sexta-feira, 1 de agosto de 2025

TEXTO: CONCEITOS BÁSICOS - ÉTICA NO CONSUMO - INMETRO E IDEC - COM GABARITO

 Texto: Conceitos básicos – ética no consumo

        Para compreender como funciona o sistema de proteção ao consumidor, é preciso, antes de mais nada, conhecer o significado de alguns termos, exatamente como foram definidos no texto de Código de Defesa do Consumidor (CDC). São conceitos essenciais para determinar se um conflito é ou não um problema de consumo e, portanto, se pode ser solucionado com base nas leis de defesa do consumidor.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMvLVW2pde80ItrklilQWK3V_h9D5DQ0o-ysBiOsiEelSExeX0qEn_8SiEpUIYk5Dk_DW3Dh5MKjjsuuLYB40Bx7KJxC77-3e47W9MNBFY8RA8DwXr_Hoa9Y1zskbheFPkz-LqNK5xVKZhQC4tAYObrfEYCQedAqrgDr9OiVRc-esYjiJ4z9MOMh6LqpI/s320/etica-do-consumo.jpg


        Consumidor

        É a pessoa ou empresa que compra, contrata ou utiliza um produto ou serviço como destinatário final. Em se tratando de uma empresa, ela só pode ser considerada um consumidor quando compra um produto para uso próprio. Assim, uma oficina mecânica é considerada consumidora quando compra uma mesa para o seu escritório, mas não é consumidora quando adquire uma peça consertar o automóvel de um cliente.

        É importante observar que os direitos do consumidor não valem apenas par aquele que adquiriu pessoalmente o produto ou serviço. Uma pessoa que venha a sofrer um acidente provocado pelo uso de um produto defeituoso também é considerada um consumidor e terá seus direitos garantidos por lei.

        Fornecedor

        É a pessoa ou a empresa que oferece produtos ou serviços para os consumidores. Isso significa que todos os que produzem, montam, criam, transformam, importam, exportam, distribuem e vendem produtos ou prestam serviços profissionais são fornecedores e, portanto, responsáveis pela qualidade do que oferecem.

        Mas, atenção: nem todos os que vendem alguma coisa podem ser considerados fornecedores. Se alguém adquire um carro usado de um particular, por exemplo, a compra não estará garantida pelo CDC, porque o vendedor não é um comerciante de automóveis habitual e estabelecido e, portanto, não pode ser considerado um fornecedor.

        Produto

        É toda mercadoria colocada à venda no comercio. Pode ser um bem durável – aquele que não desaparece com o uso, como uma casa, um carro, eletrodomésticos, brinquedos, etc. –, ou não durável – aquele que acaba logo após o uso, como os alimentos e os produtos de higiene e limpeza.

        Serviço

        É qualquer trabalho prestado mediante remuneração, como um corte de cabelo, o conserto de um eletrodoméstico ou um tratamento dentário. Assim como os produtos, os serviços também podem ser duráveis – como a construção e a pintura de uma casa ou a colocação de uma prótese dentária – ou não duráveis – como a lavagem de roupas na lavanderia, os serviços de jardinagens e faxina que precisam ser refeitos constantemente. O amplo conceito de serviço também inclui os serviços bancários, os seguros em geral e os serviços públicos – aqueles prestados pelo governo ou por empresas privadas contratadas pela administração pública mediante o pagamento de tarifas, como o fornecimento de energia elétrica, água, gás e telefone. É importante observar que os trabalhos prestados sob vínculo empregatício, ou seja, quando estão presentes as figuras do patrão e do empregado, não são considerados serviços, para efeito de aplicação do CDC.

        Relação de consumo

        É toda negociação realizada para a aquisição de um produto ou a prestação de um serviço entre um consumidor e um fornecedor. A relação de consumo não depende da efetivação da compra mediante o pagamento. De acordo com o CDC, ela ocorre mesmo quando um fornecedor anuncia a oferta de um produto por meio de folheto ou propaganda ou fornece o orçamento para um serviço a ser prestado. 

        Mercado de consumo

        É onde ocorre a oferta e a procura de produtos e serviços, ou seja, onde as relações de consumo acontecem. Não precisa necessariamente ser um local físico, como um shopping center ou um supermercado, já que a comercialização também pode ocorrer em domicílio, por telefone, correio e internet.

Inmetro e Idec. Direitos do consumidor: ética no consumo, 2002. p. 14-15. (Coleção Educação para o Consumo Responsável).

Fonte: Universos – Língua Portuguesa – Ensino fundamental – Anos finais – 7º ano – Camila Sequetto Pereira; Fernanda Pinheiro Barros; Luciana Mariz. Edições SM. São Paulo. 3ª edição, 2015. p. 180-181.

Entendendo o texto:

01 – De acordo com o texto, qual é a condição principal para que uma empresa seja considerada um consumidor?

A – Quando ela adquire produtos para revenda a outros clientes.

B – Quando ela compra um produto para uso próprio, independentemente de sua atividade principal.

C – Apenas quando a empresa é de pequeno porte e não possui fins lucrativos.

D – Quando a compra está relacionada diretamente à prestação de serviço ao cliente.

02 – Qual das seguintes situações exemplifica a definição de 'fornecedor' conforme o Código de Defesa do Consumidor (CDC)?

A – Um indivíduo que cria peças artesanais para seu uso pessoal.

B – Um empregado que presta serviços sob vínculo empregatício.

C – Uma pessoa que vende seu carro usado para um vizinho em uma negociação pontual.

D – Uma empresa que importa matérias-primas para a produção de bens.

03 – Um 'produto' que 'não desaparece com o uso' é classificado como:

A – Bem durável.

B – Bem tangível.

C – Bem de consumo imediato.

D – Bem perecível.

04 – Qual dos exemplos a seguir NÃO é considerado um 'serviço' para efeito de aplicação do CDC, conforme o texto?

A – Um funcionário que realiza tarefas para seu chefe em uma empresa.

B – O fornecimento de energia elétrica por uma concessionária.

C – A prestação de um tratamento dentário.

D – A lavagem de roupas em uma lavanderia.

05 – A 'relação de consumo' é caracterizada pela negociação de um produto ou serviço. O que é fundamental para que ela ocorra, de acordo com o CDC?

A – A efetivação da compra e o pagamento do produto ou serviço.

B – A intermediação de um órgão de defesa do consumidor no processo de compra.

C – Apenas a aquisição de um bem durável entre consumidor e fornecedor.

D – Uma negociação entre um consumidor e um fornecedor, mesmo que seja apenas uma oferta ou orçamento.

06 – Qual dos seguintes exemplos de 'produto' é classificado como 'não durável' no texto?

A – Um brinquedo.

B – Um aparelho de televisão.

C – Uma casa.

D – Um produto de limpeza.

07 – Onde o 'mercado de consumo' pode ocorrer, segundo o texto?

A – Apenas em situações onde há um conflito de consumo a ser solucionado.

B – Em qualquer ambiente onde haja oferta e procura de produtos e serviços, incluindo domicílio e internet.

C – Somente em transações que envolvam pagamento presencial.

D – Exclusivamente em locais físicos como shopping centers ou supermercados.

 

 

          

NOTÍCIA: PUBLICIDADE ENGANOSA E ABUSIVA - INMETRO E IDEC - COM GABARITO

 Notícia: Publicidade enganosa e abusiva

         Atraentes embalagens da linha diet apregoando a perda de vários quilos, fórmulas que prometem o milagroso fim da calvície, o enriquecimento imediato, brindes falsos, concursos impossíveis ou frases que marcaram gerações, como “Um danoninho vale por um bifinho” (1993), confundem os consumidores e os levam a comprar produtos que não correspondem às promessas dos anúncios publicitários. Uma pesquisa com moradores paulistanos mostrou que 82% dos entrevistados já foram enganados por anúncio publicitário.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOy57U4MixrawZBTNbIT2QYQd56q9f1lfnSjFQZXExJGHIaIWX0UNO2LRq-8adEK-TgRt4QNZaAzfarSpvhqXIP9E3BSPghO4pDy00Izp_eegsa3_Z3Mne1Nv6h5hUK1n-k5W36avO79nMob4hYGqKxGgWq2eH7GPtiWiz9bIqOXYmGj39890A_mzmzFc/s320/hq720.jpg

      A publicidade enganosa contém informação falsa quanto à característica, quantidade, origem, preço ou propriedade, capaz de convencer o consumidor a adquirir um produto ou serviço diferente do que pretendia na hora da compra (Art. 37 do Código de Defesa do Consumidor). Gino Giacomini Filho observa que a publicidade enganosa pode causar tanto o dano individual, se considerarmos a frustação, ansiedade ou lesão do consumidor, quanto o dano social, pelo uso massivo de um anúncio, voltado ao público.

        Nos Estados Unidos, foi veiculada uma publicidade em que um carro Volvo suportava ileso o impacto de um caminhão com pneus gigantescos, que já tinha arrasado outros carros. Mais tarde, descobriu-se que o teto do Volvo tinha sido reforçado, enquanto a estrutura dos outros carros tinha sido enfraquecida. Trata-se de uma publicidade enganosa que parou de ser veiculada e tanto o anunciante como a agência foram multados.

        A publicidade enganosa por omissão ocorre quando o fornecedor deixa de informar dados essenciais do produto ou serviço, levando o consumidor a cometer um erro (Art. 37 do CDC). É o caso de um folheto publicitário de uma loja que anuncia um liquidificador gratuitamente mediante a apresentação do folheto. Quando o consumidor chega lá, o estabelecimento esclarece que somente os consumidores que comprarem um televisor terão direito à promoção anunciada.

        Em caso de publicidade enganosa, o consumidor tem o direito de exigir:

        -- O cumprimento forçado da obrigação, de acordo com o conteúdo da publicidade, devendo para isso recorrer necessariamente ao Poder Judiciário;

        -- Outro produto ou prestação de serviço equivalente; ou

        -- A rescisão do contrato e a devolução do valor pago, acrescido da devida correção monetária. A pena para o infrator é de três meses a um ano de detenção e multa.

        Publicidade abusiva é aquela cuja mensagem “incite à violência explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeite os valores ambientais ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança” (Art. 3, § 2º, do CDC).

        A publicidade também será considerada abusiva quando gerar discriminação. No anúncio de marca de roupa em que apareciam duas crianças, uma loira, com a aparência de “anjo”, e outra negra, com aparência de “diabo”, a publicidade é abusiva porque revela o preconceito racial na imagem da criança negra associada ao maléfico, além de explorar a superstição.

Inmetro e Idec. Publicidade e consumo, 2002. p. 29-30 (Coleção Educação para o Consumo Responsável).

Fonte: Universos – Língua Portuguesa – Ensino fundamental – Anos finais – 7º ano – Camila Sequetto Pereira; Fernanda Pinheiro Barros; Luciana Mariz. Edições SM. São Paulo. 3ª edição, 2015. p. 178-179.

Entendendo a notícia:

01 – De acordo com o Art. 37 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), o que caracteriza a publicidade enganosa? Explique suas principais características.

A – Caracteriza-se pela omissão de dados ambientais relevantes sobre o produto ou serviço.

B – A publicidade enganosa é caracterizada por apresentar informações falsas sobre características, quantidade, origem, preço ou propriedade de um produto ou serviço, com o objetivo de induzir o consumidor a uma compra equivocada.

C – A publicidade enganosa ocorre quando a mensagem publicitária incentiva a violência ou explora o medo do consumidor.

D – É qualquer publicidade que não seja do agrado do consumidor, independentemente de seu conteúdo factual.

02 – O texto menciona um caso de publicidade enganosa por omissão envolvendo um liquidificador. Descreva como essa situação se enquadra nesse tipo de publicidade.

A – A publicidade omitia o preço real do liquidificador, apresentando um valor muito abaixo do praticado no mercado.

B – A loja não tinha o liquidificador em estoque, apesar de anunciá-lo, configurando uma omissão de disponibilidade.

C – O folheto não informava a marca do liquidificador, o que impedia o consumidor de saber a qualidade do produto.

D – Um folheto anunciava um liquidificador gratuitamente, mas, ao chegar na loja, o consumidor descobria que a promoção era válida apenas na compra de um televisor, omitindo essa condição essencial na publicidade inicial.

03 – Conforme observado por Gino Giacomini Filho no texto, quais são os dois tipos de danos que a publicidade enganosa pode causar?

A – Dano moral (prejuízo à honra) e dano material (perdas econômicas diretas).

B – Dano financeiro (perda de dinheiro) e dano de imagem (à reputação da empresa anunciante).

C – Dano psicológico (estresse, depressão) e dano à saúde física (causado por produtos enganosos).

D – Dano individual (frustração, ansiedade, lesão do consumidor) e dano social (uso massivo de um anúncio voltado ao público).

04 – Quais são os três direitos que o consumidor possui ao se deparar com uma publicidade enganosa, conforme o texto?

A – Exigir o cumprimento forçado da obrigação, outro produto ou prestação de serviço equivalente, ou a rescisão do contrato com devolução do valor pago e correção monetária.

B – Denunciar a publicidade aos órgãos reguladores, receber um desconto na próxima compra e ter acesso a informações confidenciais da empresa.

C – Trocar o produto por qualquer outro da loja, obter um vale-presente e ter o direito de renegociar o contrato.

D – Receber indenização por danos morais, exigir a prisão do anunciante e a veiculação de uma contrapropaganda.

05 – Defina o que é publicidade abusiva de acordo com o Art. 36, § 2º, do CDC, e cite um exemplo dado no texto.

A – Publicidade abusiva é a que contém informações falsas sobre o produto. Um exemplo é a publicidade do carro Volvo, que teve seu teto reforçado artificialmente.

B – Publicidade abusiva é aquela que incita à violência, explora o medo ou superstição, se aproveita da deficiência de julgamento da criança, desrespeita valores ambientais ou induz a comportamento prejudicial à saúde/segurança. Um exemplo é o anúncio de roupas com crianças, uma loira 'anjo' e uma negra 'diabo', associando a criança negra ao maléfico.

C – Publicidade abusiva é aquela que visa exclusivamente o lucro da empresa, sem se preocupar com o consumidor. Um exemplo seria qualquer anúncio de linha diet que promete perda de peso.

D – É qualquer publicidade que cause desconforto ao consumidor devido ao seu volume excessivo ou repetição constante. Não há exemplos específicos no texto.

06 – O texto descreve um caso do carro Volvo nos Estados Unidos. Explique por que essa publicidade foi considerada enganosa e quais foram as consequências.

A – Foi considerada enganosa porque o teto do Volvo havia sido reforçado e a estrutura dos outros carros foram enfraquecidas para simular uma resistência irreal ao impacto de um caminhão. O anunciante e a agência foram multados, e a publicidade foi retirada.

B – Foi abusiva por promover a violência veicular. O anúncio foi apenas advertido e pôde continuar sendo veiculado em outros países.

C – Foi abusiva por explorar o medo dos consumidores em relação a acidentes de carro. As empresas foram forçadas a doar carros aos consumidores lesados.

D – Foi enganosa por omissão, pois não informava que o carro era importado. A única consequência foi uma advertência aos envolvidos.

07 – Qual a principal diferença entre publicidade enganosa e publicidade abusiva, com base nas definições e exemplos apresentados no texto?

A – A publicidade enganosa é ilegal, enquanto a publicidade abusiva é apenas eticamente questionável.

B – Publicidade enganosa sempre resulta em multas, enquanto a abusiva leva apenas à retirada do anúncio.

C – Publicidade enganosa se baseia em informações falsas ou omissões que induzem o consumidor a erro sobre as características do produto/serviço (ex.: Volvo adulterado, liquidificador). Já a abusiva explora fraquezas, incita a violência, o medo, desrespeita valores ou induz comportamentos perigosos, sem necessariamente ter informação falsa (ex.: anúncio com crianças 'anjo' e 'diabo').

D – A publicidade enganosa afeta apenas o consumidor individualmente, enquanto a abusiva tem impacto social.

 

 

NOTÍCIA: PUBLICIDADE E CONSUMO - FRAGMENTO - INMETRO E IDEC - COM GABARITO

 Notícia: Publicidade e consumo – Fragmento

        Diariamente, anúncios de modelos de televisores, equipamentos de som, eletrodomésticos, computadores, carros, seguros-saúde, roupas, cigarros, alimentos, etc. captam os olhares e os ouvidos de homens, mulheres, jovens e crianças. Informam pouco sobre o que anunciam e geram, por meio de apelos emocionais, repentinas necessidades e demandas de consumo que nem imaginávamos que pudéssemos ter.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrCkIUJDP6M5maLrWDrIfqHWzNCx0EMZ1kgAEGBBvjrt_8Ce3sH8P5rPF-8kLdcoTdTWaUvRn3mACT5r7tBf1Uy5iN51L9Jqfn3XNkLbModJ-1SE__IdoceuSGGizeRdMWY8tetr58bNPdMH9EYOkbA0i2MJrMCyiBmAtpNjvfwO-Vt2emio4ifebNUao/s320/PUBLICIDDE.jpg


        Outros tipos de anúncio divulgam ideias políticas, religiosas e sociais para informar e orientar o cidadão a respeito de questões de interesse público: saúde, como as campanhas de vacinação e de uso de preservativos, trânsito, higiene, preservação do meio ambiente e até programas políticos.

        O primeiro tipo de anúncio pode ser chamado de publicidade, enquanto o segundo, de propaganda. Os dois termos, entretanto, são usados indistintamente em nosso dia a dia, independentemente do teor da mensagem.

        Em vez de fornecer informações para um consumo consciente e racional, a publicidade pode apelar para as sensações e as ilusões de que o consumo daquele bem ou serviço modificará positivamente a vida do consumidor. Nesse caso, explora os desejos, gostos, ideias e necessidades, cada vez mais complexas, dos consumidores. [...]

Inmetro e Idec. Publicidade e consumo. 2002. p. 8 (Coleção Educação para o Consumo Responsável). Destaques inseridos para esta edição.

Fonte: Universos – Língua Portuguesa – Ensino fundamental – Anos finais – 7º ano – Camila Sequetto Pereira; Fernanda Pinheiro Barros; Luciana Mariz. Edições SM. São Paulo. 3ª edição, 2015. p. 171.

Entendendo a notícia:

01 – Que tipo de informação os anúncios diários de produtos costumam fornecer e o que eles geram?

      Os anúncios diários de produtos informam pouco sobre o que anunciam e, por meio de apelos emocionais, geram necessidades e demandas de consumo repentinas que os consumidores nem imaginavam ter.

02 – Qual a distinção feita no texto entre "publicidade" e "propaganda"?

      O texto define publicidade como o tipo de anúncio que visa a venda de produtos (como televisores, carros, etc.), enquanto propaganda se refere a anúncios que divulgam ideias políticas, religiosas e sociais ou informam sobre questões de interesse público (como campanhas de saúde e trânsito).

03 – Apesar da distinção, como os termos "publicidade" e "propaganda" são usados no cotidiano?

      No dia a dia, os termos "publicidade" e "propaganda" são usados indistintamente, ou seja, como sinônimos, independentemente do teor da mensagem.

04 – Em vez de promover o consumo consciente, para que a publicidade pode apelar?

      Em vez de fornecer informações para um consumo consciente e racional, a publicidade pode apelar para as sensações e as ilusões de que o consumo de um bem ou serviço específico modificará positivamente a vida do consumidor.

05 – Quais elementos a publicidade explora para atingir seus objetivos?

      A publicidade explora os desejos, gostos, ideias e necessidades, cada vez mais complexas, dos consumidores.

 

domingo, 27 de julho de 2025

NOTÍCIA: TARTARUGA MARINHA INGERE LIXO E MORRE APÓS SER RESGATADA PELA POLÍCIA AMBIENTAL - REDAÇÃO TRIBUNA DO NORTE - COM GABARITO

 Notícia: Tartaruga marinha ingere lixo e morre após ser resgata pela polícia ambiental

Por Redação Tribuna do Norte

        Uma tartaruga marinha da espécie verde morreu na manhã de domingo (18) no Aquário Natal, localizado na Praia da Redinha, litoral Norte do Estado. O animal chegou ao local durante a madrugada, levada por policiais ambientais de Mossoró.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDzUVIF4q2s5r0Js2ycc8Xe5mULNJHeiF49OUHjUaB5CR3jsNnYv-GIdbBNclgmO-VN98s3JuZDF_enoEgK3L7OCewZjW8WMQxrpWwFeEymxmAsPoHCcJ25u0VMeILlMj8xpWz8jDwpOS7dxHJ8qbaEbVwENlridtcDg4OrF69jry-J1cTPFUotELxmOI/s320/tartarugadepente2.jpg


        A tartarugas havia ingerido lixo e estava sem conseguir se alimentar há algum tempo. “Ela tinha mais de um metro de comprimento e deveria ter cerca de 150 kg, mas estava com apenas 50 kg”, afirmou o biólogo do Aquário Natal, Douglas Brandão.

        A tartaruga foi encontrada na noite de sábado, por policiais ambientais de Mossoró. Eles ainda tentaram devolvê-la ao mar, mas ela não flutuava e, então, entraram em contato com o Aquário para que o animal fosse socorrido. “Depois que ela morreu, abrimos o estômago dela para saber o motivo dela não estar se alimentando e encontramos um saco plástico e tampinhas de garrafa”, afirmou o biólogo.

        Salvar tartarugas marinhas, por sinal, está cada vez mais difícil. Antes, de cada dez animais que eram levados ao Aquário buscando tratamento veterinário para poder voltar a natureza, sete conseguiam se recuperar. Atualmente, esse número caiu para cinco. “O problema percebido neles ultimamente não são mais doenças como a fibropapiloma ou a pneumonia. Elas estão chegando ao Aquário em consequência da ingestão de lixo e, diante disso, não há muito o que fazer, a não ser esperar o animal expelir naturalmente”, explicou o biólogo.

        O Aquário Natal tem recebido, em média, um animal por dia – e já recebeu de tartarugas a filhotes de baleias, incluindo pinguins e aves de rapina, como carcarás e gaviões. Além disso, há também aqueles que são resultado da procriação em cativeiro, como os 16 filhotes de jiboia, que nasceram a cerca de três semanas. “Foi a primeira vez que nasceram filhotes dessa espécie aqui. Quando crescerem, uma parte fica aqui no acervo do Aquário e a outra será entregue ao Ibama para ser devolvida a natureza”, contou o biólogo.

Ciro Marques. Tribuna do Norte, 19 abr. 2010. Disponível em: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/tartarugamarinha-ingere-lixo-e-morre-apos-ser-resgaatada-pela-policia-ambiental/146071. Acesso em: 12 jan. 2015.

Fonte: Universos – Língua Portuguesa – Ensino fundamental – Anos finais – 6º ano – Camila Sequetto Pereira; Fernanda Pinheiro Barros; Luciana Mariz. Edições SM. São Paulo. 3ª edição, 2015. p. 66.

Entendendo a notícia:

01 – Qual foi a causa da morte da tartaruga marinha resgatada pela polícia ambiental?

      A tartaruga marinha morreu devido à ingestão de lixo, especificamente um saco plástico e tampinhas de garrafa, que a impediam de se alimentar.

02 – Qual era a espécie da tartaruga marinha e como ela foi encontrada?

      A tartaruga era da espécie verde. Ela foi encontrada na noite de sábado por policiais ambientais de Mossoró, que tentaram devolvê-la ao mar, mas como ela não flutuava, a levaram para o Aquário Natal.

03 – Qual era o estado físico da tartaruga quando foi resgatada e qual a diferença em relação ao seu peso ideal?

      A tartaruga estava muito debilitada e desnutrida. Embora devesse pesar cerca de 150 kg, ela estava com apenas 50 kg, indicando que não conseguia se alimentar há algum tempo.

04 – O que o biólogo do Aquário Natal afirmou sobre a dificuldade de salvar tartarugas marinhas atualmente e qual a principal mudança nos problemas enfrentados por elas?

      O biólogo Douglas Brandão afirmou que está cada vez mais difícil salvar tartarugas marinhas. Antes, sete de cada dez animais se recuperavam, e agora esse número caiu para cinco. A principal mudança é que os problemas atuais não são mais doenças como fibropapiloma ou pneumonia, mas sim a ingestão de lixo, para a qual não há muito o que fazer a não ser esperar o animal expelir naturalmente.

05 – Além das tartarugas, quais outros animais o Aquário Natal tem recebido e qual um exemplo recente de procriação em cativeiro?

      O Aquário Natal tem recebido uma variedade de animais, incluindo filhotes de baleias, pinguins e aves de rapina (como carcarás e gaviões). Recentemente, houve um exemplo de procriação em cativeiro com o nascimento de 16 filhotes de jiboia, a primeira vez que essa espécie procriou no aquário.

 

 

CONTO: PROMETEU E OS PRIMEIROS HOMENS - FRAGMENTO - CLAUDE POUZADOUX - COM GABARITO

 Conto: PROMETEU E OS PRIMEIROS HOMENS – Fragmento

            Claude Pouzadoux

        [...] Os deuses criaram do barro os seres vivos. Sem perceber, privilegiaram os animais, em detrimento dos homens.

        De fato, os primeiros receberam as qualidades físicas que lhes permitiam se adaptar perfeitamente ao meio natural. Alguns, como o urso, foram dotados de grande força; outros, menores, como os passarinhos, ganharam asas para fugir. A divisão parecia equitativa, e as qualidades distribuídas entre as diversas espécies se equilibravam.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjci8hPEByfF_tW_08ivpt9R57kpmy9PejmY-1XAdza2OhywvpyexU-SBVgu6jQ9AxIE5ue16evmKPem3VWU9yPP5EXk_qA19HB_kkYfCw2AC3z4xd8npZYNhNASWUmyvBbqjXpsptCCsBfB0xMX5-uwnyKSrbTivu1UpYD_bIPGnwyXeMFAPzrxVVT0v0/s320/sddefault.jpg


        Mas uma das espécies foi esquecida: a humana. Com sua pele apenas, os homens não podiam suportar o frio, e seus braços nus não eram suficientemente robustos para combater os animais selvagens. A raça humana estava ameaçada de extinção…

        Prometeu, filho do titã Jápeto, sentiu pena dos fracos mortais. Ele sabia que a inteligência deles possibilitaria que fabricassem armas e construíssem abrigos se eles tivessem meios para isso, mas lhes faltava um elemento essencial: o fogo. Com o fogo, poderiam endurecer a ponta de suas lanças, a fim de torná-las mais resistentes, e se aquecer em seu lar.

        Ora, os deuses conservavam com o maior cuidado a preciosa chama só para si. Prometeu teve que penetrar discretamente na forja de Hefesto, o deus do fogo, para roubar a chama, que levou para os homens oculta no oco de uma raiz.

        Zeus não ignorou por muito tempo esse furto. Assim que notou o brilho de uma chama entre os mortais, o poderoso soberano deu vazão à sua cólera. No mesmo instante jurou se vingar dos homens e do benfeitor deles, Prometeu.

        Combatendo uma esperteza com outra, teve a ideia de produzir uma criatura irresistivelmente encantadora que causaria a desgraça dos homens. Assim, usando barro, criou a primeira mulher, que chamou de Pandora. Contou com a ajuda de Hefesto, que a enfeitou com as joias mais delicadas, e de Atena, que a vestiu com um tecido vaporoso, preso na cintura por um cinto trabalhado artisticamente.

        Quando ela ficou pronta, Zeus a mandou à casa de Epimeteu, irmão de Prometeu. [...] Não podendo resistir aos atrativos de tão bela pessoa, Epimeteu esqueceu que o irmão o prevenira contra os presentes de Zeus. Recebeu Pandora e a instalou em sua casa.

        Pandora havia trazido consigo uma caixa que não deveria abrir em hipótese nenhuma. Isso lhe fora expressamente recomendado por Zeus ao lhe dar a caixa. Era mais uma esperteza, porque ele sabia muito bem que um dia a jovem iria querer descobrir o conteúdo dela.

        Movida pela curiosidade, Pandora acabou abrindo a caixa… de onde saiu precipitadamente um vento de desgraças. Apavorada, ela viu passar a fisionomia ameaçadora da crueldade e o sorriso malicioso do engano. Ouviu os gritos queixosos dos miseráveis e dos sofredores. Outras desgraças começavam a se propagar assim no vasto munido. Quando Pandora descobriu seu trágico erro, tampou rapidamente a caixa. E então a Esperança e todas as promessas de felicidade para os homens ficaram para sempre trancadas ali.

        Nada disso se devia ao acaso: a primeira etapa da temível vingança de Zeus se consumara.

        O segundo castigo, mais cruel, iria atingir Prometeu. Zeus o acorrentou a um rochedo com cadeias que o prendiam dolorosamente pelos braços e pernas. Assim exposto, sem poder se defender, Prometeu sofria todos os dias o ataque de uma águia que vinha lhe devorar o fígado. E todos os dias, para seu suplício, seu fígado se recompunha. Em troca de um favor, Prometeu recebeu uma terrível punição.

        Quanto aos homens, eles aprenderam com isso que um bem podia vir acompanhado de uma desgraça.

Claude Pouzadoux. Contos e lendas da mitologia grega. Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. p. 35-39.

Fonte: Universos – Língua Portuguesa – Ensino fundamental – Anos finais – 6º ano – Camila Sequetto Pereira; Fernanda Pinheiro Barros; Luciana Mariz. Edições SM. São Paulo. 3ª edição, 2015. p. 26-27.

Entendendo o conto:

01 – De acordo com o texto, qual era a principal razão pela qual a raça humana estava ameaçada de extinção no início?

A – Prometeu não havia chegado para ajudá-los ainda.

B – Eles eram inteligentes e podiam construir abrigos.

C – Os deuses os dotaram de grande força e agilidade.

D – Faltava-lhes o fogo para se aquecer e fabricar armas.

02 – Por que Prometeu decidiu roubar o fogo dos deuses para os homens?

A – Ele buscava reconhecimento dos outros deuses.

B – Ele queria se tornar um deus.

C – Sentiu pena dos mortais e sabia que o fogo era essencial para a sobrevivência deles.

D – Zeus o ordenou a roubar o fogo para os homens.

03 – Qual foi a primeira etapa da vingança de Zeus contra os homens pelo furto do fogo?

A – Fabricou a primeira mulher, Pandora, e a enviou a Epimeteu com uma caixa proibida.

B – Criou um monstro para atacar os homens.

C – Enviou uma série de pragas e doenças para a Terra.

D – Acorrentou Prometeu imediatamente e se esqueceu dos homens.

04 – O que fez Pandora abrir a caixa proibida, liberando as desgraças?

A – Ela foi enganada por Zeus para abri-la.

B – Epimeteu a convenceu a abrir a caixa.

C – Ela se esqueceu da recomendação de Prometeu.

D – Sua curiosidade a levou a desobedecer a Zeus e liberar as desgraças.

05 – Qual foi o castigo de Prometeu imposto por Zeus?

A – Zeus o prendeu em uma caverna escura para sempre.

B – Teve seu conhecimento e inteligência removidos por Zeus.

C – Foi acorrentado a um rochedo e uma águia devorava seu fígado, que se recompunha diariamente.

D – Ele foi transformado em um animal selvagem.

 

LENDA: BAHIRA, O PAJÉ QUE ROUBOU O FOGO - FLÁVIA SAVARY - COM GABARITO

 Lenda: Bahira, o pajé que roubou o fogo

           Flávia Savary

        No passado, não havia fogo na tribo Kawahiwas. No dia a dia era uma luta: as mulheres faziam das tripas coração pra que não se estragasse a caça trazida pelos maridos. Comida quentinha? Só se o sol ajudasse. No inverno, tiritavam de frio. E, à noite, se o medo do escuro pesasse, que o aguentassem até a aurora.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZVx9Y0P3KSoz-vDX2YxIPFG1U6Lz6xyBKwKrU0cvfCE_B9O69NjnhPoFuJwXi3Gb4t6ZxtLyzSPjGnLb-upaWolgESHkEdUGX23ydOI7s08JXa1JOD8Ztl6vAA-Mftua3ba9lGBHBojvzsrNW_mQH-V5nb2dm_iZbEjjjLTv7ehk7BQp7tCHwwMWyi7M/s1600/images.jpg


        As índias, ouvindo histórias sobre cunhãs de tribos vizinhas que preparavam de um tudo sobre moquéns, choravam suas mazelas junto a Bahira, o grande pajé. Este, de tanto aturar reclamação, se encheu e resolveu dar um jeito. Os homens se alegraram, ao verem Bahira partir tão determinado. Apesar de darem uma de durões, parecendo conformados com a falta do fogo, cobriram as mulheres de beijos. Sonhavam, antecipadamente, com os assados que, enfim, provariam.

        Bahira, enquanto caminhava, ia matutando. Ele sabia muito bem a quem pertencia o fogo. E que o dono do fogo não o daria assim, de mão beijada, a qualquer folgado que chegasse pedindo-o! Bahira precisaria bolar um plano bem esperto. E foi o que ele fez.

        Tendo avistado um ninho de Itapicuins, dirigiu-se até lá e cumprimentou seus parentes (sim, porque, nessa época, bicho era gente):

        -- Meus irmãos cupins, subam em mim, pois preciso parecer morto.

        Os Itapicuins não eram de fazer muita questão do porque das coisas. Daí que, saindo do ninho, cobriram o corpo de Bahira.

        O pajé estirou-se no chão, um morto perfeito. Urubu, o tal que era dono do fogo, lá do alto viu aquela carniça maravilhosa. Maravilhosa pra bico de Urubu, bem entendido! E a tomou por ótima opção de almoço. Chamou a mulher, chamou os filhos e convidou-os pra comer fora.

        Naquele planar lento e desconfiado do Urubu, a família veio descendo do céu em volteios de parafuso. Dizem que o Urubu não sai de casa sem carregar o fogo debaixo da asa. A fim de checar se o boato procedia, Bahira abriu meio olho e viu o brilho do Tatá-miri no sovaco do bichão. Sossegado, voltou a fingir-se de morto.

        Na descida, juntou a parentada toda. Ao baixarem à terra, formou-se aquela mancha negra de urubus num assanhamento só, diante da perspectiva do churrasco. Já sabemos que, nessa época, Urubu era gente e, portanto, tinha mãos. Enquanto a mulher preparava o moquém, aos filhos coube a guarda do defunto.

        Os filhos, porém, viram que o morto estava bulindo e foram comunicar o fato ao pai, que não lhes deu crédito.

        -- E morto mexe desde quando? Larguem de preguiça e tomem conta direito! Usem suas flechinhas pra matar as varejeiras: não quero comida minha com bicho!

        Bahira aproveitou-se da discussão e, vendo que o fogo embaixo dele estava bem aceso, roubou-o e fugiu. Quando o Urubu se deu conta do ocorrido, saiu em perseguição do almoço, ele e sua gente.

        Entrou Bahira num oco de pau, o Urubu entrou atrás. Saiu Bahira do outro lado, saiu o Urubu atrás. Na saída, um tabocal cerrado cruzava o caminho. Bahira venceu-o, mas o Urubu não conseguiu atravessar e ficou pra trás, praguejando.

        O pajé correu, correu até chegar às margens do braço de um rio, largo feito o mar. Espiou na outra margem e viu sua tribo, que esperava a chegada do fogo novo. E agora? Que fazer pra atravessar, pela água, com coisa que se apaga nela?

        Chamou a Cobra-surradeira e pediu:

        -- Comadre, faça-me a gentileza de cruzar o rio com esse fogo em seu quengo, sim?

        -- Pois não, compadre. Ajeite ele no meu lombo.

        A cobra, apesar da fama de andar rapidinho, só alcançou até a metade do rio. Ali mesmo morreu queimada. Bahira arranjou uma vara comprida no mato e puxou o fogo de volta. Tentou a travessia com parentes da surradeira, mas todas tiveram destino igual: viraram torresmo!

        Nisso, veio passando um Pitu. O pajé pensou:

        -- Esse há de atravessar o fogo.

        Repetiu-se o pedido e o pronto aceite. O Pitu, porém, findou-se igual às cobras: morreu queimado, todo vermelho. E é assim até hoje: quando o fogo queima a casca do camarão, ela fica vermelhinha igual pimenta!

        O pajé recuperou o fogo, de novo, com a vara. Os Kawahiwas, na margem oposta, já estavam nervosos, achando que a travessia ia gorar. Passou um Guaiá, andando de lado, e Bahira repetiu o pedido. Impressionante a boa vontade dos bichos – todos diziam sim ao pedido do pajé! Lamentavelmente, com o compadre caranguejo não foi diferente: no meio do rio, morreu tostado.

        Então foi a vez da Saracura, da Uratinga, da Garça, da Upeca, da Piaçoca, da Ariramba, do Jacuaçu e outras tantas aves de água doce. E todas, apesar da cortesia, se acabaram chamuscadas, antes de completarem o percurso.

        Estava Bahira em ponto de desistir, quando apareceu o Sapo Cururu. Os pulos do Cururu quase completaram a missão. Perto de atingir a outra margem, o pobre acabou desmaiando com aquele fogaréu no costado. Os Kawahiwas, repetindo o uso da vara aprendido de seu pajé, salvaram o fogo e o sapo, levando os dois pra aldeia.

        Bahira, vendo que tudo acabara bem, pensou de que jeito ele próprio atravessaria o rio. Nem precisou esquentar muito a cabeça. Sendo um pajé poderoso, mandou o rio se estreitar e ele obedeceu. Bahira deu um pulo e, pronto! Logo achou-se do outro lado.

        Foi assim que os Kawahiwas arranjaram fogo e se fartaram de assados. E o valente Cururu virou um pajé respeitado.

Flávia Savary. Lendas da Amazônia... e é assim até hoje. São Paulo: Salesiana, 2006. p. 12-15.

Fonte: Universos – Língua Portuguesa – Ensino fundamental – Anos finais – 6º ano – Camila Sequetto Pereira; Fernanda Pinheiro Barros; Luciana Mariz. Edições SM. São Paulo. 3ª edição, 2015. p. 16-17.

Entendendo a lenda:

01 – No passado, a tribo Kawahiwas não tinha fogo. Quais eram as consequências dessa ausência para o dia a dia da tribo?

A – Eles usavam métodos alternativos para aquecer a comida e iluminar as noites, sem grandes problemas.

B – As mulheres não conseguiam preservar a caça, a comida só era quente com sol, e sofriam de frio no inverno e medo do escuro à noite.

C – A caça era abundante e não precisava ser preservada, e eles preferiam a escuridão e o frio.

D – A tribo não se importava com a falta de fogo, pois eram acostumados com a natureza.

02 – O que motivou Bahira, o grande pajé, a decidir conseguir o fogo para sua tribo?

A – Os homens da tribo o desafiaram a provar seu poder como pajé.

B – As mulheres da tribo reclamavam constantemente a ele sobre suas dificuldades devido à falta de fogo, especialmente após ouvirem sobre outras tribos que o possuíam.

C – Ele queria mostrar sua superioridade aos pajés de outras tribos vizinhas.

D – Ele teve um sonho que o mandou buscar o fogo para a prosperidade da tribo.

03 – Qual foi o plano esperto de Bahira para roubar o fogo de Urubu, o seu dono?

A – Ele pediu aos Itapicuins (cupins) que cobrissem seu corpo para fazê-lo parecer morto, assim, Urubu o confundiria com carniça e traria o fogo para perto.

B – Ele criou uma distração, prendendo a família de Urubu para roubar o fogo.

C – Ele seguiu Urubu secretamente e roubou o fogo quando ele estava distraído.

D – Ele desafiou Urubu para uma luta para ganhar o fogo de forma justa.

04 – Como Bahira confirmou que Urubu carregava o fogo, e onde ele estava localizado?

A – Ele ouviu Urubu conversando com sua família sobre onde guardava o fogo.

B – Ele viu fumaça saindo do ninho de Urubu, indicando a presença do fogo.

C – Ele abriu meio olho enquanto fingia de morto e viu o brilho do Tatá-miri (fogo) no sovaco do bichão (Urubu).

D – Ele perguntou diretamente a Urubu sobre a localização do fogo.

05 – O que aconteceu quando os filhos de Urubu tentaram avisá-lo sobre os movimentos de Bahira?

A – Os filhos ajudaram Bahira a escapar sem que seu pai soubesse.

B – Urubu puniu seus filhos por fazerem falsas alegações.

C – Urubu ignorou os avisos deles, acreditando que um corpo morto não se mexia, e mandou-os se concentrarem em guardar o 'defunto'.

D – Urubu imediatamente desconfiou e investigou Bahira, descobrindo a farsa.

06 – Qual animal, finalmente, conseguiu ajudar Bahira a transportar o fogo através do rio largo até a tribo Kawahiwas?

A – O Sapo Cururu, que, embora desmaiando perto da outra margem, permitiu que os Kawahiwas salvassem tanto ele quanto o fogo.

B – O Pitu, que também morreu queimado na metade do rio, ficando vermelho.

C – O Guaiá (caranguejo), que morreu tostado no meio do rio.

D – A Cobra-surradeira, que morreu na metade do rio.

07 – Como o próprio Bahira atravessou o rio largo depois que o fogo foi entregue em segurança à sua tribo?

A – Ele construiu uma jangada para atravessar o rio largo.

B – Outro animal o carregou através do rio.

C – Sendo um pajé poderoso, ele mandou o rio se estreitar, e este obedeceu, permitindo que ele pulasse para o outro lado.

D – Ele nadou pelo rio, já que o fogo não estava mais com ele.

 

NOTÍCIA: ONG TEME SURTO DE COMPRA DE ANIMAIS COM FILME "AS TARTARUGAS NINJA" - DIARIO DE PERNAMBUCO - COM GABARITO

 Notícia: ONG teme surto de compra de animais com filme “As Tartarugas Ninja”

        Fundador da Associação Americana d Resgate de Tartarugas está preocupado com possíveis maus-tratos

        Uma organização de Los Angeles protetora das tartarugas lançou um apelo às famílias para que não comprem esses animais para os filhos diante da euforia que o lançamento do filme "As tartarugas ninja", na próxima semana (14 de agosto), deve causar na criançada.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_jjDv6uF9vcH_U4RK6_s8LLxoySPtaichc5SXTO7iKJguly96Lo6L8biG5lkonUGjGKmGn5SA901nEeRKMD9D_eODS5ztBbSwdd0YW9jSbn_ixzCLSxHzTq0fafU381emXZ7XQrON3YgQWelbMJoPv_J4sYraebNTlqs32-K-sKgpAT8p8YSF5Yqt4h8/s1600/TARTARUGA.jpg


        "Infelizmente, as crianças não entendem que as tartarugas de verdade não podem voar, fazer cenas perigosas, ou qualquer um dos movimentos do filme", advertiram Susan Tellem e Marshall Thompson, fundadores da Associação Americana de Resgate de Tartarugas.

        "Para agradar os filhos, os pais compram tartarugas para eles. Depois, elas são abandonadas de forma ilegal em rios e lagos, ou jogadas fora pelo vaso", disseram os ativistas, em uma carta aberta divulgada em sua página na Internet.

        Especialistas afirmam que esses animais de mais de 200 milhões de anos se veem ameaçados, porque a maioria "é tirada da vida selvagem para ser vendida em lojas de animais de estimação, criadouros ou feiras".

        Tellem e Thompson alertaram também que esses pequenos répteis podem transmitir a bactéria da Salmonella, se não receberem o cuidado necessário. "Comprem um brinquedo das 'Tartarugas Ninja', em vez de uma de verdade", pediram. O filme As Tartarugas Ninja contou com um orçamento de US$ 125 milhões.

Diário de Pernambuco, 5 ago. 20144. Disponível em: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/viver/2014/08/05internas_viver,250431/ong-teme-surto-de-compra-de-animais-com-filme-em-tartarugas-ninjas-em.shtml. Acesso em: 10 fev. 2015.

Fonte: Universos – Língua Portuguesa – Ensino fundamental – Anos finais – 6º ano – Camila Sequetto Pereira; Fernanda Pinheiro Barros; Luciana Mariz. Edições SM. São Paulo. 3ª edição, 2015. p. 70.

Entendendo a notícia:

01 – Qual o principal temor da Associação Americana de Resgate de Tartarugas (American Tortoise Rescue) com o lançamento do filme "As Tartarugas Ninja"?

      O principal temor da ONG é que o filme cause uma euforia que leve pais a comprarem tartarugas para seus filhos, resultando em maus-tratos e abandono dos animais.

02 – Por que as crianças podem ficar desiludidas com as tartarugas reais, segundo os fundadores da ONG?

      As crianças podem ficar desiludidas porque não entendem que as tartarugas de verdade não possuem as habilidades dos personagens do filme, como voar ou fazer cenas perigosas.

03 – O que acontece com muitas das tartarugas compradas impulsivamente, de acordo com os ativistas?

      Muitas dessas tartarugas acabam sendo abandonadas ilegalmente em rios e lagos ou descartadas no vaso sanitário, após os pais tentarem agradar os filhos.

04 – Além do abandono, que outro risco à saúde as tartarugas podem representar se não forem bem cuidadas?

      Os especialistas alertam que esses répteis podem transmitir a bactéria Salmonella se não receberem o cuidado necessário.

05 – Qual a sugestão dos fundadores da ONG para os pais que querem agradar seus filhos em relação ao filme?

      A sugestão dos fundadores, Susan Tellem e Marshall Thompson, é que os pais comprem um brinquedo das "Tartarugas Ninja" em vez de uma tartaruga de verdade.