quinta-feira, 1 de novembro de 2018

QUESTÕES DIVERSAS PARA O ENSINO MÉDIO - COM GABARITO


QUESTÕES DIVERSAS PARA O ENSINO MÉDIO


01 – Conhecido comercial da tevê fala de uma “cerveja que desce redondo”. O sentido atribuído à palavra “redondo” refere-se:
     a)    À mesa do bar que aparece no cenário dos comerciais de cerveja.
   b)    À pró´roa cerveja que pode ser assim considerada em sentido denotativo.
      c)    Ao ato de descer facilmente que, nesse caso, significa escorrer pela garganta.
    d)    Ao líquido da bebida, que toma o formato arredondado da garrafa que o contém.
     e)    Ao pronome relativo empregado na frase, para substituir o termo cerveja.

02 – Conforme a posição que as palavras ocupem na frase, sua significação e seu papel gramatical podem mudar. É isso que pode ocorrer com um dos adjetivos grifados nas alternativas abaixo: ele mudará de significado e classe se for antecipado ao substantivo com o qual se relaciona. Assinale-o.
a)    A fábrica fica perto de uma praça antiga, hoje bem pouco arborizada.
b)    Amanhã cedo sairemos em comitiva para inaugurar uma fábrica nova.
c)    Nessa fábrica, bem provavelmente conheceremos equipamentos modernos.
d)    Os operários dedicados dessa fábrica moram em bairros próximos e bem localizados.
e)    Os produtos dessa fábrica demandam vigilância forte na sua fase de armazenamento.

03 – Num Concurso de redação, um candidato deveria escrever sobre Noel Rosa e Chico Buarque de Holanda. Refletindo sobre a passagem do texto abaixo transcrita, identifique a alternativa que torna coerentes os ajustes redacionais então propostos, de modo a evitar que sejam repetidos os nomes dos dois artistas brasileiros.
      Chico Buarque de Holanda e Noel Rosa sempre estiveram em destaque na MPB, embora Chico Buarque de Holanda tenha uma obra, sob certa perspectiva, mais polêmica do que a de Noel Rosa.
a)   Chico Buarque de Holanda e Noel Rosa sempre ocuparam um lugar de destaque na MPB, embora cada um tenha uma obra, sob certa perspectiva, mais polêmica do que a dos demais.
b)   Chico Buarque de Holanda e Noel Rosa sempre ocuparam um lugar de destaque na MPB, embora este um tenha uma obra, sob certa perspectiva, mais polêmica do que a aquele.
c)   Chico Buarque de Holanda e Noel Rosa sempre ocuparam um lugar de destaque na MPB, embora o primeiro um tenha uma obra, sob certa perspectiva, mais polêmica do que o segundo.
d)   Chico Buarque de Holanda e Noel Rosa sempre ocuparam um lugar de destaque na MPB, embora tenham uma obra, sob certa perspectiva, mais polêmica do que reconhecida.
e)   Chico Buarque de Holanda e Noel Rosa sempre ocuparam um lugar de destaque na MPB, embora um tenha uma obra, sob certa perspectiva, mais polêmica do que o outro.

04 – O ilustre acadêmico Antônio Carlos Secchin, no artigo intitulado “Um obstinado e discreto gênio da literatura”, disponível em www.academia.org.br, declarou o que segue:
      “Costuma-se dizer que o desinteresse relativo à vida de Machado de Assis (1839-1908) é simetricamente proporcional ao interesse gerado por sua obra: enquanto a produção literária de Machado não cessa de ser mais e mais valorizada, sua biografia estamparia apenas o morno transcurso de um exemplar funcionário público, de um esposo fiel e devotado à dona Carolina, de um ser algo distante das questões políticas, e, juntando-se as duas pontas da existência, de alguém que, vencendo barreiras da origem ética e de uma frágil constituição física, alçou-se ao posto de nosso escritor máximo, tornando-se também o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.”

No excerto citado, observa-se o predomínio das características presentes num texto argumentativo em virtude de:
a)   Empregar formas linguísticas com as quais o enunciados explicite sua intenção de instar o destinatário, ouvinte ou leitor a praticar atos ou tomar atitudes.
b)   Encadear proposições com vista à defesa de um ponto de vista e à persuasão do interlocutor.
c)   Fazer uma sequenciação própria da apresentação de fatos que envolvem personagens e suas respectivas ações articuladas à linha do tempo.
d)   Mostrar um tipo de construção em que se encadeiam os trações que caracterizam tipificando a composição de um personagem de ficção.
e)   Propor um tipo de construção em que se encadeiam os traços que caracterizam tipificando a composição de um personagem de ficção.
f)    Propor um tipo de construção em que predomine a atitude comunicativa de informar, que exclui a presença da razão e da objetividade.

05 – “Chamar chávena à miserável xícara onde se toma a média nos botequins, com aquele cheiro de desinfetante que vem bafejar o café com leite do pobre, deve valorizar a coisa.” 
(Dinah Silveira de Queiroz)

Assinale o item em que a palavra “média” tem o mesmo sentido apresentado no trecho acima:
a)   A média da inflação anual ultrapassou os patamares esperados pelo Governo.
b)   Pela experiência que tenho da vida, dificilmente alguém faz média comigo!
c)   O grupo não conseguiu atingir a média para ser classificado no certame.
d)   O professor calculou rapidamente a média dos seus melhores alunos.
e)   Seu desjejum constava sempre de uma média com pão e manteiga e nada mais.

06 – “De noite, foi de doer na alma. Eles, apenas eles, ali trepados, cercados de água, no maior abandono do mundo. Uma luz não havia, um sinal de comunicação não havia. Só água. Muitas casas estavam completamente encobertas.” (Gilvan Lemos)
Assinale o item que contraria as ideias apresentadas no texto acima:
a)   À noite, o estado físico das pessoas suscitava maior compaixão.
b)   Em “só água”, a palavra “só” denota exclusão de outros elementos circunstantes.
c)   Em “Uma luz não havia.”, a colocação dos termos é uma questão de estilo do autor.
d)   O trecho relata as agruras de uma inundação.
e)   Todas as casas do lugar estava soterradas, cobertas pela água.

07 – Assinale o item em que a palavra algum(a,s) se diferencia dos demais em significação e sentido:
a)   Algum dado importante faltou ao cadastro do candidato?
b)   Algum desejo do infeliz melhor seria que nunca tivesse se concretizado.
c)   Recebi algum informe importante e decisivo sobre o assunto em pauta.
d)   Naquela altura dos acontecimentos, remédio algum lhe mitigaria a dor que sentia.
e)   Traziam na velha mala de couro algum dinheiro para realizar a compra da fazendo.

08 – “A língua é viva, eu sei, mas sujeita a vírus que, de repente, atacam a TV, a internet e a imprensa, contaminam milhões, e as pessoas começam a achar que foi sempre assim que se falou ou se deve falar.”

(Ruy Castro. Folha de S. Paulo, 27/06/2012)

Assinale a assertiva correta sobre o emprego, no texto, da flexão de número da palavra “vírus”:
a)   Está é uma palavra que só se emprega no plural, tal como ocorre com “boas” e “óculos”.
b)   Está empregada no singular, como se pode depreender do uso do artigo definido que a precede.
c)   Está empregada no plural, como se percebe pelo flexão da forma verbal de “atacar”.
d)   Foi empregada no singular por ter-se originado do Latim.
e)   Exemplifica o emprego de uma palavra que preserva integralmente a grafia latina.

09 – Uma das estratégias do humor é, sem dúvida, a quebra da expectativa de desenvolvimento numa sequência de fatos. Dentro desse quadro, circula na Internet a seguinte historieta, cuja veracidade é bastante discutível.
      “O grande jurista Ruy Barbosa, ao chegar à casa ao entardecer, ouviu um barulho suspeito vindo do seu quintal. Dirigindo-se ao local donde vinham os ruídos, deparou com um homem que recolhera, num saco, três patos muito bem nutridos de sua criação. Rui aproximou-se do indivíduo, surpreendendo-o no momento em que se preparava para pular o muro que circundava a casa. Disse, então, o causídico ao infrator:
      – Oh, bucéfalo anácrono! Não te interpleo pelo valor instrínseco das aves palmípedes que estás a carregar, mas pelo ato vil e sorrateiro de profanares a minha habitação, levando os ovíparos à sorrelfa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha condição de cidadão digno e honrado, reagirei como minha bengala no alto da tua sinagoga, de modo que te reduzirei a quinquagésima potência do que o vulgo denomina nada.
      O ladrão, totalmente confuso, diz:
      – Dotô, posso levá ou tenho que deixá os pato?”

              http://mariomarcos.wordpress.com /2012/09/12 – adaptado

Marque a alternativa que completa a seguinte proposição: a compreensão do texto acima reproduzido permite depreender que o humor da narrativa está centrado
a)   Na cena composta por um homem assustado tentando pular um muro com um saco contendo patos vivos, provavelmente grasnando.
b)   Na crítica à existência de cidadãos cultos e letrados, incapazes de entender a fala popular do homem comum, seu compatriota.
c)   Na marcante diferença entre as falas dos personagens, cada uma delas típica de um uso linguístico de determinada natureza social.
d)   No improvável encontro de um intelectual de renome com um homem sem cultura escolarizada.
e)   No fato de um homem culto preocupar-se com um roubo de pouca importância, que praticamente não lhe diminuiria nem o status nem as posses.

10 – O jornal O Globo de 25/10/2011 deu a seguinte notícia: “A vitória avassaladora da Presidente Argentina pode abrir caminho para que Cristina Kirchner avance com projetos cada vez mais polêmicos, entre eles o de uma reforma constitucional que incluiria a possibilidade de reeleição indefinida, atitude negada por ela durante a campanha.”
Considerando apenas os dados disponíveis no texto, pode-se fazer a seguinte interpretação da notícia:
a)   A maneira pela qual se deu a vitória de Cristina Kirchner talvez sirva como argumento para uma possível reforma constitucional.
b)   Cristina Kirchner pretende aprovar a possibilidade de reeleição indefinida, embora essa atitude contrarie o que foi dito durante a sua campanha eleitoral.
c)   Para dar sequência a projetos de reforma, impõe-se que Cristina Kirchner abra os caminhos criados por sua vitória nas urnas.
d)   Depois de eleita, Cristina Kirchner ameaça a sociedade argentina com uma polêmica reforma constitucional que vai de encontro com a liberdade de imprensa.
e)   Por conta do procedimento autoritário de Cristina Kirchner, a reeleição presidencial pode ser colocada em discussão após sua vitória.



TEXTOS CURTOS PARA O ENSINO MÉDIO - COM GABARITO


TEXTOS CURTOS 


TEXTO A
        Aquisição à vista. A Bauducco, maior fabricante de panetones do país, está negociando a compra de sua maior concorrente, a Visconti, subsidiária brasileira da italiana Visagis. O negócio vem sendo mantido sob sigilo pelas duas empresas em razão da proximidade do Natal. Seus controladores temem que o anúncio dessa união - resultando numa espécie de AmBev dos panetones - melindre os varejistas.
                                              (Cláudia Vassallo, na Exame, dez./99)

1) As duas empresas de que fala o texto são: 
a) Bauducco e Visagis 
b) Visconti e Visagis 
c) AmBev e Bauducco 
d) Bauducco e Visconti 
e) Visagis e AmBev

2) A aproximação do Natal é a causa: 
a) da compra da Visconti 
b) do sigilo do negócio 
c) do negócio da Bauducco 
d) do melindre dos varejistas 
e) do anúncio da união.

3) Uma outra causa para esse fato seria: 
a) a primeira colocação da Bauducco na fabricação de panetones 
b) o fato de a Visconti ser uma multinacional 
c) o fato de a AmBev entrar no mercado de panetones 
d) o possível melindre dos varejistas 
e) o fato de a Visconti ser concorrente da Bauducco

4) Por “aquisição à vista” entende-se, no texto: 
a) que a negociação é provável. 
b) que a negociação está distante, mas vai acontecer. 
c) que o pagamento da negociação será feito em uma única parcela. 
d) que a negociação dificilmente ocorrerá. 
e) que a negociação está próxima.


TEXTO B
Um anjo dorme aqui; na aurora apenas, 
disse adeus ao brilhar das açucenas 
em ter da vida alevantado o véu. 
- Rosa tocada do cruel granizo Cedo 
finou-se e no infantil sorriso passou do 
berço pra brincar no céu! 
                                            (Casimiro de Abreu, in Primaveras)
5) O tema do texto é: 
a) a inocência de uma criança 
b) o nascimento de uma criança 
c) o sofrimento pela morte de uma criança 
d) o apego do autor por uma certa criança 
e) a morte de uma criança

6) O tema se desenvolve com base em uma figura de linguagem conhecida como: 
a) prosopopeia 
b) hipérbole 
c) pleonasmo 
d) metonímia 
e) eufemismo

7) No âmbito do poema, podemos dizer que pertencem ao mesmo campo semântico as palavras: 
a) aurora e véu 
b) anjo e rosa 
c) granizo e sorriso 
d) berço e céu 
e) cruel e infantil

8) As palavras que respondem ao item anterior são: 
a) uma antítese em relação à vida 
b) hipérboles referentes ao destino 
c) personificações alusivas à morte 
d) metáforas relativas à criança 
e) pleonasmos com relação à dor.

9) Por “sem ter da vida alevantado o véu” entende-se:
a) sem ter nascido 
b) sem ter morrido cedo 
c) sem ter conhecido bem a vida 
d) sem viver misteriosamente 
e) sem poder relacionar-se com as outras pessoas

10) “Na aurora apenas” é o mesmo que: 
a) somente pela manhã 
b) no limiar somente 
c) apenas na alegria 
d) só na tristeza 
e) só no final.

TEXTO C
        Julgo que os homens que fazem a política externa do Brasil, no Itamaraty, são excessivamente pragmáticos. Tiveram sempre vida fácil, vêm da elite brasileira e nunca participaram, eles próprios, em combates contra a ditadura, contra o colonialismo. Obviamente não têm a sensibilidade de muitos outros países ou diplomatas que conheço.

                      (José Ramos-Horta, na Folha de São Paulo, 21/10/96)

11) Só não caracteriza os homens do Itamaraty: 
a) o pragmatismo 
b) a falta de sensibilidade 
c) a luta contra a ditadura 
d) a tranquilidade da vida 
e) as raízes na elite do Brasil

12) A palavra que não se liga semanticamente aos homens do Itamaraty é: 
a) o segundo que.
b) tiveram.
c) vêm. 
d) eles.
e) o terceiro que.

13) Pelo visto, o autor gostaria de que os homens do Itamaraty tivessem mais: 
a) inteligência 
b patriotismo 
c) vivência 
d) coerência 
e) grandeza

14) A oração iniciada por “obviamente” tem um claro valor de: 
a) consequência 
b) causa 
c) comparação 
d) condição 
e) tempo

15) A palavra que pode substituir, sem prejuízo do sentido, a palavra “obviamente”, é: 
a) necessariamente 
b) realmente 
c) justificadamente 
d) evidentemente 
e) comprovadamente

16) Só não pode ser inferido do texto: 
a) nem todo diplomata é excessivamente pragmático. 
b) ter lutado contra o colonialismo é importante para a carreira de diplomata. 
c) Nem todo diplomata vem da elite brasileira. 
d) ter a todo tipo vida fácil é característica comum de diplomata. 
e) há diplomatas mais sensíveis que outros.


TEXTO D
        Se essa ainda é a situação de Portugal e era, até bem pouco, a do Brasil, havemos de convir em que no Brasil-colônia, essencialmente rural, com a ojeriza que lhe notaram os nossos historiadores pela vida das cidades - simples pontos de comércio ou de festividades religiosas -, estas não podiam exercer maior influência sobre a evolução da língua falada, que, sem nenhum controle normativo, por séculos “voou com as suas próprias asas”.

       (Celso Cunha, in A Língua Portuguesa e a Realidade Brasileira)

17) Segundo o texto, os historiadores: 
a) tinham ojeriza pelo Brasil-colônia. 
b) consideram as cidades do Brasil-colônia como simples pontos de comércio ou de festividades religiosas. 
c) consideram o Brasil-colônia essencialmente rural. 
d) observaram a ojeriza que a vida nas cidades causava. 
e) consideram o campo mais importante que as cidades.

18) Para o autor: 
a) as festas religiosas têm importância para a evolução da língua falada. 
b) No Brasil-colônia, havia a prevalência da vida do campo sobre a das cidades. 
c) a evolução da língua falada dependia em parte dos pontos de comércio. 
d) a evolução da língua falada independe da condição de Brasil colônia. 
e) a situação do Brasil na época impedia a evolução da língua falada.

19) A palavra “ojeriza” significa, no texto: 
a) medo 
b) admiração 
c) aversão 
d) dificuldade 
e) angústia

20) A língua falada “voou com as suas próprias asas” porque: 
a) as cidades eram pontos de festividades religiosas. 
b) o Brasil se distanciava linguisticamente de Portugal. 
c) faltavam universidades nos centros urbanos. 
d) não se seguiam normas linguísticas. 
e) durante séculos, o controle normativo foi relaxado, por ser o Brasil uma colônia portuguesa.

21) Segundo o texto, a população do Brasil-colônia: 
a) à vida do campo preferia a da cidade. 
b) à vida da cidade preferia a do campo. 
c) não tinha preferência quanto à vida do campo ou à da cidade. 
d) preferia a vida em Portugal, mas procurava adaptar-se à situação. 
e) preferia a vida no Brasil, fosse na cidade ou no campo.


TEXTO E
        Ainda falta um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles, mas a Andrade Gutierrez já tem pronto um estudo sobre a sucessão de 20 de seus principais executivos, quase todos na faixa entre 58 e 62 anos. Seus substitutos serão escolhidos entre 200 integrantes de um time de aspirantes. Eduardo Andrade, o atual superintendente, que já integra o conselho de administração da empreiteira mineira, deverá ir se afastando aos poucos do dia-a-dia dos negócios. Para os outros executivos, que deverão ser aproveitados como consultores, a aposentadoria chegará a médio prazo.

                                        (José Maria Furtado, na Exame, dez./99)

22) Se começarmos o primeiro período do texto por “A Andrade Gutierrez já tem pronto...”, teremos, como sequência coesa e coerente: 
a) visto que ainda falta um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles. 
b) por ainda faltar um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles. 
c) se ainda faltar um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles. 
d) embora ainda falte um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles. 
e) à medida que ainda falta um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles.

23) Segundo o texto: 
a) 20 grandes executivos da empresa se aposentarão a médio prazo. 
b) 20 grandes executivos da empresa acham-se na faixa entre 58 e 62 anos. 
c) nenhum dos 20 grandes executivos se aposentará a curto prazo. 
d) Eduardo Andrade é um executivo na faixa dos 58 a 62 anos. 
e) a empresa vai substituir seus vinte principais executivos a curto e médio prazos.

24) A empresa, no que toca à aposentadoria de seus executivos, mostra-se: 
a) precipitada 
b) cautelosa 
c) previdente 
d) rígida 
e) inflexível

25) Sobre o executivo Eduardo Andrade, não se pode afirmar: 
a) ocupa, no momento, a superintendência. 
b) é um dos conselheiros. 
c) será substituído por um dos 200 aspirantes. 
d) está se afastando dos negócios da empresa. 
e) será o primeiro dos 20 grandes executivos a se aposentar.

26) Sobre a Andrade Gutierrez, não é correto afirmar: 
a) é empresa de obras. 
b) é do estado de Minas Gerais. 
c) preocupa-se com seus funcionários. 
d) mantém-se alheia a qualquer tipo de renovação. 
e) procura manter vínculo com executivos aposentados. 


TEXTO F
Toda saudade é a presença da ausência de alguém, de algum lugar, de algo enfim. Súbito o não toma forma de sim como se a escuridão se pusesse a luzir. Da própria ausência de luz o clarão se produz, o sol na solidão. Toda saudade é um capuz transparente que veda e ao mesmo tempo traz a visão do que não se pode ver porque se deixou pra trás mas que se guardou no coração.
                                                                              (Gilberto Gil)

27) Por “presença da ausência” pode-se entender: 

a) ausência difícil 
b) ausência amarga 
c) ausência sentida 
d) ausência indiferente 
e) ausência enriquecedora

28) Para o autor, a saudade é algo: 
a) que leva ao desespero. 
b) que só se suporta com fé. 
c) que ninguém deseja. 
d) que transmite coisas boas. 
e) que ilude as pessoas.

29) O texto se estrutura a partir de antíteses, ou seja, emprego de palavras ou expressões de sentido contrário. O par de palavras ou expressões que não apresentam no texto essa propriedade antitética é: 
a) presença / ausência 
b) não / sim 
c) ausência de luz / clarão 
d) sol / solidão 
e) que veda / traz a visão 

30) Segundo o texto: 
a) sente-se saudade de pessoas, e não de coisas. 
b) as coisas ruins podem transformar-se em coisas boas. 
c) as coisas boas podem transformar-se em coisas ruins. 
d) a saudade, como um capuz, não nos permite ver com clareza a situação que vivemos. 
e) a saudade, como um capuz, não nos deixa perceber coisas que ficaram em nosso passado.

31) O que se guarda no coração é: 
a) a saudade 
b) o clarão 
c) o que se deixou para traz 
d) a visão 
e) o que não se pode ver


Exercícios gerais
Qual o tipo textual de cada texto abaixo? Destaque e comente tipos diferentes dentro de um mesmo texto.
Texto 1
        “Obrigado, Deus, por esse presente, pela luta e por mais essa conquista.” Essas foram as palavras escritas pela catadora de lixo Ercília Stanciany, de 41 anos, que foi aprovada no último vestibular da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), para o curso de Artes Plásticas. Apesar de ter interrompido os estudos na infância após terminar a 4ª série do ensino fundamental, depois de adulta, ela continuou a estudar pelos livros que encontrava no lixo. A família de Ercília residia em Belo Horizonte, em Minas Gerais, mas há oito anos se mudou para o Espírito Santo. Foi nessa época em que ela, sem alternativas para ajudar a sustentar a casa, resolveu ganhar a vida catando materiais recicláveis.

http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2012/03/com-livros-achados-no-lixo-catadora-passa-em-vestibular-no-es.html
      O tipo textual é narração, pois faz um relato, conta o que aconteceu com Ercília. O trecho em vermelho é descritivo, descreve com o intuito de localizar.

Texto 2
        Nativos de gêmeos tendem a adquirir inúmeros compromissos diários e a ter uma quantidade acachapante de ideias povoando a sua cabeça. Cuidado para que não atrapalhem o bom andamento de seu dia-a-dia, pois a distração será sua ordem da semana. Para não agir de forma precipitada e acabar fazendo alguma besteira por pura falta de paciência, conte até 10 antes de responder a qualquer provocação! Talvez você precise fazer uma adaptação em seus projetos, mas persiga seus objetivos. Considere que está passando por um teste de paciência e não tome nenhuma decisão precipitada.

http://somostodosum.ig.com.br/horoscopo/gemeos.asp

      O tipo textual é injunção, prediz comportamentos e acontecimentos. O trecho em vermelho é descritivo, caracteriza os nativos de gêmeos.

Texto 3
        Uma amiga me diz que não suporta mais se olhar no espelho. Ela está se achando gorda, feia, desprezível. Antigamente, eu talvez dissesse a ela que está na hora de fazer uma dieta e dar uma ajeitada no visual, mas hoje em dia aconselho outra coisa: está na hora, isso sim, de trocar de espelho.
        Ela está apenas um pouco acima do peso ideal, e feia não é de jeito nenhum. É uma mulher inteligente, divertida, bacana. O problema é que está totalmente focada no trabalho, não tem se relacionado com ninguém. Não namora. Não quer nem pensar em seduzir ou ser seduzida, fechou pra balanço. E é justamente este o espelho que está lhe faltando pra ver-se com olhos mais generosos.

http://pensador.uol.com.br/uma_carta_para_uma_amiga

      O tipo textual é a descrição, detalha o físico e o comportamento da amiga. Porém, possui elementos narrativos, presentes nos trechos em destaque: antigamente, por exemplo, cria um encadeamento sequencial no texto, dando ideia de continuidade, de história que segue sendo contada.

Texto 4
        Nos últimos 15 anos, minha trajetória pessoal e profissional caminhou norteada, basicamente, por três conceitos: Design, Educação e Tecnologia. A questão da educação sempre foi muito forte em minha vida, pois pensava trabalhar com pessoas no papel de mediador na busca por novos conhecimentos. Foi o que me motivou a estudar informática: acreditar nas possibilidades do computador de criar uma nova linguagem de interação entre as pessoas. Quando saí do interior de São Paulo e cheguei em Curitiba para estudar Design, foi com um ideal, um tanto juvenil, que pensava em poder criar interfaces de computador, às quais qualquer pessoa, indistintamente de sua classe social ou contexto cultural, pudesse utilizar. Este ideal ainda não se realizou, mas acredito que estou no caminho, ao concluir esse Curso de Mestrado, em que examino aspectos importantes do uso da informática na educação. O tema escolhida para essa pesquisa tem, assim, relação com a formação de professores para atuarem na produção em ambientes virtuais de aprendizagem. Conforme MORAN (2000, p.11) “todos estamos experimentando que a sociedade está mudando nas suas formas de organizar-se, de produzir bens, comercializá-los, de divertir-se, de ensinar e de aprender. (...) O campo da educação está muito pressionado por mudanças, assim como acontece com as demais organizações”. Mas estas mudanças devem ser de transformação e passam pela educação, conforme escreveu FREIRE (1996, p.12) “a educação é o caminho fundamental para transformas a sociedade.”
                                    http://www.ppge.ufpr.br/teses/M07_fileno.pdf

      O tipo textual é a argumentação ou dissertação argumentativa. A autora inicia o texto com uma narração, contando sua história, porém, logo vemos que a história serviu para situar e contextualizar o tema de sua tese. Ela utiliza como argumentos para justificar sua tese, as teorias de pensadores já consagrados, faz citações.

Texto 5
        O texto injuntivo ensina como se faz alguma coisa, também dita acontecimentos e comportamentos. A linguagem é simples e objetiva e, na maioria dos casos, os verbos estão no modo imperativo ou infinitivo genérico (ex.: juntar a farinha e mexer).
      O tipo textual é a exposição ou dissertação expositiva. Seu objetivo é passar uma informação sem que o autor se posicione sobre o tema, sua presença é neutra.

Texto 6
01 – Qual o método argumentativo utilizado pelo aluno?
      O aluno utiliza dois métodos argumentativos.
   O primeiro método é o dedutivo, que poderia ser simplificado no seguinte silogismo:
O computador pegou um vírus
Vírus passam facilmente
Portanto, lápis e canetas foram contaminados.
      Além disso, ele utiliza também a analogia, ele considera computador, lápis e canetas equivalentes para se fazer uma tarefa.

02 – Qual a estratégia argumentativa utilizada pelo aluno e qual a professora utilizaria para rebatê-la?
      A estratégia que o aluno utiliza é a exemplificação, mostra à professora os fatos e os utiliza para argumentar. A professora faria sua contra argumentação com a redução ao absurdo, esgotando as consequências do argumento do aluno: “se até os lápis e as canetas pegaram o vírus, como você não tem nada?”.

03 – Quais as vozes presentes na argumentação do aluno?
      Na argumentação do aluno está presente a sua voz que se justifica por não ter feito a tarefa. Está implícita também a voz da professora, questionando sobre a tarefa e pela razão de ele não ter feito.

04 – O que é a falácia?
      A falácia consiste em uma falsa analogia, ou seja, o aluno faz uma comparação falsa, porque vírus de computador não "passa" para lápis e canetas.



CONTO: NINHO DE CUCO - DILÉIA FRATE - COM QUESTÕES GABARITADAS

Conto: Ninho de Cuco
         Diléia Frate
Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfMfPO5vQDWOZONx6SJ1xqhWelSGjaQzP7K5HFj-WNcJHG0PVJZz3j-zLY8nrA_FZbu6E_DvG-wxlK4NXmscayfOQdWzgyjZ77U7J_qN6X2PIH7_YF4yTnVEsN6fQPttlZ5xH3QJkVduc/s320/cuco-no-ninho-roubado.jpg

        O cuco é o mais mafioso dos pássaros. Não gosta muito de trabalhar e adora ocupar o ninho dos outros.
        Foi assim que, um dia, um pardal muito bondoso, emprestou o seu ninho para o cuco e pediu que, em troca, ele ficasse por algumas horas tomando conta da ninhada toda.
        Saiu. Quando voltou, encontrou o cuco numa zorra danada, bagunçando seus ovinhos:
        -- Quer dizer que eu lhe empresto o ninho e você faz essa bagunça?
        Ao que o cuco respondeu:
        -- Eu estou retribuindo a sua hospitalidade. Nós, cucos, somos assim mesmo: só posso ser como sou.
        O pardal, cheio de raiva, deu uma bicada no cuco, que, ofendido, disse:
        -- Mas o que é isso, amigo?
        E o pardal respondeu:
        -- Essa bicada é tudo o que eu lhe posso dar, no momento. Sinto muito, mas nós, pardais, somos organizados, e você e seu ovinho vão ter que cair fora do meu ninho.
        E o cuco, bagunceiro, foi baixar noutro terreiro: mais precisamente no buraco vazio de um relógio, onde, desde então, dá duro para sobreviver trabalhando em turnos de meia hora.
        Cuco-cuco-cuco!

FRATE, Diléia. Histórias para acordar. Companhia das Letrinhas
Entendendo o conto:

01 – Observe essa frase: "Mas o que é isso, amigo?" a palavra grifada se refere ao:
a)   Cuco.           
b)   Pardal.          
c)   Relógio.        
d)   Ovinho.

02 – Na frase "... encontrou o cuco numa zorra danada", a expressão grifada significa que o cuco estava:
a)   Fazendo pouco barulho.
b)   Dormindo profundamente.
c)   Chocando os ovinhos.
d)   Desorganizando o ninho.

03 – O título do texto é Ninho de Cuco porque:
a)   O cuco se aproveita do ninho dos outros pássaros.
b)   O cuco constrói seu próprio ninho.
c)   O pardal dá seu ninho para o cuco.
d)   Dentro de um relógio há um ninho de cuco.

04 – O pardal brigou com o cuco porque o cuco:
a)   Não gosta de trabalhar.
b)   Abandonou o ninho do pardal e foi para o relógio.
c)   Bicou o pardal.
d)   Bagunçou o ninho do pardal.

05 – O que aconteceu ao cuco depois que foi expulso do ninho do pardal?
a)   Foi parar no terreiro.
b)   Foi para o seu ninho. 
c)   Foi morar no relógio.
d)   Foi cantar no terreiro.

06 – Na frase "E o cuco, bagunceiro, foi baixar noutro terreiro: mais precisamente no buraco vazio de um relógio...", qual a função dos dois pontos?
a)   Finalizar uma frase.
b)   Introduzir uma explicação. 
c)   Interromper a frase.
d)   Destacar uma expressão.