domingo, 19 de setembro de 2021

TIRINHA: TV: A FONTE DA DISCÓRDIA - CIBELE SANTOS - COM GABARITO

 Tirinha: TV: a fonte da discórdia


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                  Santos, Cibele. TV: a fonte da discórdia! Disponível em: https://bit.ly/2RfOdgD. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 116-7.

Entendendo a tirinha:

01 – O que a situação retratada nos quadrinhos traz de engraçado?

      A disputa do casal que, quando tinha apenas uma televisão, discutia o direito de ver o seu programa favorito e, quando comprou mais uma TV, passou a disputar o local, querendo cada um assistir à televisão no quarto, deitado na cama.

02 – Qual é a crítica implícita nessa tirinha?

      O vício pela televisão é tão grande nesse casal que a sua vida parece girar em torno dela.

03 – No primeiro quadrinho, qual o sentido do verbo ver?

      Ver, no primeiro quadrinho tem o sentido de assistir.

04 – Em relação à regência do verbo assistir, o que é possível observar no terceiro quadrinho?

      É possível observar que o verbo assistir não foi empregado conforme propõe a norma-padrão, ou seja, foi empregado sem a preposição “a”.

ESTATUTO(ECA): LEI Nº 8.0669, DE 13 DE JULHO DE 1990 - COM GABARITO

 Estatuto: LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.

        Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.

        Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.

        Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.

        Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.

        [...]

        Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:

        I – advertência;

        II – obrigação de reparar o dano;

        III – prestação de serviços à comunidade;

        IV – liberdade assistida;

        V – inserção em regime de semiliberdade;

        VI – internação em estabelecimento educacional;

        VII – qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.

        § 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade da infração.

        § 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida a prestação de trabalho forçado.

        § 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência mental receberão tratamento individual e especializado, em local adequado às suas condições.

        [...]

                            BRASIL. Lei n° 8069, de 13 de julho de 1990. Disponível em: https://bit.ly/1NqqzW6. Acesso em: 24 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 130-1.

Entendendo o Estatuto:

01 – De acordo com o artigo de Dimenstein, as crianças e os adolescentes que contém crimes “são vítimas da sociedade”. Você concorda com esse argumento? O que diz a lei sobre a proteção de crianças e adolescentes?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: A lei diz que a criança tem direito à proteção integral. E, sendo uma lei, é responsabilidade de toda a sociedade cumpri-la.

02 – Você considera que as punições aos adolescentes são brandas ou rígidas no artigo 112 do ECA? Explique.

      Resposta pessoal do aluno.

03 – Você considera a lei deva ser mudada, reduzindo a maioridade penal de dezoito para catorze ou dezesseis anos? Explique.

      Resposta pessoal do aluno.

04 – Em sua opinião, criminalizar os adolescentes, mudando a lei, isenta ou não a sociedade de sua responsabilidade de proteção integral? Explique.

      Resposta pessoal do aluno.

05 – Você conhece ou já tomou conhecimento de casos de adolescentes que entraram em confronto com a lei? O que aconteceu com eles? Qual é o contexto em que viviam?

      Resposta pessoal do aluno.

06 – Elenque com os colegas quais medidas o Poder Público e a sociedade (pais e escola, principalmente) poderiam tomar para que crianças e adolescentes não se envolvam em crimes.

      Resposta pessoal do aluno.

 

 

CARTAZ: CAMPANHA CONTRA O PRECONCEITO NO FUTEBOL - COM GABARITO

 Cartaz: Campanha contra o preconceito no futebol


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Cartaz de Campanha contra o preconceito no futebol.

        A maior conquista do futebol é derrotar o preconceito. O futebol é um jogo mágico que une diferentes raças, credos, culturas e países. A [empresa] apoia o esporte para promover a cidadania, a integração dos jovens e a união de todos. Pois a maior de todas as obras é construir um mundo sem preconceito.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p.170-1.

Entendendo o cartaz:

01 – Observe a imagem.

a)   O que você vê nela?

Uma bola, meio murcha, nas cores bege e marrom, com nome de jogadores em cada gomo dela.

b)   Que relação existe entre a imagem, as cores e o nome dos jogadores?

O autor do cartaz de campanha quis mostrar que o futebol une as etnias. Negros e brancos são colocados em igualdade.

02 – Leia o slogan da campanha:

        “A maior conquista do futebol é derrotar o preconceito.”

a)   Por que o slogan contra o racismo foi criado em torno da ideia de conquista? Explique.

Porque a ideia é chamar atenção para o fato de que a luta contra o racismo é a conquista de todos que amam o esporte.

b)   Esse slogan é de fácil memorização e visualização? Explique.

Não, ele é muito extenso e difícil de ser memorizado porque tem muitas palavras.

c)   Você se convenceu com essa ideia apresentada no slogan da campanha? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

03 – Releia, agora, essa parte escrita do cartaz:

        “O futebol é um jogo mágico que une diferentes raças, credos, culturas e países.”

a)   Nesse trecho, qual expressão pode ser considerada apreciativa, ou seja, que emite juízo de valor sobre o esporte futebol? Por que foi feito esse uso?

A expressão “jogo mágico”. O uso de expressões apreciativas é para chamar a atenção sobre os aspectos positivos do esporte.

b)   Você concorda com esse argumento da campanha ou discorda dele? O que as notícias sobre futebol revelam a respeito dessa “união” apresentada no trecho do cartaz?

Resposta pessoal do aluno.

04 – Observe os verbos e os substantivos usados no texto do cartaz e responda:

a)   Quais tempos verbais são usados no cartaz? Por que foi feito esse uso?

No cartas, todos os verbos encontram-se no tempo presente do indicativo. O uso desse tempo verbal produz o sentido de atualidade.

b)   Quais substantivos são colocados em evidência no texto do cartaz, ou seja, são palavras-chave?

Futebol, preconceito, cidadania, integração, união.

 

TIRINHA: ARMANDINHO PRECONCEITOS - ALEXANDRE BECK - COM GABARITO

 Tirinha: Armandinho Preconceitos


 Fonte da imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1Mp-Y3yPZp85oDFIsRIGPWILwSvS5jjDVpFQ4MPjigh4odC_plIA76NIdhAE_sWgtxIPkIAMRAxiCEB9_jRr5nLll4mVjJkThpcmctwYXaMluUK6cY1kvwqTtdOWDGfYm6v2khPTdcfg/s416/PRECONCEITO.png
               BECK, Alexandre. Armandinho, 20 nov. 2015. Disponível em: https://bit.ly/2E2cB26. Acesso em: 27 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 162.

Entendendo a tirinha:

01 – O que você vê na tirinha?

      Armandinho lê para os pais o significado de um sentimento responsável por fazer esvair o preconceito e um dos quadrinhos mostra crianças de diferentes etnias.

02 – Qual sentimento é descrito por Armandinho nessa tirinha? Você já o conhecia?

      O sentimento é a empatia, que consiste em se colocar no lugar do outro para compreender seus sentimentos e modos de ver o mundo. Resposta pessoal do aluno.

03 – Você consegue sentir esse sentimento em relação a outras pessoas?

      Resposta pessoal do aluno.

04 – Que sentimento o Armandinho teve em narrar o texto?

      Ele acabou por se sentir mensageiro, com vontade de sofrer, e sua humilhação de cada dia.

TIRINHA: ARMANDINHO IGUALDADE SOCIAL - ALEXANDRE BECK - COM GABARITO

 Tirinha: Armandinho Igualdade Social

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                     BECK, Alexandre. Armandinho. 1° jul. 2015. Disponível em: https://bit.ly/2KzUdya. Acesso em: 24 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 145.

Entendendo a tirinha:

01 – O que você vê nas imagens?

      No primeiro quadrinho, Armandinho observa uma pilha grande de tijolos numa plataforma escrita “violência” e apenas um tijolo em “igualdade social”. O segundo quadrinho mostra que ele tirou quase todos os tijolos da violência, deixando apenas um tijolo, e colocando em “igualdade social”.

02 – Que crítica social é feita pelo personagem?

      A crítica de que a desigualdade social constrói a violência. E que, se construirmos um mundo com igualdade social, a violência não se cria.

03 – Qual é a proposta do personagem para diminuir a violência?

      Construir um mundo com igualdade social, assim a violência passa a não existir ou a diminuir a tal ponto que não se percebe.

04 – Em sua opinião, quais medidas poderiam ser imediatas e quais poderiam ser tomadas em longo prazo para eliminar a violência? Explique.

      Resposta pessoal do aluno.



FILME(ATIVIDADES): MEUS 15 ANOS - CAROLINE FIORATTI - QUESTÕES GABARITADAS

 


FILME: MEUS 15 ANOS 


                    Ficha técnica

Nome: Meus 15 anos

Nome original: Meus 15 anos

Cor da filmagem: Colorida

Origem: Brasil

Ano de produção: 2017

Gênero: Juvenil, Drama, Comédia

Duração: 94 min.

Classificação: 10 anos

Direção: Caroline Fioratti

Roteiro Luiza Trigo, Clara Deák

Elenco: Larissa Manoela, Rafael Infante, Daniel Botelho

 

SINOPSE

Não recomendado para menores de 10 anos

        Aos 14 anos de idade, Bia (Larissa Manoela) descobre que vai ganhar uma grande festa de 15 anos. Mas tem um problema: a garota sonhadora e apaixonada por música não tem muitos amigos para convidar ao evento, por ser pouco popular na escola. Ela conta com a ajuda do único grande amigo, Bruno (Daniel Botelho), e do pai Edu (Rafael Infante) para consertar a situação.

 CINEWEB. Disponível em: https://bit.ly/2r30Ks8. Acesso em: 2 ago. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 110.

Entendendo o filme:

01 – Que informações podem ser obtidas por meio da leitura da ficha técnica do filme?

      É possível saber que o filme é colorido, foi produzido no Brasil em 2017 e tem 94 minutos de duração. Além disso, identificamos a diretora, o gênero do filme, a classificação (10 anos), alguns atores que fazem parte do elenco e o nome original (que é mesmo do cartaz do filme).

02 – Com a leitura da sinopse, você consegue identificar alguns personagens do filme. Quais?

      Bia e seu pai.

03 – Qual é o objetivo da sinopse que você leu?

      O objetivo é apresentar a história de forma resumida, isto é, fornecer informações essenciais sobre o filme.

04 – Você identifica no texto comentários a respeito do filme?

      Não, o texto apenas descreve resumidamente o filme, mas não apresenta comentários ou expõe a opinião de quem o escreveu.

05 – Você já tinha lido uma sinopse de filme antes? Com qual objetivo?

      Resposta pessoal do aluno.

06 – Em quais suportes ou veículos você acha que sinopses como essa podem ser encontradas?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Em geral, é possível encontrar esse gênero textual em revistas e jornais impressos e on-line, em capas de DVDs, etc.

07 – Em sua opinião, uma sinopse motiva o espectador a assistir a um filme?

      Resposta pessoal do aluno.

08 – A que tipo de informação você recorre para saber se vale a pena ou não assistir a um filme?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Assistir um trailer, pesquisar na internet ou são motivados por outras pessoas que já assistiram ao filme, etc.

 

 


terça-feira, 14 de setembro de 2021

REPORTAGEM: JOVENS QUE NÃO ESTUDAM NEM TRABALHAM: ESCOLHA OU FALTA DE OPÇÕES? MARIANA KAIPPER CERATTI - COM GABARITO

 Reportagem: Jovens que não estudam nem trabalham: escolha ou falta de opções?

             Novo estudo ouve brasileiros fora da escola e do mercado de trabalho e conclui que eles estão presos em barreiras relacionadas à pobreza e ao gênero

MARIANA KAIPPER CERATTI

Brasília – 17 MAR 2018 – 21:38

        No Brasil, 11 milhões de jovens, quase um quarto da população entre 15 e 29 anos, não estudam nem trabalham. Em um país cuja força de trabalho está ficando mais velha e começará a diminuir em 2035, um diálogo como esse soa preocupante. Para jogar luz sobre os jovens que não estudam nem trabalham, pesquisadores do Banco Mundial fizeram 77 entrevistas qualitativas [...] com jovens pernambucanos de 18 a 25 anos, moradores tanto de zonas urbanas quanto das rurais.

        O resultado é o estudo Se já é difícil, imagina para mim..., lançado nesta semana, no Rio de Janeiro. Segundo a autora, Miriam Müller, é preciso desconstruir o termo “nem-nem”, que não reflete as muitas diferenças entre esses jovens e joga sobre eles um enorme estigma.

        “A culpa não é dos jovens. O estudo mostra que algumas condições relacionadas à pobreza e ao gênero produzem um conjunto de barreiras difíceis de superar. Essas limitações prejudicam sobretudo as mulheres, que se veem afetadas na capacidade de imaginar seus futuros, perseverar e ter resiliência”, avalia a cientista social alemã.

        O fenômeno dos jovens fora da escola e do mercado de trabalho não é exclusividade brasileira: o documento lembra que ele persiste na América Latina e no Caribe, com consequências desafiadoras.

        Trabalhos anteriores feitos na região sugerem, por exemplo, que o problema pode ameaçar a produtividade e o crescimento econômico a longo prazo. Além disso, como 66% dos nem-nens latino-americanos e caribenhos são mulheres, o tema também pode contribuir para uma transmissão intergeracional da desigualdade de gênero.

        Discriminação e falta de apoio

        Os jovens brasileiros considerados “nem-nens” ou “desengajados” têm diversas razões para estar assim. A primeira delas é o que as autoras chamam de barreiras à motivação interna, ou seja, falta de aspiração ou predisposição para voltar aos estudos ou ao trabalho. Nesse perfil, encontram-se principalmente as mulheres casadas e com filhos pequenos, vivendo sob normas sociais que reforçam seu papel de cuidadoras e restringem suas oportunidades econômicas.

        No segundo grupo, estão aqueles que expressaram motivação para voltar a trabalhar ou estudar, mas não tomaram uma providência porque lhes faltam as ferramentas necessárias para realizar essa aspiração. Embora muitos dos entrevistados tenham se inscrito no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou enviado currículos, não deram continuidade a esses esforços.

        “Como esses jovens não tiveram contato com pessoas cujas carreiras fossem interessantes, não conseguiram encarar suas aspirações como algo realista nem receberam informações sobre como realizá-las. A escola tampouco os apoiou”, informa o documento.

        Por último, o estudo conta a história de jovens que, embora tenham se esforçado para estudar ou trabalhar, desistiram por causa de barreiras externas. Entre elas, os desafios de conciliar emprego e sala de aula, poucos recursos financeiros ou qualificação, falta de transporte público seguro para se locomover entre uma atividade e outra, e a crise econômica do país. As que já são mães ainda relataram a discriminação que sofreram por parte de potenciais empregadores.

        Muito além dos cursos técnicos

        Depois de ouvir esses jovens, suas frustrações e necessidades, as pesquisadoras fizeram uma série de recomendações de políticas públicas para fortalecer a capacidade dos jovens de aspirarem a objetivos, criar e levar adiante seus projetos de vida.

        Segundo as autoras, provavelmente é insuficiente aumentar a oferta de cursos técnicos com o objetivo de viabilizar a participação dos jovens no mercado de trabalho se isso não estiver associado a intervenções que:

·        Facilitem o acesso a informações sobre oportunidades e como elas podem concretamente mudar suas vidas;

·        Incutam um sentimento de pertencimento e preparação entre os jovens que sentem que as oportunidades disponíveis não são para eles;

·        Ofereçam programas de apoio ou de mentoria para ajudar esses jovens a lidar com as dificuldades associadas ao cumprimento de objetivos.

        A promoção das aspirações relacionadas a trabalho e educação, principalmente entre as mulheres, é uma importante porta de entrada para programas e políticas públicas, acrescenta o relatório: “Muitas das mulheres entrevistadas não conseguem imaginar uma vida em que seu papel não seja somente o de uma cuidadora.”

        Finalmente, o documento propõe intervenções específicas para as áreas rurais, onde a divisão do trabalho ainda se baseia muito no gênero. No campo, ainda é preciso conscientizar sobre possibilidades de trabalho além da agricultura e conectar os jovens a oportunidades, garantindo mobilidade a preços acessíveis entre a zona rural e os centros urbanos.

        Tudo isso pode fazer a diferença para os futuros integrantes da força de trabalho do país, donos de um potencial que o país não pode mais desperdiçar.

Mariana Kaipper Ceratti é produtora on-line do Banco Mundial.

CERATTI, Mariana K. Jovens que não estudam nem trabalham: escolha ou falta de opções? El Paris, Brasília, 17 mar. 2018. Disponível em: https://bit.ly/2lQcFoq. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 230-3.

Entendendo a reportagem:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Estigma: considerado ou definido como indigno; desonroso.

·        Intergeracional: que se realiza entre duas ou mais gerações; comportamentos intergeracionais.

·        Perseverar: não desistir com facilidade.

·        Resiliência: capacidade de superar os problemas que aparecem.

02 – Que fato originou a reportagem?

      O resultado do estudo Se já é difícil, imagina para mim..., de Miriam Muller, pesquisadora do Banco Mundial. Esse estudo, lançado em março de 2018, no Rio de Janeiro, aponta as causas de quase um quarto da população, entre 18 e 29 anos, não estudar nem trabalhar.

03 – O estudo Se já é difícil, imagina para mim... faz análise do presente, mas com projeção para o futuro, caso alguma medida não seja tomada para resolver essa situação. Responda:

a)   Por que o Banco Mundial considerou o grande percentual de jovens que não trabalham nem estudam como um problema que pode impactar todo o país?

O problema pode ameaçar a produtividade e o crescimento econômico do país a longo prazo, visto que em 2035 a população brasileira será formada de pessoas idosas.

b)   Esse fenômeno é apenas brasileiro? Explique.

De acordo com o Banco Mundial, esse fenômeno ocorre em toda a América Latina e no Caribe, em especial com as mulheres jovens, que são 66% do total.

c)   Qual é a questão controversa discutida no estudo? Qual tese é defendida pelos pesquisadores?

A questão controversa é se os jovens não estudam nem trabalham por escolha ou falta de oportunidade; a tese é que esse fenômeno ocorre por falta de oportunidade para esses jovens.

04 – Releia o depoimento de Miriam Muller, autora do estudo, e responda:

        “[...] Segundo a autora, Miriam Müller, é preciso desconstruir o termo “nem-nem”, que não reflete as muitas diferenças entre esses jovens e joga sobre eles um enorme estigma.”

        “A culpa não é dos jovens. O estudo mostra que algumas condições relacionadas à pobreza e ao gênero produzem um conjunto de barreiras difíceis de superar. Essas limitações prejudicam sobretudo as mulheres, que se veem afetadas na capacidade de imaginar seus futuros, perseverar e ter resiliência”, avalia a cientista social alemã.

a)   De acordo com a autora do estudo, quais são as causas desse fenômeno?

Os pesquisadores defendem que se trata de falta de oportunidade, causada pelas desigualdades econômicas e de gênero, que produzem barreiras internas e externas difíceis de superar.

b)   Por que esse problema atinge mais as mulheres? O que esse problema pode acarretar à sociedade em longo prazo?

“Essas limitações prejudicam sobretudo as mulheres, que se veem afetadas na capacidade de imaginar seus futuros, perseverar e ter resiliência”. O que, em longo prazo, pode possibilitar a transmissão dessa falta de perspectiva às gerações futuras e aumentar a desigualdade de gênero.

c)   O que significa o termo “nem-nem”? Por que o termo “nem-nem” pode refletir preconceito em relação a esses jovens?

Os jovens brasileiros considerados “nem-nens” ou “desengajados”. Porque não reflete a diferença que há entre esses jovens, as condições sócio-históricas e econômicas e as várias formas de discriminação a que estão expostas. Segundo a pesquisadora, essa expressão estigmatiza os jovens, dificultando mais ainda a visualização de perspectivas.

d)   Você concorda ou discorda da pesquisadora? Por quê?

Resposta pessoal do aluno.

05 – A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas com 77 jovens pernambucanos de 18 a 25 anos, moradores tanto de áreas urbanas quanto rurais. A “falta de apoio” e “discriminação” são duas barreiras apontadas pelo estudo. Responda:

a)   Como a falta de apoio pode dificultar jovens mulheres com filhos a estudar e se profissionalizar? Em sua opinião, isso pode ser considerado discriminação de gênero? Explique.

As mulheres jovens acabam sendo responsabilizadas sozinhas pelo cuidado dos filhos, o que dificulta sua permanência na escola ou no trabalho. Resposta pessoal do aluno.

b)   Segundo informações do documento, como a falta de modelos de sucesso na comunidade e de apoio da escola desmotivou a continuidade de estudos e de profissionalização de alguns jovens?

A falta de contato com pessoas cujas carreiras fossem bem-sucedidas, bem como a falta de apoio da escola fizeram com que alguns jovens se desanimassem diante de aspirações que, segundo eles, achavam impossíveis de realização.

c)   Quais os desafios encontrados pelos jovens pobres para estudar e trabalhar?

Embora tenham se esforçado para estudar ou trabalhar, desistiram pelo desafio de conciliar emprego e sala de aula, poucos recursos financeiros ou qualificação, falta de transporte público seguro para se locomover entre uma atividade e outra e a crise econômica do país.

d)   Em sua opinião, quais formas de discriminação esses jovens podem sofrer ao buscar trabalho, especialmente as mulheres com filhos?

Resposta pessoal do aluno.

06 – Muitos planos de governo, durante a eleição, enfatizaram a criação e oferta de cursos técnicos e profissionalizantes para resolver esse problema social. Responda:

a)   Por que as pesquisadoras apontam que a oferta de cursos técnicos não é suficiente para resolver o problema? Explique.

Segundo as autoras, provavelmente é insuficiente aumentar a oferta de cursos técnicos se isso não estiver associado a promoção das aspirações relacionadas a trabalho e educação, principalmente entre as mulheres.

b)   Quais intervenções devem ser feitas, segundo o estudo, associadas ao aumento da oferta de cursos técnicos?

Facilitar o acesso a informações sobre oportunidades e de que maneira elas podem concretamente mudar suas vidas; incutir um sentimento de pertencimento e preparação entre os jovens que sentem que as oportunidades disponíveis não são para eles; oferecer programas de apoio ou de mentoria para ajudar esses jovens a lidar com as dificuldades associadas ao cumprimento de objetivos.

c)   Você concorda ou discorda das propostas do estudo? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

07 – Por que essas propostas de intervenção são essenciais para a implementação de políticas específicas para as mulheres de acordo com o relatório?

      Porque muitas das mulheres entrevistadas não conseguem imaginar uma vida em outro papel que não seja de cuidadora. Além disso, essas aspirações podem ser transmitidas para outras gerações.

08 – Por que os jovens da área rural precisam ter propostas de ações específicas? Quais são as propostas de intervenção apontadas pelo relatório do estudo?

      No campo, ainda é preciso conscientizar sobre possibilidades de trabalho além da agricultura e conectar os jovens a oportunidades, garantindo mobilidade a preços acessíveis entre a área rural e os centros urbanos.

09 – A qual conclusão você chegou em relação à questão controversa, à tese e aos argumentos apresentados pelo estudo? Explique.

      Resposta pessoal do aluno.

 

 

TIRINHA: CALVIN- OS DIAS ESTÃO TODOS OCUPADOS - COM GABARITO

 Tirinha: Calvin Os dias estão todos ocupados



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Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 227-8.

Entendendo a tirinha:

01 – No primeiro quadrinho, qual é a dúvida expressa pelo personagem Calvin?

      Ele quer saber se a educação que está recebendo, de fato, o prepara para o futuro.

02 – Descreva a imagem do garoto nos quatro quadrinhos, associando-a à sua fala.

      Resposta pessoal do aluno.

03 – O que se pode depreender sobre o comportamento de Calvin na fala da professora?

      Pode-se depreender que Calvin não fazia sua parte na aprendizagem dos conhecimentos que reivindicava e que precisaria se dedicar mais aos estudos.

04 – O que torna essa tirinha engraçada?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: O que torna a tirinha engraçada é a decepção de Calvin ao saber que teria de mudar de comportamento e se dedicar mais aos estudos para conquistar o que estava reivindicando. Pela imagem do último quadrinho, é possível perceber o seu estado de frustração por não se sentir capaz de mudar tanto.

05 – Leia esta fala de Calvin, transcreva do primeiro quadrinho.

        “Sim! Que certeza eu tenho que esta educação está me preparando adequadamente para o século 21”? De que outro modo o pronome oblíquo “me” poderia ser escrito na locução verbal “está me preparando”? Consulte o quadro informativo para responder.

      O pronome “me” também poderia ser escrito depois do verbo que está no gerúndio (verbo principal): “está preparando-me”.

06 – Da mesma forma, analise a colocação do pronome na locução “comece a se esforçar” que faz parte da fala da professora, extraída do terceiro quadrinho.

        “Nesse caso, meu jovem, eu sugiro que você comece a se esforçar mais. O que você tira da escola depende do que você põe nela”.

      O pronome “se” também poderia ser escrito depois do verbo que está no infinitivo (verbo principal): “comece a esforçar-se”.