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domingo, 22 de maio de 2022

LENDA: AS ESTRELAS NOS OLHOS DOS MENINOS - REGINALDO PRANDI - COM GABARITO

 Lenda: AS ESTRELAS NOS OLHOS DOS MENINOS

           Reginaldo Prandi

        Naquele tempo, a noite era completamente escura, nenhuma estrela brilhava no firmamento, não havia estrelas.

        Na aldeia indígena, fogueiras eram acesas logo que escurecia, e as famílias se reuniam em torno delas para se esquentar do frio da noite, comer e descansar.

        As mulheres assavam pedaços de pirarucus e tucunarés pescados no dia e cozinhavam nas cinzas ovos de tartaruga que recolhiam dos ninhos na areia das margens dos rios. Os homens falavam da guerra e contavam vantagem. No entorno da aldeia era a escuridão e o mistério. O que vinha de lá era o pio da coruja, o miado da onça, o canto do Jurutaí.

        [...]

        Numa noite, quando foram preparar as comidas, as mulheres descobriram que os ovos de tartaruga que tinham colhido haviam desaparecido...

        Noutra noite, a história se repetiu: os ovos tinham sido roubados.

        Algumas noites depois o roubo aconteceu de novo, e as mulheres resolveram tirar a limpo esses sumiços estranhos.
Escondidas atrás de uns arbustos, elas observaram os meninos roubarem os ovos e saírem sorrateiramente para o mato. Foram no encalço deles e viram quando se enfiaram na floresta e, numa clareira, prepararam o fogo para assar os ovos roubados. Eles queriam come-los sem ter que dividir com os outros.

        As mulheres começaram a gritar, e os meninos, surpreendidos, correram. As mulheres correram atrás. Proferiram ameaças e prometeram castigos severos.

        Para escapar das punições, os meninos pediram ao beija-flor que amarrasse um cipó no céu. O beija-flor atendeu ao pedido, e eles começaram a subir. Já estavam bem no alto quando as mulheres chegaram ao local da fuga para o firmamento. Elas não tiveram dúvidas: subiram atrás deles.

        Para não serem alcançados pelas mulheres, os meninos cortaram o cipó logo abaixo deles, e as mulheres se precipitaram lá de cima. No chão, antes de se esborracharem, foram transformadas em animais da floresta. Os meninos, por sua vez, ficaram presos no céu sem ter como descer.

        Desde então, eles olharam a terra lá do céu. No escuro da noite, brilham para sempre os olhos arregalados dos meninos. Foi assim que a noite acabou se enchendo de estrelas. São os olhos dos meninos.

                          Reginaldo Prandi. Ilustração de Pedro Rafael. Contos e lendas da Amazônia. São Paulo: Companhia das letras, 2011.

        Fonte: livro – Língua portuguesa – Buriti mais português – 4° ano – ensino fundamental – Anos iniciais – 1ª edição, São Paulo, 2017. Moderna. p. 62-6.

Entendendo a lenda:

01 – Substitua a palavra destacada por outra, sem mudar o sentido da frase. Nenhuma estrela brilhava no firmamento.

      Nenhuma estrela brilhava no céu.

02 – Explique o significado do título “As estrelas nos olhos dos meninos”.

      Segundo o texto, as estrelas são os olhos arregalados dos meninos. Podemos vê-los quando olham a terra lá do céu, brilhando no escuro da noite.

03 – O que aconteceria com os meninos se as mulheres os alcançassem?

      As mulheres “Proferiam ameaças e prometiam castigos severos”, o que leva a crer que os meninos seriam punidos, caso elas os alcançassem.

04 – O que os meninos fizeram?

      Os meninos roubaram os ovos de tartaruga que as mulheres tinham colhido.

05 – Por que eles fizeram isso?

      Eles queriam comê-los sem ter que dividir com os outros.

06 – Você conhece outro mito (lenda) que explique o surgimento de um elemento da natureza?

      Resposta pessoal do aluno.

07 – Os Bororos explicam o surgimento das estrelas por meio de:

(   ) Conhecimentos científicos. (X) Crenças de seu povo.

08 – Numere os acontecimentos na sequência correta.

(6) Os meninos pediram ajuda ao beija-flor e subiram ao céu por um cipó.

(3) As mulheres viram os meninos roubarem os ovos.

(1) Numa noite, os ovos de tartaruga desapareceram.

(2) O roubo dos ovos continuou por mais noites.

(7) Os meninos cortaram o cipó e ficaram presos no céu sem ter como descer.

(4) As mulheres começaram a gritar e os meninos começaram a correr.

(5) As mulheres foram atrás deles.

09 – Releia.

        “[...] No entorno da aldeia era a escuridão e o mistério. O que vinha de lá era o pio da coruja, o miado da onça, o canto do Jurutaí.” Duas palavras, nesse trecho, justificam a criação do mito. Quais são elas?

      Escuridão e mistério.

10 – Leia esta frase observando as ações nela descritas.

        “Os meninos fugiram, subindo por um cipó em direção ao céu”.

a)   Qual é a causa dessas ações?

O roubo dos ovos de tartaruga.

b)   Qual é a consequência dessas ações?

Os meninos ficaram para sempre no céu e seus olhos viraram estrelas.

11 – No trecho abaixo, o que significa a expressão tirar a limpo? Marque a resposta correta.

        “Algumas noites depois o roubo aconteceu de novo, e as mulheres resolveram tirar a limpo esses sumiços estranhos.”

(X) Esclarecer.    (   ) Limpar.    (   ) Retirar.

12 – Circule a palavra que tem sentido semelhante ao da palavra destacada.

        (Escondidas) atrás de uns arbustos, elas observaram os meninos roubarem os ovos e saírem sorrateiramente para o mato.” Por que as personagens agiram assim?

      Os meninos, porque faziam algo errado; As mães, para se certificarem do que os meninos faziam.

13 – Releia estes trechos.

·        Numa noite [...], as mulheres descobriram que os ovos de tartaruga que tinham colhido haviam desaparecido.

·        Noutra noite, a história se repetiu.

·        Algumas noites depois o roubo acontece de novo.

Que informação as expressões em destaque dão ao leitor?

      As expressões indicam a sequência temporal (noite após noite) em que os acontecimentos ocorreram.

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 14 de abril de 2022

LENDA: O PAPEL E A TINTA - LEONARDO DA VINCI - COM GABARITO

 Lenda: O papel e a tinta

            Leonardo da Vinci

  Certo dia, uma folha de papel que estava em cima de uma mesa, junto com outras folhas exatamente iguais a ela, viu-se coberta de sinais. Uma pena, molhada de tinta preta, havia escrito uma porção de palavras em toda a folha.

        -- Porque você não me poupou dessa humilhação? – disse, furiosa, a folha de papel para a tinta.

        -- Espere! – respondeu a tinta. – Eu não estraguei você. Eu cobri você de palavras. Agora você não é mais apenas uma folha de papel, mas sim uma mensagem. Você é a guardiã do pensamento humano. Você se transformou num documento precioso!

        E, realmente, pouco depois, alguém foi arrumar a mesa e apanhou as folhas para jogá-las na lareira. Mas subitamente reparou na folha escrita com tinta, e então jogou fora todas as outras, guardando apenas a que continha uma mensagem escrita.

Adaptado de: Leonardo da Vinci. Fábulas e lendas. Rio de Janeiro: Salamandra, 1977. p. 15.

Fonte: Livro – PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 5ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 42.

Entendendo a lenda:

01 – O texto está dividido em partes menores, os parágrafos.  Parágrafos são partes do texto que agrupam ideias. A indicação de início de parágrafos é feita pelo afastamento em relação à margem esquerda do texto.

a)   Quantos Parágrafos há no texto lido?

Quatro parágrafos.

b)   De que trata cada um dos parágrafos?

O primeiro parágrafo apresenta a situação: uma mesa com folhas, uma delas escrita.

O segundo, a fala da folha de papel.

O terceiro, a resposta da tinta.

O quarto apresenta uma nova situação: as folhas estão sendo jogadas na lareira, menos a folha escrita.

02 – Observe o primeiro e o último parágrafos. Eles apresentam partes menores, as frases, que são delimitadas pelo ponto.

a)   Observe o número de pontos do primeiro parágrafo. Quantas frases há nele?

Há duas frases.

b)   O parágrafo se inicia com letra maiúscula ou com letra minúscula?

Com letra maiúscula.

sábado, 2 de abril de 2022

FILOSOFIA: O UBUNTU COMO UMA ÉTICA SOCIAL - NATHALIA DA LUZ - VIVÊNCIAS - PROJETO DE VIDA - COM GABARITO

 Filosofia: O Ubuntu como uma ética social

         Ubuntu: a filosofia africana que nutre o conceito de humanidade em sua essência

        Rio – Uma sociedade sustentada pelos pilares do respeito e da solidariedade faz parte da essência de ubuntu, filosofia africana que trata da importância das alianças e do relacionamento das pessoas, umas com as outras. Na tentativa da tradução para o português, ubuntu seria “humanidade para com os outros”. Uma pessoa com ubuntu tem consciência de que é afetada quando seus semelhantes são diminuídos, oprimidos.

        – De ubuntu, as pessoas devem saber que o mundo não é uma ilha: “Eu sou porque nós somos”. Eu sou humano, e a natureza humana implica compaixão, partilha, respeito, empatia – detalha Dirk Louw, doutor em Filosofia Africana pela Universidade de Stellenbosch (África do Sul).

        Dirk conta que não há uma origem exata da palavra. Estudiosos costumam se referir a ubuntu como uma ética “antiga” que vem sendo usada “desde tempos imemoriais”. [...]

        – No fundo, este fundamento tradicional africano articula um respeito básico pelos outros. Ele pode ser interpretado tanto como uma regra de conduta ou ética social. Ele descreve tanto o ser humano como “ser-com-os-outros” e prescreve que “ser-com-os-outros” deve ser tudo. [...]

        Na esfera política, o conceito é utilizado para enfatizar a necessidade da união e do consenso nas tomadas de decisão, bem como na ética humanitária.

        [...]

LUZ, Nathalia da. Ubuntu: a filosofia africana que nutre o conceito de humanidade em sua essência. Por dentro da África, 24 set. 2014. Disponível em: www.pordentrodaafrica.com/cultura/ubuntu-filosofia-africana-que-nutre-o-conceito-de-humanidade-em-sua-essencia. Acesso em: 16 jan. 2020.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 127.

Entendendo a filosofia:

01 – Vocês já conheciam a filosofia ubuntu? Em caso afirmativo, compartilhem o que sabem. Vocês concordam com ela? Expliquem suas opiniões.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É possível que os alunos conheçam a filosofia por meio de músicas e artistas que a difundem. Caso isso ocorra, incentive-os a apresentar essas referências à turma.

02 – O trecho acima afirma que ubuntu poder ser compreendido como “uma regra de conduta ou ética social”. O que vocês entendem por ética?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Aproveite o momento para mapear os conhecimentos prévios da turma sobre ética.

03 – Em que medida vocês acham que fortalecer o conceito do ubuntu pode fortalecer a coletividade?

     Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É esperado que os alunos compreendam que, ao exercitar a ideia de “ser-com-os-outros”, as ações e as decisões coletivas se tornam mais fáceis e mais fortes.

04 – Como o princípio de “eu sou porque nós somos” se relaciona com a igualdade e com a equidade?

      Ao afirmamos “eu sou porque nós somos”, estamos também afirmando que nós somos iguais (princípio da igualdade) e que devemos agir para que esse status de igualdade seja alcançado por todos (princípio da equidade).



quarta-feira, 30 de março de 2022

LENDA: COMO O SOL CHEGOU AOS ANIMAIS (LENDA INDÍGENA NORTE-AMERICANA) - WILLIAN JOHN BENNET - COM GABARITO

 Lenda: Como o sol chegou aos animais(lenda indígena norte-americana)

            William John Bennet

Há muitos e muitos anos, o mundo era todo escuro. Os animais viviam se esbarrando uns nos outros e nunca sabiam onde estavam naquela escuridão. Resolveram se reunir em conselho para decidir como resolver o problema.

— Precisamos de luz — disse a Coruja. Ela presidia o conselho porque enxergava no escuro melhor que os outros bichos. — Muito bem! Apoiado!— gritaram todos.

— Mas como vamos arranjar luz?

— Não vai ser fácil — avisou a Coruja.

— Dizem que existe luz no outro lado do mundo, mas é muito, muito longe. A viagem é perigosa. Quem for lá pode nunca mais voltar.

— Então quem deve ir? — gritaram todos a uma só voz.

— Quem vai se arriscar na viagem? Houve um longo silêncio. No escuro, todos os bichos encolheram os ombros. Por fim, ouviu-se uma vozinha.

— Posso tentar — disse a Toupeira.

— Minha cauda é longa. Se eu achar a luz, posso pegar, esconder nos pelos da cauda e trazer para cá.

E lá se foi a Toupeira a caminho do leste. Andou dias e dias pela terra escura, sem saber bem onde estava, até que viu uma pequena claridade no céu.

Correu em direção à luz, que se tornava cada vez mais forte. A luz cresceu e ficou tão brilhante que o bichinho tinha que franzir os olhos para não ficar cego. Até hoje, quando a gente vê uma toupeira, repara nos olhos fechadinhos e pensa que ela está dormindo.

Andando até o outro lado do mundo, a Toupeira finalmente achou o sol. Pegou um pedacinho, rápido como quem furta, embrulhou na cauda peluda e tomou o caminho de casa.

 — Podemos tentar mais uma vez — disse uma vozinha sumida.

— Dessa vez eu vou. — Quem? — perguntaram os bichos. — Quem falou?

— Eu, a Velha Aranha. Sei que sou muito pequena muito lenta, mas talvez eu consiga. Antes de partir, a Velha Aranha pegou um punhado de argila e, com as oito mãos, fez um potinho.

— A Toupeira e o Corvo não tinham onde trazer o sol — disse ela.

— Vou levar este potinho. Depois teceu um fio e prendeu numa pedra, dizendo: — A Toupeira e o Corvo ficaram cegos com a luz do sol no caminho de volta. Eu vou seguir esse fio. E se pôs a caminho do leste, desenrolando o fio à medida que andava. Quando chegou ao sol, pegou um pedacinho e colocou no potinho de barro. Brilhava tanto que ela mal enxergava, mas, segurando o fio estendido, pegou o caminho de casa.

Mas a viagem de volta era longa e o pedacinho de sol era muito quente para a pobre Toupeira carregar. O solzinho queimou todo o pelo da cauda dela, que caiu no chão. Por isso é que hoje, quando a gente vê uma toupeira, repara no rabo pelado que ela tem.

— A Toupeira tentou e fracassou — disseram os bichos.

— Nunca mais teremos luz! — Eu vou tentar — disse o Corvo.

— Talvez essa viagem seja para quem tem asas. O Corvo voou para o leste e chegou ao sol. Deu um mergulho na luz e arrancou um pedacinho com as garras afiadas. “A Toupeira tentou trazer o sol na cauda e não deu certo”, pensou o Corvo. “Vou levar a luz na cabeça.” O Corvo pôs o pedacinho de sol na cabeça e tomou o rumo de casa, mas o sol era quente demais e queimou as penas da cabeça dele. O Corvo ficou tonto e começou a voar em círculos, até que o pedacinho de sol caiu. É por isso que os corvos não têm penas no alto da cabeça e estão sempre voando em círculos.

— Agora não tem mais jeito — lamentaram os animais.

— A Toupeira tentou; o Corvo tentou, e ninguém conseguiu.

A Velha Aranha viajou toda iluminada, parecendo o próprio sol. Até hoje a teia brilha como se guardasse a luz do sol.

Quando afinal chegou em casa, todos os bichos puderam ver o mundo pela primeira vez. Olharam para a Aranha, tão pequenininha, imaginando como ela pudera fazer a viagem sozinha. Quando viram o potinho de barro com o pedacinho de sol dentro, aprenderam a fazer potes de argila e pôr ao sol para secar.

Mas a Velha Aranha também sofreu com o sol. Por isso é que até hoje ela tece a teia nas primeiras horas da manhã, antes de o sol esquentar.

BENNET, William J. O livro das virtudes II: o compasso moral. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995. p. 354-356

Faraco, Carlos Emílio Língua portuguesa : linguagem e interação / Faraco, Moura, Maruxo Jr. -- 3. ed. -- São Paulo : Ática, 2016.p.45-48.

Entendendo o texto

01. Em narrativas de lendas, é comum a presença de animais que falam e agem como seres humanos, assim como a ocorrência de ações “mágicas” ou extraordinárias.

·        Formule uma hipótese que procure explicar essa característica das narrativas legendárias.

          Resposta pessoal.

02. Nas lendas é também frequente haver explicações para fenômenos da natureza, como a chuva, o vento, a sucessão dos dias e noites, as estações do ano.

a) Quais fenômenos naturais são explicados por essa lenda indígena norte-americana?

A existência do dia e da noite e certas características físicas e comportamentais dos animais que são personagens da lenda.

b) Desses fenômenos, qual seria o principal no contexto da lenda?

A existência do dia e da noite.

c) Em sua opinião, por que histórias lendárias procuram explicar fenômenos naturais?

Resposta pessoal.

Sugestão: Nas mais diversas culturas humanas, a explicação dos fenômenos naturais sempre foi motivo de inquietação. Quando o desenvolvimento científico não permitia ainda a formulação de leis e explicações científicas baseadas na observação e no levantamento de hipóteses, as histórias de mitos e lendas ajudavam — e ainda ajudam — a construir relações, mágicas, extraordinárias, capazes de justificar a existência dos fenômenos.

03. Nas lendas e histórias de tradição oral dos povos indígenas do Brasil, muitas vezes há personagens representadas por animais.

a) Das lendas indígenas brasileiras que você conhece, quais são os animais que aparecem com mais frequência?

Resposta pessoal.

Sugestão: Nas lendas brasileiras, os animais frequentes são aqueles que constituem a fauna do Brasil: macacos de diversas espécies, jacarés, cobras, tartarugas e outros répteis, sapos e rãs, aves típicas (o papagaio, a maritaca, o joão-de-barro, etc.), a onça-pintada e outros felinos das florestas e dos cerrados.

b) Por que a toupeira não aparece nas lendas indígenas brasileiras?

     Porque a toupeira não faz parte da fauna brasileira.

04.Indique o sentido da expressão a gente, que ocorre em vários trechos do texto. A quem essa expressão se refere?

A expressão refere-se à coletividade dos leitores e equivale à primeira pessoa do plural.

05. Os nomes dos animais, como Coruja, Toupeira, Corvo, Aranha aparecem grafados no texto com inicial maiúscula. O que justificaria esse emprego das maiúsculas no texto?

A inicial maiúscula transforma o substantivo em nome próprio, o que personaliza os animais. Na lenda, cada animal representa um valor humano.

06.Prosopopeia ou personificação é o nome da figura de linguagem por meio da qual se atribuem características humanas a seres não humanos. Explique.

Nas lendas, a ocorrência de prosopopeia está ligada ao universo mágico, ao mundo extraordinário, e permite que valores humanos sejam apresentados de forma coletiva e alegórica.

sábado, 12 de fevereiro de 2022

LENDA GREGA: A LENDA DE ÓRION - WALMIR CARDOSO - COM GABARITO

 Lenda Grega: A Lenda de Órion

                  Walmir Cardoso

        Dizem que na Grécia Antiga, muito tempo atrás, um jovem caçador chamado Órion apaixonou-se por uma princesa de nome Mérope. Era filha do rei Enopião, com quem morava numa ilha do Mar Mediterrâneo. Dona de grande beleza, Mérope era muito amada pelo pai, que impedia os rapazes de se aproximarem da filha e namorá-la. Acontece que Órion não era um jovem qualquer, mas filho do deus grego Posêidon, conhecido na Roma Antiga como Netuno. Muito poderoso, esse deus reinava sobre os mares. Com receio de deixar Posêidon zangado, Enopião permitiu a Órion achegar-se à filha, com uma condição: devia capturar todos os animais ferozes que infestavam seu reino.

        Sendo um hábil caçador, nosso herói aceitou a proposta, pedindo a mão da princesa como prêmio pela façanha. Enopião nada respondeu e Órion interpretou seu silêncio como consentimento. Durante um bom tempo o caçador enfrentou as feras, que por fim conseguiu aprisionar e transportar para outra ilha, desabitada. Terminada a missão, ele imaginou que pudesse, enfim, casar-se com Mérope. Contudo, os ciúmes de Enopião em relação à filha falou mais alto e ele escondeu-a do noivo num castelo.

        Inconformado, Órion começou a trazer os animais caçados de volta à ilha de Enopião. Numa de suas viagens foi capturado pelos soldados do rei, que o cegaram e em seguida o abandonaram numa praia deserta. Felizmente, o caçador cego foi encontrado por um ciclope, gigante mitológico de um olho só, que o conduziu até Aurora, a deusa do amanhecer. Apaixonada que era por Órion, ela restituiu-lhe a visão, fazendo-o olhar para onde o sol nasce. Porém, mesmo com a vista totalmente recuperada, o caçador não conseguiu casar-se com Mérope.

        Tempos depois apaixonou-se por Ártemis, a deusa da caça, conhecida entre os romanos como Diana. Mas Ártemis tinha um irmão gêmeo, Apolo, muito ciumento dela. Numa bela tarde, os dois irmãos saíram para um torneio de arco e flecha. No caminho, Apolo desafiou Ártemis a acertar um alvo no mar, perto da linha do horizonte. Excelente arqueira, Ártemis aceitou prontamente o desafio e retesou o arco na direção indicada pelo irmão. Mal sabia ela estar apontando para Órion, que nadava à distância e foi trespassado por sua flecha certeira.

        No dia seguinte, andando a beira-mar, a deusa encontrou o corpo morto do amado, com uma de suas flechas cravada no coração. Pôs-se a chorar, mas era tarde, o mal estava feito. Penalizado com sua dor, Zeus, o maior dos deuses gregos, ofereceu-se para transformar Órion numa constelação. Ártemis aceitou a oferta porque assim, pelo menos, poderia ver seu amado no céu. A mesma sorte não coube aos dois cães fiéis de Órion, que ganiam desesperados ao ver seu dono brilhando no céu noturno. Assim, também eles foram transformados por Zeus em constelações. São elas Cão Maior e Cão Menor, que podem ser vistas no céu junto ao gigante caçador nas noites quentes de verão do hemisfério Sul.

                          CARDOSO, Walmir. A lenda de Órion. Nova Escola, São Paulo: Abril. n. 118, p. 30-31, dez. 1998.

                     Fonte: Língua Portuguesa – Coleção Mais Cores – 5° ano – 1ª ed. Curitiba 2012 – Ed. Positivo p. 103-6.

Entendendo a lenda:

01 – Assinale a alternativa correta.

a)   Quem Órion?

(  ) Filho do rei Enopião.

(X) Filho de deus Posêidon.

(  ) o deus Netuno.

b)   Por quais mulheres Órion se apaixonou no decorrer da história?

(X) Mérope e Ártemis.

(  ) Mérope e Aurora.

(  ) Aurora e Ártemis.

c)   Por que o rei Enopião não permitiu que Órion se casasse com sua filha Mérope?

(  ) Porque Órion não conseguiu dar fim nos animais ferozes que infestavam o seu reino.

(  ) Porque Órion era filho de Posêidon.

(X) Porque Enopião tinha ciúmes da filha.

d)   Quem mandou cegar Órion?

(  ) Mérope.

(X) Enopião.

(  ) Posêidon

e)   Quem restituiu a visão a Órion?

     (  ) Mérope.

     (  ) Ártemis.

     (X) Aurora.

     f) O “acidente” que provocou a morte de Órion foi planejado por quem?

     (  ) Enopião.

     (  ) Ártemis.

     (X) Apolo.

02 – Por que Zeus, o maior dos deuses gregos, resolveu transformar Órion em uma constelação?

      Para consolar Ártemis, pois transformando Órion em uma constelação, ela poderia vê-lo no céu todas as noites.

03 – Por que os cães de Órion também foram transformados em constelações, se eles não haviam morrido?

      Para que pudessem ficar ao lado do seu dono.

04 – Afinal, essa lenda tenta explicar que fenômeno da natureza?

      O surgimento das constelações.

05 – Leia as frases a seguir e resolva as questões.

        “Órion enfrentou os animais ferozes do reino de Enopião.”

a)   Quais são os substantivos próprios?

Órion e Enopião.

b)   Qual é a palavra que indica ação (verbo)?

Enfrentou.

c)   Quem pratica a ação?

Órion.

d)   Qual é o adjetivo? A que substantivo ele se refere?

Ferozes, animais.

e)   De onde são os animais ferozes?

Do reino de Enopião.

        “Choram de tristeza os cães de Órion”.

f)    Qual é o verbo da frase?

Choram.

g)   Quem pratica a ação?

Os cães de Órion.

        “No dia seguinte, Ártemis encontrou o seu amado na praia.”

h)   Qual é a expressão de tempo?

No dia seguinte.

i)     Qual é a expressão de lugar?

Na praia.

j)     Qual é o verbo da frase?

Encontrou.

k)   Quem pratica a ação?

Ártemis.

 

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

LENDA: COMO NASCERAM AS ESTRELAS - AUTOR DESCONHECIDO - COM GABARITO

  LENDA: Como Nasceram as Estrelas

 Pois é, todo mundo pensa que sempre houve no mundo estrelas pisca-pisca. Mas é erro. Antes os índios olhavam de noite para o céu escuro — e bem escuro estava esse céu. Um negror. Vou contar a história singela do nascimento das estrelas.

Era uma vez, no mês de janeiro, muitos índios. E ativos: caçavam, pescavam, guerreavam. Mas nas tabas não faziam coisa alguma: deitavam-se nas redes e dormiam roncando. E a comida? Só as mulheres cuidavam do preparo dela para terem todos o que comer.

Uma vez elas notaram que faltava milho no cesto para moer. Que fizeram as valentes mulheres? O seguinte: sem medo enfurnaram-se nas matas, sob um gostoso sol amarelo. As árvores rebrilhavam verdes e embaixo delas havia sombra e água fresca. Quando saíam de debaixo das copas encontravam o calor, bebiam no reino das águas dos riachos buliçosos. Mas sempre procurando milho porque a fome era daquelas que as faziam comer folhas de árvores. Mas só encontravam espigazinhas murchas e sem graça.

— Vamos voltar e trazer conosco uns curumins.

(Assim chamavam os índios as crianças.) Curumim dá sorte.

E deu mesmo. Os garotos pareciam adivinhar as coisas: foram retinho em frente e numa clareira da floresta — eis um milharal viçoso crescendo alto. As índias maravilhadas disseram: toca a colher tanta espiga. Mas os garotinhos também colheram muitas e fugiram das mães voltando à taba e pedindo à avó que lhes fizesse um bolo de milho. A avó assim fez e os curumins se encheram de bolo que logo se acabou. Só então tiveram medo das mães que reclamariam por eles comerem tanto. Podiam esconder numa caverna a avó e o papagaio porque os dois contariam tudo

Mas — e se as mães dessem falta da avó e do papagaio tagarela? Aí então chamaram os colibris para que amarrassem um cipó no topo do céu. Quando as índias voltaram ficaram assustadas vendo os filhos subindo pelo ar. Resolveram, essas mães nervosas, subir atrás dos meninos e cortar o cipó embaixo deles.

Aconteceu uma coisa que só acontece quando a gente acredita: as mães caíram no chão, transformando-se em onças. Quanto aos curumins, como já não podiam voltar para a terra, ficaram no céu até hoje, transformados em gordas estrelas brilhantes.

Mas, quanto a mim, tenho a lhes dizer que as estrelas são mais do que curumins. Estrelas são os olhos de Deus vigiando para que corra tudo bem. Para sempre.

E, como se sabe, “sempre” não acaba nunca.

 Estudo do texto

01. Esse texto é uma lenda. Assinale as alternativas que correspondem às explicações sobre o que é uma lenda:

 a. É um texto poético e com rimas.

b. É uma narrativa popular, transmitida de geração em geração.

c. É um texto que sempre conta uma história de ficção.

d. È um texto que conta histórias de acontecimentos heroicos ou de seres fantásticos.

e. É um texto que conta histórias fantasiosas.

 02. Agora, responda de acordo com o texto:

a) Que personagens fazem parte da lenda?

     Os curumins, as mães, a avó, os índios e o papagaio.

 b) O que levou as mulheres a se embrenharem no mato?

     Elas notaram que faltava milho no cesto para moer.

 c) Por que as mulheres chamaram os curumins?

    Porque os curumins dão sorte.

 d) Por que os curumins ficaram com medo das mães?

    Porque eles se encheram de bolo que avó fez,e então tiveram medo das mães que reclamariam por eles comerem tanto.

 03. Assinale com x a resposta correta:

a. Que ideia os curumins tiveram para fugir das mães?

(  ) Esconder-se em uma caverna.

(  ) Subir em uma árvore.

(  ) Esconder-se com a avó numa caverna.

( x ) Esconder a avó e o papagaio numa caverna.

 b. O que fizeram as mães quando viram os filhos subindo pelo ar?

(  ) Resolveram pedir ajuda para os outros índios.

(  ) Resolveram gritar para que eles retornassem.

(  ) Resolveram subir atrás dos meninos.

( x ) Resolveram subir atrás dos meninos e cortar o cipó embaixo deles.

 c. Na história, as mães terem sido transformadas em onça é:

( x ) É algo fantasioso, peculiar das lenda.

(  ) É algo que pode acontecer na vida real.

(  ) É algo parecido com o ditado popular que quando as pessoas estão bravas viram onças.

(  ) É algo diferente que acontece com os índios.

 04. Escreva o que pode ser considerado real nesta lenda por revelar o modo de vida dos indígenas.

 Os índios caçavam, pescavam, guerreavam.


quinta-feira, 12 de agosto de 2021

LENDA: A HISTÓRIA DE CHICO REI - THEOBALDO MIRANDA SANTOS - COM GABARITO

 Lenda: A história de Chico Rei

              Theobaldo Miranda Santos

        Um rei negro da África foi derrotado em combate e feito prisioneiro. O vencedor destruiu as aldeias, as plantações e os rebanhos do vencido. Depois, reuniu o rei, a rainha, os príncipes e os chefes guerreiros da nação derrotada, e os vendeu a todos, como escravos, para o Brasil.

        Chegando ao Novo Mundo, o rei negro foi comprado, com sua mulher, filhos e alguns vassalos, por um proprietário de minas de ouro. Marcharam a pé para Minas Gerais. O rei, de calças de algodão, o busto nu, caminhava à frente dos escravos, de cabeça erguida, como se fosse ainda o soberano daquela gente.

        Ficaram todos em Vila Rica. O rei negro foi batizado com o nome de Francisco. Mas os outros escravos, que o respeitavam e admiravam, chamavam-no Chico Rei. Perseverante e obstinado, o negro trabalhava nas minas, sem pausa nem descanso. A bateia, em suas mãos duras e fortes, agitava-se sem cessar, como se fosse uma máquina. Os outros escravos, seus antigos guerreiros, seguiam o exemplo do rei. De modo que torrentes de pepitas de ouro jorravam das mãos daqueles trabalhadores incansáveis, enriquecendo, cada vez mais, o seu senhor.

        Anos e anos de trabalho e privações permitiram a Chico Rei juntar o dinheiro necessário para sua alforria e a de sua mulher.

        Continuando a economizar, Chico Rei libertou seus filhos e, em seguida, os vassalos que o haviam acompanhado na escravidão. Mais tarde, conseguiu comprar um pedaço de terra na Encardideira. Quando foi revolvê-lo para a plantação, descobriu uma mina de ouro. E Chico Rei ficou rico, aumentando o grupo de escravos libertados que o seguiam e veneravam. Usando manto de veludo e coroa de ouro, Chico Rei era aclamado nas festas de Nossa Senhora do Rosário, como um verdadeiro soberano.

        Em sua volta, dançavam, cantavam negros e negras, entusiasmados com o garbo e o luxo de seu chefe. No dia 6 de janeiro de cada ano, saía da Encardideira um cortejo monumental de negros, trajados de seda e enfeitados de ouro, como se fosse um Reino da África, bailando nas ruas de Vila Rica, em louvor da Padroeira dos Escravos. À frente, vinham Chico Rei, a rainha, suas filhas e damas de honra, todas com as carapinhas empoadas de ouro.

        Quando terminava a festa, a rainha e suas vassalas banhavam a cabeça na pia de pedra que há no Alto da Cruz. No fundo da pia, ficava, brilhando, todo o ouro que enfeitara os penteados das negras. Esse ouro era utilizado para libertar outros escravos. Por isso, em Minas Gerais, ninguém esquece Chico Rei, o negro soberano, generoso e heroico, que venceu o destino, conquistou a liberdade e concorreu, com o melhor do seu esforço, para a grandeza e a prosperidade da boa terra que o acolheu.

SANTOS, Theobaldo Miranda. Lendas e mitos do Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2004.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 200-3.

Entendendo a lenda:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Bateia: recipiente de fundo cônico usado em garimpo.

·        Carapinha: cabelo muito crespo.

·        Garbo: elegância, distinção.

·        Obstinado: firme, persistente, tenaz, inflexível.

·        Perseverante: persistente, constante, firme, que permanece.

·        Vassalo: título dado ao subordinado de um soberano, de um rei.

02 – Releia o primeiro parágrafo:

        Um rei negro da África foi derrotado em combate e feito prisioneiro. O vencedor destruiu as aldeias, as plantações e os rebanhos do vencido. Depois, reuniu o rei, a rainha, os príncipes e os chefes guerreiros da nação derrotada, e os vendeu a todos, como escravos, para o Brasil.”

a)   Que costume frequente na África até o século XIX é apresentado nesse trecho?

O costume de aprisionar ou escravizar pessoas da nação derrotada em combate, inclusive reis, príncipes e chefes guerreiros.

b)   Pesquise outros povos europeus e asiáticos que tinham a mesma prática. Depois, combine com o professor para apresentar o que pesquisou aos colegas.

Resposta pessoal do aluno.

c)   Qual é a origem dos personagens mencionados na lenda que foram vendidos para serem escravizados no Brasil?

Os personagens eram africanos.

03 – Como era a vida de Chico Rei em seu país de origem?

      Na África, Chico era rei, vivia com sua mulher e filhos e tinha vários vassalos.

04 – Leia o texto a seguir.

        Depois de capturados e negociados com os mercadores europeus, os africanos apresados sofriam várias punições físicas e eram submetidos a diversas privações. A falta de alimento era uma terrível tática pela qual os traficantes buscavam viabilizar o controle dos africanos submetidos. Quando alimentados, os africanos recebiam uma débil dieta composta por carne seca, farinha de mandioca e arroz.

        Com o passar do tempo, a exposição do corpo àquela situação degradante acabava transformando os porões do navio negreiro em um foco disseminador de epidemias. O escorbuto era uma das doenças mais facilmente contraídas, em razão da carência de vitamina “C” na alimentação dos tripulantes. [...]

        O medo de uma revolta de escravizados dentro de uma embarcação era muito grande. No longo período em que permaneciam juntos, muitos africanos passavam a se solidarizar e tramar planos de rebelião contra seus algozes.

        [...]

SOUSA, Rainer. O transporte dos escravos. Alunos on-line, Goiânia. Disponível em: https://bit.ly/2OutD9R. Acesso em: 15 ago. 2018.

·        Agora releia o trecho abaixo de “A história de Chico Rei”:

“Chegando ao Novo Mundo, o rei negro foi comprado, com sua mulher, filhos e alguns vassalos, por um proprietário de minas de ouro. Marcharam a pé para Minas Gerais.”

a)   Como os africanos escravizados chegaram ao Brasil?

Chegaram de navio.

b)   O que você pensa sobre o modo como essas pessoas eram tratadas? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

c)   Mesmo feito escravo, assim como seus vassalos, qual era a postura de Chico Rei ao marchar a pé para Minas Gerais?

Caminhava à frente dos africanos escravizados de cabeça erguida, como se fosse ainda o soberano daquela gente.

05 – Qual foi a atitude de Chico Rei para conquistar sua liberdade?

      Durante anos e anos, Chico trabalhou sem descanso, juntando dinheiro para comprar sua carta de alforria.

06 – Que fama Chico Rei conquistou em Minas Gerais? Por quê?

      A fama de um herói generoso e soberano, que conquistou a liberdade e contribuiu para a grandeza e prosperidade da terra que o acolheu.

07 – Releia outro trecho da lenda.

        “[...] Perseverante e obstinado, o negro trabalhava nas minas, sem pausa nem descanso. A bateia, em suas mãos duras e fortes, agitava-se sem cessar, como se fosse uma máquina. Os outros escravos, seus antigos guerreiros, seguiam o exemplo do rei. [...]”

        [...]

        “Continuando a economizar, Chico Rei libertou seus filhos e, em seguida, os vassalos que o haviam acompanhado na escravidão. Mais tarde, conseguiu comprar um pedaço de terra na Encardideira. Quando foi revolvê-lo para a plantação, descobriu uma mina de ouro. E Chico Rei ficou rico, aumentando o grupo de escravos libertados que o seguiam e veneravam.”

a)   O que a postura de Chico Rei revela sobre seus valores e atitudes?

Chico Rei continuou a se comportar com um rei, dando exemplo aos seus súditos e criando estratégias para libertar sua família e vassalos da escravidão.

b)   Por que Chico Rei continuou a libertar outros africanos escravizados?

Porque Chico Rei era solidário e generoso.

08 – Pesquise na internet ou em livros de História: Há registros históricos da existência de Chico Rei?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: O único registro é uma nota de rodapé, sem nenhuma comprovação documental, escrita por Diogo de Vasconcelos, em seu livro História antiga de Minas, de 1904.

09 – Agora, releia mais um trecho da lenda:

        “Ficaram todos em Vila Rica. O rei negro foi batizado com o nome de Francisco. Mas os outros escravos, que o respeitavam e admiravam, chamavam-no Chico Rei.”

a)   Que cidade hoje é Vila Rica em Minas Gerais? Se houver necessidade, pesquise na internet ou em livros de História.

Hoje, a cidade de Vila Rica tem o nome de Ouro Preto.

b)   Pesquise na internet ou nos livros de História: Por que os africanos escravizados tinham seus nomes modificados? Que consequência essa atitude pode ter causado aos registros da nossa história?

Resposta pessoal do aluno.