segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

CRÔNICA: CHUÍ COMANDA O TRÁFEGO - ANÍBAL MACHADO - COM GABARITO

CRÔNICA: CHUÍ COMANDA O TRÁFEGO
                      Aníbal Machado

   Num domingo, à hora cinzenta em que terminam as festas e todos voltam meio decepcionados para casa, rugiam de impaciência os automóveis ante o sinal vermelho. Alguns farolavam de longe, pedindo passagem. Mas o vermelho não cedia ao verde. E, com a força de seu símbolo, paralisava o tráfego.
        Os terríveis moleques da Praça perceberam a confusão. Chuí, o principal deles, resolve intervir. Vai para o meio do asfalto, começa a acenar aos motoristas.
        Que passassem! Livre estava o trânsito para a direita.
        – Podem vir! Não estou brincando! É verdade…
        Hesitaram alguns a princípio. Depois romperam. Outros os seguiram.
        Chuí, imponente, estende os braços para a rua principal. Os motoristas enfim acreditam nele. E a imensa massa de veículos – cadilaques, oldsmobiles, buíques, fordes e chevrolés – desfilam ao comando único do pequeno maltrapilho.
        Em enérgico movimento, Chuí ordena aos carros que parem. Gira o corpo, estica o braço, e manda que sigam pela esquerda os da rua principal. No que é obedecido.
        Passageiros e motoristas atiram moedas. Mas o improvisado inspetor, cônscio de suas responsabilidades, sabe que não pode abaixar-se para apanhá-las sem risco para o trânsito.
        A noite descera depressa e os combustores não se acendiam.
        Mais rubro na escuridão, o sinal vermelho tendo perdido a função de proibir, só confiavam os motoristas no braço infalível de Chuí.
        Quando, gritando de longe, a mãe do garoto o ameaçava com uma coça, aparece, uniformizado, um inspetor de verdade. Prende Chuí e o leva chorando para o Distrito.
        – Nós apanhamos as moedas para você, gritam-lhe os companheiros.
        Não eram as moedas que ele queria, oh! não era isso! O que Chuí queria era voltar ao tráfego, continuar submetendo aqueles carros enormes, poderosos, ao seu comando único, ao aceno do seu bracinho…
Fonte: (Aníbal Machado. A morte da porta-estandarte e outras histórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1965)


        Vocabulário:
        Farolavam – piscavam os faróis
        Cônscio – consciente
        Combustores – postes para iluminação pública
        Coça – surra

Entendendo o texto:
Marque com um x o sinônimo das palavras ou expressões grifadas:
01 – Em: “Um domingo à hora cinzenta em que terminam as festas…” a expressão grifada significa:
a. (   ) pela madrugada               b. (   ) ao amanhecer
c. (X) ao anoitecer                     d. (   ) durante a tarde

02 – Em: “Mas o vermelho não cedia ao verde.” a palavra grifada significa:
a. (   ) respondia                  b. (X) dava vez
c. (   ) prestava atenção       d. (   ) fazia sinal

03 – Em: “Mas o improvisado inspetor…”, a palavra grifada significa:
a. (   ) preparado com antecedência         
b. (   ) marcado de repente
c. (   ) planejado com atenção                   
d. (X) arranjado às pressas

04 – Em: “… para apanhá-las sem risco para o trânsito…”, a expressão grifada pode ser substituída por:
a. (   ) sem medo               b. (X) sem perigo
c. (   ) sem importância      d. (   ) sem responsabilidade.

Assinale a alternativa de acordo com o texto.
05 – Do trecho: “… o vermelho não cedia. E, com a força do seu símbolo, paralisava o tráfego. “, podemos entender que:
a. (   ) os carros estavam parados diante do sinal luminoso porque a luz vermelha era intensa e atrapalhava a visão dos motoristas
b. (X) o sinal luminoso havia enguiçado, indicando somente o vermelho, e por isso, os carros não podiam andar
c. (   ) os motoristas não entendiam o significado da luz vermelha e, por isso, permaneciam no mesmo lugar
d. (   ) os motoristas estavam cansados e, por isso, pararam diante do sinal luminoso, esperando a luz verde.

06 – O fato de Chuí ter assumido o comando do tráfego indica que ele estava querendo:
a. (   ) chamar a atenção dos motoristas
b. (X) ajudar os motoristas
c. (   ) divertir os passageiros dos carros
d. (   ) preocupar os motoristas

07 – Em relação à atitude de Chuí, os motoristas demonstram dois comportamentos diferentes no que se refere ao início e ao decorrer da história. Esses comportamentos são, respectivamente:
a. (   ) confiança e tranquilidade           
b. (   ) indecisão e indiferença
c. (X) indecisão e confiança                  
d. (   ) impaciência e aborrecimento

08 – O trecho que mostra a seriedade com que Chuí executou o papel de guarda de trânsito é:
a. (   ) “Chuí, o principal deles, resolve intervir. Vai para o meio do asfalto, começa a acenar para os motoristas.”
b. (X) “Mas o improvisado inspetor, cônscio de suas responsabilidades, sabe que não pode abaixar-se para apanhá-las sem risco para o trânsito.”
c. (   ) “… só confiavam os motoristas no braço infalível de Chuí.”
d. (   ) “… a imensa massa de veículo desfila ao comando único do pequeno maltrapilho.”

09 – Chuí vai chorando para o Distrito porque:
a. (X) não poderia continuar comandando o trânsito
b. (   ) não poderia apanhar as moedas
c. (   ) temia ser castigado pela mãe
d. (   ) sentia medo do inspetor.

10 – Ao final do incidente, Chuí demonstra ter ficado:
a. (   ) realizado              b. (   ) nervoso
c. (X) frustrado               d. (   ) agradecido.

11 – Numere as frases segundo a ordem dos fatos no texto:
a. (3) Chuí resolve intervir.
b. (6) Os motoristas, agradecidos, atiram moedas.
c. (1) O sinal luminoso está com defeito, os motoristas impacientam-se.
d. (2) Os meninos percebem a confusão.
e. (4) Os motoristas ficam indecisos em obedecer a Chuí.
f. (5) Chuí comanda o tráfego com precisão.
g. (7) A mãe, preocupada, ameaça castigá-lo.
h. (9) Chuí chora de frustração.
i. (8) Aparece um inspetor de verdade e leva Chuí para o Distrito.



domingo, 4 de fevereiro de 2018

MÚSICA(ATIVIDADES): FARINHA - DJAVAN - COM GABARITO

ATIVIDADES COM A Música: Farinha
                                       

A farinha é feita de uma planta da família das
euforbiáceas, euforbiáceas
de nome manihot utilíssima que um tio meu apelidou de macaxeira
e foi aí que todo mundo achou melhor!...

A farinha tá no sangue do nordestino
eu já sei desde menino o que ela pode dar
e tem da grossa, tem da fina se não tem da quebradinha
vou na vizinha pegar pra fazer pirão ou mingau
farinha com feijão é animal!

O cabra que não tem eira nem beira
lá no fundo do quintal tem um pé de macaxeira
a macaxeira é popular é macaxeira pr`ali, macaxeira pra cá
e em tudo que é farinhada a macaxeira tá
você não sabe o que é farinha boa
farinha é a que a mãe me manda lá de Alagoas...

Entendendo a canção:
01 – Qual o título da canção? Quem é o cantor?
      Farinha. Cantada pelo cantor e compositor Djavan.

02 – Qual é a matéria-prima utilizada na fabricação da farinha?
      É a euforbiáceas.

03 – Ela recebeu um apelido, qual é? E qual foi a aceitação?
      Macaxeira. Foi ótimo, porque o nome é difícil de pronunciar.

04 – Na frase: “A farinha tá no sangue do nordestino”, qual o significado?
      Que a farinha é um dos pratos principais dos nordestinos.

05 – Quais os tipos de farinha que podemos encontrar?
      Possui vários tipos, como: farinha da grossa, farinha da fina, farinha quebradinha, etc.

06 – Quais as comidas que podemos fazer com a farinha?
      São uma infinidade de pratos, como: pirão, mingau, tutu, etc.

07 – Na frase: “O cabra que não tem eira nem beira /
lá no fundo do quintal tem um pé de macaxeira”, qual é o entendimento destes versos?
      Por ser um alimento importante, e muito especial, toda família da região nordeste, possui uma plantação no quintal de casa.

08 – Para você, o que é uma farinha boa?
      Resposta pessoal do aluno.

09 – Você sabe como é feita a farinha? Ou, já viu fazendo?
      Resposta pessoal do aluno.

10 – Quando se ouve uma pessoa dizer; “Farinha é a que a mãe me manda lá de Alagoas.”, o que quer dizer?
      Que para a pessoa, somente a farinha feita na sua região de origem é a melhor, porque cresceu comendo dela.

11 – De acordo com o texto:
a)   Macaxeira e manihot utilíssima são duas coisas distintas.
b)   A macaxeira é um alimento de ricos.
c)   Macaxeira e manihot utilíssima são a mesma coisa.
d)   Só existe farinha em Alagoas.

e)   Toda farinha é boa.

TEXTO: MAINÁ - NESTOR DE HOLANDA - COM GABARITO

TEXTO: MAINÁ


      Há indivíduos que querem sempre que os outros adivinhem os preços de suas compras. São incapazes de dizer que adquiriram, por exemplo, uma camisa pela bagatela de 15 reais. Preferem assim:
     – Adivinhe por quanto comprei esta camisa.
    Se o outro dá um preço aproximado, nada acontece. Se diz um mais alto, eles ficam felizes, sentem-se vitoriosos, porque espertos, e afirmam, com satisfação:
      – Muito menos.

         Mas se acontece o preço dado ser bem inferior, esses indivíduos se irritam! …
         Foi o que sucedeu comigo. Encontrei o Tinoco, num bar. Aliás, nem sei bem se ele é Tinoco ou Tonico. Sempre lhe troco o apelido. Como não se incomoda, venho fazendo a confusão, há muitos anos.
         Tonico ou Tinoco tem a mania de passarinho. Seu quintal é o maior viveiro que conheço. E o mundo pode acabar-se, contanto que seus passarinhos escapem…
         No encontro, Tinoco ou Tonico podia ter-me dito que comprara um mainá da Ásia por tanto em dinheiro, e, a seguir, normalmente, descrever o pássaro. Figura, porém, entre os que querem que os demais acertem preços. E acabou dificultando nosso entendimento:
         – Iolando, adivinhe por quanto comprei um mainá.
         Ora, não estou em dia com o mercado de pássaros. Arrisquei um palpite:
         – Dois mil reais.
         Jamais fui tão infeliz! Tonico ou Tinoco virou fera. Bateu na mesa e quase me agrediu:
         – Você precisa perder a mania de desfazer do que é dos outros.
         – Perdão, Tinoco, não tive essa intenção.
         – Teve sim. Onde já se viu um mainá asiático por dois mil reais? Isso é preço de periquito australiano. Nem canário-da-terra custa tão pouco. Que desaforo!
         – Desculpe, Tonico.
         – Não posso desculpar.
         – Mas, Tinoco, eu não entendo de pássaros.
         – Vê-se logo que você não entende. Aliás, de que você entende?
         – De nada.
         – Nota-se.
         – Então, não leve a mal, Tonico.
         Ele, todavia, continuou irritado:
         – Um mainá por dois mil reais! Pássaro raro da Ásia! Preto e azulado, com o bico e as patas amarelas!
         Cometi outra infelicidade:
         – Você achou muito ou pouco o preço que eu dei, Tinoco?
         Desesperou-se:
         – Quer ofender-me?
         – Não, Tonico.
         – Só pode querer. Está a chamar-me de burro.
         – Jamais, Tinoco.
         – Mainá é pássaro que fala tal qual o homem. Fala melhor que papagaio. Sua voz se assemelha à nossa. O meu grita o dia todo: “- Pessoal! Penico de barro enferruja?”
         – É asiático, mas fala português, Tonico?
         – Fala.
         – Como poderia custar dois mil reais? Vá desfazer nos raios que o partam.
         Bateu na mesa, mais uma vez. Levantou-se. Bufou. Saiu, furibundo, a resmungar desaforos. E até hoje não sei quanto lhe custou o mainá…

         NESTOR DE HOLANDA. Telhado de Vidro. 2a. Edição,
                             Rio, Cia. Brasileira de Divulgação do Livro.

Entendendo o texto:

01 – Por que há certos indivíduos que não dizem o preço de suas compras?
      a (   ) porque desejam esconder o preço
      b (X) porque querem que os outros o adivinhem
      c (   ) porque pagam muito caro por elas

02– O que acontece se a resposta for um preço aproximado?
 Nada acontece.

03 – E se a resposta for um preço mais alto?
      Ficam felizes, sentem-se vitoriosos, porque se consideram espertos.

04 – Quando é que esses indivíduos se irritam?
      Quando o preço dado for bem menor.

05 – Tinoco ficava furibundo por ser chamado de Tinoco, ou vice-versa?  
(   ) sim       (X) não

06 – Justifique, com uma frase do texto, a resposta dada à questão anterior.
      “Como não se incomoda, venho fazendo confusão há muitos anos.”

07 – Qual era, para Tonico ou Tinoco a coisa mais importante do mundo?
      O seu viveiro de pássaros.

08 – Justifique a resposta dada à questão anterior, com uma frase do texto.
      “E o mundo pode acabar-se, contanto que seus pássaros escapem.”

09 – O entendimento entre Tinoco ou Tonico e o autor desta história foi dificultado porque:
      a. (   ) o autor não entendia de pássaros
      b. (   ) Tinoco ou Tonico estava furibundo desde o começo do dialogo
      c. (X) Tonico ou Tinoco pertencia à categoria dos que não dizem o preço de suas compras e querem que os outros o acertem.
10 – Diante do preço sugerido por seu interlocutor, Tonico ou Tinoco se refere a duas outras espécies de aves. São canário da terra e periquito australiano.
11 – Tonico ou Tinoco aceitou o pedido de desculpas do amigo?    
(   ) sim       (X) não
12 – Pelo dialogo que segue ao pedido de desculpas, Tonico ou Tinoco insinua que o amigo é:
      a. (   ) um grande conhecedor de vários assuntos, exceto de pássaros
      b. (X) um ignorante total
      c. (   ) um débil mental

13 – Embora asiático, o mainá falava português.

14 – Afinal Tonico e Tinoco voltou às boas, concordando em dizer o preço do mainá?
(   ) sim       (X)  não

15 – Justifique sua resposta à questão anterior com uma frase do texto.
      “E até hoje não sei quanto lhe custou o Mainá.

16 – Em: “São incapazes de dizer que adquiriram…”  à palavra em destaque significa:
a. (   ) lucraram        b. (X) compraram         c. (   ) angariaram.

17-Encontre no texto, a palavra ou expressão que é sinônima de:
      a. insignificância: bagatela.
      b. Mas se ocorre: mas se acontecesse...
      c. foi o que aconteceu comigo: foi o que sucedeu comigo...

18 – Na expressão: desfazer o contrato, a palavra grifada tem o mesmo sentido de desfazer, usado no texto?
(   ) sim       (X) não

      Justifique sua resposta:
      Desfazer o contrato: significa anular o contrato.
      Desfazer: no texto, significa depreciar, desmerecer, desvalorizar.



TEXTO: AQUELE ESTRANHO ANIMAL - MÁRIO QUINTANA - COM GABARITO

TEXTO: AQUELE ESTRANHO ANIMAL
                   Mário Quintana


    Os de Alegrete dizem que o causo se deu em Itaqui, os  de  Itaqui dizem que foi no Alegrete, outros juram que só poderia ter acontecido em Uruguaiana. Eu não afirmo nada: sou neutro. Mas, pelo que me contaram, o primeiro automóvel que apareceu entre aquela brava indiada, eles o mataram a pau, pensando que fosse um bicho.
    A história foi assim como já lhes conto, metade pelo que ouvi dizer, metade pelo que inventei e a outra metade pelo que sucedeu às deveras. Viram? É uma história tão extraordinária mesmo que até tem três metades… Bem, deixemos de filosofança e vamos ao que importa. A coisa foi assim, como eu tinha começado a lhes contar.
          Ia um piazinho estrada fora no seu petiço – tropt, tropt, tropt – (este é o barulho do trote) – quando de repente ouviu – fufufupubum! fufufupubum! chiiipum!
          E eis que a “coisa”, até então invisível, apontou por detrás de um capão, bufando que nem touro brigão, saltando que nem pipoca, chiando que nem chaleira derramada e largando fumo pelas ventas como a mula-sem-cabeça.
          “Minha Nossa Senhora!”
  O piazinho deu meia-volta e largou numa disparada louca rumo da cidade, com os olhos do tamanho de um pires e os dentes rilhando, mas bem cerrados para que o coração aos corcoveios não lhe saltasse pela boca. É claro que o petiço ganhou luz do bicho, pois no tempo dos primeiros autos, eles perdiam para qualquer matungo.
          Chegado que foi, o piazinho contou a história como pode, mal-e-mal e depressa, que o tempo era pouco e não dava para maiores explicações, pois já se ouvia o barulho do bicho que se aproximava.
          Pois bem, minha gente: quando este apareceu na entrada da cidade, caiu aquele montão de povo em cima dele, os homens uns de porrete, outros com garruchas que nem tinham tido tempo de carregar de pólvora, outros com boleadeiras, mas todos a pé, porque também nem houvera tempo para montar, e as mulheres umas empunhando as suas vassouras, outras as suas pás de mexer marmelada, e os guris, de longe, se divertindo com os seus bodoques, cujos tiros iam acertar em cheio as costas dos combatentes. E tudo abaixo de gritos e pragas que nem lhes posso repetir aqui.
          Até que enfim houve uma pausa para respiração.
          O povo se afastou, resfolegante, e abriu-se uma clareira, no meio da qual se viu o auto emborcado, amassado, quebrado, escangalhado, e nem digo que morto, porque as rodas ainda giravam no ar, nos últimos transes de uma teimosa agonia. E quando as rodas pararam, as pobres, eis que o motorista, milagrosamente salvo, saiu penosamente engatinhando de seu ex-automóvel.
          – A la pucha! – exclamou então um guasca, entre espantado e penalizado – o animal deu cria!

(Mário Quintana, Almanaque do Correio do Povo, Porto Alegre, 1971)

Entendendo o texto:

01 – O fato narrado no texto passou-se:
a. (   ) na Bahia      
b. (X) no Rio Grande do Sul      
c. (   ) No Amazonas.
02 – Justifique sua resposta, transcrevendo do textos seis palavras ou expressões típicas daquele Estado.
      Causo, brava indiada, piazinho, petiço, a la pucha, guasca
03 – No dizer do autor, a história é “tão extraordinária mesmo, que até tem três metades”. Isso quer dizer que:
a. (   ) é uma história absolutamente verídica.
b. (   ) é uma história absolutamente inverídica.
c. (X) como todos os “causos” gauchescos, é um fato relatado com exagero e fantasia.

04-Quem foi o primeiro a ter conhecimento do estranho objeto?
      Um piazinho que ia pela estrada no seu cavalo.
05 – O piazinho:
a. (   ) viu a “coisa” antes de ouvi-la.         
b. (X) ouviu a “coisa” antes de vê-la.       
c. (   ) viu e ouviu a “coisa” ao mesmo tempo.

06-Justifique a sua resposta, transcrevendo passagens do texto:
      “… quando de repente ouviu – fufufupubum! chiiiipum! E eis que a coisa, até então invisível…” 
07 – Em: “… todos a pé, porque também nem houvera tempo para montar…”, é estranho que os gaúchos do texto estivessem a pé, porque:
a. (X) o gaúcho que trabalha nos pampas é, tradicionalmente, cavaleiro e inseparável de seu cavalo.
b. (   ) o fato ocorreu longe da cidade.
c. (   ) o fato ocorreu na cidade e as pessoas não tinham cavalo.

08 – Numere os instrumentos usados no “combate”, relacionando-os com as pessoas:
a. (3) vassouras
b. (1) boleadeiras                                          1. Homens
c. (1) porretes                                                2. Guris
d. (1) garruchas                                             3. Mulheres
e. (3) pás de mexer marmelada
f.  (2) bodoques

09 – Numere de 1 a 7, as passagens abaixo na ordem em que aconteceram os fatos.
a. (3) “… chegado que foi, o piazinho contou a história como pode, mal-e-mal e depressa.”
b. (7) “… exclamou então um guasca, entre espantado e penalizado: o animal deu cria!”
c. (1) “Ia um piazinho estrada fora no seu petiço quando ouviu um barulho estranho…”
d. (4) “… quando este apareceu na entrada da cidade, caiu aquele montão de povo em cima dele…”
e. (2) “O piazinho deu meia-volta e largou numa disparada louca, rumo da cidade, com os olhos do tamanho de um pires.”
f. (5) “O povo de afastou, resfolegante, e abriu-se uma clareira, no meio da qual se viu o auto emborcado…”
g. (6) “… o motorista saiu penosamente engatinhando…”

10 – Em: “… pelo que sucedeu às deveras.”, a palavra em destaque significa:
a. (X) aconteceu       b. (   ) substituiu        c. (   ) transmitiu

11 – Em: “… deixemos de filosofança…”, a palavra em destaque é uma forma para significar:
a. (   ) alta filosofia         
b. (X) conversa fiada          
c. (   ) argumentações importantes

12 – Piazinho é um diminutivo de piá, termo usado na região sul do Brasil e que significa menino.

13 – Em: “E eis que a “coisa” … apontou por detrás de um capão…”, a palavra grifada significa:
a. (X) apareceu      b. (   ) indicou       c. (   ) anotou

14 – Relacione as duas colunas de acordo com o sentido das palavras usadas no texto:
a. (5) extraordinária               1. Corrida impetuosa
b. (7) clareira                          2. Direção
c. (8) ventas                           3. Fechados
d. (1) disparada                      4. Tomando fôlego, respirando
e. (10) rilhando                       5. Fora do comum, anormal
f.  (3) cerrados                        6. Pistola de carregar pela boca
g. (4) resfolegante                  7. Espaço vazio
h. (9) emborcado                    8. Cada uma das fossas nasais
i.  (11) transes                         9. Posto de boca para baixo
j.  (2) rumo                              10. Rangendo os dentes
k. (6) garruchas                      11. Momentos de aflição, angústia

15 – Em: “Ia um piazinho estrada fora no seu petiço…”, a palavra destacada tem o mesmo sentido que em:
a. (   ) Que fora ele levou de Maria!
b. (   ) Entendeu tudo, fora o principal.
c. (X) O potro disparou campo fora.

d. (   ) Se não fora por ele, nunca teria ficado.