sexta-feira, 8 de julho de 2022

MÚSICA(ATIVIDADES): NEGRO GATO - ROBERTO CARLOS - COM GABARITO

 Música(Atividades): Negro Gato

                Roberto Carlos

Eu sou um Negro Gato de arrepiar
E essa minha vida
É mesmo de amargar
Só mesmo de um telhado
Aos outros desacato
Eu sou um Negro Gato!
Eu sou um Negro Gato!...

Minha triste história
Vou lhes contar
E depois de ouvi-la
Sei que vão chorar
Há tempos eu não sei
O que é um bom prato
Eu sou um Negro Gato!
Eu sou um Negro Gato!...

Sete vidas tenho para viver
Sete chances tenho para vencer
Mas se não comer
Acabo num buraco
Eu sou um Negro Gato!
Eu sou um Negro Gato!...

Um dia lá no morro pobre de mim
Queriam minha pele para tamborim
Apavorado desapareci no mato
Eu sou um Negro Gato!
Eu sou um Negro Gato!...

[...]

Composição: Getúlio Cortes. Negro Gato. In: Roberto Carlos. Eu te darei o céu. Rio de Janeiro: Sony BMG, 1966. 1 CD. Faixa 7.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição. São Paulo, 2015 – Moderna. p. 88-9.

Entendendo a música:

01 – Do que se fala nessa letra de canção?

      A letra da canção fala das dificuldades da vida de um gato de pelos pretos.

02 – De quem é a voz que fala na letra de canção?

      É a do gato.

03 – Explique o que você entendeu das duplas de versos a seguir.

a)   “Eu sou um Negro Gato de arrepiar”

Esse primeiro verso pode ser relacionado ao medo “folclórico” que se tem dos gatos pretos (muitas pessoas se arrepiam quando veem um gato preto).

b)   “Só mesmo de um telhado / aos outros desacato”

Nesses versos, o gato se refere à sua coragem, que se limita ao momento em que está longe das pessoas: ele só desrespeitaria alguém estando longe, em um telhado, onde não pudesse ser alcançado.

04 – Considerando a letra, levante uma hipótese sobre o ritmo da canção: ele é mais lento ou mais agitado? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Mais agitado – quando a letra for engraçada e Mais lenta – quando fala do sofrimento do gato.

05 – Depois de analisar essa canção, você diria que as canções são feitas do quê? Que elementos ajudam a dar sentido a uma canção?

      É feita de letra. Os elementos que dão sentido a canção:  o ritmo, o arranjo instrumental, a interpretação vocal e os movimentos corporais.

06 – Em uma entrevista com Getúlio Cortes, autor da versão brasileira de “Negro Gato”, um jornalista afirmou que esta seria uma música sobre racismo. Veja a pergunta e. logo abaixo, a resposta dada pelo letrista.

        [...]

        Mas “Negro Gato” é interpretada por muita gente como uma música sobre racismo.

        Getúlio – Um dia o Erasmo chegou pra mim e disse que a música tinha duas conotações, que falava da história do negro na sociedade brasileira. Instintivamente, ela pode até ser baseada no esquema social, na discriminação. Mas não tem nada a ver. Eu escrevi por causa de um gato que me perturbava! Aí vi que o gato daria um bom tema, gato sofre pra caramba, dizem que dá azar... Eu nunca pertenci a movimento contestador nenhum. Aliás, quem discriminou mais a gente foram esses caras da MPB, que fizeram um monte de gracinha. Mas é problema deles. Nós continuamos nosso caminho e estamos aí há 40 anos. Isso que é bom! [...].

                                  Disponível em: http://www.freakium.com/edicao2_getulioentrevista.htm. Acesso em: 22 dez. 2011.

a)   Na sua opinião, o que há na letra da canção que teria levado Erasmo Carlos e tantos outros leitores ou ouvintes a essa interpretação?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Eles consideraram a letra uma metáfora das condições do negro no Brasil.

b)   Você acha que a explicação do compositor invalida a possibilidade de se considerar a música como sendo sobre o racismo, como muita gente pensou? Por quê?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Não. Porque o autor não pode “controlar” todos os sentidos que eles vão construir sobre o texto.

 

REPORTAGEM: ATÉ ONDE A MÍDIA INFLUENCIA NA ESCOLHA DO GOSTO MUSICAL? LEILANE ANDRADE - COM GABARITO

 Reportagem: Até onde a mídia influencia na escolha do gosto musical?

Leilane Andrade

  Uma hora da tarde. Um grupo de dez estudantes discute um tema em comum: a preferência musical. “Eu gosto de escutar forró porque é bom pra dançar”, diz P., 15. “Eu sei a letra também, mas aquelas que têm muito palavrão eu não canto não”, completa. “Essas músicas com palavrão nem deveriam ser tocadas nas rádios. Eu gosto de pop-rock, mas não vejo muito na mídia. Queria que tivesse mais espaço”, afirma E., 15. “Ah!, mas eles tocam mais forró porque dá mais audiência”, rebate Y., 15. “Nem gosto de tudo que passa na TV, era para ter um programa só de música”, fala outro participante. E assim, a discussão continua...

        É com a ideia de mostrar e identificar a influência da mídia na escolha dos gostos musicais nos jovens entre 13 e 18 anos, que os estudantes do curso de Comunicação Social, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Patrícia Paz e Higo Lima, estão desenvolvendo o projeto “Grupo de Pesquisa e Extensão em Mídia e Música Popular Massiva” em escolas de Mossoró.

        “Queremos aferir até que ponto a mídia interfere na construção do gosto musical dos jovens. Acreditamos que o consumo de música pelos adolescentes reflete estratégias da indústria fonográfica, cuja principal fonte de êxito é a divulgação nos meios de comunicação de massa”, explica Patrícia Paz.

        A mídia costuma ditar regras e também tem a mania de incentivar determinadas escolhas pessoais. Seguir modas ou tipos são atitudes comuns entre os jovens de hoje. Diariamente a população recebe uma grande quantidade de informações sobre o que comprar e a tendência a ser seguida. Roupas, celulares, carros, artigos de beleza, bebidas, e por que não dizer, a música? Sim, a música é vista também como um produto a ser vendido para a grande massa. Raras são as vezes em que os jovens buscam formas alternativas de estilo musical diferente daquele costumeiramente veiculado.

        Geralmente, a mídia consegue impor um consentimento acrítico para artistas que não se destacam no cenário musical pela qualidade, mas sim pela demasiada exposição em esfera pública. A ideia principal do projeto é ampliar o referencial de cultura musical de um grupo de estudantes para minimizar a influência da mídia em suas escolhas.

        [...]

        “Erroneamente, eles pensam que a mídia é boazinha e só toca o que pedem. Eles não percebem que por trás há vários interesses financeiros e econômicos”, destaca Patrícia.

        Segundo o aluno D., 15, o projeto trará bons resultados. “Vai ser bom porque a gente vai poder pensar e discutir sobre todos os estilos musicais. Podemos até começar a gostar de outras músicas depois que conhecer”, ressalta.

        [...]

        “A principal contribuição do projeto é possibilitar uma mudança de atitude do nosso público-alvo em relação às estratégias de sedução da mídia, provocando discussões e assim, fazer com que o grupo ofereça resistência às imposições da mídia”, finaliza Patrícia Paz.

O Mossoroense. Disponível em: http://www2.uol.com.br/omossoroense/301107/conteudo/cotidiano.htm.  Acesso em: 3 mar. 2015. (Fragmento).

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição. São Paulo, 2015 – Moderna. p. 78-80.

Entendendo a reportagem:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Mídia: meios de comunicação social de massas como o rádio, o cinema, a televisão, a internet, a escrita imprensa em livros, revistas, boletins, jornais, etc.

·        Aferir: examinar, medir.

·        Indústria fonográfica: o conjunto das empresas especializadas em gravação e distribuição de mídia sonora (como CD, vinil e mp3).

·        Êxito: sucesso.

·        Meios de comunicação de massa: todos os suportes de divulgação e distribuição da informação como rádio, cinema, televisão, imprensa, etc.

·        Grande massa: grande quantidade de pessoas; multidão de pessoas.

·        Impor um consentimento acrílico [...]: obrigar que as pessoas aceitem artistas sem avaliar sua qualidade.

·        Demasiada: excessiva, exagerada.

02 – Qual foi o fato ou acontecimento que gerou essa reportagem?

      O desenvolvimento do projeto “Grupo de Pesquisa e Extensão em Mídia e Música Popular Massiva” em escolas de Mossoro, pela UERN.

03 – De acordo com a reportagem, qual era o estilo musical que mais tocava na mídia em 2007, data em que a reportagem foi produzida, na cidade de Mossoró?

      O estilo musical mais tocado era o forró.

04 – Que explicação um dos entrevistados dá para esse fato?

      O jovem Y. disse que o forró era o ritmo mais tocado porque era o que dava mais audiência.

05 – De acordo com o quarto parágrafo, o que levaria os jovens a ouvir mais certo estilo de música?

      O fato de eles costumarem ouvir apenas o que está mais na mídia.

06 – Qual é o objetivo do projeto?

      Medir até que ponto a mídia interfere no gosto musical dos jovens.

07 – Você costuma ouvir só o que circula na mídia (rádio, TV, inclusive na internet) ou descobre novos cantores por outros meios? Explique sua resposta.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Descobrem novos cantores por outros meios, amigos, familiares e buscas em rádios de diferentes estilos musicais.

REPORTAGEM: DEPOIS DE SP, O BOL FOI A BH PARA CONHECER A MUSICALIDADE MINEIRA. O QUE SE OUVE NA CAPITAL? DANIEL SANTOS E FERNANDA FADEL - COM GABARITO

 Reportagem: Depois de SP, o BOL foi a BH para conhecer a musicalidade mineira. O que se ouve na capital?


Daniel Santos e Fernanda Fadel

Do BOL, em Belo Horizonte 19/12/2014 06h00

        Minas Gerais é terra de grandes nomes da música brasileira. Clara Nunes (1942-1983), Milton Nascimento e João Bosco são exemplos de talentos revelados no estado mineiro para o mundo. Entre os mais novos destacam-se Paula Fernandes, Lucas Lucco e Eduardo Costa.

        De olho na musicalidade mineira, o BOL saiu de São Paulo – onde realizou duas ações com o público nos meses de setembro e novembro – e foi às ruas de Belo Horizonte para conhecer um pouco do estilo musical que embala os arredores de alguns dos endereços mais badalados da região.

        A preferência musical da capital mineira foi marcada pelo rock nacional, sertanejo, pagode, rap e indie. Mas também mostrou traços de música clássica e influências de ritmos jamaicanos.

        Entre os dias 8 e 10 de dezembro, a reportagem do BOL entrevistou 86 pessoas que usavam fones de ouvido durante passagem pela lagoa da Pampulha, rodoviária de Belo Horizonte, Mercado Central, praças da Liberdade e Sete de Setembro, e Barreiro – bairro que é considerado a segunda região mais movimentada de BH, após o centro comercial da capital.

        Em um bate-papo descontraído, os entrevistados responderam o que estavam ouvindo, qual era o estilo musical de que mais gostavam e elegeram um cantor ou uma banda favorita. [...]

        A partir dos depoimentos das pessoas abordadas, o BOL fez um mapa do estilo musical de cada local, porém lembra que a divisão não tem valor de amostragem científica, pois não se trata de uma pesquisa, e sim de uma ação editorial que identificou pontos em comum entre os entrevistados, de acordo com o local em que estavam no momento da abordagem.

        Feriado santo com rock na Lagoa da Pampulha

        O BOL esteve na Lagoa da Pampulha no dia do feriado da Imaculada Conceição, também conhecida como "Virgem sem Pecado Concebida", e encontrou mineiros de outras cidades e também outros turistas pelo local. O rock nacional era a trilha que animava o passeio da maioria dos entrevistados. Legião Urbana, Charlie Brown Jr. e CPM 22 foram algumas das bandas citadas. William Santos de Oliveira, 38, que mora em São Paulo e estava em Minas Gerais a trabalho, corria ao redor da lagoa ao som de “Pais e Filhos”, clássico eternizado na voz de Renato Russo (1960-1996). Outras vertentes do rock’n’roll, como o indie, também tocavam nos fones das pessoas abordadas.

        Henrique e Juliano lideram os hits sertanejos da rodoviária de BH

        Henrique e Juliano, dupla sertaneja mais citada pelos entrevistados na Rodoviária de BH, disputaram os fones com outros ídolos do gênero, como Jorge e Mateus, Zezé Di Camargo e Luciano e Victor e Leo.  A agente de saúde Vanessa Neves de Sousa, 35, contou ao BOL que ouvia "Cuida Bem Dela", hit de maior sucesso da dupla Henrique e Juliano, oriunda de Palmeirópolis, no Estado do Tocantins. De passagem pelo local, a telefonista Lisliê Dias, 51, estava ouvindo "De Lá Pra Cá", dos irmãos Chico Rey e Paraná. Ela contou que gosta mais de representantes de raiz, mas também aprecia sucessos do chamado “Sertanejo universitário”.

        No Mercado Central tem pagode e sertanejo

        O passeio do BOL pelos arredores do Mercado Central de Belo Horizonte foi animado por dois estilos musicais: pagode e sertanejo. Os entrevistados citaram de Marcos e Belutti ao grupo Revelação. Em um bate-papo com a reportagem na Praça Raul Soares, que fica em frente à famosa região comercial de BH, o percussionista Pedro Gonçalves Machado, 21, contou que estava ouvindo "Chega Pra Sambar", do Fundo de Quintal, grupo que elegeu como favorito do gênero. Já a atendente Franciele Coelho, 21, escolheu "Domingo de Manhã", de Marcos e Belutti, para curtir o horário de almoço no local.

        O rap e o indie fazem o som da Praça da Liberdade

        A Praça da Liberdade, que fica na região do bairro Savassi, é um dos cartões postais de Belo Horizonte. O local reúne belezas arquitetônicas, como o Edifício Niemeyer - também conhecido como "Copanzinho" por ser uma réplica do Copan, prédio projetado por Oscar Niemeyer (1907-2012) em São Paulo. O complexo paisagístico chama atenção de todos os públicos, que se juntam no final da tarde, principalmente, para aproveitar o clima de natureza e também para ouvir música. De passagem pela praça, a estudante Letícia Lauar Hollerbach Furtado, 18, ouvia "The Canals Of Our City", da banda norte-americana de indie Beirut, a sua favorita do gênero musical que mais aprecia. Já Isabelli Cristina F. Santos, 20, disse ao BOL que está curtindo "muito" o novo álbum do rapper Criolo, "Convoque seu Buda".  A música "Casa de Papelão", segundo a assistente administrativa, é a sua favorita do disco.

        A Praça Sete de Setembro é o reduto do rap

        A noite da Praça Sete de Setembro é uma das mais badaladas e agitadas de Belo Horizonte. Além dos bares com música ao vivo, o local reúne grupos de skatistas que se aventuram em manobras acompanhados também de seus fones de ouvido. O rap foi o gênero mais citado pelos entrevistados. Hugo Blender, 18, contou que estava ouvindo "Finado Neguin", do disco "Cores & Valores", lançamento dos Racionais Mc's. Fã do estilo musical, o skatista elegeu o grupo liderado por Mano Brown como seu favorito do gênero. Outros ritmos influenciados pelo rap, como street jazz, reggae e trap, também tocavam nos fones das pessoas abordadas.

        A música sertaneja é hit no bairro Barreiro

        A música sertaneja embala o bairro Barreiro, que é marcado pela diversidade comercial na capital de Minas Gerais. Durante passagem pela avenida Afonso Vaz de Melo, o BOL conversou com o público que não dispensa sucessos de cantores como Marcos e Belutti, Cristiano Araújo e outros astros do gênero. A babá Ana Paula Soares contou que estava ouvindo "Duas Metades", de Jorge e Mateus. Amante do estilo musical, a jovem elencou a dupla como a mais querida dentre os representantes sertanejos. Dos 15 entrevistados na região, apenas dois citaram preferências musicais diferentes, como ragga (música jamaicana) e hardcore.

        Top 5 dos fones

        Henrique e Juliano

        Nascidos na cidade de Palmeirópolis, em Tocantins, os irmãos cantam desde criança – com incentivo do pai e influenciados pela dupla João Paulo e Daniel. Ficaram conhecidos pelo grande público em 2012, quando gravaram o álbum "Ao Vivo em Palmas". De lá pra cá, emplacaram sucessos como "Vem, novinha", "Recaídas" e "Até Você Voltar".

        Jorge e Mateus

        A dupla goiana formada por Jorge Alves Barcelos e Mateus Pedro Liduário Oliveira é uma das mais tocadas nas rádios. Os sertanejos cantam boa parte dos grandes sucessos do chamado "sertanejo universitário". Músicas como "Voa, Beija-flor", "Pode Chorar", "Flor" e "Duas Metades" são os principais hits dos cantores.

        Revelação

        O grupo de pagode que surgiu no Rio de Janeiro no início da década de 90, mas ganhou notoriedade nos anos 2000, foi um dos mais citados pelo público de BH. Liderados por Xande de Pilares – que se desligou da banda recentemente –, os pagodeiros emplacaram hits como "Deixa Acontecer", "Coração Radiante" e outros.

        Criolo

        O rapper é conhecido por ser o criador da Rinha dos MC's – competição em que os cantores de rap improvisam rimas – e ganhou destaque com "Nó da Orelha" (2011), seu segundo álbum de estúdio. Depois de cativar fãs com músicas como "Não Existe Amor em SP", o cantor lançou, neste ano, o disco "Convoque Seu Buda”.

        Capital Inicial

        A famosa banda de rock nacional surgiu em Brasília em 1982 e é liderada pelo vocalista Dinho Ouro Preto. Sucessos como "Primeiros Erros", "Fogo", "Natasha" e "Tudo que Vai" ficaram marcados no imaginário popular.

Disponível em: http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/entretenimento/2014/12/19/depois-de-sp-bol-vai--bh-para-conhecer-a-musicalidade-mineira.htm. Acesso em: 5 fev. 2015.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição. São Paulo, 2015 – Moderna. p. 67-71.

Entendendo a reportagem:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Indie: termo inglês que se refere a um estilo cultural baseado no culto a artistas que atuam de forma independente (inde é abreviação de independente), que não se “enquadram”.

·        Amostra científica: método utilizado em pesquisas estatísticas que permite reconhecer padrões e opiniões compartilhadas por uma parcela da população.

02 – Esse texto é uma reportagem. Qual e a finalidade dele?

      A reportagem tem a finalidade de divulgar os resultados da pesquisa feita sobre o tipo de música que tem sido ouvida em diferentes regiões movimentadas de Belo Horizonte.

03 – Você conhece algumas das personalidades citadas no primeiro parágrafo da reportagem? Conhece os estilos musicais delas?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: O objetivo dessa questão é mapear o conhecimento dos alunos sobre cantores de samba e MPB.

04 – Você conhece todos os estilos musicais citados na reportagem? Algum deles é o seu estilo? Se si, qual(is)?

      Resposta pessoal do aluno.

05 – Releia o trecho a seguir.

        De passagem pelo local, a telefonista Lisliê Dias, 51, estava ouvindo "De Lá Pra Cá", dos irmãos Chico Rey e Paraná. Ela contou que gosta mais de representantes de raiz, mas também aprecia sucessos do chamado “Sertanejo universitário”. Você sabe dizer qual a diferença entre sertanejo de raiz e sertanejo universitário?

      Resposta pessoal do aluno.

06 – Considerando as informações que aparecem no boxe final da reportagem e nos infográficos, que estilo parece ser mais ouvido?

      O estilo sertanejo.

REPORTAGEM: FICADAS E ROLOS - ADRIANE SCHULTZ - REVISTA ATREVIDA - COM GABARITO

 Reportagem: Ficadas e rolos

          Gostar de alguém: saiba como lidar com esta situação e esquecer o garoto de vez!                    

03/04/2012 postado às 14h30 por Adriane Schultz

        Não é nada fácil gostar de alguém e não ser correspondida, né? A Atrê ajuda você a superar a dor do coração partido sem tanto sofrimento!

        Você é completamente apaixonada por um garoto [...] e sabe que não existe mais a mínima chance de ficar com ele, mas mesmo assim não consegue ficar um minuto sem pensar nele... Você sabe que isso não é nada saudável, afinal ele não te quer! Mas... calma, a gente sabe como é estar nesta situação! Você sabe muito bem que não pode pensar nele, mas pensa, mesmo sem querer! Sabe por quê? A gente não manda no coração. Apaixonar-se é fácil, mas esquecer é muuuuuito difícil! Depende bastante de um bom esforço da sua parte e, claro, de paciência para esperar o tempo curar as cicatrizes. A Atrê dá dicas que vão ajudar você a pensar cada vez menos no gato até esquecê-lo de vez, sendo ele ex-namorado, ex-ficante ou simplesmente uma paixão platônica!

        1 – Mantenha distância.

        É muito complicado esquecer alguém que você convive e conversa o tempo todo! Por isso, o importante, neste momento, é manter-se o mais distante que puder: [...] Também não precisa fingir que não o conhece e passar reto por ele. Se ele faz isso com você, não se rebaixe a ponto de fazer igual. Além disso, passar reto pode fazer com que ele pense que você está toda magoada e chateada com ele. Não se entregue! Saiba ser educada, mesmo que por dentro você esteja morrendo de raiva! [...] Se pode evitar uma convivência, ótimo. Mas não deixe de ir a festas de amigos ou encontros da galera só porque ele vai estar presente. Não deixe de fazer as suas coisas por causa dele. Com certeza, esse cara não merece!

        2 – Corte contatos.

        [...] Proíba-se de perseguir o gato pelas redes sociais ou ficar iludida esperando uma mensagem dele! Leia esta matéria 1.000.000 de vezes quando estiver pensando em dar um pulinho na página dele para fuçar. Isso não faz bem para a saúde de nenhuma garota, ok?! Ninguém merece ver as fotos em que ele foi marcado, descobrir onde e com quem esteve no final de semana ou ver aqueles recadinhos bobos de meninas que possam estar afim dele! Poupe-se de passar nervoso e lembre-se de que, para esquecê-lo, precisa parar de saber da vida dele! Se for preciso, bloqueie temporariamente o garoto no Facebook e MSN, ou saia por um tempinho das redes sociais. Assim, não vai ter chance de você saber que ele está on-line e sentir o coração disparar só de ver ele entrando no MSN.

        3 – Distancie-se das lembranças, mas não as jogue no lixo!

        [...] Você não precisa rasgar todas as fotos, nem jogar no lixo as cartas antigas ou os presentes que ele já te deu! Apenas, se distancie de tudo isso por um tempo, pois não vale a pena jogar nas recordações e passar horas chorando e pensando que tudo aquilo não irá voltar. Você não merece isso! Se não conseguir parar de olhar fotos antigas, guarde todas as lembranças em uma caixa e peça a uma amiga que guarde na casa dela. Só peça a ela a caixa de volta depois de uns meses, quando se sentir mais tranquila, ok?

        4 – Desabafe com as amigas.

        [...] O ideal nessas horas é chorar e desabafar com as amigas! Depois disso, com certeza, seu coração vai ficar mais leve! Mas não deixe essa deprê tomar conta do seu dia a dia, ok? Programe uma sessão de cinema com as BFFs,(sigla derivada da expressão best friend forever, ou melhor amiga para sempre, em português) um passeio ao shopping ou até uma viagem rápida. Faça um esforço para manter sua mente ocupada. Recaídas acontecem! Não se sinta culpada se de repente acordar e sentir vontade de chorar... Acontece!

        5 – Viva sua vida!

        Chegou a hora de olhar para si mesma! Resolva pendências, faça coisas que já estava para fazer há um tempo e deixou para depois... Dedique-se mais à escola, lendo livros e conversando com os colegas. Comece a prestar mais atenção naquele carinha que sempre te olhou diferente e você nunca deu bola! Quem sabe não vira romance?

Disponível em: http://atrevid.uol.com.br/arrasa/ficadas-e-rolos/gostar-de-alguem-saiba-como-lidar-com-esta-situacao-e-esquecer-o-garoto-de-vez/4519. Acesso em: 12 mar. 2015.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição. São Paulo, 2015 – Moderna. p. 44-7.

Entendendo a reportagem:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Atrê: abreviação de Atrevida, nome da revista onde o artigo foi publicado.

·        MSN: nome de um programa de comunicação instantânea por texto (bate-papo) pela internet.

·        Deprê: abreviação de depressão.

·        BFF: sigla derivada da expressão best friend forever (ou melhor amiga para sempre, em português).

02 – O texto que você leu aparece em uma coluna fixa denominada “Ficadas e rolos”, de uma revista feminina para adolescentes.

a)   Qual é o assunto eleito para a coluna neste número?

Dicas sobre como superar uma paixão não correspondida.

b)   Considerando o conteúdo do texto, e levando em conta o título da coluna, qual é o objetivo que se dá para ela?

O objetivo da coluna é falar sobre problemas concernentes à relação afetiva entre adolescentes.

c)   Será que o título da coluna, considerando o seu objetivo, seria o mesmo se estivesse em uma revista masculina? Explique.

Esta questão visa à participação dos meninos na discussão, de modo a possibilitar às meninas conhecer mais sobre o universo masculino e aos meninos compartilhar o universo deles.

03 – Na matéria, a repórter aponta cinco atitudes importantes para esquecermos alguém de quem ainda gostamos.

a)   Essas atitudes indicam algumas outras indesejáveis ou inadequadas que temos a tendência de ter nesta fase. De acordo com o texto, quais são as atitudes indesejadas?

Tentar se reaproximar da pessoa que nos deu um fora, ficar seguindo essa pessoa em redes, sociais, ficar remexendo em coisas que lembram essa pessoa (como fotos, bilhetes, etc.), guardar sua tristeza só para si, deixar de fazer as coisas e de viver normalmente.

b)   Você concorda com os cinco conselhos dados para evitar essas atitudes e esquecer alguém? Teria algum outro para apresentar?

Resposta pessoal do aluno.

04 – Você diria que esses conselhos para esquecer são válidos para garotos e garotas? Seria dito o mesmo se a matéria estivesse em uma revista masculina? Explique.

      Resposta pessoal do aluno.

05 – Como você resumiria em uma frase o que, segundo a matéria, deve ser feito para esquecer uma pessoa de quem se gosta?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Devemos seguir a vida adiante e evitar qualquer contato com a pessoa e com coisas que nos fazem lembrar dela (redes sociais, fotos, cartas...).

06 – Você acredita que esquecer alguém de quem se gosta – seja um ex-namorado ou ex-namorada, seja um ou uma “ficante” – é mais fácil para os garotos do que para as garotas? Explique.

      Resposta pessoal do aluno.

07 – Assinale a alternativa que esclarece que tipo de informação a matéria pretende apresentar ao leitor:

     Informações sobre a experiência pessoal que a repórter tem sobre o assunto.

·        Conselhos ou orientações que a repórter e seus colaboradores podem dar sobre o que fazer na situação apresentada.

·        Opinião da repórter sobre o assunto tratado.

 

ARTIGO DE OPINIÃO: O PRIMEIRO BEIJO - DIEGO AQUINO - COM GABARITO

 Artigo de opinião: O primeiro beijo

                             Diego Aquino

         O quanto esse momento é importante para os adolescentes

        Quando entramos na adolescência, algumas coisas ganham extrema importância nas nossas vidas, umas delas é o primeiro beijo. Idealizamos o jeito, o lugar e a pessoa com quem iremos compartilhar esse momento. O nervosismo e a pressa tomam conta de nossas mentes e imaginamos mil coisas a respeito desse ato que depois de algum tempo, pode virar algo tão comum e superficial.

        O primeiro beijo é uma experiência marcante, seja pela descoberta ou pela demonstração de afeto. É nessa hora que temos nosso primeiro contato íntimo com uma outra pessoa. Mas, acredito que muitos desses pré-adolescentes não pensam em dar o primeiro beijo apenas por vontade própria, e sim pela opinião dos colegas que na sua maioria já passaram por isso.

        Estar em um grupo de adolescentes e dizer que nunca beijou ninguém pode significar um grande mico. Esses são os famosos BV´s, os "bocas virgens". Ser BV é estar fora do padrão que eles mesmos criaram. Lembro da minha época de escola, na qual o limite era até a quinta série, passou dali já estava fora do "prazo". Tenho certeza de que esse tempo diminuiu, afinal vivemos em uma sociedade cada vez mais precoce.

        O tempo passa e todos amadurecem. A conta de quantos beijos um adolescente já deu, se perde. E a importância dada esse ato termina. Por outro lado, a adolescência é uma fase de descobertas. Outras experiências começam a aflorar tornando-se tão ou mais importantes quanto o beijo na pré-adolescência.

        Em uma balada, por exemplo, é muito comum um indivíduo beijar várias pessoas. O momento é simples e rápido e o nome, nessa história, é o que menos importa. Conheço jovens que já beijaram mais de dez em uma noite! E os que vão embora sem beijar ninguém, mais uma vez ficam fora do padrão. É nesse momento que fica claro o quanto o beijo se torna algo superficial, afinal beijar várias pessoas em um período tão curto, não tem o mínimo valor emocional. São apenas números para serem exibidos aos amigos.

        Devemos encarar as descobertas da vida da melhor maneira possível, para não nos arrependermos mais tarde. O primeiro beijo, como tantos outros momentos, é importante. Coisas que não voltam mais. Não sou um puritano que acha que todos devem beijar somente quando estiver apaixonado. A adolescência é uma fase passageira e devemos aproveita-la. Mas, respeitar nossos limites, preferências e tempos, sem se importar com o que os outros pensam, só fará bem para nós mesmos.

AQUINO, Diego. O primeiro beijo. Disponível em: http://www.guiadasemana.com.br/Sao_Paulo/Teen/Noticia/Primeiro_Beijo.aspx?id=49291. Acesso em: 9 mar. 2015.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição. São Paulo, 2015 – Moderna. p. 40-2.

Entendendo o artigo de opinião:

01 – O texto que você acabou de ler é um artigo de opinião, escrito por um estudante de jornalismo, e foi retirado da revista eletrônica Teen, do portal Guia da Semana.

a)   No primeiro parágrafo, o autor apresenta a sua opinião sobre o assunto tratado. Qual é esse assunto?

A importância do primeiro beijo para o adolescente.

b)   Observe a frase final desse parágrafo:

        “[...] O nervosismo e a pressa tomam conta de nossas mentes e imaginamos mil coisas a respeito desse ato que depois de algum tempo, pode virar algo tão comum e superficial.

I – A informação em destaque se refere a quê? O que “pode virar algo tão comum e superficial”?

Refere-se ao beijo, indicado no trecho como (d)esse ato.

II – Escolha a frase correta em relação ao objetivo da oração que aparece em negrito. 

   a) Manter a mesma ideia sobre o beijo, apresentada no início do mesmo parágrafo.

·        Acrescentar uma ideia sobre o beijo que contrasta com a apresentada no início do mesmo parágrafo. 

       b) Acrescentar uma ideia sobre o beijo comum, que é diferente da ideia do primeiro beijo apresentada no início do mesmo parágrafo.

         c)   Como poderia ser sintetizada a opinião do autor sobre o primeiro beijo na adolescência?

Ele considera que nessa fase o primeiro beijo é muito importante, mas que, depois dele, beijar pode se tornar um ato comum e superficial.

d)   Você concorda com ele? Explique a sua posição.

Resposta pessoal do aluno.

02 – A seguir, apresentamos um trecho da mensagem que a leitora L. deixou no fórum de discussão da revista, sobre esse artigo:

        “Meu primeiro beijo [...] foi numa festa [...]. Eu ñ ia mais minhas amigas me empurraram e quando me dei conta já estava na frente do garoto, aí tive que ir [...]”. O que L. contou tem relação com que trecho do artigo? Explique essa relação.

      Tem relação com o trecho em que o autor diz que os adolescentes “não pensam em dar o primeiro beijo apenas por vontade própria, e sim pela opinião dos colegas que na sua maioria já passaram por isso”. O relato de L. fala justamente sobre a influência de suas amigas, que forçaram a situação.

03 – Como o autor conclui o texto?

      Ele diz que devemos aproveitar as descobertas da adolescência respeitando nossos limites, sem nos preocuparmos com o que os outros pensam.

04 – Você acredita que a pessoa que escreveu esse artigo tem autoridade para falar sobre o assunto? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Porque o autor fala como um futuro jornalista e como um jovem que há pouco tempo passou por essa etapa de sua vida e conta com a sua experiência pessoal para falar sobre o assunto.

05 – Agora, vamos observar o que o autor do artigo usou para defender a sua opinião, como ele construiu a sua argumentação. 

a)   O autor inicia seu texto afirmando que o primeiro beijo tem uma grande importância na adolescência. Como ele justifica essa afirmação?

Ele diz que é uma experiência marcante, porque é um momento de descoberta, é o primeiro contato íntimo com outra pessoa.

b)   Que argumentos o autor usa, ao longo do texto, para sustentar a sua opinião de que o primeiro beijo é importante, mas que depois de algum tempo beijar pode virar algo comum e artificial?

O autor argumenta que muitos adolescentes não pensam em dar o primeiro beijo só por vontade própria, mas também por pressão da turma; os adolescentes passam a beijar par fugir da classificação de BV; o ato de se torna comum, rápido e impessoal – beijam-se muitas pessoas em uma mesma balada sem nem saber o nome de quem se beija.

c)   Qual dos tipos de argumentos apresentados a seguir foi usado pelo autor?

·        Argumentos de autoridade: o autor usa falas de especialistas para sustentar o seu ponto de vista sobre o assunto.

·        Argumentos de exemplificação: para sustentar a sua opinião, o autor usa fatos da sua experiência como ex-adolescente e como observador.

·        Argumentos de princípio: o autor apresenta o que pensa parte da sociedade sobre o primeiro beijo.

06 – Observe algumas das escolhas que o autor fez para apresentar sua opinião seus argumentos.

·        Na apresentação da opinião:

“[...] algumas coisas ganham extrema importância nas nossas vidas, uma delas é o primeiro beijo.”

“[...] imaginamos mil coisas a respeito desse ato [o beijo] que [...] pode virar algo tão comum e superficial.”

·        Na defesa da opinião (argumentação) e finalização do texto:

“Mas acredito que muitos desses adolescentes não pensam [...].”

“[...] e dizer que nunca beijou ninguém pode significar um grande mico.”

Tenho certeza de que esse tempo diminuiu [...]”

Devemos encarar as descobertas da vida [...]”

a)   Em seu caderno, copie e separe todos os fragmentos de frases em dois grupos:

     I – Os que expressam a certeza do autor em relação ao que está dizendo.

1.   [...] algumas coisas ganham extrema importância nas nossa vidas, uma delas é o primeiro beijo; 2. Tenho certeza de que esse tempo diminuiu [...]; 3. Devemos encarar as descobertas da vida [...].

     II – Os que sugerem certo grau de incerteza (certeza relativa) ou de possibilidade.

1.   [...] (o beijo) pode virar algo tão comum e superficial; 2. Mas acredito que muitos desses adolescentes não pensam [...]; 3. [...] e dizer que nunca beijou ninguém pode significar um grande mico.

     b)   O que você observou nas frases para separá-las nesses dois grupos?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: que deixam marcadas no texto a relação do autor com a informação ou a ideia que está apresentado o leitor.