sábado, 27 de julho de 2019

CONTO: O COMPADRE DA MORTE - LUÍS DA CÂMARA CASCUDO - COM GABARITO

CONTO: O Compadre da Morte
                Luís da Câmara Cascudo


       Diz que era uma vez um homem que tinha tantos filhos que não achava mais quem fosse seu compadre. Nascendo mais um filhinho, saiu para procurar quem o apadrinhasse e depois de muito andar encontrou a Morte a quem convidou. A Morte aceitou e foi a madrinha da criança. Quando acabou o batizado voltaram para casa e a madrinha disse ao compadre:
       - Compadre! Quero fazer um presente ao meu afilhado e penso que é melhor enriquecer o pai. Você vai ser médico de hoje em diante e nunca errará no que disser. Quando for visitar um doente me verá sempre. Se eu estiver na cabeceira do enfermo, receite até água pura que ele ficará bom. Se eu estiver nos pés, não faça nada porque é um caso perdido.
        O homem assim fez. Botou aviso que era médico e ficou rico do dia para a noite porque não errava. Olhava o doente e ia logo dizendo:
      - Este escapa!
     Ou então:
     - Tratem do caixão dele!
     Quem ele tratava, ficava bom. O homem nadava em dinheiro.
      Vai um dia adoeceu o filho do rei e este mandou buscar o médico, oferecendo uma riqueza pela vida do príncipe. O homem foi e viu a Morte sentada nos pés da cama. Como não queria perder a fama, resolveu enganar a comadre, e mandou que os criados virassem a cama, os pés passaram para a cabeceira e a cabeceira para os pés. A Morte, muito contrariada, foi-se embora, resmungando.
       O médico estava em casa um dia quando apareceu sua comadre e o convidou para visitá-la.
      - Eu vou, disse o médico - se você jurar que voltarei!
      - Prometo! - disse a Morte.
      Levou o homem num relâmpago até sua casa.
      Tratou muito bem e mostrou a casa toda. O médico viu um salão cheio-cheio de velas acessas, de todos os tamanhos, uma já se apagando, outras viva, outras esmorecendo. Perguntou o que era:
      É a vida do homem. Cada homem tem uma vela acessa. Quando a vela acaba, o homem morre.
      O médico foi perguntando pela vida dos amigos e conhecidos e vendo o estado das vidas. Até que lhe palpitou perguntar pela sua. A Morte mostrou um cotoquinho no fim.
      - Virgem Maria! Essa é que é a minha? Então eu estou, morre-não-morre!
     A Morte disse:
    - Está com horas de vida e por isso eu trouxe você para aqui como amigo mas você me fez jurar que voltaria e eu vou levá-lo para você morrer em casa.
     O médico quando deu acordo de si estava na sua cama rodeado pela família. Chamou a comadre e pediu:
    - Comadre, me faça o último favor. Deixe eu rezar um Padre-Nosso. Não me leves antes. Jura?
   - Juro -, prometeu a Morte.
   O homem começou a rezar o Padre-Nosso que estás no céu... E calou-se. Vai a Morte e diz:
   - Vamos, compadre, reze o resto da oração!
   - Nem pense nisso, comadre! Você jurou que me dava tempo de rezar o Padre-Nosso mas eu não expliquei quanto tempo vai durar minha reza. Vai durar anos e anos...
     A Morte foi-se embora, zangada pela sabedoria do compadre.
     Anos e anos depois, o médico, velhinho e engelhado, ia passeando nas suas grandes propriedades quando reparou que os animais tinham furado a cerca e estragado o jardim, cheio de flores. O homem, bem contrariado disse:
       - Só queria morrer para não ver uma miséria destas!...
        Não fechou a boca e a Morte bateu em cima, carregando-o. A gente pode enganar a Morte duas vezes mas na terceira é enganado por ela.

(CASCUDO, Luís da Câmara.Contos tradicionais do Brasil. Belo Horizonte; São Paulo, Itatiaia, Editora da Universidade de São Paulo, 1986. Texto Adaptado)
Fonte: Livro: JORNADAS.port – Língua Portuguesa - Dileta Delmanto/Laiz B. de Carvalho – 6º ano – Editora Saraiva. p.120 a 123.
Nas linhas do texto

1)   No início da história, a personagem principal é chamada apenas de um homem ou o homem.
a)   Como o narrador passa a se referir à personagem principal depois que a Morte batiza seu filho?
Compadre.

b)   A partir de qual fato a personagem passa a ser chamada de médico?
A partir do momento em que a Morte lhe dá o poder de predizer a morte das pessoas.

2)   Qual foi a forma escolhida pela Morte para enriquecer seu compadre?
Fazê-lo médico: sempre que fosse visitar um doente, o homem veria a Morte. Conforme o lugar da cama onde ela estivesse sentada, o homem saberia se o doente iria se curar ou não: se na cabeceira, o doente se salvaria se nos pés, ele seria levado pela Morte.

3)   Quando o príncipe adoeceu gravemente, qual foi o plano do homem para enganar a Morte?
Como a Morte estava sentada nos pés da cama do jovem, o homem mandou os criados virarem a cama, trocando os pés pela cabeceira; desse modo, a Morte ficou na cabeceira e não pôde levar o príncipe.

4)   O homem enganou a Morte uma segunda vez. Quando foi isso e o que ele fez?
Quando o homem estava para morrer, pediu para rezar um padre-nosso e não ser levado enquanto não terminasse a oração. Só que ele parou no meio da reza, dizendo que não tinha dito quando ia terminá-la. Assim, a Morte não pôde levá-lo.

5)   O homem conseguiu enganar a Morte pela terceira vez? Explique sua resposta.
Não conseguiu: desatento, disse que preferia morrer a ver o jardim estragado. Tomando essa frase como pretexto, a Morte levou-o.

6)   Ao salvar o filho do rei, o homem desafiou a Morte. Marque a alternativa mais adequada para explicar o motivo dessa decisão dele.
a)   Medo do rei.
b)   Vaidade pessoal.
c)   Ganância de mais riqueza.
d)   Provocação feita à Morte.

7)   O homem foi finalmente levado pela Morte porque:
a)   não se pode enganar a Morte mais de duas vezes.
b)   ela foi mais esperta, aproveitando-se de uma distração dele.
c)   ele não conseguiu rezar o padre-nosso até o fim.
d)   ele estava muito velhinho e vivia contrariado, desejando morrer.

8)   No final da história, o médico diz: “Só queria morrer para não ver uma miséria destas!...”. No mesmo instante, a Morte se aproveitou dessa frase para leva-lo.
a)   Ele queria mesmo morrer ao dizer isso? Explique sua resposta.
Não, ele apenas queria expressar seu descontentamento com o estrago no jardim.

b)   De que outro modo ele poderia se expressar para não dar à Morte a chance de leva-lo?
“Daria todo meu dinheiro para não ver esta desgraça!”, “Não acredito que estou vendo uma desgraça destas!”, etc.

CRÔNICA: MINHAS FÉRIAS - LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO - COM GABARITO

Crônica: Minhas férias
                Luís Fernando Veríssimo

     Eu, minha mãe, meu pai, minha irmã (Su) e meu cachorro (Dogman) fomos fazer camping. Meu pai decidiu fazer camping este ano porque disse que estava na hora de a gente conhecer a natureza de perto, já que eu, a minha irmã (Su) e o meu cachorro (Dogman) nascemos em apartamento, e, até os 5 anos de idade, sempre que via um passarinho numa árvore, eu gritava "aquele fugiu!" e corria para avisar um guarda; mas eu acho que meu pai decidiu fazer camping depois que viu o preço dos hotéis, apesar de a minha mãe avisar que, na primeira vez que aparecesse uma cobra, ela voltaria para casa correndo, e a minha irmã (Su) insistir em levar o toca- discos e toda a coleção de discos dela, mesmo o meu pai dizendo que aonde nós íamos não teria corrente elétrica, o que deixou minha irmã (Su) muito irritada, porque, se não tinha corrente elétrica, como ela ia usar o secador de cabelo? Mas eu e o meu cachorro (Dogman) gostamos porque o meu pai disse que nós íamos pescar, e cozinhar nós mesmos o peixe pescado no fogo, e comer o peixe com as mãos e se há uma coisa que eu gosto é confusão. Foi muito engraçado o dia em que minha mãe abriu a porta do carro bem devagar, espiando embaixo do banco com cuidado e perguntando "será que não tem cobra?", e meu pai perdeu a paciência e disse "entra no carro e vamos embora", porque nós ainda nem tínhamos saído da garagem do edifício.
          Na estrada tinha tanto buraco que o carro quase quebrou, e nós atrasamos, e, chegamos ao lugar do camping, já era noite, e o meu pai disse "este parece ser um bom lugar, com bastante grama e perto da água", e decidimos deixar para armar a barraca no dia seguinte e dormir dentro do carro mesmo; só que não conseguimos dormir, porque o meu cachorro (Dogman) passou a noite inteira querendo sair do carro, mas a minha mãe não deixava abrirem a porta, com medo de cobra; e no dia seguinte tinha a cara feia de um homem nos espiando pela janela, porque nós tínhamos estacionado o carro no quintal da casa dele, e a água que o meu pai viu era a piscina dele e tivemos que sair correndo. No fim conseguimos um bom lugar para armar a barraca, perto de um rio. Levamos dois dias para armar a barraca, porque a minha mãe tinha usado o manual de instruções para limpar umas porcarias que meu cachorro (Dogman) fez dentro do carro, mas ficou bem legal, mesmo que o zíper da porta não funcionasse e para entrar ou sair da barraca a gente tivesse que desmanchar tudo e depois armar de novo. O rio tinha um cheiro ruim, e o primeiro peixe que nós pescamos já saiu da água cozinhando, mas não deu para comer, e o melhor de tudo é que choveu muito, e a água do rio subiu, e nós voltamos pra casa flutuando, o que foi muito melhor que voltar pela estrada esburacada, quer dizer que no fim tudo deu certo.
    
Luís Fernando Veríssimo. O nariz. São Paulo: Ática, 2003. (Col. Para Gostar de Ler, v.14).
Fonte: Livro: JORNADAS.port – Língua Portuguesa - Dileta Delmanto/Laiz B. de Carvalho – 6º ano – Editora Saraiva. p.41

Entendendo a crônica

1)   Quem está relatando as férias? Para quem ele parece estar relatando?
Pelo título do texto, parece ser um menino ou uma menina que relata aventuras, vividas durante as férias, em uma redação escolar.

2)   Esse texto escrito aproxima-se de um texto falado. Escolha entre as possibilidades abaixo as características que comprovam essa afirmação.
a)   Frases encadeadas, sem pausa, apenas com ponto final.
b)   Repetições.

c)   Preocupação com a organização do pensamento e utilização de palavras semelhantes para evitar repetições.
d)   Vocabulário simples, imitando o jeito de falar de uma criança ou pré-adolescente.

3)   Em sua opinião, a linguagem usada nesse texto seria adequada em um jornal de circulação nacional, em uma revista para adultos, em uma revista para jovens, em um diário, em uma carta pessoal, em um livro de memórias? Por quê?
Resposta pessoal.
Professor. Essa linguagem seria adequada, sem dúvida, no diário e na carta pessoal, mas, desde que os alunos apresentem uma razão válida, outras respostas podem ser aceitas.

4) Que situação é narrada nesse texto?
    As férias de uma família em um camping.

5) Que explicação o pai do narrador deu para levar a família ao camping? Essa explicação o convenceu? Explique.
     Que estava na hora de a família conhecer a natureza de perto. Não convenceu, pois ele achava que o pai decidiu acampara devido aos preços dos hotéis.

6) Por que a família do narrador passou a primeira noite no carro?
     Havia muitos buracos na estrada, o carro quase quebrou, e eles se atrasaram, então decidiram montar a barraca no dia seguinte e dormir no carro.

7)  Explique por que, no dia seguinte, a família teve que sair correndo?
     Porque estacionaram o carro no quintal de uma casa.

8)  O narrador fez tudo exatamente como planejara? Comente.
     Não. O rio tinha um cheiro ruim, e o primeiro peixe que pescou já saiu cozido.

9) Sobre os elementos que constituem a narrativa, responda às questões.
    a) O narrador participa da história como personagem ou apenas conta o que aconteceu? Comprove com uma frase extraída do texto.
          O narrador participa. "Meu pai decidiu fazer camping..."

      b) Quem são os personagens do texto?
           O narrador-personagem, sua mãe, seu pai, sua irmã Su e seu cachorro Dogman.

       c) Em que tempo e espaço se passa a história?
           Durante o período de férias, em um camping.

10) Pela extensão do texto, podemos afirmar que crônicas são textos geralmente
      (     ) longos.
      ( X ) curtos.

11) Esse texto é uma crônica de humor. Além de entreter o leitor, esse gênero textual faz um crítica sutil, isto é, de maneira leve, sobre algum assunto do dia a dia (social, político, econômico, etc.), levando o leitor a uma reflexão. No caso desse autor, uma de suas marcas é construir a sua crônica com bastante humor e ironia.
      O que no texto nos revela ironia?
      O narrador considerar que, mesmo com todos os contratempos, no fim, tudo deu certo.

12) Um texto humorístico geralmente apresenta situações de exagero e absurdos para criar o humor. Identifique, na crônica em questão, algumas situações como essas.
     O garoto contar ao guarda que o passarinho fugiu da gaiola; a irmã insistir em levar os discos; a mãe ainda na garagem do prédio olhar embaixo do banco do carro para ver se tinha cobras; o pai confundir o quintal de uma casa com a área de camping, entre outras.

ROMANCE: DIÁRIO DE UM BANANA(FRAGMENTO) - JEFF KINNEY - COM GABARITO

ROMANCE(FRAGMENTO): DIÁRIO DE UM BANANA
               Jeff Kinney

O trecho de diário que você vai ler é fictício, isto é, foi criado por um escritor como um recurso para contar a história de Greg, um estudante do 6º ano que tem de enfrentar o maior desafio de sua vida: sobreviver na escola. Ele encontra diferentes maneiras de lidar com os valentões do colégio e com os problemas na família.

Quinta-feira
Estou tendo um problema sério em me acostumar
ao fato de que o verão acabou e eu tenho que me
levantar todo dia de manhã para ir à escola!
Meu verão não começou muito bem, na verdade,
graças ao meu irmão mais velho, Rodrick.
Uns dois dias depois do começo das férias de verão,
Rodrick me acordou no meio da noite. Ele me disse
que eu tinha dormido o verão inteiro, mas que, por
sorte, tinha acordado bem a tempo para o primeiro
dia de aula.
Você pode achar que eu fui muito burro de cair
nessa, mas o Rodrick estava vestindo as roupas
de escola dele e adiantou o meu despertador para
parecer que era de manhã. Além disso, ele fechou
as cortinas para eu não ver que ainda estava
escuro lá fora.
[...]

Mas eu devo ter feito muito barulho porque,
quando vi, o papai tinha descido e estava gritando
comigo por comer Sucrilhos às 3:00 da manhã.

Levou um minuto para eu me dar conta do que
diabos estava acontecendo.
Depois disso, eu contei pro papai que o Rodrick
tinha pregado uma peça em mim e que era ELE
quem devia estar levando a bronca.
Meu pai desceu para o quarto do Rodrick e eu
fui junto. Não via a hora de vê-lo levar o que
merecia.

Mas o Rodrick tinha disfarçado bem as coisas.
E acho que até hoje o papai pensa que eu tenho
um parafuso solto ou coisa do tipo.

Jeff Kinney. Diário de um banana: um romance em quadrinhos. São Paulo: Vergara & Riba, 2008. v.1.
Fonte: Livro: JORNADAS.port – Língua Portuguesa - Dileta Delmanto/Laiz B. de Carvalho – 6º ano – Editora Saraiva. p.14 a 17
Explorando o Texto

1)   Quem são as personagens mencionadas nesse trecho do diário?
Greg, seu irmão mais velho, Rodrick, e seu pai.

2)   Existe um acontecimento que é assunto principal nessa página do diário de Greg.
a)   Qual é esse acontecimento?
Uma peça que lhe prega o irmão mais velho, que o fez acordar de madrugada, durante as férias, dizendo que já estava na hora de ir para escola.

b)   Que fez Rodrick para enganar o irmão?
Vestiu roupas da escola, adiantou a hora do despertador e fechou as cortinas para que Greg não percebesse que ainda era noite.

c)   Quando o garoto percebeu que fora enganado?
Quando o pai apareceu gritando com ele por comer Sucrilhos às 3h da madrugada.

d)   De acordo com Greg, por que o pai se irritou com ele? Que trecho mostra isso?
Possivelmente porque estava fazendo barulho demais.
“Mas eu devo ter feito muito barulho [...]”

e)   O pai castigou o irmão mais velho? Por quê?
Não, porque ele disfarçou bem as coisas, fingindo que estava dormindo.

3)   Releia o primeiro parágrafo:
     Estou tendo um problema sério em me acostumar ao fato de que o verão acabou e eu tenho que me levantar todo dia de manhã para ir à escola.

a)   A quem se referem as palavras me e eu?
A Greg.

b)   Portanto, qual das personagens é o autor do diário?
Greg.

c)   Essa personagem é também autora do livro Diário de um banana? Como você chegou a essa resposta?
Não, o autor do livro é Jeff Kinney. Observando a referência bibliográfica no final do texto.

4)   Com base no caso contado por Greg, como o leitor desse diário pode imaginar o relacionamento entre os dois irmãos?
O leitor pode imaginar que era conflituoso: Rodrick gostava de pregar peças no irmão mais novo e depois se livrava das repreensões.

5)   Greg conta esse caso no dia em que ele aconteceu? Como você chegou a essa conclusão?
Não, o fato aconteceu uns dois dias depois do começo das férias de verão, mas foi relatado num momento posterior, quando o verão já havia acabado, e o menino estava tendo dificuldades para se adaptar à rotina das aulas.

6)   O que você acha de pessoas que pregam peças nos outros, ou seja, enganam ou outros? Justifique.
Resposta pessoal.

7)   Você já viveu uma situação semelhante, em que tenha sido acusado de algo que não fez? Se isso aconteceu, conte.
Resposta pessoal.

sexta-feira, 26 de julho de 2019

MÚSICA(ATIVIDADES): VOVÔ - SANDRA PERES E PAULO TATIT - COM QUESTÕES GABARITADAS

MÚSICA(ATIVIDADES): VOVÔ

                           Sandra Peres e Paulo Tatit

Quando eu vejo o meu vovô
Que é pai do meu papai
Penso que um tempo atrás
Ele era o que eu sou

Agora sou criança
E o vovô também já foi
A vida é uma balança
Ontem, hoje e depois

Amanhã, talvez, quem sabe
Eu serei um outro avô
E o filho do meu filho
será o que hoje eu sou
Ontem, hoje e depois.

                       (CD Pé com pé. MCD, 2004.)
Fonte: Livro Gramática Reflexiva – 6º ano- p.186/187 - Willian Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães. Editora Atual.
Entendendo a canção

1)   O eu lírico da canção tem alguns pensamentos filosóficos.
a)   Sobre o que ele pensa?
Sobre a passagem do tempo, ou sobre como nós, desde que nascemos, vamos crescendo e envelhecendo.

b)   O que ele quer dizer com o trecho “A vida é uma balança/ Ontem, hoje e depois”?
Quer dizer que, na vida, ora ocupamos uma posição, ora outra.

c)   Das palavras ontem, hoje e depois, qual equivale ao centro do equilíbrio da balança?
A palavra hoje.

d)   Você também costuma ter pensamentos filosóficos desse tipo? Se sim, conte como são seus pensamentos.
Resposta pessoal.

2)   O eu lírico se compara ao avô e pensa no que cada um é, foi e será. Observe estes três grupos de versos:
“[meu avô] Que é pai do meu papai
[...]
Ele era o que eu sou”
“Agora eu sou criança
E o vovô também já foi”
“Eu serei um outro avô”

a)   Que versos expressam o que o avô foi no passado?
Nesses versos, em que tempo estão os verbos que se referem ao avô?
“Ele era o que eu sou” e “E o vovô também já foi” / Estão no passado: era e foi.

b)   Que versos expressam o que o eu lírico e o avô são no presente? Em que tempo estão os verbos desses versos?
“Que é pai do meu papai” e “Agora eu sou criança” / Estão no presente: é e sou.

c)   Que verso expressa o que o eu lírico vai ser no futuro? Em que tempo está o verbo desse verso?
“Eu serei um outro avô” / Está no futuro: serei.

d)   As formas verbais dos versos acima expressam ação, estado ou fenômeno natural? Na sua opinião, por que esse tipo de verbo é o mais adequado ao tema da canção?
Em todos os versos foi empregado o verbo ser, que é um verbo de estado e o mais adequado para tratar do tema da canção, que são as mudanças do ser humano no decorrer do tempo.

e)   Conclua Qual é a importância dos tempos verbais na construção da letra dessa canção?
Os tempos verbais – passado, presente e futuro – foram utilizados para tratar das diferentes fases da vida. Sem a flexão de tempos verbais, seria impossível expressar essas diferenças.

3)   Observe a penúltima estrofe da letra da canção. Como o eu lírico vê a passagem do tempo e da vida?
Ele vê a vida como algo circular, ou seja, todos nós passamos pelas mesmas etapas, da infância à velhice.
       


POEMA: VINTE E SEIS GOLS - LALAU - COM GABARITO

POEMA: VINTE E SEIS GOLS
      
                        Lalau
Dúvida? Dúvida
Acontece que, outro dia,
Fiz vinte e seis gols
Numa partida.

Foi um gol de cabeça,
Dois de pé esquerdo,
Três de pé direito,
Quatro de sem-pulo,
Cinco de calcanhar,
Seis olímpicos,
Sete de peixinho,

Oito de pênalti,
Nove de carrinho,
Dez de chaleira,
Onze de bola alta,
Doze de bola rasteira,
Treze de falta,
Quatorze de primeira,
Quinze de bola-e-tudo
E, como a defesa era fraca,
Fui lá e marquei
Mais dezesseis gols de placa!

O quê? Não são vinte e seis?
Somando tudo
Dá cento e trinta e seis?

Ah! Esqueci de contar
Que o juiz era ladrão.
Anulou cento e dez gols,
Dizendo que eu ajeitei a bola
Com a mão.
LALAU. Revista Recreio. São Paulo: Abril, ano 5, n.221, 3 jun.2004. p.14.
ENTENDENDO O POEMA

1)   O eu poético do poema afirma que fez vinte e seis gols numa partida.
a)   De que forma ele relatou os gols?
Ele descreveu cada um deles.

b)   Em certo ponto, a personagem percebe que exagerou em sua mentira. O que fez, então, para consertar a sua conta?
A personagem explicou que o juiz era ladrão e anulou cento e vinte gols, dizendo que ele havia ajeitado a bola com a mão.

2)   Observe o verso:
“Foi um gol de cabeça”.
a)   Levando em consideração que, depois desse gol, a personagem fez outros, a palavra um, que acompanha o substantivo gol na frase, é um artigo ou um numeral? Justifique a sua resposta.
A palavra um é um numeral, pois está indicando a quantidade de gols feitos “de cabeça”.

b)   Todos os números que aparecem nos versos indicam quantidade de gols. Como são classificados gramaticalmente esses numerais?
Por indicarem a quantidade de gols, são números cardinais.

3)   Como você justifica a utilização de tantos numerais nesse texto?
Resposta Pessoal.
Sugestão: Os numerais são importantes porque a personagem está contando vantagem em relação à quantidade de gols feitos em uma partida. Os números a auxiliam nesse intento, intensificando a ideia de quantidade.

ANEDOTA - CONCORDÂNCIA NOMINAL - COM GABARITO


ANEDOTA – CONCORDÂNCIA NOMINAL

Leia esta anedota:

          Mamãe tinha dois filhos lindos. Acabaram se casando com duas moças que ...bem, a mamãe nunca acha que elas são boas o bastante para seus filhos lindos. Pois eles se casaram, e cada casal foi morar numa cidade, um em São Paulo e outro em Belo Horizonte. Aí mamãe ficou viúva e tinha de escolher com quem ela iria viver.
         - Na casa de que filho a senhora vai viver, dona Santinha?
         - Ah, minha filha, o meu problema é que uma nora quer que eu vá para São Paulo e a outra quer que eu vá para Belo Horizonte...
         - Ah, que simpáticas e carinhosas as suas noras, dona Santinha!
         - Nem tanto, minha querida. A de São Paulo quer que eu vá para Belo Horizonte, e a de Belo Horizonte quer que eu vá para São Paulo.

(Ziraldo, Rolando de rir. São Paulo: Melhoramentos, 2001. p.75.)
Fonte: Livro Gramática Reflexiva – 6º ano- p.150 - Willian Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães. Editora Atual.
Entendendo a anedota

1)   No 4º parágrafo da anedota, há dois adjetivos que caracterizam o substantivo noras. Quais são esses adjetivos?
simpáticas, carinhosas

2)   Na frase “Mamãe tinha dois filhos lindos”, as palavras dois e lindos referem-se a filhos.
a)   A que classe gramatical pertence cada uma das palavras destacadas acima: à dos substantivos, à dos adjetivos, à dos artigos ou à dos numerais?
A palavra filhos pertence à classe dos substantivos; dois, à dos numerais; lindos, à dos adjetivos.

b)   Por que a palavra dois está no masculino?
Porque concorda com o substantivo masculino a que se refere (filhos).

c)   Por que a palavra lindos está no masculino plural?
Porque concorda com o substantivo masculino plural a que se refere (filhos).