domingo, 7 de dezembro de 2025

NOTÍCIA: GENIALIDADE E EFICIÊNCIA NO FUTEBOL: O QUE É SER UM CRAQUE? FRAGMENTO - ESPORTUDO - COM GABARITO

 Notícia: Genialidade e eficiência no futebol: o que é ser um craque? – Fragmento

        Existem muitas dúvidas em como definir se um jogador de futebol é um craque ou não, e talvez não haja uma fórmula para garantir uma resposta, mas várias teorias são criadas para ajudar a resolver essa questão. Afinal, o que é ser um craque? Hoje, existem números, muitos, sobre todos os atletas de alto nível do planeta e com isso é possível ver quem tem as melhores estatísticas e a partir daí, poder dizer, se o futebolista é diferenciado ou não.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5X7Zz7-ze6Ap3pJmgxk6wfAK7ygAWYk6aE4Y0mTxhCCjszbEX9h8DfpWffjNdIIB19AhVyJBB8MqWo6rMklDFqRcujSccUfTHl4gW6XCp3S-cVZ1DxLyy1l7EXVePKOhnQghjWp9ujZTaMDrj6gE2kEK5-M0Pj4jC2bwdz5XK3v360-QD7nqX7nN1atk/s320/jogadores-capa.jpg


        Porém, há quem ache que só bons números não bastam, e me incluo nessa. É preciso um algo a mais, uma coisa quase mágica, que faz com que todos, ou pelo menos a maioria dos fãs de futebol, reservem o seu tempo para ver esse cara jogar, o craque!

        Ter eficiência significa ter a competência de cumprir o que lhe é pedido com o menor número de erros possíveis, e o jogador que consegue isso, acaba se destacando e se torna uma importante peça para seu time. Se os 11 titulares, ou a maioria deles, conseguem ser eficientes em realizar tudo o que o treinador pede e este for um bom técnico, a equipe consegue bater de frente com muitos times que tenham uma capacidade técnica bem maior, fazendo com que diversas surpresas aconteçam nesse universo do futebol. Por isso, todos no meio buscam essa eficiência e a valorizam quando conseguem obtê-la.

        [...]

        Lionel Messi é um gênio, Cristiano Ronaldo também, mas, eles são diferentes, seus estilos de jogo são distintos, mesmo assim, ambos conseguem mover uma multidão de fãs por causa do jeito que jogam, e eles são exemplos atuais de que dá para conseguir as duas coisas citadas no título desse texto. Eles são craques e são eficientes, e esses dois fatores, juntos, fazem com que grandes atletas como esses, surjam.

        Uns podem dizer que um é melhor que outro, que um tem mais o dom, ou que o outro tem números melhores. Entretanto, inegavelmente, os dois estão alguns níveis acima da maioria, eles estão sempre um passo ou mais à frente de seus adversários e sua capacidade de pensar durante o jogo, de mudar uma partida de uma hora para outra é uma coisa assustadora, principalmente para quem está jogando contra.

        A diferença entre genialidade e eficiência está diretamente ligada ao poder de decisão, ao poder de decidir um confronto complicado em um único lance. Eles vencem uma marcação fechada e bem feita, seja com um passe em profundidade, um drible improvável ou um chute preciso. A capacidade de fazer isso está inerente ao craque, é algo que eles podem fazer em qualquer situação, eles são mágicos por isso, eles tiram um coelho da cartola para ser determinante no resultado da partida.

        Enquanto os que são competentes são mais regulares, se tiverem espaço e condições de jogo para fazer o que sabem fazer, eles não erram, e dificilmente não vão ter esse espaço por todos os 90 minutos, é um jogo de paciência, de esperar o momento certo para fazer um desarme, uma cobertura, ou até mesmo o gol. Eles procuram estar sempre no lugar certo, na hora certa, e normalmente estão.

        O ideal é ser os dois, é ter as duas coisas. Porém, isso raramente acontece e quando acontece, as lendas nascem!

Genialidade e eficiência no futebol: o que é ser um craque?. Esportudo, 20 mar. 2017. Disponível em: www.esportudo.com/genialidade-e-eficiencia-no-futebol-o-que-e-ser-um-craque. Acesso em: 26 jul. 2018.

Fonte: Da escola para o mundo. Roberta Hernandes; Ricardo Gonçalves Barreto. Ensino Fundamental – Anos finais. Projetos integradores 8º e 9º anos. Ed. Ática. São Paulo, 1ª edição, 2018. p. 95.

Entendendo a notícia:

01 – Além dos bons números e estatísticas, o que, na opinião do autor, é necessário para definir um jogador de futebol como um craque?

      É preciso um "algo a mais", uma coisa quase mágica, que faz com que a maioria dos fãs reserve seu tempo para ver esse jogador atuar.

02 – De acordo com o texto, o que significa ter eficiência no futebol e como isso beneficia uma equipe?

      Ter eficiência significa ter a competência de cumprir o que lhe é pedido com o menor número de erros possível. Isso faz com que o jogador se destaque e, se a maioria do time for eficiente, a equipe pode bater de frente com times de capacidade técnica superior.

03 – Quais dois jogadores atuais são citados como exemplos de atletas que conseguem unir genialidade e eficiência, mesmo tendo estilos de jogo distintos?

      Os dois exemplos citados são Lionel Messi e Cristiano Ronaldo.

04 – Qual é a principal característica que a genialidade (inerente ao craque) adiciona à sua capacidade de decisão em um jogo?

      A diferença está no poder de decisão de resolver um confronto complicado em um único lance, vencendo uma marcação fechada e bem feita, seja com um passe em profundidade, um drible improvável ou um chute preciso. Eles são "mágicos" por isso.

05 – Qual é a principal característica dos jogadores que são apenas competentes (eficientes), em contraste com os craques geniais?

      Os competentes são mais regulares e não erram se tiverem espaço e condições de jogo para fazer o que sabem. Eles procuram estar sempre no lugar certo, na hora certa, em um "jogo de paciência".

REPORTAGEM: A SOCIEDADE BRASILEIRA DO SÉCULO XIX - FRAGMENTO - LUIZ RONCARI - COM GABARITO

 Reportagem: A sociedade brasileira do século XIX – Fragmento

        Numa sociedade como a brasileira, dependente do trabalho escravo negro e com uma população fortemente miscigenada, a cor da pele, do mais negro ao mais branco, era um sinal também da posição do indivíduo na pirâmide social. Esta era fortemente estratificada, que dizer, dividida em três camadas bastantes distintas:  no alto, as famílias dos grandes proprietários rurais, grandes comerciantes e altos funcionários do Estado, todos tidos por
brancos ( mesmo sendo morenos ou mestiços ); no meio, uma camada extensa de homens livres, pequenos proprietários ou dependentes e agregados, dominando ai os mestiços e mulatos; e, embaixo, os escravos negros."

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUeIOmMlOHAXGE-XL8k1AU4ol_uXr_JHO0SMP1CLO35ZLSooB9J6TLGIzd06oowzdjVe8DZmc39hSbvPB9N7zDVJNPZ15pKJgKNJcuI9S226hATT9nZ_SVBfz6johPLqTDoqiajgBoPL6BCy0ueoUm0A0Iv-wDYUnPway0miZrz2iHsqkwjSLkm7oVxXU/s1600/images.jpg


        [...]

RONCARI, Luiz. Literatura brasileira: dos primeiros cronistas aos últimos românticos. São Paulo: Edusp, 1995. p. 471.

Fonte: Da escola para o mundo. Roberta Hernandes; Ricardo Gonçalves Barreto. Ensino Fundamental – Anos finais. Projetos integradores 8º e 9º anos. Ed. Ática. São Paulo, 1ª edição, 2018. p. 111.

Entendendo a reportagem:

01 – Qual era a base da economia e da estrutura social brasileira no século XIX, de acordo com o texto?

      A sociedade era dependente do trabalho escravo negro e possuía uma população fortemente miscigenada.

02 – Além da riqueza ou profissão, o que era um sinal da posição do indivíduo na pirâmide social brasileira?

      A cor da pele, "do mais negro ao mais branco", era um sinal direto da posição do indivíduo na pirâmide social estratificada.

03 – Quais grupos compunham a camada mais alta da pirâmide social e qual era a percepção da sociedade sobre sua cor?

      A camada mais alta era composta pelas famílias dos grandes proprietários rurais, grandes comerciantes e altos funcionários do Estado. Todos esses eram tidos por brancos, mesmo que fossem, na realidade, morenos ou mestiços.

04 – Quem formava a camada intermediária da sociedade brasileira do século XIX?

      A camada do meio era extensa e formada por homens livres, que podiam ser pequenos proprietários ou dependentes e agregados. Dominavam neste grupo os mestiços e mulatos.

05 – Quem ocupava o nível mais baixo da pirâmide social brasileira apresentada no texto?

      O nível mais baixo da pirâmide social era ocupado pelos escravos negros.

 

 

 

REPORTAGEM: CREUZA SORIPA - FRAGMENTO - CONAMI - COM GABARITO

 Reportagem: Creuza Soripa – Fragmento

        Creuza Soripa é cacique da aldeia Umutina, localizada no município de Barra dos Bugres, Mato Grosso.

        Eleita duas vezes presidente da Associação das Mulheres Otoporé, convenceu as mulheres de que não podia acumular tantas funções e mostrou que todas eram capazes de estar à frente da Associação. Hoje, por insistência de suas companheiras, ainda é a vice-presidente.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheBl661YsyDN7EQ-3HObxpsEIxA_cl4q_TCiboA8y__qWelP01NG4NXMim2_-qd-MPnao9eiivgeC9WYainZ5IMM1dOLGY6KEEQzstmcXg0kaiokF5Ah2QJQr3253JEK-NiF0UOIkYc6UQHRqe3mWkjk__irPH_vLZppqK0alvsTnPNsxpNtaZDn6BMdg/s320/umutina3-1.jpg26092016042703-1.jpg


        Com pouco estudo formal, aprendeu muito bem a sua língua e luta por melhorias para todo o povo Umutina.

        Creuza dedica um bom tempo de seu trabalho para visitar as aldeias vizinhas e se reunir com as mulheres e com os homens, para discutir sobre o movimento indígena e a realidade das aldeias. Conversando, Creuza tenta quebrar a resistência masculina ao movimento das mulheres. Explica que elas não querem competir e sim fortalecer o movimento e a luta pelos direitos indígenas, hoje tão difíceis de serem respeitados e reconhecidos pela sociedade brasileira.

        [...]

        ASSOCIAÇÃO

        [...] “Começamos a colocar na cabeça de um e de outro. A mulherada foi falando e quando a gente percebeu já tinha uma associação das mulheres, a Associação das Mulheres Otoporé. Foi o meu tio Junaparé, quando ainda estava vivo – Junaparé é homem guerreiro –, que escolheu o nome Otoporé, que significa mulher guerreira, mulher que busca, mulher que vai lá na frente, mulher que luta, mulher brava”.

        “Agora estamos correndo atrás para levantar aqui na aldeia a casa da Associação, uma casa do artesão, para colocar um bocado de artesão aqui dentro da aldeia. É disso que a Associação está correndo atrás. Queremos montar mais um ponto de turista, para vender nosso artesanato, porque aqui a nossa renda é essa. Na Associação trabalham 10 mulheres.

        [...]

        TRADIÇÃO

        “Aqui nós perdemos a linguagem, não se fala mais a língua. A cultura mesmo, até hoje ainda se faz. Não esqueceram. Agora estão aprendendo mais sobre a nossa cultura, porque estão na faculdade (Curso Superior de Licenciatura Indígena da Universidade do Mato Grosso – UNIMAT). Por causa disso, trouxemos a escola para cá, para passar esse trabalho. Eu acho que os mais velhos têm que juntar com eles”.

        “Eu não esqueci a língua da minha mãe, porque eu procurei um tio velho e fui gravando. Ele foi falando, falando e eu gravei tudo que meu tio foi falando. Eu sabia que ele estava morrendo e eu fui gravando. Foi dessa fita que fui aprendendo e divulgando”.

        [...]

CONAMI – Conselho Nacional de Mulheres Indígenas (Org.). Natyseño: trajetória, luta e conquista das mulheres indígenas. Belo Horizonte: Fale/UFMG, 2006. p. 11-17.

Fonte: Da escola para o mundo. Roberta Hernandes; Ricardo Gonçalves Barreto. Ensino Fundamental – Anos finais. Projetos integradores 8º e 9º anos. Ed. Ática. São Paulo, 1ª edição, 2018. p. 112-113.

Entendendo a reportagem:

01 – Quem é Creuza Soripa e qual é a sua posição na aldeia Umutina?

      Creuza Soripa é a cacique da aldeia Umutina, que está localizada no município de Barra dos Bugres, Mato Grosso.

02 – Como Creuza Soripa ajudou a fortalecer a liderança feminina na Associação das Mulheres Otoporé, após ter sido eleita duas vezes?

      Creuza convenceu as mulheres de que não podia acumular tantas funções e mostrou que todas eram capazes de estar à frente da Associação, abrindo espaço para novas lideranças. (Ainda assim, ela é vice-presidente por insistência das companheiras).

03 – Qual é o principal objetivo de Creuza ao se reunir com homens e mulheres das aldeias vizinhas?

      O principal objetivo é discutir sobre o movimento indígena e a realidade das aldeias, tentando quebrar a resistência masculina ao movimento das mulheres.

04 – O que significa o nome Otoporé, escolhido para a Associação das Mulheres, e quem o escolheu?

      O nome Otoporé significa "mulher guerreira, mulher que busca, mulher que vai lá na frente, mulher que luta, mulher brava". O nome foi escolhido pelo seu tio, Junaparé.

05 – Quais são os dois principais projetos que a Associação das Mulheres Otoporé está buscando implementar na aldeia?

      A Associação está correndo atrás de: Levantar a casa da Associação (Casa do Artesão). Montar mais um ponto de turista para vender o artesanato.

06 – Qual é a principal fonte de renda da aldeia Umutina mencionada no texto?

      A principal fonte de renda da aldeia é a venda do artesanato.

07 – Como Creuza conseguiu preservar e aprender a língua de sua mãe, mesmo com a perda da linguagem na aldeia?

      Creuza procurou um tio velho e gravou tudo o que ele falava antes que ele morresse. Foi a partir dessa fita que ela pôde aprender e divulgar a língua.

 

       

NOTÍCIA: CORRUPÇÃO NO DIA A DIA É REFLETIDA PELO 'JEITINHO BRASILEIRO' - FRAGMENTO - DANIELA NOGUEIRA - COM GABARITO

 Notícia: Corrupção no dia a dia é refletida pelo “jeitinho brasileiro” Fragmento

MATÉRIA DE Daniela Nogueira

        Colar na prova da escola. Furar fila. Não devolver aquele troco que foi entregue a mais. Aproveitar o contato de alguém que pode agilizar a burocracia para conseguir algo. Dirigir sem carteira. Dirigir depois de consumir bebida alcoólica. Sonegar impostos. Tentar sair do País com dinheiro não declarado. Roubar dinheiro público ou se aproveitar da máquina pública em benefício próprio. Qualquer um desses atos, ou qualquer outro “jeitinho brasileiro”, pode ser considerado corrupção. [...]

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGCN0FmfVUaRV4ZiESFFTk_SPW3jO7_amkcyA2c6w_WJmd8tRYDcbbXh0epb9C0SgwW5FvKg7LTXzeAlVSHmbyAxHOVfmmrUJGLmdwb3hYd4vhE4jIkaDPdJwqmXI1A1wAaUrnErcQhMGAdS3W0hl5EbYoulKmGeCLr8JcImcesWv2oIF3Fsy3AfM9ne8/s320/propina.jpg


        De acordo com a socióloga Débora Regina Pastana, algumas práticas já são institucionalizadas da sociedade brasileira, como não aderir à igualdade, estabelecer limites para a democracia, achar que a lei é só para alguns e não para todos. Exemplos disso são frases do tipo “você sabe com quem está falando?”, ou o famoso dito atribuído ao ex-presidente Getúlio Vargas: “aos amigos tudo, aos inimigos a lei”. “Esses tratamentos desiguais que existem historicamente na sociedade brasileira e que consolidam a desigualdade social são pano de fundo para a corrupção”, disse.

        [...]

        Para a socióloga Débora Regina Pastana, toda regra quebrada no dia a dia é uma forma de corrupção. “Toda forma de sociabilidade – escola, igreja, casa, trabalho – vai ter suas regras específicas e o descumprimento delas pode ser considerado um desvio.

        Utilizar uma vaga destinada a deficientes físicos, idosos e mulheres grávidas de forma irregular é um desrespeito à cidadania.

        [...] A tolerância a esses pequenos deslizes é uma forma de reprodução dessa ideia que a gente ainda não está suficientemente maduro para entender que nós devemos respeitar aquelas regras que democraticamente foram construídas para nos organizar.”

        [...]

NOGUEIRA, D. “Jeitinho brasileiro” é forma de corrupção e está presente no dia a dia. Correio de Uberlândia. Disponível em: http://www.correiodeuberlandia.com.br/cidade-e-regiao/jeitinho-brasileiro-e-forma-de-corrupcao-e-esta-presente-no-dia-a-dia. Acesso em: 10 ago. 2018.

Fonte: Da escola para o mundo. Roberta Hernandes; Ricardo Gonçalves Barreto. Ensino Fundamental – Anos finais. Projetos integradores 8º e 9º anos. Ed. Ática. São Paulo, 1ª edição, 2018. p. 114-115.

Entendendo a notícia:

01 – O que o texto define como "corrupção" no contexto do dia a dia e do "jeitinho brasileiro"?

      O texto sugere que qualquer ato enquadrado como "jeitinho brasileiro" pode ser considerado corrupção. Isso inclui desde pequenos desvios, como colar na prova, furar fila, e não devolver troco a mais, até atos graves, como sonegar impostos ou roubar dinheiro público.

02 – De acordo com a socióloga Débora Regina Pastana, quais são as práticas que já estão institucionalizadas na sociedade brasileira e servem como "pano de fundo" para a corrupção?

      As práticas institucionalizadas são: não aderir à igualdade, estabelecer limites para a democracia, e achar que a lei é só para alguns e não para todos.

03 – Qual frase comum na sociedade brasileira e qual dito atribuído a Getúlio Vargas são usados como exemplos de "tratamentos desiguais"?

      A frase comum é "você sabe com quem está falando?". O dito atribuído a Getúlio Vargas é "aos amigos tudo, aos inimigos a lei".

04 – Segundo a socióloga, o que pode ser considerado um "desvio" ou uma forma de corrupção em qualquer ambiente de sociabilidade (escola, igreja, trabalho, casa)?

      Para a socióloga, toda regra quebrada no dia a dia, ou o descumprimento das regras específicas de cada forma de sociabilidade, pode ser considerado um desvio ou uma forma de corrupção.

05 – Qual é o risco de tolerar "pequenos deslizes" no dia a dia, como o uso irregular de vagas preferenciais?

      A tolerância a esses pequenos deslizes é uma forma de reproduzir a ideia de que a sociedade ainda não está madura o suficiente para entender que devemos respeitar as regras que foram democraticamente construídas para a organização social.

REPORTAGEM: QUAIS FORAM AS MAIORES LEVAS DE IMIGRAÇÃO PARA O BRASIL? MUNDO ESTRANHO - COM GABARITO

 Reportagem: Quais foram as maiores levas de imigração para o Brasil?

        As principais levas de imigração para o Brasil ocorreram entre meados do século 19 e a primeira metade do século 20. “Portugueses, italianos, espanhóis, japoneses e alemães constituíram os principais fluxos em termos quantitativos”, diz a socióloga Ethel Kosminsky, da Unesp de Marília (SP).

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPZVQdXF47WnDUQA7bz2F2yeeBQspJFjkby2748PE98eht6ohnc2HoyjM7t0L3w-D2aMhMsjGQrvqnCj6Oxhh12d5T80EseaCl7idE_F05IhLK5lwG5Kdeqd1S2bbgy60YpPWPpEJm4mo5zJ4KsB8lfJI06YemhV5v_ov4KIIQXFl2fLDYFKAna7kw9x8/s1600/IMIGRANTES.jpg


        A entrada no país de mais de 4 milhões de estrangeiros dessas nacionalidades teve dois momentos bem diferentes. Até a primeira metade do século 19, muitos vinham atraídos por terras oferecidas pelo governo brasileiro, principalmente para ocupar o sul do país. A partir de 1870, a coisa mudou. Nessa época, o principal produto de exportação do Brasil era o café, e sua produção baseada no uso da mão-de-obra escrava estava em crise — o tráfico de escravos já havia sido suspenso e a abolição total da escravatura viria em 1888. A saída encontrada pelo governo e pelos grandes fazendeiros para substituir os trabalhadores libertos foi incentivar a vinda de mão-de-obra de fora do país.

        Assim, a nova geração de imigrantes chegava não para ter sua terrinha, mas para trabalhar duro nas lavouras, principalmente em São Paulo. Para atrair os estrangeiros, pagavam-se as passagens de navios e eram oferecidos alojamentos temporários até o imigrante arrumar trabalho.

        No século 20, essa política de apoio à imigração passaria por altos e baixos. Em 1902, por exemplo, uma crise na indústria cafeeira levou à redução dos incentivos aos estrangeiros. Após a Primeira Guerra (1914-1918), porém, o fluxo migratório voltaria a crescer, dessa vez impulsionado também por trabalhadores de outras nacionalidades, como poloneses, judeus e russos. O período posterior à Segunda Guerra (1939-1945) seria marcado pela chegada de outro tipo de estrangeiro: os refugiados de países afetados pelo conflito, como chineses, que se deslocavam com a ajuda de organismos internacionais. A partir de 1960, outros povos, como bolivianos e coreanos, passaram a desembarcar aqui, mas o ritmo migratório para o Brasil já era bem menor e diminuiria ainda mais nas décadas seguintes.

Quais foram as maiores levas de imigração para o Brasil? Mundo Estranho. Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-foram-as-maiores-levas-de-imigracao-para-o-brasil. Acesso em: 17 ago. 2018.

Fonte: Da escola para o mundo. Roberta Hernandes; Ricardo Gonçalves Barreto. Ensino Fundamental – Anos finais. Projetos integradores 8º e 9º anos. Ed. Ática. São Paulo, 1ª edição, 2018. p. 127.

Entendendo a reportagem:

01 – Quais foram as maiores levas de imigração para o Brasil em termos quantitativos, e em qual período elas ocorreram?

      As principais levas ocorreram entre meados do século 19 e a primeira metade do século 20. Em termos quantitativos, os principais fluxos foram de portugueses, italianos, espanhóis, japoneses e alemães.

02 – O texto aponta dois momentos distintos na atração de imigrantes. Qual era o principal atrativo para os estrangeiros antes da primeira metade do século 19?

      Antes da primeira metade do século 19, muitos imigrantes eram atraídos por terras oferecidas pelo governo brasileiro, principalmente para a ocupação do sul do país.

03 – O que motivou o governo e os fazendeiros a mudarem a política imigratória a partir de 1870, e qual era o novo objetivo da imigração?

      A mudança foi motivada pela crise na produção de café (o principal produto de exportação), que era baseada na mão de obra escrava. Com a suspensão do tráfico e a iminente abolição, o objetivo passou a ser incentivar a vinda de mão de obra de fora do país para substituir os trabalhadores libertos nas lavouras, especialmente em São Paulo.

04 – Quais incentivos eram oferecidos aos imigrantes para que viessem trabalhar nas lavouras, após 1870?

      Para atrair os estrangeiros, o governo e os fazendeiros pagavam as passagens de navios e ofereciam alojamentos temporários até que o imigrante conseguisse arrumar trabalho.

05 – Após a Primeira Guerra Mundial, o fluxo migratório voltou a crescer, impulsionado por novas nacionalidades. Quais grupos chegaram nesse período e quem marcou o período posterior à Segunda Guerra?

      Após a Primeira Guerra (1914-1918), o fluxo cresceu com a chegada de poloneses, judeus e russos. O período posterior à Segunda Guerra (1939-1945) foi marcado pela chegada de refugiados de países afetados pelo conflito, como os chineses, que se deslocavam com a ajuda de organismos internacionais.

 

 

domingo, 30 de novembro de 2025

TEXTO: SISTEMAS AGROFLORESTAIS - FRAGMENTO - CENTRO DE INTELIGÊNCIA EM FLORESTAS - COM GABARITO

 Texto: Sistemas agroflorestais – Fragmento

        Sistemas agroflorestais são formas de uso ou manejo da terra, nos quais se combinam espécies arbóreas [...] com cultivos agrícolas e / ou criação de animais, de forma simultânea ou em sequência temporal e que promovem benefícios econômicos e ecológicos. Os sistemas agroflorestais ou agroflorestas apresentam como principais vantagens, frente à agricultura convencional, a fácil recuperação da fertilidade dos solos, o fornecimento de adubos verdes, o controle de ervas daninhas, entre outras coisas.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpapwAwB5ooKD7g9kea1CRdM80JHgskqCQi0Cf3eb53vRv_5BU72it6AxilgcQMmAOAQHeOXMS2WeIu_EgaQHjvKDA9ZlJmYEkCLx51RWW4kyKienjbi0sHQPzOQlh5GPSsmxbIha-nH4KoSbJVE26HAr05bJcpdrbb47NU22KK-VAYvwQujKI8f1qNxo/s1600/AGRO.jpg


        A integração da floresta com as culturas agrícolas e com a pecuária oferece uma alternativa para enfrentar os problemas crônicos de degradação ambiental generalizada e ainda reduz o risco de perda de produção. Outro ponto vantajoso dos sistemas agroflorestais é que, na maioria das vezes, as árvores podem servir como fonte de renda, uma vez que [...] os frutos das mesmas podem ser explorados e vendidos. A combinação desses fatores encaixa as agroflorestas no modelo de agricultura sustentável. [...]

        Os sistemas trazem uma série de vantagens econômicas e ambientais, tais como:

1 – Custos de implantação e manutenção reduzidos;

2 – Diversificação na produção aumentando a renda familiar, assim como a melhoria na alimentação;

3 – Melhoria na estrutura e fertilidade do solo devido à presença de árvores que atuam na ciclagem de nutrientes;

4 – Redução da erosão [...];

5 – Aumento da diversidade de espécies;

6 – Recuperação de áreas degradadas.

        O modelo agroflorestal visa compatibilizar o desenvolvimento econômico da população rural com a conservação do meio ambiente. [...]

        O sistema agroflorestal com grande mistura de espécies (ocupando estratos/camadas diferentes do ecossistema, tais como arbustos, árvores de pequeno e grande porte) [...] funciona de forma bem parecida com a floresta natural, em termos de ciclos de nutrientes, regulamentação do ciclo hídrico, interação com a atmosfera etc.

        [...] é importante ressaltar que o modelo agroflorestal não é uma solução integral para a proteção da biodiversidade. Certamente, ele reduz os impactos das queimadas e dos agrotóxicos e visa reduzir os impactos do desmatamento. [...].

Fonte: Centro de Inteligência em Florestas (CIFLORESTAS). Disponível em: http://www.ciflorestas.com.br/texto.php?p=sistemas. Acesso em: 2 abr. 2019.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 6º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 258.

Entendendo o texto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

-- Adubo verde: planta utilizada para melhoria das condições do solo.

-- Biodiversidade: diversidade de seres vivos de um local.

02 – O que são Sistemas Agroflorestais (SAFs), e quais elementos são combinados no manejo da terra?

      Sistemas Agroflorestais são formas de uso ou manejo da terra nas quais se combinam, de forma simultânea ou em sequência temporal, espécies arbóreas (floresta) com cultivos agrícolas e/ou criação de animais, visando promover benefícios econômicos e ecológicos.

03 – Comparado à agricultura convencional, quais são as três principais vantagens que os sistemas agroflorestais apresentam?

      As principais vantagens frente à agricultura convencional são: a fácil recuperação da fertilidade dos solos, o fornecimento de adubos verdes e o controle de ervas daninhas.

04 – De que maneira os sistemas agroflorestais se encaixam no modelo de agricultura sustentável e como podem servir como fonte de renda?

      Eles se encaixam no modelo de agricultura sustentável porque integram a floresta com culturas agrícolas e pecuária, enfrentando problemas de degradação ambiental e reduzindo riscos de perda de produção. Além disso, as árvores podem servir como fonte de renda, pois seus frutos podem ser explorados e vendidos.

05 – Cite três vantagens ambientais específicas que os sistemas agroflorestais trazem, além da recuperação de áreas degradadas.

      As vantagens ambientais incluem:

      Melhoria na estrutura e fertilidade do solo devido à presença de árvores que atuam na ciclagem de nutrientes.

      Redução da erosão.

      Aumento da diversidade de espécies.

06 – Como um sistema agroflorestal com grande mistura de espécies funciona em termos de ciclos naturais, e qual é a sua limitação em relação à proteção da biodiversidade?

      Um SAF com grande mistura de espécies (ocupando diferentes camadas) funciona de forma bem parecida com a floresta natural, em termos de ciclos de nutrientes, regulamentação do ciclo hídrico e interação com a atmosfera. Sua limitação é que ele não é uma solução integral para a proteção da biodiversidade, embora reduza os impactos de queimadas, agrotóxicos e vise reduzir o desmatamento.

 

NOTÍCIA: ÁREA DE SÃO PAULO E US$ 25 MILHÕES POR ANO SALVARIAM ANFÍBIOS DA MATA ATLÂNTICA - LOPES, R. J. - COM GABARITO

 Notícia: Área de São Paulo e US$ 25 milhões por ano salvariam anfíbios da mata atlântica

        Proteger quase toda a diversidade de anfíbios (sapos, rãs, pererecas e cobras-cegas) da mata atlântica brasileira exigiria uma área um pouco maior que a do município de São Paulo e um investimento anual relativamente modesto, em torno de US$ 25 milhões.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0E5JTxGZKpe-iYHUDw-WSV4n82StmycnzJm9DTl6JVuibHqrEC6C69wXucjj53kcLsZZv4xpkQdgBKWZDuBN8aoCTLRfrKLlfjiRlbWvFmdFJLpsgLfWLaVYLWqWoKULc_96fzvF2U39qNK_ZexXuLF0xrfraxOtcYUL2z01y0d-JJPDTiGeRDoMWBGI/s320/17172121.jpeg


        A conta, feita por pesquisadores brasileiros e espanhóis, é a primeira a colocar na ponta do lápis tanto os aspectos biológicos únicos dos bichos quantos os fatores necessários para que a conservação deles funcione do ponto de vista econômico.

        “Se a gente ficasse só na questão biológica, o trabalho não seria tão inovador”, explica Felipe Siqueira Campos, goiano que faz doutorado no Departamento de Biologia Evolutiva da Universidade de Barcelona. “A sacada da pesquisa é levar em consideração os aspectos de custo-benefício também.”

        Campos e seus colegas do Brasil e da Espanha acabam de publicar a análise na revista especializada “Science Advances”. Os resultados obtidos pelo grupo de cientistas indicam que a área-chave para evitar o sumiço em massa dos anfíbios da mata atlântica abrange basicamente a serra do Mar de São Paulo e do Rio de Janeiro, bem como áreas do Espírito Santo e do sul da Bahia correspondentes ao chamado Corredor Central do bioma.

        PRESTADORES DE SERVIÇOS

        Pensar nos benefícios econômicos da preservação de sapos e companhia pode parecer estranho, mas o fato é que tais bichos são relevantes prestadores de serviços ambientais -sua presença e diversidade ajudam a manter funcionando aspectos do ambiente que são vitais também para os seres humanos.

        Além do estereótipo do sapo comedor de moscas -ou seja, um bicho que ajuda no controle da população de insetos, inclusive os nocivos para a população-, os anfíbios ajudam a reciclar os nutrientes do solo, tornando-o mais fértil, e a eliminar detritos dos rios e outros corpos d’água, o que contribui para que a água se torne potável.

        Essas e outras funções de espécies nativas motivaram a ideia de pagamento por serviços ambientais. Segundo essa lógica, produtores rurais que mantêm em bom estado as reservas de floresta em suas propriedades poderiam ser compensados financeiramente para que elas continuem assim, sem virar plantação ou pasto.

        A ideia é um dos pilares da conta feita por Campos e seus colegas. Levando em consideração os valores que já são gastos em iniciativas-piloto de pagamento por serviços ambientais Brasil afora, eles estimaram uma remuneração anual de US$ 13 mil por quilômetro quadrado de área preservada.

        O valor é cerca de um quarto do valor médio que um fazendeiro dessas regiões poderia obter com atividades agrícolas tradicionais. “Não estamos falando em restauração florestal nessas áreas, o que seria bem mais caro. A ideia é apenas manter o que já existe”, explica o pesquisador brasileiro.

        Além de considerar esse custo, a análise leva em conta ainda o número de espécies de anfíbios identificadas na mata atlântica (mais de 500, correspondendo a cerca de metade de todos os tipos de anfíbios encontrados no país), os diferentes grupos nos quais os bichos foram se dividindo ao longo de sua evolução e seus aspectos funcionais (coisas como o tamanho, o tipo de habitat, o sistema de reprodução etc.).

        Ao cruzar todos esses dados com informações sobre o custo da terra e do pagamento dos serviços ambientais, foi possível estabelecer quais locais “cobririam” de forma mais ampla a diversidade de anfíbios da mata atlântica e ajudariam a protegê-los.

        Estima-se que um terço dos anfíbios do planeta estejam ameaçados de extinção. Além da perda de habitat trazida pelo desmatamento, infecções por fungos e alterações climáticas estão entre os principais fatores que colocam esses animais em risco.

Fonte: LOPES, R. J. Folha de São Paulo, 21 jun.2017. disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2017/06/1894719-area-de-sao-paulo-e-us-25-por-ano-salvariam-anfibios-da-mata-atlantica.shtml. Acesso em: 22 abr. 2019.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 7º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 304-305.

Entendendo a notícia:

01 – Qual é a área de preservação e o investimento financeiro anual estimados necessários para proteger quase toda a diversidade de anfíbios da Mata Atlântica?

      A área necessária é um pouco maior que a do município de São Paulo, e o investimento anual seria de aproximadamente US$ 25 milhões.

02 – Quem realizou a pesquisa e em qual revista científica especializada os resultados foram publicados?

      A pesquisa foi realizada por pesquisadores brasileiros e espanhóis, e publicada na revista "Science Advances".

03 – De acordo com Felipe Siqueira Campos, o que torna o trabalho inovador, indo além da simples questão biológica?

      A inovação da pesquisa é o fato de ela levar em consideração os aspectos de custo-benefício (econômicos) da conservação.

04 – Cite as quatro regiões/estados brasileiros que formam a área-chave para evitar o sumiço dos anfíbios, segundo o estudo.

      A área-chave abrange a serra do Mar de São Paulo e do Rio de Janeiro, bem como áreas do Espírito Santo e do sul da Bahia (Corredor Central do bioma).

05 – Além de controlar a população de insetos (como o "sapo comedor de moscas"), cite dois outros "serviços ambientais" cruciais que os anfíbios prestam.

      Os anfíbios ajudam a reciclar os nutrientes do solo (tornando-o mais fértil) e a eliminar detritos dos rios e outros corpos d'água (contribuindo para a potabilidade da água).

06 – Qual é a ideia ou lógica que motiva o pagamento por serviços ambientais (PSA), fundamental para a conta feita pelos pesquisadores?

      A lógica é que produtores rurais que mantêm reservas de floresta em bom estado em suas propriedades devem ser compensados financeiramente para continuar a preservação, em vez de converter a área em plantação ou pasto.

07 – Além da perda de habitat causada pelo desmatamento, quais são os outros dois principais fatores de risco que colocam um terço dos anfíbios do planeta em ameaça de extinção?

      Os outros fatores são infecções por fungos e alterações climáticas.

 

NOTÍCIA: LARVAS DE INSETOS NA PERÍCIA CRIMINAL - FRAGMENTO - BERNARDES, J. - COM GABARITO

 Notícia: Larvas de insetos na perícia criminal – Fragmento

        [...]

        O estudo das larvas de moscas encontradas em cadáveres fornece informações que podem ajudar os peritos e médicos legistas a esclarecerem as circunstâncias da morte, aponta pesquisa da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), em conjunto com o Instituto Adolfo Lutz. O trabalho de doutorado da bióloga Maria Luiza Cavallari demonstra que os insetos podem servir como marcadores do local em que a morte ocorreu.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs-xNIt0IZyDnYpj2acltDsbZenoNAwut8B1GCjFW15ONAf6Zstdege0LnMcYwWCHF-3mzBAJXf9jDKxDrh11zQSSD5PWZDzTpy31n1RXZXuzC41zY-yAoFEKj8YD7oJSgdWhKCJC3tlJWQksnHVlEWV6Q3l7rCxIF3RY5-aBR9IFWai6Dq6LH-bNGFYA/s320/Extracao-de-DNA-a-partir-de-fragmento-de-corpo.-Marcos-Solivan-Sucom-2017.jpg


        O estudo é [...] coorientado por Daniel Romero Muñoz, professor da FMUSP. Muñoz conta que a linha de pesquisa [...] com os insetos surgiu devido a um caso de perícia que terminou em dúvida. “O corpo de um homem foi encontrado num apartamento em adiantado estado de decomposição, o que impediu que a necrópsia e o exame toxicológico apontassem as causas da morte”, afirma.

        “O exame das larvas no cadáver mostrou que elas eram de mosca-de-estábulo, inseto que não é endêmico em áreas urbanas. Se houvesse um estudo indicando a região de origem, seria possível investigar se o corpo foi trazido de outro local e averiguar a possibilidade de homicídio”.

Fonte: BERNARDES, J. Jornal da USP, 2 set. 2016. Disponível em: http://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-biologicas/larvas-de-moscas-em-cadaveres-podem-ajudar-peritos-a-esclarecer-casos-de-morte. Acesso em: 22 abr. 2019.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 7º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 289.

Entendendo a notícia:

01 – O que o estudo das larvas de moscas encontradas em cadáveres, conduzido pela FMUSP e pelo Instituto Adolfo Lutz, pode fornecer aos peritos e médicos legistas?

      O estudo fornece informações que podem ajudar a esclarecer as circunstâncias da morte. A pesquisa aponta que os insetos podem servir como marcadores do local em que a morte ocorreu.

02 – Quem é a principal pesquisadora por trás do trabalho de doutorado que investiga o uso de insetos como marcadores no local da morte?

      A principal pesquisadora é a bióloga Maria Luiza Cavallari.

03 – Qual foi a situação específica que motivou o surgimento da linha de pesquisa com insetos na perícia criminal, conforme relatado pelo professor Daniel Romero Muñoz?

      A linha de pesquisa surgiu devido a um caso de perícia que terminou em dúvida, onde um corpo em estado avançado de decomposição foi encontrado em um apartamento, e a necrópsia e o exame toxicológico não conseguiram determinar a causa da morte.

04 – Qual tipo de larva foi encontrado no cadáver do caso que inspirou a pesquisa, e o que a presença dessa larva sugeriu sobre o local da morte?

      Foi encontrada a larva de mosca-de-estábulo. A presença sugeriu que, como esse inseto não é endêmico em áreas urbanas, o corpo poderia ter sido trazido de outro local, levantando a possibilidade de homicídio.

05 – Caso houvesse um estudo indicando a região de origem da mosca-de-estábulo, como isso poderia auxiliar na investigação do caso citado?

      Isso permitiria aos peritos investigar se o corpo foi trazido de outro local (não o apartamento onde foi encontrado) e, consequentemente, averiguar a possibilidade de homicídio.

 

NOTÍCIA: QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NOS MARES E OCEANOS? - FRAGMENTO - MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - COM GABARITO

 Notícia: Quais são as consequências das mudanças climáticas nos mares e oceanos? – Fragmento

        As mudanças climáticas e a elevação da temperatura global podem causar impactos como o aumento do nível dos mares e da temperatura das águas, o que pode ameaçar de extinção algumas espécies.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgECLyYmoUDsxyZX6cm_Pua_ds6ZKgBUS5HpSCA4vcRa8PpUBqKa5S_CcwNFDbRBVbykMiAQM43C_lU6WoWHlBXgsDyFjymxsYEgmNFzQPBhjfx8yvQVrotodDNpy75psLSsLKGgZr5_SNyNBiVYoYI1359YI3pGCzkls8xkQwYBYP3qEmLJNVo4K4VV7U/s320/shutterstock_73195684_1920.jpg


        Os recifes de coral constituem um dos ecossistemas que podem ser afetados pelas mudanças climáticas. São estruturas rochosas rígidas e submersas nos oceanos constituídas por organismos marinhos (animais e vegetais) portadores de esqueletos calcários.

        Os recifes de coral são considerados um dos mais antigos e ricos ecossistemas da Terra. Sendo assim, sua importância ecológica, social e econômica é indiscutível. Os ambientes recifais são considerados, juntamente com as florestas tropicais, uma das mais diversas comunidades naturais do planeta.

        Essa enorme diversidade de vida pode ser medida quando constatamos que uma em cada quatro espécies marinhas vive nos recifes de coral, incluindo 65% das espécies de peixes. Eles são ecossistemas marinhos encontrados em regiões de águas quentes e claras e formados pela deposição do esqueleto calcário de organismos como corais, algas e moluscos. São habitats importantes para peixes e outros recursos pesqueiros como lagosta, caranguejo, ostra, dando suporte e abrigo às espécies ameaçadas de extinção como a tartaruga marinha e o peixe-boi marinho.

        A palavra se refere a “rochedo ou série de rochedos situados à costa ou a ela diretamente ligados, submersos ou a pequena altura do nível do mar. Os recifes podem ser constituídos de arenito, resultantes da consolidação de antigas praias ou de formações coralíneas, resultantes do acúmulo de carapaças de certos animais marinhos associado a crostas de algas calcárias” [...]. Um recife de coral é uma estrutura rochosa, rígida, que resiste à ação mecânica das ondas e das correntes marinhas e é construída por organismos marinhos (animais e vegetais) portadores de esqueleto calcário [...].

        Muitas vezes os corais são confundidos com pedras ou plantas, uma vez que são formados por uma grossa camada morta de material calcário, com uma fina camada de tecido vivo na sua superfície. Quando falamos coral, estamos nos referindo a esses animais e aos esqueletos que eles deixam mesmo depois que morrem. Existem diferentes grupos de corais em recifes de águas rasas e podemos classificar vulgarmente as principais espécies encontradas em: corais pétreos e corais de fogo, octocorais e corais negros. Nem todos os corais constroem recifes, somente os que apresentam esqueleto calcário maciço, como algumas espécies de corais pétreos, destacando-se os corais cérebros, os corais estrela e os corais de fogo, predominantes nos recifes brasileiros.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conduta consciente em ambientes recifais. Gerência de Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros. Brasília: MMA/SBF, 2009. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/205/_publicacao/205_publicacao29112010034950.pdf>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 6º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 370.

Entendendo a notícia:

01 – Quais são os dois principais impactos das mudanças climáticas nos mares e oceanos, segundo o texto?

      Os dois principais impactos são o aumento do nível dos mares e o aumento da temperatura das águas.

02 – Por que os recifes de coral são considerados ecossistemas que podem ser afetados pelas mudanças climáticas?

      Os recifes de coral podem ser afetados porque o aumento da temperatura das águas ameaça a vida das espécies marinhas que os constituem e neles habitam.

03 – Qual a composição física dos recifes de coral?

      São estruturas rochosas rígidas e submersas constituídas por organismos marinhos (animais e vegetais) portadores de esqueletos calcários.

04 – Por que a importância dos recifes de coral é considerada indiscutível (ecológica, social e econômica)?

      Eles são considerados um dos mais antigos e ricos ecossistemas da Terra, comparáveis às florestas tropicais em diversidade.

05 – Qual a proporção de espécies marinhas que vive nos recifes de coral, demonstrando sua enorme diversidade?

      Uma em cada quatro espécies marinhas vive nos recifes de coral, incluindo 65% das espécies de peixes.

06 – Cite dois exemplos de espécies ameaçadas de extinção que utilizam os recifes de coral como suporte e abrigo.

      Duas espécies citadas são a tartaruga marinha e o peixe-boi marinho.

07 – Que característica um coral deve ter para ser considerado um coral que constrói recife?

      Somente os corais que apresentam esqueleto calcário maciço constroem recifes, como algumas espécies de corais pétreos (ex: corais-cérebros e corais-estrela).