segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

GRAMÁTICA: FORMAÇÃO DO PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS - COM GABARITO

 Gramática: Formação do plural dos substantivos compostos

        A formação do plural dos substantivos compostos obedece a determinadas regras:

a)   Os substantivos compostos ligados sem hífen formam o plural como se fossem substantivos simples. Exemplos: o passatempo – os passatempos; a aguardente – as aguardentes; a televisão – as televisões.

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b)   Os substantivos ligados com hífen formam o plural de várias maneiras.

·        Só o primeiro elemento vai para o plural em substantivos que apresentam uma preposição entre eles: exemplos: o cara-de-pau – os caras-de-pau; o pé-de-moleque – os pés-de-moleque.

·        Só o segundo elemento vai para o plural quando o primeiro elemento é verbo ou palavra invariável e o segundo é substantivo ou adjetivo. Exemplos: o beija-flor – os beija-flores; o arranha-céu – os arranha-céus; a sempre-viva – as sempre-vivas; o vice-diretor – os vice-diretores.

·        Os dois elementos vão para o plural em substantivos compostos formados por duas palavras variáveis. Exemplos: a segunda-feira – as segundas-feiras; o guarda-florestal – os guardas-florestais; o amor-perfeito – os amores-perfeitos.

·        Em substantivos compostos formados por palavras repetidas, só o segundo elemento vai para o plural. Exemplos: o tico-tico – os tico-ticos; o reco-reco – os reco-recos.

·        Se o segundo elemento já estiver no plural, o substantivo fica invariável. Exemplos: o arco-íris – os arco-íris; o conta-gotas – os conta-gotas; o para-quedas – os para-quedas.

Entendendo a gramática: 

01 – Dê o plural dos substantivos.

·        Pão: pães.

·        Tecelão: tecelões.

·        Mão: mãos.

·        Escrivão: escrivães.

·        Coração: corações.

·        Alemão: alemães.

·        Folião: foliões.

02 – Os substantivos abaixo admitem mais de uma forma no plural. Indique-as.

·        Hortelão: hortelãos, hortelões.

·        Vilão: vilãos, vilões.

·        Sacristão: sacristãos, sacristães.

·        Vulcão: vulcãos, vulcões.

·        Cirurgião: cirurgiões, cirurgiães.

03 – Passe os substantivos compostos para o plural.

·        Bombom: bombons.

·        Vaivém: vaivéns.

·        Copo-de-leite: copos-de-leite.

·        Sempre-viva: sempre-vivas.

·        Guarda-sol: guarda-sóis.

·        Tique-taque: tique-taques.

·        Peixe-espada: peixes-espada.

·        Abelha-mestra: abelhas-mestras.

·        Altar-mor: altares-mores.

·        Tenente-coronel: tenentes-coronéis.

·        Abaixo-assinado: abaixo-assinados.

·        Beija-flor: beija-flores.

 

GRAMÁTICA: GRAU DOS SUBSTANTIVOS - COM GABARITO

 Gramática: Grau dos substantivos

        Os substantivos podem variar conforme a ideia de aumento ou de diminuição de tamanho, sempre partindo da palavra em seu grau normal. Exemplo: pato – patinho – patão.

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        Quando dizemos pato não há nenhuma referência de tamanho, mas ao falarmos em pato pequeno ou pato grande.

        Assim, podemos flexionar o grau dos substantivos por dois processos:

a)   Sintético – quando acrescentamos terminações diminutivas ou aumentativas ao substantivo, como: inho, inha, zinho, ito, eto, ota, ona, ão, zarrão e outras. Exemplos: Gato: gatinho – diminutivo sintético; gatão – aumentativo sintético. Homem: homenzinho – diminutivo sintético; homenzarrão – aumentativo sintético.

b)   Analítico – quando o substantivo aparecer modificado por adjetivos que expressam ideia de aumento e diminuição, como: pequeno, grande, imenso, enorme e outros. Exemplos: Bola: bola pequena – diminutivo analítico; bola grande – aumentativo analítico.

Entendendo a gramática:

01 – Escreva o aumentativo sintético dos nomes abaixo.

·        Homem: homenzarrão.

·        Muro: muralha.

·        Boca: bocarra/bocaça.

·        Cruz: cruzeiro.

·        Voz: vozeirão.

·        Cabeça: cabeçorra.

·        Nariz: narigão.

·        Rapaz: rapagão.

02 – Reescreva as frases, usando os substantivos destacados no grau diminutivo sintético.

a)   Marcelo mora em uma cidade de Brasília.

Marcelo mora em uma cidadezinha de Brasília.

b)   André tangeu os porcos com uma vara.

André tangeu os porquinhos com uma vareta.

c)   Marta tem dois irmãos e um amigo.

Marta tem dois irmãozinhos e um amiguinho.

d)   Coloquei o sino em um lugar bem escondido.

Coloquei a sineta em um lugarzinho bem escondido.

e)   O animal se escondeu na fazenda de papai.

O animalzinho se escondeu na fazendinha/fazendola de papai.

03 – Escreva dois diminutivos sintéticos para cada substantivo.

·        O velho: o velhote, o velhinho.

·        O lugar: o lugarzinho, o lugarejo.

·        A bandeira: a bandeirinha, a bandeirola.

·        O animal: o animalzinho, o animalejo.

·        O menino: o menininho, o meninote.

04 – Substitua o substantivo no diminutivo sintético pelo diminutivo analítico.

·        A boquinha: a boca pequena.

·        O sapatinho: o sapato pequeno.

·        O homenzinho: o homem pequeno.

·        A guerrilha: a guerra pequena.

·        A salinha: a sala pequena.

·        A avezinha: a ave pequena.

·        A barbicha: a barba pequena.

05 – Agora, troque a forma aumentativa sintética pela forma aumentativa analítica.

·        Homenzarrão: homem grande.

·        Fornalha: forno grande.

·        Balaço: bala grande.

·        Copázio: copo grande.

·        Cabeçorra: cabeça grande.

·        Animalejo: animal grande.

06 – Leia as palavras e escreva-as nas colunas adequadas.

Bocarra – burrice – beijo – festança – malote – rapagão – sabichão – sala – cãozinho – tamborim – fogaréu – livro – tambor – chuva – murinho.

Forma normal: beijo – sala – tambor – livro – chuva.

Grau diminutivo: burrico – malote – cãozinho – tamborim – murinho.

Grau aumentativo: bocarra – rapagão – festança – sabichão – fogaréu.

GRAMÁTICA: ARTIGOS - DEFINIDO E INDEFINIDO - COM GABARITO

 Gramática: Artigos

        Artigo é palavra que precede o substantivo, indicando-lhe o gênero e o número.

        Há dois tipos de artigo: definido e indefinido.

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        Artigo definido é aquele que determina o substantivo de modo preciso. São artigos definidos: o, a, os, as. Exemplos: O menino falou; A menina falou; Os meninos falaram; As meninas falaram.

        Artigo indefinido é aquele que determina o substantivo de modo vago, impreciso. São artigos indefinidos: um, uma, uns, umas. Exemplos: Um garoto saiu; Uma garota sentou; Uns garotos saíram; Umas garotas sentaram.

a)   O artigo determina o gênero e o número do substantivo.

·        O cavalo – masculino singular.

·        A colega – feminino singular.

·        Os cavalos – masculino plural.

·        As colegas – feminino plural.

b)   O artigo antes de qualquer palavra, transforma-a em substantivo. Exemplos:

·        Um “não” para mim é triste. Um: artigo; “não”: substantivo.

·        O “amor” é importante para Vera. O: artigo; “amor”: substantivo.

Entendendo a gramática:

01 – Leia as frases, sublinhe os artigos definidos (vermelho) e os artigos indefinidos (amarelo).

a)   Papai encontrou o cachorro em uma praça da cidade.

b)   Uns bombons estavam estragados.

c)   O homem carregou uns pacotes para os meninos.

d)   O garoto carregou a sacola com uns abacaxis.

e)   Fiz o exercício de matemática e uns de português.

f)     Marcos foi para casa com o gatinho.

02 – Complete as frases com os artigos definidos.

a)   O garoto está alegre.

b)   As flores estavam sobre a mesa.

c)   O vestido de Paula estava lindo.

d)   Os bombons estavam bons, mas as frutas estavam melhores.

e)   Papai levou o carro para a oficina.

03 – Agora, complete as frases com os artigos indefinidos.

a)   Uns alunos saíram e umas meninas ficaram.

b)   Preciso comprar umas flores e umas frutas.

c)   Vendi umas laranjas e uns tomates.

d)   Uns sorvetes estavam deliciosos.

e)   Comprei uns tijolos e umas telhas.

f)     Uns alunos gostaram do cinema e umas alunas, não.

04 – Sublinhe os artigos e faça conforme modelo.

·        Vera comprou uns sorvetes.

Uns – artigo indefinido, masculino, plural.

a)   O sorvete estava delicioso.

O – artigo definido, masculino, singular.

b)   As meninas saíram e os meninos ficaram.

As – artigo definido, feminino, plural.

Os – artigo definido, masculino, plural.

c)   Uns alunos compraram as revistas.

Uns – artigo indefinido, masculino, plural.

As – artigo definido, feminino, plural.

d)   Umas casas caíram e uns carros quebraram.

Umas – artigo indefinido, feminino, plural.

Uns – artigo indefinido, masculino, plural.

 

quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

CRÔNICA: PEQUENOS ABUSOS - WALCYR CARRASCO - COM GABARITO

 Crônica: Pequenos Abusos

                Walcyr Carrasco

ACONTECEU EM UM SÁBADO, a uma da manhã. Eu havia saído com alguns amigos. A carona me deixou em frente o meu prédio, onde há uma banca de revistas. Estava aberta. Aproveitei para entrar. E uma banca grande, com caixa e até máquina que preenche cheque. Espantei-me ao ver, espalhados sobre o balcão, vários montinhos de dinheiro, alguns de moedas. Troco pequeno: notas de um, dois reais. O caixa contava o total. Ao lado, um engraxate. Moleque. Na idade em que já deveria estar em casa, e não solto pelas ruas do centro da cidade. Trouxera a féria do dia, em dinheiro picadinho, para trocar por notas de maior valor.   

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs7T5_yZlyDWYRF2Z2uoXYowJlK-GQLyiqyEDrAr7MgFUxXbZP2KkI6Wf-B40QOwvbXwrrf76-6lu6fl7XhmhahTweAumxFuuFc0fWDHK3ebQQ3iviWnxgEStIr42JQJPT7ryAF8l6gWe7mwVFgplFUQpmE0WnZvlcZ2Da9TtWELgbUdC2WvYJCHohLH8/s320/ENGRAXATE.jpg

   

Nesse instante, um policial entrou na banca. Alto, fardado. Olhou para o garoto. Estendeu o pé, mostrando o sapato. O garoto quis explicar.

— Estou sem material para engraxar.

— Lustre — ordenou o policial.

Confesso que fiquei chocado. Ninguém é obrigado a trabalhar à uma hora da manhã. Ainda mais de graça. Obviamente, o policial nem sequer cogitava pagar. Também, confesso, fiquei sem ação. O garoto, já acostumado à dura vida na rua, ajoelhou-se. Tirou um pano da caixa de engraxate. Lustrou ambos os sapatos. Mas, ao abrir a caixa, subiu um cheiro de cola no ar.

         — É cola? — disse o policial.         

Percebi uma acusação a caminho. Lembrei-me dos meus tempos de criança, quando havia um sapateiro perto de casa. Às vezes a sola do meu sapato soltava, e ele colava novamente. Não sou ingênuo a ponto de achar que o garoto fosse completamente inocente. Mas, segundo acredito, até qualquer prova em contrário ninguém é culpado. Talvez carregar cola fosse normal para um engraxate.

Comentei:

-— A cola pode servir para consertar uma sola solta, por exemplo.

O policial me encarou e não respondeu. Olhou o garoto, ameaçador. Decidi permanecer na banca. A vítima ali era o garoto. Por que motivo um policial acha que tem o direito de usufruir trabalho gratuito? Ainda mais de madrugada? Já vi isso acontecer várias vezes. E comum um policial entrar em um bar e consumir sem botar a mão no bolso. Não acho correto. E o mais interessante é que estou do lado dos policiais. São mais do que necessários, com a violência de hoje em dia. Não têm vida fácil, não. O salário é baixo. Pequeno, para o risco que todo policial corre diariamente. Uma vez conversei com um policial e ele desabafou:

— Imagine o que é sair para trabalhar todo dia sem saber se vou voltar vivo para casa. Além de ganhar pouco, muitos até têm de esconder a profissão, para não sofrer hostilidades na vizinhança. Mas é justamente por isso que sua atitude deveria ser completamente outra. O policial deve ser visto como um amigo. Por todos nós. Mas fundamentalmente pelos mais pobres, mais carentes, que só têm a eles para recorrer. Pequenos abusos, como espichar o pé para lustrar o sapato de madrugada, levam à desconfiança. Ao medo. À perda de confiança necessária para fazer denúncias. A polícia precisa do apoio da população. Como conquistá-lo com atitudes nesse estilo?

Certamente, o pequeno engraxate estava apavorado. A presença da cola na caixa de trabalho talvez merecesse uma conversa. Um encaminhamento. Talvez eu estivesse errado em sair tão prontamente em sua defesa. Mas o que havia lá era apenas ameaça. Terror. 

O rapaz da banca terminou de contar o dinheiro e deu duas notas de dez reais ao garoto. Seu faturamento no dia, provavelmente. Ele partiu. O policial saiu em seguida. Voltei para meu prédio sentindo uma grande tristeza. Enquanto continuarem os pequenos abusos, muita coisa grande vai ficar sem solução.

 Entendendo o texto

  01. O que o autor observa ao entrar na banca de revistas na crônica "Pequenos Abusos"?

       A) Jornais espalhados.

       B) Montinhos de dinheiro.

       C) Máquina de café.

       D) Revistas empilhadas.

02. O que o garoto engraxate faz quando o policial entra na banca?

      A) Corre para fora.

      B) Conta dinheiro.

      C) Lustra os sapatos do policial.

      D) Pede uma carona.

03. Qual é a ordem dada pelo policial ao garoto?

      A) Contar o dinheiro.

      B) Comprar jornais.

      C) Lustrar os sapatos.

      D) Fechar a banca.

04. Como o autor reage à situação do garoto engraxate?

     A) Fica chocado.

     B) Ri da situação.

     C) Ignora o ocorrido.

     D) Oferece ajuda financeira.

05. O que o policial observa na caixa de engraxate do garoto?

     A) Dinheiro picadinho.

     B) Balas e doces.

     C) Ferramentas de trabalho.

     D) Um cheiro de cola.

06. O que o autor comenta sobre a presença da cola na caixa do engraxate?

    A) Sugere que pode ser usada para consertar sapatos.

    B) Acusa o garoto de má conduta.

    C) Ignora o assunto.

    D) Oferece uma explicação alternativa.

07. O que o policial faz após o garoto lustrar seus sapatos?

    A) Paga pelo serviço.

    B) Ameaça o garoto.

    C) Ignora o garoto.

    D) Prende o garoto.

08. Como o autor descreve a atitude do policial em relação ao trabalho do garoto?

    A) Correta e justa.

    B) Inadequada e abusiva.

    C) Simpática e compreensiva.

    D) Desinteressada e apática.

09. Qual é a preocupação do autor em relação aos pequenos abusos policiais?

    A) Eles levam à desconfiança e ao medo.

    B) Eles aumentam a confiança da população.

    C) Eles não têm impacto significativo.

    D) Eles são inevitáveis na sociedade.

10. Como o autor se sente ao voltar para seu prédio no final da crônica?

    A) Feliz.

    B) Enraivecido.

    C) Triste.

    D) Indiferente.