sexta-feira, 12 de abril de 2019

POEMA: CANÇÃO AMIGA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

Poema: Canção amiga 
               Carlos Drummond de Andrade

Eu preparo uma canção
em que minha mãe se reconheça,
todas as mães se reconheçam,
e que fale como dois olhos.

Caminho por uma rua
que passa em muitos países.
Se não me veem, eu vejo
e saúdo velhos amigos.

Eu distribuo um segredo
como quem ama ou sorri.
No jeito mais natural
dois carinhos se procuram.

Minha vida, nossas vidas
formam um só diamante.
Aprendi novas palavras
e tornei outras mais belas.

Eu preparo uma canção
que faça acordar os homens
e adormecer as crianças. 
           ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa e prosa.
      Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1978.

Entendendo o poema:
01 – Por que o título do poema é "canção amiga"? 
      Porque se trata de uma música e de amizade.

02 – Na sua opinião, que segredo que o poeta distribui como quem ama ou sorri?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: felicidade, amor e carinho.

03 – Como fazer uma canção que acorde os homens e adormeça as crianças? 
      Para acordar os homens uma canção mais agitada, já para adormecer as crianças uma canção de ninar.

ARTIGO DE OPINIÃO: BRINCADEIRAS AGRESSIVAS - LUELYN JOCKYMANN - COM QUESTÕES GABARITADAS

ARTIGO DE OPINIÃO: Brincadeiras agressivas
                                 Luelyn Jockymann 
          “A agressividade em filhotes pode ter várias causas e deve ser tratada antes que fuja ao controle dos proprietários”

        Gatinhos são a coisa mais fofa desse mundo. Mas o que fazer quando aquela linda bolinha de pelos morde e arranha como se fosse um tigre? A agressividade em filhotes de gato pode ter várias causas e deve ser tratada o mais cedo possível, antes que fuja ao controle dos proprietários.
        Hoje em dia se sabe que alguma agressividade pode ser herdada por parte do pai. Infelizmente, no caso de gatinhos achados na rua, não temos informações sobre sua história pregressa, então não podemos determinar qual será o seu temperamento. Mas até descartarmos outras causas externas, pensar que nosso gato é filho de uma jaguatirica deve ser a última coisa a ser considerada. O mais provável é que esteja faltando atenção e exercício.
        Gatos que não conviveram com as mães desde pequenos, ou que foram separados da ninhada com poucas semanas de idade, perdem sua capacidade de se relacionar socialmente, seja com outros gatos ou com seres humanos. Isso ocorre porque é a mãe quem ensina os filhotes a comer, brincar e se relacionar com o ambiente. Os gatinhos aprendem por observação. Na falta da mãe, eles perdem o modelo e, como sempre brincam com seus irmãos, se forem privados disso, não saberão brincar. Consequentemente, tem muita energia para gastar e não sabem simular brigas e caçadas. Um gato que não aprendeu a brincar pode morder ou arranhar com muita força a mão do dono e não saber a hora de parar.
        Um caso muito comum é de filhotes que atacam os pés dos donos em movimento. Como não tem nada mais atraente para atacar, pés em movimento parecem deliciosos o suficiente para serem capturados. Isso pode ser extremamente desagradável e muito doloroso. Esse problema pode ser resolvido dando mais brinquedos e mais atividade para o pequeno, para que gaste energia com outras coisas.
        Bicho gosta de brincadeira suave, delicada. Luta... nem pensar!
        Brincadeiras brutas e agressivas desencadeiam agressividade. Simulações de lutas devem ser evitadas em qualquer ocasião, com qualquer espécie animal e em qualquer idade. Bicho gosta de brincadeira suave, delicada. Pense no seu tamanho e no tamanho do seu pet e veja quanto desagradável pode ser ter um gigante apertando sua barriga ou espremendo sua cara. Nada mais resta fazer do que devolver na mesma moeda, mordendo e arranhando para se livrar desse ataque brutal. Por esta mesma razão crianças e gatinhos devem ser supervisionados todo tempo. A criança não sabe dosar sua força; e o gato vai se defender se for machucado. Isso acaba mal para os dois lados. Nenhuma criança deve ser privada de conviver com um gatinho; e os dois devem se respeitar para viver em harmonia. Assim como a gata ensina seu filhote a brincar, cabe aos pais ensinarem seus filhos a interagir com felinos.
        Uma das brincadeiras mais divertidas para gatos e seus donos é correr a mão por baixo das cobertas e esperar o ataque. Pois saiba que isso é totalmente proibido! O alvo das brincadeiras nunca pode ser uma parte do nosso corpo, mas sim um objeto inanimado, de preferência próprio para gatos. Se convidarmos o gato a nos atacar ao mexermos a mão, como ficarmos bravos com ele se furar nossa pele? 
        Dê brinquedos variados ao gatinho. O melhor é aquele com o qual brincamos junto com ele. Nenhum gato brinca com algo sozinho. Sua brincadeira predileta sempre vai ser com o dono. 
        Foi realizado um estudo onde 10 brinquedos diferentes foram oferecidos a três gatos. 
        Penas em vara de pescar, bolinhas de ping-pong, bolinhas de papel, novelos de lã, bonecos, mordedores. Se o dono não brincasse junto, nenhum deles demonstrou preferência por nenhum tipo em particular. Mas, se o dono brincasse somente com um desses brinquedos, esse passava ao primeiro lugar para os três gatos do experimento.
        Não adianta, gatos gostam de gente e devemos dedicar-lhes pelo menos meia hora do dia para brincadeiras. Se forem bebês, dedique mais de uma hora por dia e deixe bastante brinquedos à sua disposição. Os filhotes têm muita energia para gastar e, se não brincarem, são como panelas de pressão, vão atacar alguma coisa, de preferência, que se mexa. Toda energia acumulada vai acabar nos seus tornozelos.
        Se você não tem tempo para dedicar ao seu amiguinho, considere adquirir outro da mesma idade e de temperamento parecido. Esse é um dos poucos distúrbios de comportamento que pode ser tratado por outro animal melhor do que pelo ser humano. Pense bem, não seria maravilhoso ter dois anjinhos dormindo no sofá ao invés de uma onça pronta para dar o bote quando você chegar em casa?

                                             Revista Pulo do Gato, set. – out. 2008. 

Luelyn Jockymann é médica veterinária especialista no comportamento de cães e gatos. Animaletto Saúde e Bem-estar de Cães e Gatos
Entendendo o texto: 
01 – Quais as informações mais importantes dessa matéria jornalística? 
      A matéria informa sobre os cuidados que se deve ter com brincadeiras entre humanos – sobretudo crianças – e filhotes de gatos, dada a fragilidade destes e a possibilidade de que eles respondam agressivamente a carícias excessivas.

02 – Quem são seus prováveis leitores? Por quê?
      Os prováveis leitores da revista são os criadores de gatos, mas a matéria é de interesse geral.

03 – A partir das informações levantadas na questão 1, procure dividir o texto em partes, indicando onde começa e onde termina cada parte.
      O primeiro parágrafo introduz o assunto. Os parágrafos de dois a sete ampliam e desenvolvem o tema. O oitavo parágrafo amplia a temática inicial, introduzindo um subtema, que será desenvolvido no nono e no décimo parágrafos. O último parágrafo recupera o tema inicial e fecha o texto.

04 – Existe uma questão polêmica ou tese que é defendida no texto? Em caso afirmativo, indique.
      Não há uma questão polêmica, mas o texto procura desenvolver a tese de que a agressividade dos gatos está ligada à forma como são tratados quando filhotes.

05 – Localize no texto alguns trechos argumentativos.
      Resposta pessoal do aluno. Os trechos argumentativos podem ser rastreados a partir da expressão das circunstâncias de causa, consequência e finalidade, disseminadas ao longo do texto. Será um exercício interessante localizar todas essas ocorrências com os alunos. As orações subordinadas adverbiais utilizadas são o principal indício dos argumentos.

06 – Além dos trechos argumentativos, há também partes do texto que se caracterizam pela descrição e pela explicação. Dê um exemplo de trecho descritivo e um exemplo de trecho explicativo.
      Resposta pessoal do aluno. A descrição encontra-se espalhada por todo o texto, ocorrendo, principalmente, quando o enunciador refere aos objetos que servem do brinquedo ao gato. A explicação está, sobretudo, no terceiro, no quinto e no nono parágrafos.

07 – Considerando suas hipóteses acerca do que seja um artigo de opinião, responda: o texto “Brincadeiras agressivas” pode ser considerado um artigo de opinião? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.



MENSAGEM ESPÍRITA: CONSTRUINDO O AUTO PERDÃO - O LIVRO DOS ESPÍRITOS - SEGUNDA ORDEM - ESPÍRITOS BONS - PARA REFLEXÃO

Mensagem: Construindo o auto perdão
Redação do Momento Espírita 2.5/5 (2)


        Não há ninguém que viva as experiências terrenas sem falhas ou incorreções.
        Todos trazemos limitações pessoais, tormentos emocionais, que nos levam quase que, inevitavelmente, a cometer tropeços aqui e acolá.
        Não raro, imaginamos nossos erros como irreparáveis, de alta gravidade, clamorosos mesmo, chegando a imaginar que não merecem perdão.
        Essa é uma ideia falsa e perturbadora.
        Entender nossos equívocos dessa forma é trilhar caminho perigoso para posturas de desamor e descrença em nós mesmos, atalho fácil para novos e talvez maiores comprometimentos.
        Desde que percebemos o erro cometido, que nos damos conta da atitude indevida, permitindo-nos o arrependimento, revelamos indícios de maturidade.
        E, para que esse não permaneça vazio e sem sentido, é necessário o esforço pessoal para a reparação do mal feito.
        A partir do momento que nós resolvemos por mudar para melhor, nos reabilitarmos, damos passo importante para a construção de nosso futuro.
        Estarmos dispostos à reestruturação pessoal é fundamental.
        Somos todos filhos de Deus, que nos ama e nos espera. Assim, avancemos pelo roteiro traçado, sem culpas guardadas na alma, que para nada nos servirão.
        Se erramos, é hora de planejar novos passos para imediata reparação, sem nos alongarmos, demasiadamente, em arrependimentos que nada constroem.
        Percebamos que a treva mais densa é vencida pelo delicado raio de luz de um pirilampo.
        Assim também venceremos nossas dificuldades.
        É verdade que os desígnios de Deus são de justiça mas, também é certo que nos alcançam envoltos nas bênçãos da sua misericórdia e do seu amor.
        Ainda erraremos muito antes de acertarmos com segurança a melhor maneira de agir, nesse natural processo de auto burilamento.
        Portanto, não nos aprisionemos nos profundos poços de nossos tropeços.
        Levantemos mil vezes se assim for necessário, para mil recomeços de nossa trajetória.
        Por mais isolados que pareçamos estar, nenhum de nós caminha sozinho, abandonado pelo Pai.
        Exultemos ante os presentes divinos que nos são ofertados: o dom da vida, da saúde física, da beleza que a natureza imprime em tudo que nos cerca.
        Não há porquê invejar aqueles que já superaram as dificuldades que ainda temos a enfrentar em nosso íntimo. Eles também, tal qual agora nos ocorre, tiveram seus enfrentamentos com as próprias limitações e venceram a si mesmos.
        Ao triunfarmos das provas e expiações que nos aprimoram, seremos tal como o diamante que brilha, mas que não mais se recorda dos golpes que sofreu durante sua lapidação.
        Amemos a vida, recuperando a alegria real para que nosso sorriso seja de plenitude, superando as decepções que colecionamos de nós mesmos.
        Nem os estados d’alma em arrependimento depressivo, tampouco a leviandade da conivência com os erros cometidos.
        Que esses erros nos sirvam de lições capazes de insculpir, em nossa intimidade, as leis imortais, que nos foram reveladas pelo suave Cantor da Galileia.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 26, do
livro Seja feliz hoje, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 26.7.2017.

Mensagens Espírita: O livro dos Espíritos

ALLAN KARDEC – Tradução Matheus R. Camargo
Perguntas e respostas
                      Livro Segundo
MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS

                       Capítulo I
        SOBRE OS ESPÍRITOS
SEGUNDA ORDEM – ESPÍRITOS BONS

107 – Características gerais – Predominância do espírito sobre a matéria; desejo do bem. Suas qualidades e sua capacidade de fazer o bem decorrem do grau que alcançaram: uns têm a ciência, outros a sabedoria e a bondade; os mais adiantados reúnem o saber às qualidades morais. Por ainda não estarem completamente desmaterializados, conservam mais ou menos – conforme sua classe – os traços da existência corporal, seja na forma da linguagem, seja em seus costumes, nos quais se encontram inclusive algumas de suas manias; de outra forma, seriam Espíritos perfeitos.
        Compreendem Deus e o infinito, e já desfrutam da felicidade dos bons. Sentem-se felizes com o bem que fazem e com o mal que impedem. O amor que os une é, para eles, a fonte de uma felicidade inefável, que não é alterada nem pela inveja, nem pelos remorsos, tampouco por quaisquer das paixões que atormentam os Espíritos imperfeitos. Mas todos ainda têm de passar por provações, até que atinjam a perfeição absoluta.
        Enquanto Espíritos, suscitam bons pensamentos, desviam os homens do caminho do mal, protegem os que durante a vida tornam-se dignos disso, e neutralizam a infância dos Espíritos imperfeitos sobre aqueles que não se comprazem nela.
        Quando encarnados, esses Espíritos são bons e benévolos aos seus semelhantes; não os movem o orgulho, nem o egoísmo, nem a ambição. Não sentem ódio, rancor, inveja ou ciúme, e fazem o bem pelo bem.
        A essa ordem pertencem os Espíritos designados, nas crenças vulgares, sob os nomes de gênios bons, gênios protetores, Espíritos do bem. Nos tempos de superstições e ignorância, foram considerados divindades benfeitoras.

        Podemos dividi-los em quatro grupos principais:

108 – Quinta classe. ESPÍRITOS BENFEITORES – Sua qualidade predominante é a bondade; têm prazer em prestar serviços aos homens e em protege-los, mas seu saber é limitado: seu progresso se realizou mais no sentido moral que no sentido intelectual.

109 – Quarta classe. ESPÍRITOS SÁBIOS – O que especialmente os distingue é a amplitude de seus conhecimentos. Preocupam-se menos com as questões morais que com as científicas, para as quais têm mais aptidão; no entanto, consideram a ciência apenas do ponto de vista de sua utilidade, sem nenhuma das paixões próprias dos Espíritos imperfeitos.

110 – Terceira classe. ESPÍRITOS PRUDENTES – As qualidades morais da ordem mais elevada constituem seu caráter distintivo. Sem ter conhecimentos ilimitados, são dotados de uma capacidade intelectual que lhes dá um lúcido julgamento sobre os homens e as coisas.

111 – Segunda classe. ESPÍRITO SUPERIORES – Reúnem em si a ciência, a sabedoria e a bondade. Sua linguagem transpira benevolência; é sempre digna, elevada e frequentemente sublime. Sua superioridade os torna mais aptos que os outros a nos fornecer definições mais exatas sobre as coisas do mundo incorpóreo, nos limites do que é permitido ao homem conhecer. Comunicam-se voluntariamente com os que buscam a verdade com sinceridade, e cujas almas estão suficientemente desprendidas dos laços terrenos para compreendê-la; porém, afastam-se dos que agem por simples curiosidade ou que, por influência da matéria, se desviam da prática do bem.
        Quando, excepcionalmente, encarnam na Terra, é para cumprir uma missão de progresso, e então nos oferecem o exemplo de perfeição a que a humanidade pode aspirar neste mundo.

quarta-feira, 10 de abril de 2019

MÚSICA(ATIVIDADES): ESTRELA - GILBERTO GIL - COM QUESTÕES GABARITADAS

Música(Atividades): Estrela

                             Gilberto Gil
Há de surgir
Uma estrela no céu
Cada vez que ocê sorrir
Há de apagar
Uma estrela no céu
Cada vez que ocê chorar

O contrário também
Bem que pode acontecer
De uma estrela brilhar
Quando a lágrima cair
Ou então
De uma estrela cadente se jogar
Só pra ver
A flor do seu sorriso se abrir

Hum!
Deus fará
Absurdos
Contanto que a vida
Seja assim
Sim
Um altar
Onde a gente celebre
Tudo que Ele consentir
                                              Composição: Gilberto Gil

Entendendo a canção:
01 – Qual o gênero textual da canção?
      É uma poesia romântica.

02 – De que se trata a canção?
      A letra diz que Deus faz maravilhas, milagres, e que pode sim uma estrela surgir a cada sorriso, pode uma estrela cadente se jogar para fazer alguém sorrir, tudo na vontade de Deus.

03 – Nos versos: “O contrário também / Bem que pode acontecer”, o que o eu lírico quer dizer?
      Ele está falando da dualidade entre o comportamento da estrela e o comportamento da estrela e o comportamento da pessoa.

04 – Que tipo de linguagem foi escrita esta canção? Por quê?
      Linguagem informal (coloquial). Porque é uma linguagem utilizada no cotidiano em que não exige atenção total da gramática.

05 – Cite versos onde encontramos a linguagem coloquial.
      “Cada vez que ocê sorrir.”
      “Cada vez que ocê chorar.”




FÁBULA: OS DESAFIOS NOS FORTALECEM - JACIR JOSÉ VENTURI - COM GABARITO


Fábula: Os desafios nos fortalecem

        Japonês gosta de peixe, mas de peixe fresco. Gosta de receber visitas, mas de visitas breves. A analogia é pertinente: para um nipônico, visita é como peixe: fresco e gostoso no primeiro dia, bom no segundo dia, mas no terceiro dia começa a cheirar mal.
        Agora, deixemos de lado as visitas que entraram na história somente para fazer blague. O fato é que japoneses gostam de pescado fresco; mas, como obtê-lo se em suas costas marítimas não há mais peixes? Pensaram ter encontrado a solução ao construírem barcos com maior autonomia para permanecerem semanas em alto-mar. No retorno, porém, ao aportarem, os pescados estavam sem viço, sem frescor. E japonês não compra pescado velho.
        Nova tentativa: instalaram câmaras frigoríficas e os peixes chegavam congelados ao porto. No entanto, japonês não aprecia pescado congelado. Sashimi assim, nem pensar! Altera o paladar.
        Surgiu, então, uma nova solução que parecia definitiva: aumentaram o tamanho dos navios e neles instalaram grandes tanques. Entretanto, ao retornarem à costa, após semanas ao largo, os peixes estavam exauridos, com poucos movimentos. Eram mortos- vivos. E japonês não é bobo! Aperta o peixe, observa a cor das guelras, dos olhos... e não compra!
         Foi então que alguém teve uma ideia muito criativa. Ainda em alto-mar, atirar um pequeno tubarão para cada tanque. A fim de saciar a fome, o tubarão devora alguns peixes. Mas, por ter de enfrentar o desafio, a maioria chega ao porto bem viva, lépida e com boa aparência.

        Moral da história: Num ambiente competitivo, podemos ser engolidos pelo nosso antagonista, mas quando somos desafiados saímos fortalecidos.

                                                Jacir José Venturi.
Entendendo a fábula:

01 – Para que serve uma fábula?
(   ) Divertimento.
(X) Ensinamento.
(   ) Informação.

02 – O texto que você acabou de ler é:
(   ) Uma crônica em que o autor trata de um assunto do dia-a-dia.
(   ) Um conto de fadas.
(X) Uma fábula, isto é, uma pequena história com ensinamento moral.

03 – Em que lugar se passa essa história?
      Passa no Japão.

04 – De que o texto fala?
      Fala de como consumir peixes frescos vindo do alto-mar.

05 – De acordo com o texto, na Costa Japonesa não há mais peixes. Qual foi a solução encontrada?
      Construíram barcos com maior autonomia para permanecerem em alto-mar.

06 – Deu certo a solução encontrada? Por quê?
      Não. Porque os pescados estavam sem viço, sem frescor.

07 – Numa segunda tentativa, qual foi a decisão tomada? Teve êxito? Por quê?
      Na segunda tentativa, instalaram câmaras frigoríficas. Não, porque os pescados chegavam congelados.

08 – Por que, para os japoneses, só serve se for peixes frescos?
      Porque eles utilizam os peixes cru em sua culinária. Congelados ele perde o paladar.

09 – Diante de duas tentativa fracassada, qual foi a decisão tomada pelos navios pesqueiros?
      Colocar um tubarão pequeno em cada tanque, assim, os peixes tentariam escapar do tubarão, e se manteriam em constante movimento, chegando ao porto ainda bem vivo.

10 – Qual o procedimento dos japoneses, para saber se o peixes estão mesmo fresco?
      Eles apertam o peixe, observa a cor das guelras, os olhos.

11 – No início do texto, o autor faz uma comparação entre o peixe e uma visita em casa. Qual é?
      De acordo com o texto, a visita é como peixe: fresco e gostoso no primeiro dia, bom no segundo dia e no terceiro dia começa a cheirar mal.

12 – Você concorda com a moral da história? Se não, qual seria pra você?
      Resposta pessoal do aluno.

     
     


POEMA: O GRILO GRILADO - ELIAS JOSÉ - COM GABARITO

Poema: O GRILO GRILADO
                   Elias José
O grilo,
coitado, 
anda grilado, 
e eu sei 
o que há.

Salta pra aqui, 
salta pra ali.
Cri-cri pra cá, 
cri-cri pra lá.


O grilo,
coitado, 
anda grilado 
e não quer contar.

No fundo, 
não ilude, 
é só reparar 
em sua atitude 
pra se desconfiar.

O grilo, 
coitado, 
anda grilado
e quer um analista 
e quer um doutor.

Seu Grilo, 
eu sei: 
o seu grilo
é um grilo 
de amor.
                      Elias José. Um pouco de tudo: de bichos, de gente, de flores.
                                              São Paulo: Paulinas, 1982.
Entendendo o poema:

01 – O substantivo grilo tem dois significados diferentes nesse poema. Quais são eles?
      - Grilo: o inseto.
      - Grilo (gíria): problema, preocupação.

02 – Esse mesmo substantivo dá origem à palavra grilado. No texto, o que significa grilado?
      Significa preocupado.

03 – O que há no poema que o deixa engraçado?
      O fato de o poeta brincar com sentidos diferentes da mesma palavra.

04 – Experimente, você também, brincar com o sentido das palavras. Utilizando substantivos primitivos e seus derivados, crie texto divertido, como o poema “O grilo grilado”.
      Resposta pessoal do aluno.

05 – Numere as palavras que tenham o mesmo significado:
(1) grilado
(2) ilude
(3) atitude
(4) desconfiar
(5) analista
(6) reparar

(3) jeito, modo de agir
(6) notar, prestar atenção
(2) engana
(1) preocupado
(4) achar estranho, suspeitar
(5) psicólogo, profissional que ajuda as pessoas a resolverem problemas.

06 – Cada linha do texto chama-se verso. Quantos versos tem o “Grilo Grilado”?
        Possui vinte e oito versos.

07 – Você reparou que os versos estão reunidos em grupos? Esses versos estão agrupados em estrofes. Quantas estrofes tem o poema?
      Possui seis estrofes.

08 – Quem escreveu esse poema?
      Elias José.

09 – Afinal, qual é o problema do grilo?
        Provavelmente esteja apaixonado.

10 – Reescreva o trecho do poema que apresenta uma onomatopeia.
      “Cri-cri pra cá, 
      cri-cri pra lá.”

11 – Retire do texto:

a) palavras oxítonas – Lá, Cá, Reparar.

b) palavras paroxítonas – Coitado, grilado.

TEXTO INFORMATIVO: CRIANÇAS DE FIBRA - IOLANDA HUZAK E JÔ AZEVEDO - COM GABARITO

Texto: Crianças de fibra

        Iolanda Huzak e Jô Azevedo

      Pé em sandália de couro cru e solado de pneu, a espora vai batendo no lombo do jegue para a topa ir mais rápido. Francisco, 13 anos, é mirradinho, parece bem mais novo, como outros cambiteiros – os responsáveis pelo transporte da cana para o engenho e da palha para os bois no curral. O sol passa dos 40graus na região do Crato e já é quase hora do almoço. O engenho funciona a todo vapor, em Barbalha, município com 40 mil habitantes, um dos seis produtores de cana-de-açúcar do vale do Cariri. São 70 engenhos na região.
        O grito do fiscal agita a tropa e Francisco toca em direção ao engenho. O trabalho é dividido em “fora” e “dentro”. Fora, há o corte da cana, a formação dos feixes e o transporte, trabalho de cortadores e cambiteiros. Dentro, trabalha o tombador, que joga a cana na tronqueira, onde o botador a apanha e coloca na moenda. Feita a garapa, o bagaço é jogado em um monte; e o bagaceiro-fresco pega e leva para o pátio, onde os ciscadores espalham para que seque.
        Dentro do engenho, nas caldeiras, os caldeireiros cozinham e reviram o caldo com a espumadeira, retirando espuma e impurezas, até que o ponto seja dado pelo mestre da rapadura. O calor chega a mais de 60 graus, com muito vapor saindo no nível do chão. Todos trabalham de calção e têm a pele inchada. Ganham o equivalente a três dólares por semana. Os trabalhadores podem levar um pouco de melado ou mesmo rapadura para casa, completando sua alimentação.
        “É uma escravidão, mas eles acham vantagem, pois no corte é mais duro”, comenta Francisco José de Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Missão Velha.
        Num engenho, a caminha de Missão Velha, para cada cortador de cana adulto há um menino ou adolescente rebocando feixes até o trator, que substituiu os burros. Os meninos também ajudam a cortar cana. Júlio, 13 anos, enrola os feixes, vigiado pelo cabo. É o mais novo dos seis filhos de um botador de fogo que está há 15 anos no engenho:
        “Aqui não tem futuro pra quem estuda. Onde vou trabalhar?”

                          Iolanda Huzak e Jô Azevedo. Crianças de fibra.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
Entendendo o texto:
01 – Trata-se de um texto informativo ou ficcional? Por quê?
      É um texto informativo, pois as autoras relatam fatos verdadeiros sobre o trabalho infantil em nosso país.

02 – Releia o primeiro parágrafo do texto:
a)   Faça uma pesquisa para descobrir em que estado do Brasil fica a cidade de Crato.
Fica no estado do Ceará.

b)   Na região em que você mora, há engenhos de açúcar?
Resposta pessoal do aluno.

03 – Releia o segundo e o terceiro parágrafo:
a)   Tente descobrir em que consiste o trabalho do:
·        Tombador: jogar a cana na tronqueira.

·        Botador: apanhar a cana e coloca-la na moenda.

·        Bagaceiro-fresco: pegar o bagaço e leva-lo para o pátio.

·        Ciscador: espalhar o bagaço para que seque.

·        Caldeireiro: cozinhar, revirar o caldo da cana, retirar espuma e impurezas.

·        Mestre da rapadura: dizer se o caldo está no ponto.

b)   O ambiente de trabalho perto das caldeiras é bastante insalubre, isto é, faz muito mal às pessoas. Por quê?
Porque o calor excessivo faz mal à saúde.

04 – Observe a fala de Júlio: “Aqui não tem futuro pra quem estuda”. Será que Júlio tem oportunidade de estudar? Justifique sua resposta.
      Resposta pessoal do aluno.

05 – Você já precisou trabalhar para ajudar a família? Conte como foi.
      Resposta pessoal do aluno.

06 – Em sua opinião, que oportunidades perde uma criança que trabalha?
      Resposta pessoal do aluno.