quarta-feira, 21 de março de 2018

LENDA: CURUPIRA - ALMANAQUE BRASIL - COM GABARITO


LENDA: CURUPIRA


      Rio sinuoso, floresta adentro. Canoa com pescadores, caçadores, viajantes. Em meio ao quase silêncio do remo, canto de pássaros e murmúrio do vento, outro som chega: longínquas pancadas em troncos. É o Curupira, vendo se as árvores resistem à tempestade que se aproxima. O duende protege a mata e seus habitantes. Aí de quem matar animais, principalmente fêmeas e filhotes. Também castiga quem derruba árvores ou maltrata plantas.
   Quem já viu, descreve: baixo, peludo, olhos de sangue, unhas azuis e pés virados para trás, calcanhar na frente. Deixa pegadas ao contrário, confundindo caçadores. Anda sempre acompanhado de porcos-do-mato.
        Três castigos a quem desafia Curupira:
        - Curupira vira caça. O caçador, atraído para a floresta, se perde; morre de fome e cansaço.
        - Curupira facilita o abate. O caçador se aproxima, contente, e encontra o filho abatido, a mulher, o companheiro.
        - Curupira acorda o caçador com estridente assobio ou infernal gritaria de cães sendo surrados.
        O Curupira não persegue quem caça por necessidade. [...]

                               Almanaque Brasil de cultura popular. São Paulo:
                 Andreato Comunicação e Cultura, ano 1, n. 5, ago. 1999.
                                                                          Fragmento adaptado.
Longínguo: distante.
murmúrio: ruído contínuo.

Entendendo o texto:
01 – Como é o ambiente em que o Curupira vive? Identifique e transcreva do texto um trecho que confirme a sua resposta.
        O ambiente em que o Curupira vive é o da mata. Podemos identifica-lo pelo seguinte trecho: “Rio sinuoso, floresta adentro”.

02 – Identifique no texto uma ação do Curupira para verificar se as árvores estão resistentes. Qual é essa ação?
       A ação é dar pancadas nas árvores para verificar se elas estão fortes o suficiente para suportar a tempestade que se aproxima.

03 – No primeiro parágrafo do texto, são apresentados três ações que provocam a ira do Curupira. Quais são elas?
        As ações que provocam o Curupira são: matar animais, principalmente fêmeas e filhotes, derrubar árvores e maltratar plantas.

04 – No segundo parágrafo do texto, há uma descrição do Curupira. Releia-o. A partir da descrição, faça uma representação do personagem (ilustração, colagem, grafite, caricatura, etc.).
        Educador: é importante socializar as produções da turma, trocando-as para que os alunos possam apreciar os trabalhos construídos.

05 – O Curupira persegue todos os caçadores? Justifique sua resposta a partir do texto.
        Não. O Curupira não pune aqueles que precisam da caça para a sobrevivência.

06 – Qual é a função do Curupira para as matas?
        O Curupira tem a função de proteger as matas e punir os agressores do meio ambiente.

07 – Você conhece outras lendas que tem como tema a proteção do meio ambiente? Conte-as para os colegas.
        Resposta pessoal.

08 – Qual será a importância das lendas para a tradição de um povo?
        Resposta pessoal.


TEXTO: LONGA HISTÓRIA CURTA - ROSANE PAMPLONA - COM GABARITO

Texto: LONGA HISTÓRIA CURTA


        Numa estrada estreita e escura, havia uma casa de porta larga e clara. Ali morava uma velha magra e pálida, com sua filha bonita e corada.
          Um dia, a velha magra e pálida e a filha bonita e corada atrelaram seu burro preto e velho numa carroça branca e nova, fecharam a porta larga e clara, pegaram a estrada estreita e escura e foram para uma cidade grande e sossegada, onde havia uma feira pequena, mas movimentada.

          Ali chegando, a velha magra e pálida e sua filha bonita e corada desceram da carroça branca e nova e amarraram o burro preto num poste fino e comprido com uma corda grossa e curta. Depois, a velha magra e pálida e sua filha bonita e corada foram comprar frutas belas e cheirosas de um feirante feio e fedido. Pegaram sua sacola grande e cheia, porém a carteira, pequena, estava vazia. Então a velha magra e pálida e sua filha bonita e corada puseram às costas o saco com as frutas belas e cheirosas e fugiram do feirante feio e fedido.
          Mas, quando a velha magra e pálida e sua filha bonita e corada chegaram a carroça branca e nova, viram que o burro preto e velho, mal amarrado ao poste fino e comprido com a corda grossa e curta, havia escapulido.
          Então correram todos: o fedido e feio feirante atrás das cheirosa e belas frutas, atrás da pálida e magra velha e da corada e bonita filha, atrás da nova e branca carroça, atrás do velho e preto burro até chegarem à larga e clara porta da casa da escura e estreita estrada para acabar esta longa história curta.

                         PAMPLONA, Rosane. Contos de enrolar. São Paulo: Elementar, 2010.

      Entendendo o texto:
a)   Por que, provavelmente, o texto recebeu o título “Longa história curta”?
         Provavelmente, porque a história poderia ser curta, mas a repetição de tantos substantivos e adjetivos acabou transformando-a em uma história longa.

b)   Vários substantivos e adjetivos foram repetidos ao longo do texto.
     1 – Você acha que essas repetições foram propositais ou não? Por quê?
      Professor, espera-se que o aluno perceba que foram propositais, pois contribuem para a construção do texto. Além disso, elas podem ser explicadas pelo título.

      2 – Releia o primeiro e o segundo parágrafos e transcreva os substantivos que se repetem ao longo do texto.
      Estrada, casa, velha, filha, burro, carroça, porta, estrada, cidade, feira.

      3 – Agora, releia o último parágrafo e transcreva os adjetivos que acompanham os substantivos usados nessa parte do texto.
      Fedido, feio, cheirosas, belas, pálida, magra, corada, bonita, nova, branca, velho, preto, larga, clara, escura, estreita, longa e curta.



HISTÓRIA: HILDINHA - O CORAÇÃO DE OURO - MILLÔR FERNANDES - COM GABARITO


HISTÓRIA: HILDINHA – O CORAÇÃO DE OURO
Millôr Fernandes

        Hildinha é a flor das flores. Seu coração abriga todo o colégio, pura, terna e constante. Está sempre presente para tudo que se queira, correta, colega, amiga e companheira antes, hoje possivelmente esposa, amante e mãe exemplar. De gestos precisos e bem educados, ela é íntima da bissetriz, conhece como ninguém a hipotenusa, mora na raiz quadrada. [...] não tem namorado, pois namora todos, numa grande amizade coletiva com muito de Garrie Davis*. [...] Sua paixão é o livro, seu objetivo a virtude, sua crença a completação do curso. Mas nem por isso deixa de ser clara, expansiva, amiga dos pulos de corda da hora do recreio. Seu único defeito: esse irmão mal-encarado que ela traz pela mão o tempo todo.

                              Maria Célia A. Paulillo (Org.). Millôr Fernandes. São Paulo:
                                 Abril Educação, 1980 (Col. Literatura Comentada). P. 12.

Entendendo o texto:
01 – Que características de Hildinha o texto destaca?
       O narrador destaca as qualidades da personagem.

02 – O que significa dizer que “Hildinha é a flor das flores” e que “Ela é íntima da bissetriz”?
        Ao dizer que a menina era a “flor das flores”, o autor encontrou uma maneira original de dizer que Hildinha é especial e delicada. Ser “íntima da bissetriz” significa que ela é estudiosa.

03 – Qual é o defeito de Hildinha? Por quê esse seria um defeito para o narrador?
        O irmão mal-encarado. Possivelmente, esse irmão que ela traz pela mão o tempo todo atrapalhava os planos de um garoto, talvez o próprio narrador, que queria se aproximar de Hidinha.

04 – Observe os verbos do texto.
     a) Qual é o tipo de predicado predominante?
Predominam os predicados nominais.

     b) Que relação se pode fazer o tipo de predicado e a função que cumpre o texto?
Os predicados nominais caracterizam o sujeito.

05 – Leia o título do texto. Ele não apresenta verbos. Modifique-o de modo que crie orações com predicado nominal e com predicado verbal.
        Hildinha tem o coração de ouro (predicado verbal);
        Hildinha é um coração de ouro (predicado nominal).

06 – Identifique nas orações abaixo os seguintes termos da oração: sujeito, predicado nominal, verbo de ligação, predicativo do sujeito.
     a) Hildinha é a flor das flores.
      Sujeito: Hildinha / predicado nominal: é a flor das flores / verbo de ligação: é / predicativo do sujeito: flor das flores.

     b) Ela é íntima da bissetriz.
      Sujeito: Ela / predicado nominal: é íntima da bissetriz / verbo de ligação: é / predicativo do sujeito: íntima da bissetriz.

     c) Garrie Davis foi um cidadão do mundo.
      Sujeito: Garrie Davis / predicado nominal: foi um cidadão do mundo / verbo de ligação: foi / predicativo do sujeito: um cidadão do mundo.


terça-feira, 20 de março de 2018

MÚSICA(ATIVIDADES): PROBLEMA SOCIAL - SEU JORGE E ANA CAROLINA - COM GABARITO

Música(Atividades): Problema Social

                                              Seu Jorge
Seu Jorge cantou esta música com Ana Carolina e Seu Jorge

Se eu pudesse eu dava um toque em meu destino
Não seria um peregrino nesse imenso mundo cão
E nem o bom menino que vendeu limão
E trabalhou na feira pra comprar seu pão

E nem o bom menino que vendeu limão
E trabalhou na feira pra comprar seu pão
Não aprendia as maldades que essa vida tem

Mataria a minha fome sem ter que roubar ninguém
Juro que eu não conhecia a famosa Funabem
Onde foi a minha morada desde os tempos de neném
É ruim acordar de madrugada pra vender bala no trem

Se eu pudesse eu tocava em meu destino
Hoje eu seria alguém
É ruim acordar de madrugada pra vender bala no trem
Se eu pudesse eu tocava em meu destino
Hoje eu seria alguém

Seria eu um intelectual
Mas como não tive chance de ter estudado em colégio legal
Muitos me chamam pivete
Mas poucos me deram um apoio moral
Se eu pudesse eu não seria um problema social

Se eu pudesse eu dava um toque em meu destino
Não seria um peregrino nesse imenso mundo cão
E nem o bom menino que vendeu limão
E trabalhou na feira pra comprar seu pão
E nem o bom menino que vendeu limão
E trabalhou na feira pra comprar seu pão

Não aprendia as maldades que essa vida tem
Mataria a minha fome sem ter que roubar ninguém
Juro que eu não conhecia a famosa funabem
Onde foi a minha morada desde os tempos de neném

É ruim acordar de madrugada pra vender bala no trem
Se eu pudesse eu tocava em meu destino
Hoje eu seria alguém

É ruim acordar de madrugada pra vender bala no trem
Se eu pudesse eu tocava em meu destino
Hoje eu seria alguém
Seria eu um intelectual

Mas como não tive chance de ter estudado em colégio legal
Muitos me chamam pivete
Mas poucos me deram um apoio moral
Se eu pudesse eu não seria um problema social

Entendendo a canção:
01 – De que assunto trata esta canção?
      Fala de sofrimento, sociedade e pobreza.

02 – A canção traz uma letra em 1ª pessoa, por quê?
      Porque um homem assume ser um problema para a sociedade, mas pede respeito, pois isso não é culpa dele.

03 – A história desse homem é semelhante a de muitos brasileiros. Explique.
      Nasceu e cresceu em um família pobre, começou a trabalhar desde cedo, não teve chance de estudar, foi parar na Funabem.

04 – Que significa a sigla Funabem? Qual sua missão?
      Fundação para Infância e Adolescência. Sua missão é tirar os meninos de rua.

05 – Que ideologia podemos identificar presente na letra?
      A ideologia organiza-se “Como um sistema lógico e coerente de representações (ideias e valores) e de normas ou regras (de conduta) que indicam e prescrevem aos membros da sociedade o que devem pensar e como devem pensar, o que devem valorizar, o que devem sentir, o que devem fazer e como devem fazer”. (Chaui, 1980).

06 – Na letra da música percebemos algumas rimas. Complete o quadro copiando as palavras, observando a sílaba final que forma as rimas.

1ª estrofe (cão)
2ª estrofe (tem)
4ª estrofe
(Intelectual)
 Cão
 Tem
 Intelectual
 Limão                           
 Ninguém
 Legal
 Pão
 Funabem
 Moral

 Neném
 Social




07 – Sobre o primeiro verso da música responda:
a)   Quantas palavras têm:
        10 palavras. 

b)   Quantas letras têm:
        36 letras.

c)   Quantos espaços têm entre as palavras:
       09 espaços.

08 – A palavra grifada no segundo verso “Não seria um peregrino” significa:
(    ) Menino       X ) Viajante        (    ) Abandonado     (    ) Poeta

09 – A expressão “nesse imenso mundo cão”, quer dizer:
(    ) Que no mundo tem muitos cães.
(    ) Que o mundo é grande e bom.
X ) Que o   mundo é grande e cheio de problemas.
(    ) Que o mundo é imenso e com igualdade para todos.

10 – Copie os versos que falam sobre:
a)   O trabalho infantil:
       “Trabalhou na feira para comprar seu pão”.

b)   A violência:
       “Mataria a minha fome sem ter que roubar ninguém.” 

c)   Falta de apoio:
       “Mas poucos me deram um apoio moral.” 

d)   Fome:
      “É ruim acordar de madrugada pra vender bala no trem.” 

e)   Falta de escola:
      “Mas como não tive chance de ter estudado em colégio legal.” 

 11 – Explique o que entendeu por: “Mataria minha fome.”
      Resposta pessoal do aluno. 

12 – Explique o que o autor quis dizer com “Se eu pudesse eu não seria um problema social”.
      Professor, as questões 6 e 7, deverão ser discutidas com o grupo e respondidas oralmente, pois demandam inferências.

13 – O texto da música tem a finalidade de:
(    ) Denunciar os problemas sociais.
(    ) Fazer uma piada sobre os problemas sociais.
X ) Informar que no Brasil tem vários problemas sociais.
(    ) Fazer uma propaganda sobre os problemas do Brasil.

14 – Observe as palavras do quadro abaixo e organize-as de acordo com a ordem alfabética. 
madrugada
bala
Fome
vender
destino
acordar
conhecia
roubar
juro
hoje
estudar
legal
social
pão
imenso
trabalho
neném
onde
zíper
gosto
  
Acordar
Bala
Conhecia
Destino
Estudar
Fome
Gosto
Hoje
Imenso
Juro
Legal
Madrugada
Neném
Onde
Pão
Roubar
Social
Trabalho
Vender
Zíper

15 – Faça um pequeno texto sobre o que você entendeu da música: PROBLEMA SOCIAL.
      Resposta pessoal do aluno.


FILME(ATIVIDADES): QUANTO VALE OU É POR QUILO? SÉRGIO BIANCHI - SINOPSE E SUGESTÕES DE TRABALHO

FILME(ATIVIDADES): Quanto vale ou é por quilo?
Dicas e sugestões de atividades pedagógicas para o uso do filme em sala de aula.

Quanto vale ou é por quilo?
Ficha técnica do filme   
Título original: Quanto vale ou é por quilo?
Gênero: Drama     Duração: 104min
Lançamento (Brasil): 2005      
Direção: Sérgio Bianchi
Roteiro: Sérgio Bianchi, Eduardo Benaim e Newton Canitto
Produção: Patrick Leblanc e Luís Alberto Pereira
Fotografia: Marcelo Copanni  
Edição: Paulo Sacramento

Sinopse
        Quanto vale ou é por quilo? é um filme baseado em um conto de Machado de Assis que propõe uma reflexão sobre a sociedade brasileira escravocrata do século XVIII e a contemporânea.
        Em diversos momentos, o filme retrata que a escravidão, os capitães do mato eram atores de uma história escrita no passado. Mas, em outros, que tais “personagens” ainda escrevem a história do nosso cotidiano...
        No período escravocrata, homens-escravos foram fonte de lucro e uma moeda corrente paralela aos contos de réis. A exploração humana era fonte de status e riqueza. O filme mostra, dentro dessa perspectiva, que o trabalho e o lucro de muitas ONGs se baseia no mesmo princípio: exploração da miséria humana.
        Crítica do filme:
        “O filme é uma excelente fonte de aprendizado e reflexão. Mostra-nos que o tempo passou e (quase) nada mudou. E, principalmente, coloca uma pulga (gigante) atrás da orelha sobre como podemos intervir nesta realidade... Sobre as nossas ‘supostas’ ações sociais... Até que ponto efetivamente contribuímos para a melhoria da sociedade?
        O filme é forte, em alguns momentos tenso, mas muito valioso, além de ser um convite ao desafio: qual o significado de Quanto vale ou é por quilo?”.

Entendendo o filme:
01 – Reflexão.
      O filme pode ser utilizado como instrumento de reflexão e expansão de consciência de modo transversal, porém é inegável que a história, a sociologia e a filosofia são vieses muito presentes em todo o desenrolar da trama.

02 – História, a escravidão no Brasil.
      Enfocando a história, o filme retrata fielmente as questões referentes à escravidão no Brasil. O professor pode explorar essa temática mostrando as cenas:
      A escrava que comprava escravos e teve seus direitos usurpados.
      Os inúmeros instrumentos de castigo aos negros mostrados detalhadamente já no início do filme.
      A ação dos capitães do mato.
      O comércio de escravos como negócio lucrativo e próspero.
      Os direitos dos alforriados.
      As cartas de alforria.
      A relação entre escravos e seus proprietários.

03 – História, relação entre passado e presente.
      Ainda dentro da perspectiva do trabalho com a disciplina História, é possível desmistificar a questão que muitos alunos, equivocadamente, pontuam: “História é coisa do passado!” ou “Já passou mesmo, o que isso tem a ver comigo nos dias de hoje”!
      O filme transpõe a escravidão do século XVIII para diversas situações de escravidão no século XXI. E vai mais além: apresenta a “máfia” a qual pertencem algumas ONGs (Organizações Não Governamentais), que visam lucro na miséria das comunidades.

04 – Análise crítica, questões para a sua turma.
      Para que a análise crítica tenha o máximo de profundidade possível, você, após assistir ao filme, pode lançar as seguintes questões para sua turma, para que sejam respondidas em grupos ou individualmente e depois debatidas no grande grupo:
      O que é justiça afinal? Aponte situações no filme em que a justiça foi cumprida e outras em que a justiça falhou.
      A escravidão realmente acabou?
      Quais são as novas formas de escravidão?
      Como o filme retrata as favelas? Comente a cena na qual Ricardo atola o carro próximo à cena de um assassinato.
      De acordo com seu entendimento, qual é o papel das ONGs? Como o filme retrata esta realidade?
      No Brasil há seriedade? Como o filme traça o perfil social do nosso país?
      Existe ética na publicidade/marketing? Como essa situação é abordada no filme?
      O que é caridade? O que é doação? A doação é somente algo material?
      O que é assistencialismo? Em sua opinião, o Brasil é um país assistencialista?
      Como você analisa a situação mostrada no filme, em que duas ONGs brigam entre si para darem alimentos, sopa e cobertores a mendigos de rua?
      Por que as doações são, muitas vezes, vinculadas a crescimento espiritual?
      A oferta de Noemia a Mônica, para o custeio do casamento, é uma forma de escravidão? Que outra situação do filme retrata a mesma situação?
      Como os esquemas de corrupção são mostrados no filme? Em que situações?
      Mônica decide criar uma menina negra. Por quê?
      O filme retrata o crescimento das penitenciárias como fator de aquecimento da economia. Por quê? Em sua opinião, este pensamento é correto?
      Aumentar o número de penitenciárias no Brasil pode diminuir os índices da violência urbana?
      Por que o personagem interpretado por Lazaro Ramos compara as penitenciárias a navios negreiros?
      O que o personagem interpretado por Lazaro Ramos quer dizer com a expressão “Liberdade para consumir”?
      Como Candinho se envolve no mundo do crime?
      Qual é a visão da sobrinha de Mônica sobre o mundo da moda? E seus valores?
      Quem são os novos capitães do mato?
      Como o filme retrata as campanhas publicitárias desconexas da realidade?
      O que é abismo social?
      Por que o personagem interpretado por Lazaro Ramos afirma que sequestro é uma forma de distribuição de renda?
      O filme menciona o marketing da violência. O que isso quer dizer?
      O sequestro de Marco Aurélio foi fruto da desigualdade social?
      O que é um favor? Favor se paga? Ou se retribui? Qual a “moeda corrente” nos pagamentos dos favores?
      Como o filme retrata a “reinclusão social”? Analise a fala de Ricardo durante a festa de premiação, quando menciona a empregabilidade dos ex-detentos.
      Em sua opinião, o que significa a expressão: “Vale quanto pesa ou é por quilo?”

05 – Projeto multidisciplinar, dados estatísticos.
      Ainda é possível, dentro da disciplina de matemática ou em um projeto multidisciplinar, analisar os dados numéricos levantados pelo filme. Sugiro que eles sejam pesquisados novamente pelos alunos de modo a atualizar os valores que se referem ao ano de lançamento do filme: 2005.
      Dados para análise:
      Em determinada situação do filme, uma escrava Lucrecia necessitava de 34 mil réis para comprar sua carta de alforria. Quanto equivale essa quantia em reais?
      Maria Antonia vende a carta de alforria a Lucrecia por 42238 réis, obtendo uma lucratividade de 7,5% ao ano. Que operações financeiras da atualidade podem render percentuais iguais ou superiores a esses?
      No mercado da solidariedade, cada criança carente corresponde a 5 novos empregos. Qual é a dimensão desta empregabilidade neste ano?
      Segundo o filme, é levantada ao ano uma quantia de U$ 10.000,00 por criança carente ao ano no Brasil. O que seria possível realizar se essa verba efetivamente fosse utilizada para o fim a que se destina?
      Quanto custa a manutenção mensal de presidiários no Brasil?
      Qual o volume anual de recursos financeiros movimentados anualmente por ONGs brasileiras?

06 – Relação com outros eventos recentes.

      É possível comparar as situações vistas no filme com a cena trágica da interceptação da ajuda humanitária a Gaza?

07 – ONGs, todas são como as retratadas no filme?
      É necessário fazer um fechamento com os alunos no sentido de esclarecimento: nem todas as ONGs funcionam como as retratadas no filme. Há muita gente séria no terceiro setor! Para diferenciar o joio do trigo é necessário acompanhar as atividades, analisar as finanças e ser crítico.

08 – Últimas dicas.
      E a última dica. Assista ao filme até o final mesmo! Você pode pensar que o filme acabou, mas logo após os letreiros do final, há mais um “pedacinho” surpreendente e que amplia a discussão!
      Nos extras, há um depoimento muito interessante de Iná Camargo. Confira também!