quinta-feira, 6 de março de 2025

TEXTO: EXISTEM RECEITAS PARA FAZER UMA BOA DISSERTAÇÃO? PASCAL IDE - COM GABARITO

 Texto: Existem receitas para fazer uma boa dissertação?

           Pascal Ide

        Não existem receitas, mas apenas métodos. A diferença é capital: a receita é do padronizado, o método é do sob medida. Todos gostariam de “macetes” (supostamente infalíveis); ora, não há macetes.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHJQWGeWv1OL_1VzcT3t0vC2K4op4CDw8R0mp82_69UALMHCzXcYK5Jfrv2Z2QaXSqt-El-Zo4wpZZvFzrQ8PE2gyJl4b_SB0pg8vwMB_OVrxHR9KR6XV0LC8KtFufTmOJRr6DJMNonyjTlmaOIkQZuDZYA1D7GH6AhESHkWXmyvcGaQYLOQHEkPg2Wks/s320/redacao-dissertacao-vestibular.jpg


        O conselho mais importante é o seguinte: para avançar, o único meio é fazer o máximo possível de planos. Pratique. Se você está terminando o secundário, faça planos uma hora por semana. Estude também os do professor, mas jamais para aprendê-los de cor, seria cair outra vez na mania da receita. E cumpre reconhecer que o estresse do vestibular, a perspectiva do exame, faz aumentar a tentação. Mas ela não fortalece a inteligência, pois a receita jamais integra-se ao espírito: ela lhe é imposta de fora, não penetra, apenas veste o espírito.

        Não é lendo um manual de natação que se aprende a nadar, é mergulhando na piscina. O mesmo vale para a dissertação.

Pascal Ide. A arte de pensar. São Paulo: Martins Fontes, 1995. 

Fonte: Português – Novas Palavras – Ensino Médio – Emília Amaral; Mauro Ferreira; Ricardo Leite; Severino Antônio – Vol. Único – FTD – São Paulo – 2ª edição. 2003. p. 563.

Entendendo o texto:

01 – Qual a principal diferença entre "receitas" e "métodos" na elaboração de uma dissertação?

      Receitas são padronizadas e inflexíveis, enquanto métodos são personalizados e adaptáveis às necessidades individuais.

02 – Qual o conselho mais importante dado pelo autor para quem deseja aprimorar suas habilidades em dissertação?

      O autor enfatiza a importância de praticar a elaboração de planos, dedicando tempo regular a essa atividade.

03 – Por que o autor adverte contra a prática de decorar planos de dissertações, mesmo os de professores?

      Decorar planos leva à padronização e impede o desenvolvimento do pensamento crítico e da capacidade de adaptação, características essenciais para uma boa dissertação.

04 – Como o estresse do vestibular ou de outros exames pode influenciar a busca por "receitas" prontas?

      O estresse aumenta a tentação de buscar soluções rápidas e fáceis, como "macetes", mas essas soluções não contribuem para o desenvolvimento intelectual.

05 – Qual a analogia utilizada pelo autor para ilustrar a importância da prática na aprendizagem da dissertação?

      O autor compara a dissertação ao aprendizado da natação: assim como não se aprende a nadar apenas lendo um manual, não se aprende a dissertar apenas lendo sobre isso, é preciso praticar.

 

 

CONTO: A CHAVE DO TAMANHO - CAP. II - FRAGMENTO - MONTEIRO LOBATO - COM GABARITO

 Conto: A chave do tamanho – Cap. II – Fragmento

           Monteiro Lobato

        [...]

        Ficou algum tempo deitada de costas, os braços estendidos, sem pensar em coisa nenhuma. Primeiro descansar; depois o resto. Ergueu os olhos para as chaves da parede. Não viu na parede chave nenhuma. "Que história é esta? Será que as chaves se evaporaram?" Firmando a vista, verificou que não. As chaves lá estavam, mas em ponto muitíssimo mais alto. A parede crescera tremendamente. Parecia não ter fim. Tudo aumentara dum modo prodigioso. E no chão viu uma coisa nova, que não existia antes; um pedestal atapetado de papel amarelo.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg5eMnLWZW-zuxTquhhuaBFRCcq9gmf0Zi24Lhe1AAVCyzmSBs4fJJ3CxCeWfb_yMYkEYtej9OhkJ664qCQ1ETKvgRDvH1zYnPvIL2uYKLCizvES_E1ziyJOYg-GVF2Cm2YuvXeIg92Ro_gCKLRjLGifvRQGIEeBQGRuKx9mwpDXlgLrruIloF2TNrvOQ/s320/a-chave-do-tamanho-edicao-de-luxo.jpg


        Emília achava-se deitada justamente sobre esse pedestal. Depois, olhando para o seu corpinho, verificou que estava nua.

        — Que história é esta? Eu, nua que nem minhoca, em cima deste pedestal amarelo cheio de riscos pretos, ao lado duma montanha de pano — e as chaves lá em cima — e tudo enormíssimo... Será que estou sonhando?

        Pôs-se a pensar com toda a força. Examinou o tapete do pedestal. Percebeu que os riscos eram letras e teve de ficar de pé para lê-las uma por uma. A primeira era um F; a segunda, um O; a terceira um S. Chegando à última, viu que formava a palavra FÓSFOROS. Em seguida vinha um D e um E, formando a palavra DE. E as últimas letras formavam a palavra SEGURANÇA. Tudo reunido dava a expressão FÓSFOROS DE SEGURANÇA.

        — Será possível? — exclamou Emília consigo mesma. — Será que estou em cima da maior caixa de fósforos que jamais houve no mundo? Mas se é assim, então cada pau de fósforo deve ser uma verdadeira vigota de pinho — e como a caixa estivesse aberta, espiou. Não viu lá dentro vigota nenhuma, sim uma espécie de areia grossa, da cor exata do superpó do Visconde.

        Nesse momento um raio de luz iluminou-lhe o cérebro.

        — Hum! Já sei. Isto é a caixa de fósforos que eu trouxe e está do tamanho que sempre foi. Eu é que diminuí. Fiquei pequeníssima; e, como estou pequeníssima, todas as coisas me parecem tremendamente grandes. Aconteceu-me o que às vezes acontecia a Alice no País das Maravilhas. Ora ficava enorme a ponto de não caber em casas, ora ficava do tamanho dum mosquito. Eu fiquei pequenininha. Por quê?

        [...]

Monteiro Lobato. A chave do tamanho. São Paulo: Círculo do Livro, 1989.

Fonte: Português – Novas Palavras – Ensino Médio – Emília Amaral; Mauro Ferreira; Ricardo Leite; Severino Antônio – Vol. Único – FTD – São Paulo – 2ª edição. 2003. p. 541.

Entendendo o conto:

01 – Qual a primeira estranheza que Emília percebe ao acordar?

      Ao acordar, Emília percebe que as chaves que estavam na parede estão muito mais altas do que antes, como se a parede tivesse crescido.

02 – Que descoberta Emília faz sobre o local onde está deitada?

      Emília descobre que está deitada sobre um pedestal atapetado de papel amarelo, que na verdade é uma caixa de fósforos gigante.

03 – Qual a palavra que Emília forma ao ler as letras no pedestal?

      Emília forma a expressão "Fósforos de Segurança".

04 – Qual a conclusão que Emília chega sobre o tamanho das coisas ao seu redor?

      Emília conclui que não foram as coisas que aumentaram de tamanho, mas sim ela que diminuiu, ficando pequeníssima.

05 – A que personagem de outra obra famosa Emília se compara?

      Emília se compara a Alice, do livro "Alice no País das Maravilhas", que também vivenciava mudanças de tamanho.

06 – Como Emília se sente ao perceber que está nua?

      Emília se sente confusa e intrigada, questionando a situação inusitada em que se encontra.

07 – O que a leva a desvendar o mistério da caixa de fósforos gigante?

      A curiosidade e a observação atenta das letras no pedestal levam Emília a desvendar o mistério da caixa de fósforos gigante.

 


MITO: O BURACO NO CÉU - ANTON LUKESCH - COM GABARITO

 Mito: O buraco no céu

         Anton Lukesch

        Nos tempos antigos, muito antigos, os Caiapós moravam no Céu; lá, acima do teto do Céu, havia tudo que podiam desejar. Havia batata-doce, macaxeira, inhame, mandioca, milho, frutos de inajá, banana, caça de toda variedade e tartarugas da terra; lá havia para comer tudo o que se podia imaginar.

 
Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijgmrzcDRfjPA9dfYpVlm65Q5kWdsLiCTwmHYEOE0jMRUDdGTbkv4414oqa_FfSHmebh2BgNzNjh30oH0ntnjA8T3YIMYluP9HIUiu_cptyt_1qwaDIMblN8IjGlVpbgN9wj5ouMjUHv0W_K-aTZDm2DC-jCo2wc6sSbTeIgjoosOUQDI9Q65TXWsE1X4/s320/CAIAPOS.jpg



        Certo dia, um guerreiro experiente, da classe dos Mebenget = me-be-nget, descobriu no mato a cova de um tatu. Como queria caçar o animal, começou a cavar; cavou, cavou o dia todo, até de noite, sem encontrar o tatu. Na manhã seguinte, bem cedo, foi para o mato, a fim de continuar a cavar. Cavou até de noite em vão. No quinto dia, quando já estava cavando bem fundo, de repente, viu o tatu-gigante. No entanto, em sua ânsia de cavar, furou a abóbada celeste. O tatu, então, despencou. Foi caindo, caindo, até chegar na Terra. O velho guerreiro acompanhou-o na queda; porém, quando estava caindo, um vento forte, de tempestade, o pegou e atirou de volta para cima. Desta maneira, retornou ao céu e, através do buraco na abóbada celeste, olhou a Terra embaixo. Lá distinguiu uma pequena floresta de buritis, um grande rio e campos imensos. E desse mundo distante começou a sentir enorme saudade, uma nostalgia infinita.

In Anton Lukesch. Mito e vida dos índios Caipós. São Paulo: Livraria Pioneira / Edusp, 1969.

Fonte: Português – Novas Palavras – Ensino Médio – Emília Amaral; Mauro Ferreira; Ricardo Leite; Severino Antônio – Vol. Único – FTD – São Paulo – 2ª edição. 2003. p. 544.

Entendendo o mito:

01 – Onde os Caiapós moravam nos tempos antigos?

      Nos tempos antigos, os Caiapós moravam no Céu.

02 – O que havia em abundância no local onde os Caiapós moravam?

      Havia tudo que podiam desejar, incluindo batata-doce, macaxeira, inhame, mandioca, milho, frutos de inajá, banana, caça de toda variedade e tartarugas da terra.

03 – O que o guerreiro Mebenget descobriu no mato?

      O guerreiro Mebenget descobriu a cova de um tatu.

04 – O que aconteceu quando o guerreiro cavou fundo demais?

      Em sua ânsia de cavar, o guerreiro furou a abóbada celeste.

05 – O que aconteceu com o tatu após a abóbada celeste ser furada?

      O tatu despencou e caiu na Terra.

06 – O que o guerreiro viu através do buraco na abóbada celeste?

      O guerreiro viu uma pequena floresta de buritis, um grande rio e campos imensos.

07 – O que o guerreiro começou a sentir ao ver a Terra?

      O guerreiro começou a sentir uma enorme saudade, uma nostalgia infinita.

 

 

POEMA NARRATIVO: O GRANDE DESASTRE AÉREO DE ONTEM - JORGE DE LIMA - COM GABARITO

 Poema narrativo: O Grande Desastre Aéreo de ontem

            Jorge de Lima

        Vejo sangue no ar, vejo o piloto que levava uma flor para a noiva, abraçado com a hélice. E o violinista em que a morte acentuou a palidez, despenhar-se com sua cabeleira negra e seu estradivárius. Há mãos e pernas de dançarinas arremessadas na explosão. Corpos irreconhecíveis identificados pelo Grande Reconhecedor. Vejo sangue no ar, vejo chuva de sangue caindo nas nuvens batizadas pelo sangue dos poetas mártires. Vejo a nadadora belíssima, no seu último salto de banhista, mais rápida porque vem sem vida. Vejo três meninas caindo rápidas, enfunadas, como se dançassem ainda. E vejo a louca abraçada ao ramalhete de rosas que ela pensou ser o paraquedas, e a prima-dona com a longa cauda de lantejoulas riscando o céu como um cometa. E o sino que ia para uma capela do oeste, vir dobrando finados pelos pobres mortos. Presumo que a moça adormecida na cabine ainda vem dormindo, tão tranquila e cega! Ó amigos, o paralítico vem com extrema rapidez, vem como uma estrela cadente, vem com as pernas do vento. Chove sangue sobre as nuvens de Deus. E há poetas míopes que pensam que é o arrebol.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjda0cBrTO4vxm7XpwfzMeNyL4x59L2MQD4c02xdjgkDXgLB-HAzfkEOvx2PR5mlicx9r3A6WeD0OIZQpE7jb2Fz0JAr1ggQbgH4PxA_Prd4qhvP_nPkwEJ4DIabb6Hv2ieCmCBcWk6ODnNWhYd_xDX9VqxVWfTDBq3Fl9AXyrjC0Ny5Ec72Pt0e5XtQUw/s1600/AVIAO.jpg


LIMA, Jorge de. Poesia e prosa. Rio de Janeiro, Nova Aguilar.

Fonte: Português – Novas Palavras – Ensino Médio – Emília Amaral; Mauro Ferreira; Ricardo Leite; Severino Antônio – Vol. Único – FTD – São Paulo – 2ª edição. 2003. p. 529.

Entendendo a poesia:

01 – Qual é o tema central do poema "O Grande Desastre Aéreo de ontem"?

      O poema descreve um acidente aéreo de forma vívida e impactante, explorando a fragilidade da vida, a brutalidade da morte e a reação humana diante da tragédia.

02 – Quais imagens e metáforas são usadas para descrever o desastre?

      O poema utiliza imagens fortes e chocantes, como "sangue no ar", "mãos e pernas de dançarinas arremessadas", "corpos irreconhecíveis" e "chuva de sangue". Metáforas como "o Grande Reconhecedor" (a morte) e "poetas míopes que pensam que é o arrebol" (a incompreensão da tragédia) também são utilizadas.

03 – Como o poema retrata as vítimas do desastre?

      As vítimas são individualizadas e humanizadas, com detalhes sobre suas vidas e sonhos interrompidos: o piloto com a flor para a noiva, o violinista com seu Stradivarius, a nadadora, as três meninas, a louca com o ramalhete, a prima-dona com a cauda de lantejoulas, a moça adormecida, o paralítico.

04 – Qual é o significado da repetição da frase "Vejo sangue no ar"?

      A repetição enfatiza a violência e a brutalidade do desastre, criando uma atmosfera de horror e choque. Também serve para unificar as diversas cenas e personagens do poema, conectando-os à tragédia central.

05 – Qual a importância do poema "O Grande Desastre Aéreo de ontem" no contexto da obra de Jorge de Lima?

      O poema exemplifica a fase da poesia de Jorge de Lima em que ele explorou temas sociais e existenciais, utilizando uma linguagem mais direta e expressiva. A obra reflete a preocupação do autor com a condição humana e a sua capacidade de criar imagens poderosas e impactantes.

 

 

POESIA: OS DOIS LADOS - MURILO MENDES - COM GABARITO

 Poesia: Os dois lados

             Murilo Mendes

Deste lado tem meu corpo
tem o sonho
tem a minha namorada na janela
tem as ruas gritando de luzes e movimentos
tem meu amor tão lento
tem o mundo batendo na minha memória
tem o caminho pro trabalho.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8IH-zOYjfhGFQZ529Ydve9uZbUaVG_BhPjgmlALAgduwxDVTqc7Q19F5kmELje0btLOv3wfdesf_1EXZEcGL5piwnUUBLpXQSGlvA1pioKJ7D_XBc2_CM_x9UodjLaMgXbbzjIQd-36FaO4v06WOkCHRf8p5MjZ0c3LWeN9AFsBv5IPvvabeLXhYJctg/s1600/SONHOS.jpg

Do outro lado tem outras vidas vivendo da minha vida
tem pensamentos sérios me esperando na sala de visitas
tem minha noiva definitiva me esperando com flores na mão,
tem a morte, as colunas da ordem e da desordem.

Murilo Mendes. Poesia completa e prosa. @ by Maria da Saudade Cortesão Mendes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar.

Fonte: Português – Novas Palavras – Ensino Médio – Emília Amaral; Mauro Ferreira; Ricardo Leite; Severino Antônio – Vol. Único – FTD – São Paulo – 2ª edição. 2003. p. 526.

Entendendo a poesia:

01 – Qual é o tema central do poema "Os dois lados"?

      O poema explora a dualidade da existência humana, apresentando dois lados contrastantes da vida do eu lírico: o lado da experiência terrena, concreta e cotidiana, e o lado do mundo interior, das reflexões, dos anseios e da transcendência.

02 – Quais elementos caracterizam "o lado de cá" no poema?

      "O lado de cá" é marcado pela presença do corpo, dos sonhos, dos relacionamentos ("minha namorada"), das experiências sensoriais ("ruas gritando de luzes e movimentos"), do amor, da memória e da rotina ("caminho pro trabalho"). É o lado da vida concreta e imediata.

03 – O que representa "o outro lado" mencionado no poema?

      "O outro lado" representa o mundo interior, as outras vidas que se entrelaçam com a do eu lírico, os pensamentos profundos, a "noiva definitiva" (uma alusão à morte), e as forças opostas da ordem e da desordem. É o lado da transcendência, da reflexão e do encontro com o desconhecido.

POEMA: PRAZERES - BERTOLD BRECHT - COM GABARITO

 Poema: Prazeres

             Bertold Brecht

O primeiro olhar da janela de manhã
O velho livro de novo encontrado
Rostos animados
Neve, o mudar das estações
O jornal

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8Q2VHB4ylnS19cAYVlTRrslYDmQ9ESF-uYxQzFrWIZo_t-NHqDVEpQEmOW6rRdtWLy-oIstXi7XXxiNWZK1SemRKVrNkOE8tfNVNdIwybfh69ESHkmzTed6F-K-ydIuPITWDaO39-huqZHpSg6dOu_w8o-n6itPBKwkgcO211RR4nFJrPCXymGjr7PvY/s320/JORNAL.jpg


O cão
A dialética
Tomar duche, nadar
Velha música
Sapatos cómodos
Compreender
Música nova
Escrever, plantar
Viajar, cantar
Ser amável.

Bertold Brecht. Poemas e canções. Coimbra: Livraria Almedina, 1975.

Fonte: Português – Novas Palavras – Ensino Médio – Emília Amaral; Mauro Ferreira; Ricardo Leite; Severino Antônio – Vol. Único – FTD – São Paulo – 2ª edição. 2003. p. 524.

Entendendo o poema:

01 – Qual é o tema central do poema "Prazeres"?

      O poema celebra os prazeres simples e cotidianos da vida, desde as pequenas alegrias sensoriais até as satisfações intelectuais e emocionais.

02 – Quais tipos de prazeres são mencionados no poema?

      O poema abrange uma variedade de prazeres, incluindo:

      Prazeres sensoriais: "O primeiro olhar da janela de manhã", "Neve, o mudar das estações", "Tomar duche, nadar", "Sapatos cómodos".

      Prazeres intelectuais: "O velho livro de novo encontrado", "O jornal", "A dialética", "Compreender", "Escrever".

      Prazeres emocionais e sociais: "Rostos animados", "O cão", "Ser amável", "Viajar, cantar".

      Prazeres Estéticos: "Velha música", "Música nova".

03 – O que a repetição de substantivos e verbos no infinitivo sugere sobre a mensagem do poema?

      A repetição enfatiza a universalidade e a atemporalidade dos prazeres. Sugere que essas experiências são acessíveis a todos e transcendem circunstâncias específicas. Além disso, a forma como o poema é escrito, sem a utilização de muitas figuras de linguagem, torna o poema mais direto e de fácil entendimento.

04 – Como a simplicidade da linguagem contribui para o impacto do poema?

      A simplicidade da linguagem torna o poema acessível e direto, permitindo que o leitor se conecte facilmente com as emoções e experiências descritas. Isso reforça a ideia de que os prazeres da vida podem ser encontrados nas coisas mais simples.

05 – Qual a importância do poema "Prazeres" nos dias atuais?

      Em um mundo muitas vezes dominado por preocupações e complexidades, o poema nos lembra da importância de valorizar os momentos simples e as pequenas alegrias da vida. Ele nos convida a cultivar um olhar apreciativo para o presente e a encontrar satisfação nas experiências cotidianas.

 

 

NOTÍCIA: OS LIMITES DA CIÊNCIA - AGÊNCIA FOLHA - COM GABARITO

 Notícia: OS LIMITES DA CIÊNCIA

 

        A clonagem completa de uma ovelha, obtida por cientistas de Edimburgo (Escócia), é um avanço de grande importância que não deve, em princípio, causar grandes preocupações. Em tese, a ciência já a previa. Entretanto, em termos éticos, implica inúmeros e seriíssimos questionamentos. Teoricamente, trata-se de um experimento que poderá, no futuro, ser aplicado de forma semelhante em seres humanos.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuZByLYjSjotd9n9syOVEHMMuZ4V5nHM959ZGY-yIdJWLPMZKkS8ctK-7ZO_O5S3iIEYMXgmJDaJ3na_u-Q_pBatBlHvIPgFGjMGNLTVPOzsTjh5tm9dXjl0hoZD_oAfe93hs64V5yyp0mD4Vh2jx21QrGH-p_1Ques13E2GDJKzQUXPCqutCAaKSMGOs/s1600/DOLY.jpg


        Para que servirá esse ser humano? Poderá ser um banco de órgãos, para ter uma vida normal? Poderá ser objeto de patente por alguma empresa? Essas e muitas outras perguntas relativas à bioética que poderiam ser levadas em consideração merecem ser analisadas em profundidade.

        A revolução na física ocorrida por volta dos anos 20, apesar de toda sua grandiosidade epistemológica, não suscitou maiores problemas éticos. A relatividade do tempo ou a mecânica quântica jamais se relacionaram à vida concreta das pessoas – pelo menos até onde elas saibam; no campo da engenharia genética, porém, a situação muda de figura.

        Limites acerca da manipulação genética, bebês de proveta, patenteamento de seres vivos e outros temas polêmicos que em potencial podem influir na vida de qualquer um estão hoje na ordem do dia em todo o mundo. Alguns países já chegaram a adotar legislações sobre o tema.

        O fato é que a ciência proporciona, a cada dia, mais técnicas ou tecnologias que influem na vida do cidadão. É igualmente certo que o avanço nas pesquisas está ocorrendo num ritmo muito mais acelerado do que a reflexão ética sobre a mesma.

        Não se pode, é claro, sob pena de incorrer em velhos erros do passado, conter a pesquisa científica. Mas existe uma diferença entre pesquisa e aplicação de novas técnicas. É justamente sobre isso que a sociedade deve discutir, em busca de uma definição sobre o que é ou não aceitável. Infelizmente, esse debate está, tanto no Brasil como na maior parte do mundo, ainda muito atrasado.

Reproduzido do jornal Folha de S. Paulo de 25/2/1997, (Seção Opinião), fornecido pela Agência Folha.

Fonte: Português – Novas Palavras – Ensino Médio – Emília Amaral; Mauro Ferreira; Ricardo Leite; Severino Antônio – Vol. Único – FTD – São Paulo – 2ª edição. 2003. p. 572.

Entendendo a notícia:

01 – Qual o principal avanço científico mencionado no texto e quais as preocupações éticas que ele levanta?

      O principal avanço é a clonagem de uma ovelha, realizada por cientistas em Edimburgo. As preocupações éticas giram em torno da possibilidade de aplicação da clonagem em seres humanos, levantando questões sobre a finalidade desses clones e seus direitos.

02 – Por que a clonagem levanta mais questões éticas do que os avanços na física, como a teoria da relatividade?

      Porque a clonagem e a engenharia genética têm implicações diretas na vida humana, enquanto os avanços na física, até então, não haviam se relacionado diretamente com a vida cotidiana das pessoas.

03 – Quais são alguns dos temas polêmicos relacionados à manipulação genética mencionados no texto?

      O texto menciona limites na manipulação genética, bebês de proveta e patenteamento de seres vivos.

04 – Qual a relação entre o avanço da pesquisa científica e a reflexão ética, de acordo com o texto?

      O texto aponta que o avanço das pesquisas científicas está ocorrendo em um ritmo muito mais rápido do que a reflexão ética sobre essas pesquisas.

05 – O que o autor sugere como forma de lidar com os dilemas éticos da ciência?

      O autor sugere que a sociedade deve promover um debate para definir o que é ou não aceitável em termos de aplicação de novas técnicas científicas.

06 – Qual a posição do autor em relação à contenção da pesquisa científica?

      O autor defende que a pesquisa científica não deve ser contida, para evitar erros do passado, mas que é necessário discutir e definir limites para a aplicação de novas técnicas.

07 – Como o autor avalia o debate sobre os limites da ciência no Brasil e no mundo?

      O autor considera que o debate está muito atrasado, tanto no Brasil quanto na maior parte do mundo.

 

 

NOTÍCIA: CHEGA-SE A MARTE, MAS NÃO SE CHEGA AO PRÓXIMO - (FRAGMENTO) - JOSÉ SARAMAGO - COM GABARITO

 Notícia: Chega-se a Marte, mas não se chega ao próximo – Fragmento

              José Saramago

        [...]

        Neste meio século não parece que os governos tenham feito pelos direitos humanos tudo aquilo a que moralmente estavam obrigados. As injustiças multiplicam-se, as desigualdades agravam-se, a ignorância cresce, a miséria alastra. A mesma esquizofrénica humanidade capaz de enviar instrumentos a um planeta para estudar a composição das suas rochas assiste indiferente à morte de milhões de pessoas pela fome. Chega-se mais facilmente a Marte do que ao nosso próprio semelhante.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicVNgE-3VGuRn8xU2TIiFbFAUGCN2ljkZ-jKEWrP_Efiup93-vpdwSQ7_nIR7XQsy8F40EnmZ6kBllE1HrG5UKYZeHJ6z8wxRThtR9vHa21SoAMlrwZ5D-dl2vsAeWf8csIVxFhG58BXEnjMRQNwRqFreupK-dxj_oiFjyAIgrHbGGKCryrpauewxejOY/s320/MARTE.jpg


        Alguém não anda a cumprir o seu dever. Não andam a cumpri-lo os governos, porque não sabem, porque não podem, ou porque não querem. Ou porque não lhe permitem aquelas que efetivamente governam o mundo, as empresas multinacionais e pluricontinentais cujo poder, absolutamente não democrático, reduziu a quase nada o que ainda restava do ideal da democracia. Mas também não estão a cumprir o seu dever os cidadãos que somos. Pensamos que nenhuns direitos humanos poderão subsistir sem a simetria dos deveres que lhes correspondem e que não é de esperar que os governos façam nos próximos 50 anos o que não fizeram nestes que comemoramos. Tomemos então, nós, cidadãos comuns, a palavra. Com a mesma veemência com que reivindicamos direitos, reivindiquemos também o dever dos nossos deveres. Talvez o mundo possa tornar-se um pouco melhor.

        [...]

Trecho do discurso de José Saramago ao receber o Prêmio Nobel de Literatura. In: Folha de S. Paulo, 11/12/1998.

Fonte: Português – Novas Palavras – Ensino Médio – Emília Amaral; Mauro Ferreira; Ricardo Leite; Severino Antônio – Vol. Único – FTD – São Paulo – 2ª edição. 2003. p. 566.

Entendendo a notícia:

01 – Qual a principal crítica de José Saramago em relação ao progresso da humanidade?

      Saramago critica a discrepância entre os avanços tecnológicos, como a exploração de Marte, e a incapacidade da humanidade de resolver problemas básicos como a fome e a desigualdade.

02 – Quem o autor responsabiliza pela falta de progresso nos direitos humanos?

      Saramago responsabiliza tanto os governos, por sua inação ou incapacidade, quanto as empresas multinacionais, por seu poder não democrático. Ele também inclui os cidadãos, por não exigirem seus direitos e deveres.

03 – Qual a relação entre direitos e deveres na visão de Saramago?

      Saramago defende que os direitos humanos só podem ser efetivos se forem acompanhados pelos deveres correspondentes, e que os cidadãos devem reivindicar ambos.

04 – O que o autor propõe como solução para melhorar o mundo?

      Saramago propõe que os cidadãos comuns tomem a iniciativa, reivindicando seus direitos e cumprindo seus deveres, para que o mundo possa se tornar um lugar melhor.

05 – Qual a metáfora usada para demonstrar a falta de compromisso com o ser humano?

      "Chega-se mais facilmente a Marte do que ao nosso próprio semelhante."

 

NOTÍCIA: NO MEIO DO SILÊNCIO - CARLOS HEITOR CONY - COM GABARITO

 Notícia: No meio do silêncio

             CARLOS HEITOR CONY

        Há muito que o Natal deixou de ser uma festa religiosa. No seu aspecto positivo, virou festa de congraçamento, sobretudo no seio da família, é a data em que todos voltam a comer juntos, ao menos um peru e uma rabanada. No aspecto negativo, é o grande festim do consumo, presidido por esse chato e mercadológico "Bom Velhinho", que seria tolerável num filme de Frank Capra.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWGC4WhV4NX2EfR0JQvW461n73KYIpPuaaH2wwakGln8FmHBlYcWFPLp7BxUOhzfMz9HomH56oB_W8eHMYkaLE_jIPdewpFwNQfTRiUKyA4PweOkcMEb11OpB33nOcg3GiT4xliUqtviCzIidNoUVeCzFrhZBeRirZaZV_o4BAW3R68kDX6EeiPHqDnls/s320/Ceia-de-natal-com-peru.jpg


        É uma pena. Porque o Natal, mesmo sem qualquer conotação religiosa, sem qualquer compromisso confessional, lembra uma antiga e inarredável aspiração humana: a de um Deus entre nós, com a nossa carne. E passa despercebida a beleza daquilo que Renan considerou "o mais belo drama pastoril da humanidade".

        Independente do dogma e da fé, é comovente a história daquela judiazinha de 15 anos que aceitou sem espanto o anúncio do anjo de que geraria um Deus. Daquele carpinteiro que de repente, sem aviso prévio, foi comunicado de que sua mulher geraria um Deus – e se tornou guardião da mulher e do menino.

        E os pastores que velavam na imensa noite do deserto viram falanges de anjos dando glória a Deus nas alturas e receberam o convite para ir ver o menino. E foram. O evangelista usa o verbo exato: "transeamus", vamos até Belém. Não adianta receber a mensagem e continuar na mesma. Ir é preciso.

        E tudo se passou no meio de um grande silêncio, "dum medium silentium". Somente no silêncio há espaço e tempo para ouvir a mensagem, para realizar o trânsito em direção ao novo, ao que acaba de ser revelado.

        E é nesse silêncio que curto o meu Natal, Natal ainda pagão, mas com pena de continuar pagão no meio de tanta luz que inundou a Lagoa. Espero a noite ir alta, quando todos estão dormindo profundamente. Não ouço nenhuma voz, não vejo nenhum anjo no céu. Mesmo assim, espero.

Carlos Heitor Cony. Reprodução do jornal Folha de S. Paulo de 25/12/1996, fornecido pela Agência Folha.

Fonte: Português – Novas Palavras – Ensino Médio – Emília Amaral; Mauro Ferreira; Ricardo Leite; Severino Antônio – Vol. Único – FTD – São Paulo – 2ª edição. 2003. p. 566.

Entendendo a notícia:

01 – Como Carlos Heitor Cony vê o Natal contemporâneo?

      Cony vê o Natal moderno como uma festa que perdeu seu caráter religioso, transformando-se em um evento de congraçamento familiar e, principalmente, em um grande festival de consumo, dominado pela figura comercial do "Bom Velhinho".

02 – Qual aspecto do Natal, segundo o autor, ainda preserva um valor significativo?

      Mesmo sem a conotação religiosa, Cony destaca a beleza da ideia de "um Deus entre nós", representando uma antiga aspiração humana.

03 – Quais personagens bíblicos são destacados na reflexão de Cony?

      Cony menciona Maria, a "judiazinha de 15 anos", José, o carpinteiro, e os pastores que receberam a visita dos anjos no deserto.

04 – Qual a importância do silêncio na mensagem do Natal, segundo o autor?

      O silêncio é essencial para ouvir a mensagem natalina e realizar a "transição" para o novo, para o que foi revelado.

05 – Como Cony descreve sua experiência pessoal do Natal?

      Cony descreve seu Natal como ainda "pagão", mas com um desejo de transcender essa condição. Ele espera a noite avançada, quando todos estão em silêncio, para refletir e esperar, mesmo sem ver anjos ou ouvir vozes.

06 – Qual a crítica de Carlos Heitor Cony sobre o natal?

      O autor faz uma crítica ao aspecto comercial do natal, presidido pelo "bom velhinho" e por um grande festim de consumo.

07 – O que significa a expressão "transeamus" utilizada pelo evangelista?

      A expressão "transeamus" significa "vamos até Belém", e o autor a usa para enfatizar que não basta receber a mensagem, é preciso agir e ir ao encontro do novo.

 

TEXTO: COMO AMAR UMA CRIANÇA - JANUSZ KORCZAK - COM GABARITO

 Texto: COMO AMAR UMA CRIANÇA

           Janusz Korczak

        A criança que você pôs no mundo pesa 10 libras. É feita com oito libras de água e um punhado de carbono, cálcio, azoto, sulfato, fósforo, potássio e ferro. Você deu à luz a oito libras de água e a duas libras de cinzas. Assim cada gota de seu filho era o vapor da nuvem, o cristal da neve, da bruma, do orvalho, da água da nascente e da lama de um esgoto. Milhões de combinações possíveis de cada átomo de carbono ou de azoto.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2iYyOzmD_hb4cy4Dhl-UPnCJ4pLhukMiwsJG5neHkWqlKSAriZtLKqSlfCg33Etqj-aULRRuGrY3Ft1Q4YvZ3PuZFGK7IRhNTI3SLJ84PHYldzBXqbbctQnXaJgXlOwT7Gfh6Fp5Ym7GEFWBlaavSUjON77jnRyRoMKf7MRbnCE5Y5iAS6Vuil84jqRg/s320/dia-das-criancas-desenho7.png


        Você apenas reuniu o que já existia.

        Olhe a Terra suspensa no infinito.

        O Sol, seu próximo companheiro, está a 50 milhões de milhas.

        Nosso pequeno planeta não é mais que 3.000 milhas de fogo recoberto por uma película que tem apenas dez milhas.

        Sobre essa fina película, um punhado de continentes jogados entre os oceanos.

        Sobre esses continentes, no meio das árvores, arbustos, pássaros e animais – o ruído dos homens.

        Entre estes milhões de homens, está você, que deu à luz a um homem a mais. O que é ele? Um galinho, uma poeira – um nada.

        É tão frágil que uma bactéria pode matá-lo; uma bactéria que aumentada mil vezes é apenas um ponto no campo visual.

        Mas este nada é irmão das vagas do mar, do vento, do relâmpago, do Sol, da Via Láctea. Este grão de poeira é irmão da espiga do milho, da relva, do carvalho, da palmeira, irmão de um passarinho, do filhote de leão, de um potrinho, de um cãozinho.

        Neste nada há qualquer coisa que sente, deseja, observa; que sofre e que odeia; que é feliz e que ama; que tem confiança e que duvida; que acolhe e que rejeita.

        Este grão de poeira encerra o seu pensamento as estrelas e os oceanos, as montanhas e os precipícios. E o que é a essência da alma senão todo o Universo, faltando apenas as suas dimensões.

        É esta a contradição inerente ao ser humano: nascido de um quase nada, Deus está nele.

Janusz Korczak. Como amar uma criança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984.

Fonte: Português – Novas Palavras – Ensino Médio – Emília Amaral; Mauro Ferreira; Ricardo Leite; Severino Antônio – Vol. Único – FTD – São Paulo – 2ª edição. 2003. p. 564-565.

Entendendo o texto:

01 – Qual a composição básica de um bebê recém-nascido, segundo o autor?

      O bebê é composto principalmente de água (oito libras) e uma mistura de elementos como carbono, cálcio, azoto, sulfato, fósforo, potássio e ferro (duas libras de cinzas).

02 – Como o autor descreve a vastidão do universo em relação à Terra e aos seres humanos?

      O autor destaca a pequenez da Terra e dos seres humanos em comparação com a imensidão do universo, enfatizando a fragilidade da vida humana.

03 – Qual a aparente contradição que o autor destaca na natureza humana?

      A contradição está em como um ser humano, que nasce de "um quase nada" e é extremamente frágil, carrega dentro de si a essência do universo e até mesmo de Deus.

04 – O que o autor quer dizer ao afirmar que "a essência da alma (humana) senão todo o universo, faltando apenas as suas dimensões"?

      Ele quer dizer que, apesar de sermos pequenos e frágeis, carregamos em nós a capacidade de sentir, pensar e experienciar o mundo de forma profunda e complexa, tal como o universo em sua totalidade.

05 – Qual a analogia utilizada pelo autor para ilustrar a relação do ser humano com os elementos da natureza?

      O autor utiliza a analogia de que o ser humano é "irmão das vagas do mar, do vento, do relâmpago, do Sol, da Via Láctea", destacando a conexão intrínseca entre os seres humanos e o mundo natural.

06 – Como o autor descreve a fragilidade da vida humana?

      O autor descreve a fragilidade da vida humana ao mencionar que "uma bactéria pode matá-lo; uma bactéria que aumentada mil vezes é apenas um ponto no campo visual".

07 – O que o autor enfatiza sobre a capacidade de sentir e experienciar do ser humano?

      O autor enfatiza que, apesar de sua pequenez, o ser humano é capaz de sentir, desejar, observar, sofrer, odiar, ser feliz, amar, ter confiança e duvidar, acolher e rejeitar.