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quarta-feira, 17 de junho de 2020

BIOGRAFIA: VIDA E OBRA DA MINEIRA ADÉLIA PRADO - ADÉLIA PRADO - COM GABARITO

Biografia: Vida e Obra da Mineira Adélia Prado

                                                            
Adélia Prado (1935) é uma escritora e poetisa brasileira. Recebeu da Câmara Brasileira do Livro, o Prêmio Jabuti de Literatura, com o livro "Coração Disparado", escrito em 1978. Mineira de Divinópolis, sua obra recria numa linguagem despojada e direta, a vida e as preocupações dos personagens do interior mineiro.

        Adélia Prado nasceu em Divinópolis, em Minas Gerais, no dia 13 de dezembro de 1935. Era filha de João do Prado Filho, ferroviário, e de Ana Clotilde Correa. Iniciou seus estudos no Grupo Escolar Padre Matias Lobato. Em 1950, após a morte de sua mãe, escreveu seus primeiros versos.

        Foi aluna do Ginásio Nossa Senhora do Sagrado Coração. Em 1951 ingressou na Escola Normal Mário Casassanta. Em 1953 formou-se professora. Em 1955 começou a lecionar no Ginásio Estadual Luiz de Melo Viana Sobrinho.

        Posteriormente, ingressou na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Divinópolis e em 1973 formou-se em Filosofia.

        Primeiras publicações

        Adélia Prado publicou seus primeiros poemas em jornais de Divinópolis e de Belo Horizonte. Em 1971 dividiu com Lázaro Barreto a autoria do livro "A Lapinha de Jesus".

        Sua estreia individual só veio em 1975, quando remeteu os originais de seus novos poemas para o crítico literário Affonso Romano de Sant’Anna, que entregou a Carlos Drummond de Andrade para sua apreciação.

        Impressionado com suas poesias, Drummond as envia para a Editora Imago. Nesse mesmo ano, os poemas de Adélia foram publicados no livro "Bagagem" (1975) que chama a atenção da crítica pela originalidade e pelo estilo.

        Em 1976 o livro é lançado no Rio de Janeiro, com a presença de importantes personalidades como Carlos Drummond de Andrade, Affonso Romano de Sant'Anna, Clarice Lispector, Juscelino Kubitschek entre outros.

        Em 1978, publica "O Coração Disparado", com o qual conquista o Prêmio Jabuti de Literatura, conferido pela Câmara Brasileira do Livro.

        Poesia e cultura

        Em 1979, depois de lecionar durante 24 anos, Adélia Prado abandona o Magistério e passa a se dedicar à carreira de escritora. Em seguida, publica as prosa: "Solte os Cachorros" (1979) e "Cacos Para Um Vitral" (1980).

        Em 1980, Adélia dirige o grupo teatral amador “Cara e Coragem” na montagem da peça “Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna. Em 1981, dirige a peça “A Invasão”, de Dias Gomes, e volta à poesia com “A Terra de Santa Cruz”.

        Ainda em 1981 é apresentado, no Departamento de Literatura Comparada da Universidade de Princeton, o primeiro de uma série de estudos sobre a obra de Adélia Prado.

        Entre 1983 e 1988 exerce a função de Chefe da Divisão Cultural da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Divinópolis. Em 1985, participa em Portugal, de um programa de intercâmbio cultural entre autores brasileiros e portugueses.

        Em 1988 apresenta-se em Nova York na Semana Brasileira de Poesia, promovida pelo Comitê Internacional pela Poesia. Em 1993 volta para Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Divinópolis.

        Em 1996 estreia no Teatro do SESI em Belo Horizonte, a peça "Duas Horas da Tarde no Brasil". Em 2000, em São Paulo, apresenta o monólogo "Dona de Casa". Em 2001, no SESI do Rio de Janeiro, apresenta um Sarau onde declama poesias do livro "Oráculos de Maio".

        Características da obra de Adélia Prado

        Com vocabulário simples e linguagem coloquial, Adélia produz poemas leves e marcantes.

        Sua poesia é conhecida por retratar o cotidiano sob o olhar “feminino” e não feminista e libertário. Sua poesia costuma colocar a perspectiva da mulher em seus poemas, destacando sempre o “feminino” em primeiro plano.

        A fé católica se faz presente nos poemas de Adélia, que costuma tratar de temas ligados a Deus, à família e principalmente à mulher.

                                                Adélia Prado.

Entendendo o texto:

01 – “Adélia Prado nasceu em Divinópolis, em Minas Gerais, no dia 13 de dezembro de 1935. Era filha de João do Prado Filho, ferroviário, e de Ana Clotilde Correa.”. A frase em destaque permite compreender que o pai de Adélia Prado trabalhava:

a)   Em uma empresa de táxis.

b)   Em uma empresa de trens de ferro.

c)   Em uma empresa de ônibus.

d)   Em uma empresa de ferro fundido.

02 – Qual o assunto principal do texto?

a)   O trabalho de Adélia Prado na Secretaria de Educação e Cultura de Divinópolis.

b)   O exercício do magistério realizado por Adélia durante 24 anos.

c)   A vida e obra da professora e escritora mineira Adélia Prado.

d)   O período que Adélia Prado passou sem escrever nem um verso.

03 – Quando criança, onde Adélia Prado residia com sua família?

a)   Na Rua Minas Gerais.

b)   Na Rua Divinópolis.

c)   Na Rua Ceará.

d)   Na Rua Rio de Janeiro.

04 – “Conta a autora que o livro foi iniciado em 1987, mas depois de concluir o primeiro capítulo, foi acometida de uma crise de depressão, que a bloquearia literariamente por longo tempo. Disse que vê “a aridez como uma experiência necessária” e que “essa temporada no deserto” lhe fez bem”. A expressão em destaque permite compreender que a mineira Adélia Prado:

a)   Passou um bom tempo se dedicando ao seu último livro lançado.

b)   Passou um bom tempo sem escrever nenhuma linha, nenhum verso.

c)   Passou um bom tempo trabalhando em um deserto.

d)   Passou um bom tempo trabalhando na Secretaria de Educação e Cultura.

05 – “Fernanda Montenegro estreia, no Teatro Delfim – Rio de Janeiro, em 1987, o espetáculo ‘Dona Doida’ – um interlúdio, baseado em textos de livros da autora” – Fernanda Montenegro é:

a)   Irmã de Adélia Prado e sua interprete no teatro.

b)   Uma atriz brasileira conhecida internacionalmente.

c)   Uma escritora brasileira conhecida internacionalmente.

d)   Nenhuma das alternativas anteriores.

06 – “Conta a autora que o livro foi iniciado em 1987, mas depois de concluir o primeiro capítulo, foi acometida de uma crise de depressão, que a bloquearia literariamente por longo tempo”. A palavra em destaque tem o mesmo sentido de:

a)   Pegar.

b)   Sentir.

c)   Comer.

d)   Adoecer.

07 – Destaque entre as alternativas abaixo a que demonstra uma opinião sobre Adélia:

a)   Apresentou-se, em 1988, em Nova York, na Semana Brasileira de Poesia.

b)   Foi casada com José Assunção de Freitas.

c)   É a melhor escritora já nascida em terras mineiras.

d)   É moradora da pequena Divinópolis, cidade com 200 mil habitantes.

08 – “O texto lido é.........., por isso............”. A alternativa que melhor completa a frase é:

a)   Um conto / relata uma história fantasiosa.

b)   Uma biografia / relata fatos da vida de alguém.

c)   Uma crônica / relata fatos cotidiano.

d)   Uma reportagem / relata fatos reais.

09 – Qual a função do texto lido?

a)   Criar no leitor a necessidade de adquirir um produto.

b)   Contar a vida de uma determinada pessoa.

c)   Entreter e divertir o leitor.

d)   Informar sobre os pratos oferecidos e seus respectivos valores.

10 – “Participa, em 1985, em Portugal, de um programa de intercâmbio cultural entre autores brasileiros e portugueses, e em Havana, Cuba, do II Encontro de Intelectuais pela Soberania dos Povos de Nossa América”. As expressões destacadas dão ideia, respectivamente, de:

a)   Tempo / modo / tempo.

b)   Tempo / lugar / modo.

c)   Tempo / modo / lugar.

d)   Tempo / lugar / lugar.

 


sexta-feira, 23 de agosto de 2019

BIOGRAFIA: NOEL ROSA - CLÓVIS BULCÃO E MÁRCIA BULCÃO - COM GABARITO

Biografia: Noel Rosa
                Clóvis Bulcão e Márcia Bulcão


        VILA ISABEL

        A Vila Isabel mais parecia uma cidade independente. [...] Seus moradores não cansavam de cantar a riqueza da natureza: de suas ruas floridas, de seu arvoredo cheio de frutas e das águas limpas e frescas de seus rios. Todos iam no samba do chapéu de palha. Quem ali nascia sempre dizia: meu senhor, modéstia à parte, eu sou da vila.
        A avenida principal de Vila Isabel era – e ainda é – conhecida como Boulevard 28 de setembro. Atravessando a avenida do início ao fim, pequenas e pacatas ruas escondiam os melhores segredos de seus moradores. Suas esquinas abrigavam pessoas de todo tipo, reunidas em animadas rodas musicais. Era gente levada, que nem sequer vacilava em abraçar o samba.
        Moravam na Vila Isabel, em um chalé, que, aliás, havia sido presente do amigo e maestro Leopoldo Miguez, dona Martha e seu Neca. Esse chalé, situado na rua Theodoro Silva, paralela ao Boulevard, tinha duas salas, três quartos, dois banheiros e uma cozinha. O quintal era cobreto pelas sombras de goiabeiras, abacateiros e pitangueiras, e terminava no barranco do morro vizinho.
        O jovem casal, apesar de trabalhar muito – ela era professora e ele, dono de uma camisaria –, sempre tinha tempo para se divertir com os amigos ao som de boa música. Aos domingos, a casa se transformava: seu Neca tocava violão; dona Martha, bandolim; a irmã dela, violino, e a mãe, piano. E muitas vezes ainda contavam com a presença do músico Catulo da Paixão Cearense.
        Foi num desses domingos festivos que Dona Martha anunciou a todos os presentes:
        -- Eu vou ser mãe! No fim do ano a criança nasce!
        Quando dezembro chegou, a barriga de Dona Martha estava enorme. Logo o neném nasceria. Em todo o mundo, as pessoas estavam encantadas com a presença do cometa Halley. Ele iluminava tanto o céu que o sol nascia triste na Vila. Foi numa dessas claras noites, o orvalho já vinha caindo, que a jovem mãe percebeu que a hora do parto chegara. Seu Neca não perdeu tempo e mandou chamar o Dr. Zé Rodrigues.
        -- É menino! – gritou o médico.
        Dona Martha e seu Neca ficaram radiantes, mas não sabiam ainda que nome dar ao garoto.
        -- Manuel, como o pai – sugeriu Dona Martha.
        -- Ora, Martha, sejamos mais originais. Estamos perto do Natal e acabamos de ganhar um lindo presente, o melhor de todos! – argumentou seu Neca.
        -- Qual a sugestão?
        Seu Neca pensou um pouco e disse:
        -- Como logo vamos celebrar o dia 25 de dezembro, podemos chama-lo de Natal!
        -- Natal?
        -- Sim, Natal, mas não em português.
        -- Em que língua então? – quis saber a mãe.
        -- Em francês: Noel. Noel de Medeiros Rosa.
        -- Hum, muito chique e diferente! Então o nosso primeiro filho vai se chamar Noel!
        -- Noel Rosa! – confirmou o pai.

        A VIDA DE MENINO
        Como muitos meninos, Noel cresceu saboreando todas as delícias da Vil Isabel. [...]
        Além de brincar muito na rua, Noel adorava ir ao cinema, como qualquer outra criança. Se não estava de pés descalços, suado e sem fôlego, estava arrumadinho e cheiroso, prontinho para ingressar num dos dois cinemas que existiam na Vila: o Smart, mais antigo, e o moderno Cine Boulevard. Noel preferia os filmes americanos e era encantado pelas histórias de ação do Tarzan.
        Um belo dia, quando voltava de uma sessão de cinema, Noel entrou na sala de sua casa e se viu frente a frente com o piano. Nesse momento, o espírito aventureiro se associou à paixão musical. E ele, proibido que era de tocar no caro instrumento, não resistiu. Aproximou-se, levantou a tampa, que guardava o teclado, e suavemente começou a dedilhar. Uma tecla, duas, três... a música foi entrando em sua mente e, sobretudo, em sua alma.
        -- Nooeel, larga do piano! – gritou Dona Martha.
        Ele até tentou obedecer às ordens de sua mãe, mas a vontade de fazer música era mais forte.
        -- Noel, se você quer aprender a tocar, eu te ensino bandolim. Você quer?
        -- Não, ou melhor, sim, eu quero, um dia...
        Na verdade, não era esse o instrumento que o menino gostaria de tocar. Não demorou muito para pedir ao pai:
        -- Já que não posso tocar piano eu prefiro aprender violão, o único instrumento que é a voz do próprio coração!
        Dona Martha e seu Neca foram aos poucos percebendo que o filho era mais um membro da família apaixonado pela música.

                                                                Clóvis Bulcão e Márcia Bulcão. Noel, o menino da Vila. Rio de Janeiro: Escrita Fina, 2010. p. 7-12.
Fonte: Livro - Para Viver Juntos - Português - 6º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais - Edições SM - p.224-7.

Entendendo a biografia:

01 – A biografia que você leu começa com uma descrição do bairro Vila Isabel.
a)   Como a Vila Isabel é vista por seus moradores? Justifique com uma frase do texto.
É avaliada positivamente, como um local de natureza preservada, com animação e pessoas reunidas em rodas de samba. “Quem ali nascia sempre dizia: meu senhor, modéstia à parte, eu sou da Vila”.

b)   Por que é importante, na biografia, saber sobre a vida na Vila Isabel?
Porque foi o lugar onde Noel Rosa nasceu e cresceu, o que possibilita conhecer as condições de vida e as características culturais da época do biografado.

c)   Qual é a relação entre as características da Vila Isabel e Noel Rosa?
A Vila Isabel é caracterizada como um lugar onde havia intensa presença da música, principalmente o samba. Noel Rosa cresceu nesse ambiente e se tornou músico, fortalecendo sua identidade com a Vila Isabel.

02 – Quais fatos apontam a presença da música na vida da criança Noel Rosa?
      A música no bairro; a casa onde morava foi presente de um maestro; aos domingos, na casa de Noel, aconteciam encontros musicais; as visitas de músicos, como Catulo da Paixão Cearense.

03 – Leia este texto sobre Catulo da Paixão Cearense, citado na biografia.
        “Catulo da Paixão Cearense nasceu em São Luís do Maranhão, em 8 de outubro de 1863. Foi poeta, músico e compositor. Uma de suas canções mais conhecidas é Luar do Sertão, considerada um clássico da música popular brasileira e regravada inúmeras vezes, por diversos intérpretes. Em maio de 1946, aos 83 anos, faleceu no Rio de Janeiro”.

a)   O que há em comum entre Catulo da Paixão /cearense e Noel Rosa?
Ambos foram compositores e músicos reconhecidos, ligados à música popular brasileira.

b)   Qual ideia é reforçada à família de Noel Rosa ao citar a frequência de Catulo da Paixão Cearense à casa de seu Neca e dona Martha?
A de que os pais de Noel eram próximos à música.

04 – Na primeira parte do texto, é narrado o nascimento da criança. Nela, é apresentado ao leitor o porquê de uma escolha feita pelos pais de Noel. Que escolha é essa? Por que esse tipo de informação é importante em um texto que narra uma trajetória de vida?
      A escolha do nome Noel. Essa informação mostra a situação em que o compositor nasceu, promovendo maior compreensão de sua história.

05 – Quando Noel tenta tocar piano, é repreendido pela mãe, mas continua a tentar. O que é revelado sobre o menino nesse trecho?
      A paixão de Noel Rosa pela música, que se revelou desde criança.

06 – Releia o terceiro parágrafo da parte “A vida de menino” e responda.
a)   Nesse parágrafo, quais palavras fazem referência a Noel Rosa?
Ele, sua, se.

b)   Qual a importância do uso desses termos no trecho lido?
Evitar a repetição do nome Noel e possibilitar a coesão textual.

c)   Esses termos referem-se a qual pessoa do discurso?
À terceira pessoa do singular.

07 – Sobre a data de nascimento de Noel Rosa, responda.
a)   Por meio de qual informação podemos inferir o ano em que ele nasceu?
A de que ele nasceu no mesmo ano da passagem do cometa Halley.

b)   Ao utilizar essa referência, que efeito de sentido é construído no texto?
Ao associar o ano de nascimento de Noel à aparição do cometa Halley, é construído um efeito mágico, de encantamento, ajudando o leitor a perceber como esse fato é especial.

08 – Releia o segundo parágrafo da parte “A vida de menino” e responda.
a)   Que informações temos da Vila Isabel nesse trecho?
Que lá havia dois cinemas: o Smart, mais antigo, e o moderno Cine Boulevard.

b)   O que o trecho mostra sobre as preferências do menino?
Que ele gostava de cinema e que preferia os filmes americanos de ação, como as histórias de Tarzan.

c)   Tendo os biógrafos vivido em época diferente de Noel Rosa, como foi possível obter tais informações?
Provavelmente, os biógrafos tiveram de conversar com pessoas e realizar pesquisas em jornais, revistas e documentos diversos para ter essas informações.

09 – Ao longo do texto há alguns diálogos. Releia um deles.
        “-- Nooeel, larga do piano! – gritou Dona Martha.
        Ele até tentou obedecer às ordens de sua mãe, mas a vontade de fazer música era mais forte.
        -- Noel, se você quer aprender a tocar, eu te ensino bandolim. Você quer?”

a)   Qual palavra desse trecho se aproxima da oralidade?
A palavra Nooeel.

b)   Que efeito é construído por meio desse registro linguístico?
É possível imaginar a fala da mãe chamando a atenção do menino.

c)   O que as falas de Dona Martha revelam sobre a personalidade dela?
Que ela era uma mãe rígida, mas ao mesmo tempo amorosa e compreensiva.

d)   No texto, as falas são apresentadas com travessões. Como elas seriam se fossem contadas pelo narrador?
Possibilidade de resposta: Dona Martha gritou para Noel parar de tocar o piano e disse ao filho que se ele quisesse poderia ensiná-lo a tocar bandolim.

e)   Para qual público a biografia Noel, o menino da Vila está direcionada?
Para o público infanto-juvenil.

f)    Qual é a relação entre o modo como as falas foram apresentadas e o público-alvo dessa biografia? Justifique sua resposta.
O uso de travessões pode favorecer a leitura de crianças e jovens, pois apresenta os fatos de forma mais direta e expressiva, podendo tornar a leitura mais atraente a esse perfil de leitor.




quinta-feira, 14 de março de 2019

BIOGRAFIA: VOANDO PARA O RIO(CLARICE LISPECTOR) - BENJAMIN MOSER - COM GABARITO

BIOGRAFIA: VOANDO PARA O RIO(CLARICE LISPECTOR)
                        Benjamin Moser


        Quando Clarice Lispector tinha 15 anos, um ano depois de descobrir a possibilidade de escrever, seu pai fez sua última mudança. O destino agora era o Rio de Janeiro.
        O Rio estava no auge de sua reputação internacional. Se anteriormente os navios que viajavam a Buenos Aires anunciavam que não faziam escalas no Brasil – a mente estrangeira, quando pensava no país, imaginava um lugar infestado de macacos, febre amarela e cólera –, o Rio tinha se transformado num dos destinos mais chiques do planeta. Cruzeiros afluíam para a Baía de Guanabara, descarregando seus abastados passageiros nos novos hotéis que imitavam os brancos bolos de noiva originais da Riviera francesa: o Hotel Glória, perto do Centro, inaugurado em 1922; o lendário Copacabana Palace, inaugurado um ano depois, numa praia que ainda ficava fora da cidade. [...]
        Pedro Lispector tinha mais em comum com os imigrantes portugueses do que com aqueles que agora eram seus companheiros nordestinos. Depois de anos de trabalho, seus negócios ainda não estavam prosperando, e ele tinha esperança de que a capital do país oferecesse um campo mais amplo para suas ambições. Esperava também que o Rio de Janeiro, com uma grande comunidade judaica, pudesse oferecer maridos apropriados para suas filhas. Elisa agora tinha 24 anos, Tania estava com vinte e Clarice, quinze. [...]
        Clarice nunca descreveu a partida do Recife, onde ela passara toda a sua infância. Lembrava-se do barco inglês que as levara ao Rio na terceira classe: “Foi terrivelmente exciting. Eu não sabia inglês e escolhia no cardápio o que meu dedo de criança apontasse. Lembro-me de que uma vez caiu-me feijão-branco cozido, e só. Desapontada, tive que comê-lo, ai de mim. Escolha casual infeliz. Isso acontece”. [...]
        Depois de chegar ao Rio, em 1935, ela passou um breve tempo numa precária escola de bairro na Tijuca antes de entrar, em 2 de março de 1937, no curso preparatório para a Faculdade de Direito da Universidade do Brasil. [...] No Brasil inteiro, a carreira no direito era reduto da elite, e nenhuma escola do país tinha mais prestígio do que a da capital. [...]
        A carreira, porém, não foi o que motivou Clarice a entrar na escola de Direito. A ânsia de justiça estava inscrita em seus ossos. Tinha visto a horrível morte da mãe, e seu brilhante pai, incapaz de estudar, reduzido ao comércio ambulante de tecido. Cresceu pobre no Recife, mas sempre teve consciência de que sua família, apesar das dificuldades, estava melhor de vida que muitas outras. [...] “E eu sentia o drama social com tanta intensidade que vivia de coração perplexo diante das grandes injustiças a que são submetidas as chamadas classes menos privilegiadas”. [...]
        Ela mudara de perspectiva pouco antes de começar o curso. Durante o primeiro ano na faculdade descobrira um canal para dar vazão a sua verdadeira vocação, e em 25 de maio de 1940 publicou seu primeiro conto conhecido, “Triunfo”, na revista Pan.

MOSER, Benjamin. Clarice, uma biografia. São Paulo: Cosac Naify, 2009.
Entendendo o texto:
01 – Quem é o autor deste texto? De que se trata?
      Foi escrito por Benjamin Moser. Conta a história vivida pela Clarice na época de sua mudança para o Rio.

02 – Com que idade Clarice Lispector descobriu a possibilidade de se tornar escritora?
      Ela tinha 14 anos, quando descobriu o dom para ser escritora.

03 – Clarice, aos 15 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro com sua família. Como a cidade era vista na época?
      O Rio estava no auge da sua reputação internacional. Era vista como um destino mais chique do Planeta.

04 – Quantas irmãs tinha Clarice? Qual o nome delas?
      Tinha 02 (duas) irmãs. Elisa, 24 anos e Tania, 20 anos.

05 – De acordo com o texto, em que ano ela chegou ao Rio? E quando foi feito o curso preparatório para a faculdade?
      Chegou ao Rio em 1935. Ela fez o curso em 1937, para a faculdade de Direito da Universidade do Brasil.

06 – O que motivou Clarice Lispector a ingressar na escola de Direito?
      A ânsia de justiça, por tudo o que eles tinham visto e passado.

07 – Que sentido tem a expressão em destaque no trecho “A ânsia de justiça estava inscrita em seus ossos”?
      Refere-se a vida de sofrimento, injustiça e dificuldades, pela qual eles tinham passados.

08 – Por que foram usadas as aspas no trecho “E eu sentia o drama social com tanta intensidade que vivia de coração perplexo diante das grandes injustiças a que são submetidas as chamadas classes menos privilegiadas”?
      Foi utilizada para dar mais ênfase (importância) para o assunto.

09 – Quando e qual era o nome da sua primeira publicação?
      Foi publicado em 25 de maio de 1940, na Revista Pan. Com o nome de “Triunfo”.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

BIOGRAFIA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM QUESTÕES GABARITADAS

 Biografia

        Biográfico que segue conta um pedaço da vida de um dos maiores poetas brasileiros, Carlos Drummond de Andrade

        Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. Descendente de uma família de fazendeiros em decadência, o poeta estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo (RJ), de onde foi expulso por “insubordinação mental”. De novo em Belo Horizonte, o Itabirano começou a carreira de escritor como colaborador do “Diário de Minas”, que congregava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.
        Devido à insistência familiar para obter um diploma, ele se formou em farmácia na cidade de Ouro Preto, em 1925. Fundou com outros escritores “A Revista”, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas Gerais.
        O escritor ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Depois, passou a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954, colaborou como cronista no “Correio da Manhã” e, a partir do início de 1969, no “Jornal do Brasil”.
        Várias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi, seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.
        Alvo de admiração unânime, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro-RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade, fato que o havia deixado extremamente abatido.


Entendendo o texto:
01 – Marque a afirmativa correta sobre o texto biográfico.
(  ) É um texto literário porque conta fatos reais.
(X) Carlos Drummond de Andrade escreve sobre sua vida.

02 – Responda de acordo com o texto literário.
a) Qual motivo levou Carlos Drummond de Andrade a se formar em farmácia?
      Por insistência da família em obter um diploma.

b) Como ele iniciou a sua carreira de escritor?
      Ele começou a carreira de escritor como colaborador do “Diário de Minas.”

03 – Retire do texto dois substantivos próprios e dois substantivos comuns e forme uma frase:
·        Substantivos próprios = Belo Horizonte e Itabira.
A cidade de Belo Horizonte é a capital de Minas Gerais.
Itabira é a cidade natal do poeta Carlos Drummond de Andrade.

·        Substantivos comuns = fazendeiro, mineiro.
O fazendeiro possui grande quantidade de terras.

·        Frase = Quem nasce no Estado de Minas Gerais é mineiro.   
      
04 – De acordo com o texto é correto afirmar que:
(X) Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro – MG, em 31 de outubro de 1902.
(  ) fundou com outros escritores “O Diário”, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas Gerais.
(  ) o escritor ingressou no serviço público e, em 1914, transferiu-se para o São Paulo, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945.
(X) descendente de uma família de fazendeiros em decadência, o poeta estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo.

05 – Escreva o plural das palavras abaixo:
Familiar = familiares.
Espanhol = espanhóis.
Diploma = diplomas.
Inglês = ingleses.