sexta-feira, 1 de setembro de 2017

SIMULADO - PARNASIANISMO - COM GABARITO

EXERCÍCIOS E TESTES DE VESTIBULARESPARNASIANISMO.


1 – (FEI-SP) São características do Parnasianismo, do qual Olavo Bilac é legítimo representante:
A – Predomínio da razão, individualismo.
B – Determinismo biológico, retorno à Idade Média.
C – Culto da forma, arte pela arte.
D – Objetividade, sentimentalismo exagerado.
E – N. D. A.

2 – (FESP) A designação “arte pela arte” aplica-se a que tipo de tendência?
A – Concepção.
B – Cultista.
C – Parnasiana.
D – Simbolista.
E – Modernista.

3 – (CENTEC – BA) Todos os itens apresentam características do Parnasianismo, exceto:
A – Prevalência de formas fixas de composição poética.
B – Anseio de liberdade criadora.
C – Preocupação com a perfeição formal.
D – Gosto pela precisão descritiva.
E – Ideal de objetividade no tratamento dos temas.


4 – (PUC-SP):
             Texto 1
                          Os sapos
              O sapo tanoeiro,
              Parnasiano aguado,
              Diz: - “Meu cancioneiro
              É bem martelado”
              (...)
              Brada em um assomo
              O sapo tanoeiro:
               --- “A grande arte é como
               Lavor de joalheiro”
                                                                      Manuel Bandeira.

               Texto 2


                             Profissão de fé
          Invejo o ourives quando escrevo
                             Imito o amor
      Com que ele, em ouro, o alto-relevo
                             Faz de uma flor.
               (...)
               Torce, aprimora, alteia, lima
                             A frase; e, enfim,
          No verso de ouro engasta a rima,
                             Como um rubim.
                                                                       Olavo Bilac.

            a)Compare os dois trechos acima e, a partir daí, caracterize a estética literária a que pertence o texto 2, de acordo com as duas afirmações do texto 1
            “Meu cancioneiro é bem martelado” = os parnasianos davam especial atenção à métrica.
            “A grande arte é como o lavor do joalheiro” = os parnasianos realçavam as palavras raras e as rimas ricas.
b)O texto 1 reforça ou nega os procedimentos estéticos apontados no texto 2? Justifique sua resposta.
O texto 1 nega os procedimentos estéticos apontados no texto 2: “parnasiano aguado”, “brada em assomo” são expressões pejorativas.

5 – (PUC-RS) Alberto de Oliveira é considerado o mais característico poeta parnasiano, pois suas obras evidenciam:
A – Erudição linguística, descrição subjetiva e alusão à mitologia geco-latina.
B – Culto à forma, descritivismo e retorno aos motivos clássicos.
C – Preciosismo linguístico, recuperação dos moldes clássicos e devaneio sentimentalismo.
D – Lirismo comedido, sentimento nacionalismo e apuro vocabular.
E – Descrição pormenorizada, ruptura com os motivos clássicos e busca da palavra exata.

6 – (UFRS):
                  É na confluência de ideais anti-românticos, como a objetividade no trato dos temas e o culto da forma, que se situa a poética do parnasianismo. O nome da escola vinha de Paris e remontava a antologias publicadas (...) sob o título de Parnasse Contemporain, que incluíram poemas de Gautier, Banville e Leconte de Lisle. Seus traços de relevo: o gosto da descrição nítida, concepções tradicionalistas sobre metro, ritmo e rima e, no fundo, o ideal de impessoalidade que partilhavam com os realistas do tempo.
                                                                                    Alfredo Bosi.

Com base no texto acima, referente ao Parnasianismo brasileiro, são feitas as seguintes inferências.
I – O Parnasianismo opôs-se a princípios românticos como a subjetividade e a relativa liberdade do verso.
II – Tendo seu nome calcado num termo criado na França, O Parnasianismo brasileiro seguiu um caminho estético próprio, independente e original.
III – Parnasianismo e Realismo são correntes literárias com ideias e princípios estéticos totalmente diferenciados.
Quais estão corretas?
a – Apenas I.
b – Apenas II.
c – Apenas I e II.
d – Apenas II e III.
e – I, II e III.


7 – (PUC-RS):
 Calma entre os ventos, em lufadas cheias
  De um vago sussurrar de ladainhas
  Sacerdotisa em prece, o vulto alteias
  Do vale, quando a noite se avizinha.

   Rezas sobre os desertos e as areias,
 Sobre as florestas e a amplidão marinha:
    E ajoelhadas, rodeiam-te as aldeias,
    Musas servas aos pés de uma rainha.

A expressão marcada pela descrição objetiva, a disciplina formal, a técnica do encavalgamento são caracteristicamente.
       a) Românticas.
       b) Parnasianas.
       c) Simbolistas.
       d) Impressionistas.
       e) Modernistas.

8 – (PUC-RS):
                 Fulge em nuvens, no poente, o Olimpo. O céu delira
                 Os deuses rugem. Entre incêndios de ouro e gemas
                 Há torrentes de sangue, hecatombes supremas
                 Heróis rojando ao chão, troféus em pira.
O estilo do texto é caracteristicamente:
a) Romântico.
b) Parnasiano.
c) Simbolista.
d) Pré-modernista.
e) Modernista.

9 – (PUCCAMP-SP):
                 Enquanto, com gentil descortesia,
                 O ar, que fresco Adônis te enamora,
                 Te espalha a rica trança voadora
                 Da madeixa que mais primor te envia:

                 Goza, goza da flor da mocidade,
                 Que o tempo troca, e a toda a ligeireza
                 E imprime a cada flor uma pisada.

Os versos acima, numa linguagem que abusa das intercalações e carrega a construção com referência mitológica, ilustram a consciência aguda que tinham da transitoriedade da vida os poetas:
a) Simbolistas.
b) Barrocos.
c) Românticos.
d) Árcades.
e) Parnasianos.

(IBERO-AMERICANA-SP – adaptada) Leia atentamente o texto abaixo para responder às questões 10, 11 e 12:
                               DUALISMO
Não és bom, nem és mau: és triste e humano...
Vives ansiando, em maldições e preces,
 Como se, a arder, no coração tivesses
O tumulto e o clamor de largo oceano. 

  Pobre, no bem como no mal, padeces;
  E, rolando num vórtice vesano,
  Oscilas entre a crença e o desengano,
  Entre esperanças e desinteresses.

          Capaz de horrores e de ações sublimes,
          Não ficas das virtudes satisfeito,
          Nem te arrependes, infeliz, dos crimes:

          E, no perpétuo ideal que te devora,
          Residem juntamente no teu peito
          Um demônio que ruge e um Deus que chora.

10 – Esse soneto de Olavo Bilac é a descrição de uma pessoa. Pode-se dizer, a esse respeito, que:
a) O poeta se dirige a si mesmo, recriminando-se por um caso de amor mal sucedido.
b) O poete descreve um interlocutor, a quem se dirige, como indicam os tempos verbais na segunda pessoa do singular.
c) O poeta é, simultaneamente, o emissor e o receptor do poema, conservando-se numa postura objetiva e distanciada, sem se envolver.
d) A partir do título, a característica maior do soneto é a sua pieguice.
e) N.D.A.

11 – Levando-se em consideração a postura do poeta nesse soneto, é possível afirmar que:
a) Se trata de uma postura romântica.
b) A partir do título, a postura poética em relação ao ser humano é contraditória.
c) O homem é visto como um ser ambíguo, contraditório, marcado pelo “dualismo”.
d) Não há definição para o ser humano.
e) N.D.A.

12 – Considerando-se a primeira estrofe do soneto, nota-se nela a ocorrência de associação de termos, unidos pelas conjunções “nem” e “e”. Essas construções simétricas ocorrem também nas outras estrofes (a crença e desengano / horrores e ações sublimes). Esse tipo de recurso que aproxima opostos provoca:
a) Uma visão simbolista do ser humano.
b) Uma sequência preciosista, quase gongórica, da situação enfocada.
c) Uma visão paradoxal do ser humano, caracterizado ora por sua força positiva, ora por uma negativa.
d) Uma tradução inequívoca e inequivocada do ser humano.
e) N.D.A.

13 – (FUVEST-SP) Leia com atenção e responda às questões I e II:
          Torce, aprimora, alteia, lima
                      A frase; e, enfim,
          No verso de ouro engasta a rima,
                     Como um rubim.
          Quero que a estrofe cristalina,
                     Dobrada ao jeito
          Do ourives, saia da oficina
                     Sem um defeito.
                                                                               Bilac, Olavo. Profissão de fé.

I – Nos versos acima, a atividade poética é comparada ao lavor do ourives porque, para o autor:

a) A poesia é preciosa como um rubi
b) O poeta é um burilador.
c) Na poesia não pode faltar a rima.
d) O poeta não se assemelha a um artesão.
e) O poeta emprega a chave de ouro.
II – Pode-se inferir do texto que, para Olavo Bilac, o ideal da forma literária é:
a) A libertação.
b) A isometria.
c) A estrofação.
d) A rima.
e) A perfeição.

14 – (PUC-SP) A respeito de Via-láctea, de Olavo Bilac, é lícito dizer que:
a) Contém poemas onde o autor compara o trabalho do poeta com o lavor do ourives.
b) Há uma profunda influência da Ilíada, mas também da Odisséia, ainda que em pequena escala.
c) É uma coletânea de poemas, cujos tema é o amor sensual, vazado em versos de ritmos neoclássicos em que se observa muitas vezes uma estruturação intencional com vistas à chave de ouro do soneto.
d) É uma coletânea onde o principal tema é o céu noturno.
e) N.D.A.


15 – (PUC-RS)
Nunca morrer assim! Nunca morrer num dia
 Assim! de um sol assim!
 Tu, desgrenhada e fria,
 Fria! postos nos meus os teus olhos molhados,
 E apertando nos teus os meus dedos gelados...

A poesia parnasiana de Olavo Bilac, como demonstram os versos acima, vera sobre o amor quase sempre de forma:
a) Sentimental.
b) Mística.
c) Religiosa.
d) Lírica.
e) Sensual.

16 – (FEI-SP) Rejeitando os ideais românticos, retomam a tradição clássica, defendem o princípio da “arte pela arte” e supervalorizam a linguagem preciosa.
O texto acima refere-se a poetas:
a) Parnasianos.
b) Naturalistas.
c) Simbolistas.
d) Modernistas.
e) Árcades.

17 – (FEI-SP) Qual a alternativa falsa?
a) O movimento literário denominado parnasianismo deriva seu nome da publicação Le Parnasse Contemporain.
b) A sentimentalidade plangente dos românticos era menosprezada pelos parnasianos.
c) O parnasiano preconiza o culto da forma.
d) O parnasianismo foi precedido pelo simbolismo.
e) Entre os parnasianos podemos mencionar: Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac.

18 – (MACK-SP) Qual alternativa caracteriza adequadamente o Parnasianismo?
a) Objetivo e impassível.
b) Subjetivo e sentimental.
c) Realista e enigmático.
d) Cotidiano e apoético.
e) Simples e espontâneo.

19 – (PUC-PR) Marque a alternativa que se refere à estética parnasiana:
a) O movimento não aceita os limites da realidade sensível, nem os da palavra que a registra. Pretende ir além, para um mundo idealizado, infinito, que lhe serve de refúgio contra os aspectos contingenciais, passageiros e finitos da realidade.
b) O autor volta-se para a observação do mundo objetivo. Considera possível a sua representação artística. Procura fazer arte marcada por uma preocupação com a composição, com a técnica do poema, busca a perfeição formal com a seleção vocabular.
c) O movimento exprime o desgosto das soluções racionalistas e mecânicas, recusa limitar a arte ao objetivo, à técnica, ao seu aspecto palpável. Espera ir além do espírito e tocar, com a sonda da poesia, o absoluto.
d) Movimento que busca, na verdade, a antiarte. Representa a subversão dos valores, cria uma arte em que a tônica dominante é o sarcasmo, o descrédito humano, defende a anarquia social e o suicídio individual.
e) Movimento que busca a arte que traduz uma correspondência entre o mundo material e o mundo espiritual. Revela preocupação com o homem, a partir de sua dívida pessoal.

20 – (MACK-SP) Não caracteriza a estética parnasiana:
a) A oposição aos românticos e distanciamento das preocupações sociais dos realistas.
b) A objetividade, advinda do espírito cientificista, e o culto da forma.
c) A obsessão pelo adorno e contenção lírica.
d) A perfeição formal na rima, no ritmo, no metro e volta aos motivos clássicos.
e) A exaltação do “eu” e fuga da realidade presente.





quinta-feira, 31 de agosto de 2017

OS DEZ MANDAMENTOS DA INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

OS DEZ MANDAMENTOS DA INTERPRETAÇÃO TEXTUAL


        Caro estudante, a leitura de um texto não é um mero ato de decifrar símbolos.        O ato de ler envolve não apenas a decodificação da mensagem, mas também a interação com o texto, produzindo sentidos durante a leitura. É nesse processo que se estabelece a interpretação textual, habilidade muito exigida pelo Enem e a chave para um bom resultado nesse exame. Muitas vezes, os elementos necessários para a resposta certa de uma questão encontram-se no próprio enunciado e, por nervosismo ou açodamento, o candidato não os percebe e erra. Faltam-lhe hábito de leitura e discernimento para enfrentar as questões com desembaraço e eficiência.

        Para interpretar bem um texto, o candidato precisa tirar o maior rendimento possível da leitura. O Enem é elaborado nessa perspectiva, pois a competência leitora é o que mais se exige do candidato.
        Sabe-se que não existe fórmula mágica para garantir uma boa interpretação de texto. Ler qualitativamente e manter-se atualizado acerca dos fatos nacionais e internacionais é um excelente exercício. O Enem também demanda a capacidade de ler gráficos, imagens, mapas e tabelas e de extrair desses elementos os dados para responder à certas questões. Mas a leitura do texto literário representa um desafio maior, naturalmente por ter uma linguagem própria, que exige sensibilidade e angústia especiais do candidato. Por isso é fundamental acostumar-se a ler textos literários em prosa e em versos a fim de aguçar a percepção e a sensibilidade. Apresentamos a seguir os dez mandamentos da interpretação textual elaborados pelo estudioso da nossa língua e gramático Evanildo Bechara.

Os dez mandamentos para análise de textos.

1 – Ler duas vezes o texto. A primeira para tomar contato com o assunto; a segunda para observar como o texto está articulado, desenvolvido.

2 – Observar que um parágrafo em relação ao outro pode indicar uma continuação ou uma conclusão ou, ainda, uma falsa oposição.

3 – Sublinhar, em cada parágrafo, a ideia mais importante (tópico frasal).

4 – Ler com muito cuidado os enunciados das questões para entender direito a intenção do que foi pedido.

5 – Sublinhar palavras como: erro, incorreto, correto, etc. Para não se confundir no momento de responder a questão.

6 – Escrever, ao lado de cada parágrafo ou de cada estrofe, a ideia mais importante contida neles.

7 – Não levar em consideração o que o autor quis dizer, e sim o que ele disse, escreveu.

8 – Se o enunciado mencionar tema ou ideia principal, deve-se examinar com atenção a introdução e ou a conclusão.

9 – Se o enunciado mencionar argumentação, deve preocupar-se com o desenvolvimento.


10 – Tomar cuidado com os vocábulos relatores (os que remetem a outros vocábulos do texto: pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc.).

EXERCÍCIOS SOBRE ESTRUTURA DAS PALAVRAS - COM GABARITO


EXERCÍCIOS  SOBRE ESTRUTURA DAS PALAVRAS

1. Assinale a opção em que há erro na identificação do elemento mórfico grifado:

a) compost
as: desinência de feminino;
b) 
quadrar: radical;
c) adot
ei vogal temática;
d) parec
eram: vogal temática;
e) influência: desinência de feminino.

2. Vocábulo onde existe desinência de gênero:

a) segredo;
b) curiosidade;
c) força;
d) verbo;
e) alheia.

3. Assinale a alternativa sem desinência temporal:

a) aplaudias;
b) acordou;
c) faltarás;
d) vivam;
e) cobrasses.

4. Na língua portuguesa é o elemento que contém o significado básico da palavra:

a) prefixo
b) tema
c) radical
d) desinência
e) Vogal temática

5.  Assinalar a alternativa correta. Na palavra “
EMPEDRAMENTO”:

a) o sufixo é ENTO
b) o prefixo é EMPE
c) o tema é PEDRA
d) o radical é EMPED.
e) o prefixo é MENTO

6. Assinale a opção em que se caracterizou ERRONEAMENTE o elemento mórfico em destaque.

a) Ameaçam – 
M – desinência número-pessoal
b) Seja – 
A – desinência modo-temporal
c) Maneira – 
A – desinência de gênero.
d) Informe – 
IN – prefixo.
e) Pode – E – vogal temática

7. Os elementos mórficos sublinhados estão corretamente classificados nos parênteses, EXCETO em:

a)  aluna (desinência de gênero);
b)  estudássemos (desinência modo-temporal);
c)  reanimava (desinência número-pessoal);
d)  deslealdade (sufixo);
e)  agitar (vogal temática).

8. “Achava natural que as gentilezas da esposa CHEGASSEM a cativar um homem”. Os elementos constitutivos da palavra destacada estão analisados corretamente, EXCETO:

a)  CHEG – radical;
b) A – vogal temática;
c)  CHEGA – tema;
d)  SSE – sufixo formador de verbo;
e)  M – desinência número-pessoal.
9. O elemento mórfico sublinhado NÃO é desinência de gênero, que marca o feminino, em:

a) tristonha;
b) rico;
c) telefonema;
d) perdedoras;
e) loba.

10. Assinale a opção em que nem todas as palavras são de um mesmo radical:

a) noite, anoitecer, noitada
b) luz, luzeiro, alumiar
c) pedra – pedreira - Pedro
d) festa, festeiro, festejar
e) riqueza, ricaço, enriquecer



TEXTO LITERÁRIO / TEXTO NÃO LITERÁRIO E GÊNERO LITERÁRIOS- QUESTÕES OBJETIVAS COM GABARITO

TEXTO LITERÁRIO / TEXTO NÃO LITERÁRIO E GÊNERO LITERÁRIOS


Gênero literário é uma categoria de composição literária. A classificação das obras literárias pode ser feita de acordo com critérios semânticos, sintáticos, fonológicos, formais, contextuais e outros.
Na história, houve várias classificações de gêneros literários, de modo que não se pode determinar uma categorização de todas as obras seguindo uma abordagem comum. A divisão clássica é, desde a Antiguidade, em três grupos: narrativo ou épico, lírico e dramático.

O gênero lírico trata-se da manifestação de um eu lírico que expressa seu mundo interior, suas emoções, ideias e impressões. E um texto subjetivo, com predominância de pronomes e verbos em 1° pessoa e se faz, na maioria das vezes, em versos e explora a musicalidade das palavras.

Gênero Épico - O texto épico relata fatos históricos realizados pelos seres humanos no passado nas composições desse gênero há a presença de um narrador, que quase sempre conta uma história que envolve terceiros, os verbos e pronomes quase sempre estão na 3° pessoa, porque a história contada trata "dele" ou "deles" geralmente são longos e narram histórias de um povo e uma nação geralmente apresentam um tom de exaltação, de valorização de heróis e seus feitos, os poemas épicos intitulam-se epopeias um dos mais renomados poetas da nossa cultura é Luiz de Camões
Gênero Dramático enquanto o gênero épico valoriza seus heróis e feitos o gênero dramático expõe os conflitos da humanidade e a manifestação da miséria humana esse gênero foi feito para ser atuado e não narrado a historia e mostrada no palco o texto se desenvolve em diálogos, obrigando a uma sequência rigorosa das cenas e das relações de causa e consequência
 Gênero narrativos começaram a surgir no final da idade média, e começaram a ganhar mais prestigio com o declínio da epopeia, pode se dizer que todos os textos do gênero narrativo moderno são da família do gênero épico pois os dois se prestam a contar uma história ficcional qualquer um destes tem como enredo, as personagens, o espaço, o tempo, o ponto de vista da narrativa. Eles vão se diferenciar por critérios como origem, tamanho, tempo, espaço narrativo, número de personagens, etc.

Seguem, abaixo, modalidades textuais pertencentes ao gênero narrativo.

·   Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem definidos de carácter verossímil.
·         Fábula: é um texto de carácter fantástico que busca ser inverossímil (não tem nenhuma semelhança com a realidade). As personagens principais são animais ou objetos, e a finalidade é transmitir alguma lição de moral.
·       Epopeia ou Épico: é uma narrativa feita em versos, num longo poema que ressalta os feitos de um herói ou as aventuras de um povo. Três belos exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, Ilíada e Odisseia, de Homero.
·         Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade do romance e a brevidade do conto. O personagem se caracteriza existencialmente em poucas situações. Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista, de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka.
·     Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que conta situações rotineiras, anedotas e até folclores (conto popular). Caracteriza-se por personagens previamente retratados. Inicialmente, fazia parte da literatura oral e Boccaccio foi o primeiro a reproduzi-lo de forma escrita com a publicação de Decameron.  
·   Crônica: é uma narrativa informal, ligada à vida cotidiana, com linguagem coloquial, breve, com um toque de humor e crítica.
·       Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, literário, etc.), sem que se paute em formalidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de caráter científico.
O que um texto literário e um texto não literário?

     Texto literário é todo aquele que contém conotações, ou seja, pode ser entendido e interpretado por diversos sentidos diferentes como é o caso da poesia, conto, crônica, novela, romance, teatro, etc...
     Já o não literário contém denotações, ou seja, o que está escrito é no sentido de dicionários, não permite outras interpretações. É o caso das notícias de jornal, os manuais de instrução, as bulas de remédios, esta explicação que estou dando, etc...
RESUMO

 Bom os textos literários, são aqueles que, em geral, têm o objetivo de emocionar o leitor, e para isso exploram a linguagem conotativa ou poética. Em geral, ocorre o predomínio da função emotiva e poética.
Exemplos de textos literários: poemas, romances literários, contos, telenovelas.
Os textos não literários pretendem informar o leitor de forma direta e objetiva, a partir de uma linguagem denotativa. A função referencial predomina nos textos não-literários.
Exemplos de textos não-literários: notícias e reportagens jornalísticas, textos de livros didáticos de História, Geografia, Ciências, textos científicos em geral, receitas culinárias, bulas de remédio. E gêneros literários são a classificação das obras literárias que pode ser desde gênero lírico que nada mais e do que uma expressão do mundo inteiro das suas ideias e impressões , ou do gênero épico que nada mais é do que uma narrativa de um história que pode ser desde um povo as guerras, viagens e etc., também tem o gênero dramático que e mais usado em peças teatrais e que contam fatos tristes como a miséria humana e por último o gênero narrativo que é o mais novo e o mais comum hoje em dia que simplesmente retrata novelas e histórias fictícias.


Texto Literário:
Poemas, romances literários, contos, lendas etc.

Características:
Linguagem conotativa (sentido figurado);
Presença da Função Poética (centra-se na mensagem e preocupa-se com a arrumação das palavras);
Presença da Função Emotiva (expressa sentimentos);
Presença de figuras de linguagens;
Musicalidade.

Texto não literário:
 Reportagens, receitas, livros didáticos etc.

Características:
Linguagem denotativa (sentido real);
Predomínio da Função Referencial (linguagem direta centrada na informação);
Linguagem impessoal (sem traços particulares, escrita em 3ª pessoa);
Fatos reais


GÊNEROS LITERÁRIOS - EXERCÍCIOS
Segundo o site Wikipédia:

01) O gênero lírico na maioria das vezes é expresso pela:

a) Poesia.
b) Jornal.
c) Cinema.
d) Show.
e) Novela.


02) O gênero dramático geralmente é composto de textos que foram escritos para serem encenados em forma de:

a) Música.
b) Peça de teatro.
c) Poesia.
d) Novela.
e) Cinema.


03) Soneto é um texto em poesia com:

a) 10 versos.
b) 12 versos.
c) 13 versos.
d) 14 versos.
e) 11 versos.


04) A sátira é um texto de caráter ridicularizador, podendo ser também uma crítica indireta a algum fato ou a alguém. Segundo o site, um bom exemplo pode ser:

a) Canção.
b) História.
c) Piada.
d) Filme.
e) Teatro.


05) Geralmente a fábula tem por finalidade transmitir:

a) Alguma lição de moral.
b) Alguma crítica.
c) Alguma estória.
d) Alguma mensagem.
e) Algum elogio.


06) Segundo Aristóteles, os gêneros literários são geralmente divididos em:

a) Real, ficção e comédia.
b) Narrativo, lírico e dramático.
c) Circo, Novela e teatro.
d) Real, sonho e filme.
e) Narrativo, subjetivo e adjetivo.


07) No gênero narrativo, as narrativas utilizam-se de diferentes linguagens. São elas:

a) Gestual, conto e romance.
b) Verbal, novela e crônica.
c) Romance, epopeia e novela.
d) Crônica, fábula e conto.
e) Verbal, gestual e visual.



08) Leia abaixo um soneto de Gregório de Matos:

"Um soneto começo em vosso gabo;
Contemos esta regra por primeira,
Já lá vão duas, e esta é a terceira,
Já este quartetinho está no cabo.

Na quinta torce agora a porca o rabo:
A sexta vá também desta maneira,
na sétima entro já com grã canseira,
E saio dos quartetos muito brabo.

Agora nos tercetos que direi?
Direi, que vós, Senhor, a mim me honrais,
Gabando-vos a vós, e eu fico um Rei.

Nesta vida um soneto já ditei,
Se desta agora escapo, nunca mais;
Louvado seja Deus, que o acabei".

Assinale a alternativa incorreta:

a) A sátira é um gênero que pretende despertar o riso do público.
b) Além do divertimento, a sátira pretende moralizar a sociedade.
c) Podemos afirmar que este gênero é conservador.
d) O conservadorismo da sátira está no fato que pretende punir, através do ridículo, aqueles que transgridem as leis sociais.
e) A sátira é um gênero revolucionário que pretende abolir as instituições estabelecidas como a Igreja e a Monarquia.


09) Ainda sobre o soneto acima, assinale a alternativa incorreta:

a) O poeta faz uma brincadeira com as próprias regras do soneto.
b) O personagem é satirizado pois não tem nenhuma qualidade digna de louvor, por isso, compor o poema é algo penoso e difícil para o poeta.
c) O personagem é cheio de virtudes, o que tornar extremamente difícil fazer-lhe um elogio à altura de suas qualidades.
d) O personagem é vítima da sátira, pois pretende obter honrarias (no caso um soneto) em sua homenagem para as quais ele não é digno.
e) Ao ridicularizar o personagem, o poeta mantém uma posição conservadora, pois repõe a ordem social no lugar.


10) O gênero épico é formado por obras (em verso ou em prosa) de extensão maior, em que um narrador apresenta personagens envolvidas em situações e eventos. As grandes navegações portuguesas a partir do século XVI também foram representadas em versos escritos na literatura portuguesa do século XVI. Qual o nome mais importante dessa época na literatura portuguesa?

a) José Saramago
b) Eça de Queiroz
c) Luís Vaz de Camões
d) Carlos Drummond de Andrade
e) Paulo Leminski

11) (Enem 2011)  É água que não acaba mais

Dados preliminares divulgados por pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) apontaram o Aquífero Alter do Chão como o maior depósito de água potável do planeta. Com volume estimado em 86 000 quilômetros cúbicos de água doce, a reserva subterrânea está localizada sob os estados do Amazonas, Pará e Amapá. Essa quantidade de água será suficiente para abastecer a população mundial durante 500 anos, diz Milton Matta, geólogo da UFPA. Em termos comparativos, Alter do Chão tem quase o dobro do volume de água do Aquífero Guarani (com 45 000 quilômetros cúbicos). Até então, Guarani era a maior reserva subterrânea do mundo, distribuída por Brasa, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Época. Nº623. 26 abr. 2010.
Essa notícia, publicada em uma revista de grande circulação, apresenta resultados de uma pesquisa cientifica realizada por uma universidade brasileira. Nessa situação específica de comunicação, a função referencial da linguagem predomina, porque o autor do texto prioriza
a) as suas opiniões, baseadas em fatos.   
b) os aspectos objetivos e precisos.   
c) os elementos de persuasão do leitor.   
d) os elementos estéticos na construção do texto.   
e) os aspectos subjetivos da mencionada pesquisa.   
 Gabarito!
A função referencial é determinada pela situação do discurso: o emissor tem a intenção de informar, de referir, de descrever uma situação, um estado de coisas, um acontecimento. No artigo, há o objetivo de informar o leitor sobre a importância da dimensão do Aquífero Alter do Chão, assim, o autor faz uso da  linguagem mais objetiva e precisa, como se afirma em [B]. 

PROFESSORES LISTAM ASSUNTOS QUE PODEM SER TEMA DA REDAÇÃO DO ENEM

Professores listam  assuntos que podem ser tema da redação do Enem

Legado das Olimpíadas

A educadora Andrea Ramal, autora do livro 'Redação Excelente', aposta no tema, 
porque, além de ser uma questão de ampla discussão na sociedade, esta é a última
oportunidade de debatê-lo na prova antes que os jogos aconteçam. 
Uma sugestão é abordar exemplos concretos de outros países que já sediaram 
as olimpíadas.


Violência nos Estádios

Professora de redação do Colégio Pensi, Carolina Pavanelli considera
a violência nos estádios um tema latente. Ela sugere que o candidato 
analise as causas dessa violência e utilize exemplos para fundamentar 
argumentos e propor soluções. Problematizar o assunto proposto e 
sugerir soluções são exigências da prova aos candidatos, previstas no
edital.

Liberdade de Expressão

"A lei garante liberdade de expressão, mas é legitimo publicar o que se 
pensa mesmo ferindo crenças alheias?" A educadora Andrea Ramal
destaca que, apesar de a questão ter vindo à tona devido a um fato 
internacional (o atentado à revista "Charlie Hebdo", na França), 
liberdade de expressão é tema recorrente. Por isso, pode aparecer 
no Enem.

Redução da maioridade penal

O assunto é discutido no Congresso e nas ruas. Mas não se trata de 
um tema novo. Por isso, o estudante deve ter maturidade para 
dissertar a respeito, aposta Andrea Ramal. Segundo ela, é preciso
abordar a problemática que leva o menor ao crime. E não se deve
trazer convicções que firam direitos humanos, como defesa da pena
de morte.

Maus tratos aos animais

Questão difundida nas redes sociais. A professora Carolina Pavanelli, 
do Pensi, aconselha os alunos a abordar o tema de maneira criativa,
falando não só sobre animais domésticos, mas também citando
tráfico de animais silvestres e as condições de abate a que são submetidos 
animais criados para consumo. Sempre se atendo ao texto referência.

Justiça no Brasil




Emmeio a crise política e casos de linchamento,
 Carolina Pavanelli, professora do Pensi, aposta que o tema "justiça" pode ser cobrado. Ela sugere que o candidato escreva sobre investigações de corrupção como a operação Lava-Jato, mas também a 
deturpação da ideia de 'justiça' por pessoas que tentam punir supostos 
criminosos com as próprias mãos.


MÚSICA: ETNIA - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

 MÚSICA : ETNIA

                

Somos todos juntos uma miscigenação
E não podemos fugir da nossa etnia
Índios, brancos, negros e mestiços
Nada de errado em seus princípios
O seu e o meu são iguais
Corre nas veias sem parar
Costumes, é folclore é tradição
Capoeira que rasga o chão
Samba que sai da favela acabada
É hip-hop na minha embolada.

É o povo na arte
É arte no povo
E não o povo na arte
De quem faz arte com o povo.
Por trás de algo que se esconde
Há sempre uma grande mina de conhecimentos
E sentimentos.

Não há mistérios em descobrir
O que você tem e o que gosta
Não há mistérios em descobrir
O que você é e o que você faz.

Maracatu psicodélico
Capoeira da pesada
Bumba meu rádio
Berimbau elétrico
Frevo, samba e cores
Cores unidas e alegria
Nada de errado em nossa etnia.

                                      Composição de Chico Science e Lucio Maia.
                               In: Chico Science & Nação Zumbi. Afrociberdelia.
                                                                                Sony Music, 1996.

1 – A letra dessa música fala de algumas manifestações culturais folclóricas brasileiras. Você consegue identifica-las?
      Maracatu, capoeira, bumba meu boi, frevo, samba, embolada.

2 – A música também afirma que folclore é tradição. Mas, ao mesmo tempo, mistura estas manifestações tão tradicionais, como maracatu, bumba meu boi, frevo, samba, com outras bem atuais. Quais os trechos em que essa mistura aparece?
      “Bumba meu rádio / Berimbau elétrico / É hip-hop na minha embolada.

3 – Misturar o importado com o nacional, o antigo com o moderno para resultar em algo diferente. Isso lhe lembra alguma coisa?
      Educador, recorde com os alunos o conceito de “antropofagia” estudado anteriormente.

4 – A antropofagia foi um conceito que se difundiu durante os anos 1920 com o Modernismo. Mas e atualmente? Será que ainda existem movimentos ou manifestações artísticas com esta característica?
      Levante possibilidades do repertório de conhecimento dos alunos. Em seguida, explique que a letra que eles acabaram de ler é um exemplo disso. Uma mistura de diferentes influências culturais tanto brasileiras como estrangeiras junto com rimas variadas, utilizando instrumentos antigos e modernos, manufaturados e tecnológicos.