sábado, 11 de agosto de 2018

CONTO: CAIO? ÂNGELA LAGO - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


CONTO: Caio?

    Em Bom Despacho tinha uma fazenda à venda, mas ninguém queria comprar: era mal-assombrada. Quando o preço chegou lá embaixo, veio de luzes um comprador fechar negócio.
        O caseiro aconselhou o homem a passar a noite na fazenda e deixar a decisão para o dia seguinte. 
        E o homem ficou sem dormir.
        De madrugada, acordou com uma voz cavernosa:
        -- Caio? Caaaaaaaaaaaaaio? – a voz repetia.
        Acontece que o homem se chama Caio. Ele estranhou muito e foi com custo que gaguejou:
        -- A-a-a-qui.
        E na mesma hora um osso de perna caiu em cima dele.
        O homem gelou. Mas não adiantava correr, a assombração sabia até o seu nome. Melhor era continuar deitado e se cobrir todinho.
        Dali a pouco o vozeirão recomeçou:
        -- Caaaaaaaaaaaaaio? Caaaio?
        E se assombração não souber o nome dele coisa nenhuma e estivesse só perguntando se podia cair? Por via das dúvidas, Caio murmurou:
        -- Sim.
        Caiu outro osso. E Caio matutava. Será que a assombração está pensando que “Sim” queria dizer “Sim, pode cair”? Ou “Sim, sou eu, o Caio”? Resolveu desvendar a questão de uma vez por todas.
        -- Eu!?!
        Caio mais um osso.
        De novo:
        -- Caaaio? Caaaaaaaaaaaaaio?   
        E o caio, para testar:
        -- Cai!
        Caiu outro osso.
        Ai o Caio começou a achar que a assombração estava gozando a cara dele.
        -- Caiiiiiiiiuuuuuuu!? – por coincidência, a assombração desafinou nessa hora.
        O homem teve um treco. Deu dois tiros para o alto, chorando nervoso:
        -- Cai, mas cai logo, que eu não aguento mais essa história!  
        E para sua surpresa, quem despencou do forro do teto foi o caseiro, que não queria dono novo na fazenda onde ele gostava de vadiar.
                                                                            Autor: Ângela Lago.

Entendendo o texto:
01 – Releia: Quando o preço chegou lá embaixo, veio de Luzes um comprador para fechar o negócio.
a)   O que quer dizer a expressão “o preço chegou lá embaixo”?
Que o preço chegou ao menor valor, que foi pedido anteriormente.

b)   Por que o preço chegou lá embaixo?
Porque o proprietário não conseguia vender a propriedade.

c)   Por que a palavra Luzes está escrita com inicial maiúscula?
Porque é nome de uma cidade. Nome próprio.  

d)   Que negócio se pretendia fechar?
A venda de uma fazenda.

02– Narrador é quem conta a história. Leia o trecho e copie apenas a frase que pertence ao narrador:
a) De madrugada, acordou com uma voz cavernosa:  
b) -- Caaaaaaio? Caaaaaaio?  [...]

03 – No texto a palavra Caio tem dois significados. Quais são eles?
      Caio: Nome da pessoa.
      Caio: queda dos ossos do teto.

04 – O motivo pelo qual o comprador achou estranho quando a assombração disse: “Caio? Caaaaaaaaaaio?” foi:
(  ) A assombração queria cair. 
(X) O nome do comprador era Caio.
(  )  O nome da assombração era Caio.

05 – Por que o homem deu dois tiros para o alto?
      Porque a assombração desafinou nesta hora.  

06 – Por que o caseiro armou toda essa confusão?
      Porque ele não queria novo dono na fazenda.

07 – Enquanto lia o conto, o que você imaginou sobre a voz? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

08 – Os contos são narrativas e costumam apresentar alguns elementos característicos: fato, lugar, tempo, personagens, motivo.
Responda às questões, com os elementos do conto Caio:
a)   O que aconteceu? (Fato).
Venda da fazenda.

b)   Onde? (Lugar).
Fazenda.

c)   Quando? (Tempo).
A noite.  
  
d)   Quem participou? (Personagens).
Caio e o caseiro.

e)   Por quê? (Motivo).
Assombrar o comprador.  
      
09 – Nos contos de assombração, o modo de contar é essencial: quanto mais suspense, melhor. Releia:
De madrugada, acordou com uma voz cavernosa [...]
Dali a pouco o vozeirão recomeçou [...]
Qual a intenção da autora ao escolher as expressões destacadas?
      Deixar a história mais emocionante e sinistra.   

10 – Releia o texto e copie três palavras, expressões ou frases que a autora empregou com a intenção de mostrar o medo do comprador.
-- A-a-a-qui.
-- Caaaio? Caaaaaaaaaaaaaio? 
-- Cai, mas cai logo, que eu não aguento mais essa história!    

11 – Em sua opinião por que a história acontece à noite?
      Resposta pessoal do aluno.   

12 – Copie o trecho onde acontece o ponto máximo de suspense (clímax).
      E para sua surpresa, quem despencou do forro do teto foi o caseiro, que não queria dono novo na fazenda onde ele gostava de vadiar.

13 – Por que a autora só conta no desfecho (final) que a assombração era o caseiro?
      Porque uma das características do conto é o final súbito, é normal que o fim aconteça imediatamente depois do clímax.



CRÔNICA: NOTÍCIA DE JORNAL - STANISLAW PONTE PRETA - COM GABARITO

CRÔNICA: NOTÍCIA DE JORNAL
                Stanislaw Ponte Preta


     Quem descobriu, perdida no noticiário policial de um matutino, a intensa poesia contida no bilhete do suicida? Creio que foi Manuel Bandeira. Sim, se a memória não falha (e, meu Deus, ela está começando a falhar), foi o poeta Bandeira. Ele é que tem o dom da poesia mais forte. Claro, todos nós somos poetas em potencial, amando a poesia no voo de um pássaro, na comovente curva de um joelho feminino, no pôr-do-sol, na chuva que cai no mar. Mas nós somos os pequenos poetas, os que sentimos a poesia, sua mensagem de encantamento, sem capacidade bastante para transmitir ao amigo, à amada, ao companheiro aquilo que nos encantou.
        Então Deus fez o poeta maior, aquele que tem o dom de transmitir por meio de palavras toda e qualquer poesia, seja ela plástica, audível, rítmica; sentimento ou dor.
        "A poesia é espontânea" – disse um dia Pedro Cavalinho, o tímido esteta, enquanto descíamos de madrugada uma rua molhada de orvalho e um galo branco cantou num muro próximo. Um muro que o limo pintara de verde.
        E é mesmo. Tão espontânea, que estava no bilhete do suicida. Um minuto antes de botar formicida no copo de cerveja e beber, ele rabiscou, com sua letra incerta, num pedaço de papel: "Morri do mal de amor. Avisem minha mãe. Ela mora na Ladeira da Alegria, sem número".
        Manuel Bandeira, poeta maior, nem precisou transformar num poema as palavras do morto. Leu a notícia em meio às notas policiais do matutino e notou logo o que podem as palavras. O homem humilde, que fora a vida inteira um espectador da poesia das coisas, no último instante, sem a menor intenção, se fez poeta também. E deixou sobre a mesa suja de um botequim, entre um copo de formicida e uma garrafa de cerveja, a sua derradeira mensagem - a primeira mensagem poética.
        Num matutino de ontem, num desses matutinos que se empenham na publicidade do crime, havia a seguinte notícia: "João José Gualberto, vulgo 'Sorriso', foi preso na madrugada de ontem, no Beco da Felicidade, por ter assaltado a Casa Garson, de onde roubara um lote de discos".
        Pobre redator, o autor da nota. Perdido no meio de telegramas, barulho de máquinas, campainhas de telefones, nem sequer notou a poesia que passou pela sua desarrumada mesa de trabalho, e que estava contida no simples noticiário de polícia.
        Bem me disse Pedro Cavalinho, o tímido esteta, naquela madrugada: "A maior inimiga da poesia é a vulgaridade". Distraído na rotina de um trabalho ingrato, esse repórter de polícia soube que um homem que atende por um vulgo de "Sorriso" roubara discos numa loja e fora preso naquele beco sujo que fica entre a Presidente Vargas e a Praça da República e que se chama Felicidade. Fosse o repórter menos vulgar e teria escrito:
        "O Sorriso roubou a música e acabou preso no Beco da Felicidade".

PRETA, Stanislaw Ponte. Tia Zulmira e eu. 1. ed.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979. p. 145-7.
Entendendo o texto:
01 – Releia atentamente os dois primeiros parágrafos do texto. A seguir, escreva um parágrafo em que se diferenciem os poetas menores do poeta maior.
     Os poetas menores são capazes de sentir a poesia; o poeta maior é capaz de transmitir verbalmente toda e qualquer carga poética. Essa diferença básica deve ser cobrada na resposta do aluno. 
   
02 – Relacione as palavras de Pedro Cavalinho (terceiro parágrafo) com a situação aí descrita.
      A cena descrita no parágrafo é espontânea e é poética: deve-se levar o aluno a visualizar o galo branco que canta num muro pintado de verde pelo limo, numa manhã úmida.

03 – O que existe de poético, no seu entender, no bilhete do suicida (Quarto parágrafo).
       Há intensa carga poética no drama do suicida: morre por amor, preocupa-se em avisar sua mãe, e ela mora, amargamente, na Ladeira da Alegria, numa casa tristemente sem número.

04 – No quinto parágrafo, há várias expressões de sentido oposto. Aponte-as e comente seu emprego.
      “O homem humilde” / “se fez poeta”; “a vida inteira” / “no último instante”; “A sua derradeira mensagem” / “a sua primeira mensagem poética”. O emprego dessas expressões é altamente enfático – amplia a dramaticidade do episódio narrado.

05 – “A maior inimiga da poesia é a vulgaridade.” Relacione o conteúdo dessa frase com o comportamento do redator.
      O redator agiu de forma meramente profissional, enxergando na notícia apenas o conteúdo policialesco. Agiu com vulgaridade, portanto.

06 – A notícia, como o redator a produziu, lhe parece inadequada à finalidade a que se propõe? Comente.
      Não. Ela não é inadequada à finalidade a que se propõe. O redator cumpriu seu dever profissionalmente.

07 – O modo como Stanislaw Ponte Preta elaborou a mensagem tem qual finalidade?
      Stanislaw visa a uma finalidade bastante diversa a que visava o redator: trata-se, agora, de despertar prazer estético pela elaboração da mensagem e de extrair da vida aquilo que ela tem de poético.

08 – Stanislaw utilizou o mesmo material que o redator para elaborar sua mensagem poética. As mensagens de um e de outro são, no entanto, muito diferentes. Por quê?
      Trata-se de textos elaborados com finalidades explicitamente diferentes. Deve-se, a partir desse aspecto, enfatizar veementemente a importância da finalidade na configuração da mensagem.

09 – O texto “Notícia de jornal” é coeso? Como se articulam as diversa partes que o formam?
      É um texto coeso. Observar com o aluno como o texto principia com uma indagação sobre a descoberta da poesia no cotidiano para, num segundo momento, efetuar exatamente essa mesma descoberta.

TEXTO: GUARDA-NOTURNO ELETRÔNICO - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


Texto: Guarda-noturno eletrônico

    A Samsung está lançando o Scout-About, um robozinho que funciona como um guarda-noturno, deslizando pela casa a procura de intrusos.
  Scout-About se comporta quase como um cão de guarda, só que não late, não morde nem come carne. Scout-About é o nome de um robô vigilante apresentado pela indústria coreana de produtos eletrônicos Samsung, que poderá ser comprado no mercado americano a partir de fevereiro do próximo ano. O robozinho desliza silenciosamente pela área a ser guardada, pára, verifica se não há intrusos num raio de 10 metros e depois continua a vigilância.
        Dois tipos de sensores, ultra-sônicos e infravermelhos, detectam movimentos, o calor de um corpo, temperaturas de ar abaixo de 4 graus ou acima de 38 graus e a quebra de vidro. Percebida alguma anormalidade, o robô toca um alarme e envia um sinal de rádio a um aparelho de monitoração, que disca automaticamente para a polícia. O Scout-About também exerce atividades mais delicadas, como vigiar o quarto de um bebê e alertar a mãe, por monitor de rádio, quando ele chorar.
                                                             Superinteressante, out. 1991.
Entendendo o texto;
01 – Quantas expressões diferentes são utilizadas no texto para designar o “guarda-noturno”? Discrimine cada uma delas.
      Scout-About, ele (oculto em várias ocasiões, como “não late”, “não morde”, “continua a vigilância”), robô vigilante, robozinho, robô.

02 – A que se refere o pronome ele que surge na última frase do texto? Como você sabe?
      Ao bebê. Percebe-se isso pelo contexto – afinal, não deve ser o robô que chorará.

03 – Que tipo de função cumpre a palavra também (último parágrafo) no corpo do texto? Comente.
      Também, no texto, introduz informações adicionais, ou seja, é um indicador da progressão textual. Fazer o aluno notar que essas informações ganham destaque no conjunto do texto.

04 – Há equilíbrio no texto entre repetição e progressão? Comente.
      Sim. O texto trabalha com diferentes expressões para retomar o robô. A cada retomada corresponde sempre o acréscimo de novas informações, num ritmo que dosa adequadamente repetição e progressão.


sexta-feira, 10 de agosto de 2018

MÚSICA(ATIVIDADES): DEZESSEIS - LEGIÃO URBANA - COM GABARITO

Música(Atividades): Dezesseis

                                                        Compositor: Renato Russo


João Roberto era o maioral
O nosso Johnny era um cara legal

Ele tinha um Opala metálico azul
Era o rei dos pegas na Asa Sul
E em todo lugar

Quando ele pegava no violão
Conquistava as meninas
E quem mais quisesse ver
Sabia tudo da Janis
Do Led Zeppelin, dos Beatles e dos Rolling Stones

Mas de uns tempos prá cá
Meio sem querer
Alguma coisa aconteceu

Johnny andava meio quieto demais
Só que quase ninguém percebeu

Johnny estava com um sorriso estranho
Quando marcou um super pega no fim de semana
Não vai ser no Caseb
Nem no Lago Norte, nem na Unb

As máquinas prontas
Um ronco de motor
A cidade inteira se movimentou

E Johnny disse:
"- Eu vou prá curva do Diabo em Sobradinho e vocês ?"

E os motores sairam ligados a mil
Pra estrada da morte o maior pega que existiu
Só deu para ouvir foi aquela explosão
E os pedaços do Opala azul de Johnny pelo chão

No dia seguinte, falou o diretor:
"- O aluno João Roberto não está mais entre nós
Ele só tinha dezesseis,
Que isso sirva de aviso pra vocês"

E na saída da aula, foi estranho e bonito
Todo o mundo cantando baixinho:

Strawberry Fields Forever
Strawberry Fields Forever

E até hoje, quem se lembra
Diz que não foi o caminhão
Nem a curva fatal
E nem a explosão

Johnny era fera demais
Pra vacilar assim
E o que dizem é que foi tudo
Por causa de um coração partido

Um coração

Bye, bye Johnny
Johnny, bye, bye
Bye, bye Johnny

Entendendo a canção:
01 – A que gênero literário pertence a música “Dezesseis”?
a) lírico (expressam-se emoções);
b) dramático (encena-se uma peça);
c) narrativo (conta-se uma história).

02 – As características de um texto narrativo são personagens, tempo / lugar e ações.
a) Sobre o personagem principal, identifique-o e fale sobre a personalidade dele descrita no início da música.
      O personagem Johnny era um cara legal, descolado (maioral), músico e aventureiro.

b) Sobre a descrição do “tempo” e do “lugar” na música, é possível identificar quando e onde ocorreu a história?
      Onde: na cidade de Brasília (UnB, Sobradinho); quando (não dá para perceber exatamente).

c) Sobre “ações”, como podemos resumir a história apresentando o início, o meio e o fim dela?
      Início: apresentação do personagem Johnny como um cara legal e cheio de vida;
      Meio: o fato trágico do acidente que matou Johnny;
      Fim: momento em que o diretor anuncia a morte de Johnny e os colegas da escola se despedem dele.

03 – A imagem que João Roberto aparentava correspondia com o que ele era na realidade? Explique. 
      Resposta pessoal do aluno. (Acredita-se que não, porque, por dentro, ele devia estar sentindo uma profunda tristeza, ‘talvez por um amor não correspondido’).

04 – João Roberto era jovem e tinha a vida toda pela frente. Você concorda com a postura e a concepção de amor dele?
      Resposta pessoal do aluno.

05 – Releia o texto:
a) Por que a música se chama “Dezesseis”;
      Porque o personagem principal (Johnny) tinha apenas 16 anos.  
    
06 – Em que versos a canção composta, apresenta ainda uma intertextualidade com uma música dos Beathes?
      Strawberry Fields Forever
      Strawberry Fields Forever.

07 – Tem-se na canção uma representação da juventude enquanto grupo social particular em meio a sociedade. Por que o diretor diz: “Que isso sirva de aviso pra vocês”?
      Ele diz isto tentando restituir aos alunos os valores dominantes da sociedade.

08 – Que análise podemos fazer dos seguintes versos?
        “Johnny era fera demais
         Pra vacilar assim.”?
      Mostra que Johnny era bom demais na direção e nas corridas que participava para simplesmente morrer de bobeira de acidente. Deixou-se levar pelo desejo de morte, por causa de um coração partido.





FILME(ATIVIDADES): UM AMOR PARA RECORDAR - ADAM SHANKMAN - COM SINOPSE E QUESTÕES GABARITADAS

Filme(ATIVIDADES): UM AMOR PARA RECORDAR

Data de lançamento 7 de fevereiro de 2003 (1h 52min)
Direção: Adam Shankman
Gêneros RomanceDrama
Nacionalidade EUA

SINOPSE E DETALHES
        Em plenos anos 90, Landon Carter (Shane West) é punido por ter feito uma brincadeira de mal gosto em sua escola. Como punição ele é encarregado de participar de uma peça teatral, que está sendo montada na escola. É quando ele conhece Jamie Sullivan (Mandy Moore), uma jovem estudante de uma escola pobre. Com o tempo Landon acaba se apaixonando por Jamie que, por razões pessoais, faz de tudo para escapar de seu assédio.

Entendendo o filme:
01 – Quem é a atriz que interpreta Jamie?
a)   Larissa Manoela.
b)   Selena Gomez.
c)   Mandy Moore.
d)   Lauren German.
e)   Nenhuma acima.

02 – Complete: "Nosso amor é como o vento, não posso vê-lo mas posso senti-lo".

03 – Qual é o número 1 na lista de Jamie?
a)   Ver um cometa.
b)   Casar na igreja onde sua mãe cresceu e onde os pais se casaram.
c)   Ficar em dois lugares ao mesmo tempo.
d)   Ler os livros que o professor recomendou.
e)   Ser uma pop star.

04 – No filme, dá para perceber que Landon teve um romance com outra garota. Quem é ela?
a)   Belinda.
b)   Jamie.
c)   Ele não namorou ninguém.
d)   Trace.
e)   Nenhuma escolha acima.

05 – Landon dá o nome de Jamie a algo, o que é?
a)   Uma concha.
b)   Um cometa.
c)   Um coração.
d)   Uma estrela.
e)   Ele não dá o nome dela para nada.

06 – O filme Um amor para Recordar foi baseado em um livro. Qual é o nome do autor?
      Nicholas Sparks.

07 – Quem é o ator que interpreta Landon?
a)   Al Thompson.
b)   Peter Coyote.
c)   Shane West.
d)   Clayne Crawford.
e)   Matt Lutz.

08 – Que música Jamie canta na peça de primavera?
a)   Only Hope.
b)   Cry.
c)   Dare you to move.
d)   Someday We’ll Know.
e)   If you Belive.

09 – Qual é a doença de Jamie?
      Leucemia.

10 – Qual dos sonhos de Jamie, Landon realiza?
a)   Casar de branco.
b)   Fazer um telescópio.
c)   Estar em dois lugares ao mesmo tempo, casar na igreja onde os pais se casaram.
d)   Fazer uma tatuagem, estar em dois lugares ao mesmo tempo e casar na igreja onde os pais se casaram.
e)   Ler os livros que o professor recomendou.

11 – O que o pai de Landon faz por Jamie?
a)   Ele pagou o tratamento dela em casa.
b)   Ele visitou ela no hospital.
c)   Ele cuidou dela no hospital.
d)   Ele não fez nada por ela.
e)   Ele comprou um telescópio pra ela.

12 – Em que ano foi feito o filme “Um Amor para Recordar”?
a)   2000.
b)   1999.
c)   2003.
d)   2002.
e)   2004.

13 – Qual é o nome completo de Jamie?
a)   Jamie Sullivan Carter.
b)   Jamie Elizabeth Sullivan.

14 – Qual é a tatuagem que Landon faz em Jamie?
a)   Uma estrela.
b)   Um botão de rosa.
c)   Uma borboleta.

15 – Qual é o nome do filme Um Amor para Recordar em inglês?
      A Walk to remember.

16 – O que Landon fala no final do filme?
a)   Sentirei sempre falta dela.
b)   Nosso amor é como o vento, não posso ver mas posso sentir.
c)   Nunca vou me esquecer da Jamie.

17 – Qual é a música tema do filme?
a)   Cry.
b)   Only Hope.
c)   Somedayy Well Know.
d)   If you Belive.
e)   Learning to Breathe.

18 – Há uma frase no filme que diz que "nada nesta vida é coincidência". Você concorda ou não com tal afirmação? Por quê? 
      Resposta pessoal do aluno.

19 – Na frase: “Eu achei que tivesse visto alguma coisa em você. Algo bom. Mas eu estava enganada." Você já teve essa sensação? Justifique: 
      Resposta pessoal do aluno.

20 – “Há uma canção em minha alma", diz a música. E qual seria a sua? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

CRÔNICA: DUAS E TRÊS - FERREIRA GULLAR - COM GABARITO

Crônica: Duas e três
            Ferreira Gullar

        Levei um susto quando aquela voz soprou em minha nuca:
        --- Se tu é bom, mata essa: “Não durmo no Rio porque tenho pressa; duas e três.”
        Voltei-me para ver quem falava. Era um homem quarentão, alto e gorducho, de roupas imundas, rasgadas, e cara encardida. Uma cara simpática de gângster regenerado.

        Ele ria:     
        --- Mata essa, vamos!
        Era de manhã cedo, em junho, e fazia um frio agradável. Acordara e, sem ter para onde ir, sentei-me naquele banco da praça Floriano, em frente à Biblioteca Nacional, à espera de que ela abrisse. Meu velho terno marrom esfiapava nas mangas, o sapato empoeirado, a barba por fazer. “Esse homem está me tomando por um vagabundo”, pensei comigo. E achei divertido.
        --- Matar o quê?
        --- A charada, meu besta!
        O velho se debruçava em cima de mim, com um riso gozador. Fedia a suor e molambo. Afastei-o um pouco, com o braço e, meio sem saber o que fizesse, acedi.
        --- Como é mesmo a charada?
        --- Só repito esta vez, tá bom? “Não durmo no Rio porque tenho pressa; duas e três”
        Sempre fui um fracasso para matar charadas. Fiz um esforço para penetrar nas palavras, mas em vão.
        --- Digo mais. – esclareceu-me o vagabundo. – Chaves: “Não durmo no Rio” e “Rio”. Conceito: “pressa” ... Mas você é burro, hei.
        Donde diabo viera aquele cara impertinente, para me obrigar a resolver uma charada àquela hora da manhã? Mas meu orgulho estava em jogo. Pensava e o pensamento escapulia.
        --- Não consigo decifrar. Não me amola.
        --- Então você perdeu.
        --- É, perdi.
        --- Então paga.
        --- Paga o quê?
        --- Duas pratas, meu Zé. Você perdeu!
        Era incrível. Comecei a rir. Ele também ria e dizia: “Paga, duas pratas.” Dei-lhe uma cédula de dois cruzeiros e fiquei ali rindo enquanto ele se afastava arrastando seus sapatos furados.
        Semanas depois, estava eu no Passeio Público, quando ele veio com a mesma conversa, como se nunca me tivesse visto. “Mata essa: não durmo no Rio, porque tenho pressa; duas e três.” Respondi-lhe em cima da bucha: “Não durmo, velo; no Rio. Cidade: velocidade. “Ele ficou desapontado. “Você perdeu”, disse-lhe eu. “Paga duas pratas.” Olhou-me sério, meteu a mão no bolso e estendeu-me duas notas imundas. Fomos tomar juntos um café na Lapa.
GULLAR, Ferreira. O melhor da crônica brasileira. 1 Ferreira
Gullar... [ET al.]. – 5ª Ed. – Rio de Janeiro: José Olympio, 2007.

Entendendo a crônica:
01 – Após a leitura da crônica; o que você entendeu por duas e três?
      Resposta pessoal do aluno.  
  
02 – O narrador se assustou com uma voz, o que ela dizia?
     Se tu é bom, mata essa: “Não durmo no Rio porque tenho pressa; duas e três.”

03 – A narrativa está em 1ª ou 3ª pessoa? Retire do texto um trecho que justifique sua resposta.
      Está em 1ª pessoa – “Levei um susto quando aquela voz soprou em minha nuca.”

04 – Onde e quando aconteceu o primeiro encontro entre os dois homens?
      No banco da praça Floriano, era de manhã cedo no mês de junho.

05 – Para o narrador o que lhe pareceu ser o homem que o abordara? Assinale a alternativa correta:
a) um vagabundo de rua           
b) um mágico de rua
c) um vigarista                           
d) um trabalhador desempregado.

06 – Assinale a alternativa correta:
a) O narrador achou muito comum e normal a abordagem que lhe foi feita pelo homem.
b) O narrador repeliu, veementemente, o homem.
c) Apesar de ter achado estranha a abordagem, o narrador acabou se envolvendo com a simpatia do desconhecido.
d) O estranho queria extorquir o narrador.

07 – Qual a palavra que melhor se aproxima de um sinônimo para a palavra charada?
a) duelo                  
b) disputa                 
c) comando                 
d) enigma.    

08 – Na frase “Este homem está me tomando por um vagabundo.” a expressão destacada significa:
a) “parecendo com”                          
b) “comparando com”
c) “acompanhado por”                    
d) “discordando de”.

09 – O narrador pagou duas pratas ao velho porque:
a) jamais estivera naquela situação.
b) pela conversa agradável do homem.
c) não conseguiu decifrar a charada.  
d) porque o homem estava com fome.

10 – Em “Mata essa, vamos!” o termo destacado tem o mesmo sentido de:
a) elimina             
b) abate                    
c) extermine                  
d) resolve.

11 – O texto se desenvolveu em torno:
a) da amizade impossível entre duas pessoas que pouco se conheciam.
b) da camaradagem entre dois homens apreciadores de charadas
c) do encontro inesperado entre pessoas que não se conheciam 
d) do hábito das pessoas frequentarem praças e bibliotecas.