Mostrando postagens com marcador PIADA/ ANEDOTA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador PIADA/ ANEDOTA. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 1 de março de 2022

ANEDOTA: HOSPITAL - ZIRALDO - COM GABARITO

 Anedota: Hospital

              

Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjcmbjdI_p23AooOP85RYc3aOiLgmYFc9Sygf58piVp7ICdL0UAyH313-BE3b5KI_zpHYYRbEWLtUhejS2owe83f7bm_kEG055NvGpyfx0ULqiIsbMW7wkjJTAgbVvkpcTX1iQ1a4HKpdMv6o0SqnXlc_0pfmRj50ma9kQL4kOsKCoKr2cqcasWy-BQ=s1280

  Ziraldo

        O visitante vai passando pelo corredor do hospital, quando vê o amigo saindo disparado, cheio de tubos, da sala de cirurgia:

        __ Aonde é que você vai, rapaz?!

        __ Tá louco, bicho, vou cair fora!

        __ Mas, qual é, rapaz?! Uma simples operação de apendicite! Você tira isso de letra.

        E o paciente:

        __ Era o que a enfermeira estava dizendo lá dentro: “Uma operaçãozinha de nada, rapaz! Coragem! Você tira isso de letra! Vai fundo, homem!”

        __ Então, por que você está fugindo?

        __ Porque ela estava dizendo isso era para o médico que ia me operar!

Ziraldo. As melhores anedotas do mundo. Rio de Janeiro; Globo, 1988, p. 62.

             Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 7ª Série – 2ª edição - Atual Editora -1998 – p. 24.

Entendendo a anedota:

01 – A anedota é um gênero narrativo em que alguém conta um episódio engraçado. Apresenta, geralmente, os elementos essenciais de uma narrativa: fatos, personagens, tempo e lugar. Identifique, na anedota em estudo:

a)   O fato principal.

Um rapaz não quer submeter-se a uma operação de apêndice porque o médico é inexperiente.

b)   As personagens envolvidas.

O paciente e o amigo.

c)   O tempo.

Não explicitado.

d)   O lugar.

No corredor do hospital.

02 – Uma anedota inicia-se diretamente com a apresentação dos fatos principais, caracteriza com poucas palavras as personagens, situa tempo e lugar e se encaminha rapidamente para um desfecho inesperado. Com que objetivo contamos uma anedota?

      Para divertir, provocar o riso.

03 – O narrador da anedota faz uma rápida contextualização do fato e coloca em evidência a fala das personagens, reproduzida quase sempre com fidelidade.

a)   Que tempo verbal predomina na anedota?

O presente.

b)   Levante hipóteses: Que efeito tem o emprego desse tempo verbal e do diálogo na anedota?

Considerando que as anedotas são, em geral, contadas oralmente, o emprego do presente e do diálogo torna a narração mais dinâmica, direta e engraçada e os fatos relatados mais próximos de situações reais.

04 – Observe que a anedota se encaminha para um final inesperado: a inexperiência médica.

a)   Há, antes do final da anedota, alguma pista que prepara o desfecho?

Não.

b)   Se houvesse algum tipo de antecipação do desfecho, a anedota seria engraçada?

Provavelmente não.

05 – A anedota é, originalmente, um tipo de texto oral, que passa de uma geração a outra por meio da fala. Quando transcrita, isto é, reproduzida em livros e revistas, ela resulta em um texto que conserva marcas de oralidade. Na transcrição dessa anedota, que marcas de oralidade foram conservadas? Exemplifique.

      O emprego de uma variedade não padrão, e uso de palavras, expressões e construções próprias da linguagem informal (vou cair fora; mas, qual é; tira de letra), gírias (bicho, vai fundo), abreviações (tá; pro), recursos gráficos que enfatizam a entonação (repetição de pontos de exclamação e interrogação).

ANEDOTA: LOJA DE ANIMAIS - ORLANDO PEDROSO - CONJUNÇÃO CONDICIONAL -COM GABARITO

 Anedota: Loja de animais

             

 Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEimTGlc3ws0Zdw5qw6f6TwSSJdpKC6HKcCO-dEZ1BlP35sy5JiP7RGyFUucKRiSfJeJIm3Jx0mqBB12-I12OB09xI19gitpw6GL__gAMEe3RHViyB_vxy34XxtgERCM29EN4fBddWRBHYvJHiLbuvgZ_CZeVXDdoX3AkkQvt5MHGinkLUgWq185dF_0=s630

  Orlando Pedroso

        Numa loja de animais, o vendedor enaltece as qualidades de um papagaio a um cliente interessado em comprá-lo.

        -- Este papagaio é extraordinário! Falante como ele só! O senhor observou que ele tem um fio amarrado em cada pé? Se o senhor puxar o fio amarrado no pé direito, ele fala francês. Se o senhor puxar o fio amarrado no pé esquerdo, ele fala russo.

        -- E se eu puxar os dois ao mesmo tempo? – perguntou o cliente interessado.

        -- Eu caio no chão, idiota! – responde o papagaio.

Fonte: Gramática Reflexiva 8° ano – Atual Editora – William & Thereza – 3ª edição São Paulo 2012. p. 165.

Entendendo a anedota:

01 – O período "Se o senhor puxar o fio amarrado ao pé direito, ele fala francês" é composto por duas orações:

a)   Identifique a conjunção subordinativa que as liga.

Se.

b)   Que circunstância essa conjunção exprime nessa situação?​

Condição.

02 – Ligue as orações a seguir, acrescentando a uma delas a ideia de causa. Evite repetir as conjunções. Veja o exemplo:

        Ele não conseguiu emprego na fábrica. Não tinha certificado de conclusão do ensino médio.

        Ele não conseguiu emprego na fábrica, uma vez que não tinha certificado de conclusão do ensino médio.

a)   O açude secou. Não chove há mais de noventa dias.

Como não chove há mais de noventa dias, o açude secou.

b)   A garota está feliz. Está apaixonada.

A garota está feliz porque está apaixonada.

c)   Havia estudado muito. Achou fácil a prova.

Como havia estudado muito, achou fácil a prova.

d)   A escola está em festa. Comemora este ano cinquenta anos de fundação.

A escola está em festa, visto que comemora este ano cinquenta anos de fundação.

 

domingo, 27 de fevereiro de 2022

ANEDOTA: DIRETOR DO COLÉGIO - PASQUIM - COM GABARITO

 Anedota: Diretor do colégio

              Pasquim

  De manhã, o pai bate na porta do quarto do filho:

        -- Acorda, meu filho. Acorda, que está na hora de você ir para o colégio.

        Lá de dentro, estremunhado, o filho respondeu:

        -- Pai, eu hoje não vou ao colégio. E não vou por três razões: primeiro, porque eu estou morto de sono; segundo, porque eu detesto aquele colégio; terceiro, porque eu não aguento mais aqueles meninos.

        E o pai respondeu lá de fora:

        -- Você tem que ir. E tem que ir, exatamente, por três razões: primeiro, porque você tem um dever a cumprir; em segundo, porque você já tem 45 anos; terceiro, porque você é o diretor do colégio.

Anedotinhas do Pasquim. Rio de Janeiro: Codecri, 1981. p. 8.

                                  Fonte: Gramática Reflexiva 8° ano – Atual Editora – William & Thereza – 3ª edição São Paulo 2012. p. 137-8.

Entendendo a anedota:

01 – Durante a leitura ou a audição dessa anedota, somos levados a compreendê-la de determinada forma, porque falta ao leitor uma informação essencial, revelada apenas no final.

a)   Que informação foi omitida?

A informação de que o filho é um adulto, e não uma criança.

b)   Como o leitor ou ouvinte é lavado a compreender a fala do filho antes de ter conhecimento dessa informação?

O leitor é levado a crer que se trata de uma criança que não quer ir à escola para estudar.

c)   E como o leitor compreende a fala do filho depois de ter conhecimento dessa informação?

O leitor percebe que se trata de um adulto que não quer ir trabalhar, uma vez que ele é o diretor da escola.

02 – A falta de uma informação importante criou no texto uma duplicidade de sentidos, só percebida no final da leitura. Na sua opinião, a omissão dessa informação é intencional? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Sim, pois é justamente na revelação dessa informação, no final da história, que reside o humor da anedota.

 

ANEDOTA: FESTA DE ANIVERSÁRIO - VERBO EXISTIR - COM GABARITO

 Anedota: Festa de aniversário

      Um sujeito convidou um colega do trabalho para sua festa de aniversário. Deu o endereço e explicou:

        -- É fácil achar meu apartamento. Siga até o fundo do edifício. Lá há dois elevadores. Tome o da esquerda e aperte o 7° andar. Minha porta é a da direita. Toque a campainha com o cotovelo e pronto! Chegou. Ficou claro?

        -- Ficou. Mas eu não entendi só uma coisa: por que eu tenho de apertar a campainha com o cotovelo?

        -- Ora, você não vai à minha festa de aniversário com as mãos abanando, vai?

                                     Fonte: Gramática Reflexiva 8° ano – Atual Editora – William & Thereza – 3ª edição São Paulo 2012. p. 103-4.

Entendendo a anedota:

01 – Que palavra completa convenientemente a terceira frase do segundo parágrafo: ou a? Justifique sua resposta.

      “[...]Lá dois elevadores. [...]” Trata-se do verbo haver; por isso a forma conveniente é há.

02 – Caso fosse pedido a você que completasse a frase com o verbo existir, como ela ficaria?

      Lá existem dois elevadores.

PIADA: USO DA VÍRGULA - DONALDO BUCHWEITZ - COM GABARITO

 Piada: Uso da vírgula

            Donaldo Buchweitz


     A professora ensina como deve ser usada a vírgula e faz um ditado para os alunos colocarem as vírgulas. Eis a redação de Chico:

        -- O homem saiu de casa na cabeça, trazia um chapéu amarelo nos pés, sapatos de lona escura nos olhos, óculos contra o sol na lapela, um bonito cravo vermelho.


Donaldo Buchweitz, org. Piadas para você morrer de rir. Belo Horizonte:
Leitura, 2001. p. 182.

Fonte: Gramática Reflexiva 8° ano – Atual Editora – William & Thereza – 3ª edição São Paulo 2012. p. 100-101.

Entendendo a piada:

01 – Explique em que consiste o humor do texto.

      O humor do texto consiste nos sentidos ilógicos e engraçados produzidos pela falta de separação entre os adjuntos adverbiais de orações diferentes.

02 – Reescreva o segundo parágrafo do texto e pontue-o adequadamente, de forma a dar sentido lógico ao texto.

      “O homem saiu de casa; na cabeça, trazia um chapéu amarelo; nos pés, sapatos de lona escura; nos olhos, óculos contra o sol; na lapela, um bonito cravo vermelho.”

ANEDOTA: DIA DAS MÃES - PAULO TADEU - VÍRGULA - COM GABARITO

 Anedota: Dia das Mães

         A professora pediu que os alunos escrevessem uma redação para o Dia das Mães. No final deveriam colocar a frase: “Mãe só tem uma!”.

        Todos os alunos fizeram a redação. Uns elogiavam as mães, outros contavam alguma história, mas todos colocaram no final a frase “Mãe só tem uma!”.

        Faltou o Joãozinho. Aí a professora pediu para ele ler seu trabalho. Então o Joãozinho levantou-se e começou a ler:

        -- Tinha uma festa lá em casa e a minha mãe pediu para eu buscar duas Cocas na geladeira. Eu fui até a cozinha, abri a geladeira e falei: “Mãe, só tem uma!”.

Paulo Tadeu. Proibido para maiores – As melhores piadas para crianças. 8. ed. São Paulo: Matrix, 2007. p. 21.

Fonte: Gramática Reflexiva 8° ano – Atual Editora – William & Thereza – 3ª edição São Paulo 2012. p. 90-92.

Entendendo a anedota:

01 – O humor da anedota é construído em torno do modo como Joãozinho compreendeu a frase “Mãe só tem uma!”. Compare:

        “Mãe só tem uma!”.

        “Mãe, só tem uma!”.

a)   Pronuncie as duas frases em voz alta e responda: Qual é a diferença entre elas na fala?

Na 2ª frase, há uma pausa maior entre a palavra mãe e o restante da frase.

b)   Qual é a diferença entre as frases na escrita?

É o emprego de uma virgula após a palavras mãe, isolando-a do resto da frase.

c)   Nessas frases, o verbo ter está no lugar do verbo haver (com o sentido de “existir”), o que confere a elas um tom coloquial.

·        Qual é a função sintática de mãe na primeira frase?

Objeto direto.

·        E na segunda frase?

Vocativo.

02 – A frase “Mãe só tem uma!” aparece no texto marcada pelo emprego de aspas. O que justifica o emprego desse sinal de pontuação?

      As aspas indicam que o texto reproduz literalmente o que a personagem disse, ou seja, elas mostram que houve emprego do discurso direto.

03 – Compare estes dois trechos do texto:

·        “Uns elogiavam as mães, outros contavam alguma história, mas todos colocaram no final a frase ‘Mãe só tem uma!’”.

·        “Eu fui até a cozinha, abri a geladeira e falei.”

Nos trechos, há uma sequência de orações, que narram as ações das personagens.

a)   Qual é o sinal de pontuação que separa as orações?

A vírgula.

b)   As palavras mas e e são conjunções. A vírgula foi empregada antes dessas duas conjunções?

A vírgula foi empregada apenas antes da conjunção mas.

04 – Observe a frase:

        “No final, deveriam colocar a frase: ‘Mãe só tem uma!’”.

Levante hipóteses: Por que o termo No final está separado por vírgula do restante da frase?

      A vírgula indica o deslocamento de No final da posição que lhe é própria na frase, que é depois do verbo, pelo fato de ter a função sintática de adjunto adverbial.

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

ANEDOTAS: PULGA SONHADORA E BEM EXPLICADO - BRASIL ALMANAQUE-CORNÉLIO PIRES - COM GABARITO

 Anedotas: Pulga sonhadora e Bem explicado

      Pulga sonhadora

        Duas pulgas conversando:

        – O que você faria se ganhasse na loteria?

        A amiga responde, com ar de sonhadora:

        – Eu comprava um cachorro só para mim!

Brasil Almanaque de Cultura Popular, n. 61, abr. 2004.

        Bem explicado

        Dizem que esta se deu em casa de conhecida, rica e antiga família paulista.

        Tendo enviuvado o Cel. Eulálio, deixou-lhe a esposa três filhinhos.

        Mais tarde casou-se com a viúva D. Eugênia, mãe de três pimpolhos.

        Do segundo casamento tiveram mais dois filhos.

        Certo dia, ao entrar em casa, ouviu o berreiro dos dois menores e perguntou à esposa:

        – Que aconteceu lá dentro?

        – Nada demais: teus filhos e meus filhos estão batendo em nossos filhos.

Pires, Cornélio. Mixórdia: contos, anedotas. São Paulo: Companhia editora Nacional, s.d.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 135-6.

Entendendo as anedotas:

01 – Na anedota “Pulga sonhadora”, que frase identifica quem está conversando?

      A frase: “Duas pulgas conversando”.

02 – O que provoca humor nessa primeira anedota?

      O elemento-surpresa dado pelo fato de a pulga ter um sonho de consumo, como se fosse um ser humano.

03 – Releia o trecho a seguir:

        “A amiga responde, com ar de sonhadora […].”

·        A construção do humor seria prejudicada se a expressão destacada fosse omitida? Explique.

Sim, porque a expressão destacada caracteriza o jeito de ser da personagem e mostra de que forma ela manifesta seu desejo. Se ela fosse retirada, provavelmente a anedota não teria tanta graça.

04 – A segunda anedota, “Bem explicado”, apresenta um tipo de introdução diferente da primeira. Releia-a a seguir:

        “Dizem que esta se deu em casa de conhecida, rica e antiga família paulista.”

a)   O que essa introdução revela a respeito da época em que se passam os fatos narrados?

Que os fatos narrados não se passam em uma época recente – informação reforçada pelo uso do título “coronel”, muito valorizado antigamente, atribuído à personagem Eulálio.

b)   Esse tipo de introdução poderia ser usado para contar um causo? Por quê?

Sim, porque vários causos têm origem desconhecida e sobrevivem da tradição oral.

c)   A história contada pode não ser verdadeira? Que expressão do texto confirma sua resposta?

Sim, ela pode não ser verdadeira. A expressão “Dizem que” atesta isso, pois não identifica quem contou, mas atribui o caso contado a pessoas anônimas, que foram passando a história de boca em boca.

d)   De que forma a expressão que você identificou no item anterior interfere na credibilidade da história?

Ao usar a expressão “Dizem que”, o narrador não se compromete com o fato de a história ser ou não verdadeira. Isso não impede, porém, que o leitor entre no clima da anedota e se divirta.

05 – Levante uma hipótese: Por que as anedotas costumam ser breves?

      Resposta pessoal. Sugestão: As anedotas costumam ser curtas e rápidas para conseguir o riso imediato do ouvinte ou leitor, efeito primordial nesse tipo de “contação”. Para que isso ocorra, é fundamental que o ouvinte ou o leitor não se desconcentre, não se distraia e não se canse.

06 – No geral, as anedotas provocam risos durante toda a “contação” ou mais ao final? Por que você acha que isso acontece?

      Geralmente, mais ao final, quando se apresenta o desfecho surpreendente, inesperado e criativo, que costuma provocar surpresa e humor.

07 – As anedotas que você leu foram elaboradas utilizando o discurso direto. Que efeito o uso desse recurso gera nesses textos?

      O uso do discurso direto torna a narração mais expressiva, contribuindo para o efeito cômico do texto.

08 – Em seu caderno, reescreva as falas das personagens das duas anedotas utilizando o discurso indireto.

      Sugestão: “Duas pulgas estavam conversando e uma delas perguntou à outra o que ela faria se ganhasse na loteria. A amiga respondeu, com ar de sonhadora, que compraria um cachorro só pra ela.”; “Certo dia, ao entrar em casa, ouviu o berreiro dos dois menores e perguntou à esposa o que havia acontecido. A esposa respondeu que não era nada demais: os filhos que eram só dela e os filhos que eram só dele estavam batendo nos filhos dos dois”.

a)   O efeito de humor das anedotas é o mesmo no discurso indireto?

Professor, espera-se que os alunos respondam que não.

b)   Em sua opinião, qual seria a melhor escolha para a construção de uma anedota: o discurso direto ou o indireto? Por quê?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: as anedotas que utilizam o discurso direto são mais expressivas, mais engraçadas.

09 – Em sua opinião, o que é necessário para se contar uma boa anedota?

      Resposta pessoal. Sugestões: Conhecer muito bem a anedota que será contada, prender a atenção do ouvinte, manter um bom ritmo, saber o momento certo de fazer pausas, criar expectativa, etc.

10 – Você se lembra de alguma situação em que você ou outra pessoa foi contar uma anedota e esqueceu ou se atrapalhou com as palavras, provocando o riso pelo seu deslize e não por causa da piada? Foi engraçado? Conte para os seus colegas.

      Resposta pessoal do aluno.

11 – Muitos dizem que não sabem contar anedotas. Em sua opinião, por que é considerado difícil provocar humor?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Na maioria das vezes, o humor não é gerado de forma espontânea ou improvisada. É preciso planejamento e preparo para contar uma anedota, além de técnicas próprias de uso da linguagem oral, que podem ser mais ou menos fáceis para cada pessoa. 

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

CAUSO: AS SETE VELHAS DA ESTRADA - MAURÍCIO PEREIRA - COM GABARITO

 Causo: As sete velhas da estrada

                                                             Maurício Pereira

        Faz uns quarente anos que isto aconteceu, numa tarde quente do mês de janeiro.

        O Tavinho e o seu cunhado Zezinho Pereira voltavam de jipe da vila, que era como eles chamavam a cidade de Redenção da Serra. Já estavam quase chegando ao Sítio do Fundão quando, ao contornar um morro, encontraram o Berto, irmão de Tavinho, vindo de charrete. Ele ia para a vila buscar o filho Paulo, que estudava medicina no Rio de Janeiro e agora vinha passar as férias no sítio do pai.

        O Tavinho então pediu ao irmão que voltasse para casa com o Zezinho, para ele ir na charrete apanhar o sobrinho. O Berto concordou.

        Perto da encruzilhada, onde sai a estrada para a cidade velha, o Tavinho avistou sete velhas à beira do caminho. Estavam três de um lado e quatro do outro. Vestidas de branco, pareciam rezar, dispostas na forma de um triangulo. Aquilo assustou o cavalo, que refugou, mas o cavaleiro insistiu. Passaram pelas estranhas figuras e foram embora.

        Era uma visão esquisita, sinistra para aquele horário. Já estava começando a escurecer e não moravam tantas velhas na região. Ao encontrar com o sobrinho na vila, o Tavinho chegou a comentar o fato ocorrido na ida. Colocaram as malas na traseira da charrete e tomaram o caminho de volta.

        Mas o estranho foi que, ao passar novamente no local, não encontraram mais ninguém. As velhas sumiram com o cair da noite.

        Depois disso, outras pessoas contaram ter visto mulheres de branco na beira daquela estrada, ao pôr do sol.

Maurício Pereira.

Entendendo o causo:

01 – Quem são as personagens que aparecem no trecho?

      As personagens principais da história são Tavinho, seu cunhado Zezinho Pereira e o Berto (irmão do Tavinho).

02 – Qual o espaço em que a história acontece? É possível descrevê-lo?

      A história acontece na estrada no caminho da vila para o Sítio do Fundão.

03 – Quem é o narrador da história?

      O narrador é alguém que está contando a história – um narrador-observador que, provavelmente, ouviu ou lembra dos acontecimentos.

04 – É possível saber quando ocorreu a história?

      Sim, ocorreu em uma tarde quente do mês de janeiro, quarenta anos atrás.

05 – O que você imagina que pode acontecer depois que Tavinho pediu ao irmão que voltasse para casa?

      Resposta pessoal do aluno.

  

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

ANEDOTA: BAT-COMPETIÇÃO - LIVRO- SE LIGA NA LÍNGUA - COM GABARITO

 Anedota: Bat-competição

        O morcego-pai reuniu seus três filhotes e disse:

        -- Hoje faremos um teste para descobrir quem é o mais rápido para encontrar sangue.

        Depois disso, o pai pegou um cronômetro e disse ao mais velho:

        -- Sua vez.

        O filho do morcego balançou suas asas: "flap, flap, flap", e saiu voando. Quarenta minutos depois, voltou com a cara toda suja de sangue e explicou:

        -- Pai, tá vendo aquela morena com a pele branca lá em baixo?

        O pai disse:

        -- Estou.

        -- Pois é, pai. Chupei todo o sangue dela.

        Aí o pai disse ao filho do meio:

        -- Sua vez.

        O filho do meio balançou suas asas: "flap, flap, flap", e após vinte minutos, voltou com a cara toda suja de sangue. Ele explicou:

        -- Pai, tá vendo aquela vaca toda murcha e morta lá em baixo?

        -- Estou.

        -- Pois é, pai. Chupei todo o sangue dela!

        Restando somente o caçula, o pai disse:

        -- Sua vez.

        O caçula balançou suas asas: "flap, flap, flap", e após cinco minutos, voltou com a cara toda suja de sangue e explicou:

        -- Pai, tá vendo aquele muro lá em baixo?

        O pai disse:

        -- Estou.

        -- Pois é, pai. Eu não vi!

Disponível em: http://maquinadepiadas.blogspot.pt/2011/10/. Acesso em: 15 jun. 2018.

Fonte: livro Se liga na língua. Língua Portuguesa. P. 242/243.

Entendendo a anedota:

01 – Para representar a fala dos personagens, a anedota usa o discurso direto.

a)   Que sinal de pontuação é empregada para introduzir as falas?

O travessão.

b)   Quais verbos de elocução foram utilizados?

Disse, explicou.

c)   Cite duas formas verbais que poderiam substituir o verbo de elocução do primeiro parágrafo.

Sugestões: falou, afirmou, avisou, informou.

d)   A palavra explicou (quinto parágrafo) poderia ser trocada por perguntou. Nesse caso, que diferença haveria?

Explicou abrange as duas falas do personagem, enquanto perguntou se refere apenas à primeira fala que o segue.

02 – Releia os dois primeiros parágrafos.

a)   Reescreva-os usando o discurso indireto.

O morcego-pai reuniu seus três filhotes e disse:

-- Que naquele dia fariam um teste para descobrir quem era o mais rápido para encontrar sangue.

b)   A troca do tipo de discurso altera o sentido do trecho?

Não.

c)   Que palavras você precisou mudar para adaptar o texto?

Hoje, faremos, é.

03 – Leia uma reelaboração do trecho final da anedota usando o discurso indireto.

        O caçula balançou suas asas: "flap, flap, flap", e, após cinco minutos, voltou com a cara toda suja de sangue. Perguntou então ao: pai se ele estava vendo o muro embaixo deles. O pai disse que estava, e o caçula explicou que ele, ao contrário, não o tinha visto.

a)   Em sua opinião, qual é a melhor formulação: em discurso direto, em discurso indireto ou você não vê diferença? Por quê?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: O discurso direto tem uma forma mais engraçada de contar, porque mostra melhor a inexperiência do morcego caçula.

b)   As anedotas e piadas são geralmente apresentadas oralmente. Qual é a contribuição do discurso direto para o humor na situação oral?

O discurso direto cria a possibilidade de o falante imitar o jeito de falar do personagem, o que pode aumentar a graça do texto.

04 – As experiências dos três morcegos são narradas praticamente com a mesma fórmula.

a)   A repetição iguala ou diferencia as experiências dos morcegos?

Iguala.

b)   Por que a repetição ajuda a criar o humor no final da anedota?

A repetição sugere que as experiências foram iguais, mas a do morcego caçula foi muito diferente e inesperada, o que criou o humor.