domingo, 31 de dezembro de 2023

TEXTO EXPOSITIVO: COISAS DO COTIDIANO DA TERRA QUE ASTRONAUTAS NÃO PODEM [...] - PATRÍCIA GNIPPER - COM GABARITO

 Texto expositivo: Coisas do cotidiano da Terra que astronautas não podem fazer no espaço

Patrícia Gnipper 05/02/2019 – 26 de abril de 2020

        Não costumamos dar tanto valor a algumas coisas comuns do dia a dia aqui na Terra, como, por exemplo, saborear uma fatia de pão com manteiga ou tomar um banho quente de chuveiro. Já os astronautas que vivem na Estação Espacial Internacional (ISS) acabam sentindo na pele o quanto essas coisas são menosprezadas por nós, que no máximo já viajamos de avião dentro da atmosfera do planeta e nunca tivemos a oportunidade de experimentar como é a vida em um ambiente com sensação de ausência de peso.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdnrm4KdAYzzrWa0VdllJBl8pWeBVpTQO0Bn6x7PEMZpJVNL1mDp9Vd4smFouN48Ln5XcAOIfSSmY25efhaEmerBAcPU5JVdaBAmac2L8AaeGwotllv4FcScFMygshlSLaRYY5MGIgoMbTyd7sHS9Dmvz8B9EfihiSi-Swfuhi1yvvsb1XTvQfsUytZe8/s1600/ASTRONAUTAS.jpg


        Esses astronautas enfrentam, além dos perigos das viagens espaciais, a microgravidade como um empecilho para a realização de tarefas da vida cotidiana. Hábitos básicos e essenciais, como comer e dormir, também precisam de ajustes e sacrifícios por lá. E, abaixo, você confere algumas coisas do nosso cotidiano que os astronautas simplesmente não podem fazer da mesma maneira quando estão no espaço.

        Chorar

        No espaço, as lágrimas não caem pelo rosto das pessoas. Afinal, é preciso de gravidade para isso. Então, se um astronauta começar a chorar de saudade de casa, forma-se uma "bola" líquida de lágrimas em seus olhos, o que incomoda os olhos da pessoa até que essa bola fique grande o suficiente para se desprender. Essa bola de lágrimas, quando é liberada, acaba flutuando dentro da ISS.

        [...]

        Saborear alimentos

        No espaço, o paladar é afetado após um certo período de estadia. É que os fluidos do corpo se movem de maneira diferente por conta da microgravidade, então fluidos acabam indo para a cabeça, podendo preencher as passagens nasais. Ao menos essa é uma possibilidade, enquanto outra é que os odores fortes na cabine da ISS fazem com que o sentido do olfato seja afetado, o que, por sua vez, impacta o paladar.

        [...]

        Fazer o "número 2"

        Defecar no espaço pode ser um momento peculiar e desastroso, além de constrangedor. Não há vasos sanitários na ISS, obviamente, e a cabine destinada a essa finalidade não tem portas (apenas uma cortina). Então, sim, é possível ouvir seu colega fazendo o "número 2". E, para não flutuarem enquanto estão ali naquele momento de concentração, os astronautas ainda precisam se amarrar à estrutura.

        Além de não ser lá muito fácil acertar o "alvo", que é pequeno e menor do que um assento sanitário comum, a microgravidade pode causar complicações um tanto quanto desagradáveis, já que eventuais escapes do recipiente de coleta podem acontecer, com as fezes flutuando pela ISS. Eca!

 

        Dormir direito

        Aqui na Terra, podemos (se quisermos ou precisarmos) coordenar os horários do sono com o nascer e o pôr do Sol. No espaço, isso não é possível. Como a ISS está orbitando a Terra a uma velocidade média de 27.700 km/h, completando 15,77 órbitas por dia, os astronautas podem experimentar cerca de 15 pores-do-sol em apenas 24 horas.

        Assim, seus horários de sono simplesmente não podem depender dos padrões de luz. Então, parte do treinamento dos astronautas, antes de irem à ISS, inclui justamente a capacidade de adormecer e acordar independentemente de ser dia ou noite.

Disponível em: https://canaltech.com.br/espaco/coisas-do-cotidiano-da-terra-que-astronautas-nao-podem-fazer-no-espaco-132173/. Acesso em: 22 abr. 2021. (Fragmento)

Fonte: Coleção Desafio Língua Portuguesa – 5° ano – Anos Iniciais do Ensino Fundamental – Roberta Vaiano – 1ª edição – São Paulo, 2021 – Moderna – p. MP238-240.

Entendendo o texto expositivo:

01 – Ao ler o título do texto, o leitor fica informado do que o texto tratará?

     Sim, pois o título contém o assunto tratado de forma bem resumida.

·        O texto apresenta também subtítulos. Qual é a função deles no texto?

Mostrar as curiosidades da vida dos astronautas no espaço de maneira organizada e também facilitar a leitura.

02 – Releia o segundo parágrafo do texto. Por que os astronautas não podem fazer as mesmas coisas que fariam na Terra quando estão no espaço?

      O texto esclarece que, no espaço, várias tarefas cotidianas não podem ser realizadas por causa da microgravidade.

03 – O texto da reportagem tem uma linguagem clara? Por quê?

      Sim, o texto utiliza uma linguagem simples, de fácil compreensão.

04 – O texto cumpre o objetivo que se propõe?

      Sim, pois ele informa o leitor a respeito das curiosidades da vida na ISS.

05 – Por que os astronautas não podem chorar da mesma maneira no espaço como fazem na Terra?

      No espaço, a ausência de gravidade impede que as lágrimas fluam pelo rosto, formando uma espécie de bola líquida nos olhos que só é liberada quando atinge um certo tamanho.

06 – Como a microgravidade afeta o paladar dos astronautas na Estação Espacial Internacional?

      A microgravidade interfere nos fluidos corporais, podendo deslocá-los para a cabeça, impactando as passagens nasais. Além disso, odores fortes na ISS afetam o sentido do olfato, influenciando o paladar.

07 – Quais são os desafios enfrentados pelos astronautas ao "fazer o número 2" no espaço?

      Não existem vasos sanitários convencionais na ISS, e a falta de portas na cabine destinada a essa função pode tornar esse momento constrangedor. Além disso, a microgravidade torna difícil acertar o "alvo" e pode causar vazamentos desagradáveis.

08 – Como é o ciclo de sono dos astronautas na Estação Espacial Internacional?

      Devido à velocidade de órbita da ISS, os astronautas podem experimentar até 15 pores-do-sol em um período de 24 horas. Por isso, eles não podem sincronizar seu sono com padrões de luz e precisam aprender a adormecer e acordar independentemente do ciclo solar.

09 – Por que é necessário que os astronautas se amarrem à estrutura ao utilizar a cabine para "fazer o número 2" na ISS?

      Na ausência de gravidade, é preciso se prender à estrutura para evitar flutuações durante esse momento delicado na cabine, já que não há gravidade para manter a pessoa no lugar.

10 – Qual é o desafio principal que os astronautas enfrentam em relação ao sono na Estação Espacial Internacional?

      A velocidade de órbita da ISS resulta em múltiplos pores-do-sol em um dia, impossibilitando a sincronização do sono com os padrões de luz natural. Portanto, os astronautas precisam aprender a dormir independente do ciclo solar.

 

CANÇÃO: O BLOCO DOS PASTELEIROS I - GUSTAVO KURLAT - COM GABARITO

 Canção: O Bloco dos Pasteleiros I

              Gustavo Kurlat

Nós somos os pasteleiros

Da loja da rua da feira

Os pastéis são bem gostosos

Mas um dia deu bobeira

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWZ_vAPr_ydVtSsGktabrSzyO6Nh68JOmIV4VBATdU7vzDNTmbxnaq6juxGuVveUYcVAkhRKEW9Nqa1_ukbfyTKXbotK9za8bLhoW80sIvD8Ldn_BFb_jpx4D8pa5bALUe8oEFs-ngTIzo5p7Z1OaOAVm9_TDG_anLiC8lCXhSgq_dqxJDONeylPYeGME/s1600/PASTEIS.jpg 


Em lugar de óleo quente

A gente pôs água fria

O pastel virou sorvete

E ficou uma porcaria!

CD Roda gigante – Canções de Gustavo Kurlat. São Paulo: Palavra Cantada, 1998.

Fonte: Coleção Desafio Língua Portuguesa – 5° ano – Anos Iniciais do Ensino Fundamental – Roberta Vaiano – 1ª edição – São Paulo, 2021 – Moderna – p. MP117.

Entendendo a canção:

01 – Por que os pastéis deram errado?

      Porque os pasteleiros puseram água fria no lugar d óleo quente.

02 – É possível o pastel virar sorvete colocando água fria nele?

      Resposta pessoal do aluno.

03 – Qual é a graça dessa canção?

      A falta de sentido é que produz a graça, o humor. O texto poético trabalha mais a arrumação das palavras visando à sonoridade; mais o ritmo do que propriamente o sentido.

 

 

 

POEMA: PRIMEIRA VIAGEM SOZINHA - SÉRGIO CAPPARELLI - COM GABARITO

Poema: Primeira viagem sozinha

             Sérgio Capparelli

Mochilas, valises, malas

E risos na manhã fria,

Meu coração batendo no peito

Como há tempos não batia.

 

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_g-cHJvnmfGKlRA994msDSmHq4Jwz8r0CaUADflQn3ZQgWwj9uddttLMn1qEIiRSNQ_eM-snaKhkPDRWFNqiHiVuQmR7caJkQc0C6VawVsD2iwHcTahgt_FBiSYxfFGzRzGu19P2Mo5pTe5PZ7Ad6TiH_XxshnLODQCzjMzXU9r4q5LqfM6xnrYngUSU/s1600/MALAS.jpg

E vou eu, com minha escola,

Solta, na estrada vazia,

Meu coração, maravilhado,

Como há tempos não sentia.

 

A montanha ao longe brilha:

Geou de madrugada

E a grama esbranquiçada

Até parece farinha.

Sérgio Capparelli. 111 poemas para crianças. Porto Alegre: LP&M, 2018.

Fonte: Coleção Desafio Língua Portuguesa – 5° ano – Anos Iniciais do Ensino Fundamental – Roberta Vaiano – 1ª edição – São Paulo, 2021 – Moderna – p. MP243.

Entendendo o poema:

01 – Qual é o assunto do poema?

      A primeira viagem da menina (sozinha, sem a família).

02 – Complete a frase abaixo com as palavras do quadro.

Título – poema – versos – estrofes – numeral.

        O poema tem rimas e está organizado em quatro versos e três estrofes. O título apresenta o numeral ordinal primeira e o adjetivo feminino sozinha.

03 – Sublinhe no texto os versos que rimam em cada estrofe.

      1ª estrofe: “E risos na manhã fria” / “Como há tempos não batia”.

      2ª estrofe: “Solta, na estrada vazia” / “Como há tempos não sentia”.

      3ª estrofe: “Geou de madrugada” / “E a grama esbranquiçada”.

04 – Na segunda estrofe, aparece uma comparação entre quais elementos? Por que é possível estabelecer essa comparação?

      O poema compara a grama esbranquiçada com farinha. É possível fazer essa comparação porque a grama está coberta de cristais de gelo por causa da geada.

 

 

 


FILME(ATIVIDADES): VISTA MINHA PELE - DIREÇÃO: JOEL ZITO ARAÚJO - COM GABARITO

 Filme(ATIVIDADES): VISTA MINHA PELE

 

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdB4jwW79PTqhUx3jmkMaaydC7sA82f7uA0SZA5w8j2X24MDoe63HR9vs4a_ZvYfoHBlqHH1ygLhTeOyOaifb7ZCdr4H8KehpVr8bgaxp09yWhJgHtKVCqwEPGmeBJpxF2kRePpqqZ4mhzCx7goMBqMefLqhVPQea7q9G2JBjlSXOHshIY6PgWA3WYt6s/s1600/VISTA.jpg 

Gênero: Ficcional Educativo

Duração: 24 min

País: Brasil

Lançamento: 2003

FICHA TÉCNICA

Direção: Joel Zito Araújo

Argumento: Maria Aparecida Bento

Coordenação geral: Hédio Silva Jr.

Roteiro: Joel Zito Araújo & Dandara

Patrocínio: CEERT – Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades.

ELENCO

Bruna Bonéo

Thuanny Costa

Samira Carvalho

Abayomi Oliveira

Annete Moreira

Marcio Julião

Ana Paulo Mendonça

Gabriel Mota

Maria Ceiça

Bukassa Kabengele

SINOPSE

        Trata-se de uma paródia da realidade brasileira, para servir de material básico para discussão sobre racismo e preconceito em sala-de-aula. Nessa história invertida, onde os negros são a classe dominante e os brancos foram escravizados. Os países pobres são, por exemplo, Alemanha e Inglaterra, e os países ricos são, por exemplo, África do Sul e Moçambique.

        Maria, é uma menina branca pobre, que estuda num colégio particular graças à bolsa-de-estudos que tem pelo fato de sua mãe ser faxineira nesta escola. A maioria de seus colegas a hostilizam, por sua cor e por sua condição social, com exceção de sua amiga Luana, filha de um diplomata que, por ter morado em países pobres, possui uma visão mais abrangente da realidade.

        Maria quer ser Miss Festa Junina da escola, mas isso requer um esforço enorme, que vai desde a predominância da supremacia racial negra (a mídia só apresenta modelos negros como sinônimo de beleza), a resistência de seus pais, a aversão dos colegas e a dificuldade em vender os bilhetes para seus conhecidos, em sua maioria muito pobres. Maria tem em Luana uma forte aliada e as duas vão se envolver numa série de aventuras para alcançar seus objetivos.

        Vencer ou não o Concurso não é o principal foco do vídeo, mas sim a disposição de Maria em enfrentar essa situação. Ao final ela descobre que, quanto mais confia em si mesma, mais possibilidades ela tinha de convencer outros de sua chance de vencer.

Entendendo o filme:

01 – Qual é o objetivo principal do filme "Vista Minha Pele"?

a)   Entreter o público com uma história de aventura e comédia.

b)   Inverter os papéis sociais para discutir racismo e preconceito.

c)   Promover a cultura brasileira através de uma trama fictícia.

d)   Destacar a beleza dos modelos negros na sociedade contemporânea.

02 – Qual é a relação entre Maria e Luana na trama?

a)   Rivalidade intensa pela posição de Miss Festa Junina.

b)   Maria é a empregada de Luana na escola.

c) Luana é a única amiga de Maria, filha de um diplomata com visão ampla.

d) Não possuem relação, são personagens independentes na história.

03 – O que Maria aprende ao longo da narrativa do filme?

a)   Que a beleza é a única forma de vencer na sociedade.

b)   A confiança em si mesma e a persistência são fundamentais para superar desafios.

c)   Que a sua cor de pele não influencia em suas possibilidades de sucesso.

d)   A importância de desistir diante das dificuldades para evitar problemas.

04 – Qual é o tema central do filme "Vista Minha Pele"?

a)   Desigualdade de gênero.

b)   Racismo e preconceito.

c)   Integração social.

d)   Imigração e diversidade cultural.

05 – Qual é o nome do personagem principal do filme e qual é a sua situação social?

a)   Luana, filha de um diplomata rico.

b)   Maria, uma menina branca pobre.

c)   Samira, uma estudante negra talentosa.

d)   Annete, uma artista de sucesso.

06 – Qual é o objetivo principal de Maria no filme?

a)   Ser a melhor aluna da escola.

b)   Ganhar um concurso de talentos.

c)   Tornar-se Miss Festa Junina da escola.

d)   Conseguir uma bolsa de estudos.

CONTO: A VIAGEM PELO JARDIM - (FRAGMENTO) - MONTEIRO LOBATO - COM GABARITO

 Conto: A VIAGEM PELO JARDIM – Fragmento

            Monteiro Lobato

        O mede-palmos vinha descendo pela haste dum ramo de hortênsia. Era dos peludinhos. Emília, ansiosa por se ver no chão, teve uma ideia. 

        -- E se eu montasse nele e ficasse bem agarrada aos pelos? Os mede-palmos não mordem.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA4xKEhgaknNRo6yw65iHKDVQIlHM0PnHIEY3yxn9RENQ52WnxKJOyE44itpy5Lv-auNqCPKJH6thV1OCSRqh5ZyjyZq1WZZkkNpaeJGyLITKUe8gDUqXQqzlr-8jMRkRybY4SkVGuniDz_BRqEqRh86Ka_U3Cb8KSQfww2HiaoOSA5TF5TUBd-NVUGr8/s320/a-lagartamedepalmo.jpg

        Emília aproximou-se e zás! Cavalgou-o. O mede-palmos deteve-se estranhando aquilo; ergueu a cabecinha e ficou uns instantes a virá-la dum lado para o outro. Por fim começou a descer.

        -- Primeira descoberta! – gritou Emília. – A escada-rolante viva! [ ...]

        Ao chegar ao chão, debaixo da moita de hortênsia, estranhou o escuro. Como se visse de cima da flor, onde a luz era intensa, custou-lhe acostumar os olhinhos a tanta sombra.

        Que frescura ali! Até demais. É úmido. Se ficasse muito tempo naquela sombra, apanharia um resfriado. A primeira coisa que a impressionou foi a aspereza do chão. Era irregularíssimo! 

        -- Como há pedras no mundo! – exclamou, tropicando e machucando os delicados pezinhos. – Isso que nós chamávamos terra ou chão, não é terra nada, é pedra, pedra e mais pedra. A crosta do planeta é uma pedreira sem fim. Hum! Por isso é que os bichinhos do meu tamanho usam tantos pés. Cada inseto tem seis. [...] Agora compreendo o motivo – é que só com dois pés não poderiam caminhar pelas infinitas pedreiras destes chãos. [...]

MONTEIRO LOBATO – A chave do tamanho. São Paulo: Globo, 2016. (Fragmento).

Fonte: Coleção Desafio Língua Portuguesa – 5° ano – Anos Iniciais do Ensino Fundamental – Roberta Vaiano – 1ª edição – São Paulo, 2021 – Moderna – p. MP100.

Entendendo o conto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Mede-palmo: espécie de lagarta. 

·        Tropicando: tropeçando.

02 – O que Emília descobre ao cavalgar o mede-palmos?

      Emília descobre uma espécie de "escada-rolante viva", usando o mede-palmos para descer até o chão.

03 – Como Emília descreve a sensação ao chegar ao chão?

      Ao chegar ao chão, Emília estranha a escuridão e a umidade. Ela menciona que é como se estivesse acostumando seus olhos à sombra depois de estar em um lugar muito iluminado.

04 – Qual foi a primeira impressão de Emília sobre o chão?

      Emília ficou surpresa com a aspereza do chão, percebendo que não era terra como ela conhecia, mas sim pedras irregulares. Ela tropeça e machuca os pés, constatando que a crosta do planeta é como uma pedreira sem fim.

05 – O que Emília compreende sobre os insetos ao observar o chão?

      Emília compreende o motivo de os insetos terem vários pés, percebendo que eles usam muitos pés para caminhar pelas infinitas pedreiras do chão. Ela entende que, com apenas dois pés, seria impossível para seres do tamanho dela caminhar nesse ambiente.

06 – Por que Emília menciona que os insetos têm vários pés?

      Emília menciona isso ao notar a quantidade de pedras no chão e compreender que a superfície é tão irregular que seria difícil caminhar com apenas dois pés. Ela conclui que os insetos têm muitos pés para se locomoverem nesse tipo de terreno.

 

 

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

CRÔNICA: EM BUSCA DA PAZ - WALCYR CARRASCO - COM GABARITO

 Crônica: Em Busca da Paz

                      Walcyr Carrasco

FÉRIAS! QUEM VAI VIAJAR costuma ser acometido pela síndrome de mudança de vida. Basta sentir um cheirinho de mato ou uma brisa marinha para querer jogar o emprego, os compromissos e a rotina cheia de horários para o alto, É o sonho de morar fora da cidade. Quer-se largar tudo e viver no campo ou na praia, mergulhado em silêncio e tranquilidade. Um casal de amigos tinha um sítio em Ibiúna, onde esperava passar a velhice. 

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrrailf6Ljb6ScvZGVlPfSDKQ-cjv1YdC0jC-RNKj_ZZgnpsdWHZYdFh3c5WGwqzytcaJzgSmQwZbT8ZUOoMHFRvwxDqDkTi1c7kjeTo7LkI92-bM3tqyBUmdlpKSedeZw3j1giexJxpoJmt26rzul8M8RFg8ViRM5MyCaWXqUXLFsul2J_7fORQeiElE/s1600/FERIAS.jpg


Casa simples e três cachorros, que a dona chamava carinhosamente de "meus filhos peludos". Acabaram sequestrados juntamente com os caseiros. Os "filhos peludos" mantiveram-se a distância, abanando o rabo para os meliantes. Os reféns ficaram presos em uma casa, no meio- da mata. Apavorados. 

A família não poderia pagar um resgate, nem que fosse dividido em suaves prestações. A certa altura, os bandidos saíram. Meus amigos conseguiram abrir uma janela. Saltaram. Ela torceu o tornozelo. Fugiram pelo mato, morrendo de medo das cobras e de outros bichos, ou de ficarem perdidos para sempre.

         Gente urbana imagina que toda mata é semelhante à selva amazônica. Desaguaram em uma chácara a quilômetros de distância. Ainda tiveram de fugir dos cães de guarda. Esses, sim, furiosos.

E montar restaurante à beira-mar? Conheço uma penca de gente que lá pelos 40 anos almeja ser dono de bar ou restaurante. Imaginam que basta ficar bebendo e comendo com os fregueses, e passar a vida dando risada. Acompanhei um casal durante todo o processo. Ela murmurava:

— Vou servir umas comidinhas caseiras, tipo feijão gordo, arroz bem soltinho, mandioca frita. Quem não vai gostar?

Eu fazia a pergunta desagradável:

— Quem vai fritar a mandioca?

Mal arrumaram o ponto, em uma praia distante, ela descobriu a resposta. Acorda todos os dias às 4 da manhã para botar o feijão no, tacho. Os cabelos, antes lavados com xampu, transformaram-se em uma massa envolta em óleo de cozinha. Lá está ela, a postos, quebrando ovos, fritando, cortando, temperando e brigando com garçons. Ele se esfalfa no caixa e reclama das costas! Ao se deitarem, moídos de cansaço, suspiram pelos tempos no asfalto. Iam ao cinema. Liam. Podiam sentir preguiça! De suspiro em suspiro, a esperança reviveu. Puseram o restaurante à venda!

Eu também já tive o sonho. Fui para o sítio de um amigo com o objetivo de comprar algum em torno. Passamos o dia com o corretor. No primeiro, para chegar à casa era preciso atravessar o estábulo no meio das vacas, com o risco de levar uma chifrada. Outro, lindo, repleto de buganvílias, era na beira da estrada. Mais barulhento que o Minhocão! Dormi no sítio onde fora convidado. Os cachorros latiram embaixo da minha janela até o amanhecer. Passei a noite desejando estar nomeio de um belo congestionamento!

           Nem tudo está perdido. Finalmente, descobri uma pessoa que conseguiu realizar o sonho de ser feliz. Uma antiga colega de escola, Eugênia. Mudou-se para Peruíbe. Trabalha como tradutora. Escreveu alguns livros. O último narra sua vida na praia, divertida e... bem, não tão pacífica assim! Morar na praia ou no campo é mel para hóspedes! Durante as férias sua casa fica invadida por parentes, amigos, amigos dos amigos. Passa o verão preparando cafés da manhã, almoços, secando toalhas e lavando o chão. Vive na praia, mas fica aterrorizada diante da chegada do sol. Realizou o sonho, mas está sempre torcendo pela vinda da chuva e do mau tempo. Que vida! Já não se fazem sonhos como antigamente! Férias são boas quando são justamente o que "o nome diz: simplesmente férias!

Entendendo o texto

01. Qual é o impulso que as pessoas costumam sentir durante as férias, de acordo com a crônica?

     a) Mudar de emprego.

     b) Morar fora da cidade.

     c) Iniciar um restaurante à beira-mar.

     d) Viajar para a selva amazônica.

02. O que aconteceu com o casal de amigos quando foram sequestrados no sítio em Ibiúna?

     a) Pagaram o resgate.

     b) Fugiram pela estrada.

     c) Os "filhos peludos" lutaram contra os meliantes.

     d) Saltaram pela janela e fugiram pelo mato.

03. O que a personagem do casal imaginava ao decidir abrir um restaurante à beira-mar?

     a) Passar a vida dando risada.

     b) Trabalhar apenas no caixa.

     c) Servir comidinhas caseiras.

     d) Viajar para uma praia distante.

04. O que ocorreu após o casal abrir o restaurante à beira-mar?

     a) Venderam o restaurante.

     b) Tiveram sucesso imediato.

     c) Enfrentaram desafios e se cansaram.

     d) Mudaram para uma chácara.

05.  Qual era a pergunta desagradável feita pelo narrador ao casal que abriu o restaurante?

     a) Quem vai fritar a mandioca?

     b) Quem vai cuidar do caixa?

     c) Quem vai lavar os pratos?

     d) Quem vai comprar os ingredientes?

06. O narrador, ao buscar um sítio, teve problemas com:

      a) Vacas.

      b) Cachorros.

      c) Buganvílias.

      d) Congestionamento.

07. Quem é Eugênia e como ela realizou seu sonho de viver na praia?

      a) Dona de restaurante; abriu um em Peruíbe.

      b) Tradutora; mudou-se para Peruíbe e escreveu livros.

      c) Corretora de imóveis; comprou uma casa à beira-mar.

      d) Chef de cozinha; abriu um restaurante famoso.

08. Como Eugênia se sente em relação à vida na praia, de acordo com a crônica?

      a) Feliz e tranquila.

      b) Atormentada e agitada.

      c) Desiludida e arrependida.

      d) Realizada e pacífica.

09. O que Eugênia faz durante as férias em sua casa na praia?

     a) Abre um restaurante temporário.

     b) Viaja para o campo.

     c) Fica aterrorizada diante do sol.

     d) Realiza seu sonho de ter paz.

10. Qual é a conclusão do autor sobre o conceito de férias ao final da crônica?

     a) Férias são boas quando há muito sol.

     b) Férias são ideais quando se vive no campo.

     c) Férias são simplesmente férias, independentemente do local.

CRÔNICA: EU, CIDADÃO - WALCYR CARRASCO - COM GABARITO

 Crônica: Eu, Cidadão

                      Walcyr Carrasco

COMO BOM CIDADÃO, decidi racionar meus gastos com energia elétrica. Chamei a empregada:        

— Você está proibida de tomar banho aqui em casa.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLPS-R6AJoIZyPpzDnt-uUSlRLs5myViohyKfnZiDW0wuOldXdAGN2BPgdIcQQIepxTOI5ym8t6XlEAJiA1NuKf7vD-N67JRI8cz-PWHQnoMAZ3JCZwGs-fMF9eSDtQlzq5hmxDLlmhyphenhyphendwlAb9eXTJRACGYSOsNbfBTEm8lKwaq9Wj1_b7fhYRnsVbD-4/s273/LUZ.jpg

— Mas o senhor quer que eu vá embora suja?

— Quando for para casa, você vai ter de pegar um ônibus lotado. O primeiro banho terá sido inútil, pois terá de tomar outro ao chegar. Economize!

Ela me olhou raivosamente. Com certeza não economizou pensamentos!

Lembrei-me dos conselhos de um avô, segundo os quais banhos frios ajudam a manter a pele elástica. Abri o chuveiro. Ai, que frio! Saí pelo banheiro saltitando como uma rã.

Conversei com meu personal trainer. A esteira gasta, muito energia.

— Você substitui eliminando o elevador.

Moro no 122 andar. Quando cheguei ao terceiro, minhas pernas latejavam. No quarto, eu me agarrava nas paredes como uma lagartixa. No sexto, bati na porta da vizinha, pedindo socorro. As panturrilhas duras recusavam-se a dar sequer um passo! De qualquer maneira, funcionou. Com as pernas em chamas, nem penso em voltar à esteira!

O microondas está criando teias de aranha. Ultimamente só comia refeições dietéticas adquiridas em supermercados. Entretanto, já que é para usar o fogão a gás... vamos à luta! Chafurdei em salsichas com mostarda. Fiz um bolo de cenoura com calda de chocolate. Ganhei dois quilos, mas sem peso na consciência.

Tudo pelo racionamento!

Luz, só para ler. Outro dia recebi visitas no escuro.

— Assim não consigo enxergar o seu rosto — reclamou uma amiga.

— Vamos nos contentar com uma conversa agradável, sem olhar um para o outro — retruquei.

Não ofereci café, pois minha cafeteira é elétrica. Sugeri:

— Aceita um refrigerante morno?

A visita demorou quinze minutos.

Aposentei um antigo e heroico freezer. Era meu orgulho. Tem bem uns dezessete anos. Aparelhos velhos gastam mais.

—- A gente podia criar abelhas dentro dele — propôs o caseiro da chácara.

Para tudo há um novo uso: Não seria o impulso para me transformar em um grande produtor de mel? Botamos o freezer encostado na cerca, certos de que abelhas pertencentes a algum movimento das sem colmeia se instalassem. Dois dias depois, ouvimos um barulhinho.

— Não disse que elas vinham? — comemorou o caseiro.

Fomos espiar cautelosamente. Dependurado nas grades havia um bando de... morcegos! Fugimos.

Na chácara há uma piscina. Proibi a limpeza.

— Como o senhor vai nadar?

 -— Não vou, neste frio.

A água começa a esverdear. Tento agora descobrir como evitar a dengue.   

Só temos um problema: o cortador de grama.

— Se eu não cortar, isso aqui vira mato.

Resolvi comprar uma ovelha. Nada mais útil. Poderia pastar e ainda

fornecer nutritivos litros de leite. E lã, caso eu encontrasse alguém capaz de fiar e tecer. Foi difícil. Tive de ir até perto de São Roque, onde consegui uma linda e econômica ovelhinha. Mal cheguei, o cachorro rosnou.

— E cão de caça, ele vai querer comer a ovelha.

Não deu outra. O caseiro passou dias de pavor tentando impedir os instintos selvagens do cão. A ovelhinha tremia, e nada de comer a grama! Para sobreviver, teve de dormir presa na cama do caseiro. Está sendo devolvida. Foi um prejuízo, que espero recuperar na conta de luz!

Parei de ouvir música. Para me distrair, canto em voz alta. Assim, além de evitar o meu consumo, evito o dos vizinhos. Ouvi falar em um abaixo-assinado, mas nada ainda chegou até mim.

Já ouvi um zunzunzum falando em camisa-de-força. Nem sempre uma atitude cívica é bem compreendida. O bom cidadão é, antes de tudo, um mártir!

Entendendo o texto

01. Por que o narrador proíbe a empregada de tomar banho em sua casa?

O narrador proíbe a empregada de tomar banho em sua casa para economizar energia elétrica, argumentando que o banho seria inútil, já que ela teria que tomar outro ao chegar em casa.

02. Como o narrador decide economizar energia ao utilizar a esteira?

O narrador decide economizar energia eliminando o uso do elevador e subindo os 122 andares do prédio a pé, substituindo assim o exercício da esteira.

03. Qual é a solução encontrada para justificar o uso do fogão a gás em vez do microondas?

         O narrador decide usar o fogão a gás para preparar refeições, abandonando a dieta de alimentos dietéticos adquiridos em supermercados.

04. Por que o narrador propõe um encontro no escuro a uma amiga que o visita?

          O narrador sugere um encontro no escuro para economizar energia elétrica, justificando que podem ter uma conversa agradável sem precisar olhar um para o outro.

05. Qual é a ideia inicial do narrador para o antigo freezer e como isso se transforma em um problema?

          Inicialmente, o narrador pensa em transformar o antigo freezer em uma colmeia para abelhas e produção de mel. No entanto, o resultado é a invasão do freezer por morcegos, tornando a ideia um problema.

06. Por que o narrador proíbe a limpeza da piscina em sua chácara?

          O narrador proíbe a limpeza da piscina alegando que não pretende nadar no frio. Ele está mais preocupado em evitar a dengue, procurando uma alternativa para lidar com a água parada.

07. Como o narrador tenta resolver o problema do cortador de grama em sua casa?

          O narrador decide comprar uma ovelha para pastar a grama, fornecendo leite e lã como benefícios adicionais. No entanto, isso se transforma em um problema quando o cachorro da casa tenta atacar a ovelha.

08. Por que o narrador para de ouvir música?

          O narrador para de ouvir música para reduzir o consumo de energia. Em vez disso, ele escolhe cantar em voz alta como forma de distração, evitando assim o uso de dispositivos musicais.

09. O que o narrador faz para evitar o consumo de energia dos vizinhos enquanto se distrai?

          O narrador canta em voz alta para se distrair, evitando assim o consumo de energia dos vizinhos e optando por uma forma mais econômica de entretenimento.

10. Como o narrador caracteriza a atitude cívica ao final da crônica?

      O narrador sugere que uma atitude cívica nem sempre é bem compreendida e que o bom cidadão, muitas vezes, é um mártir. Ele menciona ter ouvido falar em um abaixo-assinado e até mesmo em uma possível camisa-de-força, destacando a incompreensão social das suas ações em prol do racionamento de energia.