sábado, 1 de maio de 2021

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA (I) DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA O 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL - COM GABARITO

 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA (I) DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA O 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

D1 - Localizar informações explícitas em um texto.

Leia o texto abaixo para responder a questão 01.

 Poesia: O sanfoneiro só tocava isso!

Geraldo Medeiros e Haroldo Lobo

 

O baile lá na roça foi até o sol raiar

A casa estava cheia, mal podia se andar.

Estava tão gostoso aquele reboliço,

Mas é que o sanfoneiro só tocava isso!

 

De vez em quando alguém vinha pedindo pra mudar,

O sanfoneiro ria, querendo agradar,

Mas parece que a sanfona tinha qualquer enguiço,

É que o sanfoneiro só tocava isso!

 Fonte: http://www.poesiasefrases.com.br/o-sanfoneiro-so-tocava-isso/

 QUESTÃO 01 (SAEP 2012)

Segundo o texto, a sanfona parecia com defeito porque

(A) o sanfoneiro sempre tocava a mesma música.

(B) o sanfoneiro ria, querendo agradar.

(C) a casa estava cheia e tinha muito reboliço.

(D) o baile na roça foi até o sol raiar.

Faça a leitura do texto a seguir:

 

Fábula: A raposa e a cegonha (Fábulas de Esopo.)

 

A raposa sabida resolveu, em um belo dia, convidar a comadre cegonha para jantar em sua toca. Querendo pregar uma peça na cegonha, serviu uma suculenta sopa num prato raso.

Como era de se esperar, a raposa tomou toda a sua sopa sem o menor problema, mas a pobre da cegonha, com seu bico comprido, mal pode tomar uma gota. Ainda que morta de fome, a cegonha não disse nada. A raposa fingiu que estava preocupada, perguntou se a sopa não estava do gosto da cegonha, mas ela nada falou. Agradeceu a gentileza da raposa e ainda a convidou para um jantar no dia seguinte em sua casa. Fazia questão de retribuir a gentileza da comadre raposa.

No outro dia, na casa da cegonha, assim que chegou, a raposa se sentou lambendo os beiços de fome, curiosa para ver as delícias que a outra iria servir. O jantar veio para a mesa numa botija alta de estreito gargalo onde a cegonha podia beber sem o menor problema.

A raposa, amoladíssima, só teve uma saída: lamber as gotinhas de sopa que escorriam pelo lado de fora da jarra. Com mais fome do que vergonha, ela aprendeu muito bem a lição e, enquanto ia andando para casa, pensava: “Não posso reclamar da comadre cegonha, ela me tratou da mesma maneira que a tratei”.

Moral da história: Não faça ao outro aquilo que não quer que lhe façam.

 

QUESTÃO 02 (SAEP 2013)

A disputa está clara nessa fábula. Há um momento em que a cegonha quer “dar o troco” na raposa.

 A frase que demonstra claramente essa ideia é

(A) “A raposa fingiu que estava preocupada”.

(B) “assim que chegou, a raposa se sentou lambendo os beiços...”

(C) “Fazia questão de retribuir a gentileza da comadre raposa”.

(D) “O jantar veio para a mesa numa botija”.

 

Leia o texto para responder a questão a seguir:

Poesia: O elefantinho

 

Onde vais elefantinho?

Correndo pelo caminho,

Assim tão desconsolado?

Andas perdido bichinho?

Espetaste o pé no espinho?

O que sentes pobre coitado?

– Estou com um medo danado.

– Encontrei um passarinho.

 

MORAES, Vinícius de. A Arca de Noé: poemas infantis. São Paulo: Cia das Letras, p.36.

QUESTÃO 03 (Prova da Cidade - 2010)

O elefante estava correndo porque

A) espetou o pé no espinho e sentia dor.

B) estava com medo de um passarinho.

C) estava procurando um bichinho perdido.

D) ficou perdido e desconsolado.


Faça a leitura do fragmento do conto abaixo

.Conto: A princesa e o grão de ervilha

 Era uma vez um príncipe que desejava para esposa uma princesa, mas devia ser uma verdadeira princesa. Viajou, pois, por todo o mundo para achá-la. Princesas é o que não faltavam, mas todas tinham os seus defeitos. Voltou para casa triste e desanimado. Desejava tanto encontrar uma verdadeira princesa!

 

Uma noite, sobreveio uma forte tempestade; relâmpagos rasgavam o céu, o trovão rolava e a chuva caía aos borbotões. Era uma coisa terrível! Foi quando alguém bateu à porta do castelo. E o próprio rei foi abrir e lá fora estava uma princesa [...]

 Autor: Hans Christian Andersen

 

QUESTÃO 04 (Prova da Cidade - adaptada)

O príncipe viajou pelo mundo para

(A) conhecer outros países.

(B) conquistar mais territórios.

(C) encontrar o grão de ervilha.

(D) encontrar a verdadeira princesa.

 

D3 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.

Faça a leitura do texto para responder a questão 05.

 

Texto: O pingo d’água (Fragmento)

 

— Parem com esse pingo d’água! – berrou a bruxa.

O Saci deu uma risada de escárnio.

— Parar? Tinha graça! Já arrumei tudo, de modo que o pingo

pingue durante cem anos.

— Parem com esse pingo que está me pondo louca! Tenha dó de

uma pobre velha...

— Pobre velha! Quem não a conhece que a compre, bruxa de uma

figa! Só pararemos com a água se você nos contar o que fez de Narizinho.

— Hum! – exclamou a bruxa.

— Pois se sabe, desembuche. E nada de tentar enganar-nos. É ir dizendo onde está a menina o mais depressa possível.

— Farei o que quiserem, mas primeiro hão de desviar de minha testa este maldito pingo que me está deixando louca.

 LOBATO, Monteiro. O Saci. São Paulo: Globo, 2007.

 

QUESTÃO 05 (Prova Rio 2010)

A expressão “Quem não a conhece que a compre” quer dizer que a bruxa é

(A) esquecida.

(B) traiçoeira.

(C) bondosa.

(D) confiável.

 

 Texto: Das coisas difíceis

 Cada coisa difícil tem o seu grau de dificuldade. Outro dia descobri que também existe o difícil fácil. Na verdade, é um fácil com jeito de difícil. Amarrar o tênis é fácil, mas com jeito de difícil. Na verdade tem um monte de coisas assim: andar de bicicleta, pular corda cruzada, ler um livro de muitas páginas. É só pegar o jeito. Daí vira uma moleza.

Adaptado de: TAVANO, Silvana. Das coisas difíceis. In Folha de São Paulo, Folhinha, sábado, 13 de junho de 2005.

 QUESTÃO 06 (Prova Rio 2010)

No texto, a expressão “vira uma moleza” significa que

(A) fica fraco.

(B) fica fofo.

(C) fica complicado.

(D) fica fácil.

 

Observe a propaganda do Bombom Garoto e leia todas as informações.


QUESTÃO 07 (SARESP 2010)

Uma pessoa de mau humor é uma pessoa que está

(A) irritada.

(B) tranquila.

(C) sossegada.

(D) despreocupada.

 

Faça a leitura do texto atentamente:

 Notícia: Fauna brasileira pode perder muitas espécies de animais

 Má notícia para a fauna brasileira: tem um montão de bichos brasileiros ameaçados de extinção. E bota montão nisso... Muitas espécies animais podem sumir do mapa se não forem sumir do mapa se não forem muito bem protegidas!

Olha só que situação: dez bichinhos brasileiros já foram para o beleléu, e duas espécies de aves bem bonitas – a ararinha-azul-de-spix e o mutum-de-alagoas – somente são encontradas em cativeiro. Coisa superchata, né?

Mas tem mais chatice por aí... Atualmente o Brasil tem mais de 600 animais ameaçados de extinção, segundo o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio  Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Se continuar desse jeito, no futuro, as pessoas só vão saber o que é um bicho se forem ao museu de história natural! Ou seja, a situação dos bichos do Brasil não está boa, né?

 Texto baseado em pesquisas feitas em algumas fontes sobre meio ambiente. Sites consultados:

www.mma.gov.br; www.ibama.gov.br; www.cnpma.embrapa.br;

www.jornaldomeioambiente.com.br. Acesso em: 12 jan 2012

 

QUESTÃO 08 (SAEP 2012)

O texto trata de um “montão de bichos brasileiros ameaçados de extinção” e menciona que “dez bichinhos brasileiros já foram para o beleléu” . O que significa “ir para o beleléu?”

(A) Ir para outra região, longe do seu habitat.

(B) Se esconder dos predadores.

(C) Fugir do meio da destruição.

(D) Desaparecer para sempre.

 Leia o texto abaixo.

 Poema: A invenção do futebol

 

Antes, muito antes

do futebol,

inventaram a bola.

Podia ser

uma cebola

ou qualquer

coisa que rola.

A diversão era passar a bola

de mão em mão.

Mas sempre tinha

um mão furada,

quer era motivo

de gozação.

Até que um dia

o mão furada

dos mãos furadas

bolou de devolver

a bola com o pé.

Foi uma surpresa,

uma sensação,

a invenção do primeiro boleiro.

Mais tarde,

os que não abriram mão

de jogar com a mão

viraram goleiros.

 

Silvestrin, Ricardo. É tudo invenção. São Paulo: Ática, 2003.

 

QUESTÃO 09

Leia novamente os versos abaixo.

“Mas sempre tinha

um mão furada,

quer era motivo

de gozação.”

 

Nesses versos, a expressão “mão-furada” significa

(A) defendia a bola com a mão aberta.

(B) deixava a bola cair facilmente.

(C) jogava a bola para outro colega.

(D) tinha um furo no meio da mão.

 

 

sexta-feira, 30 de abril de 2021

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA O 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL - COM GABARITO

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA O 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL - COM GABARITO

Leia o texto e responda à questão 01.

 Música: Azul da Cor do Mar

              Tim Maia

 Ah! Se o mundo inteiro me pudesse ouvir

Tenho muito pra contar, dizer que aprendi

E na vida a gente tem que entender

Que um nasce pra sofrer enquanto o outro ri

[...]

Disponível em:<https://www.letras.mus.br/tim-maia/48917/>. Acesso em: 17 dez. 2018. (adaptado)

 Habilidade

Reconhecer os usos da norma-padrão ou de outras variações linguísticas em um texto.

Questão 01

Em “E na vida a gente tem que entender/ Que um nasce pra sofrer enquanto o outro ri”, a palavra em destaque “pra” representa uma forma de linguagem

(A) sofisticada e correta.

(B) informal e coloquial.

(C) culta e simples.

(D) errada e fácil.


Leia o poema e responda à questão 02.

Poema: Retrato

Cecília Meireles

Eu não tinha este rosto de hoje,

assim calmo, assim triste, assim magro,

nem estes olhos tão vazios,

nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,

tão paradas e frias e mortas;

eu não tinha este coração

que nem se mostra.

 

Eu não dei por esta mudança,

tão simples, tão certa, tão fácil:

- Em que espelho ficou perdida

a minha face?

 

Disponível em:<https://www.pensador.com/textos_descritivos_de_cecilia_meireles/>. Acesso em: 17 out. 2019. 

Habilidade

Reconhecer marcas linguísticas em um texto do ponto de vista do léxico, da morfologia ou da sintaxe.

Questão 02

A autora realiza a descrição de um rosto, por meio de

(A) adjetivos.

(B) conjunções.

(C) interjeições.

(D) substantivos.

Leia o texto a seguir e responda à questão 03.

 Texto: Importância da vacinação

 A importância da vacinação vai muito além da prevenção individual. Ao se vacinar, você está ajudando toda a comunidade a diminuir os casos de determinada doença.

[...] Vacinas são substâncias que possuem como função estimular nosso corpo a produzir respostas imunológicas a fim de nos proteger contra determinada doença. Elas são produzidas a partir do próprio agente causador da doença, que é colocado em nosso corpo de forma enfraquecida ou inativada. Apesar de não causar a doença, as formas atenuadas e inativadas do antígeno são capazes de estimular nosso sistema imunológico.

[...]

Disponível em:<https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/importancia-vacinacao.htm>. Acesso em: 17 out. 2019. (adaptado)

Habilidade

Reconhecer os usos da norma-padrão ou de outras variações linguísticas em um texto.

A linguagem utilizada no texto é

(A) informal, com o uso incorreto da língua portuguesa.

(B) formal, seguindo a norma-padrão da língua portuguesa.

(C) científica, com termos específicos que apenas cientistas utilizam.

(D) regional, com variações linguísticas, características de uma região do país.


Leia o texto e responda à questão 04.

Poema: A namorada

                                Manoel de Barros

Havia um muro alto entre nossas casas.

Difícil de mandar recado para ela.

Não havia e-mail.

O pai era uma onça.

A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por um cordão

E pichava a pedra no quintal da casa dela.

Se a namorada respondesse pela mesma pedra

Era uma glória!

Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira

E então era agonia.

No tempo do onça era assim.

Disponível em:<http://www.releituras.com/manoeldebarros_namorada.asp>. Acesso em: 17 out. 2019.

Habilidade

Localizar informação explícita em um texto.

Questão 04

O casal se comunicava com

(A) e-mail.

(B) bilhetes em pedras.

(C) os galhos de uma goiabeira.

(D) bolinhas de papel na árvore.

 

Leia o texto e responda à questão 05.

Biografia de Marie Curie

 Marie Skłodowska Curie (1867-1934) foi uma cientista e física polonesa naturalizada francesa, primeira mulher a ser admitida como professora na Universidade de Paris, que conduziu pesquisas pioneiras em todo o mundo no ramo da radioatividade. Foi a primeira mulher a ser laureada com um Prêmio Nobel e a primeira pessoa e única mulher a ganhar o prêmio duas vezes. [...]

As conquistas de Marie incluem a teoria da radioatividade (termo que ela mesma cunhou), técnicas para isolar isótopos radioativos e a descoberta de dois elementos, o polônio e o rádio. Sob a direção dela foram conduzidos os primeiros estudos sobre o tratamento de neoplasmas com o uso de isótopos radioativos. A cientista fundou os Institutos Curie em Paris e Varsóvia, que até hoje são grandes centros de pesquisa médica. Durante a Primeira Guerra Mundial, fundou os primeiros centros militares no campo da radioatividade.

[...]

Disponível em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Marie_Curie>. Acesso em: 21 out. 2019. (adaptado).

Habilidade

Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto por meio de elementos de referenciação.

 

Questão 05

No trecho “[...] que conduziu [...]”, o termo destacado faz referência à

(A) “teoria”.

(B) “radioatividade”.

(C) “Universidade de Paris”.

(D) “Marie Skłodowska Curie”.

 

Leia o texto e responda às questões 07, 08 e 09.

Conto: As aventuras de Malazarte

                                           Clarice Lispector

Como o pai tinha morrido, a mãe dividira em pedaços a casa toda, dando-os a cada filho. A Pedro Malazarte coube uma porta. Ele pensou: com esta porta conquistarei o mundo. Realmente, em breve viu um urubu pousado num burro morto. Mais que depressa jogou a porta em cima deles – e como o urubu ficou manco, foi fácil pegá-lo. Para que queria ele um urubu? Lá disso sabia ele. E quando sentiu no ar o cheiro de um jantar magnífico, bateu à porta da casa de uma senhora, gulosa e sabida, que estava preparando para si mesma um banquete, escondido do marido que fora viajar. Malazarte foi irritadamente expulso pela sabidona e sua criada. Então, com o auxílio da porta encostada na parede, subiu ao teto e de lá viu embaixo comida boa para valer. Tinha leitão assado, peru, e tudo o mais que delicia um homem. Foi quando o marido chegou, inesperadamente. A mulher matreira lamentou-se: se eu soubesse que você vinha eu preparava coisa boa de se comer, mas como não te esperava só tenho carne-seca, feijão ralo e farinha morrinhenta...

Aí Malazarte apresentou-se de novo com o seu urubu, sabendo que o marido não lhe recusaria um pouco do minguado jantar. Mal começara a comer quando Malazarte deu, bem disfarçado, uma cutucada no urubu, que gemeu.

— Por que é que ele está se lamentando?, perguntou o dono da casa.

— Está me dizendo umas novidades, respondeu Malazarte. O meu urubu, ao contrário dos outros, fala e está me contando que sua mulher lhe guardou um leitãozinho assado de surpresa...

A mulher teve medo de Malazarte e disse: — Oh, urubu danado, estragou a surpresa! Tenho mesmo esse leitãozinho para você...

Daqui a pouco o urubu gemeu de novo, o que fez Malazarte dizer:

— Ô urubu intrometido, para de me contar?

— O que é que ele está contando?

— Que tem peru recheado.

— Meu maridinho, essa era outra surpresa que o urubu desaforado estragou. Mas coma um pouco deste peru. E tenho doces, frutas, bebidas...

Como era 1o de abril, dia de se enganar os outros, Malazarte vendeu falsamente o precioso urubu ao dono da casa para lhe servir de espião.

Bem alimentado, Malazarte prosseguiu caminho com a porta debaixo do braço.

Moral: mais vale uma porta desvalida e esperteza de Malazarte, que uma casa inteira para quem não tem arte.

LISPECTOR, Clarice. Como nasceram as estrelas. Rio de Janeiro: Rocco, 1999. p. 13.

Habilidade

Localizar informação explícita em um texto.

Questão 07

A mulher, dona da casa, já conhecia Pedro Malazarte antes do incidente do urubu. Isso se constata em:

(A) “Como era 1o de abril, dia de se enganar os outros, Malazarte vendeu falsamente o precioso urubu ao dono da casa para lhe servir de espião.”

(B) “Aí Malazarte apresentou-se de novo com o seu urubu, sabendo que o marido não lhe recusaria um pouco do minguado jantar.”

(C) “Então, com o auxílio da porta encostada na parede, subiu ao teto e de lá viu embaixo comida boa para valer. “

(D) “A mulher matreira lamentou-se: se eu soubesse que você vinha eu preparava coisa boa de se comer [...]”

 

Habilidade

Reconhecer marcas linguísticas em um texto do ponto de vista do léxico, da morfologia ou da sintaxe.


Questão 08

O pretérito imperfeito do subjuntivo é utilizado na expressão de desejos e probabilidades. O uso desse tempo verbal está presente em:

(A) “Tenho mesmo esse leitãozinho para você...”

(B) “Se eu soubesse que você vinha eu preparava coisa boa de se comer [...]”

(C) “Como o pai tinha morrido, a mãe dividira em pedaços a casa toda, dando-os a cada filho.”

(D) “Mais que depressa jogou a porta em cima deles – e como o urubu ficou manco, foi fácil pegá-lo.”

Habilidade

Reconhecer elementos da narrativa (personagem, enredo, tempo, espaço ou foco narrativo) em um texto.


Questão 09

O acontecimento que dá origem à aventura de Malazarte é

(A) a chegada inesperada do marido da cozinheira.

(B) o encontro com um burro e um urubu na estrada.

(C) a reação da mulher ao expulsar o rapaz de sua casa.

(D) o recebimento da herança após a morte do pai do rapaz.

 

Leia o texto e responda às questões 10 e 11.

Texto: O Escaravelho do Diabo

Lucia Machado de Almeida

Cora O’Shea quase desmaiou quando soube que o filho morrera envenenado. A hipótese de suicídio ficou logo afastada. Clarence, apesar de egoísta e insatisfeito, gostava imensamente da vida e jamais faria uma coisa dessa.

— O cianeto age em segundos e preciso saber se o rapaz comeu ou bebeu alguma coisa antes de cair no chão, disse o Inspetor.

Cora pensou algum tempo e exclamou aflita:

— A cápsula! A cápsula!

E contou que Clarence se achava muito gripado, ligeiramente febril, e que ela mandara aviar para ele uma velha fórmula com aspirina. Tomara o remédio naquela sala mesmo, à vista de todos.

O rapaz já havia ingerido duas cápsulas, uma pela manhã, outra à tarde, sem que nada houvesse acontecido. [...]

Ainda havia três cápsulas dentro dela. Da caixinha, se desprendia um vago odor de amêndoas amargas, característico do cianeto. Examinando as três cápsulas, constatou que elas realmente continham aspirina.

— O veneno foi depositado apenas numa delas, disse ele. A fórmula fora preparada na maior e mais afamada drogaria da cidade. [...]

Sentada numa poltrona forrada de pano escocês, achava-se uma pequena mulher, extremamente feminina, de ar decidido e frágil ao mesmo tempo. A moça trazia um lenço na mão e de vez em quando enxugava uma lágrima.

— Miss Verônica, disse Cora apresentando-a aos dois homens. Ao vê-la, Alberto sentiu uma estranha emoção. O coração bateu-lhe apressado e ele se viu subitamente transportado para um mundo de irrealidade e sonho. Não saberia dizer se era bonita ou feia, morena ou loura, gorda ou magra, tal a perturbação em que se achava.

Como que magnetizado, ficou olhando para a pequena criatura sentada na poltrona. Sem perceber o que se passava com o estudante, o Inspetor examinou cuidadosamente todos os detalhes do quarto de Clarence.

— Um besouro! — exclamou Alberto de repente, segurando uma caixinha aberta com um pequeno escaravelho negro fincado numa rolha, em cima de uma cômoda.

A caixa era exatamente igual à que Hugo recebera na véspera de sua morte.

— Seu filho era entomologista10, minha senhora?

— Não. Clarence recebeu isso ontem de manhã, pelo correio.

Deve ser alguma brincadeira...

Alberto sentiu um arrepio percorrer-lhe o corpo. Em sua imaginação misturavam-se duas cabeleiras vermelhas, a de “Foguinho” com a de Clarence, e dois besouros negros, ambos fincados numa rolha.

— Pode ceder-me esse inseto? perguntou Alberto a Mrs. O’Shea. Estou fazendo coleção deles.

ALMEIDA, Lúcia Machado. O Escaravelho do Diabo. São Paulo: Ática, 1985. p.25-26. 32.

Habilidade

Reconhecer elementos da narrativa (personagem, enredo, tempo, espaço ou foco narrativo) em um texto.

 

Questão 11

O trecho transcrito se passa

(A) na delegacia.

(B) na casa de Alberto.

(C) no funeral de Clarence.

(D) na casa da Mrs. O’ Shea.

Habilidade

Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto por meio de elementos de referenciação.


Questão 12

Em “ela mandara aviar para ele uma velha fórmula com aspirina”, o termo em destaque faz referência à

(A) Clarence.

(B) Mrs. O’ Shea.

(C) Miss Verônica.

(D) farmacêutica.

 

 

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA O 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL - COM GABARITO

 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA PARA O 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 

D 02 – Inferir informação em texto verbal.

 Leia o texto para responder a questão 01.

 Poema: Gato pensa?

 Dizem que gato não pensa

Mas é difícil de crer.

Já que ele também não fala

como é que se vai saber?

 

A verdade é que o Gatinho,

quando mija na almofada,

vai depressa se esconder:

sabe que fez coisa errada.

 

E se a comida está quente,

ele, antes de comer,

muito calculadamente,

toca com a pata pra ver.

 

Só quando a temperatura

da comida está normal,

vem ele e come afinal.

 

E você pode explicar

como é que ele sabia

que ela ia esfriar?

 

Fonte: “Gato Pensa?”, Ferreira Gullar. Disponível em: http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_infantil/ferreira_gullar.htm.Acesso em:10 de abril de 2020.

QUESTÃO 01 - No verso “E você pode explicar”, o poeta conversa com

(A) o gato.

(B) o leitor.

(C) a almofada.

(D) a comida.

 

Leia o texto para responder a questão 02.

Texto: Pedro Malazarte

 Pedro Malazarte comprou uma panelinha nova para cozinhar quando viajasse. Na primeira viagem que fez levou a panelinha e estava preparando seu almoço, já abrindo a fervura, quando ouviu o tropel de um comboio que carregava algodão. Mais que depressa cavou um buraco, colocou todas as brasas e tições, cobrindo de areia, e pôs a panela por cima, fervendo. Os comboieiros que iam passando ficaram admirados de ver uma panelinha ferver sem haver fogo.

Pararam, discutiram e perguntaram se Malazarte queria vender por um bom dinheiro. O sabidão fez-se de muito rogado, dizendo ter adquirido aquele objeto em terras distantes, mas terminou vendendo a panelinha. Os comboieiros seguiram jornada, muito satisfeitos da compra que no outro dia verificaram ser mais um logro do rapaz. [...]

CASCUDO, Luís da Câmara. Contos tradicionais do Brasil. 12. ed. São Paulo: Global, 2003. p.126.

 

QUESTÃO 02 - A intenção de Pedro Malazarte ao esconder o fogo que fazia a panelinha ferver era

(A) agradar os comboieiros.

(B) conservar a comida quente.

(C) esconder a comida dos outros.

(D) impressionar os viajantes.

 

Leia atenciosamente o texto abaixo e depois responda a questão 03.

 Texto: Boca-de-lobo e os mil porquinhos

 Esta é uma história de lobo. Ou melhor: de boca-de-lobo. Mas não é aquela boca enorme, que engoliu a vovozinha. A nossa boca-de-lobo é, na verdade, bem boazinha.

Ela mora na cidade, encostada na calçada. E a única coisa que engole, é água da enxurrada.

O problema é que aqui, onde mora a boca-de-lobo, moram também mil porquinhos que jogam lixo no chão. Os porquinhos jogam lata, garrafa, papel e jornal. E a pobre boca-de-lobo, que já tem que engolir tanta água, engole também esse lixo e começa a passar mal.

Então, quando a chuva aumenta e cai, cai sem parar, a boca-de-lobo, aqui embaixo, já começa a reclamar: “Alto lá! Eu não quero mais nada, nem mesmo um golinho d’água. Os porquinhos me deram lixo, agora eu estou lotada.”

E com boca-de-lobo fechada, a água não tem para onde ir, vai entrando pelas casas e começa a destruir. Pra história não terminar com todo mundo nadando, o jeito é contar pros porquinhos que cidade não é chiqueiro. Lugar de lixo é na lixeira, não é entupindo bueiro. Porque água na rua, minha gente, acaba virando enchente!

 Boca-de-lobo e os mil porquinhos na história da enchente. Encarte da SLU-PBH

 

QUESTÃO 03 - Quem são os mil porquinhos dessa história?

(A) As pessoas que jogam lixo no chão.

(B) As pessoas que vivem em chiqueiros.

(C) Personagens que engolem vovozinhas.

(D) Personagens que têm boca enorme.

 

Leia o texto abaixo para responder a questão 04.

 Gênero: Carta

 Belo Horizonte, 08 de agosto de 2007.

Ana Carla:

Que saudades!!!

Há quanto tempo não nos vemos... Fiquei muito feliz com seu telefonema na semana passada!!! Você se mostrou radiante por estar lecionando para crianças do primeiro ciclo!!! Tenho certeza de que seus alunos também devem adorar seu jeito meigo de ser.

Pensando em você e nos seus alunos, envio junto com esta carta um livro. É um presente. Gostaria que lesse O curumim que virou gigante, de Joel Rufino dos Santos. As ilustrações, de Lúcia Lacourt, enriquecem o texto e são simplesmente maravilhosas!!! Que livro sensível!!!

É uma lenda. Com uma narrativa leve, explica-se o surgimento do Corcovado no Rio de Janeiro. O Curumim que virou gigante nos fala do desejo do indiozinho Turamã de ter uma irmã. E de tanto querer, ele passa a viver como se realmente tivesse uma irmã. Em tudo o que faz, ele se lembra dela e traz presentes para agradá-la. Até que um dia, acontece algo que faz Turamã sair de sua aldeia mundo afora... O final é surpreendente.

Espero que você goste do livro e o use em suas aulas com as crianças.

Com carinho,

Luciana Cassimiro

 

Livros e cartas como um presente. Kit de literatura afro-brasileira. 2007, p. 116.

 QUESTÃO 04 - De acordo com esse texto, Ana Carla é uma

(A) criança.

(B) escritora.

(C) indiazinha.

(D) professora.

 Leia com atenção o texto abaixo para responder a questão 05.

 Texto: Cuidado

Depois da chuva, o menino vestiu uma roupa azul muito bonita e saiu todo alegre para brincar.

A mãe avisou:

— Cuidado! A roupa é nova, não vá se sujar.

Pouco depois o menino voltou com a roupa suja de lama. A mãe, zangada, falou:

— Mas você não sabia que a roupa estava limpinha? Que roupa custa dinheiro? Será que você não sabe que menino educado não fica deste jeito?

— Tudo isso eu sei. O que eu não sabia é que o carro ia passar bem na poça d’água e jogar lama em mim.

 

QUESTÃO 05 - O menino ficou sujo de lama porque

(A) a mãe ficou zangada.

(B) era desobediente.

(C) era mal educado.

(D) o carro jogou lama nele.

 Leia o texto para responder a questão 06.

 Texto: O porco e os espinhos

 Tem sempre uma pedra no caminho do amigo porco-espinho. Ele corre no mato, até se diverte, dá susto nos outros e tem namorada. Mas, coitadinho, não pode dar abraço apertadinho.

PIMENTEL, Luís. Novas ideias. São Paulo: Brasil.

 

QUESTÃO 06 - O porquinho não pode dar um abraço apertado porque ele

(A) corre no mato.

(B) dá susto nos outros.

(C) tem namorada.

(D) tem espinho.

 

Leia o texto abaixo para responder a questão 07.

 Texto: O velho crocodilo    

 

Amanhã vai casar-se o velho crocodilo.  

Pensa e pensa sentado na margem do Nilo;

Pra noiva crocodila, o que dar de presente?

Talvez uma escova, uma fita ou um pente.

Pras pestanas? Pulseiras? Ou talvez um anel?

Finalmente decide: será um chapéu.

 

E sentado assim, lá na margem do Nilo,

Pensa em quem convidar o Senhor crocodilo.

Pensa: doce ou salgado será o banquete?

E quanto à sobremesa: quem sabe sorvete?

Ou quem sabe salame? Ou arenque do mar?

Pensa velho crocó: como é duro casar!

 Di-Versos hebraicos. Trad. Tatiana Belinky; Mira Perlow. São Paulo: Scipione, 1991.


QUESTÃO 07 - Segundo esse texto, o velho crocodilo

(A) desistiu de casar.

(B) estava indeciso.

(C) fez a lista de compras.

(D) foi convidar um amigo.