segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

BIOGRAFIA ROMANCEADA: O JOVEM LUIZ GONZAGA - RONIWALTER JATOBÁ - COM GABARITO

 Biografia Romanceada: O jovem Luiz Gonzaga

Manhã de sábado, 18 de junho de 1988. Uma camioneta Chevrolet Veraneio 1984, de cor bege, cruza a ponte Presidente Dutra – a divisa das cidades de Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro, na Bahia. Sopra um vento frio vindo das margens do rio São Francisco, de época de inverno, mas o calor que chega de outra direção, das terras áridas da caatinga, ao norte, logo vai aquecer o asfalto da estrada de rodagem.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX-lKC0gZB64t7wCC3YkhQ_HJQ4jsA9ccVG7Plfb-hblrKXMwsXKG1mBzJVDZyuEZFw9wcANIEmUgZo16B-i4pyGjuL5upwtqM-YyYv9UiYdbK2Ii6BogMwcOx_-H-OfHpIhGf9sa9nPIDhkSbbPJUl5yrPpi-hWGF-bqcZtZGxydH_ffEhIyTiph8X7I/s320/luiz.jpg


Os cinco passageiros que lotam o veículo são músicos. Entre eles está Luiz Gonzaga, o mais famoso sanfoneiro do país, que vai se apresentar à noite na abertura das festas juninas de Senhor do Bonfim, a cerca de 120 quilômetros de distância. A Veraneio segue devagar. Desde que sofrera dois acidentes de carro, muitos anos atrás, Gonzaga sempre reclama quando o motorista pisa forte no acelerador.


Depois da ponte Presidente Dutra, já em terras da Bahia, a Veraneio entra na BR-407. O carro roda deixando para trás a cidade de Juazeiro. Sentindo um ligeiro mal-estar, Gonzaga aprecia a paisagem à beira da estrada, ali de extrema penœria.

– Aqui é pior do que Exu – comenta.

Um dos músicos gargalha. – Pensa que é brincadeira?

A estrada corta o meio da caatinga, de vegetação árida, de solo seco e pedregoso. De vez em quando, se vê um bode ou uma cabra que pasta perto do acostamento ou um raro pássaro em busca de água e comida.

– Se Exu fosse assim eu não teria sobrevivido – diz Gonzaga.

O carro passa por um entroncamento, à esquerda, que segue para as minas de cobre da Caraíba Metais.

Por ali dá para se chegar a Euclides da Cunha. E também em Canudos, terra do Conselheiro – ensina Gonzaga, que conhecia meio mundo. – Sem asfalto, estrada de terra.

Bem mais adiante, os passageiros cruzam com a pequena cidade de Jaguarari, próxima a Senhor do Bonfim.

Dali em diante, a natureza muda de água para vinho. Em lugar de chão pedregoso e vegetação catingueira, surgem terras férteis, morros verdejantes, nessa hora cobertos de nuvens de chuva.

Exu é assim – diz Gonzaga, depois gargalha e aponta o dedo para o agrupamento de morros e grotas da serra do Gado Bravo, extensão da Chapada Diamantina, na cordilheira do Espinhaço, e segue em direção a Minas Gerais.

Pé de serra.

A Veraneio passa pela rodoviária de Senhor do Bonfim.

– O movimento aqui já está grande – diz um dos músicos. – À noite o show vai lotar – completa Gonzaga.

JATOBÁ, Roniwalter. O jovem Luiz Gonzaga. São Paulo: Nova Alexandria, 2009.

Entendendo o texto

01. Após a leitura do trecho da biografia romanceada O jovem Luiz Gonzaga, responda: qual é o tipo de narrador que o texto apresenta?

          O texto apresenta narrador-observador.

02. Localize, no texto, informações que indicam:

- o tempo em que os fatos narrados acontecem.


         Os fatos narrados acontecem no dia 18 de junho de 1988, em uma manhã de sábado.

          - o espaço em que os fatos narrados acontecem.

            Os fatos acontecem em uma camioneta Chevrolet Veraneio 1984, a caminho da cidade de Senhor do Bonfim, a 120 quilômetros da ponte Presidente Dutra, divisa das cidades de Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro, na Bahia, primeira referência de lugar mencionada no texto.

03. Considerando as informações apresentadas no texto, assinale (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas.

         ( F ) O sanfoneiro Luiz Gonzaga narra a própria história.

         ( F ) A linguagem do texto é objetiva.

         ( V ) A linguagem do texto apresenta subjetividade.

         ( V ) O narrador relata os fatos como se estivesse presente.

04. Explique o sentido da expressão destacada no trecho “Dali em diante, a natureza muda de água para vinho”, justificando sua resposta com base nas informações apresentadas no texto.

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos expliquem a expressão “mudar de água para vinho” como uma mudança radical.

No texto, a expressão é utilizada para se referir à mudança que ocorre na paisagem, antes seca e cheia de pedras, para terras férteis e morros verdejantes.

05. O biografado, Luiz Gonzaga, nasceu na fazenda Caiçara, no município de Exu, interior de Pernambuco, em dezembro de 1912. A respeito das informações apresentadas no texto, é possível concluir que essa cidade se caracteriza por apresentar:

         (   ) solo seco e pedregoso.

         (   ) terras férteis e morros verdejantes.

         ( X ) morros e vales.

   06. A biografia romanceada:

       a. narra acontecimentos da vida de alguém.

       b. conta histórias fictícias ou inspiradas na vida real.

       c. reúne fatos e a liberdade imaginativa do autor.

       d. reúne ficção e a objetividade do autor.

 07. Uma das diferenças entre o público-alvo de uma biografia e de uma biografia romanceada é que:

       a. o público de uma biografia não se interessa por informações técnicas.

       b. o público de uma biografia espera uma narrativa mais promissora.

      c. o público de uma biografia romanceada não se identifica com informações fantasiadas pelo autor.

  d. o público de uma biografia romanceada espera fatos, diálogos, pensamentos e descrições.

 


sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

ARTIGO DE OPINIÃO: A IMPORTÂNCIA DE BRINCAR - ANA REGINA CAMINHA BRAGA - COM GABARITO

 ARTIGO DE OPINIÃO: A IMPORTÂNCIA DE BRINCAR

                                                  Ana Regina Caminha Braga                      

Você já reparou no seu filho brincando? Em como ele consegue resolver os mais variados tipos de situações usando apenas a imaginação? É no ato de brincar que as crianças desenvolvem diversas capacidades. Quem não lembra, de quando era criança, das brincadeiras que fazia? Brincar de esconde-esconde, alerta, cabra-cega, lenço-atrás e amarelinha? Estas e outras brincadeiras auxiliam as crianças na descoberta de si e do mundo.  Ao longo do tempo e com os avanços tecnológicos, brinquedos e brincadeiras foram mudando, mas o prazer da criança em brincar é o mesmo. E é de extrema importância que nós, educadores, levemos a sério tal ato, não só para um melhor processo de aprendizagem das crianças, mas também para sua evolução como seres humanos.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-UVdFbXPEQrxlcqbnuY1plpLORhwNIwsfpvJjwO-bd6lzX6ohtZWnfdT3gAO4pb85UKG8Fg2r73e6IW9raj9iI0qwN_-CLB1uhfJykyqWQiOwJT6IH602Gok6XCAzJO0ybvWErwPGTC3eo2KMFcOdUvLSRI1guVAmLalhyraiAdVs9KTndZ2dua1mWRk/s320/BRINCADEIRAS.jpg


Nosso papel é orientar esse processo, com projetos que ajudem no desenvolvimento e nas habilidades específicas de cada faixa etária.  A brincadeira não é o objeto em si, mas um conjunto de estratégias e habilidades que possibilitam às crianças experiências que revelam o mundo e as desenvolvem para o futuro. Enquanto brincam, elas exercem determinadas funções sociais, pois no interior de uma brincadeira ela acaba distinguindo vários tipos de reação grupal, estimando as consequências agradáveis ou desagradáveis que eles acarretam. O ato de brincar tem um papel fundamental para o desenvolvimento biopsicossocial da criança. É nesse momento que ela se desenvolve, explora característica de personalidade, fantasias, medos, desejos, criatividade e elabora o mundo exterior a partir de seu campo de visão.

A criança precisa experimentar, ousar, tentar, conviver com as mais diversas situações. Brincar com outras crianças, com adultos, com objetos, com o meio. A brincadeira individual também é algo importante, mas brincando com o outro a criança desenvolve seu convívio social. As crianças necessitam de brinquedos e brincadeiras que favoreçam seu desenvolvimento, suas habilidades motoras, coordenação grossa e fina, estruturação espaço temporal e lateralidade. Nossos pequenos estão em uma fase de descoberta, a brincadeira caracteriza vínculo importante com o seu meio social, seus familiares e amigos, e é desse convívio com o outro que a criança começa a formar sua ideia de mundo.

BRAGA, Ana Regina Caminha. A importância de brincar. Notícias do Dia. 25 fev. 2017.

Disponível em: <https://ndmais.com.br/opiniao/artigo/a-importancia-de-brincar/>. Acesso em: 27 fev. 2020.

Vocabulário:

Biopsicossocial: que diz respeito a características biológicas, psicológicas e sociais.

Habilidade motora: capacidade de realizar movimentos.

Vínculo: laço, ligação.

Entendendo o texto

01. Qual é o objetivo principal do artigo "A Importância de Brincar"? 

      a. Destacar a evolução dos brinquedos ao longo do tempo.

b. Argumentar sobre a importância do brincar no desenvolvimento infantil.

c. Apresentar uma lista de brincadeiras tradicionais. 

d. Analisar os avanços tecnológicos na educação infantil.

     02. O que as brincadeiras mencionadas no artigo, como esconde-esconde e amarelinha, ajudam as crianças a fazer?

         a. Desenvolver habilidades tecnológicas.

         b. Explorar características de personalidade.

         c. Melhorar a coordenação grossa e fina.

         d. Estabelecer vínculos com a realidade virtual.

     03.  Como o autor descreve o papel dos educadores em relação ao brincar?

         a. Como observadores passivos.

         b. Como interferências negativas.

         c. Como orientadores do processo de aprendizagem.

         d. Como responsáveis por limitar as brincadeiras.

    04. O que é destacado como essencial para o desenvolvimento biopsicossocial da criança no artigo?

         a. A exclusividade de brincadeiras individuais.

        b. A utilização de tecnologia durante as brincadeiras.

        c. A experimentação e convivência em diversas situações.

        d. A limitação do tempo dedicado ao brincar.

    05. Como as crianças exercem funções sociais durante as brincadeiras, de acordo com o artigo?

         a. Desenvolvendo habilidades motoras.

         b. Estimando consequências agradáveis ou desagradáveis.

         c. Limitando a interação com outros colegas.

        d. Ignorando o impacto das brincadeiras no convívio social.

     06. Qual é o ponto de vista do autor sobre o uso de brinquedos e brincadeiras na fase de descoberta das crianças?

        a. Desencorajar o uso de brinquedos para promover independência.

         b. Favorecer o desenvolvimento por meio de brinquedos e brincadeiras.

         c. Restringir o acesso das crianças a brinquedos para evitar distrações.

        d. Priorizar atividades acadêmicas em detrimento do brincar.

     07. Por que a brincadeira com outras crianças é destacada como importante no artigo?

        a. Para promover a competição entre os pequenos.

        b. Para desenvolver o convívio social da criança.

        c. Para evitar o desenvolvimento de habilidades sociais.

        d. Para limitar a criatividade individual.

     08. O que a brincadeira individual contribui para o desenvolvimento da criança, segundo o artigo?

         a. Desenvolvimento de habilidades motoras.

         b. Estimulação da criatividade.

         c. Limitação do convívio social.

         d. Redução da coordenação grossa.

   09. Quais são as áreas específicas do desenvolvimento infantil mencionadas no artigo?

         a. Desenvolvimento econômico e político.

         b. Estruturação espaço temporal e lateralidade.

         c. Competências linguísticas e matemáticas.

         d. Exclusivamente habilidades cognitivas.

   10.  De acordo com o artigo, qual é o resultado do convívio da criança com o meio social, familiares e amigos durante as brincadeiras?

         a. Isolamento social.

        b. Desinteresse em relação ao mundo exterior.

        c. Formação da ideia de mundo pela criança.

        d. Redução da criatividade.

 

 

 

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

NOTÍCA: CRIANÇAS PREFEREM BRINCADEIRAS "AO AR LIVRE" A GAMES, MOSTRA ESTUDO DA UnB - COM GABARITO

 Notícia: Crianças preferem brincadeiras “ao ar livre” a games,  mostra estudo da UnB

Estudo mostra que 70% dos pequenos disseram preferir atividades como pique-esconde. Apenas 11,4% indicaram que eletrônicos são favoritos.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQPbBnGdRKJxPdilmCJ91gjSXodzEWDZ8fBvAbi6fxHtsov72W_S5QjMaadJGV4z8BFDkNKndDlsd1x8FJWu0o3CAr0HLKIjhIO4Wxx2hPpAULhsevp0PhqraZICdxOAO72UoNncTlr-Z9IDn95GeCRh9orZT1-9p1XeAlik9SQyIhcUcE2WAUguqDRBc/s320/BRINCADEIRAS.jpg


Uma pesquisa feita pela Universidade de Brasília (UnB) desmente a crença popular de que crianças só estão interessadas em games, computadores e outros eletrônicos. O estudo com crianças entre 6 e 12 anos mostra que apenas 11,4% delas indicaram que os gadgets são as brincadeiras favoritas. Mais de 70% escolheram brincadeiras tradicionais e esportivas como as preferidas.

O levantamento feito por alunos de educação física da UnB pegou 145 crianças de escolas públicas. Elas foram convidadas a representar as preferências por meio de desenhos. O resultado surpreendeu até os pesquisadores.

“Eu acreditava que talvez as mídias fossem ter maior prevalência, e não as brincadeiras tradicionais”, diz a autora da monografia, Mariana Oliveira. “A surpresa que a gente tem é quando analisa esses dados e vem o baque: ‘Opa, as mídias não estão tão presentes quanto aquilo que a gente no dia a dia imaginava’.”, continua o doutorando Ivan Ferreira.

Segundo os pesquisadores, os resultados mudam de acordo com o contexto cultural e socioeconômico dos alunos. Uma pesquisa feita apenas na área rural de São Sebastião apontou que nenhuma criança desenhou alguma brincadeira “virtual”. Já na Asa Sul, mais da metade das crianças disse preferir os aparelhos.

Independentemente da brincadeira preferida pelas crianças, os pesquisadores afirmam que uma grande parte das escolhas se deve ao exemplo dado pelos pais. “A brincadeira é ensinada para a criança. Se a gente vê alguma brincando, é porque um dia alguém ensinou a brincar. Se a criança está brincando muito com mídia, não é a culpa da criança”, declarou Ferreira.

A dona de casa Lidiany Krüger afirmou que sofre para tirar o filho, Miguel, da frente das telas. “Para sair de casa, meu esposo tem que ir lá derrubar a internet para ver se as crianças vão pra piscina ou para o parque jogar bola porque, se deixar, por eles, é o dia todo vidrado lá no eletrônico.”

Já a musicista Valéria Cavalcanti disse que prioriza as brincadeiras do lado de fora. “É importante brincar ao ar livre. A gente mora em apartamento, então eu sempre procuro descer.”

CRIANÇAS preferem brincadeiras “ao ar livre” a games, mostra estudo da UnB. G1 DF e TV Globo. 5 jan. 2018.

Disponível em: <https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/criancas-preferem-brincadeiras-ao-ar- livre-a-games-mostra-estudo-da-unb.ghtml>. Acesso em: 27 fev. 2020.

Entendendo o texto

01. Qual é o principal resultado do estudo realizado pela Universidade de Brasília (UnB) sobre as preferências de brincadeiras das crianças?

a) A maioria das crianças prefere brincadeiras tradicionais e esportivas.

b) A maioria das crianças prefere jogos eletrônicos.

c) As crianças não têm uma preferência clara entre brincadeiras ao ar livre e jogos eletrônicos.

02.  Quantos por cento das crianças, de acordo com o estudo, indicaram que os gadgets (dispositivos eletrônicos) são suas brincadeiras favoritas?

         a) 70%

         b) 11,4%

         c) 50%

 03. Como as crianças representaram suas preferências no estudo da UnB?

         a) Por meio de entrevistas.

         b) Através de desenhos.

         c) Por meio de questionários escritos.

    04. O que surpreendeu os pesquisadores ao analisar os dados do estudo?

         a) A prevalência das mídias sobre as brincadeiras tradicionais.

         b) A falta de representação das brincadeiras virtuais.

         c) A presença significativa de brincadeiras tradicionais em comparação com as mídias.

05. Como os resultados do estudo variaram de acordo com o contexto cultural e socioeconômico dos alunos, segundo os pesquisadores?

         a) Não houve variação.

         b) A preferência por brincadeiras virtuais foi maior na área rural.

          c) Houve diferenças na preferência entre áreas rurais e urbanas.

06. O que os pesquisadores afirmam sobre a influência dos pais nas escolhas de brincadeiras das crianças?

       a) Os pais não têm influência significativa.

       b) As brincadeiras são ensinadas para as crianças pelos pais.

       c) As crianças decidem suas brincadeiras independentemente dos pais.

  07. De acordo com a dona de casa Lidiany Krüger, o que ela faz para tentar tirar o filho da frente das telas?

        a) Desce para brincar ao ar livre.

        b) Derruba a internet.

        c) Oferece jogos eletrônicos como alternativos.

  08.  Como a musicista Valéria Cavalcanti prioriza as brincadeiras para seus filhos?   

         a) Ela não tem preferência específica.

         b) Ela prioridade brincadeiras ao ar livre.

        c) Ela incentiva o uso de dispositivos eletrônicos.

09.  Qual é a importância dada pelos pesquisadores ao exemplo dado pelos pais nas escolhas de brincadeiras das crianças?

       a) Os pais não têm influência.

       b) Os pais têm influência, mas não são significativos.

       c) Uma grande parte das escolhas se deve ao exemplo dado pelos pais.

 10. De acordo com a notícia, qual é a estratégia utilizada pela família de Lidiany Krüger para incentivar as crianças a brincarem ao ar livre?

       a) Levar as crianças para o parque.

       b) Desligar a internet para motivar a ida para a piscina ou o parque.

      c) Comprar brinquedos novos.

 

 

 

 

 

terça-feira, 5 de dezembro de 2023

NOTÍCIA: ELETRÔNICOS ESTÃO SUBSTITUINDO LIVRE BRINCAR, APONTA PESQUISA - BRUNA RAMOS - COM GABARITO

 Notícia: Eletrônicos estão substituindo livre brincar, aponta pesquisa

 

As crianças estão brincando cada vez menos, e os pais têm plena consciência dessa mudança no comportamento infantil. Segundo a pesquisa “Valor do Livre Brincar”, encomendada pela marca OMO, 84% dos pais entrevistados acreditam que as crianças não conseguem brincar tanto quanto deveriam.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmIF6ApIbFI4DYfSVG7J_P2E27vzGNLlUhs-vWEb7gcOXOid9_NE_OX4zHRKuKwo2xvsSuvbiW82GD-A5Wmt7KW41P3VxZI2jDbOePjLrgXk63Wu_l3cPQ_e2Vt-Uju7v7HVIeEFw_71lIjKoBvVeQr4ZosCQiPhiJWsruTmP3vm6JNXb8WMxOGD07PII/s1600/BRINCADEIRAS.jpg


Já 64% dos entrevistados acham que seus filhos têm menos oportunidades para brincar do que eles tinham, e 93% concordam que as crianças não brincam da mesma forma que eles brincavam quando pequenos.

Os resultados da pesquisa, realizada em dez países com a participação de 12 170 pais e mães, inspirou o movimento “Livre Para Descobrir”, que estimula as crianças a brincarem, explorarem e experimentarem mais.

“Brincar com liberdade de movimentos físicos envolve a criança inteira: corpo e imaginação, sentimentos e pensamento. Isso potencializa suas capacidades e as desenvolve sinergicamente”, defende Vital Didonet, pedagogo especialista em políticas públicas para a primeira infância.

 Por causa dos aparelhos eletrônicos e as infinitas possibilidades da tecnologia, cada vez menos as crianças têm brincado ao ar livre. Na contramão do declínio do livre brincar, o brincar conectado revela-se uma tendência global. No Brasil, 85% dos pais concordam que as crianças, frequentemente, não querem brincar sem tecnologia, ao mesmo tempo que 84% deles acreditam que seus filhos são mais criativos quando brincam sem eletrônicos. 

 Para Didonet, uma forma de trabalhar essa questão é combinar com a criança tempos para cada atividade. “Mas os próprios pais devem gostar de brincar com aparelhos eletrônicos e sem eles e participar de ambas as brincadeiras com seus filhos. As crianças dão valor àquilo que elas veem ter valor para os adultos”, enfatiza.  

A preferência das crianças pela tecnologia é revelada em outro dado da pesquisa: 89% dos pais brasileiros dizem que seus filhos preferem brincadeiras com esportes virtuais à prática esportiva real. “A tecnologia parece mágica. Você esfrega o dedo na tela e ela muda, vira a página. Faz um clique num pontinho e, plim, aparece nova imagem. Além disso, ela trabalha com a curiosidade, usa o elemento surpresa, aprova e desafia a criança”, descreve Vital.  

Para o especialista, porém, diante da telinha, a criança apenas “responde ou corresponde”, ao passo que com brinquedos não tão estruturados, que requerem a imaginação e a iniciativa da criança, ela tende a se tornar sujeito, a decidir com mais liberdade, a controlar melhor a direção da sua brincadeira. “Ela é menos cobrada e, portanto, se sente mais leve e livre”, pondera.  [...]

Inspirar: motivar, estimular.

Potencializar: aumentar, tornar mais eficaz.

Sinergicamente: em conjunto, envolvendo tudo.

 

RAMOS, Bruna. Eletrônicos estão substituindo livre brincar, aponta pesquisa. EBC. 28 jul. 2016. Disponível em: <http://www.ebc.com.br/ infantil/para-pais/2016/07/eletronicos-estao-substituindo-livre-brincar-aponta-pesquisa>. Acesso em: 27 fev. 2020.

Entendendo o texto

01. Qual é a porcentagem de pais que acreditam que as crianças não conseguem brincar tanto quanto deveriam, de acordo com a pesquisa "Valor do Livre Brincar"?

a) 64%.

b) 84%.

c) 93%.

d) 85%.

02. Quantos pais participaram da pesquisa "Valor do Livre Brincar" em dez países?

          a) 1.217.

          b) 10.000.

          c) 12.170.

          d) 12.000.

    03. O que atraiu o movimento "Livre Para Descobrir" para estimular as crianças a brincarem mais?

        a) Pesquisa sobre alimentação infantil.

        b) Pesquisa sobre o valor do livre brincar.

        c) Pesquisa sobre educação digital.

        d) Pesquisa sobre esportes infantis.

     04. Qual é a tendência global em relação às crianças conectadas, conforme a notícia?

        a) Crescimento.

        b) Estabilidade.

        c) Declínio.

        d) Flutuação

    05. No Brasil, qual porcentagem dos pais acredita que as crianças frequentemente não querem brincar sem tecnologia?

        a) 64%.

        b) 75%.

        c) 84%.

        d) 89%.

    06. De acordo com Vital Didonet, como os pais podem abordar a questão do uso de eletrônicos pelas crianças?

        a) Proibir totalmente o uso de eletrônicos.

        b) Participar de ambas as brincadeiras com os filhos.

        c) Ignorar a preferência das crianças.

        d) Deixar as crianças decidirem sozinhas.

    07. O que Vital Didonet defende sobre brincar com liberdade de movimentos físicos?

        a) Envolver apenas o corpo da criança.

        b) Desenvolver apenas as capacidades físicas.

       c) Envolver a criança inteira: corpo e imaginação, sentimentos e pensamento.

       d) Não é relevante para o desenvolvimento infantil.

    08.Segundo uma pesquisa, qual é a preferência das crianças brasileiras em relação às brincadeiras com esportes?

         a) Preferem esportes ao ar livre.

         b) Preferem esportes virtuais.

         c) Preferem esportes tradicionais.

         d) Não têm preferência.

  09. Como a tecnologia é descrita em relação ao seu apelo para as crianças?

         a) Monótona e previsível.

         b) Mágica, surpreendente, aprovada e desafiadora.

         c) Difícil de entender.  

         d) Sem graça e sem estímulo.

 10. De acordo com Vital Didonet, como as crianças se comportaram diante da telinha em comparação com brinquedos não estruturados?

         a) Tendem a ser mais criativos.

         b) Tornam-se mais controladoras.

         c) Apenas respondem ou correspondem.

         d) Ficam menos engajados.