quinta-feira, 19 de outubro de 2017

CONTO: O MONSTRO DE RODAS - ALCÂNTARA MACHADO - COM GABARITO

CONTO: O MONSTRO DE RODAS 
                  ALCÂNTARA MACHADO

        O Nino apareceu na porta. Teve um arrepio. Levantou a gola do paletó.
        --- Ei, Pepino! Escuta só o frio!
        Na sala discutiam agora a hora do enterro. A Aída achava que de tarde ficava melhor. Era mais bonito. Com o filho dormindo no colo Dona Mariângela achava também.

        A fumaça do cachimbo do marido ia dançar bem em cima do caixão.
        --- Ai, Nossa Senhora! Ai, Nossa Senhora!
        Dona Nunzia descabelada enfiava o lenço na boca.
        --- Ai, Nossa Senhora! Ai, Nossa Senhora!
        Sentada no chão a mulata oferecia o copo de água de flor de laranja.
        --- Leva ela pra dentro!
        --- Não! Eu não quero! Eu... não... quero! ...
        Mas o marido e o irmão a arrancaram da cadeira e ela foi gritando para o quarto. Enxugaram lágrimas de dó.
        --- A negra de sandália sem meia principiou a segunda volta do terço.
        --- Ave Maria, cheia de graça, o Senhor...
        Carrocinhas de padeiro derrapavam nos paralelepípedos da Rua Sousa Lima. Passavam cestas para a feira do Largo do Arouche. Garoava na madrugada roxa.
        --- ... da nossa morte. Amém. Padre Nosso que estais no Céu...
        O soldado espiou da porta. Seu Chiarini começou a roncar muito forte. Um bocejo. Dois bocejos. Três. Quatro.
        --- ... de todo o mal. Amém.
        A Aída levantou-se e foi espantar as moscas do rosto do anjinho.
        O violão e a flauta recolhendo de farra emudeceram respeitosamente na calçada.
        Na sala de jantar Pepino bebia cerveja em companhia do Américo Zamponi (Salão Palestra Itália – Engraxa-se na perfeição a 200 réis) e o Tibúrcio (- O Tibúrcio... – mulato? – Quem mais há de ser?).
        --- Quero só ver daqui a pouco a notícia do fanfulla. Deve cascar o almofadinha.
        --- Xi, Pepino! Você é ainda muito criança. Tu é ingênuo, rapaz. Não conhece a podridão da nossa imprensa. Que o quê, meu nego. Filho de rico manda nesta terra que nem a light. Pode matar sem medo. É ou não é, Seu Zamponi?
        Seu Américo Zamponi soltou um palavrão, cuspiu, soltou outro palavrão, bebeu, soltou mais outro palavrão, cuspiu.
        --- É isso mesmo, Seu Zamponi, é isso mesmo!
        O caixãozinho cor-de-rosa com listas prateadas (Dona Nunzia gritava) surgiu diante dos olhos assanhados da vizinhança reunida na calçada (a molecada pulava) nas mãos da Aída, da Josefina, da Margarida e da Linda.
        --- Não precisa ir depressa para as moças não ficarem escangalhadas.
        A Josefina na mão livre sustentava um ramo de flores. Do outro lado a Linda tinha a sombrinha verde aberta. Vestidos engomados, armados, um branco, um amarelo, um creme, um azul. O enterro seguiu.
        O pessoal feminino da reserva carregava dálias e palmas-de-são-José. E na calçada os homens caminhavam descobertos.
        O Nino quis fechar com o Pepino uma aposta de quinhentão.
        --- A gente vai contando os trouxas que tiram o chapéu até a gente chegar no Araçá. Mais de cinquenta você ganha. Menos, eu.
        Mas o Pepino não quis. E pegaram uma discussão sobre qual dos dois era o melhor: Friedenreich ou Feitiço.
        --- Deixa eu carregar agora, Josefina?
        --- Puxa, que fiteira! Só porque a gente está chegando na Avenida Angélica. Que mania de se mostrar, que você tem!
        O Grilo fez continência. Automóveis disparavam para o corso com mulheres de pernas cruzadas mostrando tudo. Chapéus cumprimentavam dos ônibus, dos bondes. Sinais da santa cruz. Gente parada.
        Na Praça Buenos Aires, Tibúrcio já havia arranjado três votos para as próximas eleições municipais.
        --- Mamãe, mamãe! Venha ver um enterro, mamãe!
        Aída voltou com a chave do caixão presa num lacinho de fita. Encontrou Dona Nunzia sentada na beira da cama olhando o retrato que a Gazeta publicara. Sozinha. Chorando.
        --- Que linda que era ela!
        --- Não vale a pena pensar mais nisso, Dona Nunzia...
        O pai tinha ido conversar com o advogado.

                                           Alcântara Machado. Novelas paulistanas.
                       Rio de Janeiro/Belo Horizonte: Garnier, 1994. p. 92-5.

Água de flor de laranja: mistura de água com flor de laranjeira, tida como substância calmante.
Terço: modalidade de reza.
Almofadinha: janota, mauricinho.
Fanfulla: jornal da comunidade italiana.
Friedenreich e feitiço: famosos jogadores de futebol da década de 1930.
Grilo: guarda de transito.
Light: empresa de origem inglesa que durante muito tempo foi responsável pelo fornecimento de energia elétrica em São Paulo.
Quinhentão: moeda de quinhentos réis, no sistema monetário da época.

Interpretação do texto:

1 – Os nomes das personagens denunciam sua origem. Qual é ela? Em que classe social essas personagens se inserem?
      As personagens são italianas ou descendentes de italianos e fazem parte do proletariado.

2 – Identifique as figuras de linguagem nos trechos a seguir:
a)   “A fumaça do cachimbo do marido ia dançar bem em cima do caixão”.
Prosopopeia.

b)   “Passavam cestas para a feira do Largo do Arouche.”
Metonímia.

c)   “Chapéus cumprimentavam dos ônibus, dos bondes.”
Metonímia.

3 – Alcântara Machado incorporou alguns flashes do quotidiano de São Paulo da época. Identifique-os.
      A serenata e o corso.

4 – Que recurso da linguagem publicitária o autor emprega para identificar a personagem Américo Zamponi?
      O autor reproduz o texto da placa certamente existente no salão Palestra Itália, onde Zamponi era engraxate.

5 – No conto predomina a coordenação ou a subordinação? Que efeito de sentido o autor obtém com o emprego desse recurso?
      Predomina a coordenação, que contribui para agilizar a leitura e aproxima sintaticamente a língua escrita da falada.

6 – A morte da menina desencadeia críticas sobre a imprensa da época. O que se critica?
      O silêncio da imprensa diante de fatos criminosos, desde que cometidos por pessoas ricas e influentes.

7 – Em sua opinião, a crítica feita à imprensa da época é ainda válida para a grande imprensa brasileira? E para a imprensa da região em que você mora?
      Resposta pessoal do aluno.

TEXTO(FRAGMENTO): O CRIME DO RESTAURANTE CHINÊS - BORIS FAUSTO - COM GABARITO


O CRIME DO RESTAURANTE CHINÊS

      Nos festejos populares de rua destacavam-se ranchos, blocos e cordões. Os bairros eram berço de muitas sociedades, entre as quais o Grupo Carnavalesco Barra Funda, nome oficial da atual Camisa Verde e Branco, os Desprezados, o Flor da Mocidade, o Grupo Carnavalesco Campos Elísios, a Escola de Samba Lavapés, do bairro do Cambuci.
      Esta última tinha sido fundada por dona Eunice, cujo verdadeiro nome era Deolinda Madre, casada com o batuqueiro Francisco Papa, filho de italianos. Dona Eunice era uma réplica menos conhecida das figuras femininas do Rio de Janeiro, como dona Neuma e dona Zica, mais ainda porque ia buscar pessoalmente na então capital da República.
        A “Lavapés” desfilava com uma bateria que marcava o ritmo, estandarte agitado ao vento, balizas e passistas, gingado sob os olhares masculinos. Na Vila Esperança – zona leste da cidade –, o Clube Cinco de Julho de destacava no carnaval de rua e nos salões, contando com a ativa participação de imigrantes espanhóis. No carnaval de rua, misturavam-se as “jovens índias”, a gente cuja fantasia se reduzia a um paletó vestido pelo avesso e uma linguiça em torno do pescoço, os barbudos vestidos de mulher.
        Afora a Vila Esperança, a presença dos imigrantes no carnaval paulistano era visível nos bairros da Lapa e do Brás. O corso das avenidas Rangel Pestana e Celso Garcia, os bailes do Teatro Colombo eram muito animados, e as fantasias dos foliões costumavam lembrar suas origens. Enfim, para o bem ou para o mal, como dizia O Estado de São Paulo, o Brás tinha “sangue na guelra”, mas para muitos habitantes da cidade era um mundo à parte, um território desconhecido, situado “além das porteiras”.
        Ho-Fung, Maria Akiau e seus amigos não eram indiferentes ao carnaval. Na terça-feira – 1° de março –, um grupo de chineses e seus descendentes contratou um chauffeur de praça conhecido para passear pela cidade. Partiram da rua Wenceslau Braz por volta das nove horas, compraram alguns pacotes de serpentina e regressaram bem mais tarde, por volta da meia-noite, Ho-Fung e Maria se despediram dos amigos e entraram em sua casa, de onde não sairiam vivos.
        Já Arias caiu em cheio na folia, arranjando-se para dormir durante o dia num quarto de pensão, pelos lados do Brás. O quarto era alugado por um amigo – Pedro Marques – a quem conhecia havia anos, dos tempos de França. Caprichou na aparência, vestido de terno branco, gorro na cabeça, tênis, camiseta de flanela e meias também brancas.
        O corso, os carros alegóricos não o atraíam. Não estava interessado em ser um simples espectador de desfiles, e havia uma grande distância social entre ele e aquela gente que fazia o corso. Gostava era dos bailes populares, em que podia saracotear, dançar o “desparafusado” samba, com mulatas e negras sinuosas. O melhor lugar para isso eram os tablados erguidos no centro da cidade, na praça da Sé e na do Patriarca.
        De acordo com sua versão, na terça-feira gorda pela manhã resolveu ir ao restaurante chinês, em busca de recuperar o emprego após o carnaval. Mas o patrão lhe respondeu que já tinha outro em seu lugar. Não se importou muito com a resposta negativa porque, quem sabe, acabaria encontrando uma saída para as dificuldades nos dias seguintes. Naquele momento, o melhor a fazer era aproveitar a última noite de carnaval. Saiu em companhia de outro amigo de Franca, um servente de pedreiro, Jorge Marques. Foi dançar no tablado erguido na praça do Patriarca.
        Aí pelas nove da noite, juntou-se a eles um rapaz sapateiro, vindo também de França, apelidado de Feitiço.  Como fazia muito calor, Arias, Jorge e Feitiço se lembraram que poderiam deixar os paletós no quarto de outro amigo, que morava próximo, na rua Santo Antônio. O amigo – Benedito Rosa – guardou os paletós, mas não quis se juntar ao grupo, triste pelo fato de a mulher, que ficara em Franca, ter perdido uma criança.
        Feitiço e Jorge Marques resolveram ir para casa mais cedo, pois teriam de trabalhar no dia seguinte, e Arias ficara dançando na praça da Sé sem os companheiros até as três da madrugada, quando o baile terminou. Viu muita gente, dançou com muitas mulheres, mas não conhecia, nem ficou conhecendo nenhuma delas. Já muito tarde depois de buscar seu paletó, desceu a pé até o Brás. Quando entrou no quarto de pensão, não encontrou Pedro Marques, que por sua conta continuara sambando até o dia clarear.
        Por volta do meio-dia, com a cabeça pesada, as cenas do carnaval ainda passando diante de seus olhos, levantou-se e seguiu para o Diário Popular. Aí ficou sabendo da chacina. Aliviado, pensou que o carnaval, além dos prazeres, talvez tivesse salvo sua vida, pois, se não fosse a folia, quem sabe teria ficado no restaurante e dormido numa daquelas mesas onde duas pessoas tinham sido massacradas.
        A versão policial era outra. Na terça-feira de carnaval à tarde, Arias fora procurar Ho-Fung no restaurante chinês a fim de recuperar o emprego, e este acabou concordando porque se relacionava bem com Arias, que “conhecia seu lugar” na casa. Assim, mesmo sendo muito cauteloso com relação aos empregados que dormiam no estabelecimento, concordou que Arias dormisse ali na noite de terça-feira, o lado dos dois garçons. Durante a noite, movido pela intensão de roubar, pois sabia que o cofre do a mão de pilão e massacrou em sequência os dois empregados e o patrão. Sempre na versão policial, entrou depois no quarto de Maria Akiau, com quem se atracou para que lhe desse a chave do quarto, e diante da resistência acabou esganando-a. Na manhã do sai seguinte. Arias fora postar-se na frente do Diário Popular para “assuntar”, para ser visto e dar a impressão de normalidade de comportamento e de inocência.
        Sem advogado, sem parentes, sem contatos que lhe pudessem ser úteis, Arias se viu sozinho diante das autoridades que o acusavam. Ficou detido, enfrentando seguidos interrogatórios acompanhados de ameaças. Mas estas eram compreensíveis para ele, pois afinal de contas tratavam de forçar sua confissão. Incompreensível era a minuciosa tomada de medidas de seu corpo nu; o exame dos dentes e da unhas; as palavras pronunciadas por aqueles homens, que não tinham forma de pergunta mas exigiam resposta; ou ainda uma porção de borrões, em folhas separadas, mostradas umas após outras, parecendo coisa de criança, mas levadas a sério, pois ele tinha de dizer com que pareciam. Diante de tudo isso, Arias procurou fugir à lista de palavras, não entendeu as instruções para as respostas, ou fez que não entendeu, pois intuía sérios riscos por trás daquela “brincadeira”, e tentou disfarçar o nervosismo rindo e dizendo, de quando em quando: “Chi, tá doido”.
        Numa primeira tentativa dos especialistas para que desse uma resposta sobre o que os borrões lhe sugeriam, ficou em silêncio por vários minutos. Quando lhe disseram que aquilo era apenas uma prova de inteligência, respondeu: “Mas a gente diz qualquer coisa e fica ainda mais condenado!”. Foi inútil lhe afirmarem que “não havia nada disso, que ele devia dizer qualquer coisa, que estava vendo fantasmas”. Para não se recusar totalmente a colaborar, falou umas palavras sobre os borrões e calou-se.

                   Boris Fausto. O crime do restaurante chinês. São Paulo:
                                              Companhia das Letras, 2009. p. 74-85.

Barra Funda, Campos Elíseos, Cambuci: logradouros da cidade de São Paulo.
Corso: no carnaval, desfile de carros enfeitados com serpentinas, fitas, etc., em que vão os foliões fantasiados.
Dona Neuma e Dona Zica: famosas sambistas e carnavalescas cariocas, ambas ligadas à escola de samba Estação Primeira de Mangueira (fundada em 1928).
Réplica: imitação, cópia
Saracotear: agitar-se freneticamente, estar inquieto.
Intuir: perceber por intuição, pressentir.


Interpretação do texto:
1 – Os quarto primeiros parágrafos do texto são dedicados ao Carnaval paulistano. Algum dos costumes carnavalescos citados ocorrem em sua cidade ou em seu bairro? Quais?
      Resposta pessoal do aluno.

2 – Que grupo social merece destaque nesse trecho?
      Os imigrantes.

3 – Em que modelo os grupos carnavalescos buscavam inspiração?
      A inspiração era buscada no Carnaval carioca.

4 – Analise o último período do quarto parágrafo, em que o enunciador concorda com uma opinião do jornal O Estado de São Paulo. O que ele quer dizer?
      O enunciador concorda com o jornal a respeito do Brás: tratava-se de um bairro diferente dos demais, podendo essa diferença ser positiva ou negativa, dependendo do contexto.

5 – Que fato é introduzido pela expressão “De acordo com sua versão...”
      O testemunho do crime.

6 – Que frase desse parágrafo mostra que Arias deixou suas preocupações de lado, por um tempo?
“... naquele momento, o melhor a fazer era aproveitar a última noite de carnaval...”



TESTE VOCACIONAL - O MUNDO DO TRABALHO

O MUNDO DO TRABALHO – Teste vocacional

        A ideia da existência da vocação, como um chamado irresistível numa determinada direção da vida, está superada pela moderna Psicologia. Os psicólogos apontam aptidões, interesses, características de personalidade, atitudes, valores, oportunidades educacionais dadas pelo nível socioeconômico, etc., como fatores que atuam concomitantemente sobre o indivíduo na escolha profissional.
                                                                                  Dulce Whitaker.

      Procura-se uma profissão.

        Até há alguns anos, todo estudante que batesse à porta de um escritório de orientação vocacional, com o objetivo de descobrir a profissão que deveria seguir, sairia de lá com uma resposta debaixo do braço. Bastava preencher um teste de múltipla escolha para que, com base nele, um psicólogo lhe desse o veredicto: quase sempre uma profissão associada aos hobbies ou interesses por ele declarados. Atualmente, o processo é um pouco mais demorado – e menos superficial também. “Hoje, levamos em conta o cruzamento de interesses e a personalidade do jovem”, diz a psicóloga Rosane Levenfus.
        Os serviços de orientação vocacional – oferecido por institutos, clínicas psicológicas e departamentos de psicologia de universidades – podem levar de um a dois meses e ser prestados individualmente ou para mais de um cliente ao mesmo tempo. Na maior parte das vezes, incluem avaliações psicológicas, estudo de carreiras e de mercado de trabalho, discussões sobre expectativas pessoais e dinâmicas de grupo (que, neste caso, têm por objetivo principal fazer o estudante se conhecer melhor). Os preços variam de 400 a 1200 reais. Alguns departamentos de psicologia prestam o serviço de graça ou mediante o pagamento de uma taxa mínima.
        Ao contrário do que ocorria no passado, porém, o estudante sai de lá com uma lista com diversas opções de carreira – cuja natureza e perspectivas ele agora conhece – que podem combinar com seus desejos e seu temperamento. Como diz o pedagogo Silvio Bock: “Antigamente, o orientador apontava um caminho. Hoje, ele ajuda o jovem a encontra-lo”. E, para isso, o melhor mapa é o autoconhecimento.
Meus gostos, meu futuro.
        Para saber quais são as áreas e profissões mais afins à sua personalidade, atribua pontos a cada uma das alternativas apresentadas nas vinte perguntas a seguir:
      3 – para a alternativa com a qual você mais se identifica;
      2 – para aquela que tem a ver com você;
      1 – para a que tem pouco a ver com você;
      0 – para aquela que nada tem a ver com você.
      Se ficar em dúvida, não responda.
                    Revista Veja. São Paulo: Abril, 11 nov. 2009. p. 158-63.

1 – Na escola você prefere/preferia assuntos ligados a:
a)   Arte, esportes e atividades extracurriculares
b)   Biologia e genética
c)   Ciências humanas, idiomas
d)   Ciências exatas.

2 – Você prefere levar sua vida:
a)   Com pouca rotina e poucas regras
b)   Com regras definidas e disciplina
c)   Interagindo com todo tipo de pessoa.
d)   Com muita autonomia: “na sua”.

3 – Você se descreveria como uma pessoa:
a)   Impulsiva e um tanto aventureira
b)   Cautelosa e responsável
c)   Entusiasmada e muito amiga
d)   Calma e diferente da maioria.

4 – Você se considera uma pessoa:
a)   Prática e hábil para improvisar
b)   Batalhadora que sabe o que quer
c)   Preocupada com questões humanas
d)   Capacitada para criar e inventar.

5 – De quais características suas sente orgulho:
a)   Audácia e facilidade para lidar com o inesperado.
b)   Senso de dever e capacidade de dar o exemplo
c)   Idealismo e disposição para compreender os outros
d)   Engenhosidade e rapidez mental.

6 – Costuma confiar mais em:
a)   Percepção imediata
b)   Costumes e tradições
c)   Intuição
d)   Razão e lógica.

7 – Quase sempre você gosta de:
a)   Causar impacto: os “holofotes” o atraem
b)   Ser visto como membro valioso de um grupo
c)   Sonhar em transformar o mundo
d)   Desvendar um enigma ou inventar algo útil.

8 – A vida é mais interessante quando você tem:
a)   Desafios, situações cambiantes
b)   Segurança, emprego garantido, integração social
c)   Possibilidade de fazer algo para mudar o mundo
d)   Possibilidade de ir além do que já é conhecido.

9 – Você gostaria de ser:
a)   Um craque na profissão que escolher
b)   Um executivo bem-sucedido
c)   Um profissional de prestígio
d)   Um especialista ou cientista.

10 – Você é muito bom lidando com:
a)   Ferramentas, instrumentos e equipamentos
b)   Controle do tempo, comando e execução
c)   Pessoas de todos os níveis culturais e sociais
d)   Sistemas e construção (material ou mental).

11 – Antes de agir, você analisa:
a)   As vantagens imediatas
b)   As experiências já vividas
c)   As possibilidades futuras
d)   As condições e consequências.

12 – Gosta quando as pessoas;
a)   O surpreendem com um presente
b)   Expressam gratidão por algo que fez
c)   Reconhecem sua personalidade singular
d)   Reconhecem sua inteligência.

13 – Você costuma abraçar um novo projeto:
a)   Com a cara e a coragem
b)   Guiado pela experiência
c)   Confiando na intuição e na criatividade
d)   Depois de verificar todas as variáveis.

14 – Geralmente você prefere agir:
a)   No calor do momento
b)   Com segurança, conforme o costume
c)   Quando está inspirado
d)   Quando um problema o desafia.

15 – Você fica motivado quando:
a)   Tem oportunidade de superar obstáculos
b)   Experimenta estabilidade na vida profissional, ou seja, sabe em que terreno está pisando.
c)   Harmonia e inspiração guiam a atividade
d)   Há liberdade para projetar o futuro.

16 – Em atividades de grupo, você prefere:
a)   As desafiadoras que exigem ação rápida
b)   Administrar os recursos disponíveis
c)   Motivar pessoas para darem o melhor de si.
d)   Descartar algo que não funciona.

17 – Liderar é uma atividade que gosta de exercer:
a)   Por pouco tempo, dependendo da situação
b)   Quando pode comandar do começo ao fim
c)   Quando é preciso identificar e reunir talentos
d)   Quando o raciocínio estratégico é necessário.

18 – Em uma escola, você gostaria de ser:
a)   Professor de educação física
b)   Diretor
c)   Professor de literatura
d)   Professor de matemática ou física.

19 – É um elogio quando se referem a você como:
a)   Corajoso, otimista e divertido
b)   Cauteloso, responsável e aplicado
c)   Harmonizador, íntegro e sábio
d)   Uma mente brilhante.

20 – Frases que tem a ver com você:
a)   “Deixo a vida me levar”
b)   “Manda quem pode; obedece quem tem juízo”
c)   “Para seu próprio interesse, seja verdadeiro”
d)   “Penso, logo existo”.

Pontuação:
Anote os pontos que você atribuiu a cada uma das alternativas apresentadas nas vinte questões (a, b, c, d) e veja qual das letras ganhou maior pontuação.
       Teste desenvolvido pela pedagoga Maria da Luz Calegari.

Procura-se uma profissão: Resultados.    

        Maior pontuação em: A    
        A principal característica dos tipos A é o movimento. Gostam de ação e de novidades. Apresentam destreza física e boa expressão corporal. Se forem mais propensos ao raciocínio lógico, terão mais êxito em profissões que requeiram precisão e acuidade. Se forem mais inclinados ao sentimentos e à emoção, as profissões relacionadas ao trato com pessoas são as mais indicadas. Pessoas do tipo A não gostam de rotina e veem o trabalho como um grande fonte de prazer.

        Carreiras mais apropriadas: Esportistas; anestesista; artista plástico; ator; chef de cozinha; cineasta; cirurgião; coreógrafo; dançarino; dermatologista; estilista; fotógrafo; guia de turismo; instrumentador cirúrgico; instrutor de voo; jornalista; médico clínico; músico; paisagista; personal trainer; personal stylist; piloto; publicitário; relações públicas; roteirista.

        Maior pontuação em:                      
        Comando e responsabilidade são duas palavras que definem as pessoas do tipo B. Elas gostam de lidar com fatos, quantidades, análise, organização e planejamento, trabalham duro e preferem profissões que lhes proporcionem status e possibilidade de crescimento. São as mais presentes do mundo corporativo.

        Carreiras mais apropriadas: Administrador de empresas; advogado; assistente social; bibliotecário; delegado; engenheiro; mecânico/químico; juiz de direito; pastor/padre/rabino; policial; promotor público.

        Maior pontuação em: C
        Facilmente reconhecíveis por seu entusiasmo e interesse nas relações humanas, as pessoas do tipo C têm na intuição o seu ponto forte. Muitas endereçam seu esforço e talento para o desenvolvimento intelectual de alunos e discípulos e o conforto psicológico de pacientes e colegas de trabalho. No grupo dos tipos C, estão as personalidades mais laureadas com o Nobel da Paz e de Literatura.

        Carreiras mais apropriadas: Artista plástico; dramaturgo; educador; escritor; filósofo; jornalista; pedagogo; professor; psicólogo; sociólogo; terapeuta ocupacional; tradutor.

        Maior pontuação em: D
        São intuitivos como os C, mas, em vez de se preocupar com pessoas, costumam focar seus interesses em grandes áreas do conhecimento, como ciência e tecnologia. Apresentam notável capacidade para identificar problemas concretos e resolvê-los, bem como para o raciocínio abstrato.

        Carreiras mais apropriadas: Analista de sistemas; antropólogo; arquiteto; astrônomo; criador de software; designer industrial; economista; engenheiro; físico; líder de uma corporação; matemático; militar; oceanógrafo; pesquisador; químico; músico; urbanista; zoólogo.

                Teste desenvolvido pela pedagoga Maria da Luz Calegari.
                    Revista Veja. São Paulo: Abril, 11 nov. 2009, p. 158-63.


quarta-feira, 18 de outubro de 2017

MÚSICA(ATIVIDADES): EU QUERO É BOTAR MEU BLOCO NA RUA (DITADURA)- SÉRGIO SAMPAIO - COM GABARITO

Música(Atividades): Eu Quero É Botar Meu Bloco Na Rua

                                                       Sérgio Sampaio

Há quem diga que eu dormi de touca
Que eu perdi a boca, que eu fugi da briga
Que eu caí do galho e que não vi saída
Que eu morri de medo quando o pau quebrou

Há quem diga que eu não sei de nada
Que eu não sou de nada e não peço desculpas
Que eu não tenho culpa, mas que eu dei bobeira
E que Durango Kid quase me pegou

Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar, pra dar e vender

Eu, por mim, queria isso e aquilo
Um quilo mais daquilo, um grilo menos disso
É disso que eu preciso ou não é nada disso
Eu quero é todo mundo nesse carnaval

Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar, pra dar e vender.


Interpretação da música:

1 – O que quer dizer com a frase “botar meu bloco na rua”?
      Ele na verdade estava querendo se impor ao regime adotado.

2 – O que significa a frase “E que Durango Kid quase me pegou”?
      É uma metáfora, os militares, no caso, o inimigo que impedia ele de fazerem as manifestações nas ruas.

3 – O que diz a primeira estrofe, da música?
      A primeira parte remete ao sentimento que os militares tinham por qualquer cidadão. O medo que todos sentiam ao ver a tropa nas ruas.

4 – E na segunda estrofe da música, o que revela?
      É o hino de Sérgio, a real vontade do brasileiro da época, que era ir para a rua e dizer tudo o que estava engasgado na garganta.

5 – Na época da ditadura militar, os compositores usavam das canções para passarem as suas mensagens para a sociedade. Qual a tática usada para enganar a censura?
      Usavam-se muitas metáforas.

6 – Como você interpretaria a terceira estrofe da música;
“Um quilo mais daquilo” e “Um quilo menos disso”.
      Resposta pessoal do aluno.