sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

FÁBULA: O LOBO E O CABRITINHO - NICÉAS ROMEO ZANCHETT - COM GABARITO

 FÁBULA: O LOBO E O CABRITINHO

                  Nicéas Romeo Zanchett

                    Certo dia, um lobo viu um cabritinho que brincava correndo pelos campos longe da casa dos seus pais. Sem nenhuma demora partiu correndo para pegá-lo. Mas o cabritinho, assustado e com muito medo, correu desesperadamente para salvar-se. Depois de muito correr, já cansado, decidiu dialogar com o lobo para que ele desistisse de devorá-lo. Parou e disse: 

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVGSfaymTRQq-_RzdIY6x6EBst9fCv_IqZygcOZZf-n16lioyDK0fVSMYPRnhyphenhyphenuRaw4AH3NWEbl7xfuenAv6odrlrmWTE1M8hIGnSWRpID7FXMq7IwD9e3a3eyjhnFrvdLC0FlFom0me49nIyxKV9-6L9jjgitou82KrPLvSh3YJS8Ti1XaSUB2XD0ezs/s1600/LOBO.jpg

     - Espere senhor lobo; já compreendi que não tenho como escapar de suas garras, mas antes de ser devorado quero lhe fazer um último pedido. 

                   - Está bem - disse o lobo - se for possível, vou atender o seu pedido. O que você quer? 

                   - É que eu gosto muito de música e sempre trago comigo uma gaitinha; gostaria que, antes de me devorar, alegre meus últimos momentos tocando a gaita para eu dançar. 

                   - Está certo. Dê-me essa tal gaita que tocarei. Vamos logo com isso, porque estou com fome. 

                   O lobo começou a tocar e o cabritinho dançou alegremente, indo e vindo para todos os lados.

                   O cabritinho sabia que ali perto havia uma casa com cães pastores. Não demorou muito e os bravos animais chegaram e puseram o lobo para correr desesperadamente. 

                   O cabritinho voltou para casa a salvo e pensando: "Se tivesse ouvido o conselho da minha mãe, não teria me metido em encrencas. Nunca mais vou sair às escondidas". 

Moral da história: O conselho de nossos pais deve ser seguido, porque eles sempre querem o melhor para nós.

Nicéas Romeo Zanchett           

 

Entendendo o texto

 01: Marque (V) para efeitos de sentidos pertinentes ao texto-discurso e (F) para efeitos de sentidos não pertinentes:

      a-( V ) Percebe-se o discurso de crítica aos que praticam desobediência aos pais;

      b-( V ) Percebe-se o discurso do arrependimento por ter-se praticado ações indevidas;

      c-(  F  ) Percebe-se o discurso de que a família não se preocupa muito com os filhos;

      d-( F   ) Percebe-se o discurso de que os conselhos dos pais nem sempre são para o bem dos filhos.

 02: Qual a tese defendida no texto-discurso?

       a- deve-se ser esperto;

       b- deve-se tomar cuidado ao sair às escondidas;

       c- deve-se ouvir o conselho dos pais;

       d- deve-se fugir dos perigos.

03: O objetivo principal do texto-discurso é:

       a- transmitir ensinamento;

       b- provocar humor;

       c- informar;

       d- ironizar.

 04: O texto-discurso é predominantemente:

        a- injuntivo, pois dá instruções de como obedecer os pais;

        b- expositivo, pois apresenta uma teoria de como obedecer os pais;

        c- narrativo, pois conta uma história cuja moral é ensinar obedecer os pais;

        d- persuasivo, pois defende várias formas de convencer o leitor a obedecer os pais.

05: No enunciado Certo dia, um lobo viu um cabritinho que brincava correndo pelos campos longe da casa dos seus pais. Sem nenhuma demora partiu correndo para pegá-lo.”, o pronome grifado foi usado para não repetir a palavra:

         a- lobo;

         b- dia; 

         c- pais;

         d- cabritinho.

 06: No enunciado “- É que eu gosto muito de música e sempre trago comigo uma gaitinha; gostaria que, antes de me devorar, alegre meus últimos momentos tocando a gaita para eu dançar.  - Está certo. Dê-me essa tal gaita que tocarei. Vamos logo com isso, porque estou com fome.”, o pronome grifado foi empregado para não repetir a expressão:

        a- a música;

        b- o cabritinho;

        c- tocar a gaita para o cabritinho dançar;

        d- a fome do lobo.

07: No enunciado “Dê-me essa tal gaita que tocarei. Vamos logo com isso, porque estou com fome.”, a palavra grifada introduz:

       a- o modo da fome do lobo;

       b- o momento em que o lobo sentiu pressa;

       c- a intensidade da fome do lobo;

       d- a explicação sobre o fato do lobo estar com pressa.

08: Qual enunciado é citação em forma de discurso direto referente ao personagem cabritinho?

       a- “Certo dia, um lobo viu um cabritinho que brincava correndo pelos campos longe da casa dos seus pais.”

        b- “- Está certo. Dê-me essa tal gaita que tocarei. Vamos logo com isso, porque estou com fome.”

        c- “- É que eu gosto muito de música e sempre trago comigo uma gaitinha...”

        d- “Depois de muito correr, já cansado, decidiu dialogar com o lobo para que ele desistisse de devorá-lo”.

09: No enunciado “Não demorou muito e os bravos animais chegaram e puseram o lobo para correr desesperadamente.”, o advérbio grifado indica:

       a- o lugar que o lobo correu;

       b- o momento em que o lobo correu;

       c- o modo como o lobo correu;

       d- a intensidade em que o lobo correu.

10: No enunciado "Se tivesse ouvido o conselho da minha mãe, não teria me metido em encrencas.”, a conjunção grifada sugere:

      a- explicação do cabritinho frente ao ocorrido;

      b- hipótese do cabritinho frente ao ocorrido;

      c- comparação do cabritinho frente ao ocorrido;

      d- dúvida do cabritinho frente ao ocorrido.

11: No enunciado “Não demorou muito e os bravos animais chegaram e puseram o lobo para correr desesperadamente.”, a conjunção grifada:

        a- opõe-se ao que foi dito antes;

        b- explica o que foi dito antes;

        c- tece hipótese sobre o que foi dito antes;

        d- adiciona informação ao que foi dito antes.

12: No enunciado “Não demorou muito e os bravos animais chegaram e puseram o lobo para correr desesperadamente.”, o substantivo animais foi qualificado positivamente por:

         a- muito;  

         b- bravos;

         c- chegaram;

         d- lobo.

13: No enunciado “Mas o cabritinho, assustado e com muito medo, correu desesperadamente para salvar-se. Depois de muito correr, já cansado, decidiu dialogar com o lobo para que ele desistisse de devorá-lo. Parou e disse:”, qual o sujeito dos verbos grifados?

         a- o lobo;

         b- o cabritinho e o lobo;

         c- o cabritinho;

         d- o narrador.

14: No enunciado “Dê-me essa tal gaita que tocarei.”, o verbo grifado revela:

       a- ação passada;

       b- ação presente;

       c- promessa de ação futura;

       d- ação sem momento definido no tempo.

15: No enunciado “Se tivesse ouvido o conselho da minha mãe, não teria me metido em encrencas.”, as variações verbais grifadas são conjugações de quais verbos dicionarizados no infinitivo?

        a- estar e ter, respectivamente;

        b- tiver e ter, respectivamente;

        c- tiver e tido, respectivamente;    

        d- ter e ter, respectivamente.

16: Assinale o enunciado em que está explícito o discurso do narrador:

        a- “Depois de muito correr, já cansado, decidiu dialogar com o lobo para que ele desistisse de devorá-lo.”

        b- “- Espere senhor lobo; já compreendi que não tenho como escapar de suas garras”

         c- “Dê-me essa tal gaita que tocarei.”

         d- “...Nunca mais vou sair às escondidas.”.

17: No enunciado “O conselho de nossos pais deve ser seguido, porque eles sempre querem o melhor para nós.”,

a palavra grifada introduz:

          a- o modo de ouvir os pais;

          b- o momento correto de ouvir os pais;

          c- a intensidade da importância de se ouvir os pais;

          d- a explicação sobre a importância de se ouvir os pais.

18: No enunciado “Vamos logo com isso, porque estou com fome.”, o sujeito do verbo grifado é: 

      a- Nós (as pessoas);

      b- Nós (o lobo e os leitores);

      c- Nós ( o lobo e o cabritinho);

      d- Nós (o lobo, o cabritinho e os leitores).

19: No enunciado “Depois de muito correr, já cansado, decidiu dialogar com o lobo para que ele desistisse de devorá-lo.”, a conjunção grifada aponta:

      a- finalidade do cabritinho dialogar com o lobo;

      b- momento em que o cabritinho dialoga com o lobo;

      c- intensidade com que o cabritinho dialoga com o lobo.

20: No texto-discurso em análise, a personagem lobo simboliza:

        a- as pessoas perigosas que há no mundo;

        b- as pessoas insensíveis que há no mundo;

          c- as pessoas espertas que há no mundo;

          d- obstáculo da vida.

21: No texto-discurso, percebe-se oposição político-moral aos que:

          a- obedecem os pais;

          b- desobedecem os pais;

          c- perseguem os inocentes.

22: Produza um texto-discurso refletindo sobre o TEMA - Qual a importância do conselho dos pais na nossa vida?

 Sugestão de texto:

O conselho dos pais, como nos ensina a fábula "O Lobo e o Cabritinho", é um farol que guia nossos passos, especialmente na juventude. A experiência e o amor que nossos pais nutrem por nós os tornam os melhores conselheiros, capazes de antever perigos e oferecer orientações valiosas.

Ao desconsiderar os conselhos paternos, corremos o risco de nos envolver em situações perigosas e tomar decisões precipitadas. A história do cabritinho serve como um lembrete de que a desobediência pode ter consequências sérias.

É fundamental cultivar um diálogo aberto e respeitoso com nossos pais, buscando compreender seus pontos de vista e valorizar sua sabedoria. Ao seguir seus conselhos, demonstramos gratidão e respeito, além de aumentar nossas chances de fazer escolhas mais acertadas.

Em suma, o conselho dos pais é um tesouro inestimável que devemos guardar com carinho e colocar em prática em nosso dia a dia. Ao valorizar a experiência e a sabedoria de nossos progenitores, construímos um futuro mais seguro e promissor.

 

ARTIGO DE OPINIÃO: A INTOLERÂNCIA NA SOCIEDADE ATUAL - MARIANA GARCIA - COM GABARITO

 Artigo de Opinião: A INTOLERÂNCIA NA SOCIEDADE ATUAL

                                 Mariana Garcia

        A intolerância, seja de qualquer espécie – raça, religião, opção sexual, política ou cor – fere a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Por isso, todo tipo de preconceito deve ser combatido para, no futuro, haver uma sociedade mais igualitária e livre.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisvujKV79qyCHC1Kh1AJHlFifKTQx4U4u20djyeGqiddzu_M5-hkj2mzWJzwfHNmPe8O83br6Os7OvLpqqh7NkSgkvPQGeI6X1fVouPO6aSC_XhQ3h4pydkja7RmglmQS2h0wz6Genx9p1aHVbfIePLX-x-Q5A_UPsmRYxt3PegfqaovVNbPyOJ5m-KS8/s1600/NAO.jpg


        Há intolerância no mundo todo, contudo o Brasil merece certo destaque nesse contexto, pois é um país plural, com diversas crenças, raças e etnias que mantém tratamento degradante a tantos grupos. No caso do preconceito racial, este está vinculado à submissão do negro ao branco desde a época do Brasil Colônia e perdura até os dias atuais, visto que os negros ainda buscam seu lugar na sociedade. Esta intolerância prejudica a todos, pois provoca atraso no desenvolvimento do país na medida em que esses indivíduos são humilhados e excluídos com frequência.

        Além disso, as religiões Candomblé e Umbanda, trazidas pelos africanos escravizados ao Brasil, também são motivo de intolerância. Isso ocorre, pois seus praticantes são tratados, pejorativamente, como "macumbeiros" e sofrem constantes agressões físicas e morais por parte de outras crenças que impõem sua religião como a única e verdadeira salvadora da humanidade. Tal fato impede a liberdade de manifestação prevista em lei.

        Para combater a intolerância, a comunidade, através de aulas, palestras e campanhas, deve passar valores de igualdade entre todos, porém respeitando as características e opções de cada indivíduo, sem haver discriminação. Ainda, os preconceituosos ou intolerantes devem ser punidos com leis mais severas. Com essas ações, a intolerância poderá ser erradicada e os países poderão se tornar melhores e mais desenvolvidos. 

                                                    Publicado por: MARIANA GARCIA. In: http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/atualidades/a-intolerancia-na-sociedade-atual.htm

Entendendo o artigo de opinião:

01 – Marque (V) para efeitos de sentidos pertinentes ao texto-discurso e (F) para efeitos de sentidos não pertinentes:

a)   (V) Percebe-se o discurso de que existem intolerâncias de várias espécies (raça, religião, opção sexual, política, cor);

b)   (F) Percebe-se o discurso de que a intolerância é aceita pela Declaração Universal dos Direitos Humanos;

c)   (V) Percebe-se o discurso de que todo preconceito necessita ser combatido;

d)   (V) Percebe-se o discurso de que o Brasil é um país plural;

e)   (F) Percebe-se o discurso de que nenhum grupo social sofre tratamento degradante no Brasil;

f)     (V) Percebe-se o discurso de que o racismo brasileiro existe desde o Brasil Colônia;

g)   (V) Percebe-se o discurso de que os negros ainda são humilhados até os dias atuais;

h)   (V) Percebe-se o discurso de que religiões afrodescendentes sofrem intolerância até os dias atuais;

i)     (F) Percebe-se o discurso de que as várias crenças religiosas respeitam as várias opções de religião existentes;

j)     (V) Percebe-se o discurso de que para combater a intolerância é preciso ensinar valor de igualdade entre todos;

k)   (F) Percebe-se o discurso de que os intolerantes não devem sofrer punições com leis;

l)     (V) Percebe-se o discurso de defesa do fim das diversas intolerâncias;

02 – Qual a tese central defendida pela autora?

a)   deve-se combater a intolerância;

b)   deve-se conviver com a intolerância;

c)   deve-se aceitar a intolerância para não sofrer mais;

d)   deve-se ignorar a intolerância.

03 – O texto-discurso foi escrito na forma predominantemente:

a)   narrativa;

b)   injuntiva;

c)   dissertativa-argumentativa;

d)   descritiva.

04 – Apesar de ter mencionado várias espécies de intolerância, a autora priorizou argumentar sobre:

a)   a intolerância política e a intolerância racial;

b)   a intolerância religiosa e a intolerância sobre opção sexual;

c)   a intolerância política e a intolerância de cor;   

d)   a intolerância racial e a intolerância religiosa.

05 – Qual substantivo foi usado para exemplificar que praticantes de religiões afrodescendentes são tratados negativamente?

a)   Candomblé;

b)   Umbanda;

c)   africanos;  

d)   macumbeiros.

06 – Segundo o texto-discurso, qual o benefício de se combater a intolerância?

a)   obter uma sociedade mais igualitária e livre;

b)   obter países melhores e mais desenvolvidos;

c)   todas alternativas anteriores estão corretas;

d)   nenhuma alternativa está correta.

07 – Produza um texto-discurso refletindo como e porque os vários tipos de intolerância (de raça, política, religiosa, opção sexual, de cor) devem ser combatidos.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão:

      A persistência da intolerância

      A intolerância, em suas diversas manifestações, é um mal que permeia a sociedade e impede o desenvolvimento pleno de indivíduos e comunidades. Seja ela racial, religiosa, de gênero, política ou de qualquer outra natureza, a intolerância gera exclusão, discriminação e violência.

      A raiz da intolerância está frequentemente ligada ao medo do diferente, à busca por poder e à manutenção de privilégios. Ao categorizar e hierarquizar grupos sociais, a intolerância impede o diálogo e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

      É fundamental que a sociedade como um todo se engaje no combate à intolerância. Isso implica em promover a educação para a diversidade, incentivando o respeito às diferenças e o valor da individualidade. É preciso desconstruir estereótipos e preconceitos, promovendo um diálogo aberto e sincero sobre as questões que dividem a sociedade.

      Além disso, é essencial que as instituições, como escolas, empresas e governos, adotem políticas e práticas que combatam a discriminação e promovam a igualdade. Leis mais rigorosas e mecanismos de denúncia e punição são ferramentas importantes para coibir atos de intolerância.

      A luta contra a intolerância é um processo contínuo que exige a participação de todos. Ao promover a empatia, o respeito mútuo e a valorização da diversidade, podemos construir um futuro mais justo e igualitário para todos.

 

MÚSICA(ATIVIDADES): GENTE TEM SOBRENOME - TOQUINHO - COM GABARITO

 Música(Atividades): Gente Tem Sobrenome

          Toquinho

Todas as coisas têm nome
Casa, janela e jardim
Coisas não têm sobrenome
Mas a gente sim.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicvBHfdTGbw0CN-CCZZDpCyOvBedJW4QefFGIDnW-vVIXPH3vUItogI_VqhBaRJ86vyuXS3CdYFy96tHD4gkbA8aMj_0nQHttWAlsn8c7lq4ep1B0ntg4pr6P9Z-C6no8YttWkjcoV3RHikgoRE1j4obyg_hDL7lQ8h0woKO7rHQ2VnBekatR_BLQhDfY/s320/GENTE.jpg


Todas as flores têm nome
Rosa, camélia e jasmim
Flores não têm sobrenome
Mas a gente sim.

O Chico é Buarque, Caetano é Veloso
O Ari foi Barroso também
E tem os que são Jorge, tem o Jorge Amado
Tem outro que é o Jorge Bem.

Quem tem apelido, Dedé, Zacarias
Mussum e a Fafá de Belém
Tem sempre um nome e depois do nome
Tem sobrenome também.

Todo brinquedo tem nome
Bola, boneca e patins
Brinquedos não têm sobrenome
Mas a gente sim.

Coisas gostosas têm nome
Bolo, mingau e pudim
Doces não têm sobrenome
Mas a gente sim.

Renato é Aragão, o que faz confusão
Carlitos é o Charles Chaplin
E tem o Vinícius, que era de Moraes
E o Tom Brasileiro é Jobim.

Quem tem apelido, Zico, Maguila
Xuxa, Pelé e He-man
Tem sempre um nome e depois do nome
Tem sobrenome também.

 

Composição: Elifas Andreato / Toquinho. CD Canção de todas as crianças. Philips, 1987. Disponível em: www.toquinho.com.br. Acesso em: jun. 2014.

Fonte: Descobrir o mundo, Ápis – Maria E. Simielli / Rogério G. Nigro / Anna Maria Charlier. Ensino fundamental – Anos iniciais – 2º ano – Editora Ática – 1ª edição, São Paulo, 2015, p. 11.

Entendendo a música:

01 – Qual a ideia principal da música "Gente Tem Sobrenome"?

      A ideia principal da música é destacar a importância dos nomes e sobrenomes para identificar as pessoas, em contraste com os objetos e elementos da natureza que, geralmente, são identificados apenas por seus nomes. A letra enfatiza a singularidade de cada indivíduo através de seus nomes e sobrenomes, mostrando como eles constroem a nossa identidade.

02 – Que tipos de nomes e sobrenomes são citados na música?

      A música cita uma variedade de nomes, desde nomes comuns como "Jorge" até nomes de artistas famosos como "Chico Buarque", "Caetano Veloso" e "Vinícius de Moraes". Além disso, são mencionados apelidos como "Dedé", "Zacarias", "Zico", "Maguila" e "Xuxa", mostrando como esses também fazem parte da identidade de uma pessoa.

03 – Qual a importância dos sobrenomes na música?

      Os sobrenomes são apresentados como uma parte fundamental da identidade de cada indivíduo. A letra enfatiza que, além do nome, o sobrenome completa a identificação de uma pessoa, tornando-a única e diferenciando-a das outras.

04 – A música faz alguma crítica ou reflexão sobre a sociedade?

      A música não apresenta uma crítica explícita à sociedade, mas levanta uma reflexão sobre a importância da identidade individual. Ao destacar a singularidade de cada pessoa através de seus nomes e sobrenomes, a canção pode ser interpretada como uma valorização da individualidade em um mundo cada vez mais padronizado.

05 – Qual a relação entre a música e a identidade pessoal?

      A música estabelece uma relação direta entre os nomes e sobrenomes e a identidade pessoal. Ao citar diversos nomes e sobrenomes, a canção mostra como eles são parte integrante da nossa história e da forma como somos percebidos pelos outros. A música sugere que os nomes e sobrenomes não são apenas rótulos, mas sim elementos que contribuem para a construção da nossa identidade e da nossa história pessoal.

CONTO: O CISNE - FRAGMENTO - ROALD DAHI - COM GABARITO

 Conto: O Cisne – Fragmento

        [...]

        [Ernie] Apanhou a espingarda e a caixa de munição e saiu para ver o que poderia matar. Era um garotão grande, que completava quinze anos naquele dia. Como os do pai, motorista de caminhão, seus olhos eram pequenos e estreitos, dispostos muito juntos perto do alto do nariz. A boca era frouxa; os lábios com frequência úmidos. Criado num lar em que a violência física era diária, ele mesmo era uma pessoa extremamente violenta. Na maioria das tardes de sábado, ele e um bando de amigos viajavam de trem ou de ônibus para assistir a partidas de futebol; e, se não conseguiam entrar em alguma briga sangrenta antes de voltar para casa, consideravam o dia perdido. Ernie sentia um prazer enorme em agarrar meninos na saída da escola e torcer-lhes o braço para trás. [...]

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWA_aF4t7QRrNqM1cSjLwkMCdgCoVsGbopT4Luh5Q6Nx48yg22RFgJewIeVG2DGab8PR7zujZ-fQNgmc9ww5uEni84F1Ia5skbOy4-H9NOe-H3yGITzPvzJwuwSKWMX85-NAdJIpKxsywd8amG4QJ25hLMp7dIO8s6cIdHq1bUljvN4Qks85hijD216FU/s320/cisne-branco_639708628.jpg

        O melhor amigo de Ernie chamava-se Raymond. Morava a quatro casas dele e também era grande para a idade. Mas, enquanto Ernie era pesadão e desajeitado, Raymond era alto, esguio e musculoso.

        Diante da casa de Raymond, Ernie enfiou dois dedos na boca e deu um assobio longo e agudo. Raymond saiu.

        -- Olha o que ganhei de aniversário – disse Ernie, mostrando a espingarda.

        -- Puxa! – disse Raymond. – A gente pode se divertir com isso aí. [...]

        Os dois saíram. Era uma manhã de sábado em maio, e estavam lindos os campos em torno do povoado em que os rapazes moravam. [...]

        Enquanto seguiam pela alameda, atiraram em todos os passarinhos que viram. E, quando chegaram à ferrovia, os dois já tinham quatorze passarinhos na fieira.

        -- Ei! – murmurou Ernie, apontando com o braço estendido. – Olha só! [...]

        -- Sabe quem é aquele? – respondeu Raymond, baixinho. – É aquele babaquinha do Watson.

        -- É mesmo! – sussurrou Ernie. – É o Watson, aquele lixo!

        Peter Watson sempre era ... [...]

Roald Dahi. “O Cisne”. In: A incrível história de Henry Sugar e outros contos. São Paulo: Martins Fontes, 2002, p. 90-93.

Fonte: Linguagem em Movimento – língua Portuguesa Ensino Médio – vol. 1 – 1ª edição – FTD. São Paulo – 2010. Izeti F. Torralvo/Carlos A. C. Minchillo. p. 330.

Entendendo o conto:

01 – Qual a principal característica dos personagens Ernie e Raymond?

      Ambos são adolescentes violentos e cruéis, com prazer em causar sofrimento aos outros. Ernie é mais impulsivo e desajeitado, enquanto Raymond é mais calculista e físico.

02 – Qual o papel da violência na vida desses jovens?

      A violência é parte integrante de suas vidas, tanto em casa quanto em suas interações sociais. É uma forma de afirmação, de diversão e de lidar com suas frustrações.

03 – Qual o significado do presente de aniversário de Ernie?

      A espingarda representa um símbolo de poder e destruição. É uma ferramenta que permite aos garotos dar vazão à sua violência de forma mais direta e intensa.

04 – Qual a relação entre os personagens e a natureza?

      A natureza é vista pelos garotos como um alvo para suas ações violentas. A matança dos pássaros demonstra sua falta de respeito pela vida e pela natureza.

05 – Qual a função da descrição física dos personagens?

      A descrição física dos personagens serve para reforçar suas personalidades. Os olhos pequenos e estreitos de Ernie, por exemplo, sugerem uma natureza cruel e calculista.

06 – Como a linguagem utilizada contribui para a construção da história?

      A linguagem simples e direta, aliada à descrição objetiva das ações, cria um clima de tensão e suspense. A repetição de adjetivos como "violento" e "cruel" reforça a temática da história.

07 – Qual a possível interpretação do título "O Cisne", considerando este fragmento?

      O título "O Cisne" pode ser interpretado como uma ironia, já que os personagens são o oposto da beleza e da graça associadas a essa ave. O cisne, símbolo de pureza e elegância, contrasta com a brutalidade dos garotos. É possível que o "cisne" represente a vítima ideal para esses jovens violentos.

 

NOTÍCIA: O FUTEBOL É MUITO MAIOR QUE A CRIAÇÃO ARTÍSTICA - FOLHA DE SÃO PAULO - COM GABARITO

 Notícia: O futebol é muito maior que a criação artística


        Por que cargas d’água o futebol não tem na literatura brasileira a correspondência de sua verdadeira dimensão na nossa sociedade?
Na verdade, pode-se expandir essa questão para todas as demais manifestações artísticas – música, cinema, teatro e artes plásticas. De há muito, o futebol se infiltrou de tal forma no tecido social brasileiro que está presente no nosso dia de maneira sufocante.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJioLt4OyI2sHms8kppWk-eGBzCgBl8MASGaSiqgPUCTKES71kMIfkn30sz8yvbl0DFGk55DHFIrmJlwrmjax3C-Ki5hnlzmWVh1QEDWMeh7E0DxKHR0A70QpxnNYrs4TGvh__4FYAlmgu7JYrIAJSW1BVfeImTUJ7KOFgISMHMFrmaFEf_Pqy7Wdwl5U/s320/FUTEBOL.jpg


Respiramos futebol e falamos de futebol, quer gostemos ou não de futebol. Ele já faz parte da própria natureza do brasileiro. Mas isso não está devidamente expresso na poesia ou na prosa, nem impresso nas obras espalhadas pelas galerias de arte, tampouco
projetado nas telas de cinema, representado devidamente nos palcos ou capturado em seu rico gestual pelas coreografias de balé.

        Talvez a resposta esteja com o professor, ensaísta, poeta, escritor e gênio em geral, Décio Pignatari, que, a propósito, me disse
certa vez: “É que o futebol é muito maior do que a criação artística”.

        O que o mestre queria dizer, se entendi, é que o futebol incorpora a graça do balé, a dinâmica do cinema, a expressão do ser e dos movimentos das artes plásticas; ele cria os mais inverossímeis personagens, tece as tramas mais insólitas que a ficção possa conceber e nos derrama um belo verso, ao menos, a cada partida. Assim, criou sua própria semântica, uma linguagem que dispensa as
demais.

Adaptado de HELENA JR., Alberto. O futebol é muito maior que a criação artística. Folha de São Paulo, 3/9/1997, p. 12.

Fonte: Linguagem em Movimento – língua Portuguesa Ensino Médio – vol. 1 – 1ª edição – FTD. São Paulo – 2010. Izeti F. Torralvo/Carlos A. C. Minchillo. p. 334.

Entendendo a notícia:

01 – Qual a principal tese defendida pelo autor do texto?

      A principal tese é que o futebol, como fenômeno social e cultural, transcende as demais formas de expressão artística. Ele incorpora elementos de diversas artes (balé, cinema, artes plásticas, etc.) e possui uma linguagem própria, tão rica e complexa que dispensa as demais.

02 – Por que o futebol não é devidamente representado nas diversas manifestações artísticas brasileiras, segundo o autor?

      O autor argumenta que o futebol já está tão intrínseco à cultura brasileira que se tornou uma linguagem universalmente compreendida. Dessa forma, ele não necessita ser representado pelas outras artes, pois já está presente na vida cotidiana de maneira tão intensa que se torna autoexplicativo.

03 – Qual a relação entre o futebol e a linguagem, de acordo com o texto?

      O texto sugere que o futebol desenvolveu uma linguagem própria, com códigos e significados únicos. Essa linguagem é tão rica e complexa que dispensa as linguagens tradicionais das outras artes.

04 – Qual a importância da citação de Décio Pignatari para o texto?

      A citação de Pignatari serve como um endosso à tese do autor. A afirmação de que "o futebol é muito maior do que a criação artística" reforça a ideia de que o futebol é um fenômeno tão abrangente e complexo que ultrapassa os limites das outras artes.

05 – Qual a principal crítica implícita no texto?

      Uma crítica implícita no texto é a falta de atenção das demais artes para o futebol como fonte de inspiração e expressão. O autor sugere que as outras artes poderiam se beneficiar de uma maior interação com o futebol, explorando sua riqueza e complexidade.

 



 

CRÔNICA: O CANTEIRO DE PALAVRAS - FRAGMENTO - NILSON DE SOUZA - COM GABARITO

 Crônica: O canteiro de palavras – Fragmento

              Nilson de Souza 

        Qual é o seu ofício – me pergunta com certa formalidade o simpático velhinho da fila do banco, depois do cumprimento habitual e do comentário sobre o tempo, rotinas que servem para quebrar o gelo (no nosso clima, literalmente) entre desconhecidos circunstancialmente íntimos pela espera compartilhada. Quase digo que sou jornalista, mas me policio porque conheço o poder inibidor da minha profissão.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRFBV4brXj-7n2_j66qIDZh5lUBmqxcq8CDUSgYYxP03ite0XCohKSs2QQHhnCVWbqbWkoWz9x5gKKjCySKi_H4wxJaRVXudB8ulUNpYpV04u_m5IDjlDAwDwzbkeXF5VFfZ2lcJKMcMsx-vxpVITFJJWFHwjcTdsMY6iHF7hWo3gqgtYdhK2WDAonc2M/s320/TEXTOS.jpg


        – Vivo de escrever. – Respondo no mesmo tom evasivo, tentando decifrar o efeito da resposta no seu olhar enrugado. [...]

         – Eu sou cortador de pedras – me diz com indisfarçável orgulho de quem detém um dote raro.

        Antes que a fila ande, tenho tempo ainda para ouvir algumas explicações sobre a arte de tirar paralelepípedos da rocha bruta, sobre as ferramentas que usa e sobre a quantidade de peças que produz. Ouço em silêncio para não perturbar a narrativa, mas seu trabalho não me é estranho. Perto de minha casa há uma pedreira. Conheço a faina dos homens empoeirados que lá labutam. De vez em quando fico ouvindo a distância o martelar dos canteiros e pensando na célebre fábula sobre “a tenacidade de nossas ações”, escrita por Jacob Riis, que tem como personagem exatamente um cortador de pedras. Diz mais ou menos o seguinte: “Quando nada parece dar certo, eu observo o homem que corta pedras. Ele martela uma, duas, centenas de vezes, sem que uma só rachadura apareça. Porém, na centésima primeira martelada, a pedra se abre em duas. E eu sei que não foi aquela pancada que operou o milagre, mas todas as que vieram antes”.

        Pois escrever, me dou conta enquanto preencho o cheque, não deixa de ser um processo semelhante. A gente martela centenas de vezes até que brote do cérebro (ou do dicionário) a palavra adequada, talvez a única capaz de servir à construção literária planejada. Nem sempre se consegue. A não ser que o canteiro de letras tenha o talento daquele escultor de estátuas equestres que explicava com simplicidade como conseguia tal perfeição:

         – Eu tiro da pedra tudo o que não seja cavalo.

Nilson de Souza. Zero Hora. 17/7/1996.

Fonte: Linguagem em Movimento – língua Portuguesa Ensino Médio – vol. 1 – 1ª edição – FTD. São Paulo – 2010. Izeti F. Torralvo/Carlos A. C. Minchillo. p. 333.

Entendendo a crônica:

01 – Qual a principal comparação estabelecida pelo narrador entre o trabalho de um escritor e o de um cortador de pedras?

      A comparação centraliza-se no processo criativo. Ambos os profissionais trabalham de forma paciente e persistente, moldando um material bruto (a palavra para o escritor, a pedra para o escultor) até alcançar o resultado desejado. A ideia de "martelar" é utilizada para simbolizar esse esforço contínuo.

02 – Qual o significado da frase "Eu tiro da pedra tudo o que não seja cavalo", dita pelo escultor de estátuas equestres?

      Essa frase resume a ideia de que a arte, seja ela a escultura ou a escrita, é um processo de subtração. O artista não acrescenta elementos à matéria-prima, mas sim remove o que é supérfluo, revelando a forma que já existia de maneira latente. No caso do escritor, a tarefa é similar: encontrar as palavras exatas e eliminar as que não contribuem para a construção do texto.

03 – Qual a importância da fábula de Jacob Riis para a reflexão do narrador sobre o processo de escrita?

      A fábula do cortador de pedras serve como uma metáfora para a persistência necessária na escrita. Ela demonstra que o sucesso não é fruto de um único esforço, mas sim de um trabalho constante e acumulativo. A rachadura na pedra, assim como a palavra perfeita, é o resultado de inúmeras tentativas anteriores.

04 – Como o narrador se sente em relação à sua profissão após a conversa com o velhinho?

      A conversa com o cortador de pedras provoca uma reflexão profunda no narrador sobre a natureza do seu próprio trabalho. Ele passa a valorizar ainda mais a complexidade e a exigência da escrita, compreendendo que a criação literária é um processo artesanal que exige dedicação e paciência.

05 – Qual o papel do diálogo entre o narrador e o velhinho para o desenvolvimento da crônica?

      O diálogo funciona como um gatilho para a reflexão do narrador sobre sua própria profissão. A partir da experiência do outro, ele é capaz de estabelecer novas conexões e construir uma visão mais abrangente sobre a criação artística.

06 – Que outros ofícios poderiam ser comparados ao trabalho de um escritor, seguindo a mesma lógica da comparação com o cortador de pedras?

      A comparação poderia ser estendida a outros ofícios que envolvem a transformação de um material bruto em uma obra acabada, como o de um escultor, um pintor, um músico, um arquiteto, entre outros. Em todos esses casos, o processo criativo exige habilidade, técnica e uma visão artística.

07 – Qual a principal mensagem que o autor busca transmitir com essa crônica?

      A crônica busca valorizar o processo criativo, mostrando que a produção de qualquer obra de arte, seja ela literária ou não, exige dedicação, persistência e um olhar atento aos detalhes. A comparação entre o escritor e o cortador de pedras serve para ilustrar essa ideia, mostrando que a criação é um trabalho árduo e gratificante.