domingo, 15 de maio de 2022

ANÚNCIO PUBLICITÁRIO: TRÁFICO DE ANIMAIS - REVISTA COM CIÊNCIA AMBIENTAL - COM GABARITO

 Anúncio publicitário: Tráfico de animais

 

Fonte da imagem-https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXnldGgdwY0fDDq9FTR423zxEpr5gdqCF-BGuqIgxUCCJNLYhoybgQxUGT9Bh0yGmLSd1iSWpUeoHlQgodMAgx9whFrUxY21VGwzcdTwc6JkHNN-reyBejO8hTUPGSEqHHhDU6rAUr29CM68GEp789L1FH160sWhdmME1ZsY5DGp3h0h4d_iuD2WBP/w349-h256/MACACO.jpg 

Revista com Ciência Ambiental, ano 2, n. 10, 2007.

        38 milhões de vidas!

        Essa é a estimativa do número de animais silvestres que são retirados ilegalmente da natureza brasileira todos os anos. Terceira maior atividade ilícita do mundo, o comércio da fauna silvestre é uma ameaça que paira sobre a biodiversidade nacional. De cada 10 animais retirados da natureza, apenas 1 chega às mãos do consumidor final, 9 morrem na captura ou durante o transporte. A lógica do tráfico de animais é cruel, pois quanto mais ameaçada de extinção for a espécie, maior é seu valor.

Fonte: Livro – Viva Português 2° – Ensino médio – Língua portuguesa – 1ª edição 1ª impressão – São Paulo – 2011. Ed. Ática. p. 200-1.

Entendendo o anúncio publicitário:

01 – Observe, inicialmente, como são distribuídas as informações nas duas páginas da revista: o texto e a imagem com duas frases. A página da imagem é a que primeiro atrai a atenção do leitor, é nela que estão dispostas a imagem e as duas frases. Escreva no caderno quais são os elementos impactantes da imagem, ou seja, aqueles que podem comover e emocionar o leitor.

      Por trás de grades enferrujadas, há um mico-leão-dourado de olhos aparentemente lacrimejantes; suas patas estão agarradas às grades; o fundo preto realça o brilho de seu pelo e a tristeza de sua expressão.

02 – Explique a correspondência entre a imagem e a frase do alto da página.

      É feita uma referência a alguém que, em razão de seus atos, deveria estar preso; no entanto, quem na imagem aparece atrás das grades é o animal capturado pelo criminoso, comprovando a afirmação de que nem sempre é o criminoso quem vai parar atrás das grades.

03 – A que tipo de crime o anúncio faz referência?

      À captura e ao tráfico de animais silvestres.

04 – Com esse anúncio, o que se espera conseguir do interlocutor?

      O objetivo é sensibilizar o leitor a respeito de um crime, o tráfico de animais silvestres, e convencê-lo a denunciar casos desse tipo.

05 – Releia o texto principal do anúncio, publicado na página abaixo da imagem. Diversas informações desse texto ajudam o leitor a compreender a gravidade do problema que o comércio da fauna silvestre representa.

a)   Na própria organização do texto, qual é o primeiro dado destacado e que dá a essa prática o caráter de um crime?

O texto começa com a frase “38 milhões de vidas!”, escrita em letras maiores e com ponto de exclamação. Esse é o número estimado de animais capturados na natureza brasileira.

b)   Além do caráter criminoso, o texto especifica vários aspectos cruéis dessa prática. Identifique-os e copie-os no caderno.

“De cada 10 animais retirados da natureza, [...] 9 morrem na captura ou durante o transporte”; “quanto mais ameaçada de extinção for a espécie, maior é o seu valor”.

06 – Releia:

        “Nem sempre é o criminoso quem vai parar atrás das grades.”

        “Denuncie o tráfico de animais silvestres!”.

        Ao combinar essas duas informações, podemos deduzir que o anúncio publicitário em estudo sugere que ................

        Complete a frase no caderno com uma das alternativas a seguir:

   Existe impunidade no Brasil, porque o criminoso nunca vai parar atrás das grades.

·        A denúncia é necessária, pois sem ela os criminosos não são identificados e, portanto, não podem ser presos, continuando a apreender animais.

·        Se os criminosos forem parar atrás das grades, todos os animais silvestres presos serão libertados.

·        Se as denúncias forem feitas, não haverá mais animais silvestres atrás das grades, pois a solução do problema depende exclusivamente disso.

07 – Em sua opinião, o anúncio publicitário consegue ser informativo e, ao mesmo tempo, sensibilizar o leitor?

      Resposta pessoal do aluno.

 

ANÚNCIO PUBLICITÁRIO: A FUNDAÇÃO O BOTICÁRIO DE PROTEÇÃO À NATUREZA - COM GABARITO

 Anúncio publicitário: A Fundação O Boticário de Proteção à Natureza


 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-k_gDclPVN-WSEMa7EXvdS8Gs1JQ7mZ5E96eXYsExkQDYquvqxKzfeHb5AD8YUZX2ILvp-kL25leqbl8yoObeYs8LrIXZE8Qa3OoV_RSan4FSqF0oEM7NUS7qbi-fVHsABj81nuW-NpYlKMHUKKKL__BGWn_dP5TOXAWrr_0OaRic7Ao-DSCA2lW2/w380-h254/boticario.jpg

        395 espécies de animais estão ameaçadas de extinção com a devastação das florestas brasileiras. Contando com a nossa, 396.

        A Fundação O Boticário de Proteção à Natureza existe para preservar nossas florestas, campos, rios e mares e sensibilizar a sociedade sobre as consequências da sua degradação. Trabalhando há mais de 15 anos em todo o país, a Fundação já soma mais de mil projetos desenvolvidos ou apoiados. Um bom exemplo dessa dedicação é a Reserva Natural Salto Morato, que foi reconhecida pela Unesco como patrimônio natural da humanidade. Tudo isso porque a Fundação O Boticário sabe que preservar a natureza é uma forma de tornar o mundo melhor para todas as espécies. Inclusive para a nossa.

Revista Ícaro, out. 2005.

Fonte: Livro – Viva Português 2° – Ensino médio – Língua portuguesa – 1ª edição 1ª impressão – São Paulo – 2011. Ed. Ática. p. 201-2.

Entendendo o anúncio publicitário:

01 – Identifique no texto da parte inferior do anúncio publicitário:

a)   O anunciante.

Fundação O Boticário de Proteção à Natureza.

b)   O público-alvo do anúncio.

Os leitores adultos de uma revista.

c)   O conteúdo anunciado.

Alguns dos trabalhos realizados pela fundação.

d)   O objetivo do anunciante.

Mostrar preocupação com a preservação de florestas, campos, rios e mares.

02 – No anúncio publicitário é possível verificar clara relação entre imagem e texto. Descreve detalhadamente a imagem apresentada e, em seguida, aponta a relação entre ela e o texto acima dela. (“395 espécies de animais estão...”).

      A imagem é formada por dois corpos humanos, um sobre o outro, representando um tipo de lagarto. O propósito é levar o leitor a relacionar a extinção do animal representado à extinção da própria espécie humana, o que é confirmado pelo texto principal.

03 – De acordo com o texto do anúncio, o que pode levar as 395 espécies de animais à extinção?

      A devastação das florestas brasileiras.

04 – De acordo com o texto, qual é o principal objetivo?

      Pretende informar o leitor sobre o trabalho da empresa anunciante para a preservação da natureza.

05 – No texto, a frase inicial e a imagem são o assunto principal do anúncio ou pretextos para comunicar outra informação? Explique.

      A frase inicial e a imagem não são o foco do anúncio, mas um recurso para chamar a atenção do leitor, que, na sequência, terá acesso a informações sobre a empresa anunciante e o trabalho desenvolvido por ela.

POEMA: SONHANDO - ÁLVARES DE AZEVEDO - COM GABARITO

 Poema: SONHANDO   

             Álvares de Azevedo

Hier, la nuit d’été, que nous prêtait ses voiles, Était digne de toi, tant elle avait d’étoiles!

VICTOR HUGO

Na praia deserta que a lua branqueia,
Que mimo! que rosa! que filha de Deus!
Tão pálida... ao vê-la meu ser devaneia,
Sufoco nos lábios os hálitos meus!
        Não corras na areia,
        Não corras assim!
        Donzela, onde vais?
        Tem pena de mim!

A praia é tão longa! e a onda bravia
As roupas de gaza te molha de escuma...
De noite, aos serenos, a areia é tão fria...
Tão úmido o vento que os ares perfuma!
        És tão doentia...
        Não corras assim...
        Donzela, onde vais?
        Tem pena de mim!

A brisa teus negros cabelos soltou,
O orvalho da face te esfria o suor,
Teus seios palpitam — a brisa os roçou,
Beijou-os, suspira, desmaia de amor!
        Teu pé tropeçou...
        Não corras assim...
        Donzela, onde vais?
        Tem pena de mim!

E o pálido mimo da minha paixão
Num longo soluço tremeu e parou,
Sentou-se na praia, sozinha no chão,
A mão regelada no colo pousou!
        Que tens, coração
        Que tremes assim?
        Cansaste, donzela?
        Tem pena de mim!

Deitou-se na areia que a vaga molhou.
Imóvel e branca na praia dormia;
Mas nem os seus olhos o sono fechou
E nem o seu colo de neve tremia...
        O seio gelou?...
        Não durmas assim!
        O pálida fria,
        Tem pena de mim!

Dormia: — na fronte que níveo suar...
Que mão regelada no lânguido peito...
Não era mais alvo seu leito do mar,
Não era mais frio seu gélido leito!
        Nem um ressonar...
        Não durmas assim...
        O pálida fria,
        Tem pena de mim!

Aqui no meu peito vem antes sonhar
Nos longos suspiros do meu coração:
Eu quero em meus lábios teu seio aquentar,
Teu colo, essas faces, e a gélida mão...
        Não durmas no mar!
        Não durmas assim.
        Estátua sem vida,
        Tem pena de mim!

E a vaga crescia seu corpo banhando,
As cândidas formas movendo de leve!
E eu vi-a suave nas águas boiando
Com soltos cabelos nas roupas de neve!
        Nas vagas sonhando
        Não durmas assim...
        Donzela, onde vais?
        Tem pena de mim!

E a imagem da virgem nas águas do mar
Brilhava tão branca no límpido véu...
Nem mais transparente luzia o luar
No ambiente sem nuvens da noite do céu!
        Nas águas do mar
        Não durmas assim...
        Não morras, donzela,
        Espera por mim!

AZEVEDO, Álvares de. Lira dos vinte anos. São Paulo: Klick, 1999.

Fonte: Livro – Viva Português 2° – Ensino médio – Língua portuguesa – 1ª edição 1ª impressão – São Paulo – 2011. Ed. Ática. p. 89-92.

Entendendo o poema:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Devanear: sonhar, fantasiar.

·        Escuma: espuma.

·        Fronte: a face, o rosto de uma pessoa.

·        Gaza: gaze, tecido leve e transparente.

·        Gélido: gelado.

·        Níveo: relativo a neve; que tem cor de neve, muito branco.

·        Regelado: congelado, gelado.

·        Ressonar: respirar durante o sono.

·        Vaga: onda.

02 – Releia a primeira estrofe do poema e faça o que se pede:

a)   Descreva o ambiente onde se encontra o eu lírico. Que palavras ou expressões são usadas para compor esse ambiente?

O eu lírico encontra-se numa praia deserta iluminada apenas pela luz da lua. Palavras: praia deserta, lua branqueia, na areia.

b)   Descreva a pessoa que ele avista. Quais palavras ou expressões são usadas para apresenta-la?

Segundo o eu lírico, é uma jovem muito bonita e pálida. Palavras: mimo, rosa, filha de Deus, tão pálida, donzela.

c)   Descreva a sensação provocada no eu lírico por essa pessoa. Que palavras ou expressões revelam esse sentimento?

A visão da jovem faz o eu lírico fantasiar, sonhar, mas ele sufoca a manifestação de sua emoção; “ao vê-la meu ser devaneia”, “sufoco nos lábios os hálitos meus!”, “tem pena de mim!”.

03 – O que a donzela está fazendo, quando o eu lírico a vê na praia? Entre a primeira a última estrofe, que mudanças acontecem com ela?

      Quando o eu lírico a vê, a donzela está correndo. Nas estrofes seguintes, percebemos que ela continua correndo, aproxima-se do mar, tropeça, ainda corre, para, senta-se no chão, deita-se imóvel e morre, seu corpo boia suavemente.

04 – Qual é a reação do eu lírico diante do que vê acontecer com a donzela: ele intervém ou mantém-se como espectador?

      O eu lírico, ao longo do poema, apenas lamenta a aparente “fuga” da jovem, como espectador.

05 – Do ponto de vista das características da segunda geração da poesia romântica brasileira, o que você entende dos versos: “Não morras, donzela, / espera por mim!”?

      Esses versos podem ser compreendidos como um pedido do eu lírico para que a jovem não morra antes de conhece-lo e de saber de seu amor ou para que aguarde ainda um momento antes de morrer, porque ele pretende juntar-se a ela na morte.

06 – Releia a penúltima estrofe e responda às questões:

a)   Observe a pontuação no interior dos versos. Ela proporciona uma leitura entrecortada ou fluida? Justifique sua resposta.

A ausência de pontuação no interior dos versos torna-os fluidos.

b)   Releia a penúltima estrofe em voz alta, percebendo a presença de vogais nasais (por exemplo, em banhando, cândidas, donzelas, mim, etc.), das consoantes m, n, s e das rimas em –ando e –eve. Depois escreva no caderno qual das alternativas abaixo apresenta algo que é descrito na estrofe e reiterado pela sonoridade e pela fluidez dos versos.

   O desespero do eu lírico diante da mulher amada morta.

·        O furor das ondas que quebravam na praia arrastando sem piedade a donzela ao mar.

·        O movimento suave das ondas envolvendo o corpo morto da donzela.

·        O cansaço da donzela depois de ter corrido por toda a praia.

 

 

TEXTO: CONCURSO DE MATEMÁTICA - COM GABARITO

 Texto: Concurso de Matemática

     A escola realizou um concurso de Matemática, com diversos exercícios. A resolução correta de cada operação corresponde a 0,5 ponto; de cada expressão, a 0,8 ponto e de cada problema, a 1,2 ponto. Cada participante resolveu 4 problemas, a expressões e 4 operações.

a)   Pedrão acertou 3 problemas, 2 expressões e as 4 operações. Quantos pontos ele conseguiu na prova?

Conseguiu 7,2 pontos.

b)   Thaís acertou 2 problemas, as 4 expressões e 3 operações. Quantos pontos ela conseguiu?

Conseguiu 7,1 pontos.

c)   Bia acertou os 4 problemas, 3 expressões e 3 operações. Quantos pontos Bia conseguiu no teste?

Conseguiu 8,7 pontos.

d)   Dos três participantes, quem foi o primeiro colocado? E o segundo? E o terceiro? Qual a diferença de pontos entre o primeiro e o terceiro colocados?

A primeira colocada foi Bia, a segunda foi Pedrão e o terceiro foi Thaís. A diferença entre o primeiro e o terceiro colocados é de 1,6 pontos.

e)   Quais os numerais cardinais que aparecem no texto?

Os numerais cardinais são os que indicam o número de problemas, expressões e operações.

f)    Quais os numerais ordinais que aparecem no texto? Escreva-os por extenso.

Os numerais ordinais que aparecem no texto é: primeiro, segundo e terceiro, respectivamente.

g)   Escreva por extenso os numerais que indicam o valor de cada expressão, operação e problema corretos. Esse numerais podem ser classificados como cardinais, ordinais, fracionários ou multiplicativos? Por quê? Se você tiver dúvida, consulte o professor de Matemática.

Os números são: “cinco décimos”; “oito décimos” e “um inteiro e dois décimos”. São números fracionários, porque representam uma parte do todo.

h)   Localize no primeiro parágrafo do texto um artigo indefinido, indique a que palavra ele se refere e explique por que ele não pode ser confundido com um numeral.

Trata-se de artigo indefinido “um”, que se refere ao “concurso”; seu emprego indica o sentido de “qualquer concurso”.

CORDEL: O BURRO É O SER HUMANO - JOSÉ DE ACACI - COM GABARITO

 Cordel: O burro é o ser humano

           José de Acaci


Acordei de madrugada

E comecei a fazer risco...

Pedi licença ao poeta,

Meu mestre Antônio Francisco,

E puxei pela memória

Pra escrever essa história

Que chegou como um corisco:

 

Andando pela cidade

Vi uma carroça larga

Cheia de areia e cimento

E pensei na vida amarga,

O sofrimento, a tortura,

Como é a vida dura

De um pobre burro de carga.

 

Ao ver o burro cansado

Perguntei no pensamento:

– Como é que um homem pode

Causar tanto sofrimento?

– Como pode ser tão mau

Com esse pobre animal?

– Coitado desse jumento!

 

E fiquei ali parado

Pensando na humanidade

Que pra se satisfazer

Perde o rumo da verdade.

E entre todos os animais,

Entre todos os demais,

É o único que tem maldade.

[...]

Olhando aquele jumento

Escutei a voz de alguém,

Mas olhei ao meu redor

Vi que não tinha ninguém.

Só o jumento cansado,

Olhando para o meu lado

Como uma coisa do além.

 

Fiquei todo arrepiado

Quando o jumento me olhou

Chamou minha atenção

E para mim cochichou:

“– Não se assuste comigo

Você não corre perigo.”

E depois continuou:

 

“– Você, meu caro poeta,

Com esse seu sentimento

Foi por Deus abençoado.

E agora, nesse momento,

Vai ter a capacidade

E a oportunidade

De escutar um jumento.”

 

Eu senti um arrepio,

O suor veio na palma,

Ao escutar o jumento

Senti um frio na alma,

Meu coração disparou,

Mas o jumento falou:

“– Meu poeta, tenha calma!”

 

Olhou-me com a grandeza

De um Sábio de Alexandria,

E disse: “-- O que o homem faz

Comigo é covardia,

Mas eu lhe dou o perdão

Porque no meu coração

Só tenho paz e alegria.”

 

“– Não adianta queixar-me

De todo meu sofrimento.

Eu não reclamo da vida

Nem resmungo um só momento,

Não vivo no desatino

Porque sei que o meu destino

Foi nascer para ser jumento.”

 

“– Porém, você meu poeta,

Faz parte da raça humana.

A quem Deus deu liberdade

E a vontade soberana

Pra decidir com cuidado

Entre o certo e o errado

Entre o amor e a gana.”

 

“– O ser humano optou

Pelo lado que não presta.

Poluiu rios e mares,

Tocou fogo na floresta

E desmatou sopé de morro,

É um pedindo socorro

E outro fazendo festa.”

[...]

“Com trator e motosserra

Fizeram o desmatamento

Deixaram a areia solta

Gerando assoreamento.

– Oh atitude infeliz!

Ainda tem gente que diz

Que eu é sou jumento.”

 

“– Desculpe, caro poeta,

Magoar não é meu plano,

Mas o homem me maltrata

E ainda comete o engano

De dizer que eu sou burro”,

E falou dando um esturro:

“O burro é o ser humano.”

 

“– Um bicho que inventa armas,

Que destrói uma nação,

Que tem inveja e ganância

No sangue e no coração.

Que faz o mal e sai rindo,

Tá se autodestruindo.

– Esse perdeu a razão!”

[...]

ACACI, José. O burro é o ser humano. Parnamirim: s.d.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP – 4ª edição. São Paulo. 2015. p. 66-8.

Entendendo o cordel:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Corisco: faísca elétrica, raio.

·        Desatino: ausência de bom senso, de juízo.

·        Soberano: de grande poder, que exerce autoridade.

·        Gana: desejo grande e excessivo de obter lucro, lícito ou ilícito.

·        Sopé: base da montanha, parte inferior.

·        Assoreamento: surgimento de montes de areia por enchente ou construções.

·        Esturro: urro, rugido; estrondo; queimado.

02 – Em resumo, qual é o assunto tratado nesse cordel?

      Reflexões sobre a natureza humana e sobre as ações do homem em relação ao meio ambiente.

03 – Uma das personagens do poema é um burro falante. Em que outro gênero de texto o recurso de personificação de animais costuma ser utilizado?

      Nas fábulas.

04 – O eu poético comenta, na primeira estrofe, que recorre à memória para narrar o que virá em seguida. Que outra expressão, usada anteriormente nessa mesma estrofe, antecipa a ação de escrever?

      “Fazer risco”.

05 – Releia esta estrofe:  

“E fiquei ali parado

Pensando na humanidade

Que pra se satisfazer

Perde o rumo da verdade.

E entre todos os animais,

Entre todos os demais,

É o único que tem maldade.”

a)   Que palavra poderia sintetizar a ideia apresentada no terceiro e no quarto versos desta estrofe? Transcreva-a em seu caderno.

         I. Anseio. II. Ganância. III. Maldade. IV. Orgulho.

b)   Explique o que seria “perder o rumo da verdade”, segundo o ponto de vista do jumento.

Seria não mais praticar atos justos e verdadeiros, afastando-se do que é adequado e correto.

c)   Segundo o poema, qual é o único animal que tem maldade?

O ser humano.

d)   Você concorda com essa ideia? Justifique sua resposta.

Resposta pessoal do aluno.

06 – Releia outro trecho do poema:

“[...]

Mas eu lhe dou o perdão

Porque no meu coração

Só tenho paz e alegria.”

a)   De quem é essa afirmação?

Do burro.

b)   O que é possível perceber sobre a índole dessa personagem a partir da leitura desses versos?

Que ele é um ser bom, puro.

07 – Na 12ª estrofe, percebe-se um confronto de atitudes.

a)   Localize e transcreva em seu caderno os dois versos que apresentam essa oposição.

É um pedindo socorro / e outro fazendo festa.”

b)   Identifique quais elementos estão em oposição nesses versos.

A natureza e os seres humanos.

c)   Dê exemplos que confirmem a ideia que esses versos apresentam.

De um lado, há a natureza desrespeitada, que nos envia alertas de socorro, como degelo dos polos, aquecimento global, abertura na camada de ozônio, etc. Do outro, há o homem enriquecendo às custas da exploração.

 

DIÁLOGO: NA BIBLIOTECA - FRAGMENTO - COM GABARITO

 Diálogo: Na biblioteca – Fragmento

       [...]

        – Quero fazer empréstimo desses livros.

        – Vamos preencher a ficha. Qual é o seu nome?

        – Marcos de Andrade.

        – Onde você mora?

        – Rua das Rosas.

        – Qual o número?

        – Número 35, apartamento 142.

        – Qual o bairro?

        – Jardim das Flores.

        – Quantos anos você tem?

        – Tenho 14 anos.

        – Quem lhe indicou a biblioteca?

        – O professor de Português da minha escola.

        – Qual escola?            

        – Escola Municipal Monteiro Lobato.

        – Quantos livros você vai levar?

        – Esses 3.

        – Está certo! Assine aqui!

        [...]

Fonte:  Livro – Coleção ALET – Língua Portuguesa – Kátia P. G. Sanches & Sebastião Andreu – 6ª Série – 1ª edição – São Paulo. Ediouro, 2002 – p. 174-5.

Entendendo o diálogo:

01 – O trecho acima é um diálogo. Quem são as personagens?

      As personagens que estão dialogando são um(a) bibliotecário(a) e um aluno.

02 – No diálogo aparecem pronomes interrogativos. Identifique-os.

      Os pronomes interrogativos mencionados no diálogo são: qual, onde, quantos e quem.

03 – Quem utiliza pronomes interrogativos na sua fala? Por quê?

      A pessoa que utiliza os pronomes interrogativos em sua fala é a(o) bibliotecária(o), porque, para preencher a ficha do aluno, é necessário fazer algumas perguntas.

04 – Cite uma outra situação e que as pessoas utilizam pronomes interrogativos.

      Resposta pessoal do aluno.