domingo, 30 de novembro de 2025

NOTÍCIA: A ÁGUA - TEIXEIRA, W. - COM GABARITO

 Notícia: A água

        A água é um recurso natural fundamental para a vida. Porém, a disponibilidade de água doce, potável, é bastante limitada na Terra.

        Além de ser usada diretamente em muitas atividades do cotidiano, ela também é consumida em diferentes quantidades na produção de itens comuns no dia a dia, o que torna necessária uma reflexão sobre o consumo responsável.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4Mdhxn712kILLpJanoB62FHOI6sqQzmww0l5xiUbXZwFfT1ERB6HxonvZf93TtRSVSeyo07V6yPgPa3TPdJj3B7uFKjWamHbZb08hPRZ4ky5sfSMUJ1f7EM-j2R9LiUjJas2TaoBniM2RiDHtOwBrFgaY0Xrj76KZVJvMtbShiS20UUUzQagPuY2M2rQ/s320/economia-agua-pixabay-believe-earth-1024x683.jpg


        O desperdício, o uso inadequado e a contaminação das águas de mares e rios contribuem para que a disponibilidade desse recurso seja cada vez menor no planeta.

        Reconhecer a importância da água para os seres vivos, para as atividades humanas e para a manutenção da saúde pode nos ajudar a perceber a necessidade de preservação desse recurso.

        A água nos seres vivos e na Terra

        Sem água no estado líquido, não seria possível a existência de vida tal como a conhecemos.

        A água e os seres vivos

        Acredita-se que os primeiros seres vivos surgiram na água. Com o passar do tempo, originaram-se outras formas de vida capazes de sobreviver em ambientes terrestres. A água, entretanto, continua sendo o hábitat de muitos organismos, como as algas e os peixes.

        Grande parte do corpo dos seres vivos é composta de água. Os seres humanos, por exemplo, têm cerca de 75% do organismo constituído de água; um peixe, aproximadamente 65%. Em muitas frutas, entretanto, a quantidade também é significativa, como a maçã, cuja composição é de 80% de água.

        Além de compor os organismos, a água é necessária para mantê-los vivos. Nas plantas, por exemplo, ela é fundamental no processo de absorção dos sais minerais do solo. Já em alguns animais, auxilia no controle da temperatura corporal.

        A água é vital para os seres vivos. Quando o organismo perde mais água do que consegue repor, ocorre desidratação. Nos seres humanos, a desidratação representa uma das principais causas de mortalidade infantil.

        A água no planeta

        A água está presente nos mares e nos oceanos, nos rios, em lagos e lagoas, nas geleiras, no solo, em pequenas gotas suspensas no ar e nos seres vivos.

        Entretanto, a maior parte da água presente na Terra é salgada e, portanto, imprópria para o consumo de muitos animais, inclusive dos seres humanos.

        A hidrosfera

        O conjunto formado por toda a água existente no planeta, incluindo a que compõe os seres vivos, recebe o nome de hidrosfera. Podemos classificar as águas da hidrosfera em oceânicas, atmosféricas ou continentais.

        Águas oceânicas

        As águas oceânicas são as mais abundantes da hidrosfera e estão localizadas nos mares e oceanos. Essas águas são salgadas por conterem muitos sais minerais dissolvidos. Os sais minerais estão presentes em rochas da superfície da Terra e são transportados pela água dos rios até o mar.

        Outra fonte da salinidade dessas águas são os processos vulcânicos que ocorrem nas fontes hidrotermais nas profundezas do oceano. Alguns vulcões dessas regiões liberam constantemente um fluido, que pode ser escuro e quente ou branco e relativamente mais frio, dependendo de sua composição. O fluido hidrotermal é composto de água e de diversas substâncias, incluindo sais minerais e gases. Parte desses sais se dissolve na água, contribuindo para sua salinidade.

        O sal presente em maior quantidade nas águas oceânicas é o cloreto de sódio, principal constituinte do sal de cozinha.

        Águas atmosféricas

        As águas atmosféricas encontra-se na forma de vapor-d’água, de gotículas de água líquida, que constituem as nuvens e os nevoeiros, ou a água solidificada, que compõe cristais de gelo, também encontrados em nuvens.

        Águas continentais

        As águas continentais estão em rios, lagos e geleiras ou são subterrâneas. De modo geral, as águas continentais contêm menor quantidade de sais minerais dissolvidos que as águas oceânicas. Por esse motivo, elas são chamadas de água doce.

        As águas das chuvas podem escoar pela superfície do solo, chegando aos rios e lagos, ou podem se infiltrar no solo, preenchendo os espaços entre as rochas. Nesse último caso, elas são armazenadas em formações geológicas subterrâneas constituindo os aquíferos. Os locais onde as águas dos aquíferos atingem a superfície constituem as nascentes.

        Os rios e os lagos são as principais reservas de água doce utilizadas pelos seres humanos. Entretanto, em muitas regiões esses recursos não estão disponíveis em quantidade suficiente para toda a população. Nesse caso, pode-se perfurar poços para explorar as águas subterrâneas ou buscar nascentes onde essas águas afloram. Porém, em alguns casos a água subterrânea é salobra e precisa passar por processos específicos para se tornar potável.

Fonte: TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 6º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 194-199.

Entendendo a notícia:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

-- Fonte hidrotermal: fratura ou fenda nas rochas do fundo do oceano por onde o magma (material do manto terrestre) sai e se solidifica. Ao se infiltrar nessas fendas, a água se aquece e sua capacidade de dissolver os minerais das rochas aumenta.

-- Salobra: água que apresenta sais minerais dissolvidos em menor quantidade do que a água salgada, mas em maior quantidade do que a água doce.

02 – Qual é a principal característica da disponibilidade de água doce, potável na Terra, de acordo com o texto?

      A disponibilidade de água doce, potável, é bastante limitada na Terra.

03 – Além do uso direto no cotidiano, em que outra área a água é consumida, tornando necessária uma reflexão sobre o consumo responsável?

      A água é consumida em diferentes quantidades na produção de itens comuns no dia a dia.

04 – Quais são os fatores que contribuem para a diminuição da disponibilidade de água no planeta, conforme o texto?

      O desperdício, o uso inadequado e a contaminação das águas de mares e rios.

05 – Por que a água no estado líquido é considerada fundamental para a existência de vida, tal como a conhecemos?

      Sem água no estado líquido, não seria possível a existência de vida tal como a conhecemos.

06 – Qual a porcentagem de água que compõe, aproximadamente, o organismo dos seres humanos e de um peixe, segundo o texto?

      Os seres humanos têm cerca de 75% do organismo constituído de água, e um peixe, aproximadamente 65%.

07 – O que acontece com o organismo quando ele perde mais água do que consegue repor, e qual é uma das consequências desse fenômeno nos seres humanos?

      Ocorre desidratação. Nos seres humanos, a desidratação representa uma das principais causas de mortalidade infantil.

08 – O que é a hidrosfera e como ela pode ser classificada?

      A hidrosfera é o conjunto formado por toda a água existente no planeta, incluindo a que compõe os seres vivos. Ela pode ser classificada em águas oceânicas, atmosféricas ou continentais.

09 – Qual é a principal fonte de salinidade das águas oceânicas e qual o sal presente em maior quantidade nessas águas?

      As fontes são os sais minerais presentes em rochas transportados pelos rios até o mar e os processos vulcânicos nas fontes hidrotermais no oceano. O sal presente em maior quantidade é o cloreto de sódio.

10 – O que são aquíferos e quais são as principais reservas de água doce utilizadas pelos seres humanos?

      Aquíferos são formações geológicas subterrâneas onde as águas da chuva se infiltram e são armazenadas. Os rios e os lagos são as principais reservas de água doce utilizadas pelos seres humanos.

 

 

ARTIGO INFORMATIVO: DEGRADAÇÃO E CONSERVAÇÃO DO SOLO - ALTIERE, M.A. - COM GABARITO

 Artigo informativo: Degradação e conservação do solo

        O ser humano deve conservar o solo, mantendo a produtividade desse recurso.

        O que degrada o solo?

        Uma fina camada de solo pode demorar centenas de anos para se formar. Entretanto, o solo pode ser degradado rapidamente, como em poucos anos ou até em horas. Essa degradação pode ocorrer tanto na área rural quanto na urbana e é consequência de vários processos. Vamos conhecer alguns deles.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUaZGHx54sFCSxYKQCVDiKa_aIcHiA91J_zJAbwWaEay8g0Hp694AeK6ZritSYL-cv4wyBl5eTfqnHlmkkqJPgIJ8WNKe5XcA8cciYJERr-0ExoE4-bBVvJXn3S6kPqk7QcaeA6BiwFjlSES4v02MfGZgJy4GitUrdpY2LLJxsrdQ5sMBMnrY4IFa2cm4/s320/SOLO.jpg

        Erosão

        A erosão é a perda de grãos minerais e material orgânico causada principalmente pela ação dos ventos e da água. Um dos fatores que favorecem a ocorrência da erosão é a retirada da cobertura vegetal. O solo fica exposto e sua camada superficial, que em geral é a mais fértil, acaba sendo arrastada.

      A erosão pode ser principalmente hídrica ou eólica.

        A erosão hídrica é causada pela ação da água da chuva, da irrigação, dos rios e dos mares. Em relevos inclinados, partículas de solo são arrastadas pela água que escorre (enxurrada). Por isso, a erosão hídrica é mais intensa nesse tipo de terreno.

        A erosão eólica é causada pelo vento. Ocorre principalmente quando o solo está seco e suas partículas podem ser facilmente levantadas e transportadas.

        A erosão do solo pode fazer com que os materiais arrastados pelas águas se depositam em leitos de rios, córregos, lagos e açudes. Esse processo, chamado de assoreamento, diminui a profundidade das reservas de água, fazendo com que elas transbordem facilmente.

        A desertificação e a arenização podem ser causadas pela erosão. com a perda da parte fértil do solo e sem a vegetação, as enxurradas carregam as partículas mais dinas (silte e argila), restando apenas grãos de areia. Esses processos tornam o solo improdutivo.

        Poluição e contaminação

        Outra causa da degradação do solo é o lançamento de resíduos e produtos químicos que causam sua poluição ou contaminação. Poluição é qualquer alteração do solo original que pode ou não causar doenças, como a retirada da cobertura vegetal; já a contaminação envolve a presença de agentes patogênicos ou químicos, em quantidades nocivas aos seres vivos.

        Nas áreas rurais, a principal fonte de contaminação do solo são os agrotóxicos, utilizados para combater as pragas que ameaçam lavouras, e os adubos químicos, usados para corrigir a falta de nutrientes do solo.

        Nas áreas urbanas, a poluição e a contaminação do solo ocorrem principalmente pelo descarte de esgoto e / ou lixo doméstico que não passam por tratamento. As indústrias que lançam produtos químicos no solo também contribuem par sua contaminação.

        Plásticos, pneus, lâmpadas, materiais de construção, garrafas, baterias, pilhas, material hospitalar, entre tantos outros, precisam receber destinação adequada. A redução do consumo, o reaproveitamento e a reciclagem de produtos são alternativas para diminuir a quantidade de lixo gerada.

        A poluição e a contaminação atingem a camada superficial do solo. Mas os agentes causadores podem ser levados pela água e, assim, chegar ao lençol subterrâneo ou ao leito de rios e lagos. Por essa razão, a poluição e a contaminação do solo podem atingir a água, causando danos à fauna e à flora que dependem dela.

        Há casos em que a contaminação do solo impede a construção de moradias e o plantio, além de aumentar o risco de transmissão de diversas doenças.

        Compactação e impermeabilização

        O tráfego intenso de máquinas, de pessoas e de outros animais provoca a compactação do solo, ou seja, a redução do espaço entre seus grãos.

        Com isso, o solo torna-se impermeável. Não há espaço para a água e o gás oxigênio penetrarem entre as partículas do solo, que assim não chegam às raízes das plantas. As raízes também têm dificuldade em penetrar no solo compacto. O reabastecimento dos reservatórios de água subterrânea também fica comprometido.

        Nas áreas urbanas, a impermeabilização também é causada pela pavimentação, principalmente por concreto ou asfalto, que impede a penetração da água da chuva no solo. Ela se acumula na superfície, podendo provocar enchentes.

        Queimadas

        A queimada de pastagens ou matas nativas é uma técnica muito antiga usada para iniciar uma atividade agrícola, pastoril ou mesmo uma construção. Atualmente, essa prática é proibida, pois causa diversos impactos ambientais, como a redução da umidade e da quantidade de húmus no solo, além de prejudicar diversos seres vivos que vivem no local. Em decorrência do aumento da quantidade de poluentes no ar, as queimadas causam danos à saúde e contribuem para a intensificação do efeito estufa e o consequente aumento da temperatura global.

        Em algumas regiões, principalmente com baixa umidade, ocorrem queimadas naturais e por incidência de raios ou por seca prolongada. Essas queimadas costumam causar menos impactos e são até essenciais para alguns ecossistemas, como o Cerrado.

        O que conserva o solo?

        Vimos que diversos tipos de ação humana provocam a degradação do solo. Para conservá-lo, é preciso que as atividades sejam planejadas, de modo que o aproveitamento do solo não comprometa seu uso pelas gerações futuras.

        A seguir vamos conhecer algumas atitudes que cooperam para a conservação dos solos.

        Cobertura vegetal

        Manter a cobertura vegetal evita a erosão, o empobrecimento do solo e preserva a biodiversidade.

        A cobertura vegetal impede que as chuvas e os ventos atinjam o solo diretamente, o que causaria erosão. Além disso, as raízes das plantas fixam o solo e abrem espaço para a entrada de água e ar, tornando o solo mais poroso. Isso diminui o risco da ocorrência de enxurradas, que arrastam a camada mais superficial do solo, intensificando a erosão.

        Em terrenos inclinados, a cobertura vegetal ajuda a prevenir desmoronamentos. É o que acontece nas encostas dos morros e à beira de nascentes, rios e lagos. A preservação da mata ciliar, que cresce nas margens dos corpos d’água, evita o assoreamento e, por isso, é fundamental para diversos seres vivos.

        Em ambientes urbanos, além de tornar a paisagem mais agradável, a presença de áreas verdes reduz a impermeabilização do solo, ajudando a evitar enchentes, e diminui a temperatura local.

        Técnicas adequadas de plantio

        A agricultura é um dos fatores que pode contribuir para a degradação do solo. No entanto, algumas práticas agrícolas simples podem ser adotadas para conservar o solo. Veja a seguir alguns exemplos.

        O plantio direto é aquele feito sem que os restos de cultivos anteriores, como a palha, sejam retirados ou queimados. Essa camada, rica em matéria orgânica, também ajuda a evitar a erosão e a perda de água do solo por evaporação.

      Na adubação verde são acrescentadas ao cultivo plantas que melhoram as condições do solo. É comum realizar a adubação verde com leguminosas, que se associam a bactérias fixadoras de nitrogênio, tornando o solo rico nesse nutriente necessário ao crescimento das plantas.

        Outras formas conservacionistas de cultivo são o plantio em nível e o terraceamento. Elas são realizadas em terrenos inclinados para diminuir a velocidade da água em seu caminho morro abaixo. No plantio em nível, o cultivo é feito em linhas que cortam o trajeto de descida da água. No terraceamento, são construídos terraços no solo, que reduzem a velocidade de escoamento da água. Ao diminuir a velocidade da água, essas técnicas facilitam sua infiltração no solo. Assim, evitam a erosão e a perda de nutrientes do terreno.

        A rotação de culturas alterna o plantio de diferentes culturas vegetais em uma mesma área para evitar que os nutrientes do solo se esgotem. É comum, por exemplo, alternar o cultivo de leguminosas, que enriquecem o solo, e de plantas como o milho e os cereais, que podem esgotá-lo.

Fonte: ALTIERE, M. A. Agroecologia: bases científicas para uma agricultura sustentável. Guaíba: Agropecuária. 2002.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 6º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 248-253.

Entendendo o artigo:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

-- Leguminosa: planta como o feijão, a soja, a ervilha e a lentilha, cujas sementes ficam dentro de vagens.

-- Gleba: porção de terra própria para cultivo.

02 – Quanto tempo uma fina camada de solo pode demorar para se formar e em quanto tempo o solo pode ser rapidamente degradado?

      Uma fina camada de solo pode demorar centenas de anos para se formar. Entretanto, o solo pode ser degradado rapidamente, em poucos anos ou até em horas.

03 – O que é a erosão do solo, e qual é um dos principais fatores que a favorecem?

      A erosão é a perda de grãos minerais e material orgânico causada principalmente pela ação dos ventos e da água. Um dos fatores que favorecem sua ocorrência é a retirada da cobertura vegetal.

04 – Quais são os dois tipos principais de erosão mencionados no texto, e onde a erosão hídrica é mais intensa?

      Os dois tipos principais são a erosão hídrica (causada pela água da chuva, irrigação, rios e mares) e a erosão eólica (causada pelo vento). A erosão hídrica é mais intensa em relevos inclinados.

05 – O que é o assoreamento, e qual é a sua consequência para as reservas de água (rios, lagos, açudes)?

      Assoreamento é o processo em que os materiais arrastados pela erosão (pelas águas) se depositam em leitos de rios, córregos, lagos e açudes. Sua consequência é a diminuição da profundidade dessas reservas de água, fazendo com que elas transbordem facilmente.

06 – Qual é a diferença entre poluição e contaminação do solo, de acordo com o texto?

      Poluição é qualquer alteração do solo original que pode ou não causar doenças (ex.: retirada da cobertura vegetal). Contaminação envolve a presença de agentes patogênicos ou químicos em quantidades nocivas aos seres vivos.

07 – Quais são as principais fontes de contaminação do solo nas áreas rurais e nas áreas urbanas, respectivamente?

      Nas áreas rurais, a principal fonte de contaminação do solo são os agrotóxicos e os adubos químicos. Nas áreas urbanas, a contaminação ocorre principalmente pelo descarte de esgoto e/ou lixo doméstico sem tratamento e pelo lançamento de produtos químicos por indústrias.

08 – O que causa a compactação do solo e qual é o efeito dessa compactação sobre a penetração de água, oxigênio e raízes?

      A compactação do solo é causada pelo tráfego intenso de máquinas, pessoas e outros animais, provocando a redução do espaço entre seus grãos. O efeito é que o solo se torna impermeável, dificultando ou impedindo a penetração de água e gás oxigênio nas raízes, e impedindo as raízes de penetrarem no solo.

09 – Qual é a principal crítica feita à prática de queimadas para fins agrícolas ou de construção, e quais são os impactos ambientais causados por elas?

      A prática de queimadas é criticada e atualmente proibida por causar diversos impactos ambientais. Estes incluem a redução da umidade e da quantidade de húmus no solo, o prejuízo a diversos seres vivos, danos à saúde devido aos poluentes no ar e a contribuição para a intensificação do efeito estufa e aumento da temperatura global.

10 – De que formas a manutenção da cobertura vegetal contribui para a conservação do solo, especialmente em terrenos inclinados e em ambientes urbanos?

      A cobertura vegetal conserva o solo, pois impede que chuvas e ventos atinjam o solo diretamente (evitando erosão), e suas raízes fixam o solo, tornando-o mais poroso. Em terrenos inclinados (como encostas e margens de rios), ajuda a prevenir desmoronamentos e o assoreamento (preservação da mata ciliar). Em áreas urbanas, reduz a impermeabilização e ajuda a evitar enchentes.

11 – Explique resumidamente o Plantio Direto e a Rotação de Culturas como práticas conservacionistas.

      O Plantio Direto é a prática de cultivo onde os restos de cultivos anteriores (como palha) não são retirados ou queimados, formando uma camada rica em matéria orgânica que evita a erosão e a perda de água por evaporação. A Rotação de Culturas é a alternância do plantio de diferentes culturas vegetais em uma mesma área para evitar que os nutrientes do solo se esgotem.

 

TEXTO: O AQUÍFERO GUARANI - OEA - COM GABARITO

 Texto: Texto: O aquífero Guarani

        O aquífero Guarani recebeu esse nome em homenagem aos indígenas guarani, que habitavam a área sobre a localização desse aquífero na época da ocupação da América pelos europeus.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLaFhhBaz25jmoSwFC2IafqTesNIdHl2VUxvmTEyNDfy7IAlsX_8liuxbObwPRlS_WOlKc_MmUbTjBA8BN3bCh5W21wtiwqm70D9J-KY31TDw0CWxnVmJ039G5iJ2RJWAV7VuyaN7VBKLaJx3qBUyUgcUOda2DYjCN5oCUzvZ8RvCkHC29sobgeEqq4tk/s320/aquifero-guarani-localiza%C3%A7%C3%A3o.jpg

        Ocupa uma área de aproximadamente 1,2 milhão de km2, constituindo uma importante reserva de água subterrânea da América do Sul. Estende-se por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. No Brasil, espalha-se pelo subsolo de oito estado: Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo. Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Parte do aquífero é composta por água doce e parte por água salobra.

        Como mais da metade da água utilizada para abastecimento público no Brasil é proveniente de águas subterrâneas, considera-se o aquífero Guarani um importante manancial hídrico. Além do abastecimento da população, esse manancial desempenha papel fundamental tanto para o desenvolvimento socioeconômico da região de sua abrangência como para os ecossistemas aquáticos locais. Por isso, é necessário protege-lo, planejando o uso do solo, evitando que haja contaminação e monitorando constantemente a qualidade do solo sobre o aquífero e das águas subterrâneas.

Fonte: Organização dos Estados Americanos (OEA). Aquífero Guarani, programa estratégico de ação, jan. 2009.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 6º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 202.

Entendendo o texto:

01 – Qual o significado da palavra manancial?

      Depósito superficial ou subterrâneo de água que pode ser usado para abastecimento público.

02 – Qual é a origem do nome "Aquífero Guarani"?

      O nome é uma homenagem aos indígenas guarani, que habitavam a área sobre a localização desse aquífero na época da ocupação da América pelos europeus.

03 – Por quais países da América do Sul o Aquífero Guarani se estende e qual sua área aproximada?

      Ele se estende por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, ocupando uma área de aproximadamente 1.2 milhão de km2.

04 – Quais são os tipos de água que compõem o Aquífero Guarani?

      Parte do aquífero é composta por água doce e parte por água salobra.

05 – Por que o Aquífero Guarani é considerado um importante manancial hídrico para o Brasil?

      É considerado um importante manancial hídrico porque mais da metade da água utilizada para abastecimento público no Brasil é proveniente de águas subterrâneas.

06 – Além do abastecimento da população, qual o papel fundamental que o Aquífero Guarani desempenha e quais as medidas necessárias para sua preservação?

      Ele desempenha um papel fundamental tanto para o desenvolvimento socioeconômico da região de sua abrangência como para os ecossistemas aquáticos locais. Para protegê-lo, é necessário planejar o uso do solo, evitar a contaminação e monitorar constantemente a qualidade do solo e das águas subterrâneas.

 

      

NOTÍCIA: OS VALES DO SILÍCIO BRASILEIROS - FRAGMENTO - O GLOBO - COM GABARITO

 Notícia: Os Vales do Silício brasileiros – Fragmento

        Cinco polos de tecnologia e inovação abrigam 634 empresas, que empregam 15 mil pessoas e faturam mais de R$ 1,4 bilhão por ano

        É difícil comparar o Vale do Silício, nos EUA, com qualquer outro lugar. Afinal, a região reúne as maiores empresas de tecnologia de ponta do mundo, como Google, Apple, Facebook, eBay, Yahoo!, entre tantas. Mas o Brasil também abriga os seus vales. São parques tecnológicos e polos de inovação que crescem em todo o país, entre os quais se destacam cinco: o maior deles, o Porto Digital, no Recife; o Parque Tecnológico da UFRJ, Rio; San Pedro Valley, Belo Horizonte; Parque Científico e Tecnológico da PUC/RS (Tecnopuc), Porto Alegre; e o Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP).

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlmUyiZ42YjRy9Xr8na-AG15v8RYgzBpecT5HDvZmZhRu_Yd1XWd6bYYCrgevlF3l2r4ccJX96eBFYkswShbcKdJNLaGe9h3cGS8B5E1FEYhJAEaMOn89pNhF1r3yBK5hMPZnilDtucPuPRNlkNpr1PP-K3XghaSu5XZMmcs_o9IFSlERu09XyZstwz6w/s320/vale-do-silicio-brasileiro.jpg


        [...] Existem, hoje, no país, mais de 90 projetos e cerca de 20 em operação, sendo que alguns em estágio mais avançado — além destes cinco, há outros menores em vários estados.

        — A vocação de cada parque contribui para o desenvolvimento da capacidade empreendedora e inovadora do Brasil — destaca Prikladnicki.

        Cada um desses centros tem características próprias, que os aproxima, cada qual a sua maneira, do Vale do Silício. San Pedro Valley, em Belo Horizonte, leva o vale no nome — justamente uma brincadeira com o polo americano de inovação.

        [...]

        Depois que o Google instalou um braço de tecnologia e engenharia na capital mineira, muitas start-ups de tecnologia começaram a ser criadas, concentrando-se no bairro de São Pedro.

        [...]

        — É natural se espelhar no Vale do Silício, mas há vários gaps culturais, de políticas públicas, do macroambiente de inovação, que ainda distanciam muito o Brasil dos EUA. Por isso, é errado fazer um “copia e cola": temos que encontrar o nosso modelo, baseado na ideia de tripla hélice, que é a convergência de academia, indústria e governo — pontua o gerente de Inovação Estratégica da Firjan, Carlos Coelho.

        [...]

        O sucesso dos polos de tecnologia e inovação se dá, principalmente, pela questão da concentração. É o que garantem os responsáveis pelos principais centros do Brasil.

        — A capacidade de inovação não depende apenas de um departamento de uma empresa, mas de vários outros agentes, como a convivência com clientes, fornecedores e até com concorrentes. Por isso, parques tecnológicos, como ambientes onde essa capacidade de inovação é maximizada, têm se difundido no mundo inteiro e no Brasil — destaca Maurício Guedes, diretor do Parque da UFRJ, que alerta também para o risco de “modismos”. — Para que haja expansão, é fundamental haver consistência com as vocações e com a capacidade local.

        [...].

Os vales do Silício brasileiros. O Globo, 13 ago. 2014. Disponível em: https://oglobo.globo.com/economia/emprego/os-vales-do-silicio-brasileiros-13225443. Acesso em: 9 abr. 2019.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 7º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 413.

Entendendo a notícia:

01 – Quais são os cinco principais polos de tecnologia e inovação destacados no texto como os "Vales do Silício brasileiros"?

      Os cinco polos destacados são: Porto Digital (Recife), Parque Tecnológico da UFRJ (Rio de Janeiro), San Pedro Valley (Belo Horizonte), Parque Científico e Tecnológico da PUC/RS – Tecnopuc (Porto Alegre) e Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP).

02 – Em termos de dados de desempenho, qual é a soma de faturamento anual e o número de pessoas empregadas (aproximadamente) pelos cinco polos juntos?

      Juntos, os cinco polos faturam mais de R$ 1,4 bilhão por ano e empregam cerca de 15 mil pessoas.

03 – Qual dos polos brasileiros mencionados faz uma "brincadeira" com o nome do polo americano de inovação e em que bairro de sua cidade ele se concentra?

      O polo é o San Pedro Valley, em Belo Horizonte, que se concentra no bairro de São Pedro.

04 – Segundo Carlos Coelho, da Firjan, qual é o modelo ideal que o Brasil deve adotar para a inovação, em vez de simplesmente copiar os EUA?

      O Brasil deve encontrar seu próprio modelo, baseado na ideia de tripla hélice, que é a convergência de academia, indústria e governo.

05 – De acordo com os responsáveis pelos centros, qual é o principal fator que garante o sucesso dos polos de tecnologia e inovação e o que é fundamental para sua expansão?

      O principal fator é a concentração (de agentes, clientes e concorrentes). Para a expansão, é fundamental haver consistência com as vocações e com a capacidade local.

 

 

NOTÍCIA: QUAIS MEDIDAS PODEM SER TOMADAS PARA PROTEGER OS MARES E OCEANOS E AMENIZAR OS PROBELMAS CAUSADOS PELAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS? FRAGMENTO - COM GABARITO

 Notícia: Quais medidas podem ser tomadas para proteger os mares e oceanos e amenizar os problemas causados pelas mudanças climáticas? – Fragmento

        Sediada na cidade de Paris em dezembro de 2015, a Conferência do Clima (COP-21) terminou com um acordo histórico para tentar limitar as mudanças climáticas.

        O principal objetivo foi estabelecer para os países um limite de emissão de gases de efeito estufa na atmosfera. A finalidade é não ultrapassar o aumento de 2ºC na temperatura global em relação aos níveis da era pré-industrial.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsdlUWZTZEMsTtPKd5ZByxhV2nTQ2k82g7s7IZuTpaUThRzvcvzOuKrXcSA7cAY4_MbsguFCBu2_dRK-JCGnzr51HrhYk9h2QFQoJnxQlVjt7wJrLsUK7BUe4QwDoDxj32D4oQdrELTyhm5mSpj_Y_PeF269_hyphenhyphenZVI_JJ9JffT48DiAFF0nrwx7lg9ei4/s320/CLIMA.jpg


        Afinal, na prática, o Acordo de Paris tem sido eficiente?

        Situação da Grande Barreira de Coral australiana é mais grave que o previsto

        O processo de branqueamento da Grande Barreira de Coral da Austrália é mais grave do que o previsto inicialmente e o dano continuará aumentando, a não ser que haja uma redução das emissões dos gases que provocam o efeito estufa, advertiram cientistas nesta segunda-feira.

        Os 2.300 quilômetros da barreira natural, que desde 1981 está na lista de patrimônio mundial da Unesco, sofreu no ano passado o processo de branqueamento mais grave registrado até hoje por causa do aquecimento das águas dos oceanos entre março e abril.

        A observação aérea e submarina mostrou que 22% dos corais foram destruídos em 2016, mas agora a proporção chega a 29%. Como este é o segundo ano consecutivo de branqueamento, a perspectiva é muito negativa.

        “Estamos muito preocupados com o que significa para a Grande Barreira de Coral e para as comunidades e indústrias que dependem dela”, afirmou o presidente da Autoridade do Parque Marinho da Grande Barreira (GBRMPA), Russell Reichelt.

        “A quantidade de coral que morreu pelo branqueamento em 2016 registra um aumento em relação a nossas previsões iniciais e antecipamos que acontecerá um declive adicional até o fim de 2017, mas ainda precisamos completar nossa observação”.

        O branqueamento dos corais é um fenômeno de fragilização que é traduzido por uma descoloração, provocada pelo aumento da temperatura da água. Isto provoca a expulsão das algas simbióticas que dão ao coral sua cor e seus nutrientes.

        Os recifes podem ser recuperados se a água voltar a resfriar, mas também podem morrer se o fenômeno persistir.

        [...]

        Apesar da possibilidade de recuperação do coral com uma queda da temperatura da água e se os pólipos voltarem a colonizá-lo, o restabelecimento pode demorar uma década.

        [...]

SITUAÇÃO da Grande Barreira de Coral australiana é mais grave que o previsto. IstoÉ, 29 maio 2017. Disponível em: https://istoe.com.br/situacao-da-grande-barreira-de-coral-autraliana-e-mais-grave-do-que-o-previsto. Acesso em: 24 ago. 2017.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 6º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 371-372.

Entendendo a notícia:

01 – Qual foi o acordo histórico estabelecido na Conferência do Clima (COP-21), sediada em Paris em dezembro de 2015?

      O acordo histórico foi o Acordo de Paris, cujo principal objetivo é tentar limitar as mudanças climáticas.

02 – Qual é o limite de aumento da temperatura global estabelecido como meta no Acordo de Paris, em relação aos níveis pré-industriais?

      O Acordo visa não ultrapassar o aumento de 2ºC na temperatura global em relação aos níveis da era pré-industrial.

03 – Qual é o principal problema que está afetando a Grande Barreira de Coral australiana de forma mais grave do que o previsto?

      O principal problema é o processo de branqueamento dos corais.

04 – O que os cientistas advertem que precisa acontecer para que o dano na Grande Barreira de Coral pare de aumentar?

      É necessário que haja uma redução das emissões dos gases que provocam o efeito estufa.

05 – Qual foi a proporção de corais destruídos pelo branqueamento em 2016 e qual proporção o dano atingiu posteriormente, segundo o texto?

      Inicialmente, 22% dos corais foram destruídos em 2016, mas a proporção chegou a 29% depois.

06 – O que é o fenômeno do branqueamento dos corais e qual sua causa direta?

      É um fenômeno de fragilização, traduzido por uma descoloração, provocado pelo aumento da temperatura da água, que causa a expulsão das algas simbióticas.

07 – Qual é o tempo estimado para que um recife de coral consiga se recuperar de um evento de branqueamento, mesmo que a temperatura da água volte a resfriar?

      O restabelecimento do coral, mesmo sob condições favoráveis, pode demorar uma década.

 

 

 

NOTÍCIA: FÓSSEIS: O PASSADO MARCADO NAS ROCHAS - FRAGMENTO - O GLOBO - COM GABARITO

 Notícia: Fósseis: o passado marcado nas rochas – Fragmento

        Quatrocentos milhões de anos atrás, quando metade do território do país estava coberta por grandes mares rasos, invertebrados como caramujos, estrelas-do-mar, moluscos e corais dominavam as regiões alagadas. Boa parte do que sabemos sobre este cenário muito anterior aos dinossauros, que surgiram 200 milhões de anos depois, é conhecida graças a 700 quilos de vestígios coletados pelo geólogo e paleontólogo americano Kenneth Edward Caster em bacias sedimentares brasileiras na década de 1940 e levados para a Universidade de Cincinnati (EUA). O material chega ao Museu Nacional/UFRJ, sua nova casa, até o fim do mês [abril de 2016]. Esta é a maior repatriação de fósseis já realizada no Brasil [...].

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz9cZTXuqvQH6cnBGelEEAk-1uF3cLA-bAMY3wAAyjZD3YbB2iw3SA6WtOpqZwlCSt2BZZwmvSYgTUGl-xXqqwXnCP-Yzm1FAR6cbdZezuCzosyWahtBJe4s-AOFChCobVpFpTMfDBIMlrlt6Orm83cYG1F_JueIK_lr5Q7LolSo5DX23BM81zEw1oS_Q/s320/cropped-sea-nature-sand-rock-ocean-structure-1245322-pxhere.com_-e1544738198309.jpg


        -- Foi um progresso simples porque Caster levou as peças para os EUA com autorização do governo brasileiro. Após sua morte, em 1992, ninguém continuou suas pesquisas. Então, quando pedimos a coleção, a Universidade de Cincinnati aceitou doá-la – explica Sandro Marcelo Scheffler, professor do Departamento de Geologia e Paleontologia do Museu Nacional. [...]

        O paleontólogo americano percorreu grande parte do Brasil entre 1944 e 1947 [...] trabalhando principalmente nas bacias sedimentares de Piauí, Paraná e Amazonas. Boa parte das peças encontradas era do Período Devoniano (entre 415 milhões e 360 milhões de anos atrás). Cerca de metade do território continental era coberta por mares rasos, onde os invertebrados marinhos se proliferaram praticamente sem predadores – as espécies mais perigosas, e já extintas, eram parentes distantes do polvo, os nautiloides, e de crustáceos, os trilobitas. Os fósseis são de animais que ficaram presos em sedimentos no fundo da água, que se transformaram em rochas.

        -- A vida no planeta se resumia a algumas plantas pequenas e primitivas. Entre os animais, havia apenas artrópodes, como aranhas e insetos – conta Scheffler. – Também existia uma grande variedade de peixes, mas o registro das espécies ainda é precário. Os primeiros vertebrados terrestres surgiram somente milhões de anos depois.

        [...]

        -- Alguns fósseis eram encontrados somente no atual território do país, indicando que eram espécies endêmicas, mas outros foram registrados também em localidades como a África do Sul, o que seria um sinal de que os continentes já estiveram unidos – destaca Scheffler. – Caster foi um defensor da teoria das placas tectônicas, conhecida desde o início do século XX, mais ainda muito contestada na década de 1940.

Fonte: Maior repatriação de fósseis do país revela história das espécies marinhas. O Globo, 22 abr. 2016. Disponível em: https://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/maior-repatriacao-de-fosseis-do-pais-revela-historia-das-especies-marinhas-19141642. Acesso em: 2 abr. 2019.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 6º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 246-247.

Entendendo a notícia:

01 – Qual foi o evento de destaque relacionado aos vestígios coletados por Kenneth Edward Caster, e para onde o material foi repatriado no Brasil?

      O evento de destaque foi a maior repatriação de fósseis já realizada no Brasil. Os 700 quilos de vestígios foram repatriados para o Museu Nacional/UFRJ, no Rio de Janeiro.

02 – Quem foi Kenneth Edward Caster, em que década ele coletou os fósseis, e qual período geológico era predominante nas peças encontradas?

      Kenneth Edward Caster foi um geólogo e paleontólogo americano. Ele coletou os fósseis na década de 1940 (entre 1944 e 1947). A maior parte das peças encontradas pertencia ao Período Devoniano (entre 415 milhões e 360 milhões de anos atrás).

03 – Qual era a situação dos invertebrados marinhos (como caramujos e corais) no Brasil durante o Período Devoniano, e quais eram as espécies mais perigosas da época, de acordo com o texto?

      Os invertebrados marinhos se proliferaram praticamente sem predadores nos grandes mares rasos que cobriam metade do território continental. As espécies mais perigosas, e já extintas, eram parentes distantes do polvo, os nautiloides, e de crustáceos, os trilobitas.

04 – De acordo com o professor Sandro Marcelo Scheffler, como os fósseis mencionados foram formados e qual era o cenário da vida terrestre no planeta no mesmo período?

      Os fósseis foram formados a partir de animais que ficaram presos em sedimentos no fundo da água, os quais se transformaram em rochas. A vida terrestre se resumia a algumas plantas pequenas e primitivas e artrópodes, como aranhas e insetos.

05 – Como a descoberta de fósseis de Caster em diferentes continentes apoiava a teoria das placas tectônicas, e qual era a visão sobre essa teoria na época da coleta (década de 1940)?

      Fósseis encontrados tanto no Brasil quanto em localidades como a África do Sul indicavam que os continentes já estiveram unidos, o que é um sinal que apoia a teoria das placas tectônicas. Na década de 1940, a teoria, apesar de conhecida, ainda era muito contestada.

06 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

-- Bacia sedimentar: área extensa em que pequenas partículas (sedimentos) que se desprenderam de rochas se acumulam, formando rochas sedimentares.

-- Repatriação: ato de trazer algo de volta ao país.

HINO (ATIVIDADES): A ELEVAÇÃO DE RAMSÉS II - FRAGMENTO - HORNUNG, ERIK - COM GABARITO

 Hino (Atividades): A elevação de Ramsés II – Fragmento

Ó dia feliz! O céu e a terra estão alegres

porque tu és o grande senhor do Egito!

Os que fugiram regressaram às suas cidades,

os que se escondiam apareceram;

os que tinham fome estão saciados e alegres. [...]

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhklw9mRw0puHYVY-AwHWPdzjwnS-f2GMfLUy3uZUszVAkSUxQUtXbJ1AZe7n__T09kBznppDTSROLh1IdfNI59mH4J9JYcQkcMtnX_HHiRfmUdJf9K7sk8qd_SA0SBzTqIMkUg6vH07fL1_vyqTYUenJRl4s9zxXt5SuAqmY_H7CZpPFqIQbnGf6TtOzo/s1600/rAMS%C3%89S.jpg


Um Nilo abundante sai de suas fontes,

para refrescar o coração dos homens. [...]

Todos resplandecem de júbilo desde que foi dito:

“o rei do Alto e do Baixo Egito Heqamaatra

ostenta de novo a coroa branca!

O filho de Rá, Ramsés,

ocupou o trono que foi de seu pai!” [...]

HORNUNG, Erik. O rei. In: DONADONI, Sérgio (Org.). O homem egípcio. Lisboa: Presença, 1990. p. 251-252.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 6º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 323.

Entendendo o hino:

01 – Qual é o sentimento predominante (emoção) expresso no início do hino em relação à ascensão do faraó?

      O sentimento predominante é de alegria e felicidade, conforme expresso nas frases: "Ó dia feliz! O céu e a terra estão alegres" e "Todos resplandecem de júbilo".

02 – De acordo com o texto, quais foram os dois benefícios imediatos e concretos trazidos pela elevação de Ramsés II para o povo?

      Os dois benefícios concretos foram:

      O regresso dos que fugiram e o aparecimento dos que se escondiam ("os que fugiram regressaram às suas cidades, os que se escondiam apareceram").

      A saciedade da fome ("os que tinham fome estão saciados e alegres").

03 – Qual é o papel simbólico do Rio Nilo mencionado no hino em relação ao bem-estar do povo?

      O Nilo simboliza a prosperidade e a vida, com sua menção de "Um Nilo abundante sai de suas fontes, para refrescar o coração dos homens."

04 – Qual é o título completo (nome de trono) dado a Ramsés II no hino, e o que a "coroa branca" que ele ostenta representa simbolicamente?

      O título completo (nome de trono) dado a ele é Heqamaatra ("o rei do Alto e do Baixo Egito Heqamaatra"). A coroa branca (geralmente associada à coroa Hedjet) representa o domínio e a realeza sobre o Alto Egito.

05 – O hino estabelece a ligação de Ramsés II com qual deus e qual figura anterior para legitimar seu poder?

      O hino legitima seu poder ligando-o ao deus Rá ("O filho de Rá, Ramsés") e à figura de seu pai ("ocupou o trono que foi de seu pai!"), indicando a sucessão dinástica.