sexta-feira, 1 de junho de 2018

FÁBULA: A SOLUÇÃO - LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO - COM GABARITO

Fábula: A SOLUÇÃO
              Luís Fernando Veríssimo

    O Sr. Lobo encontrou o Sr. Cordeiro numa reunião do Rotary e se queixou de que a fábrica do Sr. Cordeiro estava poluindo o rio que passava pelas terras do Sr. Lobo, matando os peixes, espantando os pássaros e, ainda por cima, cheirando mal.
        O Sr. Cordeiro argumentou que, em primeiro lugar, a fábrica não era sua, era de seu pai, e, em segundo lugar não podia fechá-la, pois isto agravaria o problema do desemprego na região, e o Sr. Lobo certamente não ia querer bandos de desempregados nas suas terras, pescando seu peixe, matando seus pássaros para assar e comer e ainda por cima cheirando mal.
        - Instale equipamento antipoluente, insistiu o Sr. Lobo.
        - Ora, meu caro, retrucou o Sr. Cordeiro, isso custa dinheiro, e para onde iria meu lucro? Você certamente não é contra o lucro, Sr. Lobo! disse o cordeiro, preocupado, examinando o Sr. Lobo atrás de algum sinal de socialismo latente.
        - Não, não! disse o Sr. Lobo. Mas isto não pode continuar. É uma agressão à Natureza e, o que é mais grave, à minha Natureza. Se fosse à Natureza do vizinho…
        - E se eu não parar? perguntou o Sr. Cordeiro.
        - Então, respondeu o Sr. Lobo, mastigando um salgadinho com seus caninos reluzentes, eu serei obrigado a devorá-lo, meu caro.
        Ao que o Sr. Cordeiro retrucou que havia uma solução:
        - Por que o senhor não entra de sócio na fábrica Cordeiro e Filho?
        -  Ótimo, disse o Sr. Lobo.
        E desse dia em diante não houve mais poluição no rio que passava pelas terras do Sr. Lobo. Ou pelo menos, o Sr. Lobo nunca mais se queixou.

                  Luís Fernando Veríssimo. Santinho. Porto Alegre, L&PM.
 Vocabulário:

Rotary – organização filantrópica internacional espalhada em mais de 150 países. Fundada nos Estados Unidos em 1905, seus associados, inicialmente se reuniam em suas próprias casas, num sistema de rotatividade, derivando daí o nome de Rotary.

Socialismo – doutrina que visa melhorar o bem comum pela transformação da sociedade.

Latente – oculto, disfarçado.

Entendendo a fábula:

01 – Lendo o texto podemos concluir que:
a. (   ) O lobo age simplesmente como um animal selvagem.
b. (   ) O cordeiro é apenas um animal doméstico.
c. (X) O lobo e o cordeiro agem, falam e raciocinam como se fossem pessoas. Ambos são animais personalizados na história.

02 – Argumentar é defender uma ideia, baseando-se em fatos e provas. Que argumentos apresentou o Sr. Cordeiro ao Sr. Lobo para não fechar a fábrica que estava poluindo o rio?
·        Que a fábrica não era sua, era do seu pai.
·        Não poderia fecha-la porque agravaria o problema do desemprego na região.
·        Os desempregados iriam invadir as terras do Sr. Lobo e consumir os peixes, os pássaros e ainda iam cheirar mal.

03 – O texto baseia-se na fábula “O lobo e o cordeiro” de Esopo, que tem um final diferente desta. Liste as igualdades e diferenças existentes entre as narrativas. Você terá que ler também as traduções da fábula escrita por Esopo postada neste site.
      Na fábula de Esopo Na história de Veríssimo

1. o lobo e o cordeiro não são amigos e se encontram por acaso no riacho;
2. o lobo acusa o cordeiro de poluir as águas do riacho onde ele costuma beber;
3. o cordeiro se defende com argumentos irrefutáveis (estava abaixo da correnteza do rio; não havia nascido ainda na época que o lobo o acusou de falar mal dele)
4. O lobo não se convence com os argumentos do cordeiro e o devora.
1. O lobo e o cordeiro são amigos e frequentam o mesmo lugar.
2. O lobo acusa o cordeiro de poluir as águas do rio que passa em suas terras, por causa da fábrica de propriedade do cordeiro;
3. O cordeiro se defende com argumentos fáceis de ser derrubados; ele era dono da fábrica sim, pois seria o herdeiro natural dos bens de seu pai, além do que o nome da fábrica era “Cordeiro e Filho”; o cordeiro argumentou que não poderia fechar a fábrica por causa do desemprego que causaria, mas na realidade ele pensou na perda de seus lucros quando disse que instalar um antipoluente custaria muito dinheiro e com isso não teria lucro.
4. O lobo ameaça devorar o cordeiro se a situação não for corrigida.
5. O cordeiro dá uma solução para o impasse: convida o lobo para ser sócio com ele na fábrica.
6. O lobo aceita a oferta e daí em diante não houve mais queixas a respeito da poluição causada pela fábrica.
7. Deduz-se que o lobo estava mesmo interessado na participação dos lucros que a fábrica lhe traria e não no combate à poluição do meio ambiente.

04 – Este texto nos sugere que:
a. (   ) os fracos sempre têm uma saída contra os poderosos.
b. (X) o homem sempre procura seus interesses.
c. (   ) os mais fortes acabam tirando vantagens e levando a melhor sobre os mais fracos.

05 – O texto nos remete a problemas que se agravam nas grandes cidades. Cite um deles que está presente na narrativa.
     A poluição do meio ambiente pelas fábricas.

06 – Toda fábula encerra uma lição ou ensinamento moral, onde os escritores a concluem com uma pequena frase ou “moral da história”. No texto, Luís Fernando Veríssimo não faz o encerramento desta história com esta pequena frase. Escreva você, então, uma pequena frase que traduza a lição ou moral desta história.
      Resposta pessoal do aluno.






CONTO: A LENDA DO IPÊ - COM INTERPRETAÇÃO E GABARITO


Conto: A lenda do Ipê 

    Naqueles tempos, o inverno estava nos seus últimos dias e todas as árvores da floresta estavam começando a florescer. Somente os Ipês continuavam sem flores. Os Ipês, cada vez mais se entristeciam com aquela situação, pois eram os únicos que não tinham nem flores nem frutos.
    Então, os amarelos canários-da-terra, percebendo a tristeza dos Ipês, resolveram fazer seus ninhos somente nos galhos de um dos Ipês. E ninhais também foram feitos pelas araras-vermelhas e azuis e os sanhaços em outro; as garças-brancas em outro, as siaciras em outro, e num outro Ipê menos imponente, foram os periquitos, jandaias, maritacas e papagaios.
    Os Ipês ficaram muito felizes e resolveram pedir aos deuses que lhes dessem flores, como forma de agradecimento aos canários-da-terra, e a todos os outros pássaros da floresta, pela alegria que tinham levado a eles. No dia seguinte, dizem, sob o mais belo céu azul que aqueles sertões já conheceram, os Ipês floresceram, em várias cores. E cada um dos Ipês se vestiu nas cores e matizes dos pássaros que os haviam adotado. Quando tudo aconteceu, era agosto. E assim, desde então, os Ipês têm florescido nos meses de agosto e setembro. […]
Disponível em: http://www.migre.me/kopurs. 

Entendendo o conto:

01 – Identifique o conflito em torno do qual a narrativa se desenvolveu:
      O fato de os ipês serem as únicas árvores da floresta que ainda não tinham florescido.

02 – Assinale a alternativa em que se registra a personificação:
a) “Somente os ipês continuavam sem flores.”.
b) “Os Ipês, cada vez mais se entristeciam com aquela situação [...]”.
c) “E ninhais também foram feitos pelas araras-vermelhas e azuis e os sanhaços em outro [...]”.
d) “[...] os Ipês têm florescido nos meses de agosto e setembro.”.

03 – Em “[...] pela alegria que tinham levado a eles.”, a palavra sublinhada refere-se aos:
a) ipês
b) deuses
c) canários-da-terra
d) outros pássaros da floresta

04 – Em “E cada um dos Ipês se vestiu nas cores e matizes dos pássaros que os haviam adotado.”, o termo destacado poderia ser substituído por:
a) enfeites
b) características
c) tonalidades
d) particularidades

05 – “Somente os Ipês continuavam sem flores”. Nesse trecho, percebe-se que os ipês se encontram em uma situação de:
a) exclusão
b) integração
c) restrição
d) transformação

06 – “[...] foram os periquitos, jandaias, maritacas e papagaios.”. Nessa passagem, as vírgulas foram utilizadas para a indicação de:
a) uma explanação
b) uma exemplificação
c) uma inserção
d) uma enumeração.

07 – “Então, os amarelos canários-da-terra, percebendo a tristeza dos Ipês, resolveram fazer seus ninhos somente nos galhos de um dos Ipês.”.  O termo sinalizado retoma o parágrafo anterior para instituir a relação de:
a) continuidade
b) consequência
c) causa
d) condição

08 – No contexto da sentença “Os Ipês ficaram muito felizes [...]”, o termo destacado exerce a função de:
a) adjunto adnominal
b) complemento verbal
c) predicativo do sujeito
d) adjunto adverbial.



LENDA: A LENDA DA ERVA MATE - COM INTERPRETAÇÃO E GABARITO


Lenda: A LENDA DA  ERVA MATE

    Uma tribo de índios Guarany derrubava um pedaço de mata, plantava a mandioca e o milho, mas depois de quatro ou cinco anos, a terra não produzia, e por força das circunstâncias, a tribo acabava tendo que emigrar para outro lugar.
    Cansado de tais andanças, um velho índio, já muito velho, recusou seguir adiante e preferiu aquietar-se na tapera.
    A mais jovem de suas filhas, a bela Jary ficou entre dois corações: seguir adiante, com os moços de sua tribo, ou ficar na solidão, prestando arrimo ao ancião até que a morte o levasse para a paz do Yvi-Marai.
    Apesar dos rogos dos moços, Jary terminou permanecendo junto ao pai.
    Essa atitude de amor mereceu uma recompensa.
    Um dia chegou por aquelas paragens, um pajé desconhecido e perguntou à Jary o que ela queria para sentir-se feliz. A moça nada mencionou, mas o velho pai pediu: quis ter suas forças renovadas para poder seguir adiante e levar Jary ao encontro da tribo que tinha partido.
    Entregou-lhe o pajé uma planta muito verde, perfumada de bondade, e ensinou que ele plantasse, colhesse as folhas, secasse ao fogo, triturasse, botasse os pedacinhos num porongo, acrescenta-se água quente ou fria e sorvesse essa infusão. E disse:
    – Terás nessa nova bebida uma nova companhia saudável mesmo nas horas tristonhas da mais cruel solidão. Dada a receita partiu.
    Foi assim que nasceu e cresceu a caá-mini. Dela resultou a bebida caá-y que os brancos mais tarde adotaram o nome de erva-mate, muito utilizada pelos gaúchos no chimarrão.
    Sorvendo a verde seiva o ancião retemperou-se, ganhou força e pode empreender a longa viagem até o reencontro com seus.
    E a tribo toda adotou o costume de beber da verde erva, amarguentinha e gostosa que dava força e coragem e confortava amizade mesmo nas horas tristonhas da mais total solidão.

Entendendo o texto 
01 – Qual é o título do texto?
      O título do texto é “Erva mate”

02 – Qual é a tribo indígena que aparece no texto?
      A tribo indígena que aparece no texto são os Guaranis.

03 – Qual era o produto plantado por essa tribo?
      Eles plantavam mandioca e milho.

04 – De acordo com o texto, depois de 4 ou 5 anos o que acontecia?
      Depois desse tempo a terra não produzia mais e os índios tinham que emigrar para outro lugar.

05 – Por que o velho índio se recusou a seguir adiante?
      Ele se recusou a seguir pois preferiu aquietar-se na tapera.

06 – Qual foi a dúvida de Jary?
      Ela estava em dúvida se ia com um dos moços de sua tribo ou se ficava cuidando do ancião.

07 – Qual foi a decisão de Jary:
( ) partir com os jovens da tribo
(x) ficar junto do pai

08 – O que o pai pediu para o pajé?
      Ele pediu para ter suas forças renovadas para poder seguir adiante e levar Jary ao encontro da tribo que tinha partido.

09 – O que o pajé entregou?
      O pajé entregou para ele uma planta muito verde, perfumada de bondade.

10 – O que deveria ser feito com a planta?
      Ele deveria plantar, colher as folhas, secar ao fogo, triturar, colocar os pedacinhos num porongo, acrescentar água quente ou fria e beber a infusão.

11 - Quando o ancião bebeu a nova bebida, o que aconteceu?
      Quando ele bebeu temperou-se, ganhou força e conseguiu empreender a longa viagem até o reencontro com os seus.

12 – Qual o nome que os brancos deram para esta erva?
      Os brancos chamaram a erva de erva-mate.

13 – Quem costuma utilizar esta erva e de que maneira?
      No Brasil a erva-mate é muito utilizada pelos gaúchos no chimarrão.

CRÔNICA: O SUCESSO DA MALA - CYBELE MEYER - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


CRÔNICA: O sucesso da mala

    Respiro ofegante. Trago nas mãos uma pequena mala e uma agenda tinindo de nova. É meu primeiro dia de aula. Venho substituir uma professora que teve que se ausentar “por motivo de força maior”. Entro timidamente na sala dos professores e sou encarada por todos. Uma das colegas, tentando me deixar mais à vontade, pergunta: 
    – É você que veio substituir a Edith? 
    – Sim – respondo num fio de voz. 
    – Fala forte, querida, caso contrário vai ser tragada pelos alunos – e morre de rir. 
    E a equipe toda se diverte com a minha cara. 
    – Ela nem imagina o que a espera, não é mesmo?
    Convidada a me sentar, aceito para não parecer antipática. Eles continuam a conversar como se eu não estivesse ali. Até que, finalmente, toca o sinal. É hora de começar a aula. Pego meu material e percebo que me olham curiosos para saber o que tenho dentro da mala. Antes que me perguntem, acelero o passo e sigo para a sala de aula. Entro e vejo um montão de olhinhos curiosos a me analisar que, em seguida, se voltam para a maleta. Eu a coloco em cima da mesa e a abro sem deixar que vejam o que há lá dentro. 
    – O que tem aí, professora? 
    – Em breve vocês saberão. 
    No fim do dia, fecho a mala, junto minhas coisas e saio. No dia seguinte, me comporto da mesma maneira, e no outro e no noutro… As aulas correm bem e sinto que conquistei a classe, que participa com muito interesse. Os professores já não me encaram. A mala, porém, continua sendo alvo de olhares curiosos. 
    Chego à escola no meu último dia de aula. A titular da turma voltará na semana seguinte. Na sala dos professores ouço a pergunta guardada há tantos dias: 
    – Afinal, o que você guarda de tão mágico dentro dessa mala que conseguiu modificar a sala em tão pouco tempo? 
    – Podem olhar – respondo, abrindo o fecho. 
    – Mas não tem nada aí! – comentam. 
    – O essencial é invisível aos olhos. Aqui guardo o meu melhor. 
    Todos ficam me olhando. Parecem estar pensando no que eu disse. Pego meu material, me despeço e saio.
                                                                                      Cybele Meyer

Entendendo o texto:

01 – Qual é o título do texto?
      O título do texto é “O sucesso da mala”.

02 – Quem é o autor da história?
      A autora da história é Cybele Meyer.

03 – Quantos parágrafos há no texto?
      O texto tem 16 parágrafos.

04 - Quem é o narrador da história?
      O narrador da história é a professora nova.

05 – Como a professora foi recebida pelos colegas?
      Ela foi encarada por todos, e se divertiram com a cara dela.

06 – O que a professora fez ao entrar na sala de aula?
      Ela colocou e abriu a mala sobre a mesa sem deixar que ninguém vise o que tinha lá dentro.

07 – O que tinha dentro da mala da professora?
      Dentro da mala não havia nada.

08 – Em sua opinião o que a professora quis dizer com a frase “O essencial é invisível aos olhos. Aqui guardo o meu melhor.”
      Resposta pessoal do aluno.



TEXTO: A DEFESA DO ORGANISMO - LEUCÓCITOS OU GLÓBULOS BRANCOS - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


Texto: A defesa do organismo
   
     Leucócitos ou glóbulos brancos


        Os leucócitos, também conhecidos por glóbulos brancos, são células incolores de formato esférico que atuam na defesa do organismo agindo contra infecções, doenças, alergias, resfriados e em algumas ocasiões podem atacar os tecidos do próprio corpo, originando doenças autoimunes. Essas células vêm sendo estudadas no sangue de diversos vertebrados há cerca de 150 anos, existem relatos da observação de um grande número de células contendo grânulos citoplasmáticos refringentes no sangue e na medula óssea desde o final da primeira metade do século XIX.
        Os leucócitos são produzidos na medula óssea ou em tecidos linfoides e permanecem circulando temporariamente no sangue onde frequentemente deixam os capilares sanguíneos e vênulas passando por entre as células endoteliais para penetrar no tecido conjuntivo adjacente por diapedese, onde muitos morrem por apoptose. Em um adulto, bilhões de leucócitos morrem diariamente e seus restos celulares são removidos pelos macrófagos.
        Quando um vírus, uma bactéria, ou qualquer organismo estranho entra no corpo, ocorre uma resposta migratória onde os leucócitos são atraídos por substâncias originadas dos tecidos, do plasma sanguíneo, de outros leucócitos e dos microrganismos invasores para os locais onde existe uma maior concentração dos agentes quimiotáticos através de um processo conhecido por quimiotaxia.
        Os leucócitos são classificados em dois grupos, os granulócitos e os agranulócitos.
      Os granulócitos são classificados em eosinófilos, neutrófilos e basófilos e possuem núcleo de formato irregular apresentando no citoplasma grânulos primários (azurófilos) e grânulos específicos (secundários).
      Os agranulócitos possuem núcleo regular, presença de grânulos azurófilos e ausência de grânulos específicos e são classificados em dois tipos, linfócitos e monócitos.
        Em um hemograma, a modificação da porcentagem e morfologia do núcleo de leucócitos pode orientar ao diagnóstico de doenças infecciosas, inflamatórias, ou síndromes associadas ao sangue e imunidade. Em um adulto normal o número de leucócitos por microlitro (mm3) de sangue é de 4.500 a 11.500, O aumento de leucócitos no sangue é chamado de leucocitose e a diminuição, leucopenia.
        A leucopenia geralmente ocorre em doenças relacionadas a falha da medula óssea - tumores e fibroses, doenças do fígado ou rim, doenças autoimunes, presença de substâncias citotóxicas e exposição à radiação; enquanto que a leucocitose acontece em doenças infecciosas, doenças inflamatórias, leucemia e estresse.
        O aumento no número de leucócitos neutrófilos indica a existência de atividade intensa contra infecções por bactérias, quando há uma elevação nas taxas de eosinófilos ou basófilos provavelmente o organismo está reagindo em defesa à alguma alergia ou infecção parasitária. Já as infecções bacterianas crônicas e por vírus são combatidas por um aumento no número de leucócitos agranulócitos, os linfócitos e monócitos.
                    Por Bruno Berger
                    Pós-Doutorado Ciências Biológicas (UNESP, 2013).
                    Doutorado em Ciências Biológicas (UNESP, 2009).
                    Graduação em Ciências Biológicas (UNESP, 2005).

Entendendo o texto:

01 – O que são os glóbulos brancos ou leucócitos?
      São células que fazem parte do sangue e da linfa.

02 – Qual a função dos glóbulos brancos?
      Proteger o corpo, destruindo micro-organismos e outros elementos estranhos do organismo, que formam nosso sistema imunitário.

03 – O que significa imunidade nesse contexto?
      É o conjunto de mecanismos de defesa do organismo contra agentes causadores de doenças.

04 – Existe apenas um tipo de glóbulos brancos?
      Não, podem ser de vários tipos. Diferem-se pelo tamanho, pela forma do núcleo e pelo modo como atuam no sistema de defesa.

05 – Por qual razão o número de glóbulos brancos no sangue aumenta quando vírus, bactérias ou outros agentes patogênicos penetram no corpo?
      Por que alguns glóbulos brancos produzem anticorpos, responsáveis por neutralizar a ação de elementos estranhos ao organismo.

06 – Qual exame pode ajudar o médico a inferir uma infecção no organismo?
      Hemograma, o famoso exame de sangue.

07 – Os leucócitos são produzidos em qual parte do corpo?
      São produzidos na medula óssea ou em tecidos linfoides.

08 – Como são classificados os leucócitos?
      São classificados em dois grupos, os granulócitos e os agranulócitos.

09 – Os granulócitos, como se classificam?
      Em eosinófilos, neutrófilos e basófilos.

10 – Os agranulócitos, como se classificam?
      Em linfócitos e monócitos.

11 – O aumento de leucócitos no sangue é chamado de leucocitose, e qual são as doenças que aparecem?
      Doenças infecciosas, doenças inflamatórias, leucemia e estresse.

12 – A diminuição de leucócitos é chamado de leucopenia, e qual são as doenças que aparecem?
      Geralmente ocorre em doenças relacionadas a falha da medula óssea – tumores e fibroses, doenças do fígado ou rim, doenças autoimunes.


quinta-feira, 31 de maio de 2018

FILME(ATIVIDADES): A MORENINHA - (OBRA: JOAQUIM MANUEL DE MACEDO)- GLAUCO MIRKO LAURELLI - COM GABARITO

Filme(ATIVIDADES): A MORENINHA

 Data de lançamento 30 de dezembro de 1970 (1h 36min)
Gêneros DramaRomance
Nacionalidade Brasil

SINOPSE E DETALHES
        Baseado na obra de Joaquim Manuel de Macedo. Assim que Augusto pisa na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro da década de 1840, sua vida muda completamente: ele, que nunca se apaixonara, cai de amores por Carolina, prima de um amigo e mais conhecida na região como "a Moreninha". Contudo, uma promessa feita ainda na infância pode colocar em risco a paixão de Augusto.
                                                               Joaquim Manuel de Macedo
Entendendo o filme:
01 – Quem são os estudantes de medicina? Identifique-os.
      Felipe (irmão de Carolina), Augusto, Leopoldo e Fabrício.

02 – Explique a expressão: “Ando sempre com as algibeiras a tocar matinas”.
      A expressão significa sempre estar sem dinheiro.

03 – Descreva, segundo o autor, as características físicas e psicológicas de D. Ana, a avó de Carolina.
      A dona Ana é uma mulher de sessenta anos, senhora espirituosa e com alguma instrução. É cheia de bondade e de agrado. Também apresenta o maior carinho por sua neta, a Dona Carolina.

04 – A quem Augusto revela sua inconstância no amor?
      Ele revela aos seus amigos Felipe, Fabrício e Leopoldo, quando discutiam sobre a visita que fariam a avó de Felipe.

05 – Por que Carolina passa a ser chamada de moreninha por Augusto?
      Porque todos já a conheciam e gostavam de chama-la de moreninha.

06 – De que forma a moreninha conquista o coração de Augusto?
      Quando Augusto viu Carolina cantando a música de Ahy, a balada do rochedo.

07 – Em que lugar Augusto faz nova confissão de seus desamores?
      Na gruta da ilha, numa conversa com D. Ana depois do jantar.

08 – O que acontece quando Augusto conta sabre seu amor de infância?
      Ele sempre é interrompido por um ruído (como se tivesse alguém escondido ouvindo sua conversa com D. Ana), porém quando vai conferir, nunca acha ninguém além da moreninha que, curiosamente, Augusto não desconfia.

09 – Qual o desejo de Carolina, quando ela e Augusto, ainda criança ajudava o velho moribundo?
      A D. Carolina queria acabar com a fome do velho, por isso deu uma moeda de ouro à sua família.

10 – Quantos anos Augusto e Carolina tinham quando teve o primeiro encontro com a moreninha?
      Augusto tinha treze anos e Carolina apenas sete anos. Eles se encontraram por acaso numa praia, enquanto Carolina tentava pegar uma concha na água.

11 – Leia e responda: “[...] porém não posso mais esconder estes sentimentos que eu penso que são segredos e que todo mundo mos lê nos olhos! Com qual dos provérbios seguintes essa fala de Augusto se relaciona:
a)   Longe dos olhos, longe do coração.
b)   O que os olhos não veem o coração não sente.
c)   Os olhos são a janela da alma.
d)   Em terra de cego quem tem um olho é rei.

12 – O reencontro de D. Carolina e Augusto foi:
a)   Cheio de declarações de amor.
b)   Cheio de questionamentos.
c)   Marcado pela indiferença e dúvidas.
d)   Marcado pela troca de olhares e suspiros.

13 – No fragmento: “O amor é um menino doidinho e malcriado que, quando alguém intenta refreá-lo, chora, esperneia, escabuja”, e no outro “... amor é um anzol que, quando se engole, agadanha-se logo no coração da gente...”, temos uma figura de linguagem chamada:
a)   Metonímia.
b)   Personificação.
c)   Metáfora.
d)   Antítese.

14 – “Como força e comoção desusadas bateu o coração de D. Carolina...”, o termo em destaque significa:
a)   Enormes.
b)   Constantes.
c)   Incomuns.
d)   Reais.

15 – Se você reparou bem há um mistério que envolve as vidas de Augusto e de Carolina. Os dois vivem presos a um fato que foi muito importante para eles. Qual foi esse acontecimento?
      A promessa que fizeram de se casarem, quando ainda eram crianças.