar também suas dívidas, que não são nossas. (Veja. São Paulo: Abril, p.23, 10 jun.2015. Adaptado).

     II.  Pode-se dizer que as gerações da Idade Média falam às gerações atuais por meio das grandes obras de arquitetura que exprimem a devoção e o espírito da época. (WHITNEY, W. A vida da linguagem. Petrópolis: Vozes, 2010. p.17).

    III. À linguagem é uma expressão destinada a transmissão do pensamento.

    IV. O atendimento a gestantes foi suspenso ontem à tarde e a Prefeitura pouco pode fazer a curto prazo para amenizar a situação.

     V. Transmita a cada um dos pacientes às instruções necessárias à continuidade do tratamento.

 

O sinal indicativo de crase está adequadamente empregado na(s) alternativa(s):

a)   IV somente.

b)   I, III e V.

c)   II, III e IV.

d)   I e IV.

e)   II e IV.

 

04. (Fatec-SP) Assinale a alternativa que apresenta o correto emprego da crase.

     a) Alguns atletas olímpicos irão à São Paulo fazer exames médicos periódicos.

     b) À um ano dos jogos Olímpicos do Rio, é impossível adquirir alguns ingressos.

     c) Nossos atletas, à partir dessa semana, serão submetidos a novos treinamentos.

     d) Nenhum atleta dessa delegação pode comer o que deseja o tempo todo, à vontade.

      e) A homenagem à João Carlos de Oliveira, o João do Paulo, resgata a nossa história olímpica.

 

05. (Acafe-SC) Assinale a alternativa correta quanto ao acento indicador da crase.

       a) Em tempos de doenças transmitidas à seres humanos pelo mosquito Aedes aegypti, médicos de todo o país dirigem-se à Curitiba para estudar temas transversais relacionados a dengue, a Chikungunya e ao zika.

       b) Convém não confundir a habitação voltada a moradia própria, mesmo que irregular, com a ação de especuladores, que, às vezes, invadem às áreas de preservação permanente e vendem até barracos prontos.

       c) Temos que aprender à punir com o voto todos os corruptores, da direita a esquerda, ano a ano, independentemente da cor partidária.

       d) Rosamaria recebeu do Juizado Militar a opção da liberdade vigiada e pôde sair da cadeia, embora a liberação tivesse fortes limitações como proibição de deixar a cidade, de chegar a casa após as 22h e de trabalhar.