terça-feira, 14 de abril de 2015

PROJETO INTERDISCIPLINAR: Era uma vez... Duas e três.. Lendo me encanto... Encantado me encontro!

PROJETO INTERDISCIPLINAR:  Era uma vez... Duas e três.. Lendo me encanto... Encantado me encontro!


 “As crianças constroem o conhecimento a partir das interações que copiam da realidade. É fruto de um trabalho de significação e ressignificação”. RCNEI (1998 – p. 21–22, vol. 01)

 Justificativa

O início do ano passado foi marcado pela necessidade de desenvolver um projeto que trabalhasse a autonomia; a concentração; o respeito e a capacidade de escutar o outro; o saber esperar a vez; a construção da identidade; o desenvolvimento da imaginação; as formas adequadas para expressar ideias e sentimentos, compartilhando conhecimentos, trabalhando a linguagem oral, e que fosse, também, prazeroso para as crianças. Assim nasceu o projeto: Era uma vez... Duas e três... Lendo me encanto... encantado me encontro”. A prática educativa não tem receita pronta. É preciso experimentar, tendo bom  senso e ética, para encontrar a melhor forma de realizar cada atividade com as crianças.

Os contos e histórias infantis são transformadores... A humanidade chegou aonde chegou porque algumas pessoas fantasiaram, sonharam e assim escreveram contos e histórias. Imaginar e fantasiar são habilidades que devem ser alimentadas desde a infância, o que beneficia as crianças com um leque de descobertas e resgata valores do cotidiano escolar, além de possibilitar a aprendizagem, a compreensão e a transformação dos conhecimentos à sua volta.

É visível o prazer que as crianças têm, desde muito cedo, em ouvir histórias e narrativas que facilitam a aproximação e o fortalecimento dos vínculos afetivos e que trazem avanços positivos no seu desenvolvimento global.

Por isso, sentimos a necessidade de desenvolver com nossas crianças, na sua fase infantil, um projeto que lhes dê oportunidade de construir, criar, imaginar e fantasiar através de contos e das histórias infantis.

Objetivo geral

“…a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa”. 
(Jean Piaget)

Nosso principal objetivo é oportunizar às crianças o contato com as mais diversas formas de leitura, proporcionando-lhes momentos prazerosos, desafiadores; levando-as a perceber que o ato de ler (mesmo que de forma não convencional), além de poder ser usado como obtenção de informações, pode ser muito divertido, lúdico, bem como desenvolve a imaginação, a linguagem oral, gráfica e corporal. Pretendemos oportunizar à criança o aprendizado da leitura e da escrita por meio de atividades que a façam envolver-se ativa e significativamente na construção de novos conhecimentos e novas habilidades. Para tanto, pretendemos utilizar as diferentes linguagens — verbal, gráfica, plástica e corporal — como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, transformando os conhecimentos prévios, envolvendo-as significativamente nas mais diversas atividades, reconhecendo e valorizando as mais diversas formas de ler e escrever. Bem como aguçar a autoestima e a confiança de nossas crianças quanto ao seu potencial cognitivo.

Objetivos específicos

• Proporcionar às crianças o contato com diversos gêneros literários.
• Favorecer o acesso de livros literários às crianças, contribuindo assim para a formação de todos os discentes como leitores de literatura.
• Favorecer a integração e a socialização das crianças com o grupo, propiciando o desenvolvimento tanto psíquico como motor, trabalhando com atividades que envolvam os movimentos, as expressões, os gestos corporais, bem como suas possibilidades de utilização (danças, jogos, brincadeiras...).
• Construir um carro itinerante com livros para passar nas salas de aula.
• Aproximar ainda mais os pais, criando oportunidades para que possam participar como ouvintes e também como artistas, apresentando suas habilidades nos momentos culturais.
• A partir de estudos/pesquisas, realizar dicotomia e/ou analogia entre os temas e as atividades propostos em sala de aula, conseguindo assim, ser um cidadão crítico, participativo e reflexivo.
• Permitir à criança um contato com uma linguagem mais elaborada.
• Valorizar a leitura como fonte de prazer, entretenimento e conhecimento.
• Trabalhar a leitura de forma lúdica e interativa.
• Desenvolver a linguagem oral e a expressão corporal.
• Despertar a criatividade, a imaginação e o gosto pela leitura.
• Incentivar a oralidade das crianças na recitação de poesias e em um sarau poético.
• Promover momentos de ilustração de poemas.
• Confeccionar livros com a participação das crianças.
• Desenvolver sessões historiadas com os contos da literatura infantil.
• Dramatizar fábulas e contos apresentando-se para as demais crianças do Cmei.
• Confeccionar murais com produções literárias produzidas em sala de aula pelas crianças.
• Apresentar alguns autores aos alunos através de seus livros infantis.
• Contar e recontar histórias folclóricas.
• Criar histórias a partir de relatos das crianças.
• Realizar colagens de escritas e desenhos das crianças.
• Participar de atividades que envolvam histórias, brincadeiras, jogos e canções que digam respeito às tradições culturais de sua comunidade e de outras.

Eixos temáticos

Linguagem oral e escrita

"...a força impulsora que está por detrás da etimologia popular é o desejo de motivar na linguagem aquilo que é, ou se tornou opaco."(POSSENTI,1998.p.100)

• Uso da linguagem oral para conversar, brincar, comunicar e expressar desejos, necessidades, opiniões, ideias, preferências e sentimentos.

• Relato de vivências nas diversas situações de interação presentes no cotidiano.

• Elaboração de perguntas e respostas de acordo com os diversos contextos.

• Participação em situações que envolvam a explicação e argumentação de ideias e pontos de vista.

• Narração de fatos em sequências temporal e causal.

• Recontação de histórias.

• Conhecimento e reprodução oral de jogos verbais como trava-línguas, parlendas, adivinhas, quadrinhas, poemas e canções.

• Participação em situações que envolvam o uso da escrita.

• Escrita do próprio nome ou de personagens da História.

• Produção de textos individuais e/ou coletivos.

• Respeito pela produção pessoal e pela alheia.

• Participação em situações que envolvam a leitura, ainda que não o façam de maneira convencional.

Matemática

• Utilização da contagem oral.

• Noções simples de cálculo mental.

• Comunicação de quantidades.

• Identificação da posição de um objeto ou numeral.

• Noção de sucessor e antecessor.

• Os números nos diferentes contextos.

• Comparação de escritas numéricas.

• Oportunização de momentos de produção, interpretação e ordenação numérica.

• Exploração e identificação de propriedades geométricas de objetos e figuras.

• Descrição e representação de pequenos percursos e trajetos.

• Comparação de grandezas e medidas.

• Leitura e interpretação de imagens.

• Coleta e organização de informações.

• Criação de registros.

• Interpretação e elaboração de listas e tabelas simples.

Valorização da vida e do meio ambiente.

• Percepção dos cuidados necessários à preservação da vida e do meio ambiente.

• Valorizações atitudinais relacionadas à saúde e ao bem-estar individual e coletivo.

• Estabelecimentos de relações entre fenômenos da natureza.

• Participação em situações que envolvam a observação e a pesquisa.

• Conhecimentos das partes do corpo e de suas funções.

• Cuidados com o corpo.

• Hábitos de higiene.

• Cuidados e prevenção de acidentes.

• Exploração do ambiente como forma de se relacionar com as pessoas, estabelecendo contato com objetos diversos, manifestando curiosidade e interesse.

• Demonstração de curiosidade pelo mundo social, formulando perguntas e imaginando situações.

• Manifestação de opiniões sobre acontecimentos, buscando informações e confrontos de ideias.

• Estabelecimento de relações entre o modo de vida de diversos grupos sociais.

• Observação e organização de lugares e paisagens.

• Ampliação do repertório de conhecimento a respeito do mundo social.

Identidade e autonomia

• Participação na resolução de problemas.

• Formulação de perguntas.

• Levantamento de conclusões e explicações sobre o tema estudado.

• Reconhecimento da identidade.

• Ampliação das habilidades para a aquisição da autonomia.

• Construção de conceitos a partir das experiências vivenciadas no cotidiano, relacionando-os com a textualidade expressa.

• Formação de uma cidadania consciente dos seus direitos e deveres.

• Respeito ao próximo, percebendo que somos iguais, apesar das diferenças.

Movimento

• Som e silêncio.

• Pulso.

• Ritmo.

• Compasso.

• Sons: graves e agudos.

• Duração: curto e longo.

• Expressão corporal por meio de danças, dramatização, brincadeiras e outros movimentos.

• Percepção das sensações, dos limites, das potencialidades, dos sinais vitais e da integridade do próprio corpo.

• Manipulação de materiais, objetos, livros e brinquedos para aperfeiçoamento de suas habilidades manuais.

Artes visuais

• Espaço.

• Superfície.

• Volume.

• Linha.

• Textura.

• Forma.

• Cor.

• Desenho.

• Modelagem.

• Pintura.

• Colagem.

• Apreciação textual.

Atividades propostas

• Oralização de poesia (autores da literatura infantojuvenil).

• Degustação literária, com cenário diferenciado do cotidiano.

• Apresentação de estande de livros (parceria com editoras).

• Criação do carrinho da imaginação, utilizando material reciclável.

• Ilustração de poemas.

• Participação em rodas de leitura.

• Confecção de livros com as crianças.

• Leitura compartilhada.

• Sessão historiada (Chapeuzinho Vermelho/Os Três Porquinhos/João e Maria, etc.).

• Dramatização de fábulas e contos clássicos.

• Confecção de mural.

• Apresentação de sarau poético.

• Apresentação da biografia de Monteiro Lobato.

• Conhecimento de alguns autores (Ruth Rocha, Nye Ribeiro, Bartolomeu Campos de Queiroz, Eva Furnari, Ana Maria Machado, Câmara Cascudo, Ziraldo, Roseana Murray e outros).

• Leitura de imagens.

• Conto e reconto de histórias folclóricas.

• Momento da fantasia — criando novas histórias a partir dos relatos das crianças.

• Pintura em sucata — ilustração de poesia e fábulas.

• Exposição de livros/trabalhos (de pano, papelão, miniaturas, etc.) confeccionados durante o projeto.

• Criação de varal literário (colagens, escritas e desenhos das crianças).

Obs.: Em agosto, mês do folclore, foi feita uma feira de artesanato para divulgação de trabalhos realizados pelos pais das crianças.

Metodologia

Este projeto desenvolve-se por meio da interdisciplinaridade e ludicidade, sendo estes realizados com os professores e as crianças nas salas de aula, bem como com a participação de toda a comunidade escolar e os pais. Ele é trabalhado durante todo o mês (iniciou-se em abril), por meio de pesquisas, leituras e releituras, confecção de objetos utilizando materiais recicláveis, construção de livros individuais e coletivos por cada turma, aulas de campo, entrevistas, musicalização, atividades psicomotoras, entre outras ações; com momentos de socialização dos trabalhos escritos e orais para as demais turmas e toda a comunidade. Cada professor escolhe, juntamente com seus alunos, histórias dos mais diversos autores; dentre eles, Monteiro Lobato, Vinicius de Moraes e Ziraldo, trabalhando-as de forma sistemática com toda a turma, buscando aguçar o gosto e o prazer pela leitura. Durante todo o mês, os professores direcionam os eixos temáticos a partir da história escolhida pelo grupo, trabalhando a matemática, a linguagem, o movimento e os demais eixos temáticos interdisciplinarmente.

A cada final de mês, realizaremos a Semana Cultural, ou seja, durante a última semana de cada mês ocorrerão momentos de visitação das crianças e dos pais para a degustação literária, quando cada professora tem um horário para visitar o espaço literário e fazer a degustação de livros, ouvir a contação de história e explorar a exposição de trabalhos feitos por todas as turmas. A contação de história é realizada pelas professoras de sala e professoras de Diversas Linguagens. A cada última quinta-feira e sexta-feira do mês, as turmas apresentarão, no espaço cultural, as histórias, os contos e as poesias trabalhadas, por meio de dramatização, musicalização, danças, etc. Ao percebermos o grande interesse das crianças e dos pais pelo projeto e entendermos que devemos nos envolver e participar ativamente para que as crianças também sejam estimuladas a participarem, criamos o Carro Imaginário, feito com um carro de supermercado e ornamentado com cores alegres, bem como apresentamos (professores e direção) uma peça teatral a cada Semana Cultural.

Cientes da importância de estarmos sempre trabalhando juntos para a comunidade, convidamos a cada mês um grupo local para se apresentar na nossa Semana Cultural, como: grupo de capoeira, coral, contadoras de histórias, músicos e animadores de festas.

Fundamentos epistemológicos

Os princípios teóricos aqui apresentados nortearão nossa pedagogia numa perspectiva de construir e transformar ideias em realidade, fugir do fazer repetitivo e caminhar numa contextualização, complementando a concepção de criança e de pedagogia na Educação Infantil. Desenvolvemos a ação metodológica possuindo princípios norteadores, de acordo com o nosso Projeto Político Pedagógico, pautados no sociointeracionismo e na proposta construtivista, respaldando-nos nos estudiosos Piaget e Vigotsky, bem como nos Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.

Diante da riqueza e do diversificado leque artístico e cultural que as histórias infantis nos proporcionam, desenvolveremos as atividades propostas de forma interdisciplinar, abrangendo as mais diversas áreas do conhecimento, fazendo, assim, analogia e/ou dicotomia entre o imaginário e o conhecimento de mundo das crianças. Utilizamos as artes cênica, plástica, visual, musical e corporal, explorando as competências de cada criança. De acordo com o RCNEI (1998 – p. 21–22, vol. 01), “As crianças constroem o conhecimento a partir das interações que copiam da realidade. É fruto de um trabalho de significação e ressignificação”. É por acreditar nesse pensamento que, ao se fazer referência a Lev Vigotsky, ressalta-se a importância do social, as trocas entre sujeitos em um espaço historicamente organizado. Para ele, a interação social torna-se o espaço de constituição e desenvolvimento da consciência do ser humano desde que nasce (VIGOTSKY, 1991).

Nesse sentido, o educador priorizará as necessidades das crianças, suas peculiaridades e as brincadeiras, sendo os primeiros recursos no caminho da aprendizagem. Estas, não sendo apenas diversão, mas um momento de criar representações do mundo concreto com finalidade de entendê-lo, assim trabalhando os conceitos de unidade e harmonia na construção do autoconhecimento, tornam ainda melhor a vida em sociedade.

Materiais utilizados

Cartolina, cola, papel ofício, TNT, EVA, barbante, livros infantis do acervo da escola e produzidos pelas crianças e professoras, fantasias, tintas, objetos variados pertencentes à escola como: estantes, almofadas, tapetes, carrinho de supermercado, instrumentos musicais, som, CD, DVD, TV, material de sucata (caixas, tampas de garrafa, potes de iogurte, retalhos de tecido, etc.).

Avaliação

Ao refletir sobre a arte de escrever e ilustrar histórias, o professor prioriza o interativo diálogo entre ele e as crianças ou entre elas mesmas.

As atividades ora propostas neste projeto oportunizam a imaginação e a criatividade das crianças; por isso, a avaliação deve ser feita processualmente, partindo do interesse, da desenvoltura e da participação. A criança se comunica através do seu desenho, dos gestos, da música, do afeto e dos significados que ela já traz do seu mundo fora da escola. Neste projeto, a criança é estimulada a fantasiar e, de acordo com suas possibilidades, mostrará uma ligação com os livros, seja no manuseio, no interesse pelas ilustrações ou mesmo pela contação do professor nas rodas de leitura. O professor registrará passo a passo os resultados obtidos durante as oficinas em sala de aula, nos relatos das crianças e em qualquer outra expressão (artes visuais, musical, oralidade, corporal, etc.).

Culminância

A cada final de mês, os grupos realizarão a exposição das atividades trabalhadas, organizarão o espaço literário e finalizarão com apresentações variadas, como: dramatizações, músicas, brincadeiras, etc.

Considerações finais

Temos obtido um resultado surpreendente, visto que o projeto possibilitou um maior poder de concentração das crianças, interesse pelos assuntos/temas trabalhados, maior autonomia, redução de inibição, melhor relacionamento entre professor e aluno, bem como melhorou consideravelmente o relacionamento entre professores e funcionários da escola, a partir do instante em que todos se envolveram na construção do espaço literário, nas criações com sucatas, na arrumação dos painéis, na arrecadação de sucatas, etc. Cresceu também a confiança dos pais quanto ao compromisso e trabalho da nossa instituição, da mesma forma que o projeto os aproximou ainda mais do contexto escolar. Eles se emocionam, sorriem, choram, se encantam quando veem seus filhos explanando todo o conhecimento adquirido. É muito gratificante o resultado a cada última semana do mês. São momentos que nos enchem de orgulho, alegria, satisfação, pois é o resultado de todo um trabalho, trabalho este muito árduo, cansativo, mas que nos faz ver que vale a pena lutarmos pela educação de qualidade quando vemos o crescimento, a evolução de cada criança.

Segundo Valente (1999), o construcionismo “significa a construção de conhecimento baseada na realização concreta de uma ação que produz um produto palpável (um artigo, um projeto, um objeto) de interesse pessoal de quem produz ” (p.144)


Referências bibliográficas

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Secretaria de Educação Fundamental. 1v. Brasília, 1998.

NATAL, Secretaria Municipal de Educação. Referenciais Curriculares para a Educação Infantil. Margarete Ferreira do Vale Sousa; Maria Teresa Moraes (Orgs.). Natal: Secretaria Municipal de Educação, 2008.

PIAGET, J. Os Estágios do Desenvolvimento Intelectual da Criança e do Adolescente. Rio de Janeiro: Forense, 1972.

______. A Linguagem e o Pensamento da Criança. Trad. Manuel Campos. São Paulo: Martins Fontes, 1986.

POSSENTI, Sírio.Os humores da língua: análises linguísticas de piadas.Campinas,SP:Mercado de Letras, 1998.

VIGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1934/1996.

domingo, 12 de abril de 2015

PROJETO DE LEITURA: LER É VIAJAR NUMA DIMENSÃO INFINITA

PROJETO: Ler é viajar numa dimensão infinita
“Adotar o livro como amigo é ter a certeza de ser informado e de se fazer cidadão consciente” (HJM).

Considerações
       Não é de hoje que se percebe a falta de leitura nas escolas, pois, é incomum encontrar alunos lendo em corredores e salas de aula, mesmo que se tenham professores incentivando seus alunos a este hábito. O que fazer?
       Existem diversas formas de incentivar estudantes para o hábito da leitura e, muitas delas estão ao alcance de todos. O professor, como se pode perceber, tem a faca e o queijo nas mãos, mas, por ironia ou desleixo, muitos perdem essa oportunidade e acabam cortando os próprios pulsos, porque deixam de inovar, inventar e recriar. Projetos são ferramentas eficazes, desde que colocadas à disposição de métodos e objetivos, com metas e resultados e devem ser trabalhados em sala de aula.
       Desse modo, proponho-me a ser mais prático, trabalhando aquilo que realmente tem retorno: a leitura, de forma que possa conduzir o estudante ao pensar com criticidade, agir com objetividade e perceber seu entorno; o contexto em geral, na maneira de ser e estar cidadão responsável e construtor de sua própria identidade.

1. Título:
Compromisso com a Leitura

2. Delimitação
Tema: A Leitura e suas facilidades

2.1. Problema
Por que a leitura ainda é pouco cultivada na escola, um espaço onde se deveria respirar cultura e informações?

3. Justificativa
O projeto de leitura delineia-se a partir de uma concepção de leitura, numa perspectiva interdisciplinar que considera o ato de ter um exercício de descoberta e atribuição de significados.
Observa-se que as turmas, de um modo em geral, não têm hábito de leitura. Diante dessa realidade torna-se necessário formular um projeto e atividades de leituras que despertem nos alunos o interesse e o prazer pela leitura, pois a leitura tem grande importância para o desenvolvimento do indivíduo em seu contexto social, tendo como ponto de partida, as histórias infanto-juvenis, visando, assim, despertar a curiosidade e o gosto do aluno pela leitura.

4. Objetivo Geral
Despertar o gosto pela leitura, de forma com que cada estudante se conscientize da função e importância da leitura para seus estudos e o conhecimento.

4.1. Objetivos Específicos
·         Permitir aos alunos explicarem livros lidos à comunidade escolar;

·         Reforçar o prazer da leitura pelo esforço de aprender e melhorar os estudos;

·         Incentivar alunos para o hábito da leitura, como ferramenta de sua melhoria cognitiva.

·         Estimular o gosto pelo contar e ouvir histórias;

·         Perceber a leitura como um processo dinâmico;

·         Recriar histórias através de textos orais e escritos.

 5. Referencial Teórico
        A leitura é um passaporte para a vida. É uma atividade permanente da condição humana, uma habilidade a ser adquirida desde cedo e treinada em suas várias formas.
       Para Paulo Freire, “um acontecimento, um fato, um efeito, uma canção, um gesto, um poema, um livro se acham sempre envolvidos em densas tramas, tocados por múltiplas razões de ser”. Por esse motivo, um texto deve ser lido a partir de seu contexto, o que inclui um contexto ainda maior no qual interessa muito mais a compreensão do processo, em que a circunstância e como as coisas ocorrem, do que o produto final, o texto em si.
    Ler é, sobretudo, um hábito de quem é estudante e daquele que aprendeu a ler. A leitura abre espaço para o entender, aprender e pensar.
   Segundo Cazden (1987 p. 169), leitura é um conjunto de processos paralelos em interação que atendem simultaneamente a níveis diferentes da estrutura do texto é também um processo construtivo. Diz ainda que a mente dos leitores não é uma tabula rasa na qual o significado das palavras e orações são passivamente registrados.
   Para Zilberman, p.75, 1998:
 Enquanto prática, a leitura associa-se desde seu aparecimento à difusão da escrita, à fixação do texto na matéria livro (ou numa forma similar a essa), à alfabetização do indivíduo, de preferência na fase infantil ou juvenil de sua vida, é a adoção de um comportamento mais pessoal e menos dependente dos valores tradicionais e coletivos, veiculados por meio oral através da religião e dos mitos.
 A leitura é uma discussão permanente entre vários autores, pois se trata de um recurso mais dinâmico para o ato de aprender e o desenvolver  cognitivamente, segundo: Paulo Freire, Vygotsky, Emília Ferreiro, Jean Piaget, entre outros. 
  
6. Metodologia (métodos)
      O Projeto será desenvolvido através do recontar e explicar a leitura feita sobre livros infanto-juvenis contidos em nossa biblioteca. Os alunos, agrupados em 4 ou 5 explicam as estórias lidas dos livros expostos

6.1 – Recursos a serem utilizados

Didáticos:        — Cartazes
                        — Livros Paradidáticos Infanto-Juvenil
                       
Humanos:        — Professor – Alunos

6.2 – Formas de Avaliação
 Durante o processo de avaliação será observado o desempenho na participação das atividades individuais e em grupo.

 6.3 – Cronograma de Execução

O “Projeto de Leitura” será desenvolvido com os alunos  da _____________, no período da tarde , na biblioteca  da escola:
1º Momento — Escolha dos livros de história,
2º Momento — Leitura dos livros
3º Momento — Divulgação da obra através de cartazes, apresentação de personagens e do próprio texto.
4º Momento — Culminância e exposição dos trabalhos realizados no final de  cada bimestre.
  
7. Referências
ABUD, Maria José Milharez. O Ensino de Leitura, Editora Saraiva: 1999.
ALVES, Rubens – Revista Nova Escola- maio de 2002.
BALINKY, Tatiana, Pedagoga. Revista Nova Escola, nov. de 1998.
BARBOSA, José Juvêncio, Alfabetização e Leitura, Editora Cortez4ª Edição, 1997, p.p. 27;29;31
BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais – MEC: 1996
 CHARMEUX, Evelina. Aprender a Ler: Vencendo o Fracasso. Editora, São Paulo - 1994. p. 28.
 FREIRE, Paulo. A importância do Ato de Ler em Três Artigos que se Completam. São Paulo, Autores associados/ Cortez 1983.  p.p.18;22;50
 HARPER, B. et alii. Cuidado, Escola!. São Paulo, Brasiliense, 1980.
  HARDT, Regina Célia Cazaux, Pedagoga, “Curso de Didática Geral”,Editora Ática, São Paulo, 1998.
 LDB (lei de Diretrizes de Bases), artigo 32, I, ano 1996.
 MARTINS, Maria Helena. O Que é Leitura - item ampliando A Noção de Leitura op cit, p.p. 22; 35 Editora São Paulo – Brasília – 1984.
 MARTINS, Maria Helena, Revista Nova Escola, nov. de 1998. 
MERCW ,Sara - Encontrando o Sentido da Leitura –Artigo do Jornal do MEC, Ano IX, nº 8 – Brasília -Distrito Federal, março de 200l,p.7
MELLO, Clara - A Leitura em Sala de Aula. Editora Ática, 1991, p. 8
ROCHA, Ruth - Escritora Revista Escola, maio de 1998.
 ZILBERMAN, Regina.  Leitura em Crise na Escola: As Alternativas do Professor. Porto Alegre, Mercado Aberto -1982.
 ZILBERMAN, Regina, Revista Nova Escola, nov. de 1998.
 ZIRALDO, (Menino Maluquinho) Revista Nova Escola, nov. de 1998.

ADIVINHAS E CHARADAS

ADIVINHAS E CHARADAS

"O humor é um mecanismo libertador, alivia tensões, desfaz as amarras da lógica. O procedimento principal do texto humorístico é a transgressão e o efeito surpresa."(KOHAN)


 As Adivinhas e Charadas são textos curtos da literatura popular encontrados geralmente em forma de perguntas, versos e alguns em prosa. São enigmas verbais que foram passados pelos nossos antepassados de forma oral, geralmente aprendidos, inconscientemente, na infância.
É também uma forma lúdica de adivinhações populares, na qual a enunciação da idéia ou fato é constituída de analogias e de personificações, ou seja, estão envolvidas em alegorias, a fim de dificultar a solução do problema.
 As Adivinhas e Charadas são tão velhas quanto à própria história, pois nas civilizações antigas os enigmas eram expressões do culto e da magia religiosa.
Os deuses falavam de uma forma um tanto obscura e os homens tinham de interpretar suas palavras. Os decifradores granjeavam prêmios preciosos e reputação divina. Édipo, Salomão, Merlino e outros eram considerados possuidores da ciência divinatória das respostas e das questões difíceis.
Antigamente, a decifração de enigmas era prova de inteligência, com o passar do tempo, a prática perdeu o sentido filosófico. Atualmente tais enigmas são encontrados na voz anônima do povo e, principalmente, na boca das crianças.
Quando perguntamos quem sabe adivinhas e charadas e as tem guardadas na memória, encontramos sempre alguém que tem algumas lá no "fundo do baú" adormecidas.
O folclore brasileiro é rico em adivinhas, charadas, e nas cidades do interior elas são usadas como um interessante passatempo por homens, mulheres e crianças.
 Ao longo do tempo os próprios homens foram formando suas adivinhas e charadas.
As ADIVINHAS podem ser classificadas em:

 COMUNS
Exemplos:
• Por que o galo quando canta fecha os olhos?
 R- Porque sabe a música de cor.
• Qual a cabeça que não tem medo de pancada?
 R - cabeça do prego.
 RELIGIOSAS
Exemplo:
• O que é que o rei vê uma vez, o homem toda vez e Deus nenhuma vez?
 R - O seu semelhante.

MALICIOSAS ou de GOGA - muitas vezes parecem ser fortes, devido à sua enunciação, mas são completamente inocentes.
 Exemplo:
• O que é que o homem tem atrás e a mulher tem na frente? 
R - A letra M.

As CHARADAS são expressas em trovas ou não e os adultos e crianças gostam de se divertir “matando” charadas.
As CHARADAS mais conhecidas são as Adicionadas, antigamente conhecidas como Novíssimas. Para  cada tipo de charada existe um método especial para desvendar a palavra secreta.
As charadas também podem ser dos tipos: sintéticas, intercaladas, aforéticas, apocopadas etc.
Neste blog apresentamos apenas as charadas adicionadas.
A solução das charadas adicionadas é formada por dois ou mais sinônimos que somados em sequência resultam na solução da charada.
Os algarismos indicam quantas sílabas tem as palavras sinônimas que deverão ser utilizadas para formar a palavra/ solução da charada.
As palavras em negrito indicam as que deverão ser substituídas por sinônimos.
Exemplo:
Ama de leite ali , é projétil.
1 + 1
Resp: ba + lá = bala


OBJETIVOS DO TRABALHO COM ADIVINHAS E CHARADAS

• Reconhecer as características desses tipos de textos.
• Desenvolver o raciocínio lógico.
• Favorecer a aquisição da base alfabética.
• Aumentar o volume de escrita
• Valorizar e apreciar a cultura popular.
• Criar adivinhas e charadas.
• Desenvolver o espírito criativo e crítico.
• Divertir e integrar o grupo de alunos 


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Ao trabalhar com Adivinhas e Charadas o professor deverá fazer a :

• Seleção de algumas adivinhas / charadas para a aula ;
• Levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre elas;
• Confecção de tirinhas de papel com trechos das adivinhas / charadas;
• Realização de rodas de adivinhas / charadas ( para as crianças adivinharem);
 • Construção de gráficos, a partir do trabalho realizado com adivinhas/charadas, proporcionando contagem e construções de situações-problema);
• Exploração de leitura das adivinhas / charadas de várias formas ( oral ,individual, em grupo)
• Realização de bingo com as respostas das adivinhas / charadas;
• Solicitação de cópias significativas das adivinhas / charadas;
• Aplicação de ditados variados;
• Realização de lacunados;
• Criação de adivinhas / charadas;
• Realização de torneios e competições de charadas / adivinhas.
• Investigação junto à comunidade, sobre adivinhas / charadas
• Organização do Livro de Adivinhas / Charadas
• Realização de Torneio de Adivinhas / Charadas com a participação da comunidade.


ADIVINHAS

O que é, o que é ...
Por que é que o boi sobe o morro?
R - Porque não pode passar por baixo.

Tem casa mas não mora em cima?
R – Botão.

Tem cabeça, tem dente, tem barba, não é bicho e não é gente?
R- Alho.

Tem boca, tem língua mas não fala?
R - Boca do sapato.

Cai em pé e corre deitado?
R – Chuva.

Tem chapéu, mas não tem cabeça. Tem boca, mas não fala. Tem asa mas não voa.Tem bico, mas não belisca?
R-Bule.

O que é, o que é que está o meio do ovo?
R - A letra V.

O que é que falta numa casa para formar um casal?
R - A letra L.

Quem é que foge sempre quando se fala em dinheiro?
R - O devedor.

Quem é que nasce no rio, vive no rio e morre no rio mas não está sempre molhado?
R- O carioca.

O que o que corre em volta do pasto inteiro sem se mexer?
 R - A cerca.
O que é que e enche a casa mas não enche a mão?
R – Botão
Qual a formiguinha que sem a primeira sílaba vira fruta ?
R - Saúva.
Qual a diferença entre a mulher e o leão?
R - A mulher usa batom e o leão ruge.
O que é que é que nunca volta, embora nunca tenha ido ? 
R – O passado.
O que é que é que sempre se conta e raramente se desconta?
R - Idade.
O que é que é que não é de carne, nem de osso, mas enche de carne viva para aguentar espetadelas? 
R - Dedal.
Quais as capitais brasileiras mais faladas no mês de dezembro?
R - Natal, Belém, Salvador.
O que é, o que é que quando é escrita com O costuma matar, escrita com A só serve para amarrar?
R - T i r o / T i r a.
O que é o que é que o ferreiro faz, o cavalo usa, no jardim é flor, na comida é tempero, mas no rosto é marca ?
R - Cravo.
O que é que pode passar diante do sol sem fazer sombra?
R- O vento
Onde se encontra o centro de gravidade?
R - Na letra l .
Soletre ratoeira com quatro letras? 
R – Gato.
O que é que quando se perde jamais se conseguirá encontrar de novo?
R - O Tempo.
Tenho músculos de aço, passo o ano falando com metade da população do mundo?
R - Linha Telefônica.
Os homens querem ter, mas quando têm tratam geralmente de desfazer-se dela?
R – Barba.
O que é o que é cinco operários só tem um chapéu?
R - Dedos – dedal.
O que é preciso para pagar uma vela?
R - Que ela esteja acesa.
Quem é tão forte que pode parar um automóvel com uma mão só?
R - Guarda de Trânsito.
Qual é o homem que tem de fazer mais de três barbas por dia?
R - O barbeiro.
O que é que não tem pernas mas sempre anda?
R – Sapato.
O que é o que é que dá sem nada ter?
R - Relógio.
O que é que quanto mais quente, mais fresco? 
R-Pão.
O que é que não está dentro da casa, nem fora da casa mas a casa não estaria completa sem ela?
R – Janela.
Qual o bebê que nasce com bigode?
R -Gatinho
O que é que tem uma porção de dentes, mas não tem boca?
R - O serrote.
Como é que se retira uma pessoa que cai num poço? R- Completamente molhada.
O que acaba tudo com três letras?
R- F i m .
Onde será que você, mesmo sem ser um banqueiro, mesmo sem ser milionário, pode sempre achar dinheiro?
R- Dicionário.
O que é que tem centro, mas não tem começo nem fim?
R– Círculo.
Qual o policial que mais gosta do seu trabalho?
R - O policial de trânsito. Ele fica assobiando enquanto trabalha.
Doença que ataca motoristas de táxis?
R - Taxicardia
Um estado que sonha ser carro?
R – Ser gipe
Doença que ataca policiais?
R –Prisão de ventre
O vento não leva, o sol não queima e a chuva não molha?
R – A sombra
Qual a doença do fabricante de malas?
R - Malária
O jardineiro tem no rosto?
R - Cravos
Escreve como lápis, tem ponta de lápis e não é lápis?
R – A lapiseira
O burro faz todos os dias ao meio dia?
R - Sombra
Você tem um, todos tem dois e eu não tenho nenhum? 
R – A letra O
Pelado por fora e peludo por dentro?
R – O nariz
Pontinho azul ao sul do mapa do Brasil?
R - Blumenau
Se diz uma vez num minuto e duas vezes num momento?
R- A letra M
Capital de Estado brasileira mais segura de se viver? 
R – Fortaleza

ADIVINHAS EM VERSOS
O que é, o que é mesmo ?
Quero ver se vai saber,
Que está bem na sua frente,
Mas você não pode ver? .
R - O FUTURO

O que será, o que será ?
Que me preocupa tanto ...
Viaja por todo o mundo
Mas fica sempre em seu canto ?
R - SELO.

Todo mundo precisa,
Todo mundo pede,
Todo mundo dá,
Mas ninguém segue ?
R - CONSELHO.

O que está fora você joga fora.
Cozinha o que está dentro
E come o que está fora
Depois o que está dentro você joga fora
R - ESPIGA DE MILHO.

Responda se for capaz,
Sem ficar atrapalhado:
Nosso Rei Pedro Segundo,
Onde é que foi coroado ?
R - NA CABEÇA. 

CHARADAS ADICIONADAS

Caminho, no lugar da briga de galos, e vejo um pássaro.
2 + 2
Resp : ando + rinha = andorinha
Goste, da sigla do estado da Bahia, porque provoca desinteria.
2 + 2
Resp : ame + ba = ameba
Naquele lugar, procure a ferramenta.
2 + 2
Resp : ali + cate = alicate
 A primeira vogal com o ser vivo embrionário, é amizade.
1 +2
Resp : a + feto = afeto
A primeira vogal com sabor, é o 8° mês do ano.
1 + 2
Resp: a + gosto = agosto
O altar de sacrifícios com a fruta de pigarro, é a capital de Sergipe.
2 + 2
Resp : ara + caju = Aracaju
A carta de jogar é ruim.
1 + 1
Resp : as + ma = asma
Aqui, filha do filho serve para escrever.
1 + 2
Resp :ca + neta = caneta
Aqui , rebanho é bicho lerdo.
1 + 2
Resp : ca + gado = cágado
Aqui, confiança é bebida de infusão.
1 + 1
Resp: ca + fé = café
O rosto e a mulher formam nome de arma de fogo.
2 + 2
Resp: cara + Bina = carabina
 Na atmosfera, o alimento diário é instrumento de pesca.
1 + 1
Resp: ar + pão = arpão
Com a 1ª vogal ,oceano é querer bem.
1 + 1
Resp : a + mar = amar
Na atmosfera, sofrimento é entusiasmo.
1 + 1
Resp : ar + dor = ardor
A governanta com ferramenta de cabo é estado brasileiro do norte.
2 + 1
Resp : ama + pá = Amapá
Ama de leite com planta doce é excelente.
1 + 2
Resp: ba + cana = bacana
Com a sigla do estado da Bahia, a bacia é vestuário de padre.
1 + 2
Resp : ba + tina = batina
Duas vezes, o pronome graceja do instrumento cirúrgico.
1 + 1 + 1
Resp : bis + tu – ri = bisturi
Aqui, muito próximo um necessitado.
1 + 2
Resp : ca + rente = carente
A planta doce oferece o nome de um país desenvolvido.
2 + 1
Resp: cana + dá = Canadá
Rosto feito de cera, é embarcação a vela.
2 + 2
Resp : cara + vela = caravela
Na cabeça do galo o homem é transparente.
2 + 2
Resp : crista + Lino = cristalino
Aqui, pó é jogo e luta na Bahia.
1 + 3
Resp : ca + poeira = capoeira 
Aqui, pincel grosso e largo é mulato das boas.
1 + 2
Resp : ca + brocha = cabrocha
Um resto de vela avistava o pássaro.
2 + 2
Resp : coto + via = cotovia
Dentro do ovo, a refeição, serve para dar luz ao edifício.
2 + 2
Resp: clara + bóia = clarabóia
Aqui, mentira, é diabo
1 + 2
Resp: ca + peta = capeta
A primeira vogal dirige a ave.
1 + 2
Resp : a + guia = águia
Aqui , abalo moral , é bebida forte.
1 + 2
Resp : ca + chaça = cachaça
O animal de mama oferece a doméstica.
2 + 1
Resp: cria + dá = criada

sábado, 11 de abril de 2015

PROJETO MULTIDISCIPLINAR: DIREITOS E DEVERES NAS RELACÕES SOCIAIS


PROJETO MULTIDISCIPLINAR:  DIREITOS E DEVERES NAS RELAÇÕES SOCIAIS

Segundo Nogueira (2001, p.90), "um projeto na verdade é, a princípio, uma irrealidade que vai se tornando real, conforme começa a ganhar corpo a partir da realização de ações e consequentemente, as articulações  desta"


Justificativa

O objetivo desse projeto é buscar incentivar que a comunidade escolar inicie, retome ou aprofunde ações educativas que levem a formação ética e moral de todos os membros que atuam na Instituição, partindo do pressuposto que esse trabalho é fundamental para a formação da cidadania e construção do pensamento autônomo e crítico das crianças, adolescentes e adultos.

Objetivo Geral

Iniciar ou aprofundar ações educativas que levem à formação ética e moral de todos os membros que atuam e participam da Escola, levando ao cotidiano, reflexões sobre a ética, seus valores e fundamentos, desenvolvendo ações conjuntas com a comunidade escolar e sociedade local, abordando os seguintes eixos temáticos: Ética – Convivência – Direitos e Deveres – Educação no Trânsito – Solidariedade – Meio Ambiente – Reciclagem.
Trabalhar a construção de relações interpessoais mais democráticas na escola construindo valores socialmente desejáveis, promovendo o envolvimento das famílias e comunidade circunvizinha da escola.

Objetivos Específicos

• Desenvolver o espírito de solidariedade nos alunos.
• Alertar para a necessidade da educação no trânsito.
• Respeitar as regras para se manter boa convivência, alertando para os seus direitos e deveres.
• Valorizar a natureza despertando para a preservação da mesma.
• Perceber que a reciclagem é um dos meios de preservar o meio ambiente.
• Reconhecer o verdadeiro papel do cidadão na sociedade.

TEMAS SUGERIDOS

 Minha casa, minha vida, meu mundo.
 Cidadania, vamos entrar nessa? Direitos e Deveres do cidadão.
 O cidadão e a educação no trânsito.
 Ser cidadão solidário.
 Cidadania na escola.
Cidadania e o meio ambiente.
 Cidadania e reciclagem.
 O papel do cidadão na sociedade, ENTRE  OUTROS.

Etapas:

• Escolha do tema
• Lançamento do Projeto com os alunos
• Pesquisas
• Confecção do material necessário
• Visitas aos locais abordados nos temas
• Culminância do Projeto

Avaliação:

O Projeto valerá 3,0 pontos, sendo utilizados os seguintes critérios:

• Pesquisa
• Domínio do Conteúdo
• Confecção do Material necessário
• Apresentação 
• Presença na Culminância
• 1 Kg de alimento não perecível.

Culminância:
A culminância será realizada na escola com a apresentação das atividades realizadas ao longo do desenvolvimento do projeto. O mesmo será aberto para visitação dos pais e comunidade.

Ações Complementares:
  •  Minha casa, minha vida, meu mundo.

          Oficinas sobre o tema a ser abordado.

  •  Cidadania, vamos entrar nessa?

          Construção de placas e faixas chamando atenção para os  direitos e deveres.
          Estudo dos artigos sobre direitos e deveres (adaptado á faixa etária)
  •  O cidadão e a educação no trânsito.

         Trabalho sobre a violência no trânsito.
         Confecção de materiais sobre o trânsito.
         Leitura e reflexão de livros sobre o assunto.
         Sinalização dos semáforos e placas.
         Construção de uma rodovia.
         Maquete com os meios de transportes.
         Entrevista com uma mãe que foi acidentada numa moto.
        Textos sobre álcool e trânsito.
        Passeio por meios de transporte terrestre (ônibus)e marítimo.
        Vídeo sobre acidentes na estrada.
  •  Ser cidadão solidário

Objetivo: Motivar os alunos a desenvolver atitudes solidárias através da realização de uma campanha voltada para a doação de alimentos, materiais de limpeza, brinquedos, roupas, sapatos, etc.
Confecção de panfletos incentivando a fazer doações (distribuição na escola e comunidade).
Confecção de cartazes sobre o tema.
Elaboração de uma historinha em quadrinhos sobre a temática (distribuição na escola).

  •  Cidadania na escola

Objetivo: fazer com que os alunos observem as necessidades encontradas na escola e como lidar com a relação aluno/aluno e aluno/professor.
Desenvolver o espírito cidadão na escola com base nas necessidades encontradas no corpo docente e discente.
Questões a serem trabalhadas: postura na sala de aula, relacionamentos, bulling, preservação do espaço físico.

  • Cidadania na realização das atividades

Fazer um levantamento das principais atividades não realizadas, assim como as mais frequentes justificativas.
Identificar as razões para as notas baixas em determinadas disciplinas.
Identificar os motivos mais frequentes para as faltas dos alunos ( o levantamento dos dados será feito através de pesquisas aos alunos e entrevistas junto á coordenação).
Os alunos deverão apresentar solução para os problemas levantados.

  • Cidadania na higiene pessoal

Mostrar a obrigação na higiene pessoal como: tomar banjo antes de vir para a escola, escovar os dentes, usar desodorante, evitar entrar suado na sala de aula, usar roupas limpas, lavar as mãos ao sair do sanitário.
Mostrar os prejuízos sociais e de saúde provenientes da falta de higiene.

  • Relacionamento aluno/aluno e aluno/professor:

Entrevistar os alunos da escola com o objetivo de identificar os comportamentos os comportamentos ou atitudes que mais criam dificuldades para os outros.
Entrevista com o coordenador de disciplina, professores, direção e coordenação, para fazer um levantamento da postura do aluno do que mais causa dificuldades entre os próprios alunos e para os professores.
Pesquisar também na internet.
Apresentar medidas de solução.

  • Cidadania, preservação do espaço físico:

Identificar os principais danos aos: móveis da escola, instalações sanitárias, pintura das paredes.
Apontar os prejuízos em longo prazo da falta de preservação dos utensílios, equipamentos, móveis e instalações sanitárias.
Mostrar que preservação é obrigação e não opção.

  •  Cidadania e o meio ambiente

Objetivo: Levar os alunos a perceber a importância do seu papel na preservação do meio ambiente.
Questões a serem observadas: preservação da água doce e salgada, aquecimento global, poluição sonora e visual, lixo no lixo, reflorestamento (distribuição de sementes).
Confecção de cartilhas, pesquisas, painéis, distribuição de sementes.
Confecção de cartilhas.
Reflorestamento.
Preservação da água.

  •  Cidadania e reciclagem

Elaborar um vídeo com a turma sinalizando aspectos sobre cidadania e reciclagem.
Trazer um palestrante para expor o tema estudado pela turma.
Confeccionar algumas reciclagens e distribuir para a comunidade.
Promover um teatro sobre cidadania.
Confeccionar cartazes com imagens sobre cidadania e reciclagem.
Mostrar os aspectos positivos e negativos do processo de reciclagem.
Realizar uma entrevista – gravada – com um funcionário da (Empresa de Limpeza Urbana de Várzea Grande )e com os familiares.

  •  O papel do cidadão na sociedade

Objetivo: Levar os alunos a perceber as necessidades das comunidades inseridas nos bairros da escola e adjacência.
Questões a serem observadas:
Numero de escolas públicas nos bairros e as séries existentes em cada uma delas. Número de alunos, professores trabalhando, faixa etária atendida, questões sobre violência e evasão escolar.
Numero de postos de saúde, casos mais atendidos nos postos, hospitais, maternidades.
Áreas de lazer nos bairros analisados.
Coleta de lixo, saneamento básico, ruas calçadas.
Policiamento nas ruas, postos, delegacias. As questões que mais são percebidas nesses lugares e um questionamento: Quem normalmente é detido... adulto, criança ou adolescente?

Trabalhos a serem desenvolvidos:
Entrevista com moradores, delegado, coordenador de saúde, professores, adolescentes.
Elaboração de painéis sobre o processo desse projeto.
Elaboração de um quadro estatístico mostrando o número de crianças, adolescentes e adultos estudando hoje em escolas públicas dentro dos bairros analisados.
Criação de poesias e paródias sobre o que tem sido visto nestes bairros.
Criação de um vídeo mostrando a programação realizada.