terça-feira, 7 de abril de 2015

TEXTO: IMPORTÂNCIA DA LEITURA E FORMAÇÃO DE LEITORES

Sobre leitura e formação de leitores

"É preciso ensinar aos alunos a beleza da língua e reafirmar as noções de que o livro é um amigo que está sempre ao nosso lado." Ana Maria Machado

A leitura é fundamental em nossas vidas.

O processo de formação de um leitor começa desde muito cedo. A mãe que lê histórias para o filho que ainda está em seu ventre, a avó que conta causos e lendas aos netos, o contato com livros, revistas, jornais, o simples fato de ver um adulto ler silenciosamente são grandes contribuições para formarmos futuros leitores.

Infelizmente, não são todas as crianças que vão para a escola com estas vivências. Cabe, então, ao educador proporcioná-las aos alunos. Mesmo os que têm contato com livros e histórias necessitam ser estimulados continuamente.

Uma contação de história pode e deve ser feita das mais diversas formas. É muito comum serem utilizados recursos como: álbum seriado, fichas, ampliações, painéis, o próprio livro, etc. Porém, é viável fazer uma ótima contação utilizando, apenas, a voz e expressões faciais da contadora. Isso tudo torna-se ainda mais fácil e prazeroso, quando contamos uma história pela qual somos "apaixonados(as)". Transmitimos o encantamento, quando nós mesmos somos encantados pelo que fazemos e lemos. Para despertar em nossos alunos o gosto pela leitura, é necessário compartilharmos dele.

O ato de ouvir e contar histórias está, quase sempre, presente nas nossas vidas: desde que nascemos, aprendemos por meios das experiências concretas das quais participamos, mas também através daquelas experiências das quais tomamos conhecimento através do que os outros contam. Todos temos necessidade de contar aquilo que vivenciamos, sentimos, pensamos e sonhamos. Dessa necessidade humana surgiu a literatura: do desejo de ouvir e contar para através dessa prática, compartilhar. (GRAIDY e KAERCHER, 2001, p.81).

A leitura tem o poder de nos tocar profundamente, fazer-nos viajar e modificar-nos, por que não!? 

Não há receita para educar, tão pouco para garantirmos que nossos alunos terão o hábito de ler, mas se nós, educadores, pudermos incentivá-los desde cedo, teremos uma probabilidade de êxito muito maior.

Eu conheço bem a história, me encantei com ela, utilizei recursos que chamaram a atenção dos alunos, disponibilizei a eles livros e vivências ligadas à leitura, fiz minha parte! 

Se o educador valorizar estas "pequenas grandes coisas", com certeza,  terá semeado nos educandos o conhecimento e gosto pela literatura. 

Para gostar de ler, é preciso ler bem. E para ler bem, é necessário ter diante de si bons materiais de leitura e situações que favoreçam um trabalho ativo de construção do sentido do texto. Isso exige oferecer livros variados e de qualidade, selecionados por educadores que planejem atividades que possibilitem, entre outras coisas: compreender o que está escrito e também o que não está, identificando elementos explícitos e implícitos; estabelecer relações entre a obra lida e outras já conhecidas; descobrir os inúmeros sentidos que podem ser atribuídos a ela; justificar e validar a sua leitura com base em elementos encontrados no próprio texto e em seu contexto. Ou seja, formar leitores requer um investimento significativo na construção de uma comunidade que compartilha seus textos, troca impressões acerca de obras lidas e constrói um percurso leitor próprio, inicialmente mediado pelo professor e, posteriormente, com autonomia.

“Nosso problema não é apenas ensinar a ler e a escrever, mas é, também, e sobretudo, levar os indivíduos – crianças e adultos – a fazer uso da leitura e da escrita, envolver-se em práticas sociais de leitura e de escrita”. (SOARES, 1998, p.18)

Para que um bom texto literário esteja a serviço do ensino da leitura na escola, é preciso promover o seu encontro com o leitor. E esse encontro, em um primeiro momento, se estabelece nas relações entre a obra em questão, o leitor e suas experiências leitoras (sua biografia leitora, os procedimentos e comportamentos leitores que possui e seu contexto social e cultural, entre outros) em um esforço que demanda tempo, frequência e situações didáticas criteriosamente planejadas para promover a construção de sentidos em torno do texto a ser lido.

É preciso, antes de tudo, lembrar que ler exige vontade, tempo, solidão, concentração e coloca em jogo habilidades específicas. E por isso, se quisermos formar leitores, faz-se necessário dedicar espaço nas aulas para a prática da leitura individual, em atividades que deem sentido às leituras escolares, promovendo o estudo e a análise das obras lidas, ajudando os alunos a estabelecer relações com seu contexto de produção e com outros livros, desenvolvendo projetos que relacionem o trabalho com leitura a projetos de escrita em torno do literário etc. Dessa forma, crianças e jovens poderão, a partir dessas aprendizagens, tornar-se, pouco a pouco, capazes de transferir os conhecimentos adquiridos a todos os textos que venham a ler posteriormente.

"Um livro pode ser nosso sem nos pertencer. Só um livro lido nos pertence realmente".( Eno T. Wanke )

O QUE É PROJETO? QUAL A SUA FUNÇÃO?O PROJETO É INSEPARÁVEL DO SENTIDO DA AÇÃO


O PROJETO É INSEPARÁVEL DO SENTIDO DA AÇÃO
(Almeida, 2002). Neste sentido Barbier (In: Machado, 2000) salienta:“(...) o projeto não é uma simples representação do futuro, do amanhã, do possível, de uma ideia; é o futuro a fazer, um amanhã a concretizar, um possível a transformar em real, uma ideia a transformar em acto” (p.6). 

O que é projeto? Qual a sua função?
O projeto é um planejamento de um trabalho a ser realizado, é a ideia do realizar algo, cabe como função de um projeto elaborar estratégias para solucionar um determinado problema. Faz parte da natureza humana, planejar ações.

A importância da utilização de Projetos Educacionais

A utilização de projetos educacionais nas escolas tem se mostrado de fundamental importância por que torna o aprendizado mais significativo, uma vez que o aluno participa efetivamente da construção do conhecimento através de atividades dinâmicas como pesquisa, entrevistas, debates e experimentos, que o levam a refletir continuamente, durante o processo, sobre a importância do tema abordado e os reflexos desse conhecimento sobre sua vida. Também vale ressaltar que este aluno, ao interagir com o grupo e com os professores, desenvolve valores como respeito, solidariedade e cooperatividade, à medida em que se vê como parte integrante e importante desse processo, socializando seus conhecimentos e suas experiências.

 Segundo Valente (1999), o construcionismo “significa a construção de conhecimento baseada na realização concreta de uma ação que produz um produto palpável (um artigo, um projeto, um objeto) de interesse pessoal de quem produz ” (p. 141). 


Tipologia dos Projetos:

1- Projeto de Intervenção: É um projeto da área educacional para atingir prioritariamente no foco do problema, alterando a organização e a operação do sistema.

2- Projetos de Pesquisa: Projeto que visa obter conhecimentos sobre determinado problema verificando e apurando soluções através de experimentações.

3- Projetos de Desenvolvimento (ou de Produto): São projetos internos de uma sistema buscando inovar em seus produtos e atividades.

4- Projetos de Ensino: São projetos educacionais que visam promover melhorias no processo de ensino aprendizagem, envolvendo uma ou mais disciplinas. Realizados por professores.

5- Projetos de Aprendizagem ou de Trabalho: São projeto realizados por alunos no âmbito escolar com a finalidade de desenvolver-se em determinados pontos de uma disciplina.

Há necessidade de se aprofundar mais nos tópicos quatro e cinco:

Projeto de Ensino: Na proposta de um projeto dessa natureza, um ou mais professores propõe um respectivo tema, traçam etapas a percorrer envolvendo os alunos como pesquisadores, e o professor age como um coordenador desse processo.
Geralmente são projetos que iniciam de iniciativas externas ao ambiente escolar, envolvendo toda a comunidade escolar, culminando com apresentação dos resultados obtidos nessa pesquisa promovendo conscientização e mudanças.

Projeto de Aprendizagem: Nos projetos de aprendizagem deixa a livre escolha do objeto a ser estudado pelos alunos, partindo da curiosidade.
Mesmo com a grande variedade dos possíveis temas o professor deve agir como um orientador no processo, necessitando de planejamento para cada etapa.

Vantagem de se Trabalhar com Projetos:

“Se fizermos do projeto uma camisa de força para todas as atividades escolares, estaremos engessando a prática pedagógica” (Almeida, 2001)

O planejamento possibilita um trabalho interdisciplinar, abrangendo relações sociais, propicia enfoques em áreas especiais e prioritárias, promove nos alunos uma construção de um aprendizado abrangente.

Fundamentos da Metodologia de Projetos:

A elaboração e a prática de projetos de aprendizagem têm colaborado de forma significativa no processo de ensino aprendizagem, na relação professor e aluno na busca da tão sonhada aprendizagem significativa.
Na aproximação do objeto estudado, mais contextualizado na vida real.

Os pressupostos fundamentais na metodologia dos projetos são:

a) Número de alunos definidos para cada experiência.
b) Tempo determinado para realização do projeto.
c) Liberdade na escolha dos temas pelos alunos.
d) Sentido de finalidade do projeto para prática na vida real.
e) Utilizar dos mais variados recursos disponíveis na comunidade.
f) Socialização dos resultados do projeto, divulgação na comunidade.

As atividades orientadas pela metodologia de projetos, tem como as seguintes características:
Renovar os antigos moldes educacionais, promovendo melhorias no processo de ensino aprendizagem e na relação professor-aluno.


Valente (2000) acrescenta: “(...) no desenvolvimento do projeto o professor pode trabalhar com [os alunos] diferentes tipos de conhecimentos que estão imbricados e representados em termos de três construções: procedimentos e estratégias de resolução de problemas, conceitos disciplinares e estratégias e conceitos sobre aprender” (p. 4). 


Roteiro para Elaboração de um Projeto:

1 Definição do Tema: De forma interdisciplinar, envolvendo diretamente os alunos nessa etapa.

2 Definição dos Objetivos Gerais: Quais os resultados, para a comunidade escolar, que se almeja obter com o projeto?

3 Definição dos Objetivos Específicos: É o detalhamento dos objetivos, soluções a se buscar.

4 O projeto e a Proposta Pedagógica da Escola: O projeto deve estar de acordo com a proposta pedagógica da escola, mas sem deixar de buscar aperfeiçoá-la.

5 Justificativa: A justificativa deve responder perguntas como Por que é importante fazer o Projeto? Quem se Beneficiará? Prioridade o aluno.

6 Metodologia: São as medidas relacionadas as ações e execuções do projeto. De forma colaborativa, integrada e multidisciplinar.

7 Atividades: São as atividades principais do projeto. Algumas perguntas ajudam a definir esta etapa, como: O quê?, Com que fim? Como? Quando? Onde? Quem? Com o quê?

8 Acompanhamento, Avaliação e disseminação - Como será feita o acompanhamento do projeto: Os professores e organizadores devem definir como serão feitas o acompanhamento e avaliação das etapas do projetos, Como serão medidos os efeitos do projeto? Como será transmitido o que se aprendeu?

9 Definição do título do Projeto: Depois de todas as etapas anteriores deve-se criar um nome para o projeto que desperte o interesse pelo mesmo.


Daí a importância do desenvolvimento de PROJETOS ARTICULADOS envolvendo a co-autoria dos vários PROTAGONISTAS do processo educacional.
O fato de um projeto de gestão escolar estar articulado com o projeto de sala de aula do professor, que por sua vez visa propiciar o desenvolvimento de projetos em torno de uma problemática de interesse de um grupo de alunos, integrando o computador, materiais da biblioteca e a televisão, torna-se fundamental para o
processo de reconstrução de uma nova escola. Isto porque a parceria que se estabelece entre os protagonistas (gestores, professores, alunos) da comunidade escolar pode facilitar a busca de soluções que permitem viabilizar a realização de  novas prática pedagógicas, tendo em vista a aprendizagem para a vida. 

MACROCAMPOS E ÁREAS DO CONHECIMENTO- PROEMI


“A ciência nunca teria sido ciência se não tivesse sido transdisciplinar” (Edgar Morin)

           As ações dentro de cada macrocampo deverão visar à interação direta com o estudante, podendo também, incluir ações de formação dos professores, de gestão escolar e adequação dos ambientes escolares. É essencial que as ações  elaboradas para cada macrocampo sejam pensadas a partir das áreas de conhecimento, contemplando as orientações das Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio – DCNEM, e envolvendo temáticas diversas por meio do diálogo entre os conteúdos dos diferentes componentes curriculares de uma ou mais áreas do conhecimento.
            Destaca-se que as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio apontam que as propostas curriculares deverão contemplar os seguintes aspectos:
as dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura como eixos integradores entre os conhecimentos de distintas naturezas; o trabalho como princípio educativo; a pesquisa como princípio pedagógico; os direitos humanos como princípio norteador e; a sustentabilidade socioambiental como meta universal.
              Desta forma, compreende-se que os conhecimentos e a produção dos mesmos, deverão dialogar com a vida dos estudantes, na diversidade de contextos que compõem a realidade, e os conteúdos dos componentes curriculares/disciplinas devem articular-se entre si, o que pressupõe um currículo elaborado a partir das quatro áreas de conhecimento (Linguagens, Matemática, Ciências Humanas e Ciências da Natureza).
              As ações do PROJETO   deverão  estar  organizados dentro de um ou mais  dos Macrocampos abaixo(**obrigatórios):

Acompanhamento Pedagógico **;
Iniciação Científica e Pesquisa**;
Cultura Corporal;
Cultura e Artes;
Comunicação e uso de Mídias;
Cultura Digital;
Participação Estudantil;
Leitura e Letramento.
Macrocampos

 Os macrocampos deverão dialogar entre si e com o currículo.

Definição dos macrocampos

Compreende-se  macrocampo o conjunto de  atividades  didático-pedagógicas que estão dentro de uma área de conhecimento percebida como um grande campo  de ação educacional e interativa, podendo contemplar uma diversidade de ações que qualificam o currículo escolar.

Acompanhamento Pedagógico (obrigatório pelo menos uma atividade): 

    Atividades articuladas aos componentes curriculares ou complementares ao currículo, propostas a partir dos objetivos traçados pelo Projeto Pedagógico da Escola a partir dos interesses ou das dificuldades demonstrados pelos alunos, das necessidades identificadas na sociedade  e podem contemplar uma ou mais disciplinas ou conjunto de componentes curriculares, podendo focar em temáticas de interesse geral, áreas ou conteúdos específicos e disciplinas do currículo.
       Os Projetos de Acompanhamento Pedagógico podem envolver turmas completas ou grupos de alunos em função da proposta apresentada. Podem ainda ser espaço para articulação com outros programas e projetos tendo em vista as perspectivas dos alunos para a continuidade da trajetória de formação, a participação no ENEM e deverão permear as dimensões do trabalho, ciência, tecnologia e cultura.

Iniciação Científica e Pesquisa (obrigatório pelo menos uma atividade): 

       Atividades que integrem teoria e prática, buscando compreender a organização  e o desenvolvimento de conhecimentos científicos nas áreas de ciências exatas, da natureza e humanas. As atividades relacionadas à Iniciação Científica podem ser desenvolvidas em laboratórios ou por meio de projetos de estudo e de pesquisa de campo  envolvendo  conteúdos  de uma ou mais áreas de conhecimento, buscando o aprofundamento e a  investigação organizada sobre fatos, fenômenos e procedimentos.        Podem desenvolver metodologias que permitam a sistematização do conhecimento, por meio da experimentação, da vivência e da observação dos fatos e fenômenos, da coleta e análise de dados e informações e a reflexão sobre os resultados alcançados.            As atividades de cunho científico podem permitir a interface com o mundo do trabalho na sociedade contemporânea, tecnologias sociais e sustentáveis, economia solidária e criativa, meio ambiente e diversas outras temáticas presentes no contexto do aluno.

Cultura Corporal:

 Este macrocampo  envolve atividades que promovam o desenvolvimento da consciência corporal; do movimento; a compreensão da relação entre o corpo e as emoções e entre o indivíduo, o outro e o mundo; atitudes saudáveis; uso e organização de regras e disciplina. Abrange a identidade local e o intercâmbio com outras culturas. As atividades propostas poderão compreender esportes de campo e de mesa, artes marciais ou outras atividades corporais (malabarismo, yoga, tai chi chuam, maculelê, capoeira, dentre outras) e estar articuladas a outros macrocampos e projetos interdisciplinares da escola.

Cultura e Artes:

Atividades que envolvam conhecimentos e práticas (técnicas) de elaboração nas diversas formas de expressão artística, bem como atividades relacionadas à apreciação e análise da produção artística, auxiliando no desenvolvimento do aluno em aspectos relacionados ao senso estético, à relação entre cultura, arte, relações sociais, entre outras. Promovendo a reflexão sobre aspectos que envolvem as diferentes produções artísticas: pintura, dança, música, reciclagem e ecotécnicas, cinema, teatro e contação de história.

Comunicação e uso de mídias:

A partir de processos relacionados à educomunicação,  orientar e propor vivências em espaços de atuação que permitam ao jovem acesso às diferentes mídias e tecnologias da informação e da comunicação bem como a compreensão de métodos, dinâmicas e técnicas. Este macrocampo pode criar condições para a utilização dos instrumentos e ferramentas disponíveis, das formas e possibilidades de comunicação e de processos criativos, assim como viabilizar a reflexão sobre o uso crítico das diversas tecnologias em diferentes espaços do convívio social (fanzine, informática e tecnologia da informação, rádio escolar, jornal escolar, histórias em quadrinhos, fotografia, vídeos, dentre outros).

Cultura Digital: 

      Criar condições e espaços para que o jovem tenha acesso a ferramentas, instrumentos e informações que possibilitem compreender a amplitude da cultura digital e suas múltiplas modalidades de comunicação, desenvolver habilidades para se comunicar em linguagem comum digital, percebendo as dimensões local e global, de tempo real, estabelecendo formas de interação que permitam utilizar o ambiente digital em diferentes espaços da vida – trabalho, desenvolvimento de pesquisa, acesso e produção de conhecimento, interação social, participação política entre outros aspectos e o uso de instrumentos tecnológicos como ferramentas que contribuem para a produção de conhecimentos (Software educacional/Linux Educacional; Informática e tecnologia da informação (Proinfo e/ou laboratório de informática); Ambiente de Redes Sociais).

Participação Estudantil:

        Apoiar a atuação  e organização da juventude nos seus processos de desenvolvimento pessoal, social e de vivência política. Desenvolvimento de metodologias e oportunidades que ampliem as condições de participação e assegurem a pluralidade de manifestação da juventude.
     Estabelecer formas de apoio para o desenvolvimento de alternativas estruturadas de organização, representação e participação no contexto escolar e social em que a escola e o aluno estão inseridos. (Constituir  e/ou fortalecer a Com-Vida – Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola para ampliar a participação da comunidade escolar; Construir a Agenda 21 na Escola, dentre outros).

Leitura e Letramento:

     Criar alternativas  de leitura e produção de textos, explorando diversos gêneros que possibilitem ao estudante utilizar, desenvolver e apreender estratégias para a compreensão da leitura e organização da escrita em formas mais complexas.
      Propiciar experiências que desenvolvam habilidades necessárias à compreensão crítica das leituras realizadas. As ações deste macrocampo poderão focar a leitura e interpretação de textos, estudo sobre autores da literatura local, nacional e estrangeira e a proposição de projetos que permitam a vivência de situações do uso da leitura e da escrita relacionadas ao cotidiano e à vida do estudante.

domingo, 5 de abril de 2015

SIMULADO: PRONOMES COM GABARITO


Segundo Perrenoud (1999), a avaliação da aprendizagem, no novo paradigma, é um processo mediador na construção do currículo e se encontra intimamente relacionada à gestão da aprendizagem dos alunos.

SIMULADO -  PRONOMES - COM GABARITO


1. (FUVEST-SP) Era para __________ falar _______ontem, mas não ______ encontrei em parte alguma.
a) mim, consigo, o
b) eu, como ele, lhe
c) mim, consigo, lhe
d) mim, contigo, te
e) eu, com ele, o 

2.(ES.Uberaba-MG) Assinale  o exemplo que contém mal emprego do pronome pessoal.
a) Nada mais há entre mim e ti.
b) Nada mais há entre eu e ti.
c) Nada mais há entre mim e  ele.
d) Nada mais há entre ele e você.
e) Nada mais há entre ele e ela.


3.(UEPG-PR) Na oração "Certos  amigos não chegaram a ser jamais amigos certos", o termo destacado é sucessivamente:
a) adjetivo e pronome
b) pronome adjetivo e adjetivo
c) pronome substantivo e pronome adjetivo
d) pronome adjetivo e pronome indefinido
e) adjetivo anteposto e adjetivo posposto

4. (E.S.Uberada-MG) Assinale o item em que não aparece pronome relativo:
a) O que queres não está aqui.
b) Temos que estudar mais.
c) A estrada por que passei é estreita.
d) A prova que faço não é difícil.
e) A festa a que assisti foi ótima.

5. (UEPG-PR) Assinale a alternativa em que a palavra onde  funciona como pronome relativo.
a) Não sei onde eles estão.
b) "Onde estás que não respondes?"
c) A instituição onde estudo é a UEPG.
d) Ele me deixou onde está a catedral.
e) Pergunto onde ele conheceu esta teoria.

6. (FCMS-SP) Por favor, passe_____ caneta que está aí perto de você, _______ aqui não serve para _____ desenhar.
a) aquela, esta, mim
b) esta, esta, mim
c) essa, esta, eu
d) essa, essa, mim

7. (UPPel-RS)
    I - O lugar _______ moro é muito pequeno.
   II - Esse foi o número _____ gostei mais.
  III- O filme _____ enredo é fraco, tem dado grande prejuízo.
    a) onde, que, cujo
    b) em que, de que, cujo o
    c) no qual, o qual, do qual o
    d) que, que, cuja o 
    e) em que, de que, cujo

8. (F.Londrina-PR) Para_____ poder terminar a arrumação da sala, guardem ______ material em outro lugar até que eu volte a falar _____, dizendo que já podem errar.
a) eu - seu - com vocês
b) eu - vosso - convosco
c) eu - vosso - consigo
d) mim - seu - com vocês
e) mim - vosso - consigo

9. (UECE) Na frase:
    "Você ignora que quem os cose sou eu", temos a indicação da classe gramatical correta no item:
a) que - pronome relativo
b) quem - pronome relativo
c) os - pronome pessoal
d) você - pronome demonstrativo

10. (Unimep-SP) "Visitei o sítio da amiga de Paula, o qual  muito me encantou".
       Usou-se  o qual  em vez de que:
a) Por uma questão de estilo.
b) Pois só o qual  é conectivo.
c) Pois a segunda oração é adjetiva.
d) Pois ali só caberia um pronome relativo.
e) Para  evitar-se ambiguidade.

11. (FEI-SP) Assinale a alternativa correta quanto ao emprego do pronome relativo:
a) É um homem em cuja honestidade se pode confiar.
b) Machado de Assis foi um escritor que as obras ficaram célebres.
c) Comprou uma casa suntuosa, cuja casa lhe custou uma fortuna.
d) Preciso de um pincel delicado, sem o cujo não poderei assinar minha obra.
e) Os rapazes, cujos professores conversei com eles, prometeram  ajudar os colegas.

12. (FUVEST-SP) "Eu não sou o homem que  tu procuras, mas desejava ver-te, ou, quanto menos, possuir o ter retrato".
Se o pronome tu fosse substituído por Vossa Excelência, em lugar das palavras destacadas no trecho acima transcrito, teríamos, respectivamente, as seguintes formas:
a) procurais, ver-nos, vosso
b) procura, vê-la, seu
c) procura, vê-lo, vosso
d) procurais, vê-la, vosso
e) procurais, ver-vos, seu

13. (U.F.SC)No período "Avistou o pai, que caminhava para a lavoura", a palavra que classifica-se morfologicamente como:
a) conjunção subordinativa integrante
b) pronome relativo
c) conjunção subordinativa final
d) partícula expletiva
e) conjunção subordinativa causal

14. (MAK-SP) Relacione as duas colunas, substituindo o complemento verbal pelos pronomes pessoais oblíquos:
1. Não podia abandonar tia Marcela.
2. Era a pressa de saber as novidades.
3. Aproveitaria a tarde.
4. Haviam estabelecido uma espécie de turnos.
5. Um caixão régio (constatou satisfeita Vanda).
(   ) o
(    )la
(    )na
(    )la
(    )las
a)  5-1-4-3-2
b) 4-3-5-1-2
c) 3-1-4-2-5
d) 5-3-2-1-4
e) 1-4-2-5-3  

15. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que houve erro ao se substituir a expressão grifada pelo pronome oblíquo.
a) "antecederam a Segunda Guerra Mundial (antecederam-lhe)
b) "iniciando a série de science-fiction" (iniciando-a)
c) "procuraram descrever a sociedade do futuro" (procuraram descrevê-la)
d) "presenciava todos os atos individuais" (presenciava-os)
e) "caracterizam as modificações." (caracterizam-nas)

16. (UFPR) Assinale a alternativa que substitui corretamente as palavras destacadas.
1. Assistimos à inauguração da piscina.
2. O governo assiste os flagelados.
3. Ele aspirava a uma posição de maior destaque.
4. Ele aspira o aroma das flores.
5. O aluno obedece aos mestres.
a) lhe, os, a ela, a ele, lhes.
b) a ela, os, a ela, o, lhes.
c) a ela, os, a, a ele, os.
d) a ela, a eles, lhe, lhe, lhes.
e) lhe, a eles, a ela, o, lhes.

17. (UNIRIO-RJ) Assinale o item que completa convenientemente as lacunas do trecho.
"A maxila e os dentes denotavam a decrepitude do burrinho; ________, porém, estavam mais gastos que ________.
a) esses/aquela
b) estes/aquela
c) estes/essa
d) aquelas/esta
e) estes/esses

18. (FCMSC-SP) Por favor, passe ________ caneta que está aí perto de você; ________aqui não serve para ______ desenhar.
a) aquela, esta, mim
b) esta,esta, mim
c) essa, esta, mim
d) essa, essa, mim
e) aquela, essa, eu

19. (UNISINOS-RS) O período em que o pronome possessivo destacado está mal empregado é:
a) Dirijo-me a ele, a fim de solicitar seu apoio.
b) Dirijo-me a ti, a fim de solicitar o teu apoio.
c) Dirijo-me a vós, a fim de solicitar o vosso apoio.
d) Dirijo-me a Vossa Senhoria, a fim de solicitar o seu apoio.
e) Dirijo-me a Vossa Senhoria, a fim de solicitar o vosso apoio.

20. (PUCSP) Na frase: "Chegou Pedro, Maria e o seu filho dela", o pronome possessivo está reforçado para:
a) ênfase
b) elegância de estilo
c) figura de harmonia
d) clareza
e) n.d.a

21. (CESGRANRIO-RJ) Assinale a opção que completa as lacunas da seguinte frase:
Ao comparar os diversos rios do mundo com o Amazonas, defendia com azedume e paixão a história ____ sobre cada _____.
a) desse/daquele
b) daquele/destes
c) deste/daqueles
d) deste/desse
e) deste/desses

22. (PUC-SP) Assinale a alternativa onde a palavra em destaque é pronome.
a) O homem que chegou é meu amigo.
b) Notei um quê  de tristeza  em seu rosto.
c) Importa que  compareçamos.
d) Ele é que disse isso!
e) Vão ter que dizer a verdade.

23. (UFMG) Em todos os versos, o pronome em destaque está corretamente classificado, exceto em:
a) "Isto aqui não é Vitória-Nem é glória do Goitá", (indefinido)
b) "O mar de nossa conversa precisa ser combatido."(possessivo)
c) "Seu José, mestre carpina, que lhe pergunte permita."(pessoal)
d) "Primeiro é preciso achar um trabalho de que viva."(relativo)
e) "Mas este setor de cá é como a estação dos trens."(demonstrativo)

24. (FUVEST-SP) Assinale a alternativa onde o pronome pessoal está empregado corretamente.
a) Este é um problema para mim resolver.
b) Entre eu e tu não há mais nada.
c) A questão deve ser resolvida por eu e você.
d) Para mim, viajar de avião é um suplício.
e) Quando voltei a si, não sabia onde me encontrava.

25. (SANTA CASA-SP) A carta vinha endereçada para _____ e para _____;______ é que a abri.
Assinale a letra correspondente à alternativa que completa corretamente as lacunas da frase apresentada.
a) mim/tu/por isso
b) mim/ti/porisso
c) mim/ti/por isso
d) eu/ti/porisso
e) eu/tu/por isso

26. (UFMG) Em todas as alternativas, a expressão destacada pode ser substituída pelo pronome lhe, exceto em:
a) Tu dirás a Cecília  que Peri partiu.
b) Cecília viu perto a Isabel.
c) O tiro fora destinado a Peri  por um dos selvagens.
d) Cecília recomendou a Peri que estivesse quieto.
e) Peri prometeu a D. Antonio levar-te à irmã.

27. (ITA-SP) Dadas as sentenças:
I - Ela comprou um livro para mim ler.
II - Nada há entre mim e ti.
III - Alvimar, gostaria de falar consigo.
Verificamos que está(estão) correta(s)
a) apenas a sentença I
b) apenas a sentença II
c) apenas a sentença III
d) apenas as sentenças I e II
e) todas as sentenças

28) (ITA-SP) O pronome de tratamento usado para Cardeais é:
a) Vossa Santidade
b) Vossa Magnificência
c) Vossa Eminência
d) Vossa Reverendíssima
e) n.d.a

29. (FIUbe-MG) Fala com a gerência. Aposto que eles irão conseguir um lugar para _______. Aliás ______ mesmo aconteceu coisa idêntica.
a) ti/ com nós
b) ti/conosco
c) si/com nós
d) si/conosco
e) você/ conosco

30. (FATEC-SP) Assinale a alternativa  em que o pronome grifado foi empregado corretamente.
a) Aguarde um instante. Quero falar consigo.
b) É lamentável, mas isso sempre ocorre com nós dois.
c) O processo está aí para mim examinar.
d) Vossa Senhoria preocupa-se com problemas cuja solução fosse  da vossa  alçada.
e) Já se tornou impossível haver novos entendimentos entre eu e você.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

UTILIZANDO FILMES EM SALA DE AULA


O filme pode assim influenciar de forma positiva no comportamento e temperamento, poderá também beneficiar os professores como um recurso preparatório de trabalho, pois terão de servir como mediadores nesta nova geração (BETTI, 2003).

Utilizando filmes em sala de aula
Dicas e sugestões de atividades pedagógicas para o uso de filmes em sala de aula.
Algumas considerações iniciais

A prática de uso de filmes em sala de aula é tão antiga quanto os videoplayers e suas fitas. Talvez você seja um professor mais novo e tenha vivenciado somente a fase do DVD player e dos DVDs discs e agora do Blu-ray.

O fato é que muitos são os momentos em que os filmes “comerciais” aparecem como elementos pedagógicos no contexto escolar.
Porém, apesar de ser um “velho conhecido” de todos, ainda existem equívocos, tabus e muito desconhecimento acerca desta valiosa prática pedagógica.

Os filmes são potentes recursos audiovisuais, que por meio do enredo, da trama, dos personagens, do lúdico, podem, quando utilizados de modo correto, promover excelentes experiências de aprendizagem! Trabalham com nossas experiências e emoções, abordando diferentes linguagens: falada, visual, musical e escrita.

Quando falamos em usar corretamente, é importante entender que:
a) A prática da projeção do filme em ambiente escolar deve estar alicerçada no planejamento de ensino. Não adianta levar os alunos para a sala de TV ou o vídeo para a sala sem definir exatamente o conteúdo que se deseja trabalhar.

b) O professor deve assistir ao filme com antecedência, marcando as partes, os elementos, as cenas que exemplificam e vivenciam o conteúdo pedagógico proposto, de modo a apontar estes itens durante a execução do filme.

c) Muitas vezes, não se faz necessário que o docente e os alunos assistam ao filme inteiro. Podem-se selecionar os trechos mais significativos que ilustrem e esclareçam a temática em questão.

d) Salvo em época de colônia de férias e para ambientes de educação infantil, o filme em sala de aula não é diversão ou passatempo. Desmistifique isso com seus alunos.

e) Prepare seus alunos para o filme. Em sala de aula, comente quais conteúdos pedagógicos serão “vistos” na projeção em questão, qual o período histórico, os elementos importantes e os vestuários.

f) O item anterior fica totalmente revogado se a sua intenção for surpreender os alunos. Permita que assistam ao filme sem nenhuma orientação e depois retome o assunto em sala de aula, de modo a perceber qual a visão do grupo sobre o assunto, os conhecimentos anteriores que possuem e retome o conteúdo com base nas questões apresentadas por eles.

g) Todo mundo gosta de ver o filme. Isso é uma verdade incontestável. Portanto, assegure que o tamanho da tela da TV seja adequado e garanta a visibilidade do grupo todo. A mesma dica vale para o som. Do primeiro ao último aluno, todos devem estar ouvindo bem. Muitas vezes, os professores reclamam de indisciplina durante as projeções, mas ela pode ser causada pelo fato de que eles, simplesmente, não conseguem ler as legendas ou visualizar a televisão...

h) Alguns docentes solicitam o preenchimento de uma ficha técnica do filme durante a execução dele. O recurso é válido, desde que os alunos tenham condições de preencher tal ficha... Há luminosidade? Há carteiras e cadeiras adequadas?

i) Os filmes apresentam erros conceituais? Ótimo! Aproveite a oportunidade para esclarecer o ponto em questão e também para desenvolver o senso crítico dos alunos, mostrando que nem tudo que está na TV, no filme, no comercial é correto e verdadeiro!

j) Nem só de filmes “prontos” vive a escola quando se fala em recurso audiovisual! Você pode utilizar comerciais, programas televisivos gravados, filmes disponíveis na internet como os disponibilizados para download no portal da Petrobras, além de solicitar que os alunos produzam seus próprios filmes!

k) Curta o momento com seu grupo! Vale todo mundo no chão, com almofadas, pipoca e aquele clima de aconchego que todo mundo gosta de vivenciar e não esquece nunca!

FILME(ATIVIDADES): O PRESENTE - SINOPSE E ATIVIDADES PARA SALA DE AULA COM GABARITO

[...] trabalhar com o cinema em sala de aula é ajudar a escola a reencontrar a
cultura ao mesmo tempo cotidiana e elevada, pois o cinema é o campo no
qual a estética, o lazer, a ideologia e os valores sociais mais amplos são
sintetizados numa mesma obra de arte (NAPOLITANO, 2003, p.11).

FILME(ATIVIDADES): O PRESENTE


          Jason Stevens tinha um relacionamento muito simples com seu milionário avô, Howard Red Stevens. Ele o odiava. Sem conversas francas, sem momentos de carinho, apenas o dinheiro ligava os dois. Então Jason imaginava que quando seu avô faleceu tudo que lhe sobraria seria outra simples transação de dinheiro, que a fortuna de seu avô lhe permitiria continuar a ter o estilo de vida que ele acostumou-se a ter. Mas ele acaba descobrindo que, como parte de sua herança, seu avô lhe deixou doze tarefas, as quais ele chama de presentes, cada uma desafiando Jason de uma maneira improvável. Cumprindo as tarefas ele irá aprender a repensar sua vida e compreender qual é a relação entre riqueza e felicidade.

Conforme o filme assistido e a sinopse, responda as questões abaixo:

1) Jason recebeu 12 presentes e estes trouxeram melhorias para sua vida. Explique quais foram essas melhorias.
Todas as tarefas tiveram o objetivo de promoverem mudança comportamental em Jason, que aprendeu a repensar sua vida e compreender qual é a relação entre riqueza e felicidade.
Ele entende que os relacionamentos verdadeiros são mais importante que alguém possa alcançar e que as pessoas que ele conquistaria ao longo de sua vida e que valeriam mais que os bilhões que ele herdaria.

2) "só começa a viver mesmo quem já perdeu tudo"... "eu perdi tudo três ou quatro vezes; é o lugar perfeito pra começar."      
Essa é uma das falas do avô falecido de Jason. Reflita sobre ela e comente o que isso quer dizer.
(Resposta Pessoal)

3) Os doze presentes foram colocados abaixo aleatoriamente. Reescreva-os conforme forem mais importantes pra você. (do mais importante para o menos importante).

a) O presente do (a) (Resposta Pessoal)

Conhecimento            
Amigo                                          
Trabalho                                      
Dinheiro                                    
Gratidão                                      
Família                                        
Alegria                                      
Problemas                                 
Amor                                            
Dia perfeito                                
Doação                                        
Sonhos                                      

b) Agora, explique o porquê de sua escolha para o primeiro presente de sua lista e o último.(Resposta Pessoal)

4) O que o presente dos problemas pode causar numa vida?
Aprender a "perder tudo" e começar do zero. Este fato nos traz de volta algumas coisas que esquecemos ao longo da caminhada; e se chegamos lá um dia, chegaremos novamente, pois o caminho é o mesmo e nos temos o mapa.

5) Vendo como tudo termina na história do filme, o dinheiro realmente pode suprir todas as áreas da vida de uma pessoa? Justifique sua resposta.
Não, algumas coisas na vida só aprendemos vivendo e que também existem coisas que não tem preço, como por exemplo: a importância dos relacionamentos, as amizades.
            
6) Comente qual foi a maior lição que você pode tirar dessa história.
Ensinamento sobre os verdadeiros valores da vida.



PROJETO DE LEITURA : "EU E O AUTOR"

PROJETO  DE  LEITURA : "EU  E  O  AUTOR"



Lê-se para entender o mundo, para viver melhor. Em nossa cultura, quanto mais abrangente a concepção de mundo e de vida, mais intensamente se lê, numa espiral quase sem fim, que pode e deve começar na escola, mas não pode (nem costuma) encerrar-se nela. LAJOLO (2004, p.7)


JUSTIFICATIVA


        Tendo em vista as dificuldades de interpretação de textos e a falta de hábito de ler pelos alunos, observados na sala de aula, criei o Projeto: "Eu e o Autor", desde 1995 cuja a finalidade era despertar o interesse pela leitura, gerar afinidade e criar  uma atmosfera de amizade entre o leitor e o autor do livro, através do gênero textual: carta pessoal, tão pouco usado nos dias atuais.
        Por meio da carta o leitor interage com o autor, fazendo perguntas, questionando algumas passagens do livro, dando opiniões sobre o direcionamento da obra e  assim que recebe em sua casa uma carta-resposta do autor ele se surprende e motiva a continuar lendo. Desse modo o leitor foi cativado para a leitura.
          Com isso, motivando o aluno a participar ativamente do projeto, descobrindo o que ler, criando e recriando situações literárias e adequando-as à sua realidade e ao seu modo de vida.
         Assim, o leitor mergulha no texto e se confunde com ele, em busca de seu sentido. Isso é o que afirma "Roland Barthes, quando compara o leitor a uma aranha:
[...] o texto se faz, se trabalha através de um entrelaçamento perpétuo; perdido neste tecido-nessa textura-, o sujeito se desfaz nele, qual uma aranha que se dissolve ela mesma nas secreções construtivas de sua teia."

         Desta forma, a leitura passa a ser um imã que atrai e prende o leitor, numa relação de amor da qual ele, por sua vez, não deseja desprender-se.

OBJETIVOS



  • Estimular o prazer e as competências de leitura e escrita com ações humanas de apreciação e produção estética e afetiva;


  • Promover uma prática constante de leitura motivando o aluno para esta ação;


  • Desenvolver o senso crítico, a criatividade, a oralidade e a  socialização;


  • Valorizar os autores brasileiros e suas obras literárias;


  • Resgatar o Gênero Textual: carta pessoal;


  • Proporcionar situações de leitura compartilhada;


  • Enriquecer e ampliar o vocabulário.


CONTEÚDOS  CURRICULARES INTERDISCIPLINARES


       Os principais conteúdos trabalhados no Projeto e suas respectivas Áreas:

 Linguagem: as tipologias textuais: narrativas, descritivas, expositivas, argumentativas e instrucional;leitura compartilhada;produção textual e cartazes;gêneros textuais: carta pessoal, texto didático, texto publicitário e reportagens;

 Ciências Humanas: a solidariedade, a leitura crítica da realidade e do contexto em que os alunos estão inseridos;o espaço geográfico do texto e também de locomoção entre a Escola e o Correios;

 Matemática: custo do envelope e do selo postal.

METODOLOGIA


       O projeto propôs aos alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental do Centro Educacional Ayrton Senna a leitura de um livro paradidático infanto-juvenil "Procura-se um coração" de Lúcia Seixas, durante o primeiro bimestre, sendo uma aula semanal com o paradidático.
      Com o livro em mãos numa roda de leitura foi apresentado aos  alunos o livro, sua temática e a biografia da autora Lúcia Seixas.
    Em seguida começou a leitura compartilhada em voz alta se alternando e parando quando se faz necessário para discussão sobre o tema ou o significado de palavras desconhecidas.
     Durante os meses de fevereiro e março fizeram a leitura do livro com debates sobre a temática do livro"doação de órgãos", a partir dai despertou interesse nos alunos em saber mais sobre o assunto, então foram pesquisar na internet e trouxeram todo o material pesquisado para a sala de aula e diante do exposto, convidamos  a Enfermeira Fabiana Regina de Souza Molina - Coordenadora  da Central de Transplantes  de Mato Grosso -  para ministrar uma palestra sobre o tema e os alunos também fizeram uma exposição na escola,convidamos os demais alunos da escola para assistirem.
     Sendo assim, para concluir o projeto, os alunos escreveram uma carta para escritora Lúcia Seixas e foram ao Correios postá-la.
    Mas, alegria mesmo foi quando receberam a resposta da carta que enviaram para a escritora, a mesma postou em seu blog 
http://procuraseumcoracao.blogspot.com.br fotos dos alunos e comentou sobre o projeto.
   Desta forma o aluno fica motivado a ler outra obra de outro escritor e escrever novamente.

AVALIAÇÃO
        Acredito que este projeto sustentou uma proposta de trabalho para construção da leitura e da escrita de forma prazerosa e real.
     O trabalho foi altamente valorizado pelos alunos da própria turma, os demais da escola e também por outros educadores que tiveram a oportunidade de observar durante a culminância do projeto.
       A estratégia do projeto foi criar habilidade de leitura e escrita dos alunos, além da sensibilidade estética na produção textual.
       O envolvimento dos alunos com a pesquisa sobre "Doação de Órgãos", mostrou a função social que se deu com a leitura deste livro.
       Também, o interesse dos alunos por obras e autores brasileiros.
    A avaliação foi realizada a cada etapa do projeto, ouvindo os alunos, coordenação e direção da escola, os quais sinalizaram sucesso e desafios para futuros trabalhos.

AUTOAVALIAÇÃO

Assumi e encarei a diversidade de tarefas no âmbito das funções como uma oportunidade de melhoria;

Envolvi nas tarefas que me foram atribuídas com vista à execução do projeto, de forma pontual e rigorosa;
Demonstrei ter aptidão e conhecimentos adequados para coordenar este  projeto;
Procurei me atualizar os meus conhecimentos com relação a temática do livro durante a execução do projeto;
Acredito  que superei o objetivo.


OBS.: Vou escrever aqui algumas falas de escritores que já participaram deste Projeto.
...Agradeço a você e a seus alunos pelas deliciosas cartas que me enviaram.....Mas você é super gentil, sensível e deve conseguir que seus alunos amem as aulas, o estudo e os livros!Lúcia Goes (2/1/1996)

...Fiquei encantado com as cartas que recebi de seus alunos sobre meu livro. Agradeço, do fundo do coração. Isso é o mais gratificante para um escritor. Wagner Costa (12/12/1995)

...Quero, em primeiro lugar,parabenizá-la pelo trabalho efetuado com os alunos, tão importante para incentivar o gosto pela leitura...espero que continue estimulando em seus alunos o amor pelos livros... Rosana Rios (21/05/1996)

...De novo, as cartas de vocês me banharam de alegria, e vai aqui meu muito obrigado!Achei bonito e da melhor qualidade pedagógica o trabalho que você desenvolveu com "O Segredo da Amizade"...gostaria que me enviasse, pois pretendo mostrar nas minhas andanças e dizer com orgulho, carinho e esperança que em Juina(pois morava lá) há professoras com essa  sensibilidade e competência! Wagner Costa (3/12/1995)

...Que bom receber notícias de você e do belo trabalho que você continua desenvolvendo....e que desse modo sejam despertados para o prazer da leitura, tenho certeza de que todos os horizontes de seu sucesso e felicidade futuros estão sendo abertos à frente deles. Pedro Bandeira (nov/2012)

...Fiquei muito contente com as cartas de vocês, com o carinho, com as palavras amigas. E quero mandar um beijo bem gostoso para cada um, com os votos de que continuem a gostar de ler, sempre...Sonia Junqueira (1/2/1996)

...Fiquei encantada com as cartas..são lindas, emocionantes.Recebi deles muitos estímulos, excelentes comentários, desenhos, elogios, abraços, beijos e uma porção de convites para visitar Juina. Depois de ler as cartas fui procurar Juina no mapa.Achei e fiquei me perguntando como é que essa meninada vive, o que fazem, ...quem são esses meninos e meninas, como são os professores, como vivem? Coloquei as cartas deles num quadro para enfeitar a parede do meu estúdio, perto do computador. Vou lê-las sempre.Regina Chamlian (10/6/2002)

...Seus alunos são muito legais e você também deve ser, por dar estímulo e liberdade a eles. Eva Furnari (25/11/2001)

...Achei interessante este projeto e lindos acrósticos seus alunos fizeram...continue incentivando a leitura. Angela Carneiro (10/2/1996)

....Continuem lendo, lendo bastante. Ler é diferente de estudar. É muito mais gostoso do que estudar. E a gente aprende muito, muito mais! Se vocês não puderem comprar livros, visitem a biblioteca da sua escola, do seu bairro, peçam livros emprestado, peçam para seus pais comprarem para vocês. Mas nunca deixem de ler. No conhecimento está a diversão, está a felicidade. Na falta de leitura, na ignorância, está a tristeza, está a escravidão. Pedro Bandeira (15/7/1996)

...Eu achei simplesmente admirável o trabalho que você tem com os seus alunos. Fazê-los participar de primeiras experiências como ler e escrever cartas é muito mais que se preocupar em ensinar. É uma demonstração de puro amor à profissão e chega a emocionar. E olha que eu sou meio durão... quer dizer, durão uma ova! Eu me emociono facilmente e confesso que fiquei mole quando vi aqueles garranchos infantis me elogiando. Realmente, o trabalho desenvolvido por você merece que a gente fique aplaudindo sem parar. Aurélio de Oliveira (4/11/1996)

e muitas outras......






        Eu e meus alunos do Centro Educacional Ayrton Senna de Várzea Grande-MT no Correio postando carta para a Escritora Lucia Seixas.