segunda-feira, 11 de novembro de 2024

MÚSICA(ATIVIDADES): MUDANÇA DE COMPORTAMENTO - KID ABELHA - COM GABARITO

 Música (Atividades): Mudança de Comportamento

Kid Abelha

 

E aqui estou eu sozinho com o tempo
o tempo que você me pediu
isso é orgulho do passado
um presente pra você

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWHYDv_zdT_SEjf-M3Dq3xQ8x8Z28kPB6fbGqGSAQAyQmxcNlvH9v5pz9p2F9Y9_PuFX3KoQxvyBPAoAttIynX2qiiW2v2XcBT_BQ_VSqW52GGpcoVhELGUzdQ7v48RfORi67Oeu-Ak-6N3XlFIXEPzXVJ4WlpGbT71I7uYQAKYN4Xt1qfJgrrQP1bi78/s320/KID.jpg



uma delicada lembrança
branca neve que nunca senti
solidão me deixe forte
talvez resolva meus problemas

eu morreria por você
na guerra ou na paz
eu morreria por você
sem saber do que sou capaz

mudanças no meu comportamento
distância louca de mim mesmo
vontade de sentir o passado
presente pra você

 

Entendendo o texto

 01. Qual é o tema central da música?

          O  tema central é a transformação pessoal e a introspecção. O eu lírico reflete sobre sua solidão, sentimentos passados ​​e o impacto do distanciamento de uma pessoa amada.

 02. Qual a principal emoção transmitida pelo eu lírico na música?

          A principal emoção transmitida é a saudade e o desejo de reconciliação. O eu lírico demonstra um profundo sentimento de perda e busca reconectar-se com alguém do passado, mesmo que isso implique em mudanças significativas em seu comportamento.

 03. Que figuras de linguagem predominam na música e qual o seu efeito?

          As principais figuras de linguagem são as metáforas e as comparações. Por exemplo: "branca neve que nunca senti" é uma metáfora que compara a pureza e a intensidade de um sentimento nunca experimentado antes com a brancura da neve. Essas figuras de linguagem intensificam a expressão dos sentimentos do eu lírico, tornando a letra mais poética e evocativa.

04.O que a expressão "distância louca de mim mesmo" revela sobre o estado emocional do eu lírico?

         A expressão "distância louca de mim mesmo" revela um estado de desorientação e confusão interior. O eu lírico sente-se desconectado de si mesmo, como se estivesse em uma jornada de autodescoberta, buscando encontrar um novo significado para sua vida.

 05.Qual o papel do tempo na música?

      O tempo é um elemento central na música, representando tanto a passagem do tempo como a espera. O eu lírico pede tempo ao amado e reflete sobre o passado, buscando um equilíbrio entre o que já foi e o que ainda pode ser. O tempo é visto como um aliado na superação das dificuldades e na busca por uma nova identidade.

 06. Qual a mensagem principal da música?

      A mensagem principal da música é sobre a capacidade de mudança e a busca por reconciliação. O eu lírico demonstra que está disposto a mudar seu comportamento e a se adaptar às novas circunstâncias, tudo em nome do amor e da felicidade. A música nos convida a refletir sobre nossas próprias vidas e a importância de valorizar as relações e os momentos especiais.

 07. O que a repetição do verso "eu morreria por você" enfatiza?

     A intensidade dos sentimentos do eu lírico e sua disposição de fazer qualquer coisa para reconquistar o amor perdido.

 08. Que dicotomia a música explora?

     A música explora a dicotomia entre o passado e o presente, mostrando como as lembranças podem influenciar nossas ações e decisões no presente.

 09. A figura da "branca neve" na música simboliza o quê?

      A pureza e a inocência, contrastando com a complexidade dos sentimentos do eu lírico.

 10. Em resumo, que emoções a canção "Mudança de Comportamento" nos traz?

     É uma canção que nos toca profundamente, explorando temas universais como o amor, a perda e a busca por identidade. Através de uma linguagem poética e rica em simbolismo, a música nos convida a refletir sobre nossas próprias experiências e a importância de seguir em frente, mesmo diante das adversidades.

 

POESIA: LAVOISIER - CARLOS DE OLIVEIRA - COM GABARITO

 Poesia: Lavoisier

Na poesia,
natureza variável
das palavras,
nada se perde
ou cria,
tudo se transforma:
cada poema,
no seu perfil
incerto
e caligráfico,
já sonha
outra forma.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeulL0JrtOWruDCBv1arPs85AFZVB3Remdex6WTMr3q3z-UljP774_Iz-sK4_4x3xVc2R9fo2fud9ZB0cIZ4uioamXQyRtTKROU9ftZlLOaHeOQ24ruQRq4RFCXD-2gFdMOdyFLiaKDx-IIvIdpaLwuHdkMDrq7w0_j0V_huXwZm58ZxYYlk4ZZW-4pEA/s320/LEI.jpg

 

Carlos de Oliveira in Sobre o lado esquerdo, Iniciativas Editoriais, 1968.

Fonte: Português – José De Nicola – Ensino médio – Volume 1 – 1ª edição, São Paulo, 2009. Editora Scipione. p. 205.

Entendendo a poesia:

01 – Qual a relação entre a lei de Lavoisier e o processo de criação poética, segundo o poema?

      O poema estabelece um paralelo entre a lei da conservação da massa de Lavoisier, que afirma que nada se cria e nada se perde, tudo se transforma, e o processo de criação poética. Assim como na natureza, as palavras, na poesia, não são destruídas ou criadas do nada, mas transformadas em novas combinações, dando origem a novos significados e sentidos.

02 – O que significa a expressão "natureza variável das palavras"?

      A expressão "natureza variável das palavras" indica que as palavras não possuem um significado fixo e imutável. Pelo contrário, seu significado pode variar de acordo com o contexto em que são utilizadas e com a interpretação do leitor. As palavras são como átomos que se combinam de diferentes formas, criando infinitas possibilidades de sentido.

03 – Qual a importância do "perfil incerto e caligráfico" do poema?

      O "perfil incerto e caligráfico" do poema se refere à sua natureza imprecisa e subjetiva. Cada leitor pode encontrar diferentes significados e interpretações em um mesmo poema, assim como cada poema pode gerar novas interpretações ao longo do tempo. Essa incerteza é parte essencial da experiência poética.

04 – O que significa a afirmação de que "cada poema já sonha outra forma"?

      Essa afirmação sugere que o poema está em constante transformação, mesmo após sua criação. Cada leitura é uma nova interpretação, que pode gerar novas possibilidades de significado. Além disso, o poema pode inspirar outros poemas, dando origem a novas formas e expressões.

05 – Qual a principal mensagem do poema?

      A principal mensagem do poema é que a linguagem poética é um processo dinâmico e criativo. As palavras são ferramentas que podem ser moldadas e transformadas para criar novos mundos e novas realidades. A poesia é uma forma de conhecimento que nos permite explorar a complexidade da linguagem e da experiência humana.

 

MÚSICA(ATIVIDADES): SEMANA QUE VEM - PITTY - COM GABARITO

 Música(Atividades): Semana Que Vem

             Pitty

Amanhã, eu vou revelar
Depois, eu penso em aprender
Daqui a uns dias, eu vou dizer
O que me faz querer gritar
Ah!

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg117ZPD6LeirhaDnqykZ5gbWHs4nvSBl4dwfTtKtcrZ8VwSKwV-V6a60Oe1vy-QHDrhsmulIw6kSLtuChsvoYfNZcqsBKbLCzMR_yZBwclJGicHWJeQKUtod1gpQ0EIhQOZ-Pfr8mvYNVNielrVsbyO_X-UKkgd6jjps9mTPVqdi9F4ArzcebzGnMB2rM/s320/SEMANA%20QUE%20VEM.jpg


No mês que vem, tudo vai melhorar
Só mais alguns anos e o mundo vai mudar
Ainda temos tempo até tudo explodir
Quem sabe quanto vai durar
Ah!

Não deixe nada pra depois
Não deixe o tempo passar
Não deixe nada pra semana que vem
Porque semana que vem pode nem chegar

Pra depois, o tempo passar
Não deixe nada pra semana que vem
Porque semana que vem pode nem chegar

A partir de amanhã, eu vou discutir
Da próxima vez, eu vou questionar
Na segunda, eu começo a agir
Só mais duas horas pra eu decidir

Não deixe nada pra depois
Não deixe o tempo passar
Não deixe nada pra semana que vem
Porque semana que vem pode nem chegar

Pra depois, o tempo passar
Não deixe nada pra semana que vem
Porque semana que vem pode nem chegar
Ah, hmm

Esse pode ser o último dia de nossas vidas
Última chance de fazer tudo ter valido a pena

Diga sempre tudo o que precisa dizer
Arrisque mais pra não se arrepender
Nós não temos todo tempo do mundo
E esse mundo já faz muito tempo

O futuro é o presente
E o presente já passou
O futuro é o presente
O presente já passou

Nada pra depois
Não deixe o tempo passar
Não deixe nada pra semana que vem
Porque semana que vem pode nem chegar

Pra depois, o tempo passar
Não deixe nada pra semana que vem
Porque semana que vem pode nem chegar

(Pra depois, o tempo passar)
Nada pra semana que vem
Porque semana que vem pode nem chegar

(Pra depois, o tempo passar)
Nada pra semana que vem
Semana que vem pode nem chegar.

Composição: Pitty. 

Fonte: Português – José De Nicola – Ensino médio – Volume 1 – 1ª edição, São Paulo, 2009. Editora Scipione. p. 199.

Entendendo a música:

01 – Qual a principal mensagem da música "Semana Que Vem"?

      A principal mensagem da música é um alerta sobre a importância de aproveitar o presente e não adiar para depois aquilo que pode ser feito agora. A letra enfatiza a incerteza do futuro e a necessidade de agirmos no momento presente.

02 – Quais as principais atitudes procrastinadoras que a música critica?

      A música critica atitudes como adiar decisões, aprender, dizer o que se pensa, agir, discutir, questionar e até mesmo viver intensamente. A letra mostra como a procrastinação permeia diversas áreas da vida.

03 – Qual o papel do tempo na música?

      O tempo é o grande protagonista da música. Ele é visto como algo limitado e precioso, que passa rapidamente. A letra enfatiza a ideia de que o tempo não espera e que devemos aproveitar cada momento.

04 – Qual a relação entre o título da música e sua letra?

      O título "Semana Que Vem" simboliza a procrastinação e a tendência de adiarmos nossos planos. A letra repete essa frase diversas vezes, reforçando a ideia de que essa atitude é prejudicial e pode nos levar a perder oportunidades.

05 – Qual o tom da letra da música?

      A letra da música tem um tom urgente e alerta. A repetição de frases e a utilização de exclamações reforçam a ideia de que é preciso agir agora.

06 – Qual a importância da música "Semana Que Vem" para a obra de Pitty?

      "Semana Que Vem" é uma das músicas mais conhecidas de Pitty e se tornou um hino para aqueles que buscam viver de forma mais intensa e aproveitar cada momento. A canção reflete a personalidade forte e engajada da cantora.

07 – Qual o impacto da música na cultura popular?

      A música "Semana Que Vem" se tornou um verdadeiro fenômeno da música brasileira, sendo cantada em diversos contextos e por pessoas de diferentes idades. A letra marcante e a melodia contagiante contribuíram para a popularidade da canção.

 

 

CONTO: MYSTERIUM - LYGIA FAGUNDES TELLES - COM GABARITO

 Conto: Mysterium

           Lygia Fagundes Telles

        “Eu vi ainda debaixo do sol que a corrida não é para os mais ligeiros, nem a batalha para os mais fortes, nem o pão para os mais sábios, nem as riquezas para os mais inteligentes, mas tudo depende do tempo e do acaso.” 

(Eclesiastes) 

        Ao tempo e ao acaso eu acrescento o grão de imprevisto. E o grão da loucura, a razoável loucura que é infinita na nossa finitude. Vejo minha vida e obra seguindo assim por trilhos paralelos e tão próximos, trilhos que podem se juntar (ou não) lá adiante mas tudo sem explicação, não tem explicação. 

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghtdfwsCTWFNPDPhGqkON7KBgkHt4CBtdTQe8BBiBkb4QW_8f8SwpXmyLhH-pIZIFTAY1oh-sy-6rKhVJUO-XvgEZhMrSXPYRCoq54Z3Nd5OtjDUEYm-HwSpnPR77pXQLa_wHcMZVSufdii83JYtFxf8ep1garbsqLuWuhPlP7gT69tyM_Vc-i95fgCzw/s320/IMPREVISTO.jpg


        Os leitores pedem explicações, são curiosos e fazem perguntas. Respondo. Mas se me estendo nas respostas, acabo por pular de um trilho para outro e começo a misturar a realidade com o imaginário, faço ficção em cima de ficção, Ah! Tanta vontade (disfarçada) de seduzir o leitor, esse leitor que gosta do devaneio. Do sonho. Queria estimular sua fantasia mas agora ele está pedindo lucidez, quer a luz da razão.

        Não gosto de teorizar porque na teoria acabo por me embrulhar feito um caramelo em papel transparente, me dê um tempo! Eu peço. Quero ficar fria, espera. Espera que estou me aventurando na busca das descobertas. “Devagar já é pressa!”, disse Guimarães Rosa. Preciso agora atravessar o cipoal dos detalhes e são tantos! E tamanha a minha perplexidade diante do processo criador, Deus! Os indevassáveis signos e símbolos. Ainda assim, avanço em meio da névoa, quero ser clara em meio desse claro que de repente ficou escuro, estou perdida? 

        Mais perguntas, como nasce um conto? E um romance? Recorro a uma certa aula distante (Antônio Candido) onde aprendi que num texto literário há sempre três elementos: a ideia, o enredo e a personagem. A personagem, que pode ser aparente ou inaparente, não importa. Que pode ser única ou se repetir, tive uma personagem que recorreu à máscara para não ser descoberta, quis voltar num outro texto e usou disfarce, assim como faz qualquer ser humano para mudar de identidade. 

        Na tentativa de reter o questionador, acabo por inventar uma figuração na qual a ideia é representada por uma aranha. A teia dessa aranha seria o enredo. A trama. E a personagem, o inseto que chega naquele voo livre e acaba por cair na teia da qual não consegue fugir, enleado pelos fios grudentos. Então desce (ou sobe) a aranha e nhac! Prende e suga o inseto até abandoná-lo vazio. Oco. 

        O questionador acha a imagem meio dramática mas divertida, consegui fazê-lo sorrir? Acho que sim. Contudo, há aquele leitor desconfiado, que não se deixou seduzir porque quer ver as personagens em plena liberdade e nessa representação elas estão como que sujeitas a uma destinação. A uma condenação. E cita Jean-Paul Sartre que pregava a liberdade também para as personagens, ah! Odiosa essa fatalidade dos seres humanos (inventados ou não) caminhando para o bem e para o mal. Sem mistura.

        Começo a me sentir prisioneira dos próprios fios que fui inventar, melhor voltar às divagações iniciais onde vejo (como eu mesma) o meu próximo também embrulhado. Ou embuçado? Desembrulhando esse próximo, também vou me revelando e na revelação, me deslumbro para me obumbrar novamente nesta viragem-voragem do ofício. 

TELLES, Lygia Fagundes. Durante aquele estranho chá: perdidos e achados. Rio de Janeiro: Editora Rocco, Rio: 2002.

Fonte: Português – José De Nicola – Ensino médio – Volume 1 – 1ª edição, São Paulo, 2009. Editora Scipione. p. 203-204.

Entendendo o conto:

01 – Qual a principal temática abordada no conto?

      A principal temática é o processo criativo da escrita. Lygia Fagundes Telles reflete sobre as dificuldades e os prazeres de escrever, a relação entre o autor e o leitor, e a natureza da ficção.

02 – Qual a importância da citação de Eclesiastes no início do conto?

      A citação de Eclesiastes introduz a ideia da incerteza e da imprevisibilidade da vida. Ela estabelece um paralelo com o processo criativo, que também é marcado pela incerteza e pela busca por significado.

03 – Qual a metáfora utilizada pela autora para representar o processo de criação?

      A autora utiliza a metáfora da aranha e da teia para representar o processo de criação. A aranha tece a trama, que seria o enredo, e o inseto capturado representaria a personagem. Essa metáfora sugere que o escritor captura e manipula elementos da realidade para criar suas histórias.

04 – Qual a importância da interação entre o autor e o leitor para Lygia Fagundes Telles?

      A interação entre o autor e o leitor é fundamental para Lygia Fagundes Telles. Ela destaca a curiosidade dos leitores e a necessidade de explicar o processo criativo. Ao mesmo tempo, ela questiona a possibilidade de oferecer explicações definitivas e completas sobre a criação literária.

05 – Como a autora aborda a questão da liberdade e do destino nas personagens?

      A autora apresenta diferentes perspectivas sobre a liberdade e o destino das personagens. Por um lado, a metáfora da aranha e da teia sugere que as personagens estão presas a uma trama pré-determinada. Por outro lado, a autora reconhece a importância da liberdade e da autonomia das personagens.

06 – Qual a relação entre o conto e a vida real?

      O conto estabelece uma relação entre o processo criativo e a vida real. A autora utiliza elementos da realidade para construir suas histórias, mas também reconhece a importância da imaginação e da ficção. A busca por significado tanto na vida quanto na literatura é um tema central do conto.

07 – Qual a principal mensagem do conto "Mysterium"?

      A principal mensagem do conto é que o processo criativo é um mistério. Não há uma fórmula única para criar uma obra de arte, e cada escritor utiliza suas próprias ferramentas e estratégias. A escrita é uma jornada de descoberta e de autoconhecimento.

 

 

NOTÍCIA: ESTUDANTES LEEM, MAS NÃO ENTENDEM - FRAGMENTO - COM GABARITO

 Notícia: Estudantes leem, mas não entendem – Fragmento

        Brasília (Agência Estado) – O aluno brasileiro não compreende o que lê, revela o resultado do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), divulgado esta semana. Entre 32 países submetidos ao teste, o Brasil ficou em último lugar. A prova mediu a capacidade de leitura de estudantes de 15 anos, independentemente da série em que estão matriculados.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpf2gcB018CZ-qAGpu8To-fyYCcZZZ13IwpF-Dywpc6BecUgaFVFCwXG1u2w1wcFs67pll_jgNKm21hMmEJoOlHRwX7dBOjMRj8056i6EyTpgKZT8uJqlwVuMAncVlEVrXrQfSO5vXW0fOKqEiYZ3roP7Jn_QSsxaMWWiGRbyoDXIu2tiTQHNPiLu8SBM/s320/PISA.png


    “Esperava um desastre pior”, disse o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, ao anunciar o resultado. Em primeiro lugar ficou a Finlândia. Em penúltimo, à frente do Brasil, o México. Dos 32 países avaliados, 29 fazem parte da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – entidade que reúne nações desenvolvidas, como os Estados Unidos ou o Reino Unido, e outras nem tanto, como a Polônia e a República Checa. Os demais países participantes foram Brasil, Letônia e Rússia.

        A prova foi aplicada no ano passado, envolvendo ao todo 265 mil estudantes de escolas públicas e privadas. No Brasil, participaram 4,8 mil alunos de 7ª e 8.ª série do ensino fundamental e do 1º e 2º ano do ensino médio. O objetivo foi verificar o preparo escolar de adolescentes de 15 anos, tendo em vista os desafios que terão pela frente na vida adulta.

        [...]

www.Oliberal.com.br/arquivo/noticias/atualidade/n05122001index4.htm.

Fonte: Português – José De Nicola – Ensino médio – Volume 1 – 1ª edição, São Paulo, 2009. Editora Scipione. p. 177-178.

Entendendo a notícia:

01 – Qual o principal resultado da avaliação do Pisa em relação à capacidade de leitura dos estudantes brasileiros?

      O principal resultado foi que os estudantes brasileiros, de maneira geral, não compreendem o que leem. O Brasil ficou em último lugar entre os 32 países participantes.

02 – Qual a faixa etária dos estudantes que participaram da avaliação?

      A avaliação foi aplicada em estudantes com 15 anos, independentemente da série em que estivessem matriculados.

03 – Quais os possíveis impactos desse resultado para o futuro dos estudantes brasileiros?

      A falta de compreensão da leitura pode limitar o desempenho dos estudantes em outras disciplinas, dificultar o acesso ao ensino superior e, consequentemente, restringir suas oportunidades no mercado de trabalho.

04 – Quais países obtiveram os melhores resultados na avaliação do Pisa?

      A Finlândia ficou em primeiro lugar, seguida por outros países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), como os Estados Unidos e o Reino Unido.

05 – Qual a importância de avaliações como o Pisa para o sistema educacional de um país?

      O Pisa serve como um indicador da qualidade do ensino e permite comparar o desempenho dos estudantes brasileiros com os de outros países. Os resultados podem auxiliar na identificação de áreas que precisam de melhorias no sistema educacional e na formulação de políticas públicas mais eficazes.

 

 

CRÔNICA: A REGREÇÃO DA REDASSÃO - CARLOS EDUARDO NOVAES - COM GABARITO

 Crônica: A REGREÇÃO DA REDASSÃO 

             Carlos Eduardo Novaes

        Semana passada recebi um telefonema de uma senhora que me deixou surpreso. Pedia encarecidamente que ensinasse seu filho a escrever.

        -- Mas, minha senhora – desculpei-me –, eu não sou professor.

        -- Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têm conseguido muito.

        -- A culpa não é deles. A falha é do ensino.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia17G1ryFrFi2nWLQRORAzYYM3QijRm3sZ-iQ6R5KzeuQJTqBYvtoz06PoRfyqeNRmA6Xwvd0_fdYiqCNKtVnBQpJhRbb41-RemE-h4jOBCNz6WBY0cXIFhn7U1LhfQ1vcvVZPi-0fT3x8aShr__WxTgarfDxfuFYGI2QpCGj4wWg8lZI5Lc7DHK8lhv8/s320/REGRE%C3%87AO.jpg


        -- Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse o menino. O senhor escreve muito bem.

        -- Obrigado – agradeci –, mas não acredite muito nisso. Não coloco vírgulas e nunca sei onde botar os acentos. A senhora precisa ver o trabalho que dou ao revisor.

        -- Não faz mal – insistiu –, o senhor vem e traz um revisor.

        -- Não dá, minha senhora – tornei a me desculpar –, eu não tenho o menor jeito com crianças.

        -- E quem falou em crianças? Meu filho tem 17 anos.

        Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Você não deve se assustar, o estudante brasileiro não sabe escrever”. No dia seguinte, ouvi de outro educador: “O estudante brasileiro não sabe escrever”. Depois li no jornal as declarações de um diretor da faculdade: “O estudante brasileiro escreve muito mal”. Impressionado, saí à procura de outros educadores. Todos me disseram: acredite, o estudante brasileiro não sabe escrever. Passei a observar e notei que já não se escreve mais como antigamente.

        Ninguém mais faz diário, ninguém escreve em portas de banheiros, em muros, em paredes.

        Não tenho visto nem aquelas inscrições, geralmente acompanhadas de um coração, feitas em casca de árvore. Bem, é verdade que não tenho visto nem árvore.

        -- Quer dizer – disse a um amigo enquanto íamos pela rua – que o estudante brasileiro não sabe escrever? Isto é ótimo para mim. Pelo menos diminui a concorrência e me garante emprego por mais dez anos.

        -- Engano seu – disse ele. – A continuar assim, dentro de cinco anos você terá que mudar de profissão.

        -- Por quê? – espantei-me. – Quanto menos gente sabendo escrever, mais chance eu tenho de sobreviver.

        -- E você sabe por que essa geração não sabe escrever?

        -- Sei lá – dei com os ombros –, vai ver que é porque não pega direito no lápis.

        -- Não senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o hábito da leitura. E quando o perder completamente, você vai escrever para quem?

        Taí um dado novo que eu não havia considerado. Imediatamente pensei quais as utilidades que teria um jornal no futuro: embrulhar carne? Então vou trabalhar num açougue. Serviria para fazer barquinhos, para fazer fogueira nas arquibancadas do Maracanã, para forrar sapato furado ou para quebrar um galho em banheiro de estrada? Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer às pessoas, assim como quem oferece hoje bilhete de loteria:

        -- Por favor amigo, leia – disse, puxando um cidadão pelo paletó.

        -- Não, obrigado. Não estou interessado. Nos últimos cinco anos a única coisa que leio é a bula de remédio.

        -- E a senhorita não quer ler? – perguntei, acompanhando os passos de uma universitária. – A senhorita vai gostar. É um texto muito curioso.

        O senhor só tem escrito? Então não quero. Por que o senhor não grava o texto? Fica mais fácil ouvi-lo no meu gravador.

        E o senhor, não está interessado nuns textos?

        -- É sobre o quê? Ensina como ganhar dinheiro?

        -- E o senhor, vai? Leva três e paga um.

        -- Deixa eu ver o tamanho – pediu ele. 

        Assustou-se com o tamanho do texto:

        -- O quê? Tudo isso? O senhor está pensando que sou vagabundo? Que tenho tempo para ler tudo isso? Não dá para resumir tudo em cinco linhas?

Carlos Eduardo Novaes.

Fonte: Português – José De Nicola – Ensino médio – Volume 1 – 1ª edição, São Paulo, 2009. Editora Scipione. p. 177.

Entendendo a crônica:

01 – No diálogo entre a mãe e o autor do texto, percebe-se uma crítica velada a respeito dos professores no Brasil. Identifique a crítica.

      A mãe procurou uma pessoa que não era professor porque os professores de seu filho não conseguiam ensiná-lo a escrever, o que foi justificado pelo autor que não era culpa deles, dos professores, mas por causa da falha do ensino. Ora se o ensino é falho (tem defeitos) e é realizado por professores, então a culpa é daquele que provoca essa falha, isto é, dos professores. O ensino em si não é autónomo, mas é o resultado da ação de alguém.

02 – O texto apresenta a causa porque os estudantes brasileiros não sabem escrever. Qual é?

      Porque não leem.

03 – Se os estudantes brasileiros, segundo o autor, não sabem escrever porque não leem, qual deve ser a estratégia que os professores devem utilizar para reverter essa situação?

      Resposta pessoal do aluno.

04 – Para você. Que outras causas podem contribuir para que o estudante brasileiro tenha dificuldades para escrever?

      Respostas pessoal do aluno.

05 – Por que o autor utilizou a grafia errada nas palavras do título do texto?

      Porque naturalmente ele quis chamar a atenção do leitor para o assunto do seu texto: a dificuldade dos estudantes brasileiros de escrever em português.

06 – O autor se valeu dos fonemas e suas representações gráficas em português, para chamar a atenção do leitor. Algumas palavras, em português, podem ter o seu sentido alterado (ou não) em razão da sua representação gráfica. No caso do título do texto, houve alteração de sentido? Justifique.

      Não. Se forem pronunciadas, essas mesmas palavras terão o mesmo som: regressão/regreção – redação/redassão.

 

 

POEMA: AO ESPELHO - JORGE LUÍS BORGES - COM GABARITO

 Poema: Ao espelho

             Jorge Luís Borges

Por que persistes, incessante espelho?
Por que repetes, misterioso irmão,
O menor movimento de minha mão?
Por que na sombra o súbito reflexo?
És o outro eu sobre o qual fala o grego
E desde sempre espreitas. Na brunidura
Da água incerta ou do cristal que dura
Me buscas e é inútil estar cego.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAtg997V0GNoWahNX7XjSD5RWQ5lxBU_z3UsXvuH6gDpKFSe5RsvjFjtF2cR-S2E_EavzzRQR8fp9EhOC7C3a0BSX2oVhievFtXUkKGapWhrFvylNaxcivzmrcVc1ZVv25S9V3BhaQqeG7Cd1ICcM-xdpPXd1-tZd10Uo289PknnC7nnXWrLNztpflrM8/s320/ESPELHO.jpg


O fato de não te ver e saber-te
Te agrega horror, coisa de magia que ousas
Multiplicar a cifra dessas coisas
Que somos e que abarcam nossa sorte.
Quando eu estiver morto, copiarás outro
e depois outro, e outro, e outro, e outro…

Jorge Luís Borges, Obras completas de Jorge Luís Borges. São Paulo: Globo. v. 2.

Fonte: Português – José De Nicola – Ensino médio – Volume 1 – 1ª edição, São Paulo, 2009. Editora Scipione. p. 198.

Entendendo o poema:

01 – Qual a principal temática abordada no poema?

      A principal temática do poema é a relação entre o indivíduo e sua imagem refletida. Borges explora a dualidade entre o "eu" e o "outro eu", questionando a natureza da identidade e a percepção de si mesmo.

02 – Qual a função do espelho como elemento central do poema?

      O espelho funciona como um símbolo da autoconsciência e da identidade. Ele reflete a imagem do poeta, mas também representa um outro "eu", um duplo que o acompanha ao longo da vida. O espelho se torna um interlocutor, um testemunho da passagem do tempo e da transformação do ser humano.

03 – Que sentimentos o poema evoca no leitor?

      O poema evoca uma sensação de fascínio e estranhamento. A imagem do espelho como um "misterioso irmão" que "espreita" o poeta cria uma atmosfera de suspense e intriga. Ao mesmo tempo, a repetição da imagem do espelho como um multiplicador da identidade gera uma sensação de vertigem e de desorientação.

04 – Como o tempo é representado no poema?

      O tempo é representado como um fluxo contínuo e irreversível. A imagem do espelho copiando "outro e depois outro" sugere a passagem do tempo e a mutabilidade da existência humana. O espelho se torna um testemunho da efemeridade da vida e da inevitabilidade da morte.

05 – Qual a relação entre o poema e a filosofia?

      O poema estabelece um diálogo com a filosofia, especialmente com a tradição filosófica grega. A referência ao "outro eu sobre o qual fala o grego" remete à noção de alma gêmea ou duplo, presente em diversas culturas e filosofias. A reflexão sobre a identidade e a natureza da existência é um tema central da filosofia desde a antiguidade.

 

 

POESIA: CANÇÃO DO AMOR-PERFEITO - CECÍLIA MEIRELES - COM GABARITO

 Poesia: Canção do Amor-Perfeito

            Cecília Meireles

O tempo seca a beleza.
Seca o amor, seca as palavras.
Deixa tudo solto, leve,
Desunido para sempre
Como as areias nas águas.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDW71SUacoB5tkR8ux7asNCsfyDRr4OUAUepQzviDqH11PKXIyggaMT5zlPONbFxhbNYJBumpr_qx0MNVO4o5R8Fx3P0jX9VuI2LyX_0Ih5nClIt7D0L1lmaVZBIeQ7OOdr3YNPd5J6yE4-TVsCpCwjcm68IKwV9h9oCvN5w-NsgmeS6f3uPFwmur4JYY/s320/palavras.jpg


O tempo seca a saudade,
Seca as lembranças e as lágrimas.
Deixa algum retrato, apenas,
Vagando seco e vazio
Como estas conchas das praias.

O tempo seca o desejo
E suas velhas batalhas.
Seca o frágil arabesco,
Vestígio do musgo humano,
Na densa turfa mortuária.

Esperarei pelo tempo
Com suas conquistas áridas.
Esperarei que te seque,
Não na terra, Amor-Perfeito,
Num tempo depois das almas.


MEIRELES, Cecília. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

Fonte: Português – José De Nicola – Ensino médio – Volume 1 – 1ª edição, São Paulo, 2009. Editora Scipione. p. 186.

Entendendo a poesia:

01 – Qual a principal temática abordada no poema?

      A principal temática do poema é a efemeridade da vida e a ação irreversível do tempo. Meireles explora a ideia de que o tempo desgasta os sentimentos, as relações e as lembranças, deixando para trás apenas vestígios e memórias esquecidas.

02 – Qual a função da metáfora do tempo "secando" tudo?

      A metáfora do tempo "secando" tudo representa a passagem do tempo como um processo de desidratação, de perda da vitalidade e da intensidade. A água, símbolo da vida e da emoção, é gradativamente evaporada pelo tempo, deixando para trás apenas a aridez e a solidão.

03 – Que sentimentos o poema evoca no leitor?

      O poema evoca uma sensação de melancolia e saudade. A imagem da beleza e do amor sendo desgastados pelo tempo desperta um sentimento de perda e de nostalgia. Ao mesmo tempo, a espera paciente pelo tempo "depois das almas" sugere uma esperança de que algo possa perdurar além da morte.

04 – Qual a relação entre o título "Canção do Amor-Perfeito" e o conteúdo do poema?

      O título "Canção do Amor-Perfeito" cria uma ironia com o conteúdo do poema. O amor-perfeito é uma flor delicada e bela, que representa a perfeição e a eternidade. No entanto, o poema demonstra que mesmo o amor mais perfeito está sujeito à ação do tempo e à inevitabilidade da mudança.

05 – Como a natureza é utilizada como metáfora no poema?

      A natureza é utilizada como metáfora para representar os ciclos da vida e a ação do tempo. As "areias nas águas", as "conchas das praias" e a "turfa mortuária" são imagens que evocam a passagem do tempo e a transformação constante da natureza. A espera pelo tempo "depois das almas" sugere uma transcendência da experiência terrena, semelhante à transformação de um ser vivo em parte da natureza.

 

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

LENDA: ZUMBI VIVE - LUÍS DA CÂMARA CASCUDO - COM GABARITO

 Lenda: Zumbi vive

           Luís da Câmara Cascudo

        Na serra da Barriga, Alagoas, durante 63 anos viveram negros livres, no Quilombo dos Palmares. Fugiram de fazendas, engenhos, cidades e vilas e fundaram um Estado autônomo. Elegiam, vitaliciamente, um Zumbi, senhor da força militar e da lei tradicional. Não havia ricos nem pobres, furtos nem injustiças. Famílias nasceram e, com elas, cidadãos palmarinos.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivQ5rLFVzeY1RjOI0rQBs620R4x5_TtrjlShwipEiXKIENY43SmfPLxVL73YJN6ZowU9epDZnC5OKSl_eQ3c46S-FjIfFF_PA5A3TGOsVkaeE_fpFFRU4T_uPdtYlAz0VsMa0KY3mqylMrdLK7Pb6aV0kM_c_jj7n4NPbZWkYuKxabOy2GRyuj92MUbuU/s1600/ZUMBI.jpg

     No pátio central, aringa africana (campo fortificado), residia Zumbi. Ali, distribuía justiça, exercitava tropas, comandava festas e acompanhava o culto, religião espontânea, aculturação de catolicismo com rituais do continente negro. Atraia esperança de todos os escravos chibateados que, de todos os cantos, vinham para
se juntar a Zumbi.

        Em 1695, sete mil veteranos, comandados por grandes chefes de guerra, marcharam sobre Palmares. Zumbi venceu o combate. O inimigo recompunha-se, incendiava, prendia, trucidava.

        Quando a derradeira cerca se espatifou, Zumbi correu até o ponto mais alto, de onde o panorama era completo. Com seus companheiros, olhou o final da batalha. Brandiu a lança e saltou para o abismo. Seus generais o acompanharam, fiéis ao Rei e ao Reino vencidos. A data é dada como 20 de novembro de 1695.

        Em certos pontos da serra ainda estão visíveis as pedras negras das fortificações. E vive a lembrança do último Zumbi, Rei dos Palmares, guerreiro que viveu na morte seu direito de liberdade e de heroísmo.

        20/11 é o Dia Nacional da Consciência Negra.

Cascudo, Luís da Câmara. Lendas brasileiras. São Paulo: Global Editora, 2001. Almanaque. Brasil. São Paulo, n. 56, nov. 2003, p. 40.

Fonte: Português – José De Nicola – Ensino médio – Volume 1 – 1ª edição, São Paulo, 2009. Editora Scipione. p. 92.

Entendendo a lenda:

01 – Qual a importância do Quilombo dos Palmares na história do Brasil?

      O Quilombo dos Palmares representa um dos maiores símbolos de resistência à escravidão no Brasil. Foi um Estado livre, autossuficiente e democrático, onde negros fugidos construíram uma sociedade alternativa aos valores da colonização portuguesa.

02 – Quem era Zumbi e qual o seu papel no Quilombo dos Palmares?

      Zumbi era o líder militar e espiritual do Quilombo dos Palmares. Ele era responsável por liderar as tropas em batalhas contra os portugueses, tomar decisões importantes para a comunidade e manter a ordem interna do quilombo.

03 – Como era a vida no Quilombo dos Palmares?

      A vida no Quilombo dos Palmares era marcada pela liberdade, igualdade e autonomia. Os habitantes cultivavam a terra, criavam animais, praticavam suas próprias religiões e viviam em comunidade, sem a hierarquia social da sociedade escravista.

04 – Por que Zumbi e seus guerreiros escolheram a morte em vez da captura?

      A escolha pela morte demonstrava a profunda resistência e o amor à liberdade dos palmarinos. Preferiram a morte à escravidão e à submissão aos portugueses, perpetuando assim o legado de luta do quilombo.

05 – Qual o significado do dia 20 de novembro na história brasileira?

      O dia 20 de novembro, data da morte de Zumbi, foi instituído como o Dia Nacional da Consciência Negra. Essa data serve para lembrar a luta dos negros escravizados no Brasil, celebrar a cultura afro-brasileira e promover a igualdade racial.

06 – Qual o legado de Zumbi dos Palmares para a sociedade brasileira atual?

      Zumbi é um símbolo de resistência, luta por liberdade e igualdade. Seu legado inspira movimentos sociais que buscam justiça social e racial, além de fortalecer a identidade negra no Brasil.

07 – Quais as principais características da religião praticada no Quilombo dos Palmares?

      A religião praticada no Quilombo dos Palmares era uma mistura de crenças africanas com elementos do catolicismo. Era uma religião sincrética, que expressava a espiritualidade dos africanos escravizados e permitia a manutenção de suas tradições culturais.