domingo, 9 de junho de 2019

AUTOBIOGRAFIA: LEMBRANÇAS DA MINHA INFÂNCIA - NELSON MANDELA - COM GABARITO

Texto: Lembranças da Minha Infância
                                   
                 Nelson Mandela

        Minhas primeiras lembranças da infância são do vilarejo de Qunu, nas montanhas onduladas e nos vales verdes do território de Transkei, na região sudeste da África do Sul. Foi em Qunu que passei os anos mais felizes de minha meninice, rodeado por uma família tão cheia de bebês, crianças, tias e tios que não me lembro de estar sozinho em nenhum único momento em que eu estivesse acordado.
        Foi em Qunu que minha mãe me deu as histórias que encheram minha imaginação, ensinando-me bondade e generosidade enquanto preparava as refeições em uma fogueira, mantendo-me alimentado e saudável. Em meus tempos de menino pastor, aprendi a amar o campo, os espaços abertos e as belezas simples da natureza. Foi naquele momento e naquele lugar que aprendi a amar esta terra.
        Com meus amigos de meninice, aprendi dignidade e o significado da honra. Ouvindo e assistindo reuniões dos anciãos da tribo, aprendi a importância da democracia e de dar a todos uma chance de ser ouvido. E aprendi sobre o meu povo, a nação Xhosa. Com meu benfeitor e guia, o Regente, aprendi a história da África e da luta dos africanos para serem livres.
        Foram esses primeiros anos que determinaram como seriam vividos os muitos anos plenos de minha longa vida. Sempre que paro um momento e olho para trás, sinto imensa gratidão por meu pai e minha mãe, e por todas as pessoas que me ajudaram a crescer quando eu era apenas um menino, e que me transformaram no homem que sou hoje. Foi isso que aprendi enquanto criança.
        Agora que sou homem velho, são as crianças que me inspiram. Meus queridos jovens: vejo a luz em seus olhos, a energia de seus corpos e a esperança que está em seu espírito. Sei que são vocês, e não eu, que consertarão nossos erros e levarão adiante tudo o que está certo no mundo.
        Se eu pudesse, de boa fé, prometer-lhes a infância que tive, eu prometeria. Se eu pudesse prometer-lhes que cada um de seus dias será de aprendizado e de crescimento, eu prometeria. Se eu pudesse prometer-lhes que nada – nem guerras, nem pobreza, nem injustiças – privará vocês de seus pais, de seu nome, de seu direito a uma boa infância, e que essa infância levará vocês a uma vida plena e frutífera, eu prometeria. Mas prometerei apenas o que eu sei que posso cumprir.
        Vocês têm a minha palavra de que continuarei a aplicar tudo o que aprendi no começo de minha vida, e tudo o que aprendi a partir de então, para proteger os seus direitos. Trabalharei todos os dias, de todas as maneiras que conheço, para apoiá-los enquanto crescerem. Buscarei suas vozes e suas opiniões, e farei com que outras pessoas também as ouçam. 

Trecho extraído da publicação Situação Mundial da Infância, 2001 Uni
Entendendo o texto:

01 – Que significado tem para Mandela o vilarejo de Qunu?
      As melhores lembranças, os anos mais felizes de sua meninice rodeado pela família, por histórias que encheram sua imaginação ensinando-me bondade e generosidade.

02 – Por que estes primeiros anos foram determinantes de como seriam vividos os muitos anos plenos de sua longa vida?
      Tudo que aprendeu com pai, sua mãe e todas as pessoas que o ajudaram a crescer quando era apenas um menino, e que me transformaram no homem que sou hoje.

03 – Ele diz que agora é velho e o que inspira são as crianças, por quê?
      Diz que vê a luz em seus olhos, a energia em seus corpos e a esperança em seu espírito, e que elas consertarão nossos erros e levarão adiante tudo o que está certo no mundo.

04 – Mandela conta que aprendeu o que com estas pessoas:
a)   Com seus amigos de meninice.
Aprendeu dignidade e o significado da honra.

b)   Ouvindo e assistindo reuniões dos anciões da tribo.
Aprendeu a importância da democracia e de dar a todos a chance de ser ouvido.

c)   Com o benfeitor e guia.
Aprendeu sobre seu povo, a nação Xhosa.

d)   Com o Regente.
Aprendeu a história da África e da luta dos africanos para serem livres.

05 – Mandela no 6° parágrafo, usa o verbo poder no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo, “Se eu pudesse”, para:
a)   Indicar dúvidas.
b)   Expor seus desejos.
c)   Mostrar suas incertezas.
d)   Anunciar as probabilidades.

sábado, 8 de junho de 2019

MÚSICA(ATIVIDADES): SEM MANDAMENTOS - OSWALDO MONTENEGRO - COM GABARITO

Música(Atividades): Sem Mandamentos
                     Oswaldo Montenegro

Hoje eu quero a rua cheia de sorrisos francos
De rostos serenos, de palavras soltas
Eu quero a rua toda parecendo louca
Com gente gritando e se abraçando ao sol
Hoje eu quero ver a bola da criança livre
Quero ver os sonhos todos nas janelas
Quero ver vocês andando por aí
Hoje eu vou pedir desculpas pelo que eu não disse
Eu até desculpo o que você falou
Eu quero ver meu coração no seu sorriso
E no olho da tarde a primeira luz
Hoje eu quero que os boêmios gritem bem mais alto
Eu quero um carnaval no engarrafamento
E que dez mil estrelas vão riscando o céu
Buscando a sua casa no amanhecer
Hoje eu vou fazer barulho pela madrugada
Rasgar a noite escura como um lampião
Eu vou fazer seresta na sua calçada
Eu vou fazer misérias no seu coração
Hoje eu quero que os poetas dancem pela rua
Pra escrever a música sem pretensão
Eu quero que as buzinas toquem flauta-doce
E que triunfe a força da imaginação

                                              Composição: Oswaldo Montenegro

Entendendo a canção:

01 – De que assunto fala esta canção?
      Revela uma alegoria, de como o ser humano não consegue ficar sozinho.

02 – Quem são os personagens da canção?
      O eu lírico, rua, gente, bola, sol, janelas, boêmios, estrelas, casa, lampião, poetas, buzinas.

03 – Nos versos: “Hoje eu quero a rua cheia de sorrisos francos / De rostos serenos de palavras soltas”. Que figura de linguagem encontramos nestes versos?
      Prosopopeia ou Personificação, que consiste em atribuir a objetos inanimados ou seres irracionais, sentimentos ou ações próprias dos seres humanos.

04 – Pela letra da canção dá para saber se o eu lírico é feminino ou masculino?
      Não é possível identificar.

05 – A história desta canção é real ou existe apenas no imaginário do eu lírico?
      Ela só existe na imaginação do eu lírico, um sonhador.

06 – Numa abordagem literária sobre os conceitos que envolvem a canção e sua origem aponta para uma reflexão sobre o quê?
      A lírica amorosa é urdida de linguagem e história, sendo mérito dela o de representação estética de uma realidade, marcada por encontros e desencontros, de natureza amorosa e existencial, por meio do objeto poético textual.

07 – A que o texto poético da canção faz referências. Exemplifique.
      Faz referências à tradição dos menestréis, o espaço no qual o eu lírico projeta seu desejo de felicidade é a rua, morada dos menestréis. A presença do vocábulo “rua” nos versos abaixo confirma essa análise: “Hoje quero a rua cheia de sorrisos francos / Eu quero a rua toda parecendo louca / Hoje eu quero que os poetas dancem pela rua”.
     


FÁBULA: O PINTASSILGO - LEONARDO DA VINCI - COM GABARITO

Fábula: O pintassilgo         

  Leonardo da Vinci

        Ao voltar para o ninho, trazendo no bico uma minhoca, o pintassilgo não encontrou seus filhotes. Alguém os havia levado embora durante sua ausência.
        Começou a procurá-los por toda parte, chorando e gritando.
        A floresta inteira ecoava seus gritos, mas ninguém respondia.

   Dia e noite, sem comer nem dormir, o pintassilgo procurou seus filhotes, examinando todas as árvores e olhando dentro de todos os ninhos.
        Certo dia, um pássaro lhe disse:
        -- Acho que vi seus filhotes na casa do fazendeiro.
        O pintassilgo voou, cheio de esperança, e logo chegou à casa do fazendeiro. Pousou no telhado, mas lá não havia ninguém. Voou para o pátio, ninguém.
        Então, levantando a cabeça, viu uma gaiola pendurada do lado de fora de uma janela. Os filhotes estavam presos lá dentro.
        Ao verem a mãe subindo pela grade da gaiola, os filhotes começaram a piar, suplicando-lhe que os libertasse. O pintassilgo tentou quebrar as grades com o bico e com as patas, mas foi em vão.
        Em seguida, com um grito de grande tristeza, voou novamente para a floresta.
        No dia seguinte o pintassilgo voltou para junto da gaiola dentro da qual seus filhotes estavam presos. Fitou-os longamente, com o coração carregado de tristeza. Em seguida alimentou-os um a um, através das grades, pela última vez. Levara-lhes uma erva venenosa, e os passarinhos morreram.
        -- Antes a morte – disse o pintassilgo – do que perder a liberdade. 
        Moral da história: “Antes a morte do que perder a liberdade”.

                                                                      Leonardo da Vinci
Entendendo a fábula:

01 – Quais são os personagens da fábula?
      O pintassilgo, os filhotes, o fazendeiro e o pássaro.

02 – O texto que você acabou de ler é:
a)   Uma crônica em que o autor trata de um assunto do dia-a-dia.
b)   Uma fábula, isto é, uma pequena história com ensinamento moral.
c)   Um conto de fadas.

03 – O que aconteceu com os filhotes, enquanto o pintassilgo foi buscar alimento?
      Alguém os havia levado embora durante sua ausência.

04 – Certo dia um pássaro disse o que ao pintassilgo?
      “— Acho que vi seus filhotes na casa do fazendeiro.”

05 – Que fez o pintassilgo para encontrar seus filhotes?
      Voou cheio de esperança a casa do fazendeiro, pousou no telhado, voou para o pátio, e finalmente viu seus filhotes presos na gaiola.

06 – Que fez o pintassilgo para tirar seus filhotes da gaiola?
      Tentou quebrar as grades com o bico e com as patas, mas foi em vão.

07 – Qual o desfecho (situação final) da fábula?
      Percebendo que não iria libertar seus filhos, o pintassilgo alimentou-os um a um através das grades, pela última vez, pois deu-lhes uma erva venenosa e os passarinhos morreram.

08 – Que disse o pintassilgo sobre o que acabou de fazer?
      “— Antes a morte do que perder a liberdade”.




POEMA: CODORNINHA DO SERTÃO - ALMIR CORREIA - COM GABARITO

Poema: Codorninha do sertão
           
        Almir Correia


Codorninha do sertão
Bota um ovo na lua
Bota outro no chão.
Bota aqui
Bota acolá
Bota até em bagdá.
Bota na bota do vaqueiro
Bota bota bota
O dia inteiro.
E às vezes
Devido ao vento
Desbota um lamento.
                            Almir Correia

Entendendo o poema:

01 – De acordo com o poema, a codorninha do sertão repete muitas vezes uma determinada ação (verbo).
a)   O que ela faz constantemente?
Bota.

b)   Ela escolhe um único local para fazer essa ação? Por quê?
Não. Porque ela bota em vários locais.

02 – No verso "bota na bota do vaqueiro". A palavra grifada significa:
a)   O verbo botar com sentido de pôr.
b)   Se refere a um tipo de calçado.

03 – No trecho "desbota um lamento" a palavra em destaque se refere a que sentimento:
a)   Alegria.           
b)   Espanto.               
c)   Medo.                     
d)   Tristeza.

04 – O texto que você leu é:
a)   Instrucional.
b)   Informativo.
c)   Poético.

05 – Codorninha do sertão, a palavra em destaque é:
a)   Um réptil.
b)   Um mamífero.
c)   Uma ave.
d)   Um roedor.

MENSAGEM ESPÍRITA - CANTIGA DA ESPERANÇA -MARIA DOLORES/CHICO XAVIER - PARA REFLEXÃO

Mensagem Espírita

CANTIGA DA ESPERANÇA
Maria Dolores/Chico Xavier


Alma querida,
Por mais que o mundo te atormente
A fé simples e boa,
Por mais te lance gelo na alma crente,
Na sombra que atraiçoa,
Alma sincera,


Escuta!...
Sofre, tolera, aprende, aperfeiçoa,
Porque de esfera a esfera,
Ninguém consegue a palma da vitória,
Sem apoio na luta.

Espera, que a esperança é a luz do mundo –
Oculta maravilha –
Que, em toda a parte, se revela e brilha
Para a glória do amor.
A noite espera o dia, a flor o fruto,
O espinho a rosa, o mármore o buril,
O próprio solo bruto
Espera o lavrador
Armado de atenção, arado e zelo...

O verme espera o sol para aquecê-lo.

A fonte amiga que se desentranha
Do coração de pedra da montanha,
Enquanto serve, passa e se incorpora
Aos encargos do rio que a devora,
E espera descansar,
Quando chegue escondida
A paz da grande vida
Que há no seio do mar.

Seja o que for
Que venhas a sofrer,
Abraça o lema regenerador
Do perdão por dever.

Leva pacientemente o fardo que te leva,
Entre o rugir do vento e o praguejar da treva...
Abençoa em caminho
Os açoites da angustias em torvo redemoinho;
Onde não passas, coração
E segue sem parar,
Amando, restaurando, redimindo...

Edificando, em suma,
Não te revoltes contra coisa alguma!...

Ao vir a tarde mansa,
Na doce quietação crepuscular,
Quando a graça do corpo tomba e finda,
Verás como foi alta, nobre e linda
A ventura de esperar.

E, enquanto a noite avança
Para dar-te as visões de uma alvorada nova,
Nas asas da esperança,
Bendirás a amargura, a dor e a prova,
Agradecendo a Terra a bênção de entendê-las.
Subiras, subiras
Para o ninho da luz nas estâncias da paz,
Que te aguarda, tecido em radiações de estrelas!...

Então, compreenderas
Que, além do mais Além –
No Coração da Altura –
Deus trabalha, Deus sonha, Deus procura,
Deus espera também!...
 Pelo Espírito Maria Dolores
Do livro: "Antologia da Espiritualidade"
Médium: Francisco Cândido Xavier
Fonte: Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil


HISTÓRIA EM QUADRINHOS - ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA INDIRETA- COM GABARITO



HISTÓRIA EM QUADRINHOS - ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA INDIRETA
Xaxado: 1.000 tiras em quadrinhos, de Antônio Cedraz. Salvador: Estúdio Cedraz, 2009. p. 65.

Entendendo a Tira:

01 – Na tirinha, Marieta e Xaxado penduraram suas meias nas janelas. Em qual data comemorativa as crianças costumam fazer isso e por quê?
      No Natal. Porque elas acreditam que o Papai Noel irá trazer presentes e coloca-los nas meias.

02 – Por que a mãe de Arturzinho se mostra incrédula em relação à atitude de seu filho?
      Porque não crê que o Papai Noel acreditará que uma meia tão grande pertença a um ser humano, especialmente uma criança.

03 – Em sua opinião, por que Arturzinho pediu à mãe que fizesse uma meia de tamanho maior que o seu pé?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Ele pediu para fazer uma meia maior, para poder receber mais presentes.

04 – As orações subordinadas substantivas objetivas indiretas devem ser introduzidas por preposição. No entanto, em situações informais de comunicação, é comum que a preposição seja omitida. Na HQ, identifique e transcreva a fala em que isso ocorre.
      “Não dá pra acreditar que vocês demorem tanto pra fazer uma meia!”.

HISTÓRIA EM QUADRINHOS - PERÍODO COMPOSTO - COM GABARITO


HISTÓRIA EM QUADRINHOS - PERÍODO COMPOSTO

Suriá: Suriá, a garota do circo, de Laerte. São Paulo Devir/Jacarandá, 2000.

Entendendo a tira:
01 – Na HQ, onde Suriá está no momento em que chama tio Flip? Por que ela o chama?
      Está em um trailer, espécie de vagão puxado por um veículo, que serve de morada e onde, geralmente, vivem os profissionais do circo. Ela o chama para que ele lhe conte uma história para dormir.

02 – Suriá pede ao tio que lhe conte uma história. A que gênero textual a história contada por ele remete o leitor? Por que?
      A um conto de fadas, pois trata de uma princesa que se casou com um rapaz e eles foram felizes.

03 – O tio Flip contou a história para Suriá de maneira muito rápida. Com que intenção ele fez isso?
      Para poder ir pra casa ouvir uma história.

04 – Releia a fala de Tio Flip: “Um sujeito salvou uma princesa, eles casaram e foram felizes!”.
a)   Como esse período é classificado: simples ou composto?
Período composto.

b)   Identifique a função sintática de cada palavra ou expressão do período a seguir:
UM SUJEITO SALVOU UMA PRINCESA, ELES CASARAM E FORAM FELIZES!

Um sujeito: sujeito.
Salvou: VTD.
Uma princesa: Objeto direto.
Eles: sujeito.
Casaram: VI.
E: conjunção coordenativa.
Foram: VL.
Felizes: predicado do sujeito.

c)   Compare as orações do período. Elas apresentam: sujeito e complemento (objeto direto / indireto e predicativo do sujeito)?
Sim. Elas apresentam sujeito, verbo e complemento.

d)   Essas orações apresentam independência ou dependência em relação à estrutura sintática?
Independência.


TEXTO: VIOLÊNCIA URBANA - (FRAGMENTO) - ARNO VOGEL - COM GABARITO


Texto: Violência Urbana – Fragmento
       
                            Arno Vogel
        [...]
        A violência assume, antes de tudo, um caráter de experiência quotidiana. Como vítima ou testemunha, ou através dos meios de comunicação, transformando em voyeur, o habitante da metrópole convive com ela no seu dia-a-dia. Ouve casos e conta casos, vividos, presenciados ou referidos por outros. Comenta o que lhe vem através da imprensa. Se espanta, se indigna e se apavora. É público e coautor do discurso sobre a violência, ao mesmo tempo. Fala dela com a mesma familiaridade com que discute o custo de vida, o preço das passagens do ônibus e o resultado do futebol.
        E tem medo. Sabe que a violência existe. Acredita nela. Pode até desenvolver teorias a respeito de suas causas, mas dificilmente se acostuma com ela. Assusta-se sempre que se vê atingido pelos seus súbitos aparecimentos. Por isso, a visão da violência é a de uma fatalidade iminente, mas que ataca de surpresa. Assusta porque é visível e por que pode se apresentar a qualquer instante: “... nos assusta, já que a vemos a todo momento”.
        [...]
                  Arno Vogel e outros. Violência: o que vemos a todo instante. In: ______ Como as crianças veem a cidade. Rio de Janeiro: Pallas/Flacso/UNICEF, 1995.

Entendendo o texto:
01 – No primeiro parágrafo, afirma-se que a violência nas cidades “assume um caráter de experiência quotidiana”. Com base no texto, pode-se dizer que os habitantes dessas cidades não se incomodam com ela? Por quê?
      Não, pois sentem medo, temendo serem surpreendidos a qualquer momento por ela.

02 – A que os termos em destaque nas frases a seguir fazem referência? Reescreva-as, substituindo-os pelas palavras a que se referem.
a)   Comenta o que lhe vem através da imprensa.
Lhe refere-se ao habitante da metrópole. Comenta o que vem ao habitante da metrópole através da imprensa.

b)   “... nos assusta, já que a vemos a todo momento”.
A: refere-se à violência. Nos assusta, já que vemos a violência a todo momento.

03 – Como são classificados os termos em destaque nessas frases?
      Pronomes oblíquos átonos.

04 – Em relação aos verbos, qual é a posição ocupada pelos termos em destaque?
      Eles aparecem antes do verbo.


sexta-feira, 7 de junho de 2019

MÚSICA(ATIVIDADES): HEAVY METAL DO SENHOR - ZECA BALEIRO - COM QUESTÕES GABARITADAS

Música(Atividades): Heavy Metal Do Senhor

                        Zeca Baleiro

O cara mais underground que eu conheço é o Diabo
Que no inferno toca cover das canções celestiais
Com sua banda formada só por anjos decaídos
A plateia pega fogo quando rolam os festivais

Enquanto isso Deus brinca de gangorra no playground
Do céu com santos que já foram homens de pecado
De repente os santos falam: Toca, Deus, um som maneiro
E Deus fala: Aguenta, vou rolar um som pesado

A banda cover do Diabo acho que já tá por fora
O mercado tá de olho é no som que Deus criou
Com trombetas distorcidas e harpas envenenadas
Mundo inteiro vai pirar com o heavy metal do Senhor.

                                                       Composição: Zeca Baleiro

      Disponível em: https://www.vagalume.com.br. Acesso 05/01/2017.

Underground: alternativo, diferente.
Tocar cover: executar repertório de alguém procurando imitá-lo.

Entendendo a canção:

01 – Sobre a canção é INCORRETO afirmar que:
a)   De forma bem-humorada expõe as duas forças que na nossa cultura representam o bem e o mal.
b)   A oposição entre Deus e o diabo transforma-se numa competição musical.
c)   O som divino saiu vencedor, pois as harpas e as trombetas não estavam associadas a paz e sim a um som mais pesado.
d)   Inicialmente o diabo era quem tocava música imitando as canções do céu.
e)   Posteriormente Deus motivado pelo diabo passa a fazer música.

02 – “Toca Deus um som maneiro”. Não é um sinônimo do termo sublinhado.
a)   Que é muito ávido.
b)   Que exige pouco esforço; leve.
c)   Hábil; jeitoso.
d)   Que se move de maneira airosa.
e)   De manejo ou uso fácil.

03 – Assinale as alternativas que apresentam características do Barroco presentes na letra da canção.
a)   (X) Religiosidade (por mencionar Deus e o diabo).
b)   (   ) Material e espiritual.
c)   (X) Conflito entre o terreno e o espiritual.
d)   (X) Homem X Deus.
e)   (X) O cultismo, linguagem rebuscada, extravagante, jogo de palavras.
f)    (   ) O conceptismo jogo de ideias e conceitos.

04 – Que figura de linguagem podemos encontrar no verso: “A plateia pega fogo quando rolam os festivais”.
      Encontramos uma metáfora.

05 – Que sentido “underground” expressa na letra da canção?
      A expressão tem duplo sentido: Um do próprio sentido de “underground”. Cultura ou arte que, por estar fora dos padrões, está fora da mídia – e outro aludindo ao que se diz sobre o inferno ficar no mais profundo subterrâneo.