sexta-feira, 15 de outubro de 2021

REPORTAGEM: REDUTO DE DIFAMAÇÃO NA WEB, SECRET FAZ VÍTIMAS EM LONDRINA - TATIANE SALVÁTICO - COM GABARITO

 Reportagem: Reduto de difamação na web, Secret faz vítimas em Londrina

              Apesar de não ter recebido denúncias formais, Polícia Civil afirma que adolescentes são o principal alvo do aplicativo. Diante da situação, escolas discutem e orientam sobre uso do app com alunos

        Disponível no Brasil desde maio deste ano, o aplicativo Secret começa a fazer as primeiras vítimas em Londrina. De acordo com os usuários ouvidos pelo JL, as difamações ganharam força em agosto, especialmente entre adolescentes da cidade. Até a tarde desta terça-feira (12), a Polícia Civil não havia registrado denúncias formais que envolvam o aplicativo na cidade. “Mas alguns colégios particulares já nos procuraram para receber orientações e repassar aos alunos”, conta o investigador-chefe da 10ª Subdivisão de Polícia Civil, Márcio Ilkiu.

        Diante da popularidade do app, algumas escolas e professores já se adiantaram e levaram a discussão sobre o uso do aplicativo para a sala de aula. O professor Nilson Castilho, do Colégio Marista de Londrina, conta que discute em meio à disciplina de Língua Portuguesa a tecnologia disponível do dia a dia dos alunos.

        “Quando comecei a receber relatos sobre o Secret preparei uma aula para gente debater o aplicativo. O ponto principal foi reforçar para os alunos que por mais que o aplicativo assegure o anonimato, não existe identidade preservada na internet. A partir do momento que você se cadastra, oferece seus dados para o administrador”, lembra o professor.

       A estudante Camilla Carine, de 15 anos, conta que é usuária do Secret, mas que, até agora, não foi citada no aplicativo. No entanto, Camilla afirma que algumas de suas amigas já foram vítimas dos comentários que circulam pela internet. “Conheço pessoas vítimas de cyberbullying diferentes. Tem desde vítimas de mentiras até amigas que tiveram fotos nuas divulgadas no aplicativo.”

        Márcio Ilkiu pontua que assim como em situações anteriores, os adolescentes são as principais vítimas da difamação on-line. “No começo do ano tivemos aquele problema das selfies e agora esse Secret. Não temos estatísticas sobre isso, mas novamente observamos que esta faixa etária é a mais afetada.”

        A professora e coordenadora Márcia Chireia defende que apesar de, aparentemente, as meninas serem as mais afetadas pela difamação na internet, a questão atinge a todos. “Existem casos que focam na sexualidade ou na aparência desses adolescentes. De qualquer forma, ofende e muito.”

        Márcia pontua que a escola e os pais devem manter o trabalho contínuo de conscientização dos riscos oferecidos na rede. “Por mais que esses adolescentes vivam conectados parece que eles ainda não entenderam a proporção da internet, que é a rede mundial de computadores. Fazer uma foto sensual não é uma questão que vai ficar entre quatro paredes, mas algo que pode se incansavelmente divulgado.”

        Para o professor Castilho, o acesso fácil e abundante dos adolescentes aos aplicativos é o principal motivo para que eles sejam vítimas frequentes da difamação on-line. Ele defende que além da própria escola, os pais devem estar atentos aos aplicativos utilizados pelos filhos. “Os pais têm que se informar sobre o conteúdo dos aplicativos para poder instruir os filhos sobre o uso dessa tecnologia. Se o pai desconhece a finalidade dos aplicativos, não conseguem estabelecer uma política clara de uso para os adolescentes”, opina.

        Cyberbullying pode ser pior que o bullying “real”, diz psicóloga

        Mariana*, de 16 anos, de Porto Alegre, ficou sabendo por intermédio de amigos que o tamanho do seu nariz tinha virado assunto no aplicativo Secret. “Fiquei chocada. Me senti mal. Minha autoestima já é baixa. É uma covardia, uma agressão”, relata a adolescente.

        Psicóloga do Grupo de Estudos Sobre Adições Tecnológicas e do Centro de Estudos, Atendimento e Pesquisa da Infância e Adolescência, Aline Restano destaca que essa fase do desenvolvimento é marcada pela impulsividade. Ainda em formação, muitas vezes o jovem age sem pensar, o que na internet pode ter consequências imprevisíveis.

        “O cyberbullying é considerado pior do que o bullying ‘real’ porque as vítimas têm a sensação de que todo mundo sabe, não adianta mudar de escola ou cidade para ter uma nova chance. O impacto é muito maior. Algumas se isolam, têm depressão ou até se suicidam”, alerta Aline.

        Superexposição

        Entusiasta das redes sociais por fortalecerem os laços entre famílias e escola, o professor de Filosofia Betover Santos costuma debater os riscos da superexposição. Recentemente, aproveitou conceitos previstos no plano de aula da disciplina, como ética e moral, para orientar turmas de Ensino Médio sobre o comportamento on-line.

        “Quais as consequências daquilo que torno público? Tudo no mundo virtual, mesmo que anônimo, possui implicações morais e éticas. As redes exigem uma relação de zelo, cuidado, reciprocidade. Posso postar qualquer coisa, mas isso está passível de inúmeras interpretações. Qual o limite do que posso tornar público? O que ainda precisa permanecer no privado? Quanto mais idôneo, consciente, racional eu for, melhor será o uso da internet na minha vida”, analisa o professor de Filosofia.

     SALVÁTICO, Tatiane. Reduto de difamação na web, Secret faz vítimas em Londrina. Gazeta do Povo, 19 ago. 2014.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 208-210.

Entendendo a reportagem:

01 – Uma reportagem ou matéria jornalística deve ser importante para o público a que se destina, envolvendo-o, informando-o e, muitas vezes, convencendo-o de algo. Para isso, apresenta exemplos ou depoimentos que podem dar credibilidade ao que é informado.

a)   Qual é o tema da reportagem lida?

         O uso do aplicativo Secret.

b)   O tema da reportagem relaciona-se ao público adolescente. A linguagem utilizada no texto também é destinada a esse público? Explique.

Não. Espera-se que o aluno perceba que, apesar de o tema da reportagem relacionar-se ao público adolescente, a linguagem do texto é voltada ao público adulto.

c)   De modo geral, qual é o objetivo dessa reportagem?

Convencer o leitor de que o aplicativo Secret é uma ferramenta de difamação.

d)   Na reportagem, aparecem depoimentos de um policial, de uma psicóloga e de alguns professores. Com que intenção o discurso deles foi usado?

Os depoimentos foram usados para embasar ou dar validade ao que é dito sobre o aplicativo, conferindo credibilidade à matéria.

02 – O título da reportagem afirma que o aplicativo Secret fez vítimas em Londrina. Essa afirmação é confirmada no primeiro parágrafo do texto? Explique.

      Ela não é confirmada. Ao contrário, no primeiro parágrafo afirma-se que a Polícia Civil não havia registrado denúncias formais na cidade que envolvessem o aplicativo.

03 – Segundo o texto, o que levou as escolas a discutirem e orientarem os alunos sobre o uso do aplicativo?

      O fato de os adolescentes serem o principal alvo de difamação.

04 – De acordo com o professor Nilson Castilho, por que os adolescentes são as principais vítimas de difamação on-line?

      De acordo com o professor, os adolescentes têm acesso abundante aos aplicativos e isso os torna mais passíveis de serem vítimas de tais difamações.

 05 – Em uma reportagem, é muito comum haver entretítulos, ou seja, títulos que separam as informações e ajudam o leitor a organizar sua leitura. Releia o texto que acompanha o entretítulo “Cyberbullying pode ser pior que o bullying ‘real’, diz psicóloga”. De que forma o texto justifica a informação trazida pelo entretítulo?

      O texto mostra que o cyberbullying é pior que o bullying real porque a vítima tem a sensação de que todo mundo sabe sobre seu problema, o que faz com que se sinta ainda mais humilhada.

06 – Releia o trecho a seguir:

        Márcia pontua que a escola e os pais devem manter o trabalho contínuo de conscientização dos riscos oferecidos na rede. “Por mais que esses adolescentes vivam conectados, parece que eles ainda não entenderam a proporção da internet, que é uma rede mundial. Fazer uma foto sensual não é uma questão que vai ficar entre quatro paredes, mas algo que pode ser incansavelmente divulgado.”

a)   De acordo com o trecho, por que a escola e os pais devem conscientizar os adolescentes sobre os riscos oferecidos pela rede?

Porque os adolescentes parecem não ter consciência da proporção da internet, eles parecem desconhecer os riscos da exposição.

b)   A opinião de Márcia confirma ou contradiz o que é exposto no texto que acompanha o entretítulo “Superexposição”? Explique.

Essa opinião confirma o que é dito no texto que acompanha o entretítulo “Superexposição”, porque ambos deixam claro o perigo de se expor demais.

07 – O que é cyberbullying?

      É o bullying, um crime, que envolve a internet.

08 – Releia as perguntas feitas pelo professor Betover Santos:

“Quais as consequências daquilo que torno público? [...]”

“Qual o limite do que posso tornar público? [...]”

“O que ainda precisa permanecer no privado?”

·        Como você as responderia?

Resposta pessoal do aluno.

 

 

NOTÍCIA: MPT FAZ CAMPANHA NO CARNAVAL CONTRA O TRABALHO INFANTIL - CRISTINA INDIO DO BRASIL - COM GABARITO

 Notícia: MPT faz campanha no Carnaval contra o trabalho infantil

Por Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil –

Rio de Janeiro – Edição: Aécio Amado

https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=947316&o=nodehttps://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=947316&o=node        Com o slogan “Trabalho infantil não é legal”, o Ministério Público do Trabalho (MPT) fará campanha no Rio de Janeiro, na Bahia, em Pernambuco e São Paulo, estados com grande presença de foliões no carnaval, para combater o trabalho infantil. A campanha, que será feita até o dia 28 de fevereiro, chama a atenção da sociedade para a responsabilidade de cada um na luta contra a exploração de crianças e adolescentes, e, ainda, para os males causados pelo trabalho infantil, prática que, de acordo com o MPT, é cada vez mais recorrente em grandes eventos.

        As peças de propaganda mostrarão crianças em atividades do dia a dia, como engraxate, limpador de para-brisas ou vendedor de doces e terão como destaque a expressão “Não Compro”. A intenção do MPT é alertar as pessoas que adquirir esses serviços contribui para incentivar a violação dos direitos de crianças e adolescentes.
 
        Para a procuradora do trabalho Sueli Teixeira Bessa, a ideia é usar a informação para mudar a cultura da sociedade em relação à aceitação da prática. “[Queremos] alertar sobre a importância de cada cidadão, e não apenas das autoridades, para erradicação desse tipo de violação, inclusive por ocasião de grandes eventos, como o carnaval”, disse a procuradora que é representante da Coordenadoria de Combate à Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes do MPT no Rio de Janeiro.

        Na capital fluminense, locais de grande circulação, como o Aeroporto Santos Dumont, a Central do Brasil, totens, paradas de ônibus e bancas de jornais do centro da cidade, receberam painéis da campanha, que vai usar ainda inserções em rádio e no Facebook.

        Os recursos para isso saíram de multas aplicadas a empresas por descumprimento de termo de ajuste de conduta firmado com o MPT e em ação civil pública proposta pelo órgão. A Constituição Federal proíbe qualquer tipo de trabalho para menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos. Também é vedada o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos.

        O MPT citou que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2013 indicou que, apesar da queda de 12,3% registrada em relação ao ano anterior, ainda existiam 3,1 milhões crianças e jovens entre 5 anos e 17 anos trabalhando no Brasil. Do total, 486 mil tinham menos de 13 anos. Já os dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontaram168 milhões de crianças no mundo em alguma atividade de trabalho. O número corresponde a 11% da população infantil.

BRASIL, Cristina Indio do. MPT faz campanha no Carnaval contra o trabalho infantil. Agência Brasil on-line, 12 fev. 2015. Disponível em: http://agenciabrasil,ebc.com.br/geral/noticia/2015/mpt-faz-campanha-no-carnaval-contra-o-trabalho-infantil. Acesso em: 15 fev. 2015.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 206-7.

Entendendo a notícia:

01 – Observe atentamente o texto, sua forma de apresentação e a indicação de fonte e responda: Em qual veículo ou suporte essa notícia foi publicada originalmente? Como você concluiu isso?

      Originalmente, a notícia foi publicada no site de notícias Agência Brasil. O texto não é muito longo, os parágrafos são curtos e separados por um espaçamento. Não há colunas como em um jornal impresso. Logo abaixo do título, há a data, o horário e o local da publicação. 

02 – Identifique na notícia as informações que respondem às perguntas a seguir e anote-as em seu caderno:

a)   Quem?

O Ministério Público do Trabalho (MPT).

b)   O quê?

Fará campanha contra o trabalho infantil.

c)   Quando?

No Carnaval.

d)   Onde?

Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.

e)   Por que ou para quê?

Para chamar a atenção da sociedade para a responsabilidade de cada um na luta contra a exploração de crianças e adolescentes e para os males causados pelo trabalho infantil.

 

03 – Elabore uma linha-fina para essa notícia.

      Resposta pessoal do aluno.

CARTAZ: CAMPANHA MATA A INFÂNCIA - MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO -RS - COM GABARITO

 Cartaz: Campanha Mata a infância


Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNW2wDx7PiQuRgiZyW08EuMY1VY8VRHRUdQ0T9JcajYLttx15lB-ajOyTJRikZHPEllwG3Xhn6YI8rN9UpnbdC6QONAKY6opUdi27L1kzl9M-FHv_GKP8-JRopP-HJQPXBTHs2UmM8Hes/s225/mata.jpg

Campanha Quem emprega crianças mata a infância. Ministério Público do Trabalho, RS.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 198-9.

Entendendo o cartaz:

01 – Qual é o objetivo desse texto?

      Manifestar-se contra o trabalho infantil, envolvendo o leitor nessa causa.

02 – Sobre as imagens que compõem o cartaz, responda:

a)   Que ambiente é usado como cenário do cartaz?

Uma cozinha.

b)   Que detalhes da imagem confirmam sua resposta anterior?

Ao fundo observam-se armários e, em primeiro plano, há uma torneira, indicando uma pia de cozinha, cheia de louças a serem lavadas.

c)   Que elementos da imagem estão diretamente associados à infância?

Um ursinho de pelúcia e alguns utensílios domésticos de brinquedo, como xícaras, panelinhas e pratinhos.

d)   Qual pode ter sido a intenção de associar elementos que remetem à infância ao ambiente usado como cenário do cartaz?

Espera-se que o aluno perceba que a intenção é mostrar que o trabalho doméstico prejudica a infância.

e)   Em sua opinião, por que o ursinho de pelúcia está com os olhos tapados por esparadrapos?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Uma forma de representar a privação da infância provocada pelo trabalho infantil.

03 – Releia o texto que aparece no cartaz:

        “Quem emprega crianças mata a infância.”

a)   Em que sentido a forma verbal “mata” foi empregada no texto?

No sentido de retirar, de privar, de não permitir que a criança viva a sua infância plenamente.

b)   Qual é a importância da frase para a compreensão da imagem?

A frase colabora para que o objetivo do cartaz seja alcançado, ela esclarece o que está sendo representado na imagem.

04 – Você acha que as imagens utilizadas no cartaz contribuíram para que a campanha alcançasse seu objetivo?

      Resposta pessoal do aluno. Espera-se que o aluno responda que sim e perceba que as imagens causam impacto, têm caráter apelativo e sugerem que infância e trabalhos domésticos não devem se misturar.

05 – Em sua opinião, que prejuízos o trabalho infantil traz às crianças e adolescentes que o praticam?

      Resposta pessoal do aluno. Professor, discuta com os alunos o fato de que o trabalho infantil prejudica o desenvolvimento psicológico, físico, emocional, intelectual e social da criança e do adolescente. Além da perda de direitos básicos, como educação e lazer, as crianças e adolescentes que trabalham costumam ter outros problemas, como fadiga excessiva, distúrbios do sono, irritabilidade, alergias e problemas respiratórios. Trabalhos que exigem esforço físico extremo podem prejudicar o crescimento, ocasionar lesões na coluna e produzir deformidades. Além disso, os impactos psicológicos também são consideráveis, especialmente na capacidade de aprendizagem, no relacionamento interpessoal e na autoestima. 

06 – O texto mostra que dar emprego a uma criança é uma forma de matar a infância. Em sua opinião, de que outras formas a infância pode ser destruída?

      Infelizmente, as crianças e adolescentes ainda são vítimas dos mais diversos abusos, sejam eles físicos, sexuais ou emocionais. Entre as formas de agressão à criança e ao adolescente estão a exploração sexual, o tráfico humano, o recrutamento para o crime, o abandono etc.

07 – Que consequências a destruição da infância pode acarretar para a sociedade?

      Resposta pessoal do aluno. Professor, discuta com os alunos algumas das consequências políticas, econômicas e sociais do trabalho infantil. As crianças e adolescentes que trabalham tendem a abandonar a escola ou apresentam desempenho abaixo do esperado, o que gera cidadãos menos conscientes e preparados para ingressar no mercado de trabalho e fazer parte da vida em sociedade, alimentando o ciclo da pobreza e da desigualdade. 

08 – Por qual nome é conhecido esse conjunto de leis?

      ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Professor, seria interessante discutir com os alunos algumas características desse conjunto de leis enquanto gênero textual.

09 – Faça uma pesquisa e identifique quais artigos desse conjunto de leis proíbem o trabalho infantil.

      O artigo 60 do capítulo V, que afirma que “É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz”. Professor, leia com os alunos também os artigos 61 a 69, que se referem ao direito à profissionalização e à proteção no trabalho.  

10 – Podemos dizer que esse conjunto de leis é totalmente respeitado em nosso país? Por quê?

      Espera-se que os alunos percebam que não, pois ainda há muitas crianças e adolescentes que não contam com a proteção integral que deveria ser assegurada pelo ECA.

 





CONTO: O PÉ DO DIABO(FRAGMENTO) - ARTHUR CONAN DOYLE - COM GABARITO

 CONTO: O pé do diabo

          Arthur Conan Doyle

        [...]

        Foi na primavera de 1897 que a constituição férrea de Holmes mostrou alguns sintomas de esgotamento em face do trabalho árduo e constante de um tipo extremamente opressivo, agravado, talvez, por imprudências ocasionais dele próprio. Em março daquele ano, o Dr. Moore Agar, de Harley Street, cuja dramática apresentação a Holmes posso contar algum dia, ordenou expressamente que o famoso agente particular abandonasse todos os seus casos e se entregasse a um completo repouso se desejasse evitar um colapso total. O estado de sua saúde não era um assunto que despertasse nele próprio o mais leve interesse, pois seu alheamento mental era absoluto, mas finalmente ele foi induzido, sob a ameaça de ficar permanentemente incapacitado para o trabalho, a se proporcionar uma mudança completa de cenário e ares. Foi assim que, no início da primavera daquele ano, encontramo-nos juntos num pequeno chalé perto de Poldhu Bay, na extremidade da península córnica.

        Era um local singular e peculiarmente adequado ao humor soturno de meu paciente. Das janelas de nossa casinha caiada, no alto de um promontório relvado, contemplávamos todo o sinistro semicírculo da Mounts Bay, aquela antiga armadilha mortal para veleiros, com sua orla de penhascos negros e recifes traiçoeiros, em que muitos homens do mar haviam perdido a vida. Sob uma brisa norte, a baía parecia plácida e abrigada, convidando a embarcação sacudida pela tempestade a entrar em busca de descanso e proteção. Começa então o súbito redemoinho do vento, o vendaval furioso do sudoeste, a âncora pesada, a praia ao abrigo do vento e a última batalha nos vagalhões espumantes. O marinheiro sensato permanece longe desse lugar funesto.

        [...] O encanto e o mistério do lugar, com sua atmosfera sinistra de nações esquecidas, falavam à imaginação do meu amigo, e ele passava grande parte de seu tempo na charneca, em longas caminhadas e solitárias meditações [...], quando de repente, para meu pesar e seu genuíno deleite, encontramo-nos, mesmo naquela terra de sonhos e em nossa própria porta, mergulhados em um problema que parecia mais intenso, mais absorvente e infinitamente mais misterioso que qualquer um dos que nos haviam afastado de Londres. Nossa vida simples, nossa rotina pacata e saudável foram violentamente interrompidas e vimo-nos lançados no meio de uma série de eventos que causaram a mais extrema comoção não apenas na Cornualha, mas em todo o oeste da Inglaterra. Muitos de meus leitores talvez guardem alguma lembrança do que foi chamado na época de “o horror córnico”, embora só um relato extremamente imperfeito do assunto tenha chegado à imprensa de Londres. Agora, passados treze anos, darei ao público os verdadeiros detalhes desse caso inconcebível.

        Como eu disse, as torres espalhadas assinalavam as aldeias que pontilhavam essa parte da Cornualha. A mais próxima delas era o pequeno povoado de Tredannick Wartha, onde as cabanas de uns duzentos habitantes se agrupavam em torno de uma igreja antiga, coberta de musgo. O vigário da paróquia, Mr. Roundhay, era uma espécie de arqueólogo e por isso Holmes travara conhecimento com ele. Era um homem de meia-idade, corpulento e afável, com grande conhecimento das tradições e crenças populares do lugar. A seu convite, havíamos tomado chá no presbitério e conhecêramos também Mr. Mortimer Tregennis, um cavalheiro independente que aumentava os parcos recursos do sacerdote alugando aposentos em sua casa ampla e espalhada. O vigário, sendo um solteirão, apreciava muito esse marmanjo, embora tivesse pouco em comum com seu inquilino, um homem magro, moreno e de óculos, tão encurvado que parecia ter uma deformidade física real. Lembro-me de que, durante nossa curta visita, o vigário nos pareceu loquaz, mas seu inquilino mostrou-se estranhamente reticente, um homem tristonho, introspectivo, que mantinha os olhos desviados de nós, aparentemente ruminando seus próprios negócios.

        Estes foram os dois homens que entraram abruptamente em nossa salinha de estar na terça-feira, 16 de março, pouco depois de tomarmos o desjejum, quando fumávamos juntos, preparando-nos para nossa excursão diária pela charneca.

        “Mr. Holmes”, disse o vigário, alvoroçado, “o fato mais extraordinário e trágico aconteceu durante a noite. É uma história das mais inauditas. Só podemos considerar uma Providência especial que o senhor esteja por acaso aqui neste momento, pois é em toda a Inglaterra o único homem de que precisamos.”

        Fuzilei o importuno vigário com os olhos; Holmes, porém, tirou os cachimbos dos lábios e empertigou-se em sua cadeira como um velho cão de caça que ouve as trombetas. Indicou-lhe o sofá com um gesto, e nosso trêmulo visitante e seu agitado companheiro sentaram-se nele, lado a lado. Mr. Mortimer Tregennis estava mais controlado que o clérigo, mas as contrações de suas mãos e o brilho de seus olhos escuros mostravam que os dois partilhavam a mesma emoção.

        “Quem fala, eu ou o senhor?”, perguntou ele ao vigário.

        “Bem, como o senhor parece ter feito a descoberta, seja ela qual for, e o vigário teve conhecimento dela em segunda mão, talvez seja melhor que fale”, disse Holmes.

        Dei uma olhadela no clérigo vestido às pressas, com o inquilino formalmente vestido sentado a seu lado, e diverti-me com a surpresa que a dedução simples de Holmes produziu em seus semblantes.

        “Talvez seja melhor eu dizer algumas palavras primeiro”, disse o vigário, “depois o senhor poderá decidir se ouvirá os detalhes de Mr. Tregennis, ou se não deveríamos ir depressa, imediatamente, para o cenário desse misterioso acontecimento. Posso explicar, então, que nosso amigo aqui passou o serão, ontem à noite, na companhia de seus dois irmãos, Owen e George, e de sua irmã Brenda, em Tredannick Wartha, a casa deles, que fica perto da velha cruz de pedra na charneca. Ele os deixou, pouco depois das dez horas, jogando cartas em volta da mesa de jantar, em excelente saúde e humor. Costuma acordar cedo, e esta manhã caminhou naquela direção antes do desjejum e foi alcançado pela carruagem do Dr. Richards, que lhe explicou que acabara de receber um chamado de extrema urgência de Tredannick Wartha. Ao chegar à casa, ele encontrou um estado de coisas extraordinário. Seus dois irmãos e a irmã estavam sentados em volta da mesa, exatamente como os deixara, as cartas ainda espalhadas diante deles e as velas queimadas até os bocais. A irmã estava reclinada em sua cadeira, morta, enquanto os dois irmãos, sentados um de cada lado dela, riam, gritavam e cantavam, inteiramente fora de si. Todos três, a mulher morta e os dois dementes, conservavam no rosto uma expressão do mais intenso horror – uma convulsão de terror que era horrível de se ver. Não havia sinal da presença de ninguém na casa, exceto Mrs. Porter, a velha cozinheira e governanta, que declarou que havia dormido profundamente e não ouvira nenhum som durante a noite. Nada fora roubado ou desarrumado, e não há absolutamente nenhuma explicação de qual pode ter sido o horror que matou uma mulher de susto e tirou dois homens fortes de seu juízo. Esta, em resumo, é a situação, Mr. Holmes, e se puder nos auxiliar a elucidá-la terá feito um grande trabalho”. [...]

                         DOYLE, Arthur Conan. O pé do diabo. O último adeus de Sherlock Holmes. Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 181-4.

Entendendo o texto:

01 – Como você já sabe, quem narra as aventuras de Sherlock Holmes é seu fiel amigo, Watson, também personagem da história. Trata-se, portanto, de um narrador-personagem. Copie em seu caderno o único trecho que não apresenta as marcas textuais que comprovam a existência de um narrador-personagem.

a)   “Foi na primavera de 1897 que a constituição férrea de Holmes mostrou alguns sintomas de esgotamento em face do trabalho árduo e constante de um tipo extremamente opressivo, agravado, talvez, por imprudências ocasionais dele próprio.”

b)   “Foi assim que, no início da primavera daquele ano, encontramo-nos juntos num pequeno chalé perto de Poldhu Bay, na extremidade da península córnica.”

c)   “Era um local singular e peculiarmente adequado ao humor soturno de meu paciente. Das janelas de nossa casinha caiada, no alto de um promontório relvado, contemplávamos todo o sinistro semicírculo da Mounts Bay [...]”.

d)   “Como eu disse, as torres espalhadas assinalavam as aldeias que pontilhavam essa parte da Cornualha.”

02 – Por que Holmes saiu de Londres e se mudou temporariamente para um vilarejo distante?

      Porque começou a mostrar sinais de esgotamento diante do trabalho árduo e constante, e seu médico, o Dr. Moore Agar, recomendou-lhe repouso completo para evitar um colapso.

03 – Releia o trecho a seguir e observe a expressão destacada:

        “[...] O encanto e o mistério do lugar, com sua atmosfera sinistra de nações esquecidas, falavam à imaginação do meu amigo, e ele passava grande parte de seu tempo na charneca, em longas caminhadas e solitárias meditações [...], quando de repente, para meu pesar e seu genuíno deleite, encontramo-nos, mesmo naquela terra de sonhos e em nossa própria porta, mergulhados em um problema que parecia mais intenso, mais absorvente e infinitamente mais misterioso que qualquer um dos que nos haviam afastado de Londres.”

·        Por que Watson ficou aborrecido ao perceber que estavam diante de uma situação tão intrigante?

Watson sabia que Holmes, contrariando as ordens médicas, não resistiria ao desafio de desvendar o mistério.

04 – Explique resumidamente qual é o mistério a ser desvendado nessa narrativa de enigma.

      Desvendar o que pode ter provocado a morte da irmã de Mr. Tregennis e horrorizado tanto seus irmãos a ponto de deixá-los fora de si.

05 – Releia este trecho descritivo do texto:

        “Era um local singular e peculiarmente adequado ao humor soturno de meu paciente. Das janelas de nossa casinha caiada, no alto de um promontório relvado, contemplávamos todo o sinistro semicírculo da Mounts Bay, aquela antiga armadilha mortal para veleiros, com sua orla de penhascos negros e recifes traiçoeiros, em que muitos homens do mar haviam perdido a vida. Sob uma brisa norte, a baía parecia plácida e abrigada, convidando a embarcação sacudida pela tempestade a entrar em busca de descanso e proteção. Começa então o súbito redemoinho do vento, o vendaval furioso do sudoeste, a âncora pesada, a praia ao abrigo do vento e a última batalha nos vagalhões espumantes. O marinheiro sensato permanece longe desse lugar funesto.

·        Em seu caderno, transcreva as palavras ou expressões utilizadas para caracterizar os seguintes elementos destacados no trecho:

A casinha – caiada.

A armadilha – antiga e mortal para veleiros.

A âncora – pesada.

O promontório – relvado.

Os penhascos – negros.

O lugar – funesto.

O semicírculo da baía Mounts Bay – sinistro.

Os recifes – traiçoeiros.

O redemoinho de vento – súbito.

O vendaval – furioso.

06 – A que classe gramatical pertencem as palavras e expressões que você transcreveu?

      À classe dos adjetivos e das locuções adjetivas.

07 – Em sua opinião, qual pode ter sido a intenção do autor ao usar essas palavras e expressões para caracterizar os elementos que compõem a cena?

      Resposta pessoal do aluno. Espera-se que o aluno perceba que a escolha dos adjetivos e das locuções adjetivas contribui para o envolvimento do leitor em um clima de mistério, confirmando o fato de o caso ser “infinitamente misterioso” e, assim, despertando sua curiosidade.

 

ROMANCE: A NUVEM(FRAGMENTO) - GUDRUN PAUSEWANG - COM GABARITO

 Romance: A nuvem (fragmento)

     […]

        – Vamos embora sozinhos! – disse Janna-Berta com determinação. – De bicicleta.

        Um sorriso iluminou o rosto de Uli. Adorava andar de bicicleta. Janna-Berta ordenou que ele buscasse a sacola de plástico com as roupas no porão e vestisse sua jaqueta. […] Já conformada com a ideia de que Uli não sairia de casa sem ele, autorizou o urso de pelúcia que ele segurava decididamente nos braços. Fechou rapidamente a porta do terraço, pegou sua jaqueta e saiu de casa com Uli. Pediu que ele se apressasse.

        Desceram correndo a escada e tiraram suas bicicletas da garagem. Janna-Berta prendeu a sacola de plástico, o urso e a jaqueta na garupa de Uli. Na dela, colocou a mochila e em seguida partiram.

        […]

        Passando as últimas casas, chegaram a uma linha férrea que se encontrava num elevado paralelo à estrada nacional para Bad Hersfeld. Uma trilha estreita margeava o elevado. Janna-Berta decidiu tomar aquele caminho. Já que ele era estreito demais para os carros, eles o tinham todo para si.

        […]

        O caminho ficava cada vez mais estreito. Dos dois lados a vegetação quase se fechava, batendo no rosto de Uli. Os últimos rastros do caminho perdiam-se num pasto.

        Uli chorava e Janna-Berta também sentia dificuldades em segurar as lágrimas. Desceram das bicicletas, deixando-as cair no chão. Janna-Berta arrependia-se por não terem ido com os Jordan. Uli agarrou-se a ela e Janna-Berta o abraçou. E agora? Voltar à aldeia e procurar um outro caminho para o norte?

        Já eram quase três horas.

        De repente escutaram motores vindo de trás do elevado. Levantaram as bicicletas e arrastaram- -nas para cima do elevado. Janna-Berta tropeçou e caiu escorregando para baixo. Uli foi o primeiro a chegar ao topo.

        – Janna-Berta – gritou agitado –, lá embaixo tem um caminho ótimo, tão bom quanto uma estrada!

        Ela empurrou a bicicleta para cima do elevado. Viu Uli do outro lado, subindo no selim, e percebeu o ruído de um carro passando logo abaixo. Enquanto carregava sua bicicleta por sobre os trilhos, notou o imenso campo de colza em flor, antes escondido de sua vista. Como brilhava!

        Depois, viu ainda como Uli, triunfante, levantava os braços antes de largar-se declive abaixo, montando em sua bicicleta.

        – Cuidado! – gritou ela. – Você não pode… pelo cascalho…

        Nesse momento, Uli já voava por cima do guidão e caia sobre o caminho largo, onde um carro se aproximava em alta velocidade. A bicicleta tinha virado. O urso de pelúcia foi arremessado da garupa e parou no sopé do declive.

        – Uli! – gritou Janna-Berta.

        O motorista do carro não freou. Ouviu-se um baque surdo, e o carro continuou disparado, deixando atrás uma nuvem de poeira.

        Petrificada de espanto, Janna-Berta permaneceu no elevado. A nuvem de poeira dissipou-se e lá embaixo estava Uli estendido no chão. Não muito longe dele, o ursinho de pelúcia e a bicicleta. Apenas o guidão estava amassado. A roda dianteira ainda rodava. A cabeça de Uli, coberta pelo capuz, parecia estranhamente achatada sobre uma poça de sangue que aumentava a cada momento. Janna-Berta jogou a bicicleta no chão, desceu correndo pelo declive e ajoelhou-se ao lado de Uli. Acariciou sua mão, que ainda estava quente. Ela não se importava com a fila de carros vinda atrás de si. Ali estava Uli. Por ali ninguém podia passar. Ela permanecia agachada no meio do caminho.

        O primeiro carro freou. Um homem de barba e uma mulher ruiva desceram. Atrás deles, as buzinas disparavam furiosamente. O barulho aumentava cada vez mais. A ruiva levantou Janna-Berta:

        – Vocês também queriam ir à estação de Bad Hersfeld, não é?

        – Entre! – disse o barbudo. – Vamos levar você. As crianças se apertam um pouco.

        – Uli tem de vir também – disse Janna-Berta.

        – Uli? – perguntou a mulher. – Você quer dizer…

        Janna-Berta jogou a cabeça para trás e enfrentou a mulher com um olhar furioso.

        – Ele é meu irmão! – gritou.

        – Você não pode mais ajudá-lo agora – sussurrou o barbudo.

        […]

        Ele jogou a bicicleta de Uli nas moitas, levantou Uli do chão, entrou alguns passos no campo de colza e o deitou ali. Quando voltou, sua camisa estava cheia de sangue.

        – Não! – gritou Janna-Berta. – Não!

        Ela tentou correr para o campo de colza, mas a mulher a segurou. Janna-Berta quis se soltar batendo para todos os lados, até que o barbudo deu-lhe uma sonora bofetada. Aí ela desmoronou e se deixou levar para o carro, sem resistência.

        Assustadas, as três meninas espremeram-se no banco de trás.

        – Rápido! – gritou a ruiva. – Senão eles vêm para cima da gente.

        O homem e a mulher pularam em seus assentos, bateram à porta e partiram, seguidos pela fila de carros. A parada não consumiu mais que três minutos. Os dois adultos ficaram em silêncio. As crianças também. Janna-Berta não registrava mais nada. Apenas levantou a cabeça quando pararam num gramado ao lado do rio Fulda e a mulher tirou as meninas do carro. Por perto havia algumas casas. Isso deveria ser Bad Hersfeld. Ouviam-se trovões.

        […]

PAUSEWANG, Gudrun. A nuvem. São Paulo: Global, 2002.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 44-6.

Entendendo o romance:

01 – Que sentimentos esse texto despertou em você?

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Releia os três primeiros parágrafos para responder às questões a seguir:

a)   Nesse trecho inicial da história, são narradas várias e sucessivas ações das personagens de forma bastante breve. Que efeito isso produz, considerando o contexto vivido por Janna-Berta e seu irmão?

As ações narradas dessa forma transmitem a pressa, a ansiedade e o desespero dos irmãos ao tentar sair logo de casa.

b)   Uli sorri ao saber que ele e a irmã fugirão de bicicleta e insiste em levar seu ursinho de pelúcia. O que esses fatos revelam sobre ele?

Que ele ainda é uma criança pequena, bastante inocente, e que não tem noção do risco que ele e a irmã estão correndo.

03 – Onde Janna-Berta e Uli pretendiam chegar?

      A uma estação de trem de Bad Hersfeld.

04 – Releia:

        “Passando as últimas casas, chegaram a uma linha férrea que se encontrava num elevado paralelo à estrada nacional para Bad Hersfeld. Uma trilha estreita margeava o elevado. Janna-Berta decidiu tomar aquele caminho. Já que ele era estreito demais para os carros, eles o tinham todo para si.

        […]

        O caminho ficava cada vez mais estreito. Dos dois lados a vegetação quase se fechava, batendo no rosto de Uli. Os últimos rastros do caminho perdiam-se num pasto.”

a)   Por que Janna-Berta decidiu não ir pela estrada e sim por uma trilha paralela?

Porque imaginou que os carros não conseguiriam passar por ali, deixando o caminho só para ela e Uli, que seguiam de bicicleta.

b)   O que foi acontecendo com a trilha, conforme os dois irmãos seguiram por ela?

A trilha foi se estreitando, diminuindo, perdendo-se em meio ao pasto e terminando em um morro.

05 – Na sequência do texto, o que fez Janna-Berta e Uli sentirem vontade de chorar?

      O fato de perceberem que o caminho em que seguiam havia acabado em um morro, deixando-os amedrontados.

06 – Ao ouvirem barulho de motores, o que os dois irmãos concluíram sobre o que havia do outro lado do elevado?

      Concluíram que havia uma estrada, já que carros estavam passando por ali.

07 – Releia este trecho:

        “– Janna-Berta – gritou agitado –, lá embaixo tem um caminho ótimo, tão bom quanto uma estrada!”

• Considerando o contexto, conclui-se que a agitação de Uli era positiva ou negativa?

      Era positiva, pois ele viu que havia um caminho por onde poderiam prosseguir.

08 – Explique como foi a morte de Uli.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Uli decidiu descer o declive de bicicleta, mas o morro estava coberto de cascalho. Ele escorregou da bicicleta e caiu na estrada, onde um carro passou por cima de sua cabeça.

09 – Ao assistir ao que aconteceu ao irmão, Janna-Berta ficou “petrificada de espanto”. O que isso significa?

      Significa que ela ficou sem reação, paralisada.

10 – Ao aproximar-se do irmão morto, Janna-Berta ficou agachada ao seu lado, no meio da estrada.

• Por que as pessoas buzinavam furiosamente, ignorando o fato?

      Porque Janna-Berta estava impedindo o caminho.

11 – Por que o homem barbudo deu uma bofetada em Janna-Berta?

      Porque ela estava agitada com a morte do irmão e era preciso controlá-la para todos saírem dali com urgência.

• Qual é a sua opinião sobre essa atitude do homem?

      Resposta pessoal do aluno.