Mensagem: Construindo o auto perdão
Redação do Momento Espírita
2.5/5 (2)
Não há ninguém que viva as experiências
terrenas sem falhas ou incorreções.
Todos trazemos limitações pessoais,
tormentos emocionais, que nos levam quase que, inevitavelmente, a cometer
tropeços aqui e acolá.
Não raro, imaginamos nossos erros como
irreparáveis, de alta gravidade, clamorosos mesmo, chegando a imaginar que não
merecem perdão.
Essa é uma ideia falsa e perturbadora.
Entender nossos equívocos dessa forma é
trilhar caminho perigoso para posturas de desamor e descrença em nós mesmos,
atalho fácil para novos e talvez maiores comprometimentos.
Desde que percebemos o erro cometido,
que nos damos conta da atitude indevida, permitindo-nos o arrependimento,
revelamos indícios de maturidade.
E, para que esse não permaneça vazio e
sem sentido, é necessário o esforço pessoal para a reparação do mal feito.
A partir do momento que nós resolvemos
por mudar para melhor, nos reabilitarmos, damos passo importante para a
construção de nosso futuro.
Estarmos dispostos à reestruturação
pessoal é fundamental.
Somos todos filhos de Deus, que nos ama
e nos espera. Assim, avancemos pelo roteiro traçado, sem culpas guardadas na
alma, que para nada nos servirão.
Se erramos, é hora de planejar novos
passos para imediata reparação, sem nos alongarmos, demasiadamente, em arrependimentos
que nada constroem.
Percebamos que a treva mais densa é
vencida pelo delicado raio de luz de um pirilampo.
Assim também venceremos nossas
dificuldades.
É verdade que os desígnios de Deus são
de justiça mas, também é certo que nos alcançam envoltos nas bênçãos da sua
misericórdia e do seu amor.
Ainda erraremos muito antes de
acertarmos com segurança a melhor maneira de agir, nesse natural processo de
auto burilamento.
Portanto, não nos aprisionemos nos profundos
poços de nossos tropeços.
Levantemos mil vezes se assim for
necessário, para mil recomeços de nossa trajetória.
Por mais isolados que pareçamos estar,
nenhum de nós caminha sozinho, abandonado pelo Pai.
Exultemos ante os presentes divinos que
nos são ofertados: o dom da vida, da saúde física, da beleza que a natureza
imprime em tudo que nos cerca.
Não há porquê invejar aqueles que já
superaram as dificuldades que ainda temos a enfrentar em nosso íntimo. Eles
também, tal qual agora nos ocorre, tiveram seus enfrentamentos com as próprias
limitações e venceram a si mesmos.
Ao triunfarmos das provas e expiações
que nos aprimoram, seremos tal como o diamante que brilha, mas que não mais se
recorda dos golpes que sofreu durante sua lapidação.
Amemos a vida, recuperando a alegria
real para que nosso sorriso seja de plenitude, superando as decepções que
colecionamos de nós mesmos.
Nem os estados d’alma em arrependimento
depressivo, tampouco a leviandade da conivência com os erros cometidos.
Que esses erros nos sirvam de lições
capazes de insculpir, em nossa intimidade, as leis imortais, que nos foram
reveladas pelo suave Cantor da Galileia.
Redação do Momento
Espírita, com base no cap. 26, do
livro Seja feliz hoje, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 26.7.2017.
Mensagens
Espírita: O livro dos Espíritos
ALLAN KARDEC –
Tradução Matheus R. Camargo
Perguntas
e respostas
Livro Segundo
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
Capítulo I
SOBRE OS ESPÍRITOS
SEGUNDA
ORDEM – ESPÍRITOS BONS
107 – Características gerais – Predominância do espírito sobre a matéria;
desejo do bem. Suas qualidades e sua capacidade de fazer o bem decorrem do grau
que alcançaram: uns têm a ciência, outros a sabedoria e a bondade; os mais
adiantados reúnem o saber às qualidades morais. Por ainda não estarem
completamente desmaterializados, conservam mais ou menos – conforme sua classe
– os traços da existência corporal, seja na forma da linguagem, seja em seus
costumes, nos quais se encontram inclusive algumas de suas manias; de outra
forma, seriam Espíritos perfeitos.
Compreendem Deus e o infinito, e já
desfrutam da felicidade dos bons. Sentem-se felizes com o bem que fazem e com o
mal que impedem. O amor que os une é, para eles, a fonte de uma felicidade
inefável, que não é alterada nem pela inveja, nem pelos remorsos, tampouco por
quaisquer das paixões que atormentam os Espíritos imperfeitos. Mas todos ainda
têm de passar por provações, até que atinjam a perfeição absoluta.
Enquanto Espíritos, suscitam bons
pensamentos, desviam os homens do caminho do mal, protegem os que durante a
vida tornam-se dignos disso, e neutralizam a infância dos Espíritos imperfeitos
sobre aqueles que não se comprazem nela.
Quando encarnados, esses Espíritos são
bons e benévolos aos seus semelhantes; não os movem o orgulho, nem o egoísmo,
nem a ambição. Não sentem ódio, rancor, inveja ou ciúme, e fazem o bem pelo
bem.
A essa ordem pertencem os Espíritos
designados, nas crenças vulgares, sob os nomes de gênios bons, gênios
protetores, Espíritos do bem. Nos tempos de superstições e ignorância, foram
considerados divindades benfeitoras.
Podemos dividi-los em quatro grupos
principais:
108 – Quinta classe. ESPÍRITOS
BENFEITORES – Sua qualidade predominante é a bondade; têm prazer em prestar
serviços aos homens e em protege-los, mas seu saber é limitado: seu progresso
se realizou mais no sentido moral que no sentido intelectual.
109 – Quarta classe. ESPÍRITOS
SÁBIOS – O que especialmente os distingue é a amplitude de seus
conhecimentos. Preocupam-se menos com as questões morais que com as
científicas, para as quais têm mais aptidão; no entanto, consideram a ciência
apenas do ponto de vista de sua utilidade, sem nenhuma das paixões próprias dos
Espíritos imperfeitos.
110 – Terceira classe. ESPÍRITOS
PRUDENTES – As qualidades morais da ordem mais elevada constituem seu
caráter distintivo. Sem ter conhecimentos ilimitados, são dotados de uma
capacidade intelectual que lhes dá um lúcido julgamento sobre os homens e as
coisas.
111 – Segunda classe. ESPÍRITO
SUPERIORES – Reúnem em si a ciência, a sabedoria e a bondade. Sua linguagem
transpira benevolência; é sempre digna, elevada e frequentemente sublime. Sua
superioridade os torna mais aptos que os outros a nos fornecer definições mais
exatas sobre as coisas do mundo incorpóreo, nos limites do que é permitido ao
homem conhecer. Comunicam-se voluntariamente com os que buscam a verdade com
sinceridade, e cujas almas estão suficientemente desprendidas dos laços
terrenos para compreendê-la; porém, afastam-se dos que agem por simples
curiosidade ou que, por influência da matéria, se desviam da prática do bem.
Quando, excepcionalmente, encarnam na
Terra, é para cumprir uma missão de progresso, e então nos oferecem o exemplo
de perfeição a que a humanidade pode aspirar neste mundo.