sábado, 12 de fevereiro de 2022

CONTO: A NOITE DOS ESPETÁCULOS - PAULO LEMINSKI - COM GABARITO

 Conto: A Noite dos Espetáculos

           Paulo Leminski


        A Noite dos Espetáculos só acontecia de cinco em cinco anos, quando o elefante branco fazia aniversário.

        O Rei, a Rainha e a Princesa se sentariam nos tronos para ver as danças, as acrobacias e as lutas, até chegar o elefante branco, conduzido por um menino.

        O elefante branco deveria se ajoelhar diante do Grande Rei, levantar a cabeça e emitir um grito. Assim faziam os elefantes brancos desde os tempos do avô do Grande Rei.

        Quando a festa começou, o Palácio parecia estar em chamas de tantas luzes. Escravos e escravas corriam de um lado para outro, trazendo ou levando coisas. Baita, com dois cães, estava ao lado do trono vazio esperando a hora de o Rei chegar.

        De repente, soaram trombetas, a multidão abriu caminho e passou um elefante trazendo a Rainha. A Rainha desceu, foi até o trono e sentou.

        De novo soaram as trombetas. Era o animal trazendo a Princesa para a cerimônia.

        Mas algo parecia errado, ele começou a balançar, uma tragédia estava para acontecer.

        Do lado do trono vazio, esperando o Rei, com um cachorro em cada mão, Baita percebeu logo o perigo. Ele conhecia os elefantes como se fosse um deles.

        Percebeu que o que trazia a Princesa era uma fêmea grávida. E sabia que as fêmeas grávidas têm medo de fogo.

        Desatou dos pulsos as coleiras dos cachorros e saltou para o pátio, correndo para o animal enfurecido como se corresse para seu grande destino.

        A multidão tinha se afastado. Parecia que a Princesa ia cair a qualquer momento da cesta.

        Baita chegou diante da elefanta, jogou-se no chão e se encolheu como um caramujo. Ela ainda se agitou um pouco. Mas logo parou e estendeu a tromba para acariciar as costas do Mestre do Cachorros. Dava para ouvir uma mosca voar no imenso pátio do Palácio.

        Tudo voltou ao normal, as pessoas voltaram a murmurar e a respirar. A Princesa desceu sob os aplausos e o som das trombetas.

        Agora só faltava o Grande Rei.

        Sua entrada foi recebida de acordes de música e trombetas, coros de vozes masculinas e femininas e gritos ritmados da multidão. Seu elefante era o maior de todos, um macho gigantesco que entrou majestoso no pátio. A figura do Rei estava encoberta por um véu de seda, já que era crime ver seu rosto. O Grande Rei era, sobretudo, uma voz.

        E assim que se sentou no trono, a voz falou:

        -- Na Noite dos Espetáculos, sempre acontecem coisas. Hoje vimos um oficial da Guarda acalmar um elefante furioso. Que pode um homem contra um elefante? Um elefante é o mar, um homem é uma gota-d’água. Mas este homem pôde com um elefante. Não fosse ele, estaríamos chorando a morte da Princesa.

        Este homem que tem poderes sobre os elefantes é, a partir de agora, meu novo Chefe da Guarda. Ele é agora o Mestre dos Elefantes.

LEMINSKI, Paulo. Guerra dentro da gente. 5. ed. São Paulo: Scipione, 1993, p. 51-2.

                  Fonte: Língua Portuguesa – Coleção Mais Cores – 5° ano – 1ª ed. Curitiba 2012 – Ed. Positivo p. 110-4.

Entendendo o conto:

01 – Essa história é real ou ficcional? Quem a criou?

      Ficcional. Criada por Paulo Leminski.

02 – Explique por que a Noite dos Espetáculos só acontecia de cinco em cinco anos.

      Porque era comemorado o aniversário do elefante branco, o qual fazia de cinco em cinco anos.

03 – Quais são as personagens principais desse cerimonial?

      O Grande Rei e o elefante branco.

04 – Na cerimônia acontecia um ritual de apresentação do elefante branco perante os reis. Descreva como você entendeu esse ritual.

      Resposta pessoal do aluno.

05 – Ao final da cerimônia, quem se tornou o personagem mais importante? Por quê?

      O mestre dos cachorros, por ter salvo a Princesa da ira do elefante que a carregava.

06 – De que maneira Baita foi recompensado?

      Ele recebeu o reconhecimento do Grande Rei, que promoveu ao cargo de Chefe da Guarda e o Mestre dos Elefantes.

07 – Escreva os verbos que aparecem nos trechos abaixo.

a)   “A Noite dos Espetáculos só acontecia de cinco em cinco anos”.

Acontecia.

b)   “O elefante branco deveria se ajoelhar diante do Grande Rei [...]”.

Deveria e ajoelhar.

c)   “Baita chegou diante da elefanta, jogou-se no chão e se encolheu como um caramujo”.

Chegou, jogou-se e encolheu.

08 – A que tempo se referem os verbos em destaque nas frases abaixo?

a)   A Princesa jogou o véu que cobria sua face.

Pretérito.

b)   O Grande Rei falará para o público.

Futuro.

c)   Baita é, agora, o Mestre dos Elefantes.

Presente.

LENDA GREGA: A LENDA DE ÓRION - WALMIR CARDOSO - COM GABARITO

 Lenda Grega: A Lenda de Órion

                  Walmir Cardoso

        Dizem que na Grécia Antiga, muito tempo atrás, um jovem caçador chamado Órion apaixonou-se por uma princesa de nome Mérope. Era filha do rei Enopião, com quem morava numa ilha do Mar Mediterrâneo. Dona de grande beleza, Mérope era muito amada pelo pai, que impedia os rapazes de se aproximarem da filha e namorá-la. Acontece que Órion não era um jovem qualquer, mas filho do deus grego Posêidon, conhecido na Roma Antiga como Netuno. Muito poderoso, esse deus reinava sobre os mares. Com receio de deixar Posêidon zangado, Enopião permitiu a Órion achegar-se à filha, com uma condição: devia capturar todos os animais ferozes que infestavam seu reino.

        Sendo um hábil caçador, nosso herói aceitou a proposta, pedindo a mão da princesa como prêmio pela façanha. Enopião nada respondeu e Órion interpretou seu silêncio como consentimento. Durante um bom tempo o caçador enfrentou as feras, que por fim conseguiu aprisionar e transportar para outra ilha, desabitada. Terminada a missão, ele imaginou que pudesse, enfim, casar-se com Mérope. Contudo, os ciúmes de Enopião em relação à filha falou mais alto e ele escondeu-a do noivo num castelo.

        Inconformado, Órion começou a trazer os animais caçados de volta à ilha de Enopião. Numa de suas viagens foi capturado pelos soldados do rei, que o cegaram e em seguida o abandonaram numa praia deserta. Felizmente, o caçador cego foi encontrado por um ciclope, gigante mitológico de um olho só, que o conduziu até Aurora, a deusa do amanhecer. Apaixonada que era por Órion, ela restituiu-lhe a visão, fazendo-o olhar para onde o sol nasce. Porém, mesmo com a vista totalmente recuperada, o caçador não conseguiu casar-se com Mérope.

        Tempos depois apaixonou-se por Ártemis, a deusa da caça, conhecida entre os romanos como Diana. Mas Ártemis tinha um irmão gêmeo, Apolo, muito ciumento dela. Numa bela tarde, os dois irmãos saíram para um torneio de arco e flecha. No caminho, Apolo desafiou Ártemis a acertar um alvo no mar, perto da linha do horizonte. Excelente arqueira, Ártemis aceitou prontamente o desafio e retesou o arco na direção indicada pelo irmão. Mal sabia ela estar apontando para Órion, que nadava à distância e foi trespassado por sua flecha certeira.

        No dia seguinte, andando a beira-mar, a deusa encontrou o corpo morto do amado, com uma de suas flechas cravada no coração. Pôs-se a chorar, mas era tarde, o mal estava feito. Penalizado com sua dor, Zeus, o maior dos deuses gregos, ofereceu-se para transformar Órion numa constelação. Ártemis aceitou a oferta porque assim, pelo menos, poderia ver seu amado no céu. A mesma sorte não coube aos dois cães fiéis de Órion, que ganiam desesperados ao ver seu dono brilhando no céu noturno. Assim, também eles foram transformados por Zeus em constelações. São elas Cão Maior e Cão Menor, que podem ser vistas no céu junto ao gigante caçador nas noites quentes de verão do hemisfério Sul.

                          CARDOSO, Walmir. A lenda de Órion. Nova Escola, São Paulo: Abril. n. 118, p. 30-31, dez. 1998.

                     Fonte: Língua Portuguesa – Coleção Mais Cores – 5° ano – 1ª ed. Curitiba 2012 – Ed. Positivo p. 103-6.

Entendendo a lenda:

01 – Assinale a alternativa correta.

a)   Quem Órion?

(  ) Filho do rei Enopião.

(X) Filho de deus Posêidon.

(  ) o deus Netuno.

b)   Por quais mulheres Órion se apaixonou no decorrer da história?

(X) Mérope e Ártemis.

(  ) Mérope e Aurora.

(  ) Aurora e Ártemis.

c)   Por que o rei Enopião não permitiu que Órion se casasse com sua filha Mérope?

(  ) Porque Órion não conseguiu dar fim nos animais ferozes que infestavam o seu reino.

(  ) Porque Órion era filho de Posêidon.

(X) Porque Enopião tinha ciúmes da filha.

d)   Quem mandou cegar Órion?

(  ) Mérope.

(X) Enopião.

(  ) Posêidon

e)   Quem restituiu a visão a Órion?

     (  ) Mérope.

     (  ) Ártemis.

     (X) Aurora.

     f) O “acidente” que provocou a morte de Órion foi planejado por quem?

     (  ) Enopião.

     (  ) Ártemis.

     (X) Apolo.

02 – Por que Zeus, o maior dos deuses gregos, resolveu transformar Órion em uma constelação?

      Para consolar Ártemis, pois transformando Órion em uma constelação, ela poderia vê-lo no céu todas as noites.

03 – Por que os cães de Órion também foram transformados em constelações, se eles não haviam morrido?

      Para que pudessem ficar ao lado do seu dono.

04 – Afinal, essa lenda tenta explicar que fenômeno da natureza?

      O surgimento das constelações.

05 – Leia as frases a seguir e resolva as questões.

        “Órion enfrentou os animais ferozes do reino de Enopião.”

a)   Quais são os substantivos próprios?

Órion e Enopião.

b)   Qual é a palavra que indica ação (verbo)?

Enfrentou.

c)   Quem pratica a ação?

Órion.

d)   Qual é o adjetivo? A que substantivo ele se refere?

Ferozes, animais.

e)   De onde são os animais ferozes?

Do reino de Enopião.

        “Choram de tristeza os cães de Órion”.

f)    Qual é o verbo da frase?

Choram.

g)   Quem pratica a ação?

Os cães de Órion.

        “No dia seguinte, Ártemis encontrou o seu amado na praia.”

h)   Qual é a expressão de tempo?

No dia seguinte.

i)     Qual é a expressão de lugar?

Na praia.

j)     Qual é o verbo da frase?

Encontrou.

k)   Quem pratica a ação?

Ártemis.

 

TEXTO: CRIANÇAS ESPORTIVAS - VEJA KID+ - COM GABARITO

 Texto: Crianças esportistas

         Cada vez mais alto

        Nem mesmo um pé torcido fez com que o ginasta carioca B. R. M., de 11 anos, desistisse de disputar o Campeonato Mundial de Ginástica Acrobática na Austrália, em outubro. O garoto tem experiência de sobra: aos 5 anos, começou a treinar ginástica olímpica. Algumas provas e medalhas depois, mudou para a ginástica acrobática. Pelo menos três vezes por semana, treina para melhorar seus saltos e garantir boa classificação nos treinos do Brasil e de outros países. Suas especialidades são salto duplo-míni (na cama elástica) e tumbling (ginástica de solo). “Na hora da prova, tento me concentrar: abaixo a cabeça e vou para o salto. Ganhar é ótimo. Mas gosto é de competir”.

          Quando nada, ela ganha tudo!

        Se pudesse, a paulista C. B. C., de 13 anos, viveria na água. Mesmo estudando de manhã, a garota dá duro para manter os títulos de Campeã Paulista de Nado Medley e Campeã Brasileira de Nado Borboleta. Aliás, esta última prova foi a sua maior vitória: Ela competiu com nadadores mais velhos e saiu vencedora.

        O segredo do sucesso é madrugar nos treinos. Às cinco da manhã, ela já está de pé, pronta para cair na água. E adivinha para onde ela vai depois da aula? Para a piscina de novo, claro! Camila dedica a vida ao esporte desde os 4 anos. “Se quiser ser uma grande esportista, tenho de me esforçar para manter bons resultados”, diz a fã de Gustavo Borges.

VEJA KID+. São Paulo: Abril. Nov. 1998.

                     Fonte: Língua Portuguesa – Coleção Mais Cores – 5° ano – 1ª ed. Curitiba 2012 – Ed. Positivo p. 89-90.

Entendendo o texto:

01 – Segundo o texto, há quanto tempo esses atletas praticam esporte?

a)   B. R. M.: 06 anos.

b)   C. B. C.: 09 anos.

02 – Descreva resumidamente, a paulista C. B. C.

      Levanta as 5 horas da manhã para treinar, vai à escola e volta ao treino.

03 – B. R. M. conta como se comporta na hora da prova.

        “[...] tento me concentrar: abaixo a cabeça e vou para o salto. Ganhar é ótimo. Mas gosto é de competir”.

a)   Nas provas, o que é mais importante para B. R. M.?

É poder competir.

b)   E para você, o que é mais importante em uma competição? Por quê?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Competir e ganhar, assim ficaremos feliz pelo nosso trabalho.

c)   Em sua opinião, como deve ser o comportamento de um atleta antes e depois de uma competição? Por quê?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Antes ele tem que treinar e se concentrar na prova, depois quando for competir se ganhar ficar feliz e se puder ficar satisfeito porque deu seu melhor.

 

REPORTAGEM: TIME DE PERNAS DE PAU - MARCELO LEITE BARBALHO - COM GABARITO

 Reportagem: Time de pernas de pau

         Um grupo de meninos de Fortaleza dá um novo sentido à expressão que é o terror de qualquer jogador

        Para quem sonha em se transformar num superastro do futebol, ser chamado de perna-de-pau é no mínimo desanimador. Mas, para cerca de 50 moleques que vivem na localidade da Sabiaguaba, em Fortaleza, é elogio. É que, num campo de terra batida com uma arvorezinha bem no meio, traves tortas e arquibancada de bambu, eles correm atrás de uma bola de borracha em cima de pernas-de-pau. Há dois anos tem futebol mambembe pelo menos uma vez por semana. O time já tem nome: Calango (espécie de lagartixa muito comum no Ceará).

        É um tal de furar na hora do chute... Sobe poeira para todo lado numa correria doida, desengonçada. “A garotada se diverte até nas quedas. Quando um cai, leva junto uns quatro ou cinco. Eles têm técnica para cair. Ninguém se machuca”, garante Gaudêncio Siqueira, 38 anos, o inventor do novo futebol. Tem até uma musiquinha para essas horas: “Tombei, tombei, tornei tombar/A brincadeira já vai começar”. “É massa ficar no alto e se equilibrar sobre pernas-de-pau pra bater um racha”, diz Del, que quando calça chuteiras é um dos destaques do juvenil do Uniclinic, que disputa o Campeonato Cearense.

        Artista circense e educador, Gaudêncio ensina as crianças a fazerem pernas-de-pau. “Desenvolve a coordenação motora e os músculos. E ajuda a ter coragem para enfrentar situações difíceis da vida.” Mais: guarda para sempre na memória de cada um a sensação de ser criança.

                          BARBALHO, Marcelo Leite. Time de pernas de pau. Placar, São Paulo, abril, n° 1164, p. 90-91, jun. 2000.

                     Fonte: Língua Portuguesa – Coleção Mais Cores – 5° ano – 1ª ed. Curitiba 2012 – Ed. Positivo p. 82-4.

Entendendo a reportagem:

01 – Nessa reportagem, a expressão “perna de pau” aparece com significados diferentes. Com o auxílio de um dicionário, escreva que significados podem ser atribuídos a essa expressão.

      Perna feita com pedaço de madeira; jogadores não habilidoso.

02 – Releia este trecho do texto: “Há dois anos tem futebol mambembe [...]”. O que significa a expressão em destaque?

      Futebol de baixa qualidade, ruim.

03 – De acordo com o texto, responda as questões abaixo:

a)   Nome do estado cuja capital é Fortaleza.

Ceará.

b)   Material de que é feita a arquibancada do campo de futebol dos meninos.

Bambu.

c)   Sinônimo de menino.

Moleque.

d)   Sobrenome do autor da reportagem.

Barbalho.

e)   Nome de um dos times que disputam o Campeonato Cearense.

Uniclinic.

f)    Primeiro nome do inventor do futebol perna de pau.

Gaudêncio.

g)   Uma das profissões desse inventor.

Educador.

04 – Qual é o nome do time?

      Calango.

a)   Essa palavra foi escolhida para nomear o quê?

O time de perna de pau.

b)   Qual é o significado dessa palavra?

Uma espécie de lagartixa do Ceará.

05 – Você gostaria de participar de um time de futebol perna de pau? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Sim, porque pode ser divertido e diferente.

06 – Escreva, dentro dos parênteses, o nome do autor de cada fala da reportagem.

a)   “É massa ficar no alto e se equilibrar sobre pernas de pau pra bater um racha”. (Del).

b)   “Desenvolve a coordenação motora e os músculos. E ajuda a ter coragem para enfrentar situações difíceis da vida”. (Gaudêncio Siqueira).

07 – Agora, releia a fala a seguir.

        “A garotada se diverte até nas quedas. Quando um cai, leva junto uns quatro ou cinco. Eles têm técnica para cair. Ninguém se machuca” [...].

a)   Que outras formas foram utilizadas na reportagem para se referir à garotada?

Meninos, moleques e crianças.

b)   Comente com seus colegas qual dessas formas é mais utilizada na região onde você mora.

Resposta pessoal do aluno.

 

 

TEXTO: HISTÓRIA DO FUTEBOL - SITE- SUAPESQUISA.COM - COM GABARITO

 Texto: História do Futebol

        Origens do futebol, chegada do futebol ao Brasil, Charles Miller, FIFA, Copa do Mundo 

        O futebol é um dos esportes mais populares no mundo. Praticado em centenas de países, este esporte desperta tanto interesse em função de sua forma de disputa atraente. Embora não se tenha muita certeza sobre os primórdios do futebol, historiadores descobriram vestígios dos jogos de bola em várias culturas antigas. Estes jogos de bola ainda não eram o futebol, pois não havia a definição de regras como há hoje, porém demonstram o interesse do homem por esse tipo de esporte desde os tempos antigos.

        O futebol tornou-se tão popular graças a seu jeito simples de jogar. Basta uma bola, equipes de jogadores e as traves, para que, em qualquer espaço, crianças e adultos possam se divertir com o futebol. Na rua, na escola, no clube, no campinho do bairro ou até mesmo no quintal de casa, desde cedo jovens de vários cantos do mundo começam a praticar o futebol.

        O futebol na Idade Média 

        Há relatos de um esporte muito parecido com o futebol, embora usava-se muito a violência. O Soule ou Harpastum era praticado na Idade Média por militares que se dividiam em duas equipes: atacantes e defensores. Era permitido usar socos, pontapés, rasteiras e outros golpes violentos. Há relatos que mostram a morte de alguns jogadores durante a partida. Cada equipe era formada por 27 jogadores, onde grupos tinham funções diferentes no time: corredores, dianteiros, sacadores e guarda-redes.

        Na Itália Medieval apareceu um jogo denominado gioco del calcio. Era praticado em praças e os 27 jogadores de cada equipe deveriam levar a bola até os dois postes que ficavam nos dois cantos extremos da praça. A violência era muito comum, pois os participantes levavam para campo seus problemas, causados, principalmente, por questões sociais típicas da época medieval. 

        A desorganização, a violência e o barulho eram tão intensos que o rei Eduardo II teve que decretar uma lei proibindo a prática do jogo, condenando a prisão os praticantes. Porém, o jogo não terminou, pois integrantes da nobreza criaram uma nova versão dele com regras que não permitiam a violência. Nesta nova versão, cerca de doze juízes deveriam fazer cumprir as regras do jogo.

        O futebol chega à Inglaterra

        Pesquisadores concluíram que o gioco de calcio saiu da Itália e chegou a Inglaterra por volta do século XVII. Na Inglaterra, o jogo ganhou regras diferentes e foi organizado e sistematizado. O campo deveria medir 120 por 180 metros e nas duas pontas seriam instalados dois arcos retangulares chamados de gol. A bola era de couro e enchida com ar. Com regras claras e objetivas, o futebol começou a ser praticado por estudantes e filhos da nobreza inglesa. Aos poucos foi se popularizando. No ano de 1848, numa conferência em Cambridge, estabeleceu-se um único código de regras para o futebol. No ano de 1871 foi criada a figura do guarda-redes (goleiro) que seria o único que poderia colocar as mãos na bola e deveria ficar próximo ao gol para evitar a entrada da bola. Em 1875, foi estabelecida a regra do tempo de 90 minutos e em 1891 foi estabelecido o pênalti, para punir a falta dentro da área. Somente em 1907 foi estabelecida a regra do impedimento.

        O profissionalismo no futebol foi iniciado somente em 1885 e no ano seguinte seria criada, na Inglaterra, a International Board, entidade cujo objetivo principal era estabelecer e mudar as regras do futebol quando necessário. 

        No ano de 1897, uma equipe de futebol inglesa chamada Corinthian fez uma excursão fora da Europa, contribuindo para difundir o futebol em diversas partes do mundo.

        Em 1888, foi fundada a Football League com o objetivo de organizar torneios e campeonatos internacionais.

        A criação da FIFA

        No ano de 1904, foi criada a FIFA (Federação Internacional de Futebol Associado) que organiza até hoje o futebol em todo mundo. É a FIFA que organiza os grandes campeonatos de seleções (Copa do Mundo) de quatro em quatro anos.

        [...] A FIFA também organiza campeonatos de clubes como, por exemplo, a Copa Libertadores da América, Copa da UEFA, Liga dos Campeões da Europa, Copa Sul-Americana, entre outros.

        História do Futebol no Brasil

        Nascido no bairro paulistano do Brás, Charles Miller viajou para Inglaterra aos nove anos de idade, para estudar. Lá tomou contato com o futebol e, ao retornar ao Brasil em 1894, trouxe na bagagem a primeira bola de futebol e um conjunto de regras. Podemos considerar Charles Miller como sendo o precursor do futebol no Brasil.

        O primeiro jogo de futebol no Brasil foi realizado em 15 de abril de 1895 entre funcionários de empresas inglesas que atuavam em São Paulo.

        Os funcionários também eram de origem inglesa. Este jogo foi entre Funcionários da Companhia de Gás x Cia. Ferroviária São Paulo Railway.

        O primeiro time a se formar no Brasil foi o São Paulo Athletic, fundado em 13 de maio de 1888.

        No início, o futebol era praticado apenas por pessoas da elite, sendo vedada a participação de negros em times de futebol.

        [...] 

                       HISTÓRIA do futebol. Disponível em: http://www.suapesquisa.com/futebol Adaptação. Acesso em: 3 jul. 2012.

                     Fonte: Língua Portuguesa – Coleção Mais Cores – 5° ano – 1ª ed. Curitiba 2012 – Ed. Positivo p. 74-9.

Entendendo o texto:

01 – Essa história é real ou ficcional? Como você sabe?

      Real. Sugestão: Pois tem datas, lugares e nomes que podem ser comprovados.

02 – Assinale a alternativa correta e, você justifique sua escolha. O texto “História do Futebol” é:

(   ) Um conto.

(   ) Uma biografia.

(X) Um relato histórico.

(   ) Uma notícia.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É um relato histórico, porque informa uma sequência de acontecimentos.

03 – Dos fatos relatados, qual você considera mais importante?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: O relato do futebol a Idade Média.

04 – Em quantas partes esse texto está dividido? Quais são elas?

      Está dividido em cinco partes: Introdução, O futebol na Idade Média, O futebol na Inglaterra, A criação da FIFA e o futebol no Brasil.

05 – O texto foi criado com título e subtítulos. Por que foram criados subtítulos para esse texto?

      Para organizar melhor as informações.

06 – Pesquise o significado destas palavras que aparecem na parte introdutória do texto.

a)   “[...] primórdios do futebol [...]”.

Origem, princípio, começo, etc.

b)   “[...] vestígios dos jogos de bola [...]”.

Rastros, sinais, indícios.

07 – Na segunda parte do texto, é informado ao leitor que, na Idade Média, o “futebol” era bastante violento. Explique.

      Não havia regras, era permitido pontapés, socos, rasteiras e golpes violentos.

a)   Por quantos jogadores era formado o “time de futebol” nessa época?

27 jogadores.

b)   O que era o gioco del calcio?

Era um jogo da Itália Medieval praticado em praças onde os 27 jogadores de cada time deveriam levar a bola até os postes que ficavam nos cantos. Era muito violento.

08 – Em que país o futebol adquiriu regras e foi organizado de uma forma bem semelhante à de hoje?

      Foi na Inglaterra.

09 – Por que Charles Miller é considerado o “pai do futebol” no Brasil?

      Porque ele foi o precursor do futebol no Brasil.

NOTÍCIA: PRIMEIRO PASSO COM MACACÃO ESPACIAL - ANGÉLICA FAVRETTO- COM GABARITO

 Notícia: Primeiro passo com macacão espacial

          Menina de 5 anos, com dificuldades motoras, consegue caminhar graças à ajuda do equipamento que foi doado recentemente ao Hospital Pequeno Príncipe

Por Angélica Favretto, especial para a Gazeta do Povo – 29/06/2012 21:05

        [...]

        Este é um pequeno passo para o homem, mas um gigantesco salto para a humanidade". A conhecida frase do astronauta americano Neil Armstrong facilmente se encaixaria na história da Maria Clara Xavier, de 5 anos. A menina, devido à prematuridade no nascimento, acabou tendo o sistema neurológico comprometido. A irmã gêmea, Maria Eduarda, não teve o mesmo problema. O processo cognitivo de Maria Clara funciona normalmente: ela fala, conhece os números e mexe no computador. Tem dificuldades, porém, em se manter de pé (ereta) sem o auxílio de alguém, e não caminha. Ou melhor, não caminhava.

        Graças a um macacão desenvolvido pela agência espacial russa, e depois adaptado para fins terapêuticos nos EUA, Maria Clara conseguiu dar, na última quarta-feira, seus primeiros passos sozinha. O pediasuit (nome do macacão) funciona assim: são quatro peças (blusa, bermuda, joelheira e sapato), que ligadas por elásticos fixados a garrotes, são presas a uma gaiola de sustentação. Ali, é possível trabalhar as habilidades motoras e o alongamento do paciente, de acordo com a necessidade. "O tratamento é feito por quatro horas, em cinco dias da semana, durante um mês. Depois desse período, o paciente descansa e volta para fazer manutenções e a fisioterapia em si", explica a fisioterapeuta do Hospital Pequeno Príncipe Adriana Maria Barreto Domingues.

        Os pais de Maria Clara souberam do método por um artigo de internet. No Brasil, o pediasuit existe nas cidades de Cascavel, Blumenau, Rio de Janeiro e São Paulo. Em Curitiba, há um no Centro Universitário Campos de Andrade. Ao saber dessa possibilidade de tratamento para a filha, o empresário Cassiano Xavier, de 45 anos, e a médica especialista em arritmia cardíaca infantil Lania Romanzin Xavier, de 43, procuraram patrocínio para conseguir um aparelho e instalá-lo no Hospital Pequeno Príncipe. Dessa forma, beneficiariam a filha que faria o tratamento no hospital a que já estava habituada e, futuramente, outras crianças poderiam se tratar ali. Era necessário trazer a gaiola com os elásticos dos Estados Unidos. A ajuda para isso veio da Turquia.

        Foi Alex, ex-jogador do Curitiba que atualmente está no Fenerbahçe, quem doou o dinheiro. Ele soube do caso de Maria Clara por meio de Jean, um amigo dele e também do pai da menina. Após algumas ligações de Jean, o jogador, que já faz trabalhos sociais, decidiu ajudar a família e o hospital. Com o dinheiro recebido, o Pequeno Príncipe pode, ainda, reformar uma das salas da fisioterapia para acomodar o pediasuit.

        [...]

Gazeta do Povo, 29 jun. 2012.

Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/vida ecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1270085&tit=primeiro-passo-com-macacao-especial. Acesso em: 29 jun. 2012.

                Fonte: Língua Portuguesa – Coleção Mais Cores – 5° ano – 1ª ed. Curitiba 2012 – Ed. Positivo p. 59-60.

Entendendo a notícia:

01 – De acordo com o texto, agora, responda com sim ou não a estas perguntas referentes ao texto lido.

a)   À época, esse texto tratou de um fato atual? Sim.

b)   É interessante para os leitores da região onde foi publicado? Sim.

c)   Deu destaque a um fato importante? Sim.

d)   Apresentou dados que comprovam os fatos revelados? Sim.

e)   O jornalista apresentou a opinião dele sobre os fatos? Não.

02 – O que deu origem a essa notícia?

      Doação ao hospital de um equipamento para ajudar uma criança com dificuldades motoras.

03 – Quando ocorreu a doação?

      Próxima à data de publicação desta notícia.

04 – Quem está envolvido no fato?

      Maria Clara (menina), seus pais, o hospital e o jogador.

05 – Onde o fato ocorreu?

      Em Curitiba.

06 – Por que esse fato é importante?

      Porque ajudará muitas crianças com dificuldades motoras.