sábado, 12 de fevereiro de 2022

POEMA: OUTRAS CARAS DAS PALAVRAS - ELIAS JOSÉ - COM GABARITO

 Poema: Outras caras das palavras

             Elias José


Emprego, verdade, amizade,

Pedra, certeza, ordenado

- palavras sólidas, rochedos.

 

Fingimento, chuva, momento,

Água, político, lembranças

- palavras líquidas, escorregadias.

 

Viuvez, desprezo, rancor;

Jamais, medo, esquecimento

- palavras frias, geleiras.

 

Carnaval, paixão, torcida,

Esperança, guerra, criança

- palavras quentes, fogueiras.

 

Baú, janota, jardineira,

Aeroplano, flerte, convescote

- palavras velhas, encarquilhadas.

 

Tênis, fliperama, curtição,

Computação, CD, punk

- palavras novas, movimentadas.

JOSÉ, Elias. O jogo das palavras mágicas. São Paulo: Paulinas, 1996.

                   Fonte: Língua Portuguesa – Coleção Mais Cores – 5° ano – 1ª ed. Curitiba 2012 – Ed. Positivo p. 14-5.

Entendendo o poema:

01 – Numere a segunda coluna, buscando descobrir que tipo de relação o autor pode ter feito para classificar as palavras da forma como escreveu.

(1) Palavras sólidas, rochedos.

(2) Palavras líquidas, escorregadias.

(3) Palavras frias, geleiras.

(3) Essas palavras nos remetem ao distanciamento que pode ocorrer entre as pessoas; não demonstram aconchego, proximidade.

(1) São palavras que representam estabilidade financeira; segurança nos relacionamentos; dureza, de superfície rígida.

(2) Ao contrário das palavras sólidas, essas não “oferecem” segurança: são passageiras, vagas, incertas.

02 – Explique, com poucas palavras, por que as palavras carnaval, paixão, torcida, esperança, guerra e criança foram consideradas palavras quentes, fogueiras?

      Porque são palavras que lembram energia, vibração, movimento.

03 – E por que baú, janota, jardineira, aeroplano, flerte e convescote foram classificadas como palavras velhas, encarquilhadas?

      Porque são palavras pouco usadas, antigas.

04 – Por que tênis, fliperama, curtição, computação, CD e punk foram exemplos de palavras novas, movimentadas?

      Porque essas palavras remetem à modernidade, à juventude; por isso podem ser consideradas novas e movimentadas.

 

POEMA: QUEM MANDA É A PALAVRA - ANTONIETA DIAS DE MORAES - COM GABARITO

 Poema: Quem manda é a palavra

             Antonieta Dias de Moraes

Aqui quem manda é a palavra,

senhora da fantasia
e ferramenta da mágica,
que tudo faz e improvisa
com a voz do abracadabra.


No jogo da fantasia,
pronunciar a palavra
é transformar em magia
o que se diz não ter graça,
a vida no dia a dia.


Eu, tu, você, eles, a gente,
digamos, pois, todos nós,
que somos simples viventes,
ouviremos nossa voz,

a palavra frente a frente.​

        MORAES, Antonieta Dias de. Quem manda é a palavra. In: Supermágica abracadabra. São Paulo: Global, 1995. p. 15.

                     Fonte: Língua Portuguesa – Coleção Mais Cores – 5° ano – 1ª ed. Curitiba 2012 – Ed. Positivo p. 08-10.

Entendendo o poema:

01 – Assinale a alternativa que identifica que texto Antonieta escreveu. Depois, justifique sua resposta.

(  ) Conto.

(X) Poema.

(  ) Notícia.

(  ) Carta.

      O texto foi escrito em forma de estrofes e versos e, também, palavras que rimam ao final dos versos.

02 – Do que se trata o texto?

      O texto fala sobre a magia das palavras.

03 – Em relação à estrutura do poema, resolva as questões a seguir.

a)   Há quantas estrofes?

Possui 03 estrofes.

b)   Há quantos versos em cada uma das estrofes?

Tem 05 versos em cada estrofe.

c)   Retire do texto as palavras que rimam entre si.

Fantasia / improvisa; palavra / abracadabra; magia / dia; gente / vivente / frente; voz / nós.

04 – Releia atentamente o poema e responda às questões.

a)   De que forma a poeta definiu a “palavra com a voz do abracadabra”?

“Senhora da fantasia / e ferramenta da mágica, / que tudo faz e improvisa.”

b)   Segundo a autora, o que acontece se estivermos no jogo da fantasia e pronunciarmos esta palavra?

“É transformar em magia / o que se diz não ter graça, / a vida no dia a dia.”

05 – Se fosse possível transformar a vida do dia a dia pronunciando a “palavra com a voz do abracadabra”, o que você mudaria?

      Resposta pessoal do aluno.

06 – Será que o mundo real existem palavras mágicas capazes de transformar o relacionamento entre as pessoas?

      Sim. Só depende de como a pessoa vai receber a palavra.

07 – Que palavras devemos pronunciar quando:

·        Queremos nos desculpar com alguém?

Desculpe-me.

·        Desejamos um favor de um colega?

Por favor; por gentileza.

·        Gostaríamos de agradecer por algo?

Obrigado(a); agradecido(a).

08 – Você conhece outras tão mágicas quanto as escritas anteriormente? Quais?

      Resposta pessoal do aluno.

 

TEXTO: PAPAI NOEL É CAMPEÃO DE CARTAS - KÁTIA CALSAVARA - COM GABARITO

 Texto: Papai Noel é campeão de cartas

          Kátia Calsavara – Free-lance para a folhinha

       

Para a rua Encantada, sem número, Polo Norte. "Papai Noel, eu fui um bom menino neste ano. Tirei quase tudo A, e só cinco notas B. Obedeci à meus pais e queria um Playstation."

        Esse é o trecho de uma das 10.290 cartas enviadas até agora a Papai Noel, via correio, só na cidade de São Paulo. No ano passado, somando todos os Estados brasileiros, o bom velhinho recebeu mais de 63.200 cartas. A estimativa para este ano é que mais de 70 mil cartas sejam recebidas.

        Os pedidos são variados, mas os de brinquedos e bicicletas são os campeões. Até os adultos escrevem pedindo emprego, cirurgia, cesta básica. "Papai Noel, quero ganhar um sofá avermelhado", "um carro com motorista".

        Distribuídas por todo o país, estão casinhas em que ficam "morando" as cartas até o final do ano. Nesses locais, as pessoas podem passar, ler a sua carta e atender ao pedido. Em São Paulo, até agora, 520 foram atendidos. Para adotar uma, procure a agência dos Correios próxima de sua casa.

                                    CALSAVARA, Kátia. Papai Noel é campeão de cartas. 20 dez. 2003. Folha de S. Paulo, p. F6. Folhinha.

                     Fonte: Língua Portuguesa – Coleção Mais Cores – 2° ano – 1ª ed. Curitiba 2012 – Ed. Positivo p. 141-3.

Entendendo o texto:

01 – O 1° parágrafo do texto apresenta o “suposto” endereço do Papai Noel e o trecho de uma das cartas enviadas a ele.

a)   Copie o “endereço” do Papai Noel.

Rua Encantada, sem número, Polo Norte.

b)   Sublinhe o trecho dessa carta.

"Papai Noel, eu fui um bom menino neste ano. Tirei quase tudo A, e só cinco notas B.”

c)   O trecho da carta que você sublinhou foi destacado por meio do uso de um sinal de pontuação. Que sinal de pontuação é esse?

Aspas.

02 – O que as crianças mais pedem ao Papai Noel? Comprove sua resposta com uma frase do texto.

      Brinquedo e bicicleta. “... mas os de brinquedos e bicicletas são os campeões.”

03 – Que pedido você gostaria de fazer ao Papai Noel? Qual e por quê?

      Resposta pessoal do aluno.

04 – Todos os pedidos enviados ao Papai Noel são atendidos? Por quê?

      Não. Porque as cartas ficam à espera de uma pessoa passar, ler e atender o pedido.

05 – Na realidade, quem atende ao pedido de algumas dessas cartas?

      São: Papai, mamãe e outras pessoas que queiram dar o presente.

06 – Releia esta parte do texto e depois responda às questões.

        “No ano passado, somando todos os Estados brasileiros, o bom velhinho recebeu mais de 63.200 cartas.”

a)   A quem se refere a expressão “o bom velhinho”?

Ao Papai Noel.

b)   Por que a autora desse texto optou por usar essa expressão no lugar de “Papai Noel”?

Ela usou o bom velhinho para não repetir a expressão Papai Noel.

 

 

NOTÍCIA: RECIFE RECEBE ADAPTAÇÃO TEATRAL DO PROGRAMA DE TV INFANTIL "COCORICÓ" - G1.GLOBO - COM GABARITO

 Notícia: Recife recebe adaptação teatral do programa de TV infantil “Cocoricó”

          Espetáculo será encenado nos dias 22 e 23 de outubro.

          Teatro Guararapes será o palco para as histórias de Júlio e seus amigos.

Em ‘Cocoricó – O show’, Júlio e João vivem diversas aventuras na cidade grande (Foto: Divulgação)

        O programa de TV infantil "Cocoricó" ganhou adaptação teatral que chega aos palcos do Recife nos dias 22 e 23 de outubro, no Teatro Guararapes. A montagem apresenta os personagens de corpo inteiro – diferente da versão para televisão. No espetáculo, o garoto Júlio e seus amigos fazem uma viagem à cidade grande, onde enfrentam alguns desafios e vivem novas aventuras.

        Além de Júlio, animam a criançada o primo dele, João, o cavalo Alípio, o papagaio Caco e as galinhas Lola, Zazá e Lilica. O cenário da fazenda é mantido na roupagem teatral, mas o público poderá conferir um ambiente urbano e até um circo é representado no show. A peça ainda conta com 15 músicas, que serão cantadas e coreografadas pelos personagens.

              Disponível em:http://gl.globo.com/Pernambuco/noticia/2011/recife-recebe-adapt. Atualizado em: 16 out. 2011. Acesso em: 9 maio 2012.

                    Fonte: Língua Portuguesa – Coleção Mais Cores – 2° ano – 1ª ed. Curitiba 2012 – Ed. Positivo p. 128-9.

Entendendo a notícia:

01 – A notícia que você leu foi publicada em uma seção do jornal destinada ao público infantil. O título da notícia está atraente, ou seja, as crianças sentirão vontade de ler o texto? Por quê?

      Sim, porque eles adoram e vão se imaginar participando desta turminha da alegria.

02 – Que outro título você daria a essa notícia?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Cocoricó na cidade.

03 – Complete com as informações apresentadas nessa notícia.

a)   O que aconteceu?

O programa de TV infantil “Cocoricó” ganhou nova adaptação teatral no palcos.

b)   Onde?

No Recife.

c)   Quando?

Nos dias 22 e 23 de outubro.

d)   Por quê?

Para poder apresentar as personagens de corpo inteiro.

04 – Assinale a alternativa adequada, Essa notícia é:

(  ) Triste.

(  ) Importante.

(X) Engraçada.

(  ) Emocionante.

 

CONTO: MARIA VAI COM AS OUTRAS - SLVIA ORTHOF - COM GABARITO

 Conto: Maria vai com as outras

              Sylvia Orthof


Era uma vez uma ovelha chamada Maria.

Onde as outras ovelhas iam, Maria ia também.

As ovelhas iam pra baixo. Maria ia pra baixo.

As ovelhas iam pra cima. Maria ia pra cima.

Maria ia sempre com as outras.

 

Um dia, todas as ovelhas foram para o polo sul. Maria foi também.

Ai, que lugar frio!

As ovelhas pegaram uma gripe!!!

Maria pegou gripe também. Atchim!

Maria ia sempre com as outras

 

Depois todas as ovelhas foram para o deserto. Maria foi também.

Ai, que lugar quente!

As ovelhas tiveram insolação.

Maria teve insolação também. uf! puf!

Maria ia sempre com as outras.

 

Um dia, todas as ovelhas resolveram comer salada de jiló.

Maria detestava jiló. Mas, como todas as ovelhas comiam jiló, Maria comia também. Que horror!

Foi quando, de repente, Maria pensou:

“Se eu não gosto de jiló, por que é que tenho que comer salada de jiló?”

Maria pensou, suspirou, mas continuou fazendo o que as outras faziam.

 

Até que as ovelhas resolveram pular do alto do corcovado pra dentro da lagoa.

Todas as ovelhas pularam.

Pulava uma ovelha, não caia na lagoa, caia na pedra, quebrava o pé e chorava: Mé!

Pulava outra ovelha, não caia na lagoa, caia na pedra, quebrava o pé e gritava: Mé!

E assim quarenta e duas ovelhas pularam, quebraram o pé, chorando:  mé! mé! mé!

 

Chegou a vez de Maria pular.

Ela deu uma requebrada, entrou num restaurante e comeu uma feijoada.

Agora, mé, Maria vai para onde caminha o seu pé!

                              ORTHOF, Sylvia. Maria-vai-com-as-outras. 20. Ed. São Paulo: Ática, 1999. C by herdeiros de Sylvia Orthof.

                 Fonte: Língua Portuguesa – Coleção Mais Cores – 2° ano – 1ª ed. Curitiba 2012 – Ed. Positivo p. 119-123.

Entendendo o conto:

01 – Quais são os lugares por onde Maria passou?

      Polo Sul, deserto, Alto do Corcovado, restaurante.

02 – O que aconteceu com as ovelhas quando foram para o Polo Sul e para o deserto? Por quê?

·        Polo Sul: Ficaram todas gripadas, porque era muito frio.

·        Deserto: Elas tiveram insolação, porque era muito quente.

03 – Registre o pensamento de Maria quando comeu salada de jiló. Que sinal foi utilizado no texto para expressar o pensamento de Maria?

      Que horror!

04 – Todas as ovelhas pularam do Corcovado para dentro da lagoa, menos a Maria. Por quê?

      Porque ela preferiu entrar num restaurante e comer uma feijoada.

05 – De acordo com o texto, o que a ovelha que ia sempre com as outras aprendeu?

      Que ela vai para onde caminha seus pés.

06 – Se você conhecesse uma pessoa como Maria, o que poderia dizer a ela?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Seja você mesma.

TIRINHA: MALUQUINHO NATAL - ZIRALDO - COLEÇÃO MAIS CORES - COM GABARITO

 Tirinha: Maluquinho Natal


Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEizuX9bZcLLCh5fXI6uUl7qHzv9jylw_E805BDVcuSaUu424_n40ZeCsdEkYLqKO3vQKNP9RD5UYJmzk-pdJJ5VVamFVxMIPMuGKDd3DFbftrSBjpBxuHPRp1QF3Eh-goSh2VimQUdoPhOIu3RoQ3WRY85vCpF6j5H0dV06Np73kCY9VL1OR6jC1P5V=s377

Fonte: Língua Portuguesa – Coleção Mais Cores – 2° ano – 1ª ed. Curitiba 2012 – Ed. Positivo p. 51-2.

Entendendo a tirinha:

01 – Em que época do ano se passa a história da tirinha? Como você sabe?

      Na época do Natal, em dezembro. Por causa da árvore de Natal.

02 – O que você acha que o vovô quis dizer quando falou ao Maluquinho que o Natal, antigamente, era mais bonito?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Era uma festa de alegria e união familiar, melhor do que hoje.

03 – O Maluquinho entendeu a resposta de seu avô? Por quê?

      Não, porque ele achou que a diferença era a idade do Papai-Noel.

PARÓDIA: SENHORITA VERMELHO - PEDRO BANDEIRA - COM GABARITO

 Paródia: SENHORITA VERMELHO

               Pedro Bandeira

        Chapeuzinho Vermelho era a mais solteira das amigas de Dona Branca (de Neve) e uma das poucas que não era princesa. A história dela tinha terminado dizendo que ela ia viver feliz para sempre ao lado da Vovozinha, mas não falava em nenhum príncipe encantado. Por isso, Chapeuzinho ficou solteirona e encalhada ao lado de uma velha cada vez mais caduca.

        Com a cestinha pendurada no braço e com o capuz vermelho na cabeça, Dona Chapeuzinho entrou com o lacaio atrás. Dona Branca correu para abraçar a amiga.

        -- Querida! Há quanto tempo! Como vai a Vovozinha?

        -- Branca!

        As duas deram-se três beijinhos, um numa face a dois na outra, porque o terceiro era para ver se a Chapeuzinho desencalhava.

        -- Minha amiga Branca! Por que você tem esses olhos tão grandes?

        -- Ora, deixa de besteira, Chapéu!

        -- Ahn... quer dizer.... desculpe, Branca. É que eu sempre me distraio.... - atrapalhou-se toda Chapeuzinho. - Sabe? É que eu estou sempre pensando na minha história. Ela é tão linda, com o Lobo Mau, tão terrível, e o Caçador, tão valente...

        -- Até que a sua história é passável, Chapéu – Comentou Dona Branca, meio despeitada. – Mas linda mesmo é a minha, que tem espelho mágico, maçã envenenada, bruxa malvada, anõezinhos e até caçador generoso.

        -- Questões de gosto, querida....

        Dona Chapeuzinho sentou-se confortavelmente, colocou a cestinha ao lado (ela não largava aquela bendita cestinha!), tirou um sanduíche de mortadela e pôs-se a comer (aliás, Dona Chapeuzinho tinha engordado muito desde aquela aventura com o Lobo Mau).

        -- Aceita um brioche? – ofereceu-lhe a comilona, de boca cheia.

        -- Não, obrigada.

        -- Quer uma maçã?

        -- Não! Eu detesto maçã. [...]

        Dona Branca jogou para trás os cabelos cor de ébano e tomou uma decisão:

        -- Vou convocar uma reunião de todas nós!

        -- Boa ideia! Chame os príncipes também!

        -- Os príncipes não adianta chamar. Estão todos gordos e passam a vida caçando. Além disso, príncipe de história de fada não serve para nada. A gente tem de se virar sozinha a história inteira, passar por mil perigos, enquanto eles só aparecem no final para o casamento.

        Chapeuzinho concordou:

        -- É... Os únicos decididos são os caçadores. Eu devia ter casado com o caçador que matou o Lobo...

        Dona Branca tocou a campainha de ouro. Imediatamente, Caio, o lacaio, estava à sua frente.

        -- Às ordens, princesa!

        -- Caio, monte o nosso melhor cavalo. Corra, voe e chame todas as minhas cunhadas de todos os reinos encantados para uma reunião aqui no castelo. Depressa!

Pedro Bandeira. O fantástico mundo de Feiurinha. São Paulo: FTD, 1987.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 3ª edição São Paulo 201 p. 154-156.

Entendendo a Paródia:

01 – Que personagem de histórias conhecidas estão presentes no texto?

      Chapeuzinho Vermelho e Branca de Neve.

02 – Transcreva do texto as características dadas a Chapeuzinho e responda: qual é a visão do narrador sobre a personagem?

      Solteirona, comilona, distraída, enfim, o narrador tem uma visão pejorativa, que ridiculariza e deforma a personagem.

03 – Que fala da personagem Chapeuzinho revela um apego ao passado?

      A fala: “É que estou sempre pensando na minha história. Ela é tão linda, com o Lobo Mau, tão terrível, e o Caçador, tão valente...”

04 – O diálogo entre Branca e Chapeuzinho revela um jeito de se expressar mais moderno ou mais antigo? Transcreva do texto uma frase que confirme sua resposta.

      Mais moderna. Alguns exemplos possíveis são: “—Ora, deixa de besteira, Chapéu!”; “—Até que a sua história é passável, Chapéu [...]”.

05 – Além de depreciar a personagem do conto antigo, “Chapeuzinho Vermelho”, o narrador, pelas falas da personagem Branca, ridiculariza outras personagens comuns aos contos de fadas. Identifique essas personagens e enumere suas características negativas, de acordo com Branca.

      As personagens ridicularizadas são os príncipes das histórias. Segundo Branca, eles só aparecem no final dos contos, deixam as princesas desamparadas diante dos obstáculos, passam a vida caçando e, após o casamento, ficam todos gordos.

06 – Como você ilustraria as personagens dessa história? Faça a apresentação delas e compare com as ilustrações de seus colegas. Depois, exponha o material num painel da sala.

      Resposta pessoal do aluno.

07 – Em seu caderno, reproduza o quadro a seguir e complete-o com as informações que estão faltando.

·        Frase marcante da personagem Chapeuzinho:

História original: Por que esses olhos tão grandes? Pergunta de Chapeuzinho para a “avó”.

Nova história: Pergunta de Chapeuzinho para Branca de Neve: Branca! Por que você tem esses olhos tão grandes?”  

·        Humor no texto:

História original: Não apresenta humor.

Nova história: É uma paródia, efeitos de humor possíveis por meio personagens e o conteúdo do diálogo entre elas.

·        Característica de Chapeuzinho:

História original: Uma menina comum que leva lanche para a avó doente.

Nova história: Uma solteirona encalhada, gorda, comilona, que faz comentários impropriados e vive se apegando às lembranças do passado.

·        Desfecho da história:

História original: E viveram felizes para sempre.

Nova história: Chapeuzinho está frustrada com seu destino e se lamenta por não ter se casado com o caçador que matou o lobo.

a)   Seria possível reconhecer os efeitos de humor do texto de Pedro Bandeira sem conhecer a história original? Por quê?

Não, pois é o confronto entre o texto original e o novo que garante o humor, já que na nova história as personagens são retratadas de uma maneira grotesca, caricata, que provoca o riso.

b)   Copie a afirmação que melhor descreve a relação entre “Senhorita Vermelho” e “Chapeuzinho Vermelho”.

I – O texto é bastante semelhante ao conto “Chapeuzinho Vermelho” e mantém seus elementos principais, inclusive as características das personagens.

II – O texto nega completamente o conteúdo do texto original. É um protesto a Chapeuzinho, mas sem provocar humor.

III – O texto se parece com o original, mantém as mesmas personagens, mas altera parte de seu conteúdo e, ao fazer isso, constrói o humor.

08 – Paródia é a imitação cômica de uma composição literária ou musical. Com base nessa explicação, responda: o texto “Senhorita Vermelho” é uma paródia? Explique.

      Sim, pois usa personagens de histórias para criar uma nova história com humor.

RESENHA: SHERAZADE E AS MIL E UMA NOITES - JÚLIA DIAS CARNEIRO - CIÊNCIA HOJE PARA CRIANÇAS - COM GABARITO

 Resenha: SHERAZADE E AS MIL E UMA NOITES

       Veja como surgiram e o que contam as mais deslumbrantes histórias do mundo árabe!

        Prepare o coração: a viagem que começa agora vai te levar às alturas num meio de transporte nada comum — o tapete mágico! E olha que isso é só o começo. Durante as mil e uma noites que temos pela frente, veremos rainhas e sultões, gênios e monstros, lutas e intrigas, tudo em clima de muita magia, beleza e mistério! Ainda vamos encontrar velhos amigos, como Aladim, Ali-babá e até os quarenta ladrões! Ficou curioso? Então é hora de conhecer As mil e uma noites, livro que reúne as histórias mais deslumbrantes do mundo árabe.

        Tudo começa com a história do rei Shariar. Ele descobre que está sendo traído pela esposa, que tem um servo como amante, e, enfurecido, mata os dois. Depois, toma uma decisão terrível: a cada noite, vai se casar com uma nova mulher e, na manhã seguinte, ordenar sua execução, para nunca mais ser traído. Assim procede por três anos, causando medo e lamentações em todo o reino. Um dia, a filha mais velha do primeiro-ministro do rei, a bela e sábia Sherazade, diz ao pai que tem um plano para acabar com a barbaridade do rei. Para aplicá-lo, porém, ela precisa casar-se com ele. Horrorizado, o pai tenta convencer a filha a desistir da idéia, mas Sherazade estava decidida a acabar de vez com a maldição que aterrorizava a cidade.

        Quando chega a noite de núpcias, sua irmã mais nova, Duniazade, faz o que sua Sherazade havia pedido. Vai de madrugada até o quarto dos recém-casados e, chorando, pede para ouvir uma das fabulosas histórias que a irmã conhece. Sherazade começa então a narrar uma intrigante história que cativa a atenção do rei, mas não tem tempo de acabar antes do amanhecer. Curioso para saber o fim do conto, Shariar concede-lhe mais um dia de vida. Mal sabe ele que essa seria a primeira de mil e uma noites! As histórias de Sherazade, uma mais envolvente que a outra, são sempre interrompidas na parte mais interessante.

        Assim, dia após dia, sua morte vai sendo adiada.

        Você deve estar pensando que Sherazade tinha um baita repertório de histórias para contar, né? Bem, por mais fértil que fosse sua imaginação, seria impossível inventar tanta coisa ou ler tantos livros! Na verdade, a forma como Sherazade aprendeu todos esses contos explica também outro mistério da obra: ela não tem autor! Parece estranho, mas a explicação é simples: as histórias de as mil e uma noites eram contadas de uma pessoa para outra, estavam na boca do povo! Ninguém sabe quem as inventou; fazem parte da tradição oral do povo árabe, com seus contadores de histórias que reuniam multidões na ruas e mercados.

        Não se sabe ao certo quando os contos foram passados para o papel. A primeira versão do livro, Mil contos, surgiu na Pérsia (atual Irã, onde se passa a história de Sherazade) por volta do século 10. O nome que conhecemos só veio depois, com os árabes. Muito supersticiosos, eles acreditavam que números redondos atraíam coisas ruins. Passaram o nome então para As mil e uma noites. Porém, como o original do livro nunca foi encontrado, há versões diferentes para a história de Sherazade. O final, no entanto, é sempre o mesmo...

        [...]

Júlia Dias Carneiro. Ciência hoje das crianças on-line, 12 dez. 2001. Disponível em: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/roteiropedagogico/recursometod/3665_sherazade.PDF. Acesso em: 15 fev. 2012.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 3ª edição São Paulo 201 p. 149-151.

Entendendo a resenha:

 01 – O texto reproduzido é uma resenha. Nesse tipo de gênero textual é comum encontrarmos, além de uma análise crítica, um resumo da obra.

a)   Essa resenha é a crítica literária de que obra?

Do livro As mil e uma noites.

b)   Que trecho do livro está resumido na resenha?

A história de Sherazade.

c)   Onde esse texto foi publicado?

Na revista Ciência hoje das crianças on-line.

d)   Qual é a intenção do texto?

A intenção é a de divulgar o livro e, para isso, chama atenção do leitor para a personagem protagonista, resumindo sua história.

02 – Compare o tempo verbal empregado na resenha com o empregado no conto “Os dois pequenos e a bruxa”: são os meninos? Por que?

      No conto “Os dois pequenos e a bruxa”, que é uma narrativa integral, o verbo usado é o pretérito. Na resenha, emprega-se o tempo presente quando o autor faz críticas sobre a obra, As mil e uma noites, e emprega-se o pretérito na narrativa da história de Sherazade, por exemplo.

03 – Quem escreveu a resenha sobre a história de Sherazade é a autora da história? Explique.

      Não, quem escreveu a resenha foi Júlia Dias Carneiro, uma crítica literária, que escreve para a revista na qual o texto foi publicado.

04 – Como a jornalista inicia a resenha?

      A jornalista inicia a resenha chamando a atenção do leitor para o que vai contar e, em seguida, menciona outros contos que fazem parte de uma obra como aquela, e destaca a personagem protagonista da trama.

·        Qual é a finalidade dessa introdução?

É chamar a atenção do leitor e atraí-lo para a leitura do restante da resenha.

05 – Faça um quadro a seguir em seu caderno e complete-o com os dados da história.

·        Razão que leva Sherazade a se casar.

Ela tem um plano para acabar coma maldade do rei, que mata todas as mulheres com as quais casa.

·        Conflito principal vivido pela personagem.

Ter de escapar da morte que a aguardava.

·        Estratégia de defesa usada pela personagem.

Contar histórias para o rei e interrompê-las na parte mais interessante da narrativa.

·        Solução do conflito e desfecho.

O rei se encanta com as histórias que se prolongam por muito tempo.

06 – Suponha que, em vez de contar histórias, Sherazade defendesse suas ideias a respeito das atitudes do rei e pedisse a ele para não morrer. Você acha que essa estratégia teria sido eficaz? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Só pelo fato de ser mulher já não tinha a confiança do rei, que também já devia ter ouvido esses argumentos de muitas pessoas.

07 – Existem outras situações em que argumentar oralmente sobre um ponto de vista pode não ser a melhor escolha? Explique.

      Resposta pessoal do aluno.

08 – Que meios podem ser empregados para quem quer expor suas ideias e defende-las?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Expressar-se oralmente, expondo seu ponto de vista e as razões que o levam a defende-lo, ou manifestar-se por escrito.