domingo, 7 de agosto de 2022

DEBATE: PROGRAMA RODA VIVA - PARTE 1 - VEJA -ABRIL - COM GABARITO

 Debate: Programa Roda Viva – Parte 1

           Paulo Markun: Boa noite. O relatório da ONU sobre as mudanças no clima colocou a humanidade contra a parede. Os níveis do dióxido de carbono na atmosfera são os maiores já registrados e o aquecimento global é um fato irreversível. A culpa é do homem. As consequências, já manifestadas, podem piorar: mais chuvas, mais seca, furacões e tempestades mais intensos e invernos mais quentes. Podemos entrar em uma era de extremos, com danos pesados para o meio ambiente, agricultura e a vida no planeta. Os estudos que levam a essas previsões são mais precisos do que os anteriores. Foram feitos com mais tecnologia e melhores recursos, o que aumentou o grau de certeza sobre os efeitos do aquecimento da Terra, das mudanças do clima e da influência humana nesse processo. O desafio que isso representa é o tema do Roda Viva de hoje. Reunimos uma bancada de cientistas e especialistas que têm se dedicado à questão, e vamos discutir com eles a dimensão do diagnóstico feito pela ONU, e também, como e quando essas consequências poderão chegar até nós. O relatório feito pelo painel de cientistas, organizado pela ONU, comprova que o aquecimento global é causado por atividades humanas e que se tornou um desafio sério, que deve influenciar bastante o debate político e econômico no planeta. Esse diagnóstico assustou e chegou a ser chamado de alarmista, mas foi também anunciado como um relatório mínimo, já que representa o consenso entre cientistas de todo o mundo. Para eles, as consequências do aquecimento da Terra foram, até agora, subestimadas. O clima mudou muito mais do que se previa e muito antes do que se imaginava.

        [...] Para o debate neste Roda Viva especial nós convidamos Eduardo Giannetti, economista, sociólogo e professor do Ibmec São Paulo; convidamos também Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da USP e membro do IPCC, o Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas; está aqui também Ricardo de Camargo, professor de meteorologia do IAG-USP, Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP; Ilana Wainer, coordenadora do Laboratório de Oceanografia, Física e Clima do Instituto Oceanográfico da USP; Marcelo Furtado, diretor de campanhas do Greenpeace [Organização global e independente que atua na defesa do meio ambiente e na promoção da paz, conscientizando as pessoas para mudarem atitudes e comportamentos, além de investigar, expor e confrontar crimes ambientais, desafiando tomadores de decisão a reverem suas posições e mudarem seus conceitos]; José Antônio Marengo, pesquisador climatologista do Cptec-Inpe, Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, no Intituto de Pesquisas Espaciais e também membro do IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas.(...) Então, o que eu queria começar a questionar é o seguinte: em que medida esse documento divulgado pelos cientistas muda alguma coisa na percepção que a sociedade tem do problema, e mais ainda, em que medida ele muda o conhecimento que a gente tem sobre este problema? Começamos pela Ilana.

        Ilana Wainer: Eu vou tentar responder do ponto de vista dos oceanos, que é a minha especialidade. Eu acho que esse relatório coloca uma importância grande do papel dos oceanos nas mudanças climáticas. Uma delas é a capacidade que o oceano tem de armazenar e redistribuir esse calor. Então, o oceano tem um papel, funciona como um refrigerador no planeta. Ele recebe o excesso de calor das regiões tropicais, que é redistribuído para as regiões de déficit, as regiões polares, e através de correntes muito profundas, ocorre uma redistribuição, resfria-se o planeta levando essas correntes mais densas e frias para a região tropical. O que acontece é que com o aquecimento do planeta – não vou entrar em detalhes desses processos agora – essa corrente acaba se desintensificando, ela fica menos intensa, redistribui-se menos excesso de calor para as regiões de déficit, e, consequentemente, aumentam os contrastes de temperatura. [...].

        Paulo Artaxo: Evidentemente esse relatório é um marco no conhecimento científico sobre a questão de mudanças climáticas globais. Porque até o momento, quer dizer, os modelos não davam as respostas em que os cientistas confiariam o suficiente para dar um recado importante para o planeta como um todo. Esse relatório muda esse patamar porque ele dá um nível de confiabilidade muito grande e as previsões hoje do relatório, das quais algumas delas foram feitas na introdução do programa, são realmente importantes do ponto de vista das alterações do clima físico e vão ter consequências importantes do ponto de vista socioeconômico e político para o nosso planeta. E a repercussão dessas conclusões foram muito importantes, não só no Brasil, como no mundo todo.

        Marcelo Furtado: E acho que vale a pena, Markun, a gente colocar um ponto importante, que é a dimensão política disso. Esse documento foi feito para tomadores de decisão. [...]

        José Antônio Marengo: Eu acho que é importante considerar que esse é um relatório do grupo 1, que é o relatório científico, e como o Marcelo mencionou, é o chamado “Sumário para tomadores de decisão”, um documento curto. O relatório 1 possivelmente tem 1500 páginas. Então, eu concordo com Artaxo, é um marco épico para nós, meteorologistas, se comparado àquele relatório publicado em 2001, o terceiro relatório. Em 2001 se falava que o aquecimento chegaria a 5,8°, agora se fala em 4° ou 4,5°; melhores modelos, melhores apresentações, melhores observações e técnicas estatísticas, o que é importante, talvez. Em 2001 se falava que a conclusão principal era: o aquecimento global não é unicamente consequência de variação natural do clima. Agora já se fala claramente: é estatisticamente significativa a ação humana. [...]

        Ricardo de Camargo: A questão das incertezas terem diminuído, como foi mencionado, e termos colocado nesse patamar de um panorama de certo risco, e o aumento da certeza de que realmente tem uma parcela humana nisso, e mesmo minimizado, seja para os tomadores de decisões, ou porque não é em todos os lugares que os aumentos vão ser tão grandes, seja do nível do mar, seja das temperaturas, seja das chuvas, eu acho que o marco foi realmente alcançado, não no sentido do alarmismo que se fez na população mundial, mas que realmente é o momento em que individualmente, localmente, regionalmente, países, nações se unam para combater esse aspecto nada favorável para nós.

        [...]

               *Na transcrição do debate, o negrito foi empregado para destacar o nome dos participantes e o nome do programa.

Programa Roda Viva. Debate aquecimento global. Disponível em (programa na íntegra): www.rodaviva.fapesp.br/mteria/297/entrevistados/debate_aquecimento_global_2007.htm.  Acesso em: 20 jan. 2016.

                Fonte: Livro Língua Portuguesa – Trilhas e Tramas – Volume 1 – Leya – São Paulo – 2ª edição – 2016. p. 307-10.

Entendendo o debate:

01 – De acordo com o texto, qual o significado da palavra Mitigação?

      Significa atenuação.

02 – Qual foi o fato gerador desse debate?

      A divulgação do relatório da ONU que apresentou dados mais precisos que os anteriores sobre as mudanças no clima, as causas e consequências do aquecimento global, indicando que o aquecimento é causado por atividades humanas.

03 – Qual é o objetivo do debate?

        No debate, os participantes apresentam diferentes opiniões que circulam na sociedade a respeito da questão discutida. Trata-se de um momento privilegiado para que se tome consciência da pluralidade de opiniões e da importância de respeitar posições divergentes.

        Geralmente abordando um tema controverso, o debate não tem como objetivo a tomada de decisão, mas a apresentação de diferentes posições com a finalidade de influenciar a posição do outro ou a própria.

      Discutir a seguinte questão: em que medida o documento da ONU muda a percepção que a sociedade tem do problema que é o aquecimento global e que medidas serão tomadas.

04 – Que critérios foram usados para selecionar os debatedores?

      Eles são especialistas no assunto debatido: pesquisadores e especialistas envolvidos no estudo do aquecimento global e suas consequências.

05 – Mediador ou moderador é a pessoa que coordena um debate. É seu papel indicar a vez de falar de cada um, controlar o tempo da fala, interferir quando sentir que é necessário pedir novos esclarecimentos, acrescentar um novo questionamento. Qual foi o objetivo da fala inicial do mediador do Programa Roda Viva, Paulo Markun?

      Cumprimentar a audiência; contextualizar o assunto, fazer uma breve exposição a respeito de um relatório feito pelo painel de cientistas, organizado pela ONU, que comprova que o aquecimento global é causado por atividades humanas e que o clima “mudou muito mais do que se previa e muito antes do que se imaginava”; apresentar os debatedores e dirigir a 1ª pergunta a uma debatedora.

06 – Em um debate, é comum a divergência de opiniões, já que os participantes expõem pontos de vista diferentes. Esse trecho da transcrição do debate que você leu revela mais divergência ou convergência de pontos de vista em relação ao relatório? Justifique com trechos do texto.

      Convergência em relação à importância do relatório. Exemplos: Ilana Wainer: “Eu acho que esse relatório coloca uma importância grande do papel dos oceanos nas mudanças climáticas.” Paulo Artaxo: “Evidentemente esse relatório é um marco no conhecimento científico sobre a questão de mudanças climáticas globais.” Marcelo Furtado: “E acho que vale a pena, Markun, a gente colocar um ponto importante, que é a dimensão política disso.” José Antônio Marengo: “Então, eu concordo com Artaxo, é um marco épico para nós, meteorologistas, se comparado àquele relatório publicado em 2001, o terceiro relatório.”

07 – Pelo que você lê, estuda e observa, responda:

a)   Os problemas climáticos expostos no debate foram atenuados ou agravados? Explique.

Os alunos devem perceber, de acordo com a fala do mediador e dos participantes, que os problemas climáticos no planeta vêm se agravando.

b)   Em sua opinião, a sociedade, especialmente os jovens, está mais consciente e comprometida com a resolução desse problema? Explique.

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Leve os alunos a argumentarem embasando seus pontos de vistas a partir de leituras e do conhecimento de mundo adquirido sobre o tema.

08 – Explique a que se refere o uso da primeira pessoa do plural, nós, e sua variante informal, a gente, nos seguintes trechos do debate:

a)   [Paulo Markun:] Para o debate neste Roda Viva especial nós convidamos [...]

A primeira pessoa do plural refere-se à equipe responsável pelo programa em que se inclui o mediador.

b)   [Paulo Markun:] [Nós] Começamos pela Ilana.

Refere-se a si mesmo e todos os que participantes do debate.

c)   [Marcelo Furtado] E acho que vale a pena, Markun, a gente colocar um ponto importante, que é a dimensão política disso.

A gente refere-se a todos os participantes do debate.

REPORTAGEM: BOAS NOTÍCIAS - MARINA VERGUEIRO - COM GABARITO

 Reportagem: Boas Notícias

                         Há 10 anos, sarau tem poesia recitada, cantada e “no ar” na periferia de SP

Marina Vergueiro – 20/04/2011 – 07h01.

 

Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7d7RvdbshWghrDyRYKZ5ly7TyHULibhgKy6M6H2WFWneUZAwd3YkKQZ6O198DysCfMjLIyCzoJYvhkMbkg7ZL1QYWPesU6MYS776rdijrwocPm5RrCI3TLKzMGyEvHPqRNlz8eVBaQ3IhpklOTLy_uNoFD-gMO70pPnez3vx19dz9gHX3AnlooQDg/s320/baloes.jpg

Balões com papéis contendo versos de poemas são soltos no ar em evento do Sarau da Cooperifa, na Zona Sul de São Paulo. Foto.

        Nas noites de quarta-feira no Bar do Zé Batidão, zona sul de São Paulo, “o silêncio é uma prece”. O poeta Sérgio Vaz faz questão de avisar que o sarau da Cooperifa “não é balada”. Um dos mais tradicionais saraus paulistanos, pioneiro na periferia da cidade, a Cooperifa encontrou endereço fixo nesse boteco de uma das esquinas do Jardim São Luiz.

        Segundo Vaz, o motivo é a falta de espaços públicos para exercer a cultura na periferia da capital paulista. “Não temos teatro, não temos museu, não temos centro cultural. O bar é onde a comunidade se reúne para falar do asfalto, do trator que precisa retirar o barranco, do lixo, do futebol...”, diz ele....

        Embora regado a muita cerveja e a uma caipirinha com mel batizada de “gostosinha”, a disciplina exerce um papel tão fundamental quanto a própria poesia na Cooperifa. Ao criar a cooperativa, há dez anos, a ideia de Vaz era “fazer a gentileza de recitar poesia para a comunidade e a comunidade [fazer] a gentileza de ouvir a poesia”. Para isso, segundo ele, não apenas o silêncio é imprescindível, mas o respeito a cada um dos poetas que se arrisca atrás do microfone. E, para que isso seja garantido, todos devem aplaudir a todos com a mesma intensidade.

        Desde 2001 a Cooperifa ajudou cerca de 30 poetas a lançarem seus livros, além de ter colaborado para que músicos e rappers gravassem se álbuns, entre eles F.I.N.O, Wesley Noog, Versão Popular e Jairo Periafricania.

        “A Cooperifa me mostrou que se eu quero ser escritor eu posso, não preciso pedir autorização para ninguém”

Jairo Periafricania

        “Comecei a fazer rap com 35 anos e a Cooperifa mudou minha vida porque me mostrou que se eu quero ser escritor eu posso, não preciso pedir autorização para ninguém”, conta Jairo, que em 2010 lançou o disco “O Sonho Não Envelhece” e há três anos dá aulas de rap na Fundação Casa.

        Já F.I.N.O, rapper há 13 anos, buscou a literatura para que pudesse “se informar mais e melhorar as letras”. A partir do Sarau da Cooperifa, que frequenta “religiosamente há 2 anos”, passou a se interessar por saraus e, durante a semana, faz uma verdadeira peregrinação pela periferia da cidade em busca de poesia. “Frequento o circuito inteiro: (sarau do) Ademar, (sarau da) Fundão, (sarau do) Binho, Sarau com Elas”, conta ele, que recentemente lançou o single “Que Vantagem Maria Leva?”, com participação da cantora e poeta da Cooperifa Camila Trindade.

        Além do rap, a poesia de Cordel causa algumas das reações mais entusiasmadas do público do sarau. Um dos poetas responsáveis por isso tem apenas 10 anos de idade. Luís Miguel de Araújo Guimarães, o Miguelzinho, provoca gargalhadas na plateia durante os cinco minutos que permanece com microfone na mão recitando uma das dez poesias que guarda na memória. “Às vezes eu demoro um pouquinho pra recitar porque eu decido na hora. O que vier na mente primeiro, eu conto”, diz o garoto, admirador de Patativa do Assaré e Chico Pedrosa. Miguelzinho costuma ir ao bar do Zé Batidão acompanhado do tio Toninho Poeta.

        Apesar desses "destaques" da Cooperifa, os aplausos atingem o ápice com a declamação de “Dona” Edite Marques. Uma das frequentadoras mais ativas da Cooperifa, essa senhora cega de 68 anos costuma passar de dez a quinze minutos recitando suas poesias favoritas – sejam versos de Castro Alves ou Cora Coralina –, todas memorizadas com a ajuda de um aparelho no qual escuta as gravações que uma sobrinha faz, em fita cassete.

        Noites especiais

        Quando começou, há dez anos, em uma fábrica abandonada no Taboão da Serra, o Sarau da Cooperifa contava com pouco mais de 15 poetas que se revezavam para ler cerca de 10 poesias cada. Atualmente, o sarau chega a receber aproximadamente 60 poetas por semana. Em algumas noites consideradas especiais, esse número pode chegar a 70 – e muitas vezes alguns ficam de fora porque as duas horas de poesia não são suficientes.

        Com a intenção de incentivar a leitura, Sérgio Vaz criou a “Chuva de Livros”, noite que acontece semestralmente em parceria com editoras e doadores, distribuindo livros aos frequentadores do sarau. A mais recente aconteceu em 31 de março deste ano, com o apoio da Companhia das Letras e presença do editor Luiz Schwarcz, que entregou os 250 livros doados à Cooperifa.

        Já uma das criações mais populares de Sérgio Vaz é a noite que ficou conhecida como “Ajoelhaço”, que ocorre todos os anos na quarta-feira anterior ao Dia Internacional da Mulher, na qual os homens se ajoelham diante das mulheres e pedem perdão aos pecados cometidos.

        No entanto, é na noite de "Poesia no Ar" que a Cooperifa reúne o maior número de pessoas. Em 2011, o evento distribuiu 500 bexigas de gás hélio para que os poetas prendessem suas poesias e as soltassem no céu de São Paulo. Ônibus de Porto Alegre, Guaratinguetá, Guarulhos e Parelheiros vieram a São Paulo para participar do “ataque poético aéreo”, como o definiu Sérgio Vaz.

        “Uma vez ouvi um cara falar no negócio de bala perdida na periferia. Fiquei imaginando uma ideia para que a gente pudesse levar a nossa poesia para outros quintais”, conta Vaz sobre o nascimento do “Poesia no Ar”.  Segundo ele, já houve registro de que bexigas chegaram ao bairro do Ipiranga, outro extremo da zona sul da cidade.

        Embora deficiente visual há 15 anos, Dona Edite considera essa noite uma das mais belas da Cooperifa.  “Eu sinto a emoção de colocar meu poema dentro da bexiga, de poder soltar no ar e sentir as pessoas perto de mim”, conta, emocionada.

VERGUEIRO, Marina. UOL/Entretenimento/Notícias. Disponível em: http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/2011/04/20/ha-10-anos-sarau-reune-poesia-versada-cantada-e-no-ar-na-periferia-de-sp.jhtm. Acesso em: 22 jan. 2016.

             Fonte: Livro Língua Portuguesa – Trilhas e Tramas – Volume 1 – Leya – São Paulo – 2ª edição – 2016. p. 321-4.

Entendendo a reportagem:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Balada: gíria com o sentido de divertimento noturno dos centros urbanos, geralmente em bares, danceterias e shows.

·        Rap: abreviatura de rhythm and poetry, designa um tipo de poesia e/ou música popular urbana, de origem negra, com ritmo muito marcado e melodia simples.

·        Rapper: pessoa que compõe, recita ou acompanha um rap com gestos, mímica e passos de dança.

·        Single: composição musical considerada viável comercialmente para ser lançada e fazer sucesso.

02 – Você considera relevante e de interesse público o fato relatado nessa reportagem? Justifique sua resposta.

      Resposta pessoal do aluno.

03 – Justifique o uso da expressão “boas notícias” no título da reportagem.

      A expressão foi usada para destacar que a reportagem relata um fato positivo: a realização, já por dez anos, de um sarau literário na periferia da Zona Sul de São Paulo.

04 – Logo após o após o título aparecem as informações “20/04/2011 – 07h01”. O que elas indicam?

      Indicam a data (o registro do dia, mês e ano) e o horário (07h01) em que a reportagem foi postada no site intitulado UOL / Entretenimento / Notícias.

05 – Quem escreveu essa reportagem? O que seria, nos meios jornalísticos, uma colaboração?

      A repórter Marina Vergueiro, em colaboração para o UOL. Significa que a autora da reportagem apenas colabora, isto é, não é uma funcionária do veículo de comunicação.

06 – Releia o subtítulo da reportagem e explique:

a)   O uso da expressão “Há 10 anos”.

A expressão destaca que a iniciativa é duradoura, não se trata de um fato eventual.

b)   O uso de aspas em “no ar”?

Destacar o uso da expressão e indicar que ela está sendo usada em sentido figurado (se refere aos versos de poemas soltos em balões no céu de São Paulo).

07 – As fotos que ilustram uma reportagem geralmente são acompanhadas de um texto inserido abaixo ou ao lado delas. Pelos conhecimentos que você tem, responda:

a)   Como são chamados esses textos?

Legenda.

b)   Qual é sua função na reportagem?

Destacar, resumir e/ou explicar a imagem retratada e registrar a data em que a foto foi feita.

c)   Ao comparar a informação da legenda e a data em que a reportagem foi postada no site, o que é possível deduzir?

Que a foto foi feita sete dias antes de a reportagem ser postada no site.

08 – Leia:

        Lide (do inglês lead: conduzir, liderar) é o nome que se dá, nos meios jornalísticos, ao primeiro parágrafo de uma reportagem ou de uma notícia. Esse parágrafo também pode ser chamado “cabeça da matéria”. De acordo com o Novo Manual da Redação da Folha de S. Paulo, o lide pode ser noticioso e responder às principais questões a respeito do fato noticiado, como o que aconteceu, com quem, onde, quando, como, por que; pode também não ser fatual e usar outra estratégia para chamar a atenção do leitor.

        Baseando-se nessas informações, responda no caderno:

a)   Qual é o lide dessa reportagem?

“Nas noites de quarta-feira no Bar do Zé Batidão, zona sul de São Paulo, “o silêncio é uma prece”. O poeta Sérgio Vaz faz questão de avisar que o sarau da Cooperifa “não é balada”. Um dos mais tradicionais saraus paulistanos, pioneiro na periferia da cidade, a Cooperifa encontrou endereço fixo nesse boteco de uma das esquinas do Jardim São Luiz.”

b)   De acordo com o lide: o que, quando e onde acontece o fato relatado na reportagem?

O que acontece: um sarau da Cooperifa. Quando acontece: nas noites de quarta-feira. Onde acontece: no Bar do Zé Batidão, no Jardim São Luiz, na Zona Sul.

09 – Para redigir uma reportagem, os jornalistas costumam apresentar depoimentos de diferentes pessoas envolvidas nos fatos relatados. Um dos entrevistados da reportagem lida foi o poeta Sérgio Vaz. Na entrevista, ele deu um aviso, fez uma justificativa e uma crítica.

a)   Qual é o aviso?

Ele avisa que o sarau não é uma balada e esclarece que, embora aconteça em um bar, o sarau não é um mero divertimento noturno, mas um evento cultural e literário que exige silêncio para que as pessoas possam ouvir os poemas recitados ou cantados pelos poetas.

b)   Qual é a justificativa?

A justificativa é o sarau acontecer em um bar.

c)   Qual é a crítica?

A crítica é a ausência de espaços públicos na periferia da capital paulista onde os moradores possam realizar atividades culturais e discutir assuntos de interesse da comunidade, como “falar do asfalto, do trator que precisa retirar o barranco, do lixo, do futebol...”.

10 – Leia:

        Nos meios jornalísticos, olho é um recurso de edição usado para ressaltar os melhores trechos de textos mais longos e, assim, “arejar” a leitura. Em geral, o olho destaca frases relevantes e sugestivas. Para ganhar espaço, o olho pode apresentar pequenas alterações ou supressões de palavras.

        Baseando-se nas informações acima, reescreva no caderno o olho dessa reportagem e explique o porquê de ter sido dado destaque a esse trecho.

      “A Cooperifa me mostrou que se eu quero ser escritor eu posso, não preciso pedir autorização para ninguém”. O trecho destaca e resume uma declaração de um dos entrevistados, o rapper Jairo Periafricania.

11 – Leia:

        Intertítulo é um pequeno título empregado no interior de textos mais longos para facilitar a leitura e resumir o bloco de informações que se segue.

        A que o intertítulo “Noites especiais” faz referência?

      A outros eventos realizados pela Cooperifa, como o “Chuva de Livros” (distribuição semestral de livros aos frequentadores do sarau), o “Ajoelhaço” (que ocorre todos os anos na quarta-feira anterior ao Dia Internacional da Mulher) e o “Poesia no Ar” (evento em que os poetas prendem seus poemas em balões e soltam-nos no céu de São Paulo).

12 – No caderno, explique por que a linguagem informal foi utilizada neste trecho da reportagem:

        “Uma vez ouvi um cara falar no negócio de bala perdida na periferia”?

      Trata-se da transcrição da fala de um dos entrevistados, o poeta Sérgio Vaz.

 

ARTIGO: VIVA SAÚDE ADVERTE: BEBA COM MODERAÇÃO - ADRIANO CATOZZI - COM GABARITO

Artigo: Viva saúde adverte: beba com moderação

            Adriano Catozzi

            Os adolescentes estão cansados de ouvir ou ler essa tarja preta e séria que aparece minúscula nas propagandas de bebidas alcoólicas. Infelizmente, poucos levam a recomendação a sério. Resultado: 78% dos jovens brasileiros bebem regularmente e 19% deles já são dependentes do álcool.

        Os jovens estão bebendo mais e cada vez mais cedo, o que aumenta o risco de boa parte desta juventude desenvolver o alcoolismo. Esta equação se repete em praticamente todo o mundo, inclusive no Brasil, apesar de as pesquisas sobre o tema ainda serem bem escassas por aqui.

        O último Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas, realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) e pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), revela que o consumo de álcool por adolescentes de 12 a 17 anos já atinge 54% dos entrevistados e desses, 7% já apresentam dependência. O estudo foi realizado em 2004 e mostrou que, entre jovens de 18 a 24 anos, 78% já fizeram uso da substância e 19% deles são dependentes. Para se ter uma ideia de como o consumo de bebidas alcoólicas na adolescência aumentou, no levantamento anterior, realizado em 2001, apenas 5% dos adolescentes pesquisados preenchiam os critérios para dependência do álcool. Segundo recente estudo divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em comparação com os países da América Latina, o Brasil aparece em terceiro lugar no consumo de álcool entre os adolescentes. A pesquisa foi feita com estudantes do ensino médio e incluiu 347 771 meninos e meninas, de 14 a 17 anos, do Brasil, da Argentina, da Bolívia, do Chile, do Equador, do Peru, do Uruguai, da Colômbia e do Paraguai. Entre os brasileiros, 48% admitiu consumir álcool.

        Os dados são ainda mais alarmantes, porque o levantamento do Cebrid, que envolveu estudantes do Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública, mostrou que a idade de início do consumo fica em torno dos 12 anos. “E sabe-se que o uso precoce de álcool aumenta o risco de alcoolismo em idade adulta”, alerta o psiquiatra Arthur Guerra, doutor no assunto e fundador do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas da Universidade de São Paulo (Grea-USP). De acordo com dados do livro Sóbrio: vença a dependência do álcool e mantenha a dignidade (Ed. Nova Era), “os jovens que começam a beber antes dos 15 anos são muito mais propensos a desenvolver dependência alcoólica do que aqueles que começam a beber aos 21 anos”.

        Como os pais podem ajudar

        Algumas atitudes fazem a diferença na hora de alertar e orientar os jovens sobre a necessidade de não ir “com muita sede ao copo”.

·        Buscar informações sobre os efeitos do álcool e o alcoolismo na adolescência. Um pai bem informado ganha poder de persuasão no diálogo com os adolescentes.

·        Perceber que não são os melhores amigos dos filhos e que, por isso, é seu papel e dever estabelecer limites e acordos com eles.

·        Evitar dizer apenas “não”. Aprenda a escutar seus filhos e as razões deles para justificar o consumo de álcool.

·        Dar o exemplo em casa, evitando o uso indevido (regular e em excesso) de bebidas alcoólicas.

·        Participar da vida do adolescente e supervisioná-lo, quando necessário.

·        Propiciar qualidade de vida ao jovem e estimular hábitos saudáveis, como passeios ao ar livre, contato com a natureza e momentos de lazer em família. [...]

CATOZZI, Adriano. Viva saúde. São Paulo: Escala, n. 108, 2 abr. 2012. Disponível em: http://revistavivvasaude.uol.br/saude-nutricao/40/artigo42605-1.asp.  Acesso em: 26 jan. 2016.

               Fonte: Livro Língua Portuguesa – Trilhas e Tramas – Volume 1 – Leya – São Paulo – 2ª edição – 2016. p. 336-8.

Entendendo o artigo:

01 – Você costuma produzir resumos como estratégia de estudo?

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Sabe qual é o passo a passo para elaborar um bom resumo?

      Resposta pessoal do aluno.

03 – Qual é o objetivo do artigo que você leu?

      Informar a respeito do consumo excessivo de álcool pelos jovens, entre eles os brasileiros, e dar orientações aos pais sobre como evitar o problema.

04 – Releia:

        “Os adolescentes estão cansados de ouvir ou ler essa tarja preta e séria que aparece minúscula nas propagandas de bebidas alcoólicas. Infelizmente, poucos levam a recomendação a sério. Resultado: 78% dos jovens brasileiros bebem regularmente e 19% deles já são dependentes do álcool.”

a)   A que “tarja preta” o texto se refere?

“Beba com moderação.”

b)   Exclua o comentário e a opinião do redator e registre no caderno apenas a informação principal desse trecho.

“78% dos jovens brasileiros bebem regularmente e 19% deles já são dependentes do álcool.”

05 – Releia mais este trecho e registre no caderno somente a informação principal nele contida.

        “Os jovens estão bebendo mais e cada vez mais cedo, o que aumenta o risco de boa parte desta juventude desenvolver o alcoolismo. Esta equação se repete em praticamente todo o mundo, inclusive no Brasil, apesar de as pesquisas sobre o tema ainda serem bem escassas por aqui.”

      “Os jovens estão bebendo mais e cada vez mais cedo, o que aumenta o risco de boa parte desta juventude desenvolver o alcoolismo.”

  

NOTÍCIA: CIENTISTA PORTUGUÊS CRIA SISTEMA PARA FACILITAR A COMUNICAÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MOTORA - GILBERTO COSTA - COM GABARITO

 Notícia: Cientista português cria sistema para facilitar a comunicação de pessoas com deficiência motora

              Gilberto Costa

        Lisboa – Um recurso tecnológico desenvolvido pelo engenheiro eletrônico do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) da Universidade de Coimbra (UC), Gabriel Pires, permite que pessoas com deficiência, que perderam a mobilidade nos braços e nas pernas, resgatem a possibilidade de se comunicar usando apenas o movimento das pálpebras.

        A interface é formada por um computador portátil ligado a eletrodos que captam as ondas cerebrais acionadas com o piscar dos olhos. Os sinais são amplificados e reconhecidos por um software especial. A tecnologia permite ao usuário formar palavras e frases usando um sistema que mostra as letras de forma aleatória, escolhidas com o movimento das pálpebras.

        “É como se fosse uma antiga máquina de escrever”, esclarece Gabriel Pires. Segundo ele, o dispositivo ainda permite ao usuário ligar a televisão e as luzes, acionar alarmes via telefone, conduzir uma cadeira de rodas e realizar outras tarefas cotidianas, como conversar pelo computador ou enviar um e-mail.

        “É um novo canal de comunicação que se abre para pessoas sem mobilidade e que, apesar da deficiência, estão com a capacidade cognitiva intacta.”

        A interface já está sendo produzida por uma empresa austríaca e o ISR trabalha agora no aperfeiçoamento da tecnologia para “diminuir o tempo de comunicação e aumentar a usabilidade”. A pesquisa aproxima Portugal de centros de excelência para pesquisa neurocientífica, como os que existem na Alemanha e nos Estados Unidos.

        No Brasil, segundo dados do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 2% da população é formada por pessoas com deficiência motora severa, como tetraplégicos, com paralisia cerebral ou esclerose lateral amiotrófica. Essas pessoas têm direito a linhas de financiamento para aquisição de produtos e serviços de acessibilidade, conforme o “Programa Viver sem Limite”. 

        Disponível em: Agência Brasil: http://agenciabraasil.ebc.com.br/noticia/2012-11-03/cientista-portugues-cria-sistema-para-facilitar-comunicacao-de-pessoas-com-deficiencia-motora. Acesso em: 9 jan. 2013.  

               Fonte: Livro Língua Portuguesa – Trilhas e Tramas – Volume 1 – Leya – São Paulo – 2ª edição – 2016. p. 285-6.

Entendendo a notícia: 

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Interface: meio de que dispõe a pessoa para interagir com um programa ou sistema operacional; área compartilhada por dois dispositivos, sistemas ou programas que trocam dados ou sinais.

·        Eletrodo ou elétrodo: condutor que pode ser metálico pelo qual a corrente elétrica pode sair ou entrar em um sistema; cada uma das placas de um capacitor.

·        Software: qualquer programa de computador.

·        Capacidade cognitiva: capacidade de aquisição de conhecimento.

·        Esclerose lateral amiotrófica: doença que degenera os neurônios motores – células do sistema nervoso central que controlam os movimentos dos músculos.

02 – Copie no caderno a alternativa que classifica adequadamente o gênero do texto que você leu:

a)    Artigo de divulgação científica: tem o objetivo de divulgar informações científicas para o público em geral, e não para a comunidade científica especificamente.

b)    Artigo de opinião: defende o direito de pessoas com dificuldade motora a ter acesso a novas tecnologias.

c)    Notícia: divulga o desenvolvimento de um recurso tecnológico com o objetivo de auxiliar pessoas com deficiência motora.

d)    Relatório: apresenta dados e resultados de pesquisa a respeito do uso de recurso tecnológico especial para pessoas com deficiência motora.

Alternativa C. O texto é uma notícia divulgada no site Agência Brasil.

03 – No caderno, marque V para as alternativas que interpretam o texto adequadamente e F para as alternativas incorretas.

a)   O aparelho capta ondas cerebrais acionadas com o movimento das pálpebras. (V).

b)   O aparelho supre a perda cognitiva do usuário. (F).

c)   O aparelho permite que o usuário se comunique e realize algumas tarefas cotidianas. (V).

d)   O aparelho já está disponível no mercado para ser comercializado. (F).

      É necessário que a pessoa esteja com a capacidade cognitiva completa para fazer uso do aparelho. Não há texto referente à comercialização do aparelho.

04 – No lugar onde você vive, os serviços de acessibilidade estão garantidos para pessoas com deficiência? O que falta para que esses direitos sejam garantidos?

      Resposta pessoal do aluno.

05 – Você já deve ter observado que algumas palavras se referem a outras, citadas anteriormente, para evitar repetições desnecessárias. A quais termos a palavra que se refere no trecho a seguir?

        “Um recurso tecnológico [...] permite que pessoas com deficiência, que perderam a mobilidade nos braços e nas pernas, resgatem a possibilidade de se comunicar usando apenas o movimento das pálpebras.”

      A palavra que se refere a pessoas com deficiência.

06 – Releia os trechos abaixo e identifique a que termo(s) cada que destacado se refere.

a)   A interface é formada por um computador portátil ligado a eletrodos que captam as ondas cerebrais acionadas com o piscar dos olhos.

Eletrodos.

b)   A tecnologia permite ao usuário formar palavras e frases usando um sistema que mostra as letras de forma aleatória, escolhidas com o movimento das pálpebras.

Um sistema.

c)   É um novo canal de comunicação que se abre para pessoas sem mobilidade [...].

Canal de comunicação.

 

CARTAZ: PRATIQUE O DEBOÍSMO - MINISTÉRIO DO TRABALHO

 Cartaz: Pratique o Deboísmo!

 

Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpr6JQ-IyXMMTWkbhu00TO2JthzaOycghaqsGXkhUDwQSmLFB8YkZ6zcb_fAswgMh9rnWoAsql1dkLs1RvROFgZv4dVCF6GbJkAb57xh6fdQZZrKfxhnZsNEhE3I8syLkSEttfh-Jxuko3uGK4at95e1DIPIqryXzad4O7SPapex9HdkjVDXQAWtFc/w296-h288/deboismo.jpg

Campanha do Ministério do Trabalho, 2015.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Trilhas e Tramas – Volume 1 – Leya – São Paulo – 2ª edição – 2016. p. 236-7.

Entendendo o cartaz:

01 – Na parte superior do cartaz, há algumas perguntas dirigidas ao leitor. A partir delas, explique qual é o público-alvo do texto.

      Ele é dirigido às pessoas que trabalham.

02 – Essas perguntas chamam atenção para problemas comuns entre esse público-alvo. Que problemas são esses?

      Os conflitos de cunho pessoal que costumam surgir entre os trabalhadores de determinada empresa ou instituição.

03 – No caderno, explique o significado destas palavras ou expressões:

a)   Clima chato.

Estado de tensão, de ansiedade, de nervosismo.

b)   Ti-ti-ti.

Conversa, fofoca, bate-boca.

c)   Puxar tapete.

Trair, caluniar, destruir.

04 – Na parte central do cartaz há um conselho, uma recomendação ao leitor. Que conselho é esse?

      “Pratique o Deboísmo!”.

05 – Leia esta definição:

        Deboísmo é um neologismo que designa uma pretensa corrente filosófica surgida na internet e que tem como princípio básico viver “de boa” com a vida. Essa corrente foi criada por um casal do estado de Goiânia, Carlos Alberto e Laryssa de Freitas. Eles estavam incomodados com as constantes brigas e desentendimentos nas redes sociais e resolveram incentivar o respeito e a calma nas interações virtuais por meio de uma página em uma rede social.

        A palavra deboísmo foi criada com base na expressão ficar de boa. O que essa expressão significa?

      Ficar tranquilo, sem se preocupar.

06 – Explique qual foi o processo de formação da palavra deboísmo.

      Derivação sufixal: de boa + -ismo > deboísmo.

07 – Observe estas outras palavras formadas pelo mesmo processo:

          Palavra primitiva             --             Palavra derivada

          Cristão                            --             Cristianismo

          Clássico                          --             Classicismo

          Social                              --             Socialismo

        Qual das alternativas a seguir apresenta o sentido que o sufixo -ismo confere às palavras derivadas?

I.             Ideia, seita, doutrina.

II.           Ocupação relacionada à palavra primitiva.

III.          Lugar de origem.

IV.         Instrumento.

08 – Que sentido o sufixo -ismo confere à expressão de boa?

      Ao acoplar o sufixo –ismo à expressão “de boa”, dá-se ao significado dessa expressão status, a condição, de doutrina a ser seguida.

09 – Você acha que a palavra deboísmo está dicionarizada? Pesquise para descobrir.

      Resposta pessoal do aluno.

10 – A parte inferior do cartaz apresenta uma frase que explicita os “princípios” do deboísmo. Que termo, nessa frase, se opõe à palavra deboísmo?

      Estressar.

11 – De acordo com essa mesma frase, qual deve ser o principal objetivo do trabalhador?

      Fazer o trabalho bem feito.