quarta-feira, 8 de agosto de 2018

CONTO: CONVERSA FIADA - DILÉA FRATE - COM GABARITO

Conto: Conversa fiada
          Diléa Frate

        Era uma vez um homem muito velho que, por não ter muito o que fazer, ficava pescando num lago. Era uma vez um menino muito novo que também não tinha muito o que fazer e ficava pescando no mesmo lago.
      Um dia, os dois se encontraram, lado a lado na pescaria, e o mesmo momento, exatamente no mesmo instante, sentiram aquela puxadinha que indica que o peixe mordeu a isca. O menino puxou com força e precisão.
        velho usou mais precisão e menos força. Quando apareceram os respectivos peixes, porém, que decepção: o peixe do menino era muito velho e o peixe do velho era muito novo! O velho disse para o menino:
        -- Você não pode pescar esse peixe tão velho! Deixe que ele viva o pouco de vida que lhe resta.
        O menino respondeu:
        -- E o que você vai fazer com este peixe tão novo? Ele é tão pequeno... deixe que ele viva mais um pouco! 
        O velho e o menino olharam um para o outro e, sem perder tempojogaram os peixes no lago. Ficaram amigos e agora, quando não têm muito o que fazer, vão até o lago, cumprimentam os peixes e matam o tempo jogando conversa fora. 
                                                                                    Diléa Frate
Entendendo o conto:
01 – Qual é a finalidade deste conto; uma vez que o título é “Conversa fiada.”?
      Contar a história de duas pessoas que não tinham muito o que fazer e iam pescar num mesmo lago.

02 – As personagens foram apresentadas logo no primeiro parágrafo. O que eles tinham em comum? O que tinham de diferente? 
      Eles gostavam de ir no lago pescar.
      Um era homem muito velho e outro um menino muito novo.

03 – Ao sentir o peixe morder a isca, por que o menino puxou com força e precisão e o velho usou mais precisão e menos força? 
      Porque o menino não tinha a experiência e a prática que o velho já tinha.

04 – Para você, quem tem mais direito à vida: os novos ou os velhos? Explique seu ponto de vista:
      Resposta pessoal do aluno.

05 – Por que o velho pediu mais vida para o peixe velho? E por que o menino pediu mais vida para o peixe novo? 
      Porque o peixe velho iria poder viver o resto de vida que tinha. E o peixe novo, tinha muito o que viver e crescer.

06 – Na sua opinião, quem pesca contribui com o extermínio dos peixes? Justifique sua resposta:
      Não. Desde que a pesca seja feita com consciência e responsabilidade, o necessário para o consumo.

07 – O que você acha que os dois tanto conversavam? Comente:
      Resposta pessoal do aluno. 

08 – Diga a que classe gramatical cada palavra destacada no texto, pertence: uma - (artigo) homem –(substantivo) não – (Advérbio) pescando – (verbo)num – (preposição) lago –(substantivo) um – (artigo)muito – (advérbio) no – (preposição) lago – (substantivo) um – (artigo) dia – (substantivo) dois – (numeral) na – (preposição) pescaria – (substantivo) aquela – (pronome) puxadinha – (verbo) mordeu – (verbo) isca – (substantivo) menino –(substantivo) precisão – (adjetivo) velho – (adjetivo) mais –(adverbio) menos – (advérbio) quando – (advérbio) porém –(advérbio) do – (preposição)era – (verbo)era – (verbo) disse –(verbo) para – (preposição) você – (pronome) esse – (pronome) tão –(advérbio) ele – (pronome) lhe – (pronome) respondeu – (verbo) e – (conjunção) com – (preposição) este – (pronome) pequeno – (adjetivo) tempo – (substantivo) jogaram (verbo) – agora – (advérbio) vão – (verbo) até – (preposição) cumprimentam – (verbo) o- (artigo).

09 – Por que o texto traz dois "era uma vez"? Qual o objetivo da autora ao recorrer a isso? 
      Para identificar cada personagem do texto, sua idade e os pensamentos de cada um.

10 – De acordo com o texto, tem condição de saber qual é a idade do homem e do menino?
      Não. O texto diz apenas que o homem é muito velho e o menino é muito novo.

11 – Além dos dois se encontrarem nas horas vagas e jogarem conversa fora, o que mais eles fazem?
      Eles cumprimentam os peixes.

MÚSICA: TUDO O QUE ACONTECE DE RUIM É PARA MELHORAR - PAULINHO MOSKA - COM GABARITO


Música: Tudo o Que Acontece de Ruim É Para Melhorar
                                                                      Paulinho Moska

É tão difícil a gente caminhar
Quando uma estrada não está mais lá
E ter que construir o próprio chão
Com as incertezas que tiver

Em cada curva pra lá e pra cá
Qualquer desvio pode transformar
A ponta de um universo em explosão
Coisas prum futuro que vier

E tudo que foi dor um dia
No outro dia será dia de continuar
Caminhado sob o sol
Até o amor se reinventar
Vida que a gente aprende

Tudo o que acontece de ruim é para melhorar
Tudo o que acontece de ruim é para melhorar
É para melhorar
É para melhorar.
                                   Composição: Mu Carvalho / Paulinho Moska.
Entendendo a canção:
01 – Posicione-se sobre o título da canção, explicando seu raciocínio:
      Ás vezes desistimos diante dos desafios ou projetos que estão demorando passar ou realizar-se, sentimos no fundo do poço, perdemos a confiança e consequentemente a chance de vencer.

02 – Há elementos que remetem à oralidade? Se sim, quais? Justifique sua resposta:
      Sim, os versos: “Em cada curva pra lá e pra cá / Coisas prum futuro que vier.” O eu lírico coloca palavras da oralidade para melhor proximidade com o leitor.

03 – Transcreva um ou mais versos da música que tenha(m) lhe tocado de forma especial, explicando, se possível, tal escolha: 
      “E tudo que foi dor um dia / No outro dia será dia de continuar.” Estes versos me fizeram refletir que quando tudo está muito difícil, não devemos carregar toda a carga sozinha... Devemos buscar ajuda e jogar fora as coisas que não te pertence!
      Reflita e siga em frente com a cabeça erguida, porque tudo irá melhorar. Basta acreditar!

04 – Que mensagem o texto lhe transmitiu? Explique:
      Que não devemos achar que nunca as coisas darão certo. Tenha esperança, acredite que no momento certo e na hora que realmente você merecer, dará certo e será melhor do que você esperava.

05 – Diga a que classe gramatical do título: “Tudo o que acontece de ruim é para melhorar”.
      Tudo: Pronome indefinido.
      O: Artigo definido.
      Que: Conjunção.
      Acontece: Verbo.
      De: Preposição.
      Ruim: Adjetivo.
      É: Verbo.
      Para: Preposição.
      Melhorar: Verbo.

06 – Como você ilustraria essa canção? Mãos à obra!
      Resposta pessoal do aluno.

07 – Elabore uma listinha com ações que cada pessoa pode fazer, diariamente, para ajudar a melhorar o mundo:
      Resposta pessoal do aluno.



CRÔNICA: HERÓI DA LÍNGUA - IVAN ÂNGELO - COM GABARITO

Crônica: Herói da Língua
            Ivan Ângelo

       Vocês se lembram do meu amigo Toninho Vernáculo. Já falei dele uma vez, contei histórias da mania que tem de corrigir erros de português. Daí o apelido. Cansei de falar: deixa, Toninho, esta língua é complicada mesmo, até autor consagrado escreve com dicionários e gramáticas à mão.

        – Pelo menos eles têm a humildade de consultar os mestres antes de dar a público o que escrevem – respondia o Toninho na sua linguagem em roupa de domingo.
        Lembram-se dele? Quando encontra erros de português no seu caminho, telefona para os responsáveis, exige correções em nome da língua pátria e da educação pública. Coisas assim:
        – A placa do seu estabelecimento é um atentado contra a língua, induz as pessoas a achar que o errado é o certo, espalha a confusão.
        Ultimamente andava se controlando, me telefonava muito menos do que antes, relatando atentados mais graves contra a boa linguagem, praticados por quitandeiros, padeiros, donos de restaurantes, prestadores de serviços em geral – e pasmem: até pela prefeitura (em nomes de ruas), por publicitários, jornais.
        Dom Quixote da gramática, Toninho não se dava descanso. Lia coisas assim nos anúncios classificados dos jornais e ficava indignado: baile "beneficente"; faça "seu" óculos na ótica tal; "aluga-se" dois galpões. Ex-jornalista, aposentado, telefonava para os encarregados dos pequenos anúncios:
        – No meu tempo não era assim! Os responsáveis eram responsáveis, cuidavam da correção dos anúncios. O povo não sabe escrever, mas os jornais têm o dever – o dever! – de zelar pela língua!
        No convívio diário, arrumava desafetos, humilhados e ofendidos, mas também alguns – os mais humildes – agradecidos pelo ensinamento. Quixoteava lições, fosse qual fosse o interlocutor:
        – Não é "fluído" que se diz, é fluido, com a tônica no u. "Fluído" é verbo, é particípio verbal, não pode ser uma coisa. "Gratuíto" não existe, é gratuito que se diz, som mais forte no u. Homem não diz "obrigada", isso é coisa de menino criado entre mulheres; menino fala "obrigado". "Emprestar dele" é promiscuidade brasileira aqui do Sul; o certo da língua é emprestar a alguém, ou tomar emprestado. Não é "o" alface, é a alface, feminino. Não existe isso, "inhoque", que coisa mais feia; o certo é nhoque, do italiano gnocchi. Grama, medida de peso, é masculino: "um" grama, "duzentos" gramas. Quilo se escreve com q, u, i, não existe quilo com k e muito menos com k, y: é comida a quilo e não "a kylo", como se lê na sua placa. Está na hora "do" parabéns é errado; parabéns é plural, como em meus parabéns.
        – Peraí, Toninho, agora você exagerou. Hora do parabéns significa: hora de cantar o Parabéns pra Você. Resumido.
        Aceitou, mas resmungando. Bom, um dia desses, telefonaram-me de madrugada: Toninho havia sido preso como pichador de rua. Quê, um homem de 70 anos? Havia algum engano, com certeza. Fomos para a delegacia, uma trinca de amigos.
        Engano havia e não havia. Nosso amigo fora realmente flagrado pela polícia com spray e latinha de tinta com pincel, atuando na fachada de uma casa comercial do bairro onde mora. Explicou-se: estava corrigindo os erros de português dos pichadores! Começamos os esforços para livrá-lo da multa e da denúncia, explicamos ao delegado que o ocorrido era fruto de uma mania dele, loucura leve. Por que penalizá-lo por coisa tão pouca? Não ia acontecer de novo. Aí o delegado explicou qual era a bronca.
       O Toninho havia pedido para ler seu depoimento, datilografado pelo escrivão, e começou a apontar erros de português no texto do funcionário. A autoridade tinha a pretensão de ser também autoridade em gramática. Aí melou, "teje" preso por desacato. Com dificuldade convencemos o escrivão da loucura mansa do nosso amigo, e ele liberou o herói da língua pátria.

Ivan Ângelo Veja São Paulo, ano 40, n 2. 17 de janeiro de 2007. p.130

Entendendo o texto:
01 – Qual é a mensagem que este texto nos traz?
      A perfeição na leitura e na escrita da língua pátria.

02 – Quem é o autor da crônica? Onde e quando foi publicado?
      Ivan Ângelo Veja São Paulo, ano 40, n 2. 17 de janeiro de 2007. p.130.

03 – A narração é em 1ª ou 3ª pessoa? Justifique com um trecho do texto.
      Está na 1ª pessoa – “Já falei dele uma vez, contei histórias da mania que tem de corrigir erros de português.

04 – Quem é a personagem principal?
      É o Toninho Vernáculo.

05 – Qual era a mania de Toninho Vernáculo?
       Corrigir as palavras escritas erradas nas placas, paredes, etc.

06 – A expressão: na sua linguagem em roupa de domingo, significa que Toninho usava:
(   ) a linguagem de qualquer jeito.             
(   ) as palavras mais simples.
(   ) uma linguagem pouco culta.                
(X) a melhor linguagem possível.

07 – “Quê, um homem de 70 anos?"
        Na frase acima, o uso do ponto de interrogação produz um efeito de:
(X) espanto.      
(   ) dúvida.             
(   ) pergunta.           
(   ) constatação.

08 – Na frase "Por que penalizá-lo por coisa tão pouca?" O pronome “lo” se refere a
(X) Toninho Vernáculo                       
(   )  escrivão.
(   ) amigo.                                          
(   ) autoridade.

09 – No trecho: Explicou-se: estava corrigindo os erros de português dos pichadores! há uma certa dose de:
(X) humor.             
(   ) crítica.                  
(   ) tristeza.               
(   ) inteligência.

10 – Por qual motivo o delegado queria prender Toninho Vernáculo?
      Por desacato a autoridade.

11 – O que provoca o humor no último parágrafo?
      A pessoa que tinha obrigação de escrever certo, tinha cometido alguns erros de português.

12 – Procure no dicionário o significado da palavra vernáculo. O apelido dado a Toninho realmente era merecido? Justifique sua resposta.
      Vernáculo: genuíno, correto.    
      Sim. Porque ele vivia para corrigir as escritas erradas.




TEXTO: METAMORFOSE - JOSÉ PAULO PAES - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


Texto: Metamorfose

Um homem 
que costumava achar toda gente estúpida (menos ele próprio). 
Acordou certa manhã transformado em burro.
Ficou muito triste e durante três dias não comeu coisa alguma.
Não achava mais gosto em comida de gente e tinha vergonha de comer comida de burro.
Mas a fome o acabou forçando 
a experimentar capim que ele achou estranhamente saboroso.
Alguns dias mais tarde  zurrava alegremente

Passado um mês 
puxava a carroça pela rua
como a coisa mais natural do mundo. 
E quando, muito tempo depois, 
ele acordou de novo transformado em gente,
ficou muito triste e se achou estúpido. 
                                                                        José Paulo Paes.
Entendendo o texto:
01 – Que mensagem podemos extrair da leitura desse texto?
      Que toda mudança implica em se desfazer de laços e aprender a se adaptar e desapegar. A vida é feita de mudanças.

02 – Indique 5 adjetivos que caracterizem o protagonista da história: 
      Estúpida – gente.
      Triste – burro.
      Saboroso – capim.
      Alegremente – burro.
      Natural – burro.   
 
03 – Justifique o título do texto:
      O título tem relação com o conteúdo, pois metamorfose significa mudança, é a transformação de um ser em outro.   
 
04 – Que outro título você daria a esse texto?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Ser humano infeliz.

05 – Classifique as classes gramaticais das palavras destacadas no texto:
      Homem – substantivo.
      Estúpida – adjetivo.
      Ele – pronome.
      Acordou – verbo.
      Em burro – locução.
      Muito – advérbio.
      E – conjunção.
      Três – numeral.
      Não – advérbio.
      Mais – advérbio.
      Comida – substantivo.
      De – preposição.
      Mas – conjunção.
      O – artigo.
      Forçando – verbo.
      A – artigo.
      Experimentar – verbo.
      Capim – substantivo.
      Estranhamente – advérbio.
      Já – advérbio.
      Alegremente – advérbio.
      Mês – substantivo.
      A – artigo.
      Pela – preposição.
      Como – advérbio / preposição.
      Natural – adjetivo.
      Se – pronome.

06 – "Me responda você, que parece sabichão: / se lagarta vira borboleta, por que trem não vira avião"?!? O uso do padrão do pronome “me” contribui para tornar a linguagem do poema:
a)   Científica.
b)   Coloquial.
c)   Engraçada.
d)   Pedante.

      Sendo a norma padrão, não podemos iniciar a frase com pronome oblíquo. Assim, ao iniciar o poema com “me”, o poeta descumpre uma regra gramatical, aproximando-se do modo como as pessoas falam no dia-a-dia. Ou seja, da linguagem coloquial.



TEXTO: ZUMBI, O HERÓI NEGRO - RAQUEL TELES E ISABEL PARAÍSO - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


Texto: Zumbi, o herói negro
  
   
       Em meados do século XVII, muitos escravos haviam fugido das fazendas e dos engenhos de açúcar, ajuntando-se em lugares seguros, onde gozavam de certa liberdade e sobreviviam da cultura e da terra. Esses lugares eram chamados de quilombos, e seus habitantes, de quilombolas. Houve muitos quilombos no Brasil, mas o mais importante foi o Quilombo dos Palmares, na serra da Barriga, Alagoas.
    Na verdade, Palmares era composto de várias aldeias, que, para se defender dos caçadores de negros fugitivos, formaram a Confederação dos Palmares, liderada por Ganga Zumba, o Grande Senhor, que tinha status de rei.
        Quando o Nordeste do Brasil foi invadido pelos holandeses, muitos senhores de engenho e suas famílias fugiram dos invasores, e seus escravos aproveitaram para fugir também.
        Nesse período em que brasileiros e portugueses se encontravam ocupados em combater os holandeses, as aldeias da serra da Barriga atingiram o seu auge. Os quilombolas gozaram de mais liberdade e tiveram tempo suficiente para fortalecer as suas defesas. Quando a atenção dos governantes e fazendeiros voltou-se para Palmares, já era tarde demais. A partir de 1674, várias expedições militares foram enviadas à serra da Barriga com a intensão de destruir Palmares. Após várias derrotas, o governador da Capitania de Pernambuco decidiu buscar a conciliação em um acordo de paz. Foi assim que, em 1678, Recife recebeu com pompas uma comitiva vinda de Palmares. O acordo, porém, não vingou.
        Por essa época, Ganga Zumba havia morrido e um novo líder despontava. Era Zumbi, um jovem inteligente e corajoso. Zumbi não acreditava em acordos com o governo. Achava que eram pretextos para atraí-los e, então, destruí-los. As expedições militares a Palmares acirraram e todas voltaram derrotadas. Os Quilombos estavam bem reforçados e os negros lutavam pela própria liberdade. A vitória passou a ser ponto de honra para o governo da Capitania, que contratou Domingos Jorge Velho, um experiente bandeirante acostumado à lida do sertão, para juntar-se às tropas no combate a Palmares. Nas primeiras tentativas, ele também fracassou, porém não desistiu. Formou um exército poderoso e bem armado, mas os Quilombolas resistiram bravamente. O exército cercou toda a região construindo aldeias, fossos e canais, isolando os palmarinos que ficaram sem meios de fugir e de receber munições. A cada aldeia que o exército conseguia destruir, os quilombolas fugiam para outra. Assim, a luta durou três anos. Finalmente, em 20 de novembro de 1695, a principal aldeia de Palmares foi tomada. Ao ver que estavam cercados, Zumbi buscou um penhasco bem alto e jogou-se no abismo. Muitos de seus companheiros seguiram seu exemplo – preferiram a morte a voltar à escravidão.
        A História confirma que Zumbi realmente existiu e alguns documentos afirmam que sua morte aconteceu no dia 20 de novembro, data oficializada como o Dia Nacional da Consciência Negra no Brasil.

                    Raquel Teles e Isabel Paraíso, Histórias Encantadoras.
                                                      Ed. Leitura, Belo Horizonte, 2003.
Entendendo o texto:
01 – Predominam no texto dois tempos verbais. Quais são?
      Pretérito perfeito (passado) e pretérito imperfeito.

02 – Reescreva as frases colocando os verbos no presente:
a)   Os Quilombolas gozaram de mais liberdade e tiveram tempo suficiente para se fortalecerem.
Os quilombolas gozam de mais liberdade e têm tempo suficiente para se fortalecerem.
b)   A cada aldeia que o exército conseguia destruir, os quilombolas fugiam para outra.
A cada aldeia que o exército consegue destruir, os quilombolas fogem para outra.

03 – Escreva no plural e faça as devidas concordâncias:
a)   A principal aldeia de Palmares foi tomada.
As principais aldeias de Palmares foram tomadas.
b)   Um negro jogou-se do penhasco.
Uns negros jogaram-se do penhasco.

04 – Coloque (V) se for verdadeira ou (F) se for falso:
(F) Zumbi não representa nada para os negros brasileiros.
(F) Com 19 anos, Zumbi voltou ao Quilombo dos Palmares.
(V) O quilombo era situado no interior da Bahia.
(V) Zumbi nasceu em 1655.

05 – Responda com respostas completas:
a)   O que Zumbi representa para os negros?
A resistência e a luta dos negros contra a escravidão.
b)   Qual o local em que Zumbi nasceu?
Nasceu em Palmares.
c)   Quem cuidou de Zumbi logo depois de seu nascimento?
Foi criado por um padre Jesuíta.

06 – Complete as frases de acordo com seus conhecimentos:
a)   Zumbi teve a educação cristã e estudou português e latim.
b)   No dia 20 de novembro comemoramos o dia da “consciência negra.”
c)   Zumbi foi batizado com nome de Francisco.
d)  O Quilombo dos Palmares era formado por escravos negros que escapavam das fazendas.

07 – Qual(is) das frases abaixo é falsa(s):
a)   Zumbi nunca abandonou as suas raízes.
b)   O Quilombo dos Palmares era uma comunidade totalmente dependente do governo português.
c)   Zumbi nunca foi estrategista militar.
d)   Zumbi foi capturado ainda bebê.

08 – Marque com um X a resposta certa:
a)   Os escravos escapavam das _______________ para se refugiarem no Quilombo dos Palmares.
(  ) Cidades           (X) Fazendas             (  ) Florestas.

b)   Zumbi dos Palmares é considerado como o ______________.
(  ) Médico do futuro.
(  ) Homem negro.
(X) Herói negro.