terça-feira, 12 de março de 2019

FILME(ATIVIDADES): NÃO SE PREOCUPE NADA VAI DAR CERTO - HUGO CARVANA - COM SINOPSE E QUESTÕES GABARITADAS


Filme(ATIVIDADES): NÃO SE PREOCUPE NADA VAI DAR CERTO

Data de lançamento 29 de julho de 2011 (1h 39min)
Criador(es): Hugo Carvana
Gênero Comédia
Nacionalidade Brasil

SINOPSE E DETALHES
        Lalau (Gregório Duvivier) se apresenta pelo interior do país com seu show de piadas, cujo tema principal é seu pai, Ramon Velasco (Tarcísio Meira), um ator que sempre se mete em trambiques. Um dia, ao se apresentar no Ceará, Lalau recebe uma proposta tentadora feita por Flora (Flávia Alessandra), que oferece US$ 100 mil para que ele finja ser um famoso guru em uma palestra motivacional no Rio de Janeiro. Ele aceita e parte para o Rio sem avisar o pai. Após ver o filho na capa de um jornal, Ramon resolve ir atrás dele e cria diversos personagens para garantir a sua parte.

Entendendo o filme:

01 – No filme não se preocupe nada vai dar certo ele tem dois demônios Asmodeus e mais um qual é o nome do segundo?
      Dever ser morfético.

02 – Por que esta título “Não se preocupe, nada vai dar certo”?
      Este um bordão do pai (Ramon Velasco), que faz Stand Comedy numa Kombi hippie com seu filho Lalau no Ceará.

03 – De que trata o filme?
      É uma comédia, que aborda a relação entre pai e filho que ganham a vida como atores mambembes.

04 – O que Ramon, comediante e empresário do filho, faz para aumentar o orçamento?
      Recorre a pequenos golpes para engordar o orçamento.

05 – O que acontece com Lalau que muda a vida deles?
      Lalau recebe uma proposta milionária para usar seus talentos e fingir ser um famoso guru em uma palestra motivacional.

06 – O que dá errado?
      Lalau se vê envolvido numa acusação de assassinato, e somente a esperteza de seu pai poderá livrá-lo da cadeia.



POEMA: O POETA COME AMENDOIM - MÁRIO DE ANDRADE- COM GABARITO

Poema: O POETA COME AMENDOIM
           Mário de Andrade
                           

Noites pesadas de cheiros e calores amontoados...
Foi o sol que por todo o sítio imenso do Brasil
Andou marcando de moreno os brasileiros.
Estou pensando nos tempos de antes de eu nascer...
A noite era pra descansar. As gargalhadas brancas dos mulatos...
Silêncio! O Imperador medita os seus versinhos.
Os Caramurús conspiram na sombra das mangueiras ovais.
Só o murmurejo dos cre'm-deus-padres irmanava os homens de meu país...


Duma feita os canhamboras perceberam que não tinha mais escravos,
Por causa disso muita virgem-do-rosário se perdeu...
Porém o desastre verdadeiro foi embonecar esta república temporã.
A gente inda não sabia se governar...
Progredir, progredimos um tiquinho
Que o progresso também é uma fatalidade...
Será o que Nosso Senhor quiser!...
Estou com desejos de desastres...
Com desejos do Amazonas e dos ventos muriçocas
Se encostando na cangerana dos batentes...
Tenho desejos de violas e solidões sem sentido
Tenho desejos de gemer e de morrer.
Brasil...
Mastigado na gostosura quente do amendoim...
Falado numa língua corumim
De palavras incertas num remeleixo melado melancólico...
Saem lentas frescas trituradas pelos meus dentes bons...
Molham meus beiços que dão beijos alastrados
E depois semitoam sem malícia as rezas bem nascidas...
Brasil amado não porque seja minha pátria,
Pátria é acaso de migrações e do pão-nosso onde Deus der...
Brasil que eu amo porque é o ritmo do meu braço aventuroso,
O gosto dos meus descansos,
O balanço das minhas cantigas amores e danças.
Brasil que eu sou porque é a minha expressão muito engraçada,
Porque é o meu sentimento pachorrento,
Porque é o meu jeito de ganhar dinheiro, de comer e de dormir.

ANDRADE, Mário de. Poesias Completas. São Paulo: Martins Editora, 1955. p. 157-158.

Entendendo o poema:
01 – Nesse poema o eu lírico retoma os “[...] tempos de antes de eu nascer [...]”: a escravidão, o império, as conspirações, a libertação dos escravos (“canhamboras”) e, finalmente, a República. Por que, de acordo com o poema, “[...] o desate verdadeiro foi embonecar esta República temporã”?
      Sugestão de resposta: “embonecar a República” seria tê-la valorizado excessivamente, como se com ela se pudessem solucionar todos os problemas. De acordo com o poema, o povo brasileiro ainda não sabia se governar, entregava tudo à vontade de Deus – “[...] Será o que Nosso Senhor quiser! [...]” – ou, a quem detinha o poder. Assim, a proclamação da República, “fora” da época, não trouxe nenhuma mudança além de um “tiquinho” de progresso, o qual aconteceria de um jeito ou de outro, segundo o eu poético.

02 – No poema comenta-se a cor morena dos brasileiros, comentam-se o mulato e o índio (“Língua Curumim”). Que palavra da penúltima estrofe expressa a mistura de culturas diferentes, a miscigenação do povo brasileiro?
      O termo é mastigado.

03 – Como o eu poético explica seu amor pelo Brasil?
      Afirmando não amar o Brasil com amor patriota. O Brasil é sua identidade. O que ele gosta é das coisas simples, concretas, do seu dia-a-dia, características de uma pessoa comum, do povo (cantigas, amores, danças, comida, trabalho).

04 – Que características da linguagem oral mais informal aparecem na segunda estrofe?
      Formas sincopadas: “pra”, “cre’m-deus-padre”.
      O uso do verbo ter no lugar do verbo haver – “não tinha mais escravos.”
      A informalidade dos diminutivos: “versinhos”; “tiquinhos”.


CRÔNICA: A CASA DOS MIL ESPELHOS - GEOCITIES.COM - COM QUESTÕES GABARITADAS

Crônica: A casa dos mil espelhos

         Tempos atrás em um distante e pequeno vilarejo, havia um lugar conhecido como a casa dos mil espelhos. Um pequeno e feliz cãozinho soube deste lugar e decidiu visitar. Lá chegando, saltitou feliz escada acima até a entrada da casa. Olhou através da porta de entrada com suas orelhinhas bem levantadas e a cauda balançando tão rapidamente quanto podia. Para sua grande surpresa, deparou-se com outros mil pequenos e felizes cãezinhos, todos com suas caudas balançando tão rapidamente quanto à dele. Abriu um enorme sorriso, e foi correspondido com mil enormes sorrisos.


        Quando saiu da casa, pensou:
        – Que lugar maravilhoso! Voltarei sempre, um montão de vezes.
        Neste mesmo vilarejo, um outro pequeno cãozinho, que não era tão feliz quanto o primeiro, decidiu visitar a casa. Escalou lentamente as escadas e olhou através da porta. Quando viu mil olhares hostis de cães que lhe olhavam fixamente, rosnou e mostrou os dentes e ficou horrorizado ao ver mil cães rosnando e mostrando os dentes para ele.
        Quando saiu, ele pensou:
        – Que lugar horrível, nunca mais volto aqui.
        Todos os rostos no mundo são espelhos.
        Que tipo de reflexos você vê nos rostos das pessoas que você encontra?
                                         Disponível em: <http://br.geocities.com>.
Entendendo a crônica:
01 – Identifique a finalidade do texto acima:
a) fazer refletir.
b) noticiar um fato.
c) dar um conselho.
d) defender uma opinião.

02 – Na passagem “Lá chegando, saltitou feliz escada acima […]”, o termo destacado retoma o lugar onde se desenrola a história. Identifique-o:
      O termo “lá” retoma “a casa dos mil espelhos”. 

03 – A história narrada acima pode ser dividida em duas partes: a primeira conta sobre o cãozinho feliz, a segunda conta sobre o cãozinho não tão feliz assim. Na primeira parte, registra-se como clímax o que se encontra no trecho:
a) “Um pequeno e feliz cãozinho soube deste lugar e decidiu visitar.”
b) “Olhou através da porta de entrada com suas orelhinhas bem levantadas e a cauda […]”
c) “Para sua grande surpresa, deparou-se com outros 1000 pequenos e felizes cãezinhos […]”
d) “Abriu um enorme sorriso, e foi correspondido com 1000 enormes sorrisos.”

04 – Para o cãozinho feliz, a casa dos mil espelhos é um lugar maravilhoso. Por quê?
      Porque a imagem do cãozinho feliz é refletida nos mil espelhos. A forma com que ele se vê nos espelhos é a forma com que ele vê os demais cãozinhos. Por isso, lá é um lugar tão maravilhoso! 

05 – Após conhecer a casa dos mil espelhos, o cãozinho feliz tomou uma decisão. Qual?
      O cãozinho feliz decidiu que voltaria sempre à casa dos mil espelhos.

06 – Segundo o cãozinho não tão feliz, a casa dos mil espelhos é um lugar horrível, ao qual ele decidiu nunca mais voltar. Explique:
      A imagem do cãozinho não tão feliz também é refletida nos mil espelhos. A forma hostil com que se vê nos espelhos é a forma com que ele vê os demais cãozinhos. Assim, lá é horrível para ele. 

07 – No segmento “Escalou lentamente as escadas […]”, a palavra sublinhada indica:
a) o tempo com que o cãozinho não tão feliz escalou as escadas.
b) o modo com que o cãozinho não tão feliz escalou as escadas.
c) o meio com que o cãozinho não tão feliz escalou as escadas.
d) a intensidade com que o cãozinho não tão feliz escalou as escadas.

08 – Assinale a alternativa em que o autor do texto dialoga diretamente com o leitor:
a) “Tempos atrás em um distante e pequeno vilarejo […]”
b) “Neste mesmo vilarejo, um outro pequeno cãozinho […]”
c) “Todos os rostos no mundo são espelhos.”
d) “Que tipo de reflexos você vê nos rostos das pessoas que você encontra?”

09 – Os travessões anunciam na história:
a) uma fala do cãozinho feliz.
b) uma fala do cãozinho não tão feliz.
c) uma fala do cãozinho feliz e uma fala do cãozinho não tão feliz.
d) as opiniões do narrador do texto.


TEXTO: O FUTURO DA COMIDA: CINCO PASSOS PARA ALIMENTAR O MUNDO - JONATHAN FOLEY - COM GABARITO

Texto: O Futuro da Comida: Cinco passos para alimentar o mundo.

          Embora as pequenas propriedades sejam menos produtivas que as do agronegócio, elas geram maior proporção de alimentos para o consumo humano
                                                                              Jonathan Foley

        Onde encontrar comida para 9 milhões de pessoas?
        Ameaças ao meio ambiente costumam ser logo associadas à fumaça emitida por carros e chaminés – jamais a almoços e jantares. Nossa fome, porém, tem sido um perigo para a natureza.
        A agricultura está hoje entre os maiores responsáveis pelo aquecimento global por lançar na atmosfera uma quantidade de gases associados ao efeito estufa maior que a de todos os carros, caminhões, trens e aviões juntos – sobretudo sob a forma de gás metano (produzido na digestão do gado e em plantações de arroz), do óxido nitroso (oriundo dos campos cultivados) e do dióxido de carbono (liberado pelo desmatamento em regiões tropicais com o objetivo de abrir novas plantações e pastagens). O setor agrícola é o maior usuário dos nossos preciosos suprimentos de água doce e um dos maiores poluidores, na medida em que a drenagem de água, mesclada a fertilizantes e excrementos, perturba o frágil equilíbrio de lagos, rios e ecossistemas litorâneos em todo o mundo. A atividade também contribui para a perda de biodiversidade. Sempre que a fronteira agrícola avança sobre campos e florestas, estamos destruindo hábitats cruciais.
        Os desafios ambientais postos pela agricultura são imensos e tendem a ficar mais urgentes à medida que nos empenhamos em satisfazer a fome crescente no planeta. Vamos ter mais 2 bilhões de bocas para alimentar até meados deste século – seremos 9 bilhões de pessoas. O mero crescimento demográfico não é o único motivo de necessitarmos de mais comida. A redução da pobreza ao redor do mundo, sobretudo na China e na Índia, levou ao crescimento da demanda por carne, ovos e laticínios, assim como ao aumento da pressão para cultivar mais milho e soja, essenciais na manutenção dos rebanhos de vacas, porcos e galinhas. Confirmando-se tais tendências, até 2050 será preciso nada menos que dobrar a quantidade de alimentos cultivados na Terra.
        Infelizmente, a discussão sobre a melhor maneira de enfrentar o desafio global dos alimentos tornou-se polarizada demais. Opõe de um lado a agricultura convencional e o agronegócio global e, de outro, os métodos e os produtores dedicados aos cultivos locais e orgânicos. Modernas técnicas de mecanização e irrigação, fertilizantes e sementes geneticamente modificadas podem aumentar a produção. Se priorizados nas políticas de governos, sitiantes também poderiam produzir mais – sem recorrer a aditivos sintéticos.
        Todos os argumentos estão certos. E, no fim das contas, não é preciso decidir entre uma coisa e a outra. Há acertos e erros dos dois lados. O mais sensato seria que explorássemos todas as boas ideias, o melhor de ambas as posições.
        Eu tive o privilégio de liderar um grupo de cientistas no exame de uma questão simples: de que maneira o mundo pode duplicar a oferta de alimentos e, ao mesmo tempo, reduzir os danos ambientais? Concluímos que, cumprindo cinco etapas, será viável solucionar o dilema.

        PRIMEIRO PASSO Interromper o aumento do impacto ambiental da agricultura.
        Ao longo de quase toda a história, sempre que se colocava a questão de obter mais comida, derrubavam- se florestas ou semeavam-se campos de pastagens, ampliando assim a área de cultivo. Hoje reservamos no mundo para as plantações uma área mais ou menos equivalente à de toda a América do Sul. Para criar animais, usamos uma quantidade de terras ainda maior – uma área similar à da África. O impacto da agricultura já resultou na perda de ecossistemas de uma extremidade a outra do planeta, entre os quais as pradarias na América do Norte e a Mata Atlântica no Brasil. Não temos mais condições de aumentar a área de cultivo. Substituir a floresta tropical por áreas agrícolas é uma das coisas mais destrutivas que podemos fazer em relação ao ambiente – e raras vezes isso ocorre em benefício dos 850 milhões de pessoas que ainda passam fome no mundo. A maior parte da terra desmatada nos trópicos não contribui para a segurança alimentar global: em vez disso, acaba sendo destinada à criação de gado, ao cultivo de soja para a produção de rações animais, assim como para o aproveitamento da madeira e do óleo de palma. Impedir o desmatamento deveria ser uma prioridade absoluta no mundo atual.

        SEGUNDO PASSO Aumentar a produtividade das plantações existentes.
        A partir da década de 1960, a “revolução verde” ampliou a produtividade agrícola na Ásia e na América Latina graças a variedades aperfeiçoadas de sementes e ao uso intensivo de fertilizantes, irrigação e mecanização – ainda que com altos custos ambientais. Hoje o mundo pode se concentrar em obter melhores resultados em terrenos menos produtivos – sobretudo na África, na América Latina e no Leste Europeu –, onde ainda há “hiatos de produtividade” entre os níveis atuais e o que daria para obter com melhores técnicas agrícolas. Com uso de métodos de cultivo de tecnologia avançada e de grande precisão, assim como de abordagens desenvolvidas na agricultura orgânica, seria possível multiplicar várias vezes a produtividade nessas regiões.

        TERCEIRO PASSO Uso eficiente dos recursos.
        A revolução verde dependia do uso intensivo – e insustentável – da água e de produtos químicos obtidos de combustíveis fósseis. No entanto, a agricultura comercial vem passando por avan­ços enormes, encontrando maneiras inovadoras de aplicar fertilizantes e pesticidas de forma mais precisa graças a tratores dotados de equipa­mentos computadorizados, sensores avançados e aparelhos de GPS. Muitos cultivadores aplicam misturas de fertilizantes exatamente apropriadas às condições peculiares do terreno, o que ajuda a minimizar a contaminação por substâncias químicas das vias fluviais próximas.
        O cultivo orgânico também reduz o uso de água e produtos químicos, ao fazer uso de cultu­ras de cobertura, de acolchoados e de composta­gem para melhorar a qualidade do solo, diminuir a perda da água e assegurar a contenção de nu­trientes. Sitiantes passaram a ter mais cuidado com a água, substituindo sistemas de irrigação pouco eficientes por outros mais precisos, como a irrigação por gotejamento sob a superfície.

        QUARTO PASSO Mudanças na dieta.
        Vai ser mais fácil alimentar 9 bilhões de pessoas se uma proporção maior das safras hoje cultiva­das servir para a nutrição humana. Apenas 55% das calorias presentes em safras agrícolas atuais seguem para a mesa das pessoas. O restante vira ração para animais (cerca de 36%) ou então se converte em biocombustíveis e produtos indus­triais (por volta de 9%). Embora muitos de nós consumamos carne, laticínios e ovos de animais criados em estábulos fechados, apenas uma fra­ção das calorias existentes nas rações proporcio­nadas aos rebanhos acaba na carne e no leite que chegam à nossa mesa. Para cada 100 calorias, nos grãos, com as quais alimentamos os ani­mais, obtemos apenas 40 novas calorias no leite, 22 nos ovos, 12 na carne de frango, 10 na de por­co e meras 3 calorias na carne bovina. Encontrar formas mais eficientes de criar gado e adotar die­tas com menos carne poderia liberar quantida­des substanciais de comida ao redor do mundo. Uma vez que, nos países em desenvolvimento, é improvável que as pessoas passem a comer menos carne no futuro próximo, dada a recente melhoria em seu nível de vida, poderíamos nos concentrar antes nos países já habituados a essa dieta. A redução do cultivo de safras para a pro­dução de biocombustíveis também seria um jeito eficaz de ampliar a disponibilidade de alimentos.
        QUINTO PASSO Diminuir o desperdício.
        Estima-se que um quarto de todas as calorias nos alimentos do mundo e até metade do peso total dos alimentos sejam perdidos ou desperdiçados antes mesmo de chegar aos consumidores. Nos países ricos, boa parte desse desperdício ocorre em residências, restaurantes e supermercados. Nos países mais pobres, o alimento em geral se perde no caminho entre o produtor e o mercado devido à precariedade do armazenamento e do transporte. No mundo desenvolvido, os consu­midores poderiam reduzir o desperdício por meio de iniciativas simples e fáceis, como servir porções menores, reaproveitar as sobras e incen­tivar lanchonetes, restaurantes e supermercados a tomar medidas contra o desperdício.
        EM CONJUNTO, essas cinco etapas poderiam mais do que duplicar o suprimento de comida e redu­zir o impacto da agricultura sobre o ambiente em todo o mundo. Mas não vai ser fácil. Essas iniciativas requerem uma grande mudança de mentalidade e de comportamento. Ao longo de quase toda a história, ficamos ofuscados pelo im­pulso desenfreado de sempre extrair mais da ter­ra – desmatando cada vez mais, cultivando áreas maiores, consumindo recursos sem parar. Temos de achar uma forma de conciliar a necessidade de produzir mais alimentos com a preservação do planeta para as gerações futuras.
        Este é um momento crucial, no qual enfrenta­mos ameaças sem precedentes para a segurança alimentar e a preservação do ambiente. A boa notícia é que sabemos o que nos cabe fazer. Pre­cisamos agora achar uma maneira de realizar isso. Enfrentar os desafios alimentares globais vai exi­gir de todos um maior cuidado com a comida que colocamos no prato. Teremos de estabelecer a ligação entre o alimento e aqueles que o pro­duzem e também entre o alimento e a terra, as bacias fluviais e o clima, que nos garantem a vida. Enquanto empurramos os carrinhos por entre as gôndolas dos supermercados, as escolhas que fi­zermos vão ajudar a definir o nosso futuro.
                                                                         National Geographic
Entendendo o texto:

01 – Este texto que você acabou de ler é um(a):
a)   Crônica.
b)   Conto.
c)   Reportagem.
d)   Artigo.

02 – O que você entendeu sobre o subtítulo?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Embora sendo uma propriedade pequena, ela produz produtos diversificados e atende aos consumidores.

03 – Que afirmação inesperada é feita no primeiro parágrafo?
      Que o nosso almoços e jantares é que está sendo o perigo da natureza.

04 – Qual é a intenção do autor ao apresentar diversas Informações sobre o setor agrícola no segundo parágrafo?
      Prevenir contra a destruição e a poluição do meio ambiente.

05 – Quais são as formas de gazes lançado pela agricultura na atmosfera?
      São: gás metano, gás óxido nitroso e gás dióxido de carbono.

06 – Copie a tabela e preencha-a com as razões pelas quais o autor responsabiliza o setor agrícola por problemas sérios provocados ao meio ambiente: Os Problemas e suas causas
a)   O aquecimento global.
Lançar na atmosfera uma quantidade de gazes associados ao efeito estufa maior que a de todos os carros, caminhões, trens e aviões juntos.

b)   Os recursos hídricos.
Poluição com o fertilizantes e excrementos.

c)   A destruição da biodiversidade.
O avanço da fronteira agrícola sobre os campos e as florestas.

07 – O artigo de opinião explica que o crescimento demográfico não é o único responsável pelo aumento da necessidade de comida no Mundo. Que outras razões o texto aponta?
      A redução da pobreza ao redor do mundo e o acréscimo da pressão para cultivar mais milho e soja.

08 – De que modo as ideias exploradas no texto são resgatadas na conclusão? Preencha corretamente a tabela a seguir.
a)   Ideias exploradas: De um lado a agricultura convencional e o agronegócio global e, de outro, os métodos e os produtores dedicados aos cultivos locais e orgânicos.

b)   Nossa fome é um perigo para a natureza: Com o aumento da população, há um consumo maior de alimentos; daí, surge o problema: o desmatamento e o uso de inseticidas que prejudicam a natureza.

c)   Temos de diminuir o: impacto ambiental da agricultura.

d)   Impacto da agricultura sobre o meio ambiente: a perda de ecossistemas de uma extremidade a outra do planeta.

09 – Qual é a conclusão apontada no artigo, para atender a demanda?
      Achar uma forma de conciliar a necessidade de produzir mais alimentos com a preservação do planeta para as gerações futuras.

10 – De acordo com o texto, enumere a 2ª coluna correspondente a 1ª coluna:
1 – Primeiro passo.
2 – Segundo passo.
3 – Terceiro passo.
4 – Quarto passo.
5 – Quinto passo.

(4) Mudanças na dieta.
(2) Aumentar a produtividade das plantações existente.
(1) Interromper o aumento do impacto ambiental da agricultura.
(5) Diminuir o desperdício.
(3) Uso eficiente dos recursos.

11 – O que será necessário fazermos para enfrentar os desafios alimentares globais?
      Teremos de estabelecer a ligação entre o alimento e aqueles que o pro­duzem e também entre o alimento e a terra, as bacias fluviais e o clima, que nos garantem a vida.



segunda-feira, 11 de março de 2019

MÚSICA(ATIVIDADES): ORQUESTRA DOS BICHOS - TREM DA ALEGRIA - COM GABARITO

Música(Atividades): Orquestra Dos Bichos

                                    Trem da Alegria

O jumento descobriu
Que era um gênio musical
Decidiu então fazer uma orquestra

E os bichos reuniu
Lá no fundo do quintal
Veio bicho da fazenda e da floresta

Começou a ensaiar
Todo mundo quis tocar
Nunca teve confusão igual a esta

Uma vaca no trombone
Galo no saxofone
E a galinha foi cantar no microfone

A galera explodiu
Foi assim que surgiu
A galinha cantora
Mais famosa do Brasil

Um tambor para o pavão
Porco toca o violão
O cachorro atacou de bombardino
Pro pintinho um flautim
O peru no tamborim
E o burro veio com seu violino

O cabrito no pistom
Gato no acordeon
Na guitarra o cavalo campolino

Uma vaca no trombone
Galo no saxofone
E a galinha foi cantar no microfone

A galera explodiu
Foi assim que surgiu
A galinha cantora
Mais famosa do Brasil
                     Composição: Carlos Colla / Chico Roque

Entendendo a canção:

01 – O que os personagens da canção têm em comum?
      Todos quiseram tocar um instrumento.

02 – Quem decidiu fazer uma orquestra?
      O jumento que decidiu fazer uma orquestra.

03 – Onde a orquestra ensaiava?
      Lá no fundo do quintal.

04 – Quem era a cantora do grupo?
      Era a galinha que ficava no microfone.

05 – Complete o trecho da canção com o nome dos animais:
“Um tambor para o pavão.
 Porco toca o violão.
 O cachorro atacou de bombardino.
 Pro pintinho um flautin.
 O peru no tamborim”.



POEMA: CANTIGA DO NEGRO DO BATELÃO - JOSÉ CRAVEIRINHA - COM GABARITO

Poema: CANTIGA DO NEGRO DO BATELÃO
     
                            José Craveirinha

Se me visses morrer
Os milhões de vezes que nasci...
Se me visses chorar
Os milhões de vezes que te riste...
Se me visses gritar
Os milhões de vezes que me calei
Se me visses cantar
Os milhões de vezes que morri
E sangrei
Digo-te, irmão europeu
Também tu
Havias de nascer
Havias de chorar
Havias de cantar


Havias de gritar
Havias de morrer
E sangrar...
Milhões de vezes como eu

VOCABULÁRIO:
Batelão – tipo de embarcação.
Disponível em:


Entendendo o poema:
01 – Como o poeta alcança a música do poema, assemelhando a uma prece?
      Através duma cadência de repetitivos e numa larga utilização de contrastes, como forma de fazer ressaltar, com maior brutalidade, o sentido dos versos.

02 – O poeta constrói ou reconstrói a realidade em seus versos e o filósofo, ao ser “tocado” pela poesia, é chamado a refletir sobre ela. A primeira condição ou primeira virtude para o filosofar é:
a)   Problematizar.
b)   Questionar.
c)   Persuadir.
d)   Teorizar.
e)   Admirar.

03 – No poema de José Craveirinha, O eu lírico dirige-se a um interlocutor.
a)   Quem é o interlocutor? Identifique-o.
Ele invoca obsessivamente a mãe negra: nela, ou nos antepassados mais remotos em que ela entronca, vai o poeta achar a mais íntima justificação, uma natureza eminentemente africana.

b)   Agora que você já sabe como foi a luta pela liberdade no período colonialista, por que o eu lírico sofre tanto?
Ao escancarar os olhos sobre a vida dos negros, ele enche a retina da dor de que é feito o destino dos seus irmãos de raça, homens duma mesma terra, arrastando as suas privações, as suas carências, a sua indizível miséria num mundo desumanizado que os desumaniza também.

04 – Observe no poema as repetições no início das palavras. Que nome se dá a esse recurso estilístico?
      Anáfora.

05 – O emprego das reticências no final dos 2º,4º e 17º versos o que representam?
      Tanto no 2°, 4° e 17° versos, foi usada a reticência para indicar continuidade de uma ação ou fato.     

06 – No verso “Os milhões de vezes que morri”, qual é a figura de linguagem em destaque?
      A figura é Hipérbole – exagero da significação.