terça-feira, 18 de setembro de 2018

TEXTO: RIQUEZA - RACHEL DE QUEIROZ, in CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

Texto: RIQUEZA 

    Foi problema que sempre me interessou, esse de ser rico. Ser rico – quer dizer, ter em mãos as possibilidades de poder e os privilégios que o dinheiro dá – é o sonho universal das criaturas. Todo o mundo precisa, quer dinheiro, o pobre para enganar a miséria, o rico para ficar riquíssimo, o pecador para satisfazer seus desejos, o santo para as suas caridades. E isso não é para admirar, pois o dinheiro representa realmente o denominador comum de tudo que tem valor material nesta vida, inclusive coisas de caráter subjetivo, como o poder, o prestígio, o renome, etc. Diz que até o amor. 
        Tudo isso é o dinheiro. E contudo não há coisa mais limitada do que o dinheiro, a riqueza. Pois que ele só nos vale até certo ponto, ou seja, até se chocar com os limites dessa coisa intransponível que se chama a natureza humana. 
        Você por exemplo, que tem o seu contadíssimo orçamento mensal, para você dinheiro é um sonho, representa mundos impossíveis – conforto, luxo, viagens, prazeres – o ilimitado. Querer uma coisa e simplesmente assinar um cheque para obter. Um jardim, um apartamento de luxo, um grande automóvel, ou mesmo o seu avião particular. Boates, teatros. Nova Iorque, Paris! A roda da grã-finagem internacional, que também se chama o “café-soçaite” ou os idle-rich, os ricos ociosos. Jogar Bridge com a Duquesa de Windsor, dançar com o Ali Khan. 
        E entretanto é bom notar que isso tem um limite bastante rígido. Fora uma cota de prazeres e conquistas sociais, no fundo mais subjetivas do que objetivas, além não se pode ir. A riqueza, sendo capaz de nos proporcionar apenas o que está à venda, não nos pode dar nada de genuíno, de autêntico, de natural. Se você perde a perna num acidente, o dinheiro lhe dará a melhor perna artificial do mundo – mas artificial. Tanto no milionário como no pobrezinho com perna de pau, o coto mutilado é o mesmo, porque a natureza não se vende. E assim, quem compra cabelos supostos não pode esperar razoavelmente senão uns postiços, como já o dizia José de Alencar. E quem fura um olho, possua embora o dinheiro do Rockefeller, terá que se arranjar com um olho de vidro, como qualquer de nós. (...)
        Moralidade: Não tenha inveja dos ricos. Não tenha inveja de ninguém, que é melhor. Mas se quer invejar, inveje o simples abastado que pode satisfazer as suas necessidades e, na medida do possível, alguns dos seus sonhos. E quando nem a abastança pode ser atingida, um bom consolo para o pobre é pensar que, quer com o seu salário mínimo, quer com as rendas vertiginosas do tubarão, tanto um como o outro estão trancados nesta nossa mesma prisão de carne, este “saco de tripas” de que falava o velho Gorki; e se dentro dele pouco podemos, fora dele, então, nada nos adianta, nem dinheiro, nem grandeza, nem poderio. Aí, só a terra fria, nada mais. 

               Rachel de Queiroz, in Carlos Drummond de Andrade e outros.
Quatro Vozes. Rio de Janeiro: Record, 1996.

Entendendo o texto:
01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:
·        Privilégios: vantagens.
·        Subjetivas: pessoais, individuais.
·        Denominador comum: traço comum.
·        Ilimitado: o que não tem limite, fim.
·        Vertiginosa: extraordinárias, rápidas.
·        Idle-rich: rico preguiçoso.
·        Gorki: escritor russo.

02 – Coloque as palavras abaixo em ordem alfabética, relacionando-as aos seus significados.
        Rígido – renome – genuíno – cota – universal – abastado.
a)   Abastado: rico, endinheirado.
b)   Cota: porção determinada.
c)   Genuíno: verdadeiro, legítimo, autêntico.
d)   Renome: fama, nome, boa reputação.
e)   Rígido: inflexível, rigoroso.
f)    Universal: geral, mundial, de todo o universo.

03 – Assinale em que sentido foram empregadas as palavras rendas e tubarão na frase: “... as rendas vertiginosas do tubarão...”
(   ) Tipo de tecido com malhas abertas / ricaço.
(X) Lucros / industrial ou comerciante muito rico e que se serve de quaisquer meios para aumentar seus lucros.
(   ) Rendimentos / peixe do mar de grande porte.

04 – Relacione os antônimos:
(1)  Abastado.                    (6) Flexível.
(2)  Artificial.                      (4) Ativo.
(3)  Limitado.                     (2) Natural.
(4)  Ocioso.                        (1) Pobre.
(5)  Vertiginoso.                 (3) Ilimitado.
(6)  Rígido.                         (5) Vagaroso.

05 – O que é ser rico, segundo a autora?
      É ter em mãos as possibilidades de poder e os privilégios que o dinheiro dá.

06 – Segundo a autora, para que o pobre, o rico, o pecador e o santo querem dinheiro?
      O pobre, para enganar a miséria; O rico, para ficar riquíssimo; O pecador, para satisfazer seus desejos; O santo, para as suas caridades.

07 – Segundo o texto, o que mais proporciona o dinheiro, além de coisas materiais?
      Poder, prestígio, renome e até amor.

08 – Segundo o texto, para muitas pessoas até o amor pode sofrer influência do dinheiro. E para você? Que tipo de amor pode sofrer tal influência?
      Resposta pessoal do aluno.

09 – A autora divide as pessoas em três grupos, de acordo com a sua condição econômica: o pobre, o abastado e o rico. Como ela define cada um desses grupos?
      O pobre: é aquele que recebe salário mínimo e vive, muitas vezes, na miséria.
      O abastado: é aquele que possui o bastante para satisfazer suas necessidades e alguns de seus sonhos.
      O rico: é aquele que tem em mãos a possibilidade de poder e os privilégios que o dinheiro dá.

10 – Você concorda com essa classificação? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

11 – Para a autora, o dinheiro é coisa limitada. Por quê?
      Porque não pode comprar tudo, como, por exemplo, a saúde perdida, além de ser impotente contra a morte.

12 – Explique o sentido da frase: “A natureza não se vende”.
      O dinheiro não restitui o que a natureza nos tira, por exemplo: a juventude, um órgão ou membro do corpo.

13 – Assinale o item que melhor resume a mensagem do texto, segundo a autora.
(   ) O dinheiro não consegue restituir o que a natureza nos tira.
(X) A condição econômica determina a distância e o contraste entre ricos e pobres, mas a condição humana os aproxima e os iguala.
(   ) O dinheiro nos leva à conquista do poder, do prestígio e da fama.


segunda-feira, 17 de setembro de 2018

MÚSICA: DIVERSIDADE - LENINE - COM QUESTÕES GABARITADAS


Música: Diversidade
                                        Lenine
Foi pra diferenciar
Que Deus criou a diferença
Que irá nos aproximar
Intuir o que ele pensa
Se cada ser é só um
E cada um com sua crença
Tudo é raro, nada é comum
Diversidade é a sentença
        
Que seria do adeus
Sem o retorno
Que seria do nu
Sem o adorno
Que seria do sim
Sem o talvez e o não
Que seria de mim
Sem a compreensão

Que a vida é repleta
E o olhar do poeta
Percebe na sua presença
O toque de Deus
A vela no breu
A chama da diferença

A humanidade caminha
Atropelando os sinais
A história vai repetindo
Os erros que o homem traz
O mundo segue girando
Carente de amor e paz
Se cada cabeça é um mundo
Cada um é muito mais

Que seria do caos
Sem a paz
Que seria da dor
Sem o que lhe apraz
Que seria do não
Sem o talvez e o sim
Que seria de mim...
O que seria de nós

Que a vida é repleta
E o olhar do poeta
Percebe na sua presença
O toque de Deus
A vela no breu
A chama da diferença.
                                                                            Composição: Lenine
Entendendo a canção:

01 – Quais temas são abordados nesta canção?
      A necessidade da tolerância as diferenças.

02 – O autor defende quem ou o quê?
      Defende que somos todos diferentes e essas diferenças são importantes, pois cada ser humano completa o outro. E por sermos diferentes é que podemos nos ajudar.

03 – Como o autor se posicione frente ao mundo atual e a maneira como ela nos afeta?
      Ele se contrapõe e se recusa a seguir um ritmo cada vez mais frenético, segue sua “própria valsa”, seu próprio tempo e se recusa a ceder às pressões e a velocidade que o mundo exige.

04 – A letra da canção nos faz refletir sobre o quê?
      A nossa identidade nacional, afinal somos um povo que carrega a grande diversidade cultural que é composto nosso país.

05 – Transcreva do texto dois exemplos de antítese, justificando sua resposta:
      Tudo é raro, nada é comum”.
      “Que seria do sim, sem o talvez e o não”.
      São antítese.


FILME(ATIVIDADES): ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS - TIM BURTON - COM SINOPSE E QUESTÕES GABARITADAS

Filme(ATIVIDADES): ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

Data de lançamento 23 de abril de 2010 (1h 48min)
Direção: Tim Burton
Gêneros FantasiaAventuraFamília
Nacionalidade EUA

SINOPSE E DETALHES
        Alice (Mia Wasikowska) é uma jovem de 17 anos que passa a seguir um coelho branco apressado, que sempre olha no relógio. Ela entra em um buraco que a leva ao País das Maravilhas, um local onde esteve há dez anos apesar de nada se lembrar dele. Lá ela é recepcionada pelo Chapeleiro Maluco (Johnny Depp) e passa a lidar com seres fantásticos e mágicos, além da ira da poderosa Rainha de Copas (Helena Bonham Carter).

Entendendo o filme:

01 – Assinale a única alternativa correta, entre as apresentadas a seguir.
a)   Apenas as crianças de 7 a 12 anos são o público-alvo dessa campanha. Essa afirmação pode ser confirmada pelos dizeres a elas direcionados: Converse sobre um livro. Recomende para uma criança.
b) O cartaz tem a finalidade de anunciar o lançamento de títulos de literatura infantil que serão vendidos apenas por mídias eletrônicas.
c) O cartaz tem, preferencialmente, o adulto como público-alvo. Essa afirmação pode ser confirmada pelos dizeres: Converse sobre um livro. Recomende para uma criança.
d) O texto escrito é dispensável na composição do cartaz, visto que ele traz informações necessárias ao entendimento do propósito da campanha.
e) Apenas profissionais da educação constituem o público-alvo dessa campanha.

02 – No cartaz, algumas palavras foram utilizadas com a intenção de levar o leitor a realizar ações específicas. Entre as palavras apresentadas abaixo, quais cumprem essa função e a que classe gramatical elas pertencem? Assinale a alternativa correta.
a) mais e livro – pronomes.
b) viaje, seja e livro – verbos.
c) mais, livro e criança – substantivos.
d) leia, converse e recomende – verbos.
e) leia, converse e recomende – adjetivos.

03 – Como Alice pode acordar de um pesadelo?
a)   Puxando os cabelos.
b)   Dando-se um tapa.
c)   Dando-se um beliscão.
d)   Gritando.

04 – Que segredo as gêmeas contaram a Alice?
a)   Iria ganhar presentes.
b)   Que Hamish pediria a mão de Alice.
c)   Que viu um coelho branco.
d)   Que iriam nadar no lago nuas.

05 – Que cor a mãe de Hamish pediu pra plantar as rosas?
a)   Amarelas.
b)   Violetas.
c)   Azuis.
d)   Vermelhas.

06 – O que faz a Alice crescer?
a)   Cogumelo.
b)   Suco.
c)   Altestrudei.
d)   Queijo.

07 – Qual é o nome dos Gêmeos gordinhos?
a)   Chesser e Absolem.
b)   Tweedledee e tweedledum.
c)   Mctwisp e Mallynkum.
d)   Capturandam e Jaguadarte.

08 – Qual instrumento pode matar o Jaguadarte?
a)   A espada Vorbal.
b)   A espada Branca.
c)   A espada vorpal.
d)   A espada vermelha.

09 – Quem tira o olho do Capturandam?
a)   Chapeleiro.
b)   Alice.
c)   Mallykum.
d)   Mctwisp.

10 – O chapeleiro Maluco era chapeleiro de quem?
a)   Rainha vermelha.
b)   Alice.
c)   Absolem.
d)   Rainha branca.

11 – Em que dia a Alice mata o Jaguadarte?
a)   No gloriandei.
b)   No Griblig.
c)   No aniversário da rainha vermelha.
d)   No casamento de Alice.

12 – Que apelido chapeleiro chama a rainha vermelha?
a)   Cabeçona.
b)   Fora cabeçuda.
c)   Fora cabeçona.
d)   Fora cabeça grande.

13 – A espada fica guardada onde?
a)   Em Salazen Grum.
b)   Na floresta.
c)   Em marmoreal.
d)   Com o Chapeleiro.

14 – Que dança o chapeleiro dança no gloriandei?
a)   Passo Louco.
b)   Passo esquisito.
c)   Passo maluco.
d)   Passo legal.

15 – Qual o nome da Rainha vermelha e Branca?
a)   Elizabeth e Miranda.
b)   Iracebeth e Mirana.
c)   Iracelly e Millena.
d)   Iracebeth e Miranda.



POEMA: MÁQUINAS - ROSEANA MURRAY - COM GABARITO

Poema: Máquinas
          Roseana Murray


Agora todos falam
a língua das máquinas.
A TV faz de conta
que o mundo é dela,
é sempre igual,
é o que cabe
dentro dela.


Timidamente eu discordo,
penso que o mundo
é um acorde imenso
de imensas geografias
e diferenças.

Nenhum homem é igual
a outro homem.
E só por esse mistério
a vida
já vale a pena.
                                                                     Roseana Murray. Paisagens.
                                                                                      Belo Horizonte: Lê, 1996.
Entendendo o poema:
01 – Reescreva as frases, substituindo as palavras em destaque pelas que estão entre parênteses, e perceba como a personificação torna a frase mais poética e lhe dá mais vida. Ex.:

As estrelas brilham no céu. (Alegram o)
As estrelas alegram o céu.
a)   A moto ia velocíssima. (Voava)
A moto voava.

b)   As ondas quebraram o barco. (Engoliram)
As ondas engoliram o barco.

02 – Assinale os itens em que há personificação.
(X) As ondas lambiam a praia.
(  ) O fogo queimava a palha.
(X) As borboletas dançavam no ar.
(X) O sol morria no horizonte.

03 – Represente os sons e as vozes dos elementos abaixo:
·        Despertador: trim.
·        Buzina: fon-fon.
·        Vaca: muu.
·        Chuvas: chuá.

04 – Assinale os itens em que há onomatopeia.
(X) Delém, delém... é a hora de ir à Igreja.
(  ) A motocicleta faz barulho.
(X) Zzzzz, zzzz... que pernilongo chato!
(  ) O copo caiu e se quebrou.
(X) O bum-bum-bum do bumbo convidava para a festa.

05 – Reescreva as frases, omitindo o pronome nós e as vírgulas por meio da silepse.
a)   Nós todos conhecemos nossos deveres.
Todos conhecemos nossos deveres.
b)   Nós, os alunos, fomos aprovados.
Os alunos fomos aprovados.

06 – Assinale as frases em que há silepse.
(  ) Os trens descarrilaram.
(X) Amazonas é um grande rio.
(  ) A vida é um sonho.
(X) Todos procuramos a paz.
(X) A multidão, no estádio superlotado, se acotovelavam.


CONTO: O MELHOR MILHO - REVISTA "NOSSO AMIGUINHO" - COM GABARITO


Conto: O melhor milho

     Conta-se a história de um agricultor que, há vários anos, tinha a melhor plantação de milho da região.
        Na altura da entrega de um prêmio, um jornalista ali presente perguntou-lhe qual era o seu segredo.
        — Eu partilho sempre a semente do meu milho com os meus vizinhos.
        Perante o ar de admiração de todos ele respondeu.
        — O vento leva o pólen do milho maduro de campo para campo. Se os meus vizinhos cultivarem milho inferior, a polinização degradará a qualidade do meu milho. Por isso, para eu poder ter milho bom, tenho de ajudar os meus vizinhos a cultivarem milho bom também.
        O mesmo se passa com outras dimensões da vida.
        Se queres ser feliz, tens de ajudar os outros a encontrarem a felicidade.
        O bem-estar de cada um está ligado ao bem-estar de todos.

                      Revista infantil “Nosso amiguinho” Agosto 2001, Nº 179
Entendendo o conto:
01 – Qual é o título do texto?
      O título é “O melhor milho”. 

02 – Qual é a história que se contava sobre o agricultor?
      A história era que o agricultor tinha a melhor plantação da região.  
 
03 – Quando a jornalista perguntou ao agricultor qual era o seu segredo o que ele respondeu?
      Eu partilho sempre a semente do meu milho com os meus vizinhos. 

04 – Qual a justificativa do agricultor para suas atitudes?
      O vento leva o pólen do milho maduro de campo para campo. Se os meus vizinhos cultivarem milho inferior, a polinização degradará a qualidade do meu milho. Por isso, para eu poder ter milho bom, tenho de ajudar os meus vizinhos a cultivarem milho bom também.

05 – Explique com suas palavras a seguinte frase: “O bem-estar de cada um está ligado ao bem-estar de todos.”
      Resposta pessoal do aluno.