terça-feira, 31 de outubro de 2017

QUESTÕES PARA O ENEM - COM GABARITO

Questões para o ENEM

Unidade 1:
1 – (UEL – PR) Leia o texto a seguir.


Os Direitos Humanos têm um pressuposto que é o de reconhecer que aquilo que consideramos indispensável para nós é também para o próximo. Reconhecer esse postulado nos leva a outras dificuldades: definir quais bens materiais e simbólicos são indispensáveis a nós e aos outros, ou ainda, a todos os seres humanos. [...] A distinção entre ‘bens compreensíveis’, como os cosméticos, os enfeites, roupas extras, e bens incompreensíveis, como o alimento, a casa, a roupa, não é suficiente para criarmos critérios sobre quais direitos são essenciais. Poderíamos ampliar o entendimento dos bens incompreensíveis que não seriam apenas aqueles que asseguram a sobrevivência física em níveis decentes, mas também os que garantem a integridade espiritual. Desse modo, seriam bens incompreensíveis a alimentação, a moradia, o vestuário, a instrução, a saúde, a liberdade individual, o amparo da justiça pública, a resistência à opressão, e, também, o direito à crença, à opinião, ao lazer e, por que não, à arte e à literatura.

                                  Candido, A. Direitos Humanos e Literatura. Disponível em:
                          http://www.dhnet.org.br/direitos/textos/textos_dh/literatura.html.
                                                                                         Acesso em: 7 jul. 2007.

      Com base no texto, a alternativa em que o verso apresenta clara correspondência com a temática é:
a)    Vamos comer/Vamos comer feijão/Vamos comer/Vamos comer farinha/Se tiver/Se não tiver então ô ô ô ô. (Caetano Veloso. “Vamo” comer).
b)    Bebida é água. / Comida é pasto. / Você tem sede de quê? / Você tem fome de quê? / A gente não quer só comida, / A gente quer comida, diversão e arte. / A gente não quer só comida, / A gente quer saída para qualquer parte. / A gente não quer só comida, / A gente quer bebida, diversão, balé. (Arnaldo Antunes; Marcelo Fromer; Sérgio Britto. Comida).
c)    Fome do cão, fome do cão, fome do cão, fome do cão / o ronco da lara é da fome do cão / O ronco do bucho é da fome do cão / Fome do cão, fome do cão, fome do cão, fome do cão. (Raimundos. Rumbora e Rodolfo Abrandes. Fome de cão).
d)    Trem sujo da Leopoldina / Correndo correndo / Parece dizer/ tem gente com fome / tem gente com fome / tem gente com fome. (João Ricardo Solano Trindade. Tem gente com fome).
e)    Ummmm que fome / Tô com uma fome de leão / Come, come / Vou detonar o macarrão / Come, come / Batata, vagem, agrião. (Jairzinho Oliveira. Comer me faz crescer.)


2 – (FUVEST-SP).
Oh! Maldito o primeiro que, no mundo,
Nas ondas vela pôs em seco lenho!
Digno da eterna pena do Profundo,
Se é justa a justa Lei que sigo e tenho!
Nunca juízo algum, alto e profundo,
Nem cítara sonora ou vivo engenho,
Te dê por isso fama nem memória,
Mas contigo se acabe o nome e a glória                                           Camões. Os Lusíadas.

      Nos quatro últimos versos, está implicada uma determinada concepção da função da arte. Identifique essa concepção, explicando-a brevemente.
      O eu lírico determina que àqueles que se lançam aos mares não sejam dadas nem fama nem memória através da citara ou do vivo engenho, ou seja, da poesia mais alta e sublime. A arte teria, portanto, o poder de eternizar os altos feitos dos heróis, segundo as palavras do Velho do Restelo.

3 – (ENEM).
Texto 1.
Mulher, Irmã, escuta-me: não ames,
Quando a teus pés um homem terno e curvo
Jurar amor, chorar pranto de sangue,
Não creias, não, mulher: ele te engana!
As lágrimas são gotas da mentira
E o juramento manto da perfídia.
                                                           Joaquim Manoel de Macedo.

Texto 2.
Teresa, se algum sujeito bancar o
Sentimental em cima de você
E te jurar uma paixão do tamanho de um
Bonde
Se ele chorar
Se ele ajoelhar
Se ele se rasgar todo
Não acredite não Teresa
É lágrima de cinema
É tapeação
Mentira
Cai Fora.
                                                                     Manuel Bandeira.

Os autores, ao fazerem alusão às imagens da lágrima, sugerem que:
a)    Há um tratamento idealizado da relação homem/mulher.
b)    Há um tratamento realista da relação homem/mulher.
c)    A relação familiar é idealizada.
d)    A mulher é superior ao homem.
e)    A mulher é igual ao homem.

4 – (ENEM).
      Do pedacinho de papel ao livro impresso vai uma longa distância. Mas o que o escritor quer, mesmo, é isso: ver o seu texto em letra de fôrma. A gaveta é ótima para aplacar a fúria criativa; ela faz amadurecer o texto da mesma forma que a adega faz amadurecer o vinho. Em certos casos, a cesta de papel é melhor ainda.
      O período de maturação na gaveta é necessário, mas não deve se prolongar muito. “Textos guardados acabam cheirando mal”, disse Silvia Plath, [...] que, com esta frase, deu testemunho das dúvidas que atormentam o escritor: publicar ou não publicar? Guardar ou jogar fora?
                                                            Moacyr Scliar. O escritor e seus desafios.

Nesse texto, o escritor Moacyr Scliar usa imagens para refletir sobre uma etapa da criação literária. A ideia de que o processo de maturação do texto nem sempre é o que garante bons resultados está sugerida na seguinte frase:
a)    “A gaveta é ótima para aplacar a fúria criativa”.
b)    “Em certos casos, a cesta de papel é melhor ainda”.
c)    “O período de maturação na gaveta é necessário, [...]”.
d)    “Mas o que o escritor quer, mesmo, é isso: ver o seu texto em letra de fôrma”.
e)    “Ela (a gaveta) faz amadurecer o texto da mesma forma que a adega faz amadurecer o vinho”.

5 – (ENEM).
               

    O açúcar.

O branco açúcar que adoçará meu café
Nesta manhã de Ipanema
Não foi produzido por mim
Nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.
Vejo-o puro
E afável ao paladar
Como beijo de moça, água
Na pele, flor
Que se dissolve na boca. Mas este açúcar
Não foi feito por mim
Este açúcar veio

Da mercearia da esquina e tampouco o fez o
Oliveira, dono da mercearia.
Este açúcar veio
De uma usina de açúcar em Pernambuco
Ou no Estado do Rio
E tampouco o fez o dono da usina.
Este açúcar era cana
E veio dos canaviais extensos
Que não nascem por acaso
No regaço do vale.
[...]
Em usinas escuras,
Homens de vida amarga
E dura
Produziram este açúcar
Branco e puro
Com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
                                                    
                                                       Gullar, Ferreira. Toda poesia. Rio de Janeiro:
                                                                Civilização Brasileira, 1980. p. 227-228.

A antítese que configura uma imagem da divisão social do trabalho na sociedade brasileira é expressa poeticamente na oposição entre a doçura do branco açúcar e:
a)    O trabalho do dono da mercearia de onde veio o açúcar.
b)    O beijo de moça, a água na pele e a flor que se dissolve na boca.
c)    O trabalho do dono do engenho em Pernambuco, onde se produz o açúcar.
d)    A beleza dos extensos canaviais que nascem no regaço do vale.
e)    O trabalho dos homens de vida amarga em usinas escuras.


6 – (ENEM).
        E considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d’água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.
      Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade.
      Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! Minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.
                                                       Braga, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 20. ed.

      O poeta Carlos Drummond de Andrade escreveu assim sobre a obra de Rubem Braga:
      O que ele nos conta é o seu dia, o seu expediente de homem, apanhado no essencial, narrativa direta e econômica. [...] É o poeta do real, do palpável, que se vai diluindo em cisma. Dá o sentimento da realidade e o remédio para ela.
      Em seu texto, Rubem Braga afirma que “esse é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos”. Afirmação semelhante pode ser encontrada no texto de Carlos Drummond de Andrade, quando, ao analisar a obra de Braga, diz que ela é:
a)    Uma narrativa direta e econômica.
b)    Real, palpável.
c)    Sentimento de realidade.
d)    Seu expediente de homem.
e)    Seu remédio.

7 – (ENEM).
      Eu começaria dizendo que poesia é uma questão de linguagem. A importância do poeta é que ele torna mais viva a linguagem. Carlos Drummond de Andrade escreveu um dos mais belos versos da língua portuguesa com duas palavras comuns: cão e cheirando.
      Um cão cheirando o futuro.

                                           Entrevista com Mário Carvalho. Folha de São Paulo,
                                                                                           24/5/1988. Adaptação.

O que deu ao verso de Drummond o caráter de inovador da língua foi:
a)    O modo raro como foi tratado o “futuro”.
b)    A referência ao cão como “animal de estimação”.
c)    A flexão pouco comum do verbo “cheirar” (gerúndio).
d)    A aproximação não usual do agente citado e a ação de “cheirar”.
e)    O emprego do artigo indefinido “um” e do artigo definido “o” na mesma frase.


(SARESP). O poema a seguir serve de base para as questões de 8 a 10.

          Canção do vento e da minha vida
O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
           E a minha vida ficava
           Cada vez mais cheia
           De frutos, de flores, de folhas.
O vento varria as luzes
O vento varria as músicas,
O vento varria os aromas...
           E a minha vida ficava
           Cada vez mais cheia
           De aromas, de estrelas, de cânticos.

O vento varria os sonhos
E varria as amizades...
O vento varria as mulheres.
          E minha vida ficava
          Cada vez mais cheia
          De afetos e de mulheres.
O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!
          E minha vida ficava
          Cada vez mais cheia
          De tudo.
                               Bandeira, Manuel. Antologia poética. 12. ed. Rio de Janeiro.
                                                                         Nova Fronteira, 2001. p. 120-121.

8 – No poema, a expressão “minha vida” refere-se à vida:
a)    Da amada.
b)    Da natureza.
c)    Das mulheres.
d)    Do eu lírico.

9 – Nos três primeiros versos – “O vento varria as folhas, / O vento varria os frutos, / O vento varria as flores...” –, a semelhança sonora das palavras:
a)    Cria musicalidade no poema.
b)    Elabora uma prosa poética.
c)    Constrói imagens desconhecidas.
d)    Elimina o ritmo do poema.

10 – Pode-se afirmar que “Canção do vento e da minha vida” é um poema porque:
a)    Está estruturado em frases e parágrafos repetidos.
b)    Está organizado em versos com ritmo e sonoridade.
c)    Conta, em linguagem figurada, uma história de amor.
d)    Compara vida e natureza alterando a estrutura das estrofes.

11 – (PRICE/UEPA-PA) Qual a alternativa que indica corretamente os gêneros literários dos textos abaixo relacionados, na sequência em que estão dispostos?

I – O Dr. Mamede, o mais ilustre e o mais eminente dos alienistas, havia pedido a três de seus colegas e a quatro sábios que se ocupavam de ciências naturais, que viessem passar uma hora na casa de saúde por ele dirigida para que lhes pudesse mostrar um de seus pacientes.
                                                                                            Guy de Maupassant.
II – Todas as noites o sono nos atira da beira de um cais
E ficamos repousando no fundo do mar,
O mar onde tudo recomeça...
Onde tudo se refaz...
Até que, um dia, nós criaremos asas.
E andaremos no ar como se anda na terra.
                                                                                      Mário Quintana.
III -  Oh! Que famintos beijos na floresta!
E que mimoso choro que soava!
Que afagos tão suaves, que ira honesta.
Que em risinhos alegres se tornava!
O que mais passam na manhã e na sesta,
Que Vênus com prazeres inflamava,
Melhor é experimentá-lo que julgá-lo;
Mas julgue-o quem não pode experimentá-lo.
                                                                                    Luís de Camões.
IV – Velha: E o lavrar, Isabel?
Isabel: faz a moça mui mal feita,
            Corcovada, contrafeita,
            De feição de meio anel;
            E faz muito mau carão,
            E mau costume d’olhar.
Velha: Hui! Pois jeita-te ao fiar
           Estopa ou linho ou algodão;
           Ou tecer, se vem à mão.
Isabel: Isso é pior que lavrar.
                                                                                  Gil Vicente.
Lavrar: costurar.
De feição de meio anel: de rosto emoldurado por (cabelo) cachos cortados pela metade.
Carão: cara, semblante.
Hui! Pois jeita-te: Pois te acostuma.
a)    Narrativo – Épico –Lírico – Dramático.
b)    Dramático – Lírico – Épico – Narrativo.
c)    Narrativo – Lírico – Épico – Dramático.
d)    Dramático – Épico – Narrativo – Lírico.
e)    Épico – Dramático – Narrativo – Lírico.

(UERJ-RJ) Com base no texto abaixo, responda às questões de número 12 a 15.

                       O CORPO
Acrobata enredado
Em clausura de pele
Sem nenhuma ruptura
Para onde me leva
Sua estrutura?

Doce máquina
Com engrenagem de músculos
Suspiro e rangido
O espaço devora
Seu movimento
(Braços e pernas
Sem explosão)

Engenho de febre
Sono e lembrança
Que arma

E desarma minha morte
Em armadura de treva.
                                                                 Filho, Armando Freitas. Disponível em:

12 – No poema, o eu lírico desenvolve, empregando diferentes imagens, a ideia de corpo como clausura. Isso não ocorre no seguinte verso:
a)    “Acrobata enredado”.
b)    “Sem nenhuma ruptura”.
c)    “Com engrenagem de músculos”.
d)    “Em armadura de treva”.

13 – A concisão é uma das características que mais se destacam na estrutura do poema. Essa concisão pode ser atribuída à/ao:
a)    Clara ausência de conectivos, explorando a sonoridade do poema.
b)    Pouco uso de metáforas, enfatizando a fragmentação dos versos.
c)    Abrupta mudança de versos, reforçando a lógica das ideias.
d)    Baixa frequência de verbos, exprimindo a inércia do eu lírico.

14 – (Adaptada). A ausência de pontuação na última estrofe do poema pode nos levar a diferentes leituras do texto. A única interpretação incoerente desse trecho é apresentada em:
a)    Engenho de febre e de sono, e lembrança que arma e desarma minha morte em armadura de treva.
b)    Engenho de febre, de sono e de lembrança, a qual arma e desarma minha morte em armadura de treva.
c)    Engenho de febre, de sono e de lembrança, o qual arma e desarma minha morte em armadura de treva.
d)    Engenho de febre, engenho que é sono e lembrança, e que arma e desarma minha morte em armadura de treva.

(UERJ-RJ). Com base no texto abaixo, responda às questões de números 15 e 16.
                      

  COPLAS
I
O Gerente – Este hotel está na berra!
Jamais houve nesta terra
Um hotel assim mais tal!
Toda a gente, meus senhores,
Toda a gente ao vê-lo diz:
Que os não há superiores
Na cidade de Paris!
Que belo hotel excepcional
O Grande Hotel da Capital
Federal!
Coro – Que belo hotel excepcional, etc. ...

II
O Gerente – Nesta casa não é raro
Protestar algum freguês:
Coisa é muito natural!
Acha bom, mas acho caro
Quando chega o fim do mês,
Por ser bom precisamente,
Se o freguês é do bom-tom
Vai dizendo a toda a gente
Que isto é caro mas é bom.
Que belo hotel excepcional!
O Grande Hotel da Capital
Federal!
Coro – Que belo hotel excepcional, etc. ...
O Gerente (aos criados) – Vamos! Vamos! Aviem-se! Tomem as malas e encaminham estes senhores! Mexam-se! Mexam-se! ... (Vozerio. Os hóspedes pedem quarto, banhos, etc. ... Os criados respondem. Tomam as malas, saem todos, uns pela escadaria, outros pela direita.)

III
O Gerente, depois, Figueiredo
O Gerente (Só) – Não há mãos a medir! Pudera! Se nunca houve no Rio de Janeiro um hotel assim! Serviço elétrico de primeira ordem! Cozinha esplêndida, música da câmara durante as refeições da mesa redonda! Um relógio pneumático em cada aposento! Banhos frios e quentes, duchas, sala de natação, ginastica e massagem! Grande salão com um plafond pintado pelos nossos primeiros artistas! Enfim, uma verdadeira novidade! – Antes de nos estabelecermos aqui, era uma vergonha! Havia hotéis em São Paulo superiores aos melhores do Rio de Janeiro! Mas em boa hora foi organizada a Companhia do Grande Hotel da Capital Federal, que dotou esta cidade com um melhoramento tão reclamado! E o caso é que a empresa está dando ótimos dividendos e as ações andam por empenhos! (Figueiredo aparece no topo da escada e começa a descer.) Ali vem o Figueiredo. Aquele é o verdadeiro tipo do carioca: nunca está satisfeito. Aposto que vem fazer alguma reclamação.
                                               Azevedo, Arthur. A capital federal. Rio de Janeiro:
                                                                        Serviço Nacional de Teatro, 1972.
Coplas: espécie de estrofe.
Berra: estar na moda.
Plafond: teto.

15 – A capital federal, peça escrita por Arthur Azevedo e encenada com sucesso até hoje, retrata o Rio de Janeiro no fim do século XIX.
a)    O texto demonstra como já circulavam amplamente no Rio de Janeiro comparações com modelos estrangeiros de modernidade. Transcreva dois versos que confirmem esta afirmativa.
“Que os não há superiores / Na cidade de Paris!”.
b)    Transcreva do texto duas frases completas em que o progresso técnico e o conforto são apresentados como qualidades simultâneas do Grande Hotel.
Duas dentre as frases: “Serviço elétrico de primeira ordem!”; “Um relógio pneumático em cada aposento!”; “Banhos frios e quentes, duchas, sala de natação, ginástica e massagem!”.

16 – O texto I faz parte uma peça de teatro, forma de expressão que se destacou na captação das imagens de um Rio de Janeiro que se modernizava no início do século XX.
a)    Aponte o gênero de composição em que se enquadra esse texto e um aspecto característico desse gênero.
O texto pertence ao gênero dramático. Os seguintes aspectos característicos desse gênero estão presentes no texto transcrito: ausência de narrador, presença de rubricas; predomínio de diálogos; personagens encarnados por atores; encenação dos episódios em um palco.
b)    A fala do gerente revela atitudes distintas, quando se dirige aos criados e quando está só. Identifique o modo verbal e a função da linguagem predominantes na fala dirigida aos criados.
O modo verbal predominante é o imperativo; a função da linguagem é a apelativa ou conotativa.




domingo, 29 de outubro de 2017

TEXTO: A AGRICULTURA FAMILIAR NO BRASIL - GABARITO


Texto: A Agricultura Familiar no Brasil

        A agricultura familiar é uma forma de produção em que os agricultores e seus familiares dirigem e realizam a produção. Para isso, baseiam-se no trabalho dos membros da família. Às vezes, contratam trabalhadores assalariados, sobretudo nas colheitas.
        Aproximadamente 85% do total de propriedades rurais do país pertencem a grupos familiares. Apenas 20% dessas propriedades agrícolas são de caráter patronal, ou seja, baseadas nas relações típicas entre patrão e empregado. Além das famílias que têm a posse e a propriedade da terra, existem também outras situações envolvendo a agricultura familiar, como a dos ocupantes, arrendatários e parceiros.
        Para se ter uma ideia da importância do setor no Brasil, cerca de 60% de todos os alimentos consumidos pelos brasileiros são produzidos por agricultores familiares. Eles são responsáveis por grande parte da produção nacional de feijão, fumo, mandioca, milho, leite e carne de porco.
        É importante lembrar que, ao contrário, muitas das grandes propriedades ou empresas no campo dedicam-se a produzir ou industrializar bens agrícolas para exportação, como no caso da soja, cana, café e da laranja. Nas últimas décadas, introduziu-se de forma intensa no campo o uso de máquinas agrícolas, fertilizantes químicos, sistemas modernos de irrigação e outras técnicas.
        Mas essa inovações beneficiaram especialmente as culturas de exportação. Embora muito produtivas, em muitos casos elas geram poucos empregos agrícolas, já que as máquinas dispensam mão de obra. De outro lado, há culturas desse tipo que podem gerar empregos em cidades, como fábricas de uniformes e fabricação ou venda de instrumentos agrícolas.
        A agricultura familiar pode ser um importante fator de desenvolvimento das áreas rurais. Com ela, é possível haver grande diversificação das economias, geração de empregos e renda, seja esta agrícola ou não agrícola. É uma forma de evitar que muitos trabalhadores rurais migrem para as cidades. Nos últimos anos, tem havido incentivos à formação de cooperativas de agricultores familiares. Uma das vantagens é a maior possibilidade de conseguir mais facilmente financiamentos para continuar plantando, pois os agricultores passam a atuar de forma coletiva.

Interpretação do texto:
1 – Numere os parágrafos do texto. A seguir, escreva uma frase que mostre qual é a ideia principal de cada um deles.
      --- 1° parágrafo: A agricultura familiar é realizada pelos membros da família.
      --- 2° parágrafo: 85% são propriedades que pertencem ao grupo familiar, e 20% são de caráter patronal, relação típica de patrão e empregados.
      --- 3° parágrafo: Cerca de 60% dos alimentos produzidos no Brasil é da agricultura familiar.
      --- 4° parágrafo: Muitas das grandes propriedade, ou empresas do campo, estão produzindo e exportando. Por isso a inovação das técnicas agrícolas.
      --- 5° parágrafo: Com as inovações das técnicas, veio o desemprego no campo. E ao contrário houve aumento na cidade. No ramo de confecções, fabricação e venda de equipamentos agrícolas.
      --- 6° parágrafo: Nos últimos anos, tem havido incentivos à formação de cooperativas de agricultores familiares, com finalidade de evitar a migração para a cidade.

2 – Segundo o texto, quais são os produtos gerados pela agricultura familiar?
      Feijão, fumo, leite, milho, mandioca e a carne de porco.

3 – Por que o desenvolvimento da agricultura familiar pode colaborar para manter os trabalhadores no campo?
      Porque a família terá condições de produzir, na certeza de que seus produtos serão comercializados.

4 – Cite duas diferenças entre a produção familiar e a produção das grandes empresas rurais.
      --- Na produção familiar existe grande diversificação na produção agrícola e não agrícola.
      --- Nas grandes empresas rurais, são mais voltados para a produção em larga escala para exportações.

5 – Existem muitos casos de agricultores que trabalham parte do ano no campo e outra parte na cidade. Por que você acha que isso acontece?
      Resposta pessoal do aluno.

6 – Quais os produtos plantados pelas grandes propriedades e que servem para a exportação?
      Soja, cana-de-açúcar, café e da laranja.

7 – Qual o lado negativo da produção agrícola em larga escala? Explique.
      É o desemprego no campo. Por causa das máquinas modernas que dispensam a mão de obra.

8 – Qual é o título do texto? E qual a vantagem que traz?
      A agricultura familiar do Brasil. A vantagem é a união da família, não sendo necessário a evasão dos filhos para a cidade.


TEXTO: SUS - SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - COM GABARITO


SUS – Sistema Único de Saúde

        O Sistema Único de saúde (SUS) foi criado em 1988, após décadas de pressões e debates de movimentos sociais e profissionais de saúde em favor de um sistema público para todos os brasileiros. Essa foi uma grande conquista porque até essa data o atendimento nos serviços públicos de saúde era restrito a determinados programas – como vacinação, tratamento de doenças transmissíveis – ou a determinadas parcelas da população – como trabalhadores com careira assinada e seus dependentes. São raros os países nos quais a lei estabelece que o sistema público seja responsável pelo atendimento integral da população, desde a prevenção de doenças até o final do tratamento, incluindo o fornecimento gratuito de medicamentos.
        Até 1988 a saúde não era considerada um direito de todos. Quem tinha carteira de trabalho assinada e pagava a Previdência Social tinha direito ao atendimento nos serviços públicos. A população que não podia pagar por atendimento particular e não “tinha INPS” era chamada de indigente ou carente. Parece incrível, mas somente com a promulgação da nova Constituição Federal, chamada de “Constituição Cidadã”, a lei brasileira passou a definir que “a saúde é um direito de todos e um dever do Estado.”
        De 1988 para cá, pouco a pouco, o Sistema Único de Saúde começou a se transformar em realidade, embora ainda precise avançar muito para funcionar como está definido na lei. Os municípios, por exemplo, também passaram a ser responsáveis pelo sistema. Alguns deles avançaram mais, outros menos, de acordo com o compromisso dos governantes em transformar a lei em medidas práticas.
        Existem, por exemplo, municípios brasileiros que já contam com equipes do Programa de Saúde da Família para atender 100% da população. Outros estão apenas começando. Em muitos deles, a população passou a ter voz ativa nas Conferências de Saúde, realizadas a cada quatro anos, em todo o país, assim como no Conselho Municipal de Saúde, no qual os usuários dos serviços têm direito à metade das vagas. Os conselhos podem controlar, cada vez mais, o uso dos recursos públicos depositados no Fundo Municipal de Saúde.
        Os problemas mais graves ainda acontecem nos lugares onde os governantes não empregam corretamente os recursos depositados no Fundo de Saúde. Ou, pior ainda, tentam voltar às práticas anteriores à criação do SUS, entregando os serviços de saúde para a iniciativa privada. O uso de serviços de saúde privados, com fins lucrativos, também é um direito dos brasileiros. Mas isso não diminui o dever do Estado e dos cidadãos de defender o sistema público. Onde o SUS funciona, seus usuários sabem o que têm a defender. Onde não funciona, é preciso melhorá-lo, pois é um direito de todos os brasileiros.
      A lei do SUS garante o atendimento igualitário e universal (a todos os brasileiros), sem distinção de sexo, cor, etnia, renda ou classe social. Esse atendimento no sistema público é gratuito porque já foi pago pelo cidadão por meio de contribuições sociais e impostos.

Interpretação do texto:

1 – Quando foi criado o SUS?
      Foi criado no ano de 1988.

2 – Antes da criação do SUS, quem tinha direito ao atendimento nos serviços públicos de saúde?
      Somente as pessoas que tinham a carteira de trabalho assinada.

3 – Quem paga pelos serviços públicos de saúde?
      Quem paga a Previdência Social.

4 – O texto indica diversas formas de controle do uso dos recursos para o SUS pela população. Quais são elas?
      Conferências de Saúde, Conselho Municipal de Saúde e Fundo Municipal de Saúde.

5 – O que a população deve fazer quando o poder público não implanta o SUS?
      Devem cobrar, por ser um direito adquirido por lei.

6 – Você já utilizou os serviços do SUS? Em caso afirmativo, escreva sobre essa experiência.

      Resposta pessoal do aluno.

sábado, 28 de outubro de 2017

MÚSICA(ATIVIDADES): AMAZÔNIA - ROBERTO CARLOS E ERASMO CARLOS - COM GABARITO

        Música(Atividades): Amazônia 

     Tanto amor perdido no mundo           
     Verdadeira selva de enganos
     A visão cruel e deserta
     De um futuro de poucos anos
     Sangue verde derramado
     O solo manchado
     Feridas na selva

   A lei do machado
   Avalanches de desatinos
   Numa ambição desmedida
   Absurdos contra os destinos
   De tantas fontes de vida
   Quanta falta de juízo
   Tolices fatais

   Quem desmata, mata
   Não sabe o que faz
   Como dormir e sonhar
   Quando a fumaça no ar
   Arde nos olhos de quem pode ver
   Terríveis sinais de alerta, desperta pra selva viver

   Amazônia, insônia do mundo
   Amazônia, insônia do mundo
   Todos os gigantes tombados
   Deram suas folhas ao vento
   Folhas são bilhetes deixados
   Aos homens do nosso tempo

   Quantos anjos queridos
   Guerreiros de fato
   De morte feridos
   Caídos no mato
   Como dormir e sonhar
   Quando a fumaça no ar
   Arde nos olhos de quem pode ver
   Terríveis sinais de alerta, desperta pra selva viver
   Amazônia, insônia do mundo.

      Interpretação do texto:

      1 – Você acha que o problema retratado nos versos da música é exclusivo                 da Amazônia?
      Não. Praticamente todas as formações vegetais do Brasil e no mundo                  passam pelos mesmos problemas de devastação em virtude ganância 
      e da ocupação humana.

      2 – Que grande problema da Amazônia é retratado nos versos:
            “Como dormir e sonhar / Quando há fumaça no ar”?
          Cite alguns impactos que esse problema causa ao meio ambiente.
       As queimadas. A fumaça aumenta o efeito estufa, a destruição da
    vegetação provoca a desertificação do solo, muitos animais morrem 
    ou são expulsos de seu hábitat natural, etc.

      3 – Dê sua opinião sobre os versos que dizem:
                            “Quanta falta de juízo
                            Tolices fatais
                            Quem desmata, mata
                            Não sabe o que faz”

      Espera-se que os alunos percebam que as pessoas precisam ter consciência
   de que o desmatamento causa a morte de muitas espécies de vida. 
  As devastações são atos daqueles que não têm consciência do grande 
   prejuízo que causam para a vida na Terra.

      4 – Na música, o que significa, sangue verde derramado?
      É a derrubada das árvores.

    5 – Na 2ª estrofe, “A lei do machado / avalanches de desatinos / 
          numa ambição desmedida”. O que o autor quis dizer?
      O machado serve como símbolo da destruição, através da 
       ambição desenfreada do ser humano.

      6 – O que significa o trecho, “Arde nos olhos de quem pode ver”.
      O excesso de fumaça das queimadas, é que provoca a ardência nos olhos
       e causam outras doenças.

      7 – Qual é o bilhete deixados pela natureza, aos homens de hoje, de 
       acordo com a letra da música?
      São as folhas das árvores tombadas.

      8 – “... Amazônia, insônia do mundo”, o que essa frase representa?
      É o socorro que a Amazônia está pedindo ao mundo, proteção.

TEXTO: A APOSTA - LUCIANA M.M.PASSOS - COM GABARITO

01 – Leia o texto abaixo:
       
TEXTO: A APOSTA


    Amélia é uma velhinha muito ativa e trabalhadeira. Um dia ela entrou no ônibus carregando uma cesta. O cobrador ouviu um barulho e perguntou-lhe:
  --- A senhora está levando uma galinha na cesta?
  Amélia pensou, pensou e respondeu:
        --- Hum, galinha? Não... Não há galinha nenhuma na cesta.
      O cobrador insistiu tanto que Amélia resolveu fazer uma aposta:
        --- Senhor cobrador, se for galinha, eu desço agora do ônibus... Se não for, eu viajo de graça.
        --- Muito bem! – Disse o cobrador confiante. – Concordo!
        Amélia, e então, levantou a tampa da cesta e um galo de crista de crista bem vermelhinho cantou satisfeito:
        --- Cocorocó!!...
        --- Viu só? Eu não disse que não era galinha?!
        O cobrador riu e deixou a velhinha viajar de graça.

                         Luciana M. M. Passos. Adaptação de conto popular.

Onde se passou a história?
a)   Em um galinheiro.
b)   Em um ônibus.
c)   Em um quintal.
d)   Em uma escola.

02 – O texto acima, qual a personagem principal?
a)   O cobrador.
b)   O galo.
c)   A galinha.
d)   A velhinha.