Mostrando postagens com marcador EDITORIAL. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador EDITORIAL. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 11 de maio de 2020

EDITORIAL: O CLONE - FOLHA DE SÃO PAULO - COM GABARITO

Editorial: O clone

        Começou. Anteontem, dia 25 de novembro de 2001, a empresa norte-americana Advanced Cell Technology (ACT) anunciou a criação do primeiro clone humano, num evento mais voltado para a mídia do que para o progresso da ciência.
        Embora a notícia tenha dado margem, como era de esperar, a ácidas polêmicas, todos sabiam que era uma questão de tempo até que alguém se arriscasse a fabricar um clone de ser humano. Assim como é uma questão de tempo até que alguém consiga implantá-lo num útero, dando assim origem a um bebê. Como é frequente no campo das ciências, a técnica avança mais rapidamente do que a definição sobre o que é ou não ético.
        De um lado, o Vaticano e outros setores conservadores já se posicionaram claramente contra qualquer tipo de clonagem. De outro, proprietários e investidores de empresas de biotecnologia defendem o “direito” de cientistas de decidir livremente o que pesquisar e como. É provavelmente de algo entre esses dois polos que vai surgir uma proposta que seja considerada aceitável por setores expressivos da sociedade. A comunidade científica já se inclina por aprovar a clonagem terapêutica (com o objetivo de desenvolver células que, em princípio, poderão ser usadas para tratar várias doenças) e por rejeitar, pelo menos por ora, qualquer tipo de clonagem reprodutiva (que visa a produzir um ser humano completo).
        Os debates científicos, filosóficos e jurídicos estão abertos e será a partir deles que as sociedades encontrarão uma fórmula para determinar o que é aceitável. É preciso, portanto, aprofundar as discussões, que, por sua complexidade e relevância, serão extremamente longas e difíceis.
        Vários países já criaram leis para regular biotecnologias e outros devem segui-los. Leis são necessárias, mais aprova-las está longe de resolver o assunto. Técnicas em constante evolução e a própria dificuldade de impor leis nesse campo são obstáculos de difícil superação.
                       Folha de São Paulo, 27 nov. 2001. Opinião, p. A2.
Fonte: Linguagem Nova. Faraco & Moura. Editora Ática. 8ª série. p. 233-4.

Entendendo o editorial:

01 – Todo editorial tem como princípio básico expor uma opinião sobre um assunto. Qual é o assunto posto em questão pelo editorialista?
      A discussão sobre o que é ou não ético em relação a fabricação de clone humano.

02 – Quem são os representantes das opiniões que se posicionam em polos opostos sobre esse assunto?
      De um lado, a Igreja e setores conservadores, e, de outro, os empresários e investidores de empresas de biotecnologia.

03 – O que o editorialista defende?
      Defende que é preciso aprofundar as discussões em diferentes campos do conhecimento – científico, filosófico e jurídico – para se chegar a uma fórmula que determinará o que é aceitável para as sociedades.

04 – Qual é a opinião exposta nesse editorial sobre as medidas tomadas em vários países para regular a clonagem?
      O autor considera que as leis criadas para regulamentar a biotecnologia não podem resolver o problema, porque as técnicas evoluem muito rapidamente e as leis não conseguem acompanha-las.

05 – Das posições encontradas na sociedade sobre o tema, com qual você concorda? Justifique ou apresente a sua proposta.
      Resposta pessoal do aluno.

06 – Escolha um editorial publicado num jornal da sua região. Leve-o para a classe. Escreva em poucas linhas qual é o ponto de vista do editorialista e como ele o defende.
a)   Troque seu texto com o de um(a) colega. Leia-o e depois leia o editorial a que ele se refere.
Resposta pessoal do aluno.

b)   Analise o texto do(a) colega, observando se ele(a) soube delimitar bem o ponto de vista apresentado no editorial, bem como a clareza na exposição dos argumentos.
Resposta pessoal do aluno.

domingo, 19 de maio de 2019

EDITORIAL: CONSCIÊNCIA ELEITORAL - DIÁRIO DO NORDESTE - COM GABARITO

EDITORIAL: Consciência eleitoral
            
                               Diário do Nordeste

   Com o lançamento dos postulantes a candidato em vários cargos nas próximas eleições, volta à tona o crônico e impreciso gênero de comprometimento de inúmeros cidadãos em relação ao consciente exercício de seu voto, posto em xeque por pesquisa que aponta uma realidade preocupante. Em inquestionável demonstração de alienação política, cerca de 65% dos eleitores do País não se lembram em quem votaram no pleito passado para lhes representar no Poder Legislativo.
        Estudiosos que analisam essa anomalia política, classificada como amnésia eleitoral, observam no fato a notória carência de espírito democrático, ocasionadora da ausência do necessário acompanhamento dos votantes quanto ao desempenho das personalidades que escolheram.
     Segundo se constata, em grande parte dos casos, tal estranho esquecimento decorre de votos conseguidos por motivos aleatórios, de caráter estritamente circunstancial e completamente alheio aos imprescindíveis critérios para a escolha adequada de um representante político do povo. Nesse processo de alheamento, os compromissos de voto são assumidos em troca da concessão dos mais diversificados e, por vezes, exóticos tipos de favores. Entre eles, a concessão de empregos, bolsas de estudo, financiamento de times amadores de futebol, doação de dinheiro em espécie e, até mesmo, presentes pessoais de pequena monta. A distribuição de óculos e dentaduras, vista por alguns como fato folclórico, infelizmente ainda faz parte da realidade.
        Ao contrário do que se costuma supor, o irresponsável câmbio de interesses eleitoreiros acontece, indistintamente e nas mesmas proporções, em faixas contrastantes de baixo e alto poder aquisitivo, tanto nos Estados mais pobres quanto naqueles de maior nível socioeconômico e de mais elevados níveis de instrução. A troca do voto por benesses de toda espécie e o subsequente esquecimento dos políticos favorecidos com a barganha estão presentes desde os mais desconhecidos grotões nordestinos às mais desenvolvidas cidades do Sudeste. Ressalte-se que o voto permutado nunca leva em consideração o partido ao qual o candidato pertence, não obedecendo, por conseguinte, aos mínimos critérios de uma apropriada avaliação.
        Tão grave desvirtuamento do verdadeiro sentido de cidadania e do conceito de estado democrático concorre, sem qualquer dúvida, para o baixo nível por último detectado naqueles que deveriam, por pressuposto, esmerarem-se em ser padrões de ética e honestidade no cenário político. A cada dia, registram-se constrangedoras atuações de representantes arrivistas e despreparados para o cumprimento da elevada função pública que lhes foi delegada.
        Torna-se oportuno enfatizar e esclarecer que o direito ao voto, embasado na consciência cívica de exercê-lo, é um atributo visceralmente ligado ao futuro do País e, mais do que nunca, imprescindível para consolidar a credibilidade, sempre tão posta à prova, dos que exercem mandatos outorgados pelo que se entende por soberana decisão popular, requisito fundamental da democracia.
        É patente que o baixo índice de politização do eleitor constitui um dos problemas institucionais graves do Brasil.

         Consciência eleitoral. Diário do Nordeste, Fortaleza, 25 abril 2010.
Entendendo o texto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:
·        Postulantes: aspirantes.
·        Aleatórios: casuais, imprevisíveis.
·        Benesses: presentes, doações.
·        Grotão: interior, em relação aos centros urbanos.
·        Arrivista: aquele que deseja triunfar a qualquer preço.
·        Visceralmente: que se encontra arraigado; muito íntimo ou profundo.
·        Outorgado: concedido, permitido.
·        Politização: conscientização dos direitos e dos deveres do cidadão.

02 – Antes da leitura do texto, você conseguiu adivinhar a que gênero o texto pertence?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: é um editorial.

03 – Em uma sociedade democrática, cabe aos cidadãos o poder de tomar as decisões importantes da política. De acordo com o texto lido, o voto é uma das formas de exercer a cidadania. Em sua opinião, o que revela o fato de a maioria dos brasileiros não se lembrar em quem votou? Explique.
      Que os brasileiros, em sua maioria, não estão conscientes de seu papel social como cidadãos, que é ajudar a construir uma nação mais digna e justa.

04 – O texto lido é um gênero textual que tem como característica discutir um fato polêmico que está em debate na sociedade no momento em que é produzido.
a)   Em que veículo esse texto circulou?
Em um jornal online.

b)   Qual é o assunto discutido no texto lido?
As atitudes de políticos para conseguir votos nas eleições e a falta de comprometimento da população.

c)   Qual posicionamento sobressai no texto sobre o assunto discutido?
A ideia de que o voto é importante, por ser um exercício de cidadania, fundamental em uma sociedade democrática.

d)   Você consegue identificar o autor do texto lido? O que você conclui com isso?
Não. Pode-se concluir que textos como esse não são assinados, porque apresentam a visão do jornal sobre um determinado assunto.

05 – Uma das características de textos como esse é retomar um fato já apresentado no jornal.
a)   Com que intenção os fatos divulgados foram retomados nesse texto?
Com a intenção de comentar o fato, levantando os pontos que mais geram discussão e, consequentemente, manifestar a opinião do jornal.

b)   O que motivou a produção desse texto?
O fato de algumas pessoas se candidatarem a cargos políticos, e utilizarem formas inadequadas para conseguir votos.

06 – O texto lido aproxima-se de uma notícia, pois apresenta os fatos de forma rápida, concisa e objetiva. Porém, eles se diferenciam em alguns elementos. Aponte as diferenças entre esses textos.
a)   Quanto ao posicionamento crítico sobre o assunto que é apresentado.
Em uma notícia pretende-se ser imparcial, ou seja, não evidenciar pelo menos explicitamente a opinião de quem escreve. No texto lido, há o posicionamento claro do jornal sobre o assunto.

b)   No que se refere ao assunto.
A notícia apresenta o fato ao leitor, ao passo que o texto lido retoma uma notícia por se tratar de um assunto polêmico.

07 – No editorial foi comentado um assunto que gerou muita discussão e constatada uma realidade preocupante no que diz respeito à consciência das pessoas ao votar.
a)   Que constatação é essa?
De que as pessoas são alienadas politicamente, pois 65% dos eleitores não se lembram em quem votaram na última eleição.

b)   Por que isso ocorre?
Porque as pessoas não votam de maneira consciente, já que, muitas vezes, seus votos são trocados por algum benefício pessoal.

08 – Votar significa participar de uma decisão coletiva, levando em consideração a opinião ou a preferência pessoal de todos os indivíduos. Dessa forma, quando as pessoas barganham o voto, elas acabam indo contra qual princípio básico de votação?
      Elas vão contra a preferência coletiva, já que trocar o voto faz com que a pessoa desconsidere sua opinião e vontade diante das eleições.

09 – O voto em nosso país é obrigatório, e isso gera muita polêmica.
a)   Você concorda com a obrigatoriedade do voto? Por quê?
Resposta pessoal do aluno.

b)   O que você acha que as pessoas precisam fazer para que seu voto seja consciente?
Resposta pessoal do aluno. Sugestão: As pessoas devem conhecer melhor cada candidato, saber quais são as propostas deles, o perfil e quais foram os trabalhos realizados por ele, o que indica que ele estaria apto ou não para assumir o cargo a que aspira.

c)   Que atitudes você acha que os candidatos deveriam ter diante dos problemas sociais?
Resposta pessoal do aluno. Sugestão: os políticos deveriam fazer planejamentos e projetos que visassem à melhoria da educação, saúde, alimentação, emprego, entre outras, de maneira funcional e prática.

10 – No texto que você leu, foi empregada a norma urbana de prestígio, num registro formal de linguagem. Por que essa forma de linguagem deve ser usada em um jornal?
      O público de leitores a que destina um jornal é bastante amplo e diversificado e não existe entre esses leitores e os jornalistas que escrevem uma relação de intimidades. Além disso, quem lê o jornal está em busca de informações e opiniões confiáveis. Por essas razões, nos textos de um jornal deve prevalecer uma forma de escrever de acordo com a norma urbana de prestígio.

11 – Releia os seguintes trechos do texto:
        “[...] posto em xeque por pesquisa que aponta uma realidade preocupante.”
Que sentido a expressão em destaque indica?
      Xeque: posto à prova.

12 – Por que, no primeiro parágrafo do texto, o termo país foi utilizado com inicial maiúscula?
      Porque ele foi empregado no lugar de um substantivo próprio, no caso, a nação Brasil.  




terça-feira, 14 de maio de 2019

EDITORIAL: INIMIGOS ÚTEIS - ULISSES CAPOZOLI - COM QUESTÕES GABARITADAS

EDITORIAL: Inimigos úteis
             
                         Ulisses Capozoli

  VÍRUS – CAPAZES DE INFECTAR seres vivos ou, mais recentemente, programas de computadores –, à primeira vista podem ser apenas mais um desses conceitos vagos que aparecem com frequência na mídia. Ao menos para a maioria das pessoas.
      Considerados mais atentamente, no entanto, vírus – que infectam organismos – são estruturas fascinantes.
        Vírus podem ser considerados vivos? A dúvida sobre essa classificação dá a medida da complexidade dessas estruturas que, no entanto, podem ter desempenhado papel fundamental na emergência das mais diferentes formas de vida. Os vírus teriam, por exemplo, esculpido o DNA, o chamado ácido da vida.
        Esta edição especial de SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL dedicada aos vírus, com relato do histórico da descoberta dessas estruturas, investigação sobre atuação e estratégias refinadas para multiplicação em organismos vegetais, animais e humanos, entre outras considerações, tem o objetivo de ampliar o horizonte dos leitores para as amplas potencialidades dessas estruturas. Vírus podem tanto produzir infecções letais como servir de instrumentos terapêuticos. No primeiro caso estão infecções como as da AIDS e, no segundo, estratégias que ampliam a frente de combate ao câncer.
        Independentemente do aspecto prático e imediato, no entanto, os vírus surpreendem de muitas maneiras e sugerem várias ordens de reflexões.
        A mutabilidade dessas estruturas, além de abordagens – que cabem perfeitamente no enfoque matemático da teoria dos jogos – certamente suscita considerações de natureza filosófica mais complexa, e questionamentos sobre a origem e natureza da vida. Cabem ainda outras avaliações como a adoção de estratégicas que, de um ponto de vista ético, interpretaríamos como recursos “trapaceiros”.
        Mas se há dúvida sobre vírus serem ou não estruturas vivas, faz sentido levar a sério a possibilidade de que possam desenvolver estratégias com recurso à trapaça?
        Numa consideração isolada – como sempre ocorre em interpretações não devidamente contextualizadas – pode parecer absurda. Levando-se em conta um conjunto de relatos, como os que integram esta adição especial, no entanto, essa interpretação ganha sentido novo e uma fascinante coerência.
        Para assegurar a qualidade desta edição tivemos a contribuição, na qualidade de consultores especiais, de dois médicos: o especialista em moléstias infecciosas, Francisco Oscar de Siqueira França, do Serviço de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e do Hospital Vital Brasil, do Instituto Butantã. Ele partilhou uma leitura cuidadosa, acompanhada de recomendações, com a médica Noêmia Barbosa Carvalho, assistente do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do HC.
        Com essa edição esperamos ajudar a minimizar a rarefação de trabalhos na área de virologia publicados em português e dirigidos a leitores não necessariamente especializados.
        Boa Leitura.
                         Ulisses Capozoli. Revista Scientific American Brasil.
N° 28, s/d. Edição especial.
Entendendo o texto:

01 – O editorial escrito por Ulisses Capozoli fornece algumas informações sobre o assunto geral das matérias publicadas nesse número da revista Scientific American Brasil?
      Sim. Ele indica que a revista trata do tema vírus.

02 – O editorial da Scientific American Brasil apresenta uma questão polêmica. Qual?
      Se os vírus são ou não seres vivos.

03 – Essa questão polêmica é respondida ao longo do editorial ou fica em aberto? Na sua opinião, por que isso ocorre?
      A questão fica em aberto, porque o assunto anunciado por ela será tema das matérias publicadas na revista.

04 – Segundo o texto, quais as características de um vírus?
      São seres “fascinantes”, e discute-se se são ou não seres vivos. São também responsáveis por provocar doenças em plantas e animais embora também sejam vetores de pesquisas para a cura de outras doenças e males que afetam os seres vivos.

05 – A forma como o autor do editorial descreve os vírus pode ser considerada mais objetiva ou mais subjetiva? Justifique sua opinião.
      Há uma mistura de impressões subjetivas e características objetivas dos vírus, evidenciada pelos adjetivos utilizados e pelas explicações a respeito dos vírus.

06 – Além do assunto “vírus”, que outras informações podem ser obtidas pela leitura do editorial?
      O editorial também alerta para o fato de não haver muitas publicações em português sobre vírus.

07 – Qual o objetivo da revista Scientific American Brasil que se pode depreender da leitura do seu editorial?
      Trata-se de uma publicação de caráter científico cujo objetivo, nesse texto, é apresentar estudos e pesquisas sobre o tema vírus ao público leitor brasileiro.

domingo, 28 de abril de 2019

EDITORIAL: MENSAGEM PARA O UNIVERSO - BETH VOLPI - COM QUESTÕES GABARITADAS

EDITORIAL: Mensagem para o Universo
                
           Beth Volpi

        Dia desses, Ana Holanda chega com uma sugestão para o site de BONS FUÍDOS: “Vamos criar um espaço em que as pessoas expressem seus desejos e mandem para o Universo seus pedidos”. A ideia é favorecer a reflexão – se você tem claras as exigências da alma, dê um voto de fé, pois o vento tende a soprar a favor.
      A tal ferramenta na internet já nascia com um nome simpático: Mensagem na Garrafa. Claro, a sugestão foi aceita de pronto pela equipe. E não demorou nem meio dia para que as pessoas começassem a redigir seus recados.
        É interessante navegar nesse mar de intenções. Ali tem-se mesmo um panorama sobre os horizontes que almejamos. Encontros genuínos, afeto nas parcerias, convivência pacífica, auto aceitação, trabalho à vista para ser desenvolvido com dignidade... Há mudanças anunciadas, coragem prometida, pactos firmados consigo mesmo e sabedoria compartilhada.
        Vou aqui, então, ecoar tantos bons anseios e reproduzir a mensagem de algumas internautas. Uma descreve a felicidade: “Saber falar de si mesmo e ter coragem para ouvir um ‘não’. Ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas. Um dia vou construir u castelo”. Outra imagina um tempo “Onde todas as almas gêmeas possam se encontrar”. E outra ainda põe fé: “Se os amigos estiverem do nosso lado, tudo vai bem”.
        Nós, da redação, não duvidamos: os sonhos são como deuses e ganham realidade quando acreditamos neles. Até já!

                                   Beth Volpi. Revista Bons Fluídos, jun. 2007.
Entendendo o texto:
01 – Você já teve oportunidade de ler alguma edição da revista Bons Fluídos? Em caso afirmativo, o que você achou?
      Resposta pessoal do aluno.

02 – Se você não conhece essa revista, é possível saber pelo editorial aqui transcrito, e pelo título da publicação, de quais temas ou assuntos ela trata? Explique.
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Pelo editorial, é possível apenas inferir que a revista trata de assuntos ligados ao bem-estar das pessoas. Verifique apenas a coerência entre a resposta e a explicação fornecida.

03 – De acordo com o texto, o que é Mensagem na Garrafa?
      É o nome de um site em que internautas podem “depositar” suas mensagens.

04 – Por quem foi escrito o texto? Onde foi publicado?
      Beth Volpi. Publicado na Revista Bons Fluídos.

05 – Para você, o que a autora quis dizer com “Pedras no Caminho”? Explique.
      Resposta pessoal do aluno.

06 – Você concorda com a frase: “Se os amigos estiverem do nosso lado, tudo vai bem”. Justifique.
      Resposta pessoal do aluno.

segunda-feira, 2 de julho de 2018

EDITORIAL: NESSA CLASSIFICAÇÃO, GANHA QUEM FICA POR ÚLTIMO - JORNAL TRIBUNA PAULISTA - COM GABARITO


Editorial: Nessa classificação, ganha quem fica por último
        BRASIL GANHA O 2° LUGAR EM VIOLÊNCIA NO MUNDO


   Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o segundo país do mundo quanto a taxa de mortalidade por agressão, perdendo apenas para a Colômbia, que enfrenta guerra civil há mais de 30 anos.
      O desemprego, a exclusão social, marginalização, desestruturação familiar, o mercado de drogas, armas e por fim o crime organizado são fatores que geram a violência. No relato da OMS também aparece a ineficiência do poder público como causa do aumento da criminalidade. Em 1999 o número de óbitos causados pela violência era de 14,2%. Em 2002 foram para 16,3%. Os jovens são os mais atingidos com 70,67% do total de mortes: A incidência masculina é maior do que a feminina: três homens para cada mulher são assassinados. O que se deduz é que apesar de todas as medidas que o poder público vem tomando, a violência continua cada vez maior e a matriz continua também a mesma: desemprego e os demais fatores acima analisados. A violência viceja na promiscuidade, conforme relatório do Senado: “crianças fragilizadas pela pobreza e miséria são cooptadas pelo crime organizado com a conivência de políticos, até líderes religiosos e integrantes do Judiciário”, o que levou alguns parlamentares a pedirem a alteração do Código Penal na parte referente à exploração de menores e abuso sexual. O dia 20, Dia Nacional de Combate ao Abuso Sexual da Criança e Adolescente, foi marcado em todo o País com manifestações da sociedade sob o lema “esquecer é permitir, lembrar é combater”, advertindo que o abandono do menor é o cerne da violência. O nosso Código Penal é de 1940 e ainda aceita que crimes sexuais sejam tratados como crimes contra os costumes e é justamente a pobreza que alimenta a violência.
        É preciso aumentar e fortalecer movimentos como esses de Meninos e Meninas de rua pois é combatendo a pobreza que prevenimos a violência, uma questão de responsabilidade.

       Jornal Tribuna Paulista (Zona Norte), São Paulo, 28 maio 2004.
Entendendo o editorial:
01 – Explique o sentido do título do texto.
      Quanto menos violência, melhor (ser o último em violência).

02 – O que significa Editorial de um jornal?
      É o artigo que traz a opinião do formal, de seu redator-chefe.

03 – Quais são as consequências da violência?
      A violência traz desavenças, brigas, separações e até a morte.

04 – Por que as pessoas violentas, não são capazes de se dominar?
      Porque são geralmente pessoas fracas e usam da força em vez da razão.

05 – Como está a violência no local onde você mora?
      Resposta pessoal do aluno.

06 – Explique o sentido da frase:
“Esquecer é permitir, lembrar é combater.”
      Esquecer: deixar pra lá, não se preocupar.
      Lembrar: enfrentar, agir, preocupar-se.

07 – Faça uma relação das causas (fatores) apontadas no texto como geradores de violência:
·        Desemprego – exclusão social.
·        Marginalização – desestruturação familiar.
·        Mercado de drogas – Armas (venda de armas).
·        Crime organizado – a pobreza.

08 – Você se acha uma pessoa alegre, comunicativa?
      Resposta pessoal do aluno.

09 – Normalmente qual é o seu estado de espírito: disposto, alegre ou abatido, triste? Justifique.
      Resposta pessoal do aluno.

10 – Esse texto é um editorial, em que Jornal foi publicado?
      Jornal Tribuna Paulista.
     

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

EDITORIAL: PARA EVITAR UMA DEMOCRACIA CORRUPTA - FOLHA DE SÃO PAULO - COM GABARITO

PARA EVITAR UMA DEMOCRACIA CORRUPTA


    A revelação de que dois deputados federais receberam dinheiro para votar a favor da emenda da reeleição confirma o que todos suspeitavam – sem que houvesse provas – desde janeiro, quando ela foi aprovada pela câmara. Houve negociações de todo tipo, numa gama que vai da legitimidade duvidosa até a pura e simples corrupção.
   Este jornal apoio o direito de o presidente da República disputar um mandato consecutivo nas urnas, embora preferisse que tal mudança de regra fosse decidida em plebiscito. Essa teria sido a fórmula mais democrática e a única capaz de evitar que episódios patéticos, como os revelados agora pelo repórter Fernando Rodrigues, comprometessem a tese.
        Infelizmente, apenas a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a apurar as responsabilidades e identificar os infratores devolverá, ao trâmite da emenda que faculta a reeleição, o mínimo de legitimidade de que ela precisa para merecer o respeito da opinião pública.
        Sabemos que CPIs tendem a se transformar em palco de exibicionismo demagógico e que a convocação de mais uma delas desviará as atenções do fundamental: as reformas na estrutura do Estado, que o governo corretamente pleiteia e que o Congresso tarda em discutir e aprovar. Mas não há opção.
        Seja para não perdemos o passo da evolução internacional, seja para preservarmos a estabilidade, é imprescindível que as contas públicas sejam saneadas e o Estado atue com mais racionalidade e promova justiça social. Em suas linhas gerais, a Folha tem apoiado o programa de privatização e as propostas de reforma administrativa, fiscal e previdenciária.
        Mas não basta modernizar a economia, é preciso melhorar a política, aumentar sua transparência, corrigir suas mazelas.
        Este jornal acredita cumprir sua tarefa ao publicar informações relevantes, amparadas em provas. Caberá as instituições agir sem condescendência, se não queremos uma modernização de fachada e uma democracia corrupta.

                                         Editorial – Folha de São Paulo, 18 de abril de 1997.

Entendendo o texto:
01 – Esse texto é um exemplo de um editorial. Seção do formal em que são expressas as opiniões do editor-chefe ou do proprietário do formal a respeito dos principais acontecimentos tratados numa determinada edição.
        O editorial é o parecer particular, a opinião pessoal do editor. A partir dessas informações, responda:

           a) Dentre as modalidades discursivas – dissertativa, narrativa, descritiva – qual delas o texto representa por definição e composição? Justifique.
      Preponderantemente dissertativo, já que encerra opinião do editor.

           b) Qual o assunto-base de que trata o texto?
      A corrupção.

           c)     Qual o tema abordado?
      Por uma democracia sem corrupção.

           d) Qual a tese defendida pelo editor?
      Sem que o Governo aja com firmeza, não estabeleceremos uma democracia sem corrupção.

           e) Em qual argumento fundamental se apoia o autor, para sustentar a sua tese?
      A necessidade de reformas na estrutura do Estado.

    02 – O texto apresenta três partes bem definidas:
           a) Há uma síntese do assunto, em que o jornalista põe o leitor a par dos fatos. Que fatos são esses?
      A síntese: a denúncia de que dois deputados federais foram subornados, a fim de votar a favor da emenda da reeleição, aprovada em janeiro pela Câmara.

           b) No corpo do texto o autor revela a linha de pensamento do jornal. Que ações são defendidas pelo jornal?
      O corpo: apoia o direito de o presidente da república disputar a reeleição; sugeriu uma CPI par apurar as irregularidades; apela pela justiça social; aprova e confia no Governo quanto às suas decisões de privatizar e fazer reformas.

           c) Na conclusão, o autor expõe suas expectativas e leva o leitor a refletir sobre as posições editoriais apresentadas. Qual(is) é(são) a(s) expectativa(s) do formal?
      A conclusão: o editor espera que as instituições ajam sem condescendência.

    03 – A respeito do título:
          a) A oração constituinte do título possui que valor expressivo?
      Finalidade.

          b) Que reescritura ele receberia, se acrescentássemos uma conjunção e empregássemos o verbo numa forma do modo indicativo, sem que alterássemos o sentido da frase?
      Para que se evite uma democracia corrupta.

          c) Que frase do último parágrafo poderia ser agregada ao título, dando sentido completo, resumindo, dessa forma, o pensamento global editorial?
      Para evitar uma democracia corrupta, caberá às instituições agir sem condescendência.

   04 – No segundo e no quinto parágrafo, o autor faz uso da metonímia na sua comunicação, para indicar ações e posições assumidas. Transcreva essas passagens em referência.
       Este jornal apoiou “... a Folha tem apoiado...”

   05 – “Caberá às instituições agir sem condescendência...” Em relação à expressão sublinhada na frase acima:
a)   Justifique a ocorrência da crase.
       A crase ocorre em função da predicação do verbo “caber”, que exige complemento acompanhado pela preposição “a”, e esse complemento está representado por vocábulo feminino no plural.

b)   Classifique-a sintaticamente.
       Objeto indireto.

   06 – “... é imprescindível / que as contas públicas sejam saneadas / e o Estado atue com mais racionalidade / e / promova a justiça social.”
       A estrutura sintática registrada no trecho acima, constante no quinto parágrafo, é também encontrada no parágrafo seguinte. Transcreva o trecho em que se constata situação de mesmo valor sintático no parágrafo citado.
       “... é preciso melhorar a política, aumentar sua transparência, corrigir suas mazelas”.

   07 – No segundo parágrafo, o autor, ao expor o posicionamento filosófico do jornal, faz uma ressalva. A propósito:
a)   Qual é essa ressalva a que nos referimos?
      O jornal preferia que a mudança de regra a que faz referência fosse decidida através de plebiscito.

b)   Que elemento de coesão ocorre nessa situação e qual o seu valor semântico?
     “Embora” – valor concessivo.

   08 – Explique o emprego dos pronomes “estes” e “essa” que ocorrem no segundo parágrafo.
       O pronome “este” foi empregado para designar o jornal do qual ele, editor, faz parte, é integrante, participante, ou em que se encontra. Já o outro, “esse”, retoma a tal fórmula, o plebiscito, trazendo-o de volta ao texto.

   09 – A respeito da passagem “sem que houvesse provas”:
            a) Explique o emprego dos travessões que a destaca.
       Separa, dá destaque, a uma interferência do editor, com o sentido de emprestar um esclarecimento necessário ao conjunto de ideias apresentado.

            b) Substitua a expressão “sem que” por outra de igual valor.
       Mesmo que não / ainda que não.

            c) Reescreva a frase substituindo o verbo haver pelo verbo existir, e comente a mudança sintática processada na estrutura frasal.
Sem que existissem provas.
       Com a presença do verbo haver, na frase original, decorre a função sintática do objeto direto, representado pelo vocábulo “provas”, e a inexistência de um sujeito na oração. Com a reescritura, o verbo existir, porque possui uma outra predicação, não exige complemento e expõe o termo “provas”, agora como sujeito.

   10 – O texto não é abundante quanto a imagens produzidas por conotações, mas registra algumas imagens que merecem ser decodificadas. Então, decodifique-as:
         a) “Sabemos que CPIs tendem a se transformar em palco de exibicionismo demagógico...”
      Palco – lugar da cena, local para apresentar.

           b) “... se não queremos uma modernização de fachada...”.
      Fachada – aparência, sem consistência, sem valor real.