segunda-feira, 16 de outubro de 2017

PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA CONCURSO - COM GABARITO

Texto para os itens de 1 a 8

      Dar o peixe ou ensinar a pescar?

   Ainda é muito comum o argumento de que, no combate à pobreza no Brasil, não se deve dar o peixe, mas ensinar a pescar. Os resultados de pesquisas recentes, no entanto, indicam que ensinar a pescar pode ser muito pouco para uma grande massa da população que já se encontra em situação de extrema privação.

        A pobreza é uma metáfora para o sofrimento humano trazido à arena pública, e pode ser definida de maneiras distintas.
        Muita energia é despendida na busca de uma definição rigorosa, capaz de distinguir com clareza o sofrimento suficiente do sofrimento insuficiente para classificar alguém como pobre, mas aqui isso não é necessário: apenas para conduzir a argumentação, vamos tratar pobreza como uma situação extrema, na qual se encontram os indivíduos pertencentes a famílias que não dispõem de renda para adquirir uma cesta de alimentos e outros bens de consumo, como vestimentas e medicamentos.
        Pesquisas embasadas nesse tipo de definição estimam que uma fração entre um terço e a metade da população brasileira possa ser considerada pobre. Essa é uma definição forte; e estimativas subjetivas de linhas de pobreza demonstram que boa parte da população brasileira ainda consideraria insuficientes as rendas de famílias que se encontram em níveis superiores aos usados nessas pesquisas como linha de pobreza.
        Vamos assumir, também, que a existência desse tipo de pobreza é socialmente inaceitável e, portanto, que desejamos erradica-la o quanto antes. É óbvio que o horizonte de tempo proposto define que tipos de mudança na sociedade serão necessários.
        Provavelmente, um prazo mais curto exigirá políticas mais drásticas. Para manter a argumentação em torno das propostas mais debatidas, atualmente, para a erradicação da pobreza no país, vamos definir como limite razoável algo entre uma e duas décadas.
        A insuficiência de recursos nas mãos de parte da população pode ser entendida como resultado ou de uma insuficiência generalizada de recursos ou de má distribuição dos recursos existentes. Logo, o combate à pobreza pode tomar dois rumos básicos: aumentar o nível de recursos per capita da sociedade ou distribuir melhor os recursos existentes. Nada impede, é claro, que as duas coisas ocorram simultaneamente.
        Os caminhos para o aumento dos recursos per capita encontram-se entre dois extremos: diminuir a população ou fazer com que a economia cresça mais rápido que ela. Como as estratégias de diminuição da população existente, em um prazo mais rápido que ela. Como as estratégias de diminuição da população existente, em um prazo razoável, beiram o absurdo, a proposta de crescimento da economia, maior do que a do crescimento da população, é geralmente muito mais debatida no Brasil.
        Dadas as dificuldades que se colocam para o crescimento acelerado de qualquer economia, durante muito tempo se sugeriu que o problema da pobreza no Brasil poderia ser enfrentado pela via do controle de natalidade. Embora esse argumento, ainda hoje, encontre algum eco fora dos meios acadêmicos, todas as evidências empíricas disponíveis rejeitam a viabilidade da erradicação da pobreza por meio da redução no ritmo de reprodução da população.
                                  Marcelo Medeiros. In: UnB Revista, dez. 2003.
                                               Mar. 2004 p. 16-9. (Com adaptações).

Acerca do texto acima, julgue os itens a seguir.
1 – O texto, apesar de falar em “argumentação”, é predominantemente descritivo, uma vez que apresenta os contornos e as características da parte da população brasileira considerada “pobre”.
      Errado.

2 – No primeiro parágrafo, a ideia central pode ser resumida da seguinte forma: é necessário dar bens de subsistência para quem já se encontra em situação de miséria extrema.
      Certo.

3 – Do segundo ao quinto parágrafos, é apresentada, entre distintas acepções de pobreza, a que será adotada pelo autor e mediante a qual devem ser entendidas as suas ideias.
      Certo.

4 – Nos parágrafos sexto e sétimo, o autor associa a pobreza, fundamentalmente, a aspectos econômicos e financeiros, argumentando que, para saná-la, é imperioso elevar a renda per capita.
      Errado.

5 – No último parágrafo, a proposta de diminuição da taxa demográfica de pobres, com o estímulo ao controle e à redução da natalidade, é defendida pelo autor.
      Errado.

6 – Além de ser correta, a substituição do termo “despendida” (2° parágrafo) por dispendida não altera o sentido do texto.
      Errado.

7 – Em “a metade da população brasileira possa ser considerada pobre. Essa é uma definição forte”. (3° parágrafo), há quatro substantivos abstratos determinados por quatro adjetivos.
      Errado.

8 – A união entre as orações existentes no trecho “que a existência desse tipo de pobreza é socialmente inaceitável e, portanto, que desejamos erradica-la o quanto antes” (4° parágrafo), dá-se por processo de coordenação.
      Certo.

9 – O emprego do itálico em “per capita” (7° parágrafo), justifica-se por se tratar de uma expressão estrangeira que significa, no contexto, em língua portuguesa, por cabeça ou por pessoa.
      Certo.

10 – No último parágrafo do texto “acadêmicos” e “evidências” recebem acento pelo mesmo motivo.
      Errado.

        Os itens subsequentes são reescrituras adaptadas de partes extraídos de UnB Revista, n° 9, dez./2003-mar./2004. Julgue-os quanto a acentuação gráfica, emprego do sinal indicativo de crase, concordância, regência e pontuação.

11 – Políticas de controle da natalidade não são uma solução viável, não só porque violam a liberdade das famílias de decidir seu tamanho, mas, também, porque causam um vazio geracional que, futuramente, poderá ter diversos impactos negativos para a sociedade.
      Certo.

12 – O crescimento da economia parece ser uma proposta mais tentadora: crescer aumenta a quantidade de recursos disponíveis e, se os resultados desse crescimento forem distribuídos a todos, a tendência é de que a pobreza seja reduzida.
      Certo.

13 – Se o problema da pobreza é, majoritariamente, uma questão de desigualdade e de desequilíbrio, estratégias de erradicação da miséria devem ser formuladas, levando em conta as causas de tais divergências.
      Certo.

14 – Visando a formação de novas mentalidades, abertas permanentemente as modificações que ocorrem na sociedade, é necessário um constante diálogo das instituições jurídicas do país com as universidades afim do proveito de ambas, e consequentemente, da sociedade brasileira.
      Errado.

15 – O momento atual, a despeito do que muitos afirmam, revela-se uma oportunidade ímpar para uma reflexão à respeito do funcionamento da administração pública e acerca das funções a serem desempenhadas pela sociedade no estado democrático de direito.
      Errado.

     
   Não há dúvida de que, no início do século XXI, os Estados Unidos da América chegaram mais perto do que nunca da possibilidade de constituição de um “império mundial”. Mas, se o mundo chegasse a esse ponto e constituísse um império global, isso significaria – ao mesmo tempo e por definição – o fim do sistema político interestatal. E o mais provável, do ponto de vista econômico, é que tal transformação viesse a significar também o fim do capitalismo. Em uma linguagem mais próxima da física e da termodinâmica do que da dialética hegeliana, pode-se dizer que a expansão do poder tempo, uma força que levaria o sistema mundial à entropia, ao provocar sua homogeneização interna e o desaparecimento das hierarquias e conflitos responsáveis pelo dinamismo e pela ordem do próprio sistema.
         José Luís Fiori. Correio Brasiliense, 25/12/2004 (com adaptações).
    
        Em relação ao texto acima, julgue os itens que se seguem.
16 – O emprego da preposição “de” em “Não há dúvida de que” justifica-se pela regência da forma verbal “há”.
      Errado.

17 – Como na sequência há um complemento oracional, a omissão da preposição “de” em Não há dúvida de que” também estaria de acordo com as exigências da norma escrita culta.
      Certa.

18 – Como o primeiro período do texto apresenta ideia relativa a um único país, o emprego do verbo chegar no singular – chegou – estaria de acordo com as exigências de concordância da norma escrita culta, sem necessidade de outras alterações no texto.
      Errado.

19 – Mantém-se a correção gramatical do período e as informações originais do texto ao se eliminar a palavra sublinhada em “mais perto do que nunca”.
      Certa.

20 – O emprego do futuro do pretérito em “significaria” é decorrente do emprego de estrutura antecedente que tem valor condicional, formada por verbo no imperfeito do subjuntivo.
      Certa.

21 – Pelos sentidos do texto, é correto inferir que a palavra “entropia” está sendo empregada com o significado de equilíbrio, organização.
      Errado.

22 – Para o trecho “que levaria (...) à entropia”, a crase se justifica pela regência do verbo levar.
      Certo.

23 – Infere-se das informações e dos sentidos do texto que o dinamismo e a ordem do sistema político interestatal em vigor atualmente no mundo podem prescindir de hierarquias e conflitos.
      Errado.

     
   Quase todas as grandes potências já foram colonialistas e anticolonialistas, pacifistas e belicistas, liberais e mercantilistas, e quase todas elas, além disso, já mudaram de posição várias vezes ao longo da história. Nesse contexto, as previsões, liberais ou marxistas, do fim dos estados ou das economias nacionais, ou mesmo da formação de algum tipo de federação cosmopolita e pacífica, são utopias, com toda a dignidade das utopias que partem de argumentos éticos e expectativas generosas, mas são ideias ou projetos que não têm nenhum apoio objetivo na análise da lógica e da história passada do sistema mundial.
        Apesar de tudo isso, é possível identificar através da história a existência de forças que atuam na direção a existência de forças que atuam na direção contrária do poder global e do império mundial. Forças que impediram – até agora – que esse processo de centralização do poder chegasse até o limite imperial, o que provocaria a dissolução do sistema político e econômico mundial.
        Idem, Ibidem.
        Com referência às ideias e estruturas do texto acima, julgue os itens a seguir.

24 – A expressão “Nesse contexto” é um elemento de coesão textual, pois retoma de forma sintética todas as informações do período anterior.
      Certo.

25 – A inserção de uma vírgula logo após a expressão “dignidade das utopias” mantém as mesmas relações sintáticas e a informação original do período.
      Errado.  
   
26 – Pelas informações do texto, estaria gramaticalmente correta e de acordo com as ideias do texto a substituição do trecho “expectativas generosas, mas são ideias” por: expectativas generosas. Entretanto, essas previsões são ideias.
      Certo.

27 – Pela presença das preposições, é correto afirmar que os elementos “da lógica” “da história passada” e “do sistema mundial” têm a mesma função sintática no período, pois complementam a palavra “análise”.
      Errado.

28 – Mantém-se a ênfase da afirmação, sem prejuízo para a gramatical do período, se as duas ocorrências da forma “do” forem substituídas por em relação ao.
      Certo.

29 – No início do último período do texto, substituir “Forças” por São essa forças constitui alternativa gramaticalmente incorreta para o período, porque prejudica a coesão textual.
      Errado.

30 – O emprego do futuro do pretérito em “provocaria” justifica-se pelo emprego do subjuntivo em “chegasse” e admite como gramaticalmente correta a substituição pela forma teria provocado ou por iria provocar.
      Certo.
  

    A responsabilidade política do Poder Judiciário no MERCOSUL é nítida nesta quadra. Precisamos, portanto, com absoluta transparência, discutir e verificar como as nossas instituições jurídicas estão desenhadas. A justiça brasileira ainda está presa às concepções autonômicas do século XIX, e, por isso, o tratado internacional tem sido considerado norma de natureza ordinária, e, consequentemente, é sujeito à modificação, à revogação e à alteração por qualquer legislação ordinária, sem qualquer audiência dos organismos internacionais e dos países que foram co-participantes da elaboração de m tratado, seja ele de qualquer natureza: comercial, civil, tributária.

31 – Na expressão “presa às concepções”, estaria gramaticalmente correta a preferência pela estrutura presa a concepções, em que é omitido o artigo feminino plural, com a permanência da preposição.
      Certo.

32 – Os 03 últimos sinais indicativos de crase têm justificativas diferentes, e dois deles podem ser omitidos sem prejuízo para a correção gramatical do período.
      Errado.

        Considerando que os fragmentos incluídos nos itens seguintes, na ordem em que estão apresentados, são partes sucessivas de um texto, julgue-os quanto à correção gramatical.

33 – Um das causas congestionamento do sistema judiciário reside na legislação processual que, de tão ultrapassada, enseja recursos inimagináveis em qualquer outro sistema.
      Certo.

34 – A multiplicidade de manifestações de insurgência contra toda e qualquer disposição judicial, com inovação das garantias constitucionais de ampla defesa e devido processo fazem com que o exame do mérito das causas seja adiado quase que indefinidamente.
      Errado.

35 – Sucede-se na comarca os juízes e nos tribunais os relatores de modo que, sobre uma única demanda, várias gerações de magistrados se devam debruçar, reiniciando – como se espera – o estudo do feito desde sua página inicial. Itens adaptados.
      Errado.


MÚSICA(ATIVIDADES): MENINO DA GAITA - SERGIO REIS - COM GABARITO

Música(Atividades): Menino da Gaita

                                                                                         Sérgio Reis
Era um rapaz
Olhos claros bem azuis
Andava só
Uma gaita em sua mão

Ouça sua linda canção
Olhos tristes no chão
E caminha sozinho

Ouça lá vai ele a tocar
Notas tristes no ar
É assim que pede amor

Caminha só
Ninguém sabe de onde vem
Triste a tocar
Pela rua sem ninguém

Sente que uma lágrima vem
O seu rosto molhar
Como a chuva que cai

Ouça lá vai ele a tocar
Notas tristes no ar
É assim que pede amor

Toca, toca só pra mim...

Ouça sua linda canção
Olhos tristes no chão
E caminha sozinho

Ouça lá vai ele a tocar
Notas tristes no ar
É assim que pede amor

Toca, toca só pra mim...

Interpretação da música:
1 – Qual o nome da música e quem canta?
      Menino da Gaita, cantada por Sérgio Reis.

2 – Qual a mensagem que a letra transmite?
      Transmite que mesmo no momento de tristeza, o rapaz consegue tocar uma linda canção.

3 – De que maneira o rapaz pede amor?
      Tocando notas triste no ar.

4 – Qual é o instrumento usado na música?
      Uma gaita.

5 – Em que lugar o rapaz tocava a sua música?
      Pela rua vazia.

6 – O que você entende no verso abaixo:
      “O seu rosto molhar
      Como a chuva que cai”.
      Resposta pessoal do aluno.

7 – Explique o que quer dizer em:
      “Olhos triste no chão”

      Que ele ia tocando sua música triste pela rua e olhando para o chão.
8-  Nesta canção percebemos que se repete as palavras: ouça e toca, sempre no início de frases. Que figura de linguagem é esta?
     Repetição.

CRÔNICA:MEU PRIMEIRO BEIJO - ANTONIO BARRETO - COM GABARITO

CRÔNICA: Meu Primeiro Beijo
                                                               Antônio Barreto

  É difícil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem com quem? Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos exatamente o que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim ...
        Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta tinha me mandado um dos seus milhares de bilhetinhos:

" Você é a glicose do meu metabolismo.
Te amo muito!
Paracelso"

        E assinou com uma letrinha miúda: Paracelso. Paracelso era outro apelido dele. Assinou com letrinha tão minúscula que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de mulher...E também não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele, mesmo sem saber que tipo de lance ia rolar.
        No dia seguinte, depois do inglês, pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus, veio com o seguinte papo:
        - Um beijo pode deixar a gente exausto, sabia? - Fiz cara de desentendida.
        Mas ele continuou:
        - Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias e acelera o coração de 70 para 150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou na minha mão. Mas continuou salivando seus perdigotos:
        - A gente também gasta, na saliva, nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina; 0,18 g de substâncias orgânica; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo menos 250 bactérias...
        Aí o bactéria falante aproximou o rosto do meu e, tremendo, tirou seus óculos, tirou os meus, e ficamos nos olhando, de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem os óculos, seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz, fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os meus. Primeiro de leve, depois com mais força, e então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns segundos.
        E de repente o ônibus já havia chegado no ponto final e já tínhamos transposto, juntos, o abismo do primeiro beijo.
        Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão do prédio, e aí ficamos apaixonados por vária semanas. Até que o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o tempo se esqueceu do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram ...e foi ficando nisso. Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível!

BARRETO, Antônio. Meu primeiro beijo.  Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD, 1977. p. 134-6.


 QUESTÕES/ATIVIDADES DE REFLEXÃO E ANÁLISE DO TEXTO (com base na seguinte estratégia: localização e comparação de informações; generalizações).
1 - Com quem ocorreu o primeiro beijo da narradora do texto mencionado?
      Com o cultura inútil.

2 - Cite quando e onde aconteceu o primeiro beijo das personagens:
      Na volta da escola, no ônibus.

3 - Por que a narradora chama o menino de "cultura Inútil" e quais são os demais apelidos dele?
      Porque era o nerd da sala. Seus apelidos são: O culta, Paracelso e bactéria falante.

4 - A descrição científica do menino sobre o beijo está correta? Comente sua resposta:
      Sim, sendo que a dopamina nos dá a sensação de motivação e prazer, além de sempre querer mais! 
    
5 - Compare essa descrição dele com a descrição dela (sobre o beijo) e comente:
      A descrição dele é científica e a dela é subjetiva, pura emoção.

6 - Como o "Culta" compara o "amor" em seu bilhete?
      “Você é a glicose do meu metabolismo”

7 – A crônica é um texto curto, fala de acontecimentos comuns, que podem acontecer qualquer um de nós. O texto “meu primeiro beijo”, pode ser considerado uma crônica? Justifique.
      Sim, pois é um texto de caráter reflexivo e interpretativo, que parte de um assunto cotidiano, sem significado relevante.

8 – Como é o personagem principal da crônica ele é comum? Você de alguma forma se identificou com ele?
      Resposta pessoal do aluno.

9 – Qual foi o clímax da história, ou seja, em qual momento o leitor se sentiu mais envolvido na história?
      Quando o personagem principal aproxima o rosto dele no dela, tira o óculos dele e o dela e ficam se olhando de pertinho.

10 – Como o narrador se sentiu após seu primeiro beijo feliz, assustado, corajoso? Explique sua opinião e copie um trecho do texto para justificar sua resposta.
      Feliz, pois finalmente tinha dado seu primeiro beijo. “... Tínhamos transposto, juntos o abismo de primeiro beijo”.

11 – O desfecho te agradou ou você esperava mais? Justifique.
      Resposta pessoal do aluno.

12 – Como você terminaria o texto “Meu Primeiro Beijo”?

      Resposta pessoal do aluno.

sábado, 14 de outubro de 2017

TEXTOS CURTOS DE PORTUGUÊS COM DESCRITORES- ENEM- GABARITO

Leia o texto abaixo e responda à questão.

  
01) Com base nessa tirinha, pode:
A) achou que a notícia que ouvia em inglês era sobre invasão.
B) costumava assistir todos os dias às aulas de inglês pelo rádio.
C) entendeu de forma correta toda a aula o que ouviu em inglês.
D) fazia sempre tradução simultânea do inglês para o português.
E) tinha o hábito de ouvir músicas e notícias, em inglês, pelo rádio.

Descritor 4 - Inferir uma informação implícita no texto.

Leia o texto abaixo
       
Línguas são assunto de Estado   Diferentes nações escolhem diferentes soluções para o problema da penetração idioma estrangeiro, dependendo, entre outras coisas, da realidade social do país. Mas, em todas elas, a linguagem é tratada como questão de Estado. As nações procuram normatizar e regular os idiomas que utilizam, visando o processo de identidade nacional.
      A França, por exemplo, possui, além do francês, algumas outras línguas minoritárias faladas pela população como o bretão, o catalão e o basco.
      Há, na França, várias organizações dedicadas à língua francesa e à sua defesa contra os “estrangeirismos”. A legislação sobre o idioma francês é bastante detalhada. [...]
      Nos Estados Unidos, além do inglês, o espanhol é amplamente falado, em decorrência da forte presença de imigrantes hispano-americanos. [...]
      O tratamento do tema nos Estados Unidos é bem mais flexível que na França. A Constituição norte-americana, por exemplo, não estabelece o inglês como língua oficial [...]. Isso não impede que haja tentativas de se adotar leis restritivas – como a proposição 227 na Califórnia, que, se aprovada, obrigará todas as escolas daquele estado a ministrar as aulas em inglês.
      O espanhol é hoje a segunda língua mais falada nos Estados Unidos. [...] A mistura entre inglês e espanhol atingiu tal nível que já se cunhou um novo termo para descrevê-la: o spanglish.

 Acesso em 15/12/2006.

02) O tema desse texto é:
A) invasão de idiomas estrangeiros.
B) língua e identidade nacional.
C) normatização de idiomas oficiais.
D) presença marcante de imigrantes.
E) quantidade de línguas minoritárias.

Descritor 6 - Identificar o tema de um texto.


03) A finalidade desse texto é:
A) analisar idiomas.
B) apresentar informações.
C) criticar legislação.
D) defender estrangeirismos.
E) emitir opiniões.

Descritor 12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.

Leia o texto abaixo


Tramas que atravessam noites

      Diz a história que Scherazade, uma jovem bela e inteligente, convence seu pai, o vizir, a levá-la ao palácio do sultão para casar-se com ele, apesar de saber que, após a noite de núpcias, seu destino seria a morte por decapitação. Traído pela primeira esposa, o sultão já se vingara da infidelidade da mulher assassinando inúmeras moças do reino. Apesar dos protestos do pai, a jovem decide interromper a saga de crueldade. Mas, antes de sair de casa, diz à irmã caçula que entre no quarto, na primeira noite, onde estará com o marido e peça a ela, pouco antes do nascer do dia, que lhe conte o último de seus contos maravilhosos. A história que Scherazade conta à irmãzinha atrai a atenção do sultão, que decide poupar sua vida para continuar a acompanhar a narrativa na noite seguinte. E assim, fiando histórias, tecendo ciclos de contos, a jovem atravessa mil e uma noites e se mantém viva, ganhando por fim (embora algumas versões sejam controvertidas) o amor do marido.

Revista Mente Cérebro, Duetto editorial, Edição nº 197. p. 4.

04) O enredo desse texto se desenvolve a partir da:
A) decisão de Scherazade de interceptar a repetição mortífera da dor do sultão.
B) da infidelidade da mulher do sultão como causa de seu sofrimento.
C) história contada por Scherazade à irmã todas as noites após o casamento.
D) resistência do pai de Scherazade à realização do casamento com o sultão.
E) vitória de Scherazade ao conseguir conquistar o amor do marido.

Descritor 10 - Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.


05) No trecho, “seu destino seria a morte por decapitação.”, a palavra destacada refere-se”:
A) ao sultão.
B) ao vizir.
C) a Scherazade.
D) à irmã caçula.
E) à primeira esposa.

Descritor 2 - Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.

Leia os textos abaixo.


Você é a favor de clones humanos?
Texto 1
      Engana-se quem pensa que o clone seria uma cópia perfeita de um ser humano. Ele teria a aparência, mas não a mesma personalidade. Já pensou um clone do Bom Jovi que detestasse música e se tornasse matemático, passando horas e horas falando sobre hipotenusa, raiz quadrada e subtração? Ou o clone de Brad Pitt se tornando padre? Ou o do Tom Cavalcante se tornando um executivo sério e o do Maguila estudando balé? Estranho, não? Mas esses clones não seriam eles e, sim, a sua imagem em forma de outra pessoa. No mundo, ninguém é igual. Prova disso são os gêmeos idênticos, tão parecidos e com gostos tão diferentes. Os clones seriam como as fitas piratas: não teriam o mesmo valor do original. Se eu fosse um clone, me sentiria muito mal cada vez que alguém falasse: “Olha lá o clone da fulana”. No fundo, no fundo, eu não passaria de uma cópia.
                                                                      Alexandra F. Rosa, 16 anos, Francisco Morato. SP.



Texto 2
      O mundo tem de aprender a lidar com a realidade e com as inovações que acontecem. Ou seja, precisa se sofisticar e encontrar caminhos para os seus problemas. Assistimos à televisão, lemos jornais e vemos que existem muitas pessoas que, para sobreviver, precisam de doadores de órgãos. Presenciamos atualmente aqui no Brasil e também em outros países a tristeza que é a falta de doadores. A clonagem seria um meio de resolver esse problema! [...]
Fabiana C. E. Aguiar, 16 anos, São Paulo, SP.

CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar.
Revista Atrevida, n. 34. 2002.

06) Sobre “Clones humanos”, o Texto 2, em comparação ao Texto 1, apresenta uma opinião:
A) científica.
B) complementar.
C) contrária.
D) preconceituosa.
E) semelhante.

Descritor 21- Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.

Leia o texto abaixo


Amor à primeira vista

        Papel, plástico, alumínio. Modernas embalagens industrializadas são essencialmente confeccionadas com essas três matérias-primas. Mas o resultado está longe de ser monótono.
        Desde que os especialistas em vendas descobriram que a embalagem é um dos primeiros fatores que influenciam a escolha do consumidor, ela passou a ser estudada com mais atenção. Atualmente, estampa cores fortes, letras garrafais e formatos curiosos na tentativa de chamar a atenção nas prateleiras dos supermercados. Produtos infantis, por exemplo, apelam para desenhos animados ou super-heróis da moda para derrubar a concorrência. Provavelmente é o caso do achocolatado que você toma de manhã, do queijinho suíço do meio da tarde e até mesmo da sopinha da noite.
        Essas embalagens despertam o interesse dos consumidores muitas vezes, eles levam o produto para casa mais porque gostaram de sua roupagem do que pelo fato de apreciarem o conteúdo. [...]

07) Um argumento que sustenta a tese de que “a embalagem agora é uma forma de conquistar o consumidor” é que:
A) a embalagem passou a ser mais bem cuidada.
B) a embalagem tem formatos muito curiosos.
C) a embalagem objetiva vestir bem os produtos.
D) os produtos infantis trazem os super-heróis.
E) os consumidores são atraídos pela embalagem.

Descritor 8 - Estabelecer a relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la.


Leia o texto abaixo e responda às questões 08, 09 e 10

A melhor amiga do homem
 Diogo Schelp

      Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como a parte pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e para o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado existentes no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases causadores do efeito estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e ocupar um espaço precioso para a agricultura.
      O truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginar o mundo sem vacas é como desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista com simpatia por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa espécie. “Alterar radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano, subtraindo-lhes a importância econômica, pode levá-los à extinção e colocar em jogo um recurso que está na base da construção da humanidade e, por que não, de seu futuro”, diz o veterinário José Fernando Garcia, da Universidade Estadual Paulista em Araçatuba. [...]
      A vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na Índia, metade da energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano Mahatma Gandhi (1869-1948), que, como todo hindu, não comia carne bovina, escreveu: “A mãe vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados Unidos, as bases da superpotência foram estabelecidas quando a conquista do Oeste foi dada por encerrada, em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies americanas o maior rebanho bovino do mundo de então. “Esse estoque permitiu que a carne se tornasse, no século seguinte, uma fonte de proteína para as massas, principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu Florian Werner. [...] Comer um bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora.

Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento.


08) De acordo com o autor desse texto,
A) a agricultura é mais preciosa do que a pecuária.
B) a dependência entre o homem e a vaca é real.
C) a importância econômica da vaca é unanimidade.
D) o ser humano gosta de comer um bom bife.
E) os EUA hoje possuem o maior rebanho bovino.

Descritor 14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.


09) O autor usa a parte pelo todo para se referir à vaca em:
A) “Acusam-se as chifrudas...”.
B) “...homem e vaca são unha e carne”.
C) “...o papel dos bovinos...”.
D) “...animal sagrado.”.
E) “...nem que a vaca tussa...”.

Descritor 18 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão.


10) No trecho, “Ou seja, nem que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora.” a expressão destacada tem o sentido de um fato:
A) absurdo.
B) admissível.
C) estimado.
D) impossível.
E) possível.

Descritor 3 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.