sexta-feira, 8 de novembro de 2019

HISTÓRIA EM QUADRINHOS - PREPOSIÇÕES - COM GABARITO


Preposições

Preposição – É a palavra que estabelece uma relação entre dois ou mais termos da oração. Ex.: Passe por aqui.  Vou com vocês. Gosto de você. Saímos sem destino.

Preposições: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás.

Combinação – A preposição se une a outra palavra e não perde som.
A + A = À                  A + O = AO
·        Quando o A pode ser trocado por O, esse A não é preposição.
Ex.: Vou a Vitória. (O A é preposição)
Essa é a minha filha.   Esse é o meu filho. (O A é artigo)
A + ONDE = AONDE.
Ex.: Aonde você vai?
Contração – A preposição se une a outra palavra e há perda de som.
DE + A = DA            DE + O = DO
Ex.: livro de história / livro da Maria / livro do João
EM + A = NA            EM + O = NO          
EM + ESTE = NESTE         EM + AQUELA = NAQUELA
Ex.: cheguei em casa / ganhei na loteria / ganhei no bingo
POR + A = PELA     POR + O = PELO
Ex.: vou por aqui / passei pela casa dela / passei pelo mercado

Principais sentidos que as preposições representam:

Matéria – Ganhei um urso de pelúcia.
Posse – Esse livro é do professor.
Causa (motivo) – O cãozinho morreu de fome.
Finalidade (objetivo) – Eu leio para me tornar uma pessoa sábia.
Origem – Meus amigos são de Vitória.
Modo – Fez tudo com cuidado.
Instrumento – Ele se feriu com a tesoura.
Companhia – Vou sair com meus amigos.
Lugar – Passarei minhas férias em Fortaleza.
Oposição (sentido contrário) – Devemos protestar contra a violência
Assunto – Conversamos sobre você.
Tempo – Tenho um prazo de dez dias para ir embora.
Meio – A notícia foi divulgada pela televisão.
Preço – Vendi o carro por 10 mil reais.

Tirinha Divã

01 – O nome da tirinha é “Divã” e os 3 primeiros quadrinhos levam o leitor a pensar que a mulher estava em uma consulta com um psicólogo. O que surpreende o leitor no último quadrinho?
      Que a mulher está no ponto de ônibus.

02 – Circule as preposições nas falas da tirinha:
a) Foi quando meu marido me abandonou com dois filhos.
b) Desculpa eu te amolar com minhas lamúrias...
c) Sem problemas...
d) Só não vejo necessidade da senhora ficar deitada nesse banco.

03 – Em: “Foi quando meu marido me abandonou com dois filhos”, a preposição destacada indica:
a) modo         b) tempo       c) companhia           d) instrumento.

04 – Numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª, indicando o sentido das preposições destacadas:
(1) Origem                (4) Não conversamos sobre política.
(2) Tempo                (7) Esse brinco é da minha irmã.
(3) Lugar                  (5) Juntei dinheiro para viajar.
(4) Assunto              (8) Esse brinco é de ouro?
(5) Finalidade          (10) Ele passou mal de tanto comer.
(6) Instrumento        (1) Eu sou de Minas Gerais.
(7) Posse                 (9) Vou sair com minha tia.
(8) Matéria               (6) Ele se cortou com a tesoura.
(9) Companhia        (3) Vou ao shopping.
(10) Causa               (2) Viajaremos em dois dias.

TEXTO: O INFERNO - VILMA ARÊAS - COM GABARITO

Texto: O inferno
          
Vilma Arêas

      O que mais me chateia na raiva é que sei, por experiência, que ela passa. A raiva, sim, é um pássaro selvagem: você tenta amansar ele, ganhar confiança, mas quando menos se espera, ele bate as asas e foge. A gente fica então com uma fraqueza no peito, no corpo todo, como depois de uma febre. Querendo colo. Mas o pior é o período antes dessa fraqueza, todo mundo com os nervos inflamados, à flor da pele. As caras que por acaso rompiam a barreira do meu quarto eram todas de tragédia. Menos os inocentes: Chico, Íssimo, Bem-me-quer.
        Embora fosse antigamente uma princesa (isso o Teo dizia) eu me sentia um sapo. Haveria algum dia um beijo salvador?
        Pensava na Berta. Talvez ela...
        Mas era cedo ainda. Eu estava muito cheia de raiva (no fundo, vergonha) e, embora tivesse gritado “perdão” à vista de todos, eu não queria me arrepender. Por isso estava ainda naquele inferno. No inferno, isso eu sei, é proibido arrependimento. Continuamos fiéis aos nossos erros.
                     Aos trancos e relâmpagos. Vilma Arêas.
Fonte: Livro – Encontro e Reencontro em Língua Portuguesa – 5ª Série - Marilda Prates – Ed. Moderna, 2005 – p.73-75-6.
Entendendo o texto:
01 – O narrador é personagem nessa história? Por quê?
      Sim, porque ela conta seu momento vivido. 1ª pessoa.

02 – Encontre no texto uma oração com o mesmo sentido de “A raiva é um sentimento difícil de controlar e imprevisível”.
      “A raiva, sim, é um pássaro selvagem: você tenta amansar ele, ganhar confiança, mas quando menos se espera, ele bate as asas e foge.”

03 – Compare “A raiva é um sentimento difícil de controlar e imprevisível” à oração que você identificou no texto. Responda:
a)   Qual das duas parece ser mais objetiva?
A primeira.

b)   Em qual das duas o recurso da comparação foi utilizado?
Na segunda.

c)   Se você tivesse de escrever um texto para uma revista cientifica e uma narração, qual das duas construções preferiria usar em cada caso? Por quê?
Resposta pessoal do aluno. Sugestão: uma é mais poética e a outra mais direta, ainda que não utilize exatamente esses termos.

04 – “As caras que por acaso rompiam a barreira do meu quarto eram todas de tragédia”.
a)   A expressão “rompiam a barreira” permite-nos concluir algo sobre a situação em que está a personagem. Que conclusão seria essa?
Podemos concluir que a personagem está escondida, protegida ou entrincheirada em seu quarto.

b)   O que são caras de tragédia?
Expressões de angústia, apreensão.

c)   Por que as pessoas estariam com cara de tragédia?
Porque algo havia acontecido e estavam preocupadas ou tristes.

d)   Por que somente “as caras” das pessoas rompiam a barreira do quarto? O que indica a escolha desse sujeito para a oração?
Indica que as pessoas não se atreviam a entrar no quarto, que estavam com medo da personagem.

e)   Reforça a oração acima. Imagine que você está no lugar da personagem. Que palavras usaria para registrar sua situação?
Resposta pessoal do aluno.

05 – “Embora fosse antigamente uma princesa (isso o Teo dizia) eu me sentia um sapo. Haveria algum dia um beijo salvador?”

a)   O texto faz referência a um conto de fadas. Converse com seus colegas e verifique se alguém conhece a história.
É a história da princesa que um dia beija um sapo. O sapo, na verdade, era um príncipe enfeitiçado. O beijo quebra o feitiço.

b)   Por que a personagem se sente um sapo?
Porque está arrependida por ter feito alguma coisa.

c)   O que indica a pergunta feita pela personagem?
Indica que ela deseja ser perdoada, ou ao menos livrar-se da situação.

06 – A personagem compara a situação que está experimentando a um inferno. Por quê?
      Porque está sofrendo e o inferno é um local de sofrimentos.

07 – O que significa sermos fiéis aos nossos erros?
      Persistirmos nos nossos enganos.

08 – Identifique o significado de cedo nas frases a seguir.
a)   Ele chegou cedo em casa, pois estava preocupado.
Antes da hora costumeira.

b)   Esperava ansiosa o nascimento do bebê, mas era cedo para pensar no parto.
Ainda não era o momento.

c)   Cedo minhas terras se isso for preciso.
Doo.

d)   Acordou cedo para trabalhar.
Nas primeiras horas da manhã.

09 – Qual dos significados identificados no exercício 8 pode ser aplicado em “Mas era cedo ainda”, no início do último parágrafo?
      O significado identificado no item b.

10 – No exercício 8, em um dos itens, cedo representa uma ação. É um verbo. Que verbo é esse?
      O verbo ceder.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

POEMA:COMPETIÇÃO - CASSIANO RICARDO - COM GABARITO

POEMA: Competição
    
                        Cassiano Ricardo
O mar é belo.
Muito mais belo é ver um barco
no mar.

O pássaro é belo.
Muito mais belo é hoje o homem
voar.

A lua é bela.
Muito mais bela é uma viagem
lunar.

Belo é o abismo.
Muito mais belo é o arco da ponte
no ar.

A onda é bela.
Muito mais bela é uma mulher
nadar.
[...]

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R.Cereja/Thereza C. Magalhães – 6ªSérie – Atual Editora -2002 – p130/131
Entendendo o poema

01 – Identifica-se entre o primeiro verso de cada estrofe e os dois últimos uma relação semântica de:

a)   Consecutividade.

b)   Finalidade.

c)   Proporcionalidade.

d)   Adversidade.

02 – O poema apresenta uma estrutura que se repete: cada estrofe tem três versos, o primeiro dos quais é sempre uma oração. Observe o verso inicial de cada estrofe.

a)   Qual é o sujeito de cada uma dessas orações?

         O mar, O pássaro, A lua, O abismo, A onda, respectivamente.

b)   Como se classificam esses sujeitos?

         São todos sujeitos simples.

c)   Qual é o predicado dessas orações?

         Em todas as orações: é belo(a).

03 – Compare estes versos:

“O mar é belo.”

“Belo é o abismo.”

a)   A que classe gramatical pertencem as palavras mar e abismo?

         À classe dos substantivos.

b)   E a palavra belo, nas duas situações em que foi empregada?

         À classe dos adjetivos.

c)   Conclua: A palavra belo, do segundo desses verbos, desempenha a função de sujeito ou de predicativo do sujeito? Por quê?

         Desempenha a função de predicativo do sujeito.

04– No 2º e no 3º versos de cada estrofe, o autor compara a beleza de cada um dos sujeitos com a beleza de outros sujeitos. De acordo com o texto, o que seria mais belo do que:

a)   O mar? ver um barco no mar.

b)   O pássaro? o homem voar.

c)   A lua? uma viagem lunar.

d)   O abismo? o arco da ponte no ar.

e)   A onda? uma mulher nadar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


HISTÓRIA EM QUADRINHOS - PREPOSIÇÕES - COM GABARITO


Preposições 

01 – As situações retratadas nos três primeiros quadrinhos são diferentes, mas têm algo em comum. O que elas têm em comum?
     Nas três cenas os personagens estão mentindo.

02 – As situações apresentadas nos três primeiros quadrinhos relevam que característica dos personagens:
a) compaixão                                   c) preocupação
b) depressão                                    d) desonestidade.

03 – O último quadrinho revela uma moral da tirinha. Qual é o ensinamento transmitido por ela?
      Que não podemos esperar honestidade dos políticos se somos desonestos.

04 – Circule as preposições usadas nas falas da tirinha:
a)   Disse ao filho que voltaria cedo.
Ao (a + o).

b)   Pediu um dia folga para ir ao velório da avó.
Para.

c)   Todos eles exigem honestidade dos políticos.
Dos.

05 – Na tirinha aparece a preposição DE, que pode ser usada com diferentes sentidos. Indique nas frases a seguir se essa preposição indica assunto, causa, instrumento, lugar, matéria, meio, modo ou posse:

a)   Esse livro é da escola. (Posse).

b)   Você está tremendo de frio. (Causa).

c)   Vamos falar de você. (Assunto).

d)   Ele apanhou de cinto. (Instrumento).

e)   Não me olhe de cara feia. (Modo).

f)    Comprei um chapéu de palha. (Matéria).

g)   Ela chegou de São Paulo hoje. (Lugar).

h)   Nunca viajei de avião. (Meio).


CRÔNICA: ELA TEM ALMA DE POMBA - RUBEM BRAGA - COM GABARITO

CRÔNICA: Ela Tem Alma de Pomba
                                              Rubem Braga

  Que a televisão prejudica o movimento da pracinha, não há dúvidas.
       Sete horas da noite era hora de uma pessoa acabar de jantar, dar uma volta pela praça para depois pegar a sessão das oito no cinema.
       Agora todo mundo fica em casa vendo uma novela, depois outra novela.
        Que a televisão prejudica a leitura de livros, também não há dúvida. Eu mesmo confesso que lia mais quando não tinha televisão.
         Rádio, a gente pode ouvir baixinho, enquanto está lendo um livro. Televisão é incompatível com livro – e com tudo mais nesta vida, inclusive a boa conversa.
         Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o desejável. O menino fica ali parado, vendo e ouvindo, em vez de sair por aí, chutar uma bola, brincar de bandido, inventar uma história qualquer para fazer. Por exemplo: quebrar um braço.
        Só não acredito que televisão seja “máquina de fazer doido”.   
        Até acho que é o contrário; ou quase o contrário: é máquina de amansar doido, fazer doido dormir.
        Quando você cita um inconveniente da televisão, uma boa observação é que não existe nenhum aparelho de televisão, em cores ou em preto e branco, sem um botão para desligar.
        Mas quando um pai de família o utiliza, isso pode produzir o ódio e o rancor no peito das crianças e até de outros adultos. Se o apartamento é pequeno, a família é grande e a TV é só uma – então sua tendência é para ser um fator de rixas intestinais.
             - Agora você se agarra nessa porcaria de futebol...
             - Mas, francamente, você não tem vergonha de acompanhar essa besteira de novela?
             - Não sou eu não, são as crianças!
             - Crianças, já para a cama!
            Mas muito lhe será perdoado, à TV, pela sua ajuda aos doentes, aos velhos, aos solitários. Na grande cidade – num apartamento pequeno e solitário, o grande consolo, a grande companhia.
            A corujinha da madrugada não é apenas a companheira de gente importante, é a grande amiga da pessoa desimportante e só, da mulher velha, do homem doente... É a amiga dos entrevados, dos abandonados, dos que a vida esqueceu para um canto... ou dos que no meio da noite sofrem o assalto de dúvidas e melancolias... mãe que espera filho, mulher que espera marido...homem arrasado que espera que a noite passe, que a noite passe... 

Rubem Braga. Revista Veja, n. 375, jul.1976.
Fonte: Livro – Encontro e Reencontro em Língua Portuguesa – 5ª Série - Marilda Prates – Ed. Moderna, 2005 – p.229,230,232.
ENTENDENDO O TEXTO
1)     Quais as possíveis consequências de a televisão haver prejudicado o movimento da pracinha?
As pessoas passaram a se encontrar menos, a ficar mais isoladas.

2)     Segundo o texto, com a televisão, as pessoas passaram a ler menos. Pode-se concluir, a partir do texto, que as pessoas passaram a ouvir menos rádio também? Justifique sua resposta.
Sim, pois no próprio texto afirma-se que com a televisão não é possível nem mesmo conversar.

3)     Segundo o texto, de que maneira a televisão afeta a capacidade de imaginar das crianças?
Ela perturba essa capacidade, uma vez que as crianças, presas à televisão, deixam de brincar e usar a criatividade.

4)     Considerando as respostas dos itens anteriores, responda: Por que a personagem acredita que a televisão seja uma “máquina de amansar doido”?
Porque diminui os movimentos, a criatividade, o contato com as pessoas: de certa forma, amortece os sentidos, faz calar.

5)     A personagem relaciona as críticas à televisão ao botão de desligar. Por quê?
Para lembrar que, se a programação não é boa, é sempre possível desligar a televisão e fazer outra coisa.

6)     Na época em que foi escrito o texto “Ela tem alma de pomba”, havia, em um dos canais de televisão, um programa noturno chamado Sessão Coruja. Na vinheta, havia a corujinha da madrugada mencionada no texto. Essa sessão era exibida no final da programação, próximo à meia-noite. Por que a corujinha poderia ser considerada a amiga das pessoas mencionadas no texto?
Porque servia de companhia para aqueles que, por um motivo ou por outro, ainda estavam acordados durante a madrugada.

    7) Diferenciando-se de outros textos, que normalmente apontam apenas as consequências negativas da existência da TV, o texto de Rubem Braga também aponta aspectos positivos. De acordo com os dois últimos parágrafos do texto:
a) Qual é, essencialmente, o grande mérito da TV?
É o de fazer companhia às pessoas desafortunadas, infelizes.

b) Que pessoas são as que mais necessitam da TV?
Os idosos, os solitários, os deficientes físicos, os angustiados, etc.

c) O que a TV proporciona a essas pessoas?
A vida social, “o tumulto e o frêmito de mil vidas, a emoção, o ‘suspense’, a fascinação dos dramas do mundo”.

   8) O texto intitula-se “Ela tem alma de pomba”. Considerando que a pomba é normalmente associada a significados como pureza, leveza, paz, tranquilidade, espiritualidade, fidelidade (os pombos escolhem um único parceiro por toda a vida), levante hipóteses: Por que o autor deu esse título ao texto?
Resposta pessoal. Sugestão: A pomba é a metáfora da TV. De acordo com a ótica do texto, a TV representa para algumas pessoas a companhia fiel, que oferece tranquilidade e paz para os conflitos interiores.

 9) No último parágrafo, o autor emprega uma metáfora para se referir à TV: “a corujinha da madrugada”. Lembrando que toda metáfora traz implícita uma comparação entre dois elementos, que semelhanças existem entre TV e coruja?
A coruja fica acordada durante a noite, assim como a TV, que também pode ficar ligada a noite inteira.

10)  Na conclusão do texto se lê: “homem arrasado que espera que a noite passe, que a noite passe, que a noite passe...”. Que efeito de sentido a repetição da expressão proporciona ao texto?
(  ) Sugere que o homem espera que várias noites seguidas passem.
(x) Sugere que a noite passa muito lentamente e que é angustiante a espera pelo seu fim.

11) Considere a forma como o texto de Rubem Braga aborda o tema e o ponto de vista defendido sobre a TV.
a) De que tipo o texto é, predominantemente?
(  ) narrativo                (  ) instrucional           (x) argumentativo

b) Que tipo de tratamento o texto dá ao tema?
(  ) puramente objetivo e imparcial   
 (x) crítico, mas emotivo         (  ) não crítico, mas emotivo