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quinta-feira, 22 de junho de 2023

REPORTAGEM: PESQUISADORES DESCOBREM ÚLTIMA REFEIÇÃO......VIVEU HÁ 5 MIL ANOS - SUPERINTERESSANTE -COM GABARITO

 REPORTAGEM: Pesquisadores descobrem última refeição de homem que viveu há 5 mil anos

Ötzi é uma das múmias mais antigas já descobertas – e fez uma refeição de rei antes de ser assassinado Ötzi, o Homem de Gelo, foi descoberto há quase 30 anos, com o corpo mumificado, nos Alpes orientais italianos. Ele é importantíssimo para a ciência, não só por ter vivido há mais de 5.300 anos, o que o torna uma das múmias mais antigas já descobertas, mas também por seu excelente estado de conservação [...].

 

Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6Sqi6fXjii2usmo58lt5mZVXtOuySoakRT53XB-6wh7f441u9UkwDmAl1EgmOChCrAw7yTiACGOL0YV147VqKz6EtOoaEz8JhAv35O6omVHoj2q28yv5Fg8u9J5L6DvYH-8TkUrqxOgB_hjdxyKNJsMjNQaM_X-pJYMg8FOUcxl5zWEwp4IenNKmdOnQ/s320/otziammda_widelg.jpg

A mais recente  pesquisa liderada por Frank Maixner, do Instituto Eurac de Estudos de Múmia, desvendou qual foi a última refeição do Homem de Gelo: carnes selvagens de íbex (caprino que habita os Alpes) e de veado, trigo selvagem e vestígios de um tipo de samambaia.

Era a melhor última refeição que alguém poderia ter naquela época, muito variada e saudável. Por isso, os pesquisadores começaram a trabalhar com a hipótese de que Ötzi sabia bem o que estava fazendo. Uma  das teorias é de que ele estava se preparando para uma viagem pelas montanhas e comeu um banquete para aguentar o tranco da jornada.

[...]

SALI, Felipe. Pesquisadores descobrem última refeição de homem que viveu há 5 mil anos.

Superinteressante, 12 jul. 2018. Disponível em: <https://super.abril.com.br/ciencia/pesquisadores-

descobrem-ultima-refeicao-de-homem-que-viveu-ha-5-mil-anos/>. Acesso em: 26 jul. 2018.

Fonte: Livro – Português – Conexão e Uso -7º Ano – Dileta Delmanto/Laiz B. de Carvalho, Editora Saraiva, 1ª ed., São Paulo, 2018.p.224.

01. Por que o assunto mereceu ser objeto de uma matéria jornalística?

Porque é uma descoberta significativa encontrar um dado que parece impensável: o que comia um homem que viveu há milênios.

02. O que permitiu aos cientistas fazer essa descoberta?

O fato de a múmia estar muito bem conservada.

03. No trecho, aparecem muitas palavras que retomam o substantivo Ötzi. Quais são elas?

Homem de Gelo, ele, o (pronome oblíquo).

04. Releia o título da matéria. Nele aparece algum verbo transitivo? Se sim, qual é o seu complemento?

        Sim, o verbo descobrir é transitivo e pede o complemento última refeição de homem.

 

segunda-feira, 19 de junho de 2023

REPORTAGEM: UMA HABSBURGO NOS TRÓPICOS: A CHEGADA DA PRINCESA REAL CAROLINA LEOPOLDINA AO BRASIL - COM GABARITO

           Reportagem: Uma Habsburgo nos trópicos: a chegada da princesa real Carolina Leopoldina ao Brasil

Em 15 de agosto de 1817, a fragata D. João VI deixava o porto de Livorno, na Itália, trazendo consigo uma ilustre passageira, cujo destino se ligara ao da família real portuguesa, instalada desde 1808 no Brasil.

Ela estava muito ansiosa para conhecer seu marido, o príncipe D. Pedro, com quem se casara por procuração em 13 de maio daquele ano.[...]

[...] A viagem, assim, prosseguia de forma tranquila, até que nos dias 18 e 19 foram surpreendidos por uma forte tempestade.

O secretário do embaixador von Eltz,Wilhelm von Grandjean, escreveu sobre esse episódio que “o navio subia e caía permanentemente de frente para trás. Era só com esforço que a gente conseguia manter-se em pé: rostos corados empalideciam, dor de cabeça e tonteiras eram a sorte de todo mundo, e com saudade esperava-se o restabelecimento da

antiga ordem” [...]. De Gilbraltar, Leopoldina enviou sua primeira carta à família desde que se lançara ao mar, relatando que ficara muito enjoada e fora acometida por fortes dores de cabeça e cólicas. “Pensei que ia morrer”, contou ela em carta à sua irmã Maria Luísa. [...] 

Fonte de imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjb430Pe1G4b-yXD4Q-CssEUOMapOSnjLv0Z4cFN4Jh4_sr1VXqMwR74sD-ru5vyJe3fwFYyjCziYP3cGinNOJrCnmqRRMig9-saYN184zEnyzadA9oez2hGs8jAbmWvS5PpTAzw_bHe3LHfIjlPgWuciLBmu3RQ06HHCd_Yu76-RizQKreeW4WpJDUHZI/s320/Leopoldina.jpeg

Fonte: Livro – Português – Conexão e Uso -7º Ano – Dileta Delmanto/Laiz B. de Carvalho, Editora Saraiva, 1ª ed., São Paulo, 2018.p.70-1.

NETO, Renato Drummond Tapioca. Uma Habsburgo nos trópicos: a chegada da princesa real Carolina Leopoldina ao Brasil. Rainhas trágicas, 7 nov. 2015. Disponível em: <https://rainhastragicas.com/2015/11/07/uma-habsburgo-nos-tropicos-a-chegada-da-princesa-real-carolina-leopoldina-ao-brasil/>. Acesso em: 3 jun. 2018.

 Entendendo o texto

01. Nesse fragmento, fala-se da primeira viagem da princesa Leopoldina ao Brasil. O que ela vinha fazer aqui nos trópicos, como diz o título?

          Conhecer o marido, com o qual se casara por procuração.

b) O que chama a atenção no que se refere ao casamento da princesa?

O fato de que ela sequer conhecia aquele que viria a ser seu marido antes de realizado o casamento.

c) Dentre as formas verbais destacadas no trecho reproduzido, há alguma no presente? A que você atribui essa escolha do autor?

Não há nenhuma, pois o autor relata fatos já acontecidos.

d) Releia este fragmento, observando a forma como o autor utiliza os tempos do passado.

[...] De Gilbraltar, Leopoldina enviou sua primeira carta à família desde que se lançara ao mar, relatando que ficara muito enjoada e fora acometida por fortes dores de cabeça e cólicas. “Pensei que ia morrer”, contou ela em carta à sua irmã Maria Luísa.

I. Nesse fragmento, o autor quer que o leitor entenda que a ação de se lançar ao mar aconteceu antes ou depois que Leopoldina enviou a carta?

Antes

II. Nele, existem outras formas verbais que também foram utilizadas para indicar ações passadas, que agora se referem a fatos ocorridos antes de outras ações também passadas. Quais são? Explique.

Lançara, que indica o início de sua viagem antes daquele momento em que já estava em Gibraltar, e ficara, que indica

que a princesa tinha ficado enjoada antes de seu relato na carta.

II. Existem ainda, nesse mesmo fragmento, outras formas verbais que expressam a ideia de uma ação passada inteiramente concluída no momento narrado. Dê exemplos. enviou, contou, pensei.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

REPORTAGEM(FRAG): DE OUTROS JEITOS - CARLA CARUSO - COM GABARITO

 Reportagem: De outros jeitos

                        Carla Caruso

        O mundo e as sensações são percebidos pelos deficientes visuais por meio dos outros sentidos, que ficam bem desenvolvidos. Eles podem se comunicar normalmente e conviver com seus familiares e amigos.

        As crianças que não enxergam aprendem o alfabeto Braille para poder ler e estudar nos livros escritos nesse código [...]. Como qualquer pessoa, um deficiente visual tem a necessidade de estímulos, de estar atento e curioso ao mundo que o rodeia. Claro que seu aprendizado acontece por meio dos outros sentidos. Uma criança bem pequena que tem a visão normal aprende muitas coisas apenas pela observação e pela imitação, como a abertura de uma torneira, por exemplo. A criança observa e percebe todo o mecanismo da abertura de uma torneira feito por uma pessoa. Depois tentará imitar o que viu até conseguir fazer o mesmo. Uma criança pequena com deficiência visual não vê, porém ouve o barulho e pode colocar a mão. Ela pode demorar mais para compreender o mecanismo de torneira. É outro tempo de aprendizagem. E assim acontece com muitas coisas do dia a dia.

[...]

Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXDB6RMIw_QfBM11gPJRgJL_1AB1N-9dra2ZwyNOSRfWeewiXVL8L3PjtGRGi7utwsL_kT6tTI-eqlZRz0N2Wvimg0O28fjz4TVwjmUF6kBd8zEovmU7jAE1lL0nac_qNAbXZC9mlfCUizR0lPEoYLiFSiM8XmRAl13JMaZmn1BYmBr2Q_EGUFFxxF/s728/braillecapa_eupercebo.jpg

 Carla Caruso. Almanaque dos sentidos. São Paulo: Moderna, 2009. p. 19.

Fonte: Encontros língua portuguesa, 4º ano:componente curricular língua portuguesa:ensino fundamental, anos iniciais/Isabella Pessoa de Melo Carpaneda, Angiolina Domanico Bragança – 1 ed. São Paulo: FTD, 2018, p.182-3.

Entendendo o texto

01.  Quem geralmente lê reportagem?

Pessoas interessadas em se informar sobre determinado assunto.

02. Onde é comum encontrar reportagens publicadas?

Em jornais, revistas, rádio, televisão, internet.

03. A seguir são apresentadas algumas características comuns das reportagens.

Assinale com X apenas aquelas que estão presentes na reportagem

a)   Apresenta gráficos.

b)   Apresenta foto.

c)   O jornalista não revela seu ponto de vista sobre o tema.

d)   As informações sobre o tema ou acontecimento são detalhadas.

e)   Há depoimento de especialista no assunto.

f)     Há depoimento de outras pessoas não especializadas.

 

 

 

 

 

REPORTAGEM: MENINA QUE SOFREU BULLYING POR USAR ÓCULOS RECEBE APOIO NA INTERNET - CAROL OLIVEIRA - COM GABARITO

 Reportagem: Menina que sofreu bullying por usar óculos recebe apoio na internet

        Há dois anos, a americana Alexis Hansen, 7, começou a usar óculos. Pouco tempo depois, seus colegas da escola começaram a inventar apelidos e a caçoar de sua aparência.

          A situação levou Alexis e a mãe, Sierra Winters, a postarem  uma foto da menina no Facebook. Na imagem, Lexie – como é chamada -, segura um cartaz com a mensagem: “Eu sofri bullying por usar óculos. Compartilhe se você é contra o bullying”.

   A foto viralizou na internet e atingiu mais de 4 milhões de compartilhamentos[...].

         No post, milhares de pessoas mandaram mensagens de apoio à menina, como “Óculos são lindos, e você também é!”, e “Não deixe as pessoas te colocarem para baixo”. Muitas crianças e adultos postaram suas próprias fotos usando óculos.

         “Eu percebi que outras pessoas usam óculos também, e fiquei feliz”, disse Lexie à Folha por telefone.

          A garota estuda na mesma escola desde o jardim de infância e conta que, depois de ler as mensagens das pessoas, se sentiu mais forte para enfrentar o bullying. O próprio colégio tomou iniciativas para combater o problema. “Agora isso não acontece mais. A direção pediu para as crianças pararem de fazer bullying”, conta.

          O problema de visão de Lexie não é dos mais graves, e por isso ela não precisa usar óculos o tempo todo. Segundo a mãe, a filha costumava esconder os óculos para não ter de usá-los.

[...]

          Segundo o Departamento de Saúde norte-americano, 83% das meninas e 79% dos meninos do país afirmam que já sofreram bullying, seja pessoalmente ou pela internet.

[...]

 Carol Oliveira. Menina que sofreu bullying por usar óculos recebe apoio na internet. Folha de S.Paulo.

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/2016/03/1744601-menina-que-sofreu-bullying-por-usar-oculos-recebe-apoio-na-internet.shtml.Acesso em: 12 abr.2017.

Fonte: Encontros língua portuguesa, 4º ano:componente curricular língua portuguesa:ensino fundamental, anos iniciais/Isabella Pessoa de Melo Carpaneda, Angiolina Domanico Bragança – 1 ed. São Paulo: FTD, 2018, p.193-5.

Entendendo o texto

 01. Com base na reportagem, defina com suas palavras o que é bullying.

Bullying é toda forma de agressão ou intimidação verbal ou não, feita com o objetivo de machucar, física e/ou moralmente outra pessoa.

02. O que levou Alexia Hansen a fazer uma postagem na internet?

Foi o fato de ela estar sendo vítima de bullying por usar óculos. 

03. A postagem na internet teve um efeito positivo para Alexis? Explique.

Sim, pois a postagem teve enorme repercussão e a menina recebeu grande apoio das pessoas e percebeu que usar óculos é comum, o que a deixou mais feliz, forte e confiante.

04. Marque a alternativa adequada.

a)   o bullying só ocorre na adolescência.

b)   o bullying pode ocorrer em qualquer idade. 

05. Escreva V para as alternativas verdadeiras e F para as falsas.

( F ) A repórter do jornal Folha de S.Paulo teve contato pessoal com Alexis Hansen.

( V ) O depoimento de Alexis Hansen foi dado à repórter do jornal Folha de S.Paulo por telefone.

( V ) A escola tomou providência para que Alexis deixasse de sofrer agressões dos colegas.

06. Releia um trecho da reportagem e responda.

A foto viralizou na internet e atingiu mais de 4 milhões de compartilhamentos. [...]

a)   Nesse trecho aparecem duas palavras muito usadas nas redes sociais. Quais são elas?

Viralizar e compartilhamentos.

b)   O que essas palavras significam?

Viralização – é um termo que surgiu com o crescimento do número de usuários das redes sociais e blogs. A palavra é utilizada para designar conteúdos que acabam ganhando repercussão na web.

Compartilhar  na internet significa reproduzir o conteúdo de alguém e passá-lo adiante, para que mais pessoas tomem conhecimento de algo.

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

REPORTAGEM: RAÇA, RACISMO, IDENTIDADE E ETNIA - COM GABARITO

 REPORTAGEM: RAÇA, RACISMO, IDENTIDADE E ETNIA

             O primeiro ouro brasileiro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, foi conquistado por uma mulher. A judoca Rafaela Silva, 24 anos, foi também a primeira atleta negra, entre homens e mulheres, a subir ao lugar mais alto do pódio na Rio-2016. Depois dela, a norte-americana Simone Manuel, 20, sagrou-se como a primeira negra campeã olímpica de uma prova individual da natação na história das Olimpíadas. Ao lado da colega de time Lia Neal, 21, ela fez com que os Estados Unidos tivessem, pela primeira vez, duas nadadoras negras representando o país em uma mesma prova da modalidade – no revezamento 4 x 100m livre.

            “As mulheres entraram nas Olimpíadas, mas nunca todas as mulheres. Estamos tendo um levante negro, preto, significativo no evento. São mulheres que estão se empoderando em espaços onde antes nunca haviam ocupado”, reflete Yordanna Lara Pereira Rêgo, professora e pesquisadora de relações de gênero da Universidade Federal de Goiás (UFGO).

             Um movimento que não foi planejado internamente no Brasil, mas que se reflete de fora para dentro. “Não é só a mulher preta brasileira que está se empoderando, mas de todo o mundo e as Olimpíadas evidenciam isso, o que se torna uma porta importante”, explica a pesquisadora.

       NUNES, Maira.Há 14 anos, Olimpíadas do Rio-2016 viviam protagonismo de mulheres negra.

Correio Braziliense,14 ago 2020.Disponível em: https:/blogs.correiobraziliense.com.br/elasnoataque/mulheres-negras-olimpiadas-rio-2016. Acesso em: 10 mar.2021.

Fonte: Formação Geral Básico: Ensino Médio: Sociologia: Caderno 8: Caderno do professor/Angelo Pereira Campos, Luiz Cláudio Pinho. 1 ed.- São Paulo: SOMOS Sistemas de Ensino, 2020.p.7/8.

Reflita sobre o conteúdo da reportagem e explique a ideia do empoderamento representado pelo destaque das atletas negras nos Jogos Olímpicos de 2016. Apresente exemplos de outras mulheres negras ocupando espaços sociais anteriormente interditados por razões étnicas.

A reportagem anuncia em tom otimista o fato de muitas atletas negras terem se destacado em um evento de relevância mundial, o que é um sinal de empoderamento da mulher negra em um cenário tradicionalmente ocupado por homens brancos. A noção de empoderamento significa a capacidade de superar condições adversas enfrentadas por uma minoria – neste caso, as mulheres negras – em todos os segmentos sociais e estabelecer uma imagem simbólica de força e poder capaz de inspirar outras pessoas que compartilham da mesma condição. A noção de empoderamento transparece na trajetória de mulheres negras como as cantoras Leci Brandão, Alcione e Iza, a escritora Carolina de Jesus e as filósofas e ativistas Djamila Ribeiro e Angela Davis.

REPORTAGEM: O PAPEL DA JUSTIÇA DIANTE DOS PROCESSOS DE DISCRIMINAÇÃO E RACISMO - COM GABARITO

 REPORTAGEM: O PAPEL DA JUSTIÇA DIANTE DOS PROCESSOS DE DISCRIMINAÇÃO E RACISMO

 TEXTO I

          De acordo com o Censo dos Magistrados, realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2013, 64% dos juízes são homens e 82% são ministros dos tribunais superiores. No quesito cor/etnia: 84,5% são brancos, 15,4% são pretos/pardos e 0,1% indígenas. A idade média de juízes é de 45 anos para desembargadores e ministros comuns, e de 42 anos para os juízes da Justiça Federal.

ALVES, Dina. Rés negras, juízes brancos: uma análise da interseccionalidade de gênero, raça e classe na produção da punição em uma prisão paulistana. Revista CS,Cali, n.21. p.97-120, jan.-abr.2017, p.110. Disponível em: www.scielo.org.co/pdf/recs/n21/2011-0324-recs-21-00097.pdf. Acesso em: 20.jan.2021.

 

TEXTO II

          Ser negra, pobre e mulher são fatores decisivos que influenciam as decisões judiciais na aplicação da lei penal e no encarceramento em massa. Entender o legado do sistema da escravatura no Brasil, como constituinte do atual sistema penal pode se revelar importante meio para uma democratização da Justiça. Mais ainda, reconhecer a especificidade da mulher negra encarcerada é importante para perceber como tais categorias produzem um complexo e difuso sistema de privilégios e de desigualdades que se refletem na realidade carcerária em São Paulo, especialmente no que se refere às mulheres negras encarceradas. A igualdade formal preconizada pela Constituição Federal garante a todas as pessoas os direitos fundamentais e sociais de forma isonômica. Mas, o poder judiciário reconhecer a existência do racismo institucional é um passo fundamental, pois mesmo na igualdade formal, em que todos e todas são iguais perante a lei, existem mecanismos “invisíveis” de discriminação que fazem com que algumas pessoas sejam menos iguais ou menos humanas, ou não humanas. As práticas rotineiras de policiamento de comunidade predominantemente negras e o crescimento nas estatísticas prisionais de mulheres negra, bem podem ser lidos como um diagnóstico da insidiosa persistência do racismo e da colonialidade da justiça criminal no Brasil contemporâneo.

ALVES, Dina. Rés negras, juízes brancos: uma análise da interseccionalidade de gênero, raça e classe na produção da punição em uma prisão paulistana. Revista CS,Cali, n.21. p.97-120, jan.-abr.2017, p.110. Disponível em: www.scielo.org.co/pdf/recs/n21/2011-0324-recs-21-00097.pdf. Acesso em: 20.jan.2021.

  Fonte: Formação Geral Básico: Ensino Médio: Sociologia: Caderno 8: Caderno do professor/Angelo Pereira Campos, Luiz Cláudio Pinho. 1 ed.- São Paulo: SOMOS Sistemas de Ensino, 2020.p.11 e 12.

a)   Considerando o perfil sociológico dos magistrados e da população carcerária, explique por que, segundo a autora do texto II, o funcionamento da justiça reforça a desigualdade na sociedade brasileira.

A pesquisa realizada a partir da análise de sentenças judiciais revelou que, em um sistema carente de representatividade em relação às pessoas que exercem cargos na magistratura, a avaliação dos juízes fica prejudicada. Predomina um perfil masculino e de idade avançada.

Há uma sobreposição de desigualdades, o que denominamos de interseccionalidade de gênero, raça e classe. A falta de pessoas negras e mulheres e, ainda, o perfil econômico do magistrado transformam a justiça em um mecanismo reprodutor das desigualdades, uma vez que há poucas pessoas que vivenciaram o racismo, o machismo e o preconceito de classe entre os representantes do Poder Judiciário brasileiro. Sem empatia entre juízes e as mulheres negras como rés, as sentenças são expedidas sem levar em conta a estrutura social.

 

b)  Compare o funcionamento do sistema prisional brasileiro às políticas segregacionistas do apartheid sul-africano. Estabeleça semelhanças e diferenças entre os dois.

Como política de confinamento voltada para grupos étnicos-raciais, o apartheid foi organizado pelo governo da África do Sul quando liderado por descendentes dos colonizadores brancos. As autoridades governamentais sul-africanas impuseram leis que determinavam os padrões de comportamento que deveriam ser adotados pelas maiorias étnicas que foram minorizadas por práticas injustas previstas em leis, como a Lei do Passe, que exigia passaporte para os negros poderem frequentar espaços públicos. No sistema prisional brasileiro, as leis são formalmente livres de preconceitos, são feitas para todos. No entanto, elas são interpretadas e aplicadas de forma racista, devido à atuação dos magistrados que são brancos e estabelecem as sentenças sem levar em conta a estrutura social e as condições sociais dos acusados. Nas periferias, comunidades e favelas, o policiamento age de forma seletiva. A questão racial permeia o tratamento que o Estado dá ao problema da criminalidade e da segurança pública.

 

 

 

 

 

sábado, 24 de setembro de 2022

REPORTAGEM: FUTEBOL FEMININO É ATO DE RESISTÊNCIA NA PERIFERIA - ALEXANDRE PUTTI - COM GABARITO

 Reportagem: Futebol feminino é ato de resistência na periferia [...]

        Mesmo com a visibilidade trazida pela Copa, o futebol feminino continua refletindo a desigualdade de gênero no esporte

        “Não vai ter uma Formiga para sempre, uma Marta, uma Cristiane. O futebol feminino depende de vocês para sobreviver. Pensem nisso, valorizem mais. Chorem no começo para sorrir no fim”. Essa foi a fala da integrante da Seleção Brasileira Marta, melhor jogadora do mundo de futebol, que fez um discurso emocionante na despedida do Brasil na Copa do Mundo feminina, que aconteceu neste ano [2019], na França.

        E o discurso emocionado de Marta encerra a primeira copa do mundo de futebol feminino transmitida nos canais de televisão. Além disso, algumas empresas deram direitos iguais aos seus funcionário: folga para todos assistirem as partidas que a seleção brasileira disputava.

        E mesmo com toda a visibilidade trazida pela Copa, o futebol feminino continua em desvantagem, refletindo a desigualdade de gênero dentro do esporte. Salários infinitamente menores, menos visibilidade, falta de patrocínio e a luta diária contra o preconceito.

        E essa dificuldade vai piorando conforme ela [vai] chegando nas periferias das cidades. Em São Paulo, no bairro Jardim Castelo, nos campos que são alugados pelo equipes de várzea – nome paulistano dado ao futebol amador – as mulheres ficam com a xepa.

        Os campos só podem ser utilizados pelos times femininos depois que os masculinos acabarem seus jogos. Os vestiários ficam todos sujos com a passagens dos homens por lá. Além disso, os times femininos encontram dificuldades em obter patrocínio, o mínimo que seja, ficando impossível de investir em coisas básicas como estrutura, uniforme e até mesmo água para a equipe.

        A diretora da Liga Feminina de Futebol Amador, Maria Amorim, conversou com nossa reportagem para contar como é a realidade do futebol de várzea feminino. Segundo ela, é um “ato de resistência”.

        [...]

PUTTI, Alexandre. Futebol feminino é ato de resistência na periferia. Assista ao vídeo. Carta Capital, 9 ago. 2019. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/sociedade/futebol-feminino-e-ato-de-resistencia-na-periferia-assista-ao-video/. Acesso em: 11 maio 2020.

Fonte: Estações e Linguagens – Rotas da Ciência e Tecnologia – Ensino Médio – Editora Ática – 1ª edição, São Paulo, 2020. p. 58-9.

Entendendo a reportagem:

01 – Você acha que a resistência feminina acontece apenas nas corridas? Explique.

      Resposta pessoal do aluno.

02 – No trecho: “[...] nos campos que são alugados pelo equipes de várzea – nome paulistano dado ao futebol amador – as mulheres ficam com a xepa.”, as palavras destaque são regionalismos, isto é, utilizadas em determinadas regiões dentro do território em que se fala uma língua.

a)   O que elas significam no contexto em que foram usadas?

Enquanto a palavra várzea é usada para designar um campo de futebol utilizado por times de amadores; xepa é utilizada em referência às últimas mercadorias expostas em uma feira livre, os alimentos que não foram vendidos e que são oferecidos por preço mais baixo aos consumidores.

b)   Elas são faladas na região onde você mora? Você as utiliza no dia a dia?

Resposta pessoal do aluno.

03 – Por que o futebol feminino de várzea é um “ato de resistência”, segundo Maria Amorim, diretora da Liga Feminina de Futebol Amador?

      Segundo Maria Amorim, o futebol feminino de várzea é um ato de resistência porque, apesar de todo o preconceito machista enfrentado pelas mulheres, o qual resulta em ações como usar o campo apenas depois dos homens, sujeitar-se a usar vestiários sujos pelos jogadores e não ter patrocínio para comprar o básico para a equipe, ainda jogam e reforçam que o futebol é também um esporte feminino.

04 – Considerando as informações do texto, é possível afirmar que a resistência das mulheres vale também para o futebol profissional? Por quê?

      É importante que eles percebam que o discurso de Marta, a jogadora mais premiada da história da FIFA até 2020, questiona a atitude machista em relação ao futebol feminino e pede que as mulheres se imponham no esporte. No texto, a frase “Salários infinitamente menores, menos visibilidade, falta de patrocínio e a luta diária contra o preconceito.”, destaca as principais dificuldades enfrentadas pelas mulheres no futebol profissional.

 

sábado, 10 de setembro de 2022

REPORTAGEM(FRAGMENTO): 20 COISAS INCRÍVEIS SOBRE O CORPO HUMANO - BRIAN CLEGG - COM GABARITO

Reportagem: 20 coisas incríveis sobre o corpo humano

                      Brian Clegg

        [...]

        17 – Idade real

        Assim como uma galinha, sua vida começou num ovo. Não uma coisa volumosa e com casca, mas mesmo assim um ovo – ou melhor, um óvulo. No entanto, há uma diferença significativa entre um óvulo humano e um ovo de galinha, com um efeito surpreendente sobre a sua idade. Os óvulos humanos são minúsculos. Eles são, afinal de contas, apenas uma única célula, e têm habitualmente em torno de 0,2 mm de diâmetro – mais ou menos o tamanho de um ponto-final impresso. Seu óvulo foi formado na sua mãe – mas o surpreendente é que ele foi formado quando ela era um embrião.

        A formação do seu óvulo, e da metade do seu DNA proveniente da sua mãe, pode ser considerada o primeiríssimo momento da sua existência. E isso aconteceu antes de a sua mãe nascer. Digamos que sua mãe tinha 30 anos quando teve você, então se pode dizer que no seu 18º aniversário você já tem mais de 48 anos de idade.

        [...]

CLEGG, Brian. Publicada em 1º fev. 2013. Disponível em:  http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2013/02/1223642-20-coisas-incriveis-sobre-o-corpo-humano.shtml. Acesso em: 9 nov. 2015. (Fragmento).

      Fonte: Língua Portuguesa – Se liga na língua – Literatura, Produção de texto, Linguagem – 2 Ensino Médio – 1ª edição – São Paulo, 2016 – Moderna – p. 255.

Entendendo a reportagem:

01 – Por que o conteúdo desse texto se encaixa em uma reportagem com o título “20 coisas incríveis sobre o corpo humano”?

      O texto apresenta uma informação desconhecida por muitos: o fato de que o ser humano potencialmente existe antes mesmo de sua mãe nascer.

02 – Qual é o único uso de um ou uma com função de numeral nesse texto?

      É numeral em uma única célula, em que se refere a quantidade.

03 – Com que objetivo o produtor do texto comparou o óvulo humano a um “ponto-final impresso”?

      A comparação ajuda o interlocutor a compreender a dimensão da medida 0,2 mm, de uso mais raro.

04 – Os numerais não costumam ter variação de grau. Qual deles, empregado no texto, foge dessa regra? Que sentido tal variação produziu?

      O numeral ordinal primeiro sofreu variação de grau em primeiríssimo, produzindo o sentido de ênfase. 

REPORTAGEM: CASARÃO DA AVENIDA PAULISTA - REGIS HUEDES/ABRIL COMUNICAÇÕES - COM GABARITO

 Reportagem: Casarão da Avenida Paulista (Avenida Paulista, 37 – Paraíso)

 

Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEG-t1yuN6K3i6vzZOxbI-jONuJdZLI5fjPahXR1qo3V-YKqlOvNcWT6elfZPoUDp3DP8_F_Pj2tYPXcxcvxVPFkU86mpyDnPPEw07o8CzX5d0aIbcvjRCaQOafPuarn2LwfLkTXqJW3U4-5ASRS08iqFV5tqKaeZWU062vHDynIUKMMzIAPc6e_-4/s1600/casarao.jpg

Huedes Regis/Abril Comunicações S/A Latinstock e Coleção Particular (detalhe).

        [...]

        A construção é uma das muitas de autoria de Ramos de Azevedo, renomado arquiteto paulistano. A diferença é que a obra tem um valor sentimental: foi um presente de casamento para sua filha Lúcia e o genro Ernesto Dias de Castro. Quando tombado em 1985, o imóvel teve sua área dividida e o terreno com a residência passou a abrigar a Casa das Rosas. “Um terço da propriedade foi cedido para empreendimento imobiliário e dois terços para o centro cultural”, explica o professor Carlos Faggin. Feita com os melhores materiais – boa parte importada –, a casa até hoje conserva a boa estrutura e os traços do classicismo inglês, típicos dos projetos de Azevedo.

        [...]

OLIVEIRA, Anna Carolina. Publicada em: 13 jul. 2012. Atualizada em: 18 jan. 2013. Disponível em: http://vejasp.abril.com.br/materia/casaroes-tombados. Acesso em: 30 out. 2015. (Fragmento).

Fonte: Língua Portuguesa – Se liga na língua – Literatura, Produção de texto, Linguagem – 2 Ensino Médio – 1ª edição – São Paulo, 2016 – Moderna – p. 244-5.

Entendendo a reportagem:

01 – Que função pública tem atualmente essa antiga residência?

      A residência tornou-se um centro cultural: a Casa das Rosas.

02 – O substantivo construção pode ser classificado como concreto ou abstrato. Como ele foi empregado no texto? Justifique.

      Construção refere-se à casa e, portanto, é um substantivo concreto.

03 – A Casa das Rosas é um imóvel tombado. Pesquise o significado desse adjetivo. Escreva também o verbo e o substantivo cognatos dele.

      O adjetivo tombado significa que o imóvel foi colocado sob a guarda do Estado por seu valor artístico e histórico. Os termos cognatos são tombar e tombamento.

04 – A expressão renomado arquiteto paulistano tem por núcleo o substantivo arquiteto. Os adjetivos poderiam ter sua posição invertida sem prejuízo do sentido e da fluência da frase? Por quê?

      Não, porque os adjetivos pátrios sempre sucedem ao substantivo.

05 – Reescreva a expressão os traços do classicismo inglês, substituindo o substantivo classicismo por um adjetivo.

      Os traços clássicos ingleses; os traços classicistas ingleses.

06 – Por que a reelaboração exigiu o uso de inglês no plural?

      O plural (ingleses) foi exigido pela necessidade de concordância com traços, e não mais com classicismo, que antes era o núcleo da locução adjetiva.

 

 

terça-feira, 30 de agosto de 2022

REPORTAGEM: INSTAPOETAS, O FENÔMENO QUE TIROU A POEIRA DA POESIA - (FRAGMENTO) - VEJA - COM GABARITO

 Reportagem: Instapoetas, o fenômeno que tirou a poeira da poesia – Fragmento

          Jovens autores impulsionam o gênero na internet – e na lista de best-sellers

        Existe amor (em forma de poesia) nas redes sociais. Transformada em um polarizado campo de batalha político, a internet também foi tomada por um movimento crescente de jovens poetas, que cravaram seu espaço no online com textos curtos, compartilháveis e fáceis de se relacionar, e acabaram refletidos com muito sucesso na literatura tradicional.

        Pela força no Instagram, os escritores acabaram apelidados de instapoetas. Nomes como João Doederlein, Ryane Leão, Lucão e Zack Magiezi exploram de forma engenhosa temas como amor, decepção, saudade e autoestima, a maioria com caráter motivacional, bebendo de fontes filosóficas e do velho formato dos provérbios, enquanto ainda se arriscam na tendência metalinguística – que fala sobre a própria poesia e a arte de escrever.

        Com centenas de milhares de seguidores, os poetas do Instagram migraram para o papel e, rapidamente, chegaram à lista de best-sellers. Na comparação entre os meses de janeiro a agosto de 2017 com o mesmo período de 2018, os livros de poesia nacionais cresceram em venda 107%*, fenômeno diretamente causado pelos autores virtuais. [...]

CARNEIRO, Raquel; KUSUMOTO, Meire. Instapoetas, o fenômeno que tirou a poeira da poesia. Veja, 12 out. 2018. Disponível em: https://veja.abril.com.br/especiais/instapoetas-o-fenomeno-que-tirou-a-poeira-da-poesia/. Acesso em: 17 jun. 2020.

Fonte: Língua Portuguesa – Estações – Ensino Médio – Volume Único. 1ª edição, São Paulo, 2020 – editora Ática – p. 64.

Entendendo a reportagem:

01 – Por que o título da reportagem sugere que essa nova geração de poetas “tirou a poeira da poesia”?

      Porque a nova geração de poetas renovou o cenário de autores e o modo de divulgar / consumir a poesia, já há tempos “empoeirada”. Com o fenômeno dos “instapoetas”, a poesia voltou a ser um gênero lido e consumido.

02 – Você conhece algum dos “instapoetas” citados na reportagem ou outro escritor que publique seus textos em redes sociais?

      Resposta pessoal do aluno.

03 – Segundo a reportagem, apesar de terem adotado a internet como meio de circulação original, muitos autores virtuais passaram também a publicar livros, que chegaram, até mesmo, à lista de best-sellers. O que explicaria esse fenômeno?

      A popularidade desses escritores, gerada por sua exposição na internet, incentivou as editoras a publicar seus livros, pois a expectativa era uma boa venda desses títulos, o que se confirmou, no caso dos best-sellers.

04 – Você já pensou em seguir a profissão de escritor? Quais poderiam ser os benefícios e as dificuldades desse trabalho?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É importante, neste momento, incentivar o diálogo entre os estudantes para aprofundar o debate sobre as dificuldades e os benefícios de ser escritor, ressaltando a dimensão afetiva e engajada do trabalho com a literatura.

05 – E alguma outra profissão relacionada à produção de livros, você já pensou em seguir? Se sim, qual(is) e por quê?

      Resposta pessoal do aluno.

06 – Em sua opinião, qual é a importância da literatura para a sociedade? Por que o trabalho do escritor deve ser valorizado?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Espera-se que os estudantes reflitam sobre o impacto positivo que a literatura e as artes provocam na vida das pessoas, bem como a necessidade de valorizar o escritor, para que ele possa ter o reconhecimento do seu trabalho e o retorno financeiro para garantir o seu sustento, como se esperaria em qualquer profissão.

sábado, 13 de agosto de 2022

REPORTAGEM: ZÉ NINGUÉM, QUE COLORE VÁRIOS MUROS CARIOCAS, GANHA LIVRO COM SUA HISTÓRIA - KARINA MAIA - COM GABARITO

Reportagem: Zé Ninguém, que colore vários muros cariocas, ganha livro com sua história

  Zé Ninguém atormentado pelo Espírito de Porco. Grafite de Tito estampado em muro da cidade do Rio de Janeiro em 2014.

        Zé Ninguém, que colore vários muros cariocas, ganha livro com sua história

        Personagem é criação do grafiteiro norte-americano Tito.

        Rio – É comum ver grafites espalhados por várias partes do Rio. No meio deles, a imagem de um homem laranja, de bigode e chinelo no pé tem se destacado cada vez mais. Estampado pelos muros cariocas, o personagem batizado como Zé Ninguém vem se multiplicando pela cidade há sete anos através dos traços do grafiteiro Alberto Serrano, mais conhecido como Tito. [...]

        [...] Filho de um porto-riquenho, ele trocou o Bronx pelo Rio em 2001 e logo se identificou com o que viu por aqui. “O Zé Ninguém é inspirado no meu pai. Ele também usava chinelo, shortinho e bigode quando morávamos no Bronx. Para mim, era engraçado. Mas, quando vim para o Brasil, encontrei um monte de gente que nem ele”, conta o artista.

        [...]

MAIA, Karina. Publicada em: 5 mar. 2015. Disponível em: http://odia.ig.com.br/diversao/2015-03-05/ze-ninguem-que-colore-varios-muros-cariocas-ganha-livro-com-sua-historia.html. Acesso em: 26 nov. 2015. (Fragmento).

     Fonte: Língua Portuguesa – Se liga na língua – Literatura, Produção de texto, Linguagem – 2 Ensino Médio – 1ª edição – São Paulo, 2016 – Moderna – p. 300-1.

Entendendo a reportagem:

01 – Que sentido costuma ser atribuído ao substantivo comum zé-ninguém?

      Zé-Ninguém é uma pessoa qualquer, sem importância.

02 – Explique por que a atribuição desse nome contrasta com a origem do personagem Zé Ninguém.

      O personagem Zé Ninguém foi inspirado pelo pai do artista Tito, logo não é alguém sem importância.

03 – O que explica que o artista tenha escolhido esse nome para seu personagem?

      Embora tenha sido usado como substantivo próprio para dar nome ao personagem, Zé Ninguém traduz uma ideia de generalização, coerente com a afirmação do artista de que suas características o igualam a muitos outros brasileiros.

04 – As formas verbais usava e morava estão flexionadas no pretérito imperfeito do indicativo. Como se pode identificar esse tempo considerando apenas a estrutura dos dois verbos?

      As duas formas verbais apresentam a desinência -va.

05 – Se o verbo morar fosse substituído por residir, essa marca seria mantida? Por quê?

      Não; residir é um verbo da 3ª conjugação que emprega a desinência -ia; a desinência -va é usada apenas na 1ª conjugação.

06 – Observe agora as formas trocouidentificou e encontrei. O tempo verbal é responsável pela diferença nas terminações? Explique.

      Não. Os três verbos estão flexionados no pretérito perfeito do indicativo e pertencem à mesma conjugação, o que lhes daria a mesma terminação. A diferença é promovida pela pessoa gramatical, já que encontrei está flexionada na 1ª pessoa do singular, enquanto os outros dois estão na 3ª pessoa do singular.

07 – Qual é a diferença entre os parágrafos do texto, considerando a noção de tempo predominante em cada um?

      O 1º parágrafo contém verbos que indicam processos iniciados no passado e que se estendem até o presente; já o 2º trata de processos realizados predominantemente no passado.