terça-feira, 27 de novembro de 2018

HISTÓRIA: DONA ISMELDA E SEUS PINTINHOS - CAMILA PEREIRA DE FARIAS - COM GABARITO

História: Dona Ismelda e seus pintinhos

        A primeira coisa que a galinha Ismelda faz de manhã é se deliciar com o milho espalhado no quintal da fazenda.
        O galo Altano é o líder do galinheiro. Está sempre sério em seu posto, atento a tudo o que acontece. Altano tem muitas responsabilidades, como acordar sempre bem cedinho e, com seu canto, avisar que o dia está clareando.
        À noitinha, as galinhas vão dormir tranquilas em seus poleiros. Mal sabem elas que algo está para acontecer de repente, aparece um homem mascarado. Dona Ismelda então, não deixa por menos. Faz tanto barulho que o ladrão se assusta e sai correndo.
        As amigas de Ismelda, dona Justina e dona Vitória, estão sempre se bicando. Uma quer ciscar no lugar em que a outra está, e ficam disputando os vermes e minhocas que encontram.
        Mas dona Ismelda nem liga para essas desavenças. Está mais preocupada com seus lindo ovinhos. Será que eles estão bem aquecidos?
        Dona Ismelda fica toda feliz quando ouve os primeiros piados dos seus pintinhos que acabam de nascer. Ela sabe que os pintinhos não poderão comer nada durante algumas horas e cuida para que continuem bem aquecidos.
        Quando os pintinhos já querem andar, é hora de dona Ismelda levá-los para o quintal. Eles aprendem a ciscar a terra, a distinguir insetos de grãos de areia e a escolher suas refeições. Todo contente, o galo Altano fica vigiando os pintinhos piando felizes no quintal. O galo Altano ficou orgulhoso quando os pintinhos o seguiram pelo quintal. Nenhum dos animais tinha visto o galo daquela maneira: O papai mais feliz do mundo, exibindo seus pintinhos.

                                                                          Escrito por Camila Pereira De Farias
Entendendo a história:
01 – O texto conta a história de quem?
      De Dona Ismelda, uma galinha amiga de todos e feliz por ter nascido seus pintinhos.

02 – Qual o título do texto?
      Dona Ismelda e seus pintinhos.

03 – Qual é a primeira coisa que a galinha Ismelda faz de manhã?
      Se deliciar com o milho espalhado no quintal da fazenda.

04 – Quais são os personagens da história?
      Dona Ismelda, o galo Altano, os pintinhos, Dona Justina e Dona Vitória.

05 – Qual a responsabilidade do galo Altano citada no texto?
      Acordar cedinho e com seu canto avisar que o dia está clareando.

06 – Com o que dona Ismelda está preocupada?
      Com seus lindos ovinhos, se estão bem aquecidos.

07 – Em que locais se passa a história?
      No quintal e no poleiro.

08 – Por que o galo Altano fica orgulhoso?
      Porque os pintinhos o seguiram pelo quintal.



CRÔNICA: DESONESTIDADE DE JOGADORES E ARBITRAGEM RUIM CAMINHAM JUNTAS - BRUNO WINCKLER -COM GABARITO

CRÔNICA: Desonestidade de jogadores e arbitragem ruim caminham juntas

              Bruno Winckler.

        Santos e Corinthians protagonizaram no último domingo um primeiro tempo na Vila em que a bola esteve parada em mais de 62% do tempo de jogo. Uma partida de futebol em que o que menos se tem é bola rolando é um convite para o sono. No Dia dos Pais, a Globo registrou 17 pontos de audiência no clássico paulista. Muito pouco, convenhamos. O churrasco, a macarronada, um passeio no parque… Tudo era mais convidativo.
        A culpa por esse cenário passa, claro, pela arbitragem brasileira, cada vez mais afeita ao “vou apitar tudo para não perder o controle”. A média de faltas nesta edição do Brasileirão é de 31,5 por jogo de acordo com números do Footstats. Ela é menor do que a dos últimos anos, mas poderia ser melhor não fossem os artistas que insistem em ludibriar árbitros mal treinados.
        Na Vila Belmiro, especialmente no primeiro tempo, os jogadores dos dois times preferiram fazer de cada falta, de cada encontro com o adversário uma encenação, uma briga por território, tudo com o objetivo de parecer vítima diante da autoridade do jogo. O árbitro nesse caso, ainda que bem intencionado, é bombardeado por caretas de dor, por contorcionistas e precisa avaliar não só um lance de falta (ou suposta falta), mas também se ela foi mais grave do que pareceu aos seus olhos (sem falar quando é algo pelas costas, como fez Petros).
        Para árbitros que não se dedicam só a esse ofício por não serem profissionais, a tarefa fica ainda mais difícil. Os jogadores não colaboram para que um jogo de futebol flua sem intercorrências dignas muitas vezes de quadros de humor dos “Trapalhões”. O problema é quando a cena pastelão engana o apitador.
        Foi o caso do pênalti anotado para o Cruzeiro contra o Figueirense pelo árbitro Gilberto Rodrigues Castro Junior na 12ª rodada, quando Ricardo Goulart se jogou na área para iludi-lo, e também – para mostrar que quem é beneficiado também é prejudicado – na última rodada, quando Fábio Ferreira, do Criciúma, usou do mesmo expediente para enganar Jaílson Freitas a anular uma jogada que acabaria em gol do Cruzeiro.
        É claro que não são apenas jogadores brasileiros que tentam se beneficiar de arbitragens ruins simulando faltas que não existiram. Mas há no Brasil uma cultura em que ações como essa se perpetuam. O torcedor não liga se seu time é beneficiado em lances assim. Direciona sua revolta só em caso de prejuízo. E aí ciclo se renova. É assim desde sempre. Basta lembrar do passo à frente de Nilton Santos na Copa de 1962 que fez o árbitro anotar uma falta e não um pênalti a favor da Espanha.
        Em outros lugares a tolerância com ações desse tipo é bem menor. Na Inglaterra, Luís Suárez ficou notabilizado por seus gols e pelos seus “mergulhos”. Nos jogos em Anfield, estádio do Liverpool, era comum ver a cara de contrariedade de alguns torcedores nas encenações do uruguaio mordedor de ombros rivais. É um estilo que lá não pega bem. Por aqui, o torcedor fecha os olhos se um jogador é mau-caráter para beneficiar seu clube. Talvez isso explique a disparidade entre os campeonatos de lá e o de cá.
        A Copa do Mundo também foi exemplo de como jogadores mal intencionados podem mudar ou influenciar decisões de árbitros. Muitos pênaltis duvidosos foram marcados, casos do anotado para o Brasil contra a Croácia ou para a Espanha contra a Holanda. Fred e Diego Costa foram ao chão como se tivessem sido atingidos por um canhão. A orientação para os juízes é de punir com cartão amarelo qualquer simulação, mas nem sempre eles conseguem perceber a cara de pau do infrator.
        Em resumo, arbitragens seriam menos ruins se os jogadores fossem mais honestos.

Entendendo o texto:
01 – Qual o significado das palavras Footstats e Vila Belmiro?
·        Footstats = Empresa especializada em estatísticas sobre o futebol.

·        Vila Belmiro = Estádio do Santos Futebol Clube, localizada no bairro Vila Belmiro, em Santos (SP).

02 – O cronista aponta um problema dos jogos no campeonato brasileiro: o desinteresse pelos jogos visto que a bola fica muito tempo parada.
a)   Quem ele inicialmente responsabiliza por isso? Explique sua resposta.
Ele responsabiliza quem está na parte da equipe de juiz, e os jogadores de ambas equipes, pois os juízes muitas vezes são desonestos e os jogadores também.

b)   Que opiniões ao longo do texto fortalecem essa responsabilização?
Os árbitros são mal treinados (parágrafo 2°) e muitos deles não são profissionais que se dedicam exclusivamente a essa função (parágrafo 4°), ou seja, não têm chance de exercê-la a ponto de conquistar experiência.

03 – Explique a seguinte lógica do pensamento atribuído à arbitragem pelo cronista: “Vou apitar tudo para não perder o controle”.
      A lógica seria de que qualquer falta precisa ser apontada, caso contrário os jogadores não se sentem punidos e podem se achar livres para cometer outras.

04 – Do problema mencionado na questão 2, o cronista passa a outro, o fingimento dos jogadores em alguns lances.
a)   Explique como o cronista relaciona esses dois problemas.
O cronista mostra que, muitas vezes, a marcação exagerada é incorreta do árbitro (primeiro problema apresentado) é responsabilidade dos atletas, por exagerarem propositalmente no que foi um lance normal, a fim de conseguirem marcações a seu favor e influenciar o resultado da partida.

b)   Copie duas passagens que indique a relação entre os dois problemas.
“[...] mas [a média de faltas] poderia ser melhor não fossem os artistas que insistem em ludibriar árbitros mal treinados” (parágrafo 2°).
“Os jogadores não colaboram para que um jogo de futebol flua sem intercorrências dignas [...] de quadros de humor dos “Trapalhões”. O problema é quando a cena pastelão engana o apitador”. (Parágrafo 4°).

05 – Releia o trecho e responda.
        “Talvez isso explique a disparidade entre os campeonatos de lá e o de cá.”
a)   A qual disparidade o cronista se refere?
O contexto permite inferir que a disparidade esteja na qualidade dos campeonatos.

b)   Relendo o parágrafo em que está esse trecho, o que se pode inferir sobre a opinião do cronista a respeito dos dois campeonatos nele citados?
Que os campeonatos da Europa seriam superiores ao Campeonato Brasileiro.

06 – Para o cronista, alguns problemas de arbitragem são devidos mais ao árbitros, mais aos jogadores ou a ambos igualmente? Justifique.
      São devidos mais aos jogadores. Para o cronista, em razão da desonestidade deles, o árbitro é levado a julgar que um lance foi mais grave do que realmente foi. Os juízes não correriam o risco desse tipo de engano se não houvesse o fingimento. Restaria, então, apenas a dificuldade (em menor quantidade) de julgar alguns lances de fato polêmicos. Além disso, o último parágrafo enfatiza esse ponto de vista, atribuindo apenas aos jogadores desonestos certo tipo de problema de arbitragem, infrações, o que transformaria o jogo em um enfrentamento sem regras, sem controle.


segunda-feira, 26 de novembro de 2018

RAP(ATIVIDADES): CONTRASTE SOCIAL - MV BILL - COM QUESTÕES GABARITADAS

Rap(ATIVIDADES): Contraste Social

                                       Mv Bill

Eu quero denunciar o contraste social /
Enquanto o rico vive bem, o povo pobre vive mal /
Cidade maravilhosa é uma grande ilusão /
Desemprego pobreza miséria corpos no chão /
As crianças da favela não tem direito ao lazer /
Governantes só falam e nada querem fazer /
O posto de saúde é uma indecência
Só atendem se o caso for uma emergência /
Sociedade capitalista com o sorriso aberto /
Rir de longe é melhor do que sofrer de perto /
Miséria e morte é o nosso dia a dia /
Pelo menos entre nós não existe judaria /
Um amigo estudou não teve oportunidade /
Brigou, lutou por sua dignidade /
Mas uma vez por falta de opção /
O seu trabalho foi na boca com uma nove na mão /
Ele queria um dia voltar atrás /
Infelizmente esse amigo já não vive mais /
Se ele tiver uma chance podia ser trabalhador /
Como não teve, para o inferno alguém lhe mandou
Contraste social, o povo pobre é que vive mal /
Eles querem negão dentro da prisão
Estouram uma boca de fumo, o traficante é preso /
Para a alegria da polícia, o traficante é preto /
Na cadeia com certeza vai passar muito tempo /
Mas se tivesse dinheiro teria um justo julgamento /
Num país onde o dinheiro domina
Família faz da praça a sua morada /
A política é movida através de propina
Um inocente é condenado sem ter feito nada /
E assim vamos fazendo o que diz a bandeira /
Ordem e progresso no país de terceiro mundo /
Não queremos ser tratados de qualquer maneira /
Como se todos na favela fossem vagabundos
Quem está por cima não esquenta não /
Ri de nós e joga o osso para o mundo cão /
27 de janeiro de 1994 /
Uma mulher com as costas cheias de buraco /
Estava parada com a filha na fila do orelhão /
Recebeu pelas costas dois tiros de bagulhão /
A filha ficou ferida e a mãe morreu /
Mais um fato ocorrido na Cidade de Deus
O mesmo não acontece na Zona Sul /
Não foi bandido quem matou, tava com farda azul /
Não quero fazer sensacionalismo /
Apenas te mostrar que a gente vive na beira do abismo
Contraste social, o povo pobre é que vive mal /
Eles querem negão dentro da prisão
O coletivo de favelado agora é arrastão /
Discriminados na rua, na praia, na condução /
A televisão esquece da pobreza /
Impondo a playboyzada como padrão de beleza /
Por isso que muito cara fica revoltado /
Com o sistema que deixa os pobres acorrentados /
Deve ser muito fácil falar da cobertura /
Daqui debaixo aonde eu tô a realidade é bem mais dura /
Aqui não tem payground, não tem carro do ano /
Aqui não tem piscina com playboy nadando /
Aqui não tem shopping, não tem boate /
Mas tem soldado de azul brincando de "Suat" /
Tem água de esgoto passando na rua /
Tem gente sem casa, dormindo na chuva /
Aqui não tem lazer, não tem quadra de basquete /
A pelada é no CIEP / Porrada que a gente levava no tronco /
Agora levamos na rua e pronto /
Ficamos com a boca fechada porque não queremos ir para o inferno /
Te mandam pro saco dentro do buraco, esse é o mundo moderno /
Tiro de doze, metralhadora e se acabou /
A vida de mais um irmão, que pelos direitos reclamou /
Fique ligado, nada mudou, veja o que se passou /
Chibatada que a gente levava no tronco não cicatrizou /
Se você não se ligou /
Se liga então, nada mudou /
Se na sua cabeça, eu estou equivocado /
Desça da cobertura e passe aperto do meu lado
Contraste social, o povo pobre é que vive mal /
Eles querem negão dentro da prisão.
                                                                       Composição: MV Bill

Entendendo a canção:

01 – O que o eu lírico quer denunciar? Justifique sua resposta com elementos retirados da canção.
      Ele quer denunciar o contraste social, ou seja, uns tem muito dinheiro e outros vivem na miséria. “Miséria e morte é o nosso dia-a-dia.”

02 – Podemos perceber que a voz poética do texto tenta chamar a atenção para as diferenças sociais do Brasil.
Indique essa contradição com elementos da canção.
      Essa contradição está no segundo verso: “Enquanto o rico vive bem, o povo pobre vive mal”.

03 – Leia com atenção o trecho abaixo e responda à questão que segue: “Se liga então, nada mudou /
             Se na sua cabeça, eu estou equivocado /
             Desça da cobertura e passe aperto do meu lado.”
De acordo com o trecho, quem é o interlocutor da canção?
      O interlocutor é um morador da favela que é tratado como se fosse vagabundo.

04 – “O rap articula-se como atos de comunicação, através de rappers e Djs, produzindo discursos, diferentes dos discursos dos grupos dominantes a serviço de sua comunidade, a fim de modificar suas crenças, seus posicionamentos político-social e sua identidade étnica e transformar sua visão de mundo”. Na sua opinião, a canção consegue alcançar seu objetivo?
      Sim, pois através do Rap ele denuncia as coisas que consideram erradas e também é uma música de resistência dos valores que eles acreditam.

05 – Qual a importância desse tipo de poesia para os jovens?
      Ele é um discurso rítmico com rimas e poesia, sempre abordam temas sociais e críticas. É importante para os jovens porque representa o modo de vida da juventude, revelam as suas opiniões abertamente em suas letras. Os jovens, reencontram sua própria semelhança neles e podem muito bem se identificar com as letras.

POEMA: A MADRUGADA - OLAVO BILAC - COM QUESTÕES GABARITADAS

Poema:  A Madrugada
                 
         Olavo Bilac

Os pássaros, que dormiam
Nas árvores orvalhadas,
Já a alvorada anunciam
No silêncio das estradas.

As estrelas, apagando
A luz com que resplandecem,
Vão tímidas vacilando
Até que desaparecem.

Deste lado do horizonte,
Numa névoa luminosa,
O céu, por cima do monte,
Fica todo cor-de-rosa;

Daí a pouco, inflamado
Numa claridade intensa,
Se desdobra avermelhado,
Como uma fogueira imensa.

Os galos, batendo as asas,
Madrugadores, já cantam;
Já há barulho nas casas,
Já os homens se levantam,

O lavrador pega a enxada,
Mugem os bois à porfia;
— É a hora da madrugada
Saudai o nascer do dia!
                           Olavo Bilac. A Madrugada.

Entendendo o poema:

01 – Que parte do dia o poema retrata?
      O poema trata do fim da madrugada e do “nascer” do dia.

02 – O que significa a expressão “uma fogueira imensa”?
      A expressão se relaciona ao Sol, ao amanhecer, ao “nascer” do dia.

03 – Escolha a frase do poema que mais você gostou e explique o que ela significa.
      Resposta pessoal do aluno.

04 – Escreva uma frase com as palavras abaixo:
·        Dia: Resposta pessoal do aluno.
·        Noite: Resposta pessoal do aluno.

05 – Que versos melhor justifica o título do poema?
      “Os galos, batendo as asas,
       Madrugadores, já cantam;
       Já há barulho nas casas,
       Já os homens se levantam.”


POESIA: CIDADEZINHA QUALQUER - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO


Poesia: Cidadezinha qualquer

Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.

Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.

Devagar... as janelas olham.
Êta vida besta, meu Deus.

                                                   Carlos Drummond de Andrade.
Entendendo a poesia.
01 – Qual é o assunto do poema?
      O poema fala de uma vida pacata numa cidadezinha de interior.

02 – A primeira estrofe do poema compõe-se predominantemente de substantivos. Sublinhe-os a seguir:
a)   Casas entre bananeiras.”
b)   Mulheres entre laranjeiras.”
c)   Pomar amor cantar.”

03 – Explique o título do poema.
      Várias cidades do interior do país encaixam-se na descrição feita pelo poeta em seu poema.

04 – Ninguém tem pressa na cidadezinha. Que palavra é usada para exprimir essa ideia?
      A palavra “Devagar”.

05 – O autor do poema é Carlos Drummond de Andrade. E quem é o eu lírico?
      O eu lírico é alguém que vive em uma cidadezinha do interior.

06 – Os poemas podem ser descritivos, narrativos ou argumentativos. Qual é o tipo do poema analisado? Por quê?
      É um poema narrativo, pois conta fatos que ocorrem na cidadezinha. Embora o último verso seja uma opinião do eu lírico sobre a cidade.

07 – Que figuras de linguagem aparece no poema acima?
      A personificação das janelas em “Devagar... as janelas olham.”

08 – Leia o poema e assinale a alternativa correta:
a)   O poema denuncia de forma irônica e com uma linguagem sintética a monotonia e o tédio que predominam em pequenas cidades do interior.
b)   O poema mostra com sentimento piedoso o desajuste existencial do homem diante da vida.
c)   O poema retrata de modo triste e melancólico a desventura amorosa do poeta na cidade de Itabira, onde nasceu.
d)   Predomina no poema um sentimento de nostalgia do passado, por meio de uma linguagem muito simples e pouco elaborada esteticamente.
e)   Há no poema uma preocupação de ordem social e política que sintetiza o “Sentimento do mundo” do eu lírico.

09 – O título do texto “Cidadezinha qualquer”, refere-se a uma cidade:
a)   Desconhecida.
b)   Do poeta.
c)   Imaginária.
d)   Metrópole.

10 – De acordo com o poema, assinale a opção correta:
a)   Em vida besta, o adjetivo expressa a lentidão das pessoas ao se locomoverem.
b)   A palavra um, diante de homem, cachorro, burro, é um artigo, pois a ideia do autor é a de especificar quantidade.
c)   O uso das reticências indica a falta de palavras que não foram escritas, mas que são facilmente perceptíveis ao leitor.
d)   Com a presença do vocativo no poema, está presente uma das funções da linguagem, que é a fática.
e)   As reticências poderiam ser substituídas por uma exclamação, pois essa pausa, após a palavra devagar revela uma comoção.

11 – Todas as características modernistas citadas abaixo podem ser identificadas no poema de Drummond, exceto:
a)   Reaproveitamento do popular e do coloquial, uso de uma linguagem simples, fácil, próxima da expressão oral.
b)   Concepção do poético como um texto aberto, um discurso que oferece multiplicidade de sentidos e interpretações.
c)   Crítica ao mundo rural, ao universo primitivo, distante do progresso, da civilização mecânica e industrial.
d)   Exploração do imprevisível, do inesperado; o corte brusco, a fragmentação de ideias possibilita o surgimento do humor.
e)   Interesse pelo homem comum, ordem social e pela vida cotidiana.


CONTO: O GALO CISCADOR - TÚLIO BULCÃO - COM QUESTÕES GABARITADAS

Conto: O Galo Ciscador

        Chico não gostava de viver preso, obrigado a comer milho e ração. E certo dia... Descobriu!
        Podia ciscar. Ciscar?
        É, escavava e afofava a terra, com as unhas, à procura de outros alimentos.
        Aranhas, besouros, minhocas, grilos, joaninhas, pulgões, lesmas, lacraias, lagartas, raízes, sementes, brotinhos e tudo mais que encontrava.
        Logo ficou sabendo, eram deliciosos.
        No princípio todos estranharam o cisca-cisca do Chico. Teve muito bate-boca e muito bate-bico. Mas, aos poucos, foram aprendendo a ciscar e gostando muito. Virou moda. Era todo mundo lá cisca, cisca, cisca, cisca.
        O dono do galinheiro não gostou.
        Eita, homem ranzinza, sempre resmungando. Implicou com o Chico e com todos os seus amigos...
        — Este galinheiro é meu. Berrava o homem ranzinza, sempre brigando.
        E berrava ranzinza, ranzinza, ranzinza, ran...
        — Este galinheiro é meu!
        Berrava ranzinza, brigão, resmungão, até que proibiu tudo.

Esta história foi escrita por Túlio Bulcão e faz parte do livro:
O galo ciscador, Editora do Brasil.
Entendendo o conto:

01 – Quem é o personagem principal dessa história?
a) As aranhas.
b) O dono do galinheiro.
c) Chico.
d) Os besouros.

02 – Qual foi a grande descoberta de Chico?
a) Que poderia comer besouros.
b) Que podia ciscar para procurar outros alimentos.
c) Que podia voar por cima da cerca.
d) Que não gostava de milho.

03 – Marque a alternativa que corresponde ao título do texto.
a) O homem ranzinza.
b) Cisca, cisca.
c) O galo que sabia ciscar.
d) O galo ciscador.

04 – Quais alimentos alternativos Chico descobriu?
      Aranhas, besouros, minhocas, grilos, joaninhas, pulgões, lesmas, lacraias, lagartas, raízes, sementes, brotinhos e tudo mais que encontrava.  

05 – O dono do galinheiro gostou da nova moda? O que ele fez?
      Não. Ele berrava, brigava, até que proibiu tudo.

06 – Quem escreveu essa história?
      Foi escrita por Túlio Bulcão.

07 – Complete o texto abaixo com os advérbios de tempo.
        Hoje      agora      amanhã      ontem
a) Hoje vou colher os ovos no galinheiro.
b) O dono do galinheiro venderá as galinhas amanhã.
c) Ontem Chico ciscou, ciscou a procura de alimentos.
d) O dono do galinheiro até agora não resmungou de nada.

08 - Ligue as palavras de acordo com os quadrados abaixo.
a) amanhã
b) longe
c) não
d) talvez
(c) negação
(d) dúvida
(a) tempo
(b) lugar.

09 – Qual era a frase que o dono do galinheiro dizia?
      “Este galinheiro é meu!”

10 – De acordo com o conto, qual foi a moda lançada pelo Chico?
      Foi cisca, cisca. Ciscar pra cá, ciscar pra lá.