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terça-feira, 14 de setembro de 2021

ENTREVISTA: O SEGREDO PARA ESCOLHER BEM UMA CARREIRA É O AUTOCONHECIMENTO - GABRIEL ANDRADE - COM GABARITO

 Entrevista: O segredo para escolher bem uma carreira é o autoconhecimento

          A dica é do psicólogo especializado em orientação vocacional Fernando Aguiar. Optar por uma profissão pela perspectiva de ganhar dinheiro, mas sem gostar dela, é um atalho para a frustração

Gabriela Andrade – postado em 29/04/2018 15:04

        Ser bem-sucedido trabalhando com o que o que gosta é o sonho de boa parte dos jovens que concluem o ensino médio. O grande desafio é decidir qual profissão seguir; especialmente num período cheio de pressão de familiares e da escola para a aprovação numa universidade. Para ser exitoso nessa missão, o segredo está em apostar em autoconhecimento, organização e pesquisa sobre a área de interesse. É o que defende Fernando Aguiar, mestre em psicologia pela Universidade de Brasília (UnB) que desenvolveu uma metodologia vocacional. O psicoterapeuta não promete um teste milagroso nem resultado instantâneo, mas, sim, um processo com duração de oito meses no qual o jovem poderá se entender melhor. Para o life coach, a falta de orientação vocacional está relacionada a estatísticas que mostram que uma em cada duas pessoas abandonam o curso antes de terminá-lo.

        Quais são as dificuldades envolvidas ao decidir por uma profissão?

        São obstáculos diferentes para cada pessoa. E os desafios não existem apenas ao escolher uma carreira. Ao longo da trajetória, a pessoa vai se deparar com perguntas que sempre voltam, como; será que é isso que eu quero continuar fazendo pelo resto da minha vida?

        O fato de estudantes do ensino médio serem pressionados a decidir uma carreira é prejudicial? Como lidar com isso?

        Sim. Essa pressão para a escolha profissional e a falta de preparação pode gerar estresse, depressão e ansiedade, além de dificuldade para dormir e irritabilidade. A melhor maneira de aliviar essa tensão é se conhecer, pois as pessoas nunca vão parar de pressionar. Quando você se prepara e se compreende, a pressão terá menos peso.

        Como os jovens podem ter clareza sobre qual carreira seguir?

        Qualquer processo de escolha ou planejamento tem de começar com o autoconhecimento. É preciso pensar sobre as respostas para perguntas como; quem sou eu?; e ;o que quero para a minha vida?; Na internet, há vários testes de orientação profissional gratuitos que pecam por priorizar apenas os cursos disponíveis no mercado em vez de valorizar o autoconhecimento. Todo profissional terá algum momento de crise ao longo da carreira; é nessas horas que a gente reflete sobre o que deseja continuar fazendo pelo resto da vida. Se tiver feito uma escolha desconectada com os próprios propósitos, a pessoa pode se sentir forçada a permanecer trabalhando com aquilo por falta de outra oportunidade, o que causa sofrimento e até adoecimento. Só com o autoconhecimento é possível fazer escolhas benfeitas.

        Como começar essa jornada de autoconhecimento?

        É difícil, dá trabalho. Normalmente, é algo complexo de se fazer sozinho. A ajuda de amigos, familiares ou de um profissional se faz necessária para que a pessoa possa entender as próprias características e interesses. Para quem quer iniciar esse processo sozinho, uma sugestão é fazer uma lista de coisas de que gosta e outra de coisas de que não gosta. Escreva sobre quem você é e sua trajetória de vida, explicando com o que se identifica ou não. Colocar no papel pode ajudá-lo a visualizar seu perfil no mundo.

        Muitos jovens que vão prestar vestibular ou Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) se sentem numa encruzilhada sobre a escolha da profissão. Às vezes, não se identificam com nenhum curso. Qual a dica para quem está nessa situação?

        A única opção é se preparar. O que acontece muito é que jovens só se preocupam com isso no 3° ano do ensino médio. É importante começar a pensar no 1° ano do ensino médio.

        [...]

        Por que para alguns é mais fácil fazer essa escolha do que para outros?

        Os que têm mais facilidade no processo são os que já têm autoconhecimento, pois, se a pessoa não se conhece, fica difícil decidir sobre algo. Ter o apoio de familiares ajuda bastante, pois eles podem fazer perguntas para ajudar o jovem a pensar no que fazer. Visitar uma universidade para saber mais dos cursos e conhecer profissionais das suas áreas de interesse é uma boa aposta. Para decidir, não dá para pensar numa graduação só na teoria, é preciso conhecer a prática e, a partir daí, pensar nas habilidades que você precisa desenvolver para se dar bem naquela área e traçar um planejamento para isso.

        Que peso deve ter o dinheiro durante a definição de uma carreira? Como conciliar felicidade e rendimentos?

        Não adianta optar por uma profissão só porque ela dá dinheiro se você não gosta dela. O resultado será frustração e adoecimento. O aspecto financeiro tem um papel importante, e isso deve ser levado em consideração. É necessário pesquisar o quão fácil ou difícil é ganhar dinheiro naquela área. Mas, no geral, se alguém faz o que ama, aumenta em muito as chances de se tornar um excelente profissional e, consequentemente, ganhar bem.

        [...]

ANDRADE, Gabriela. O segredo para escolher bem uma carreira é o autoconhecimento. Entrevista Fernando Aguiar. Correio Braziliense, Brasília, 29 abr. 2018. Disponível em: https://bit.ly/2RlEzJh. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 214-216.

Entendendo a entrevista:

01 – O texto que você leu trata-se de uma entrevista concedida a um veículo de comunicação. Responda:

a)   Qual é o tema da entrevista?

A escolha de uma profissão.

b)   Quem é o entrevistado? E o entrevistador?

O entrevistado é o psicólogo Fernando Aguiar e a entrevistadora é Gabriela Andrade.

c)   Em que veículo de comunicação o texto foi publicado?

No portal do jornal Correio Braziliense.

d)   Por que, provavelmente, esse veículo escolheu essa pessoa para dar essa entrevista?

Porque esse profissional é mestre em psicologia pela Universidade de Brasília (UnB) e desenvolveu uma metodologia vocacional para escolha da profissão pelos jovens.

e)   Pelo assunto abordado, que público a entrevista pretende atingir? Qual é o objetivo dessa entrevista?

O público-alvo desse texto é o adolescente em época de fazer uma escolha profissional; além disso, também pretende atingir os pais desse adolescente. O objetivo de produção dessa entrevista é orientar pais e adolescentes sobre a escolha da profissão.

02 – Releia o subtítulo e a contextualização e responda:

a)   De acordo com a contextualização da entrevista, qual é o principal desafio a ser enfrentado pelos jovens?

O grande desafio para o jovem é decidir que profissão seguir.

b)   Qual é a tese do entrevistado sobre essa questão?

Para enfrentar esse desafio e ter sucesso, é preciso autoconhecimento, organização e pesquisa sobre a área de interesse.

c)   Você concorda com a tese do entrevistado? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

03 – Na primeira pergunta, o entrevistado afirma que a escolha da profissão é um dos desafios na vida do jovem. Responda:

a)   Em sua opinião, que outros desafios o jovem pode enfrentar no mercado de trabalho e na sua vida de forma geral?

Resposta pessoal do aluno.

b)   O autor se utiliza de um argumento de exemplificação. Que argumento é esse? Que relação estabelece com sua tese?

O autor utiliza o seguinte argumento de exemplificação: “Ao longo da trajetória, a pessoa vai se deparar com perguntas que sempre voltam, como ‘será que é isso que eu quero continuar fazendo pelo resto da minha vida?’”. Esse argumento estabelece relação com a ideia de autoconhecimento na escolha da profissão e para repensar novos rumos.

04 – De acordo com a entrevistadora, os alunos do Ensino Médio sofrem pressão para a escolha da profissão. Responda:

a)   Em sua opinião, por que essa pressão ocorre? De onde parte a maior pressão?

Resposta pessoal do aluno. Geralmente, essa pressão ocorre por parte da família.

b)   Sobre esse assunto, o entrevistado apresenta argumentos de causa e consequência. Quais argumentos são esses?

Argumento de causa: pressão para a escolha profissional e a falta de preparação. Argumento de consequência: gera estresse, depressão e ansiedade, além de dificuldade para dormir e irritabilidade. Argumento de causa: quando você se prepara e se compreende. Argumento de consequência: a pressão terá menos peso.

c)   Você concorda ou discorda dos argumentos apresentados? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

d)   E sua família, o que acharia dessa resposta dada? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

05 – A entrevistadora questiona como o jovem pode ter clareza sobre a profissão que deve escolher e o entrevistado retoma sua tese. Responda:

a)   Como o entrevistado faz a retomada de sua tese?

Inicia sua resposta e a finaliza afirmando que qualquer planejamento ou escolha deve começar pelo autoconhecimento.

b)   Quais argumentos de exemplificação o entrevistado utiliza em sua resposta?

“Na internet, há vários testes de orientação profissional gratuitos que pecam por priorizar apenas os cursos disponíveis no mercado em vez de valorizar o autoconhecimento”. “Todo profissional terá algum momento de crise ao longo da carreira; é nessas horas que a gente reflete sobre o que deseja continuar fazendo pelo resto da vida”.

c)   Quais são os argumentos de causa e consequência utilizados por ele para sustentar sua tese?

Argumento de causa: “Se tiver feito uma escolha desconectada com os próprios propósitos a pessoa pode se sentir forçada a permanecer trabalhando com aquilo por falta de outra oportunidade”. Argumento de consequência: “o que causa sofrimento e até adoecimento”.

d)   Você concorda ou discorda dos argumentos apresentados? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

06 – De acordo com o entrevistado, muitas vezes você precisa de um profissional para o ajudar no processo de autoconhecimento; no entanto, pode fazer isso sozinho. Responde:

a)   Quais ações o jovem pode realizar para iniciar o processo de autoconhecimento? A partir de quando?

Fazer uma lista de coisas de que gosta e outra de coisas de que não gosta. Escrever sobre quem é e sua trajetória de vida, explicando com o que se identifica ou não. Isso deve ocorrer a partir do 1° ano do Ensino Médio.

b)   Você já usou essas ações para tomar decisões em sua vida? O que você acha dessa orientação? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

c)   Qual é o papel da família para facilitar a escolha da profissão?

O apoio de familiares ajuda bastante, pois podem fazer perguntas para ajudar o jovem a pensar no que fazer.

d)   Que outras ações são citadas como forma de ajudar o jovem na escolha de uma profissão?

Visitar uma universidade para saber mais dos cursos. Conhecer profissionais das suas áreas de interesse. Pensar nas habilidades que você precisa desenvolver para se dar bem naquela área. Traçar um planejamento para isso.

07 – Releia as seguintes perguntas feitas ao entrevistado:

        “Que peso deve ter o dinheiro durante a definição de uma carreira? Como conciliar felicidade e rendimentos?”. Responda:

a)   Qual é o posicionamento do entrevistado sobre a relação felicidade e rendimentos?

O aspecto financeiro tem um papel importante, mas é bom gostar do que faz. É necessário pesquisar o quão fácil ou difícil é ganhar dinheiro naquela área.

b)   Quais argumentos de causa e consequência o entrevistado utiliza para responder a essas perguntas?

Argumento de causa: Geralmente, a pessoa faz o que ama. Argumento de consequência: Aumentam as chances de se tomar um excelente profissional e de ganhar bem.

c)   Você concorda ou discorda desse posicionamento? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

d)   O que seus familiares e parte considerável da sociedade pensa sobre a relação felicidade e rendimentos na escolha de uma profissão?

Resposta pessoal do aluno.

 

 

 

domingo, 12 de setembro de 2021

ENTREVISTA: CRISE POLÍTICA E FRAGILIDADE DAS INSTITUIÇÕES AGRAVAM A VIOLÊNCIA - RICARDO MACHADO - COM GABARITO

 Entrevista: Crise política e fragilidade das instituições agravam a violência. Entrevista especial com Sérgio Adorno

 Por: Ricardo Machado | Edição: Vitor Necchi | 10 Março 2018

         Não há respostas simples para explicar a gênese da violência no Brasil, entende o cientista social Sérgio Adorno. “As raízes devem ser buscadas na colonização e em seus modos cruéis e rudes de dominação. No entanto, convém lembrar que a condenação da violência, em suas múltiplas formas, é um fenômeno moderno”, afirma.

        [...]

        Ainda não há consenso entre pesquisadores acerca do que sejam sociedades seguras. “Muitos de nós sustentam que, naquelas sociedades onde são menores as desigualdades sociais e há maior solidez institucional e reconhecimento das autoridades encarregadas de aplicar lei e ordem, as taxas de crimes, especialmente os violentos, são menores e não constituem uma preocupação exacerbada na agenda pública”, explica Adorno em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line.

        Confira a entrevista.

        IHU On-Line – Quais são as raízes da violência no Brasil?

        Sérgio Adorno – Não há respostas simples. As raízes devem ser buscadas na colonização e em seus modos cruéis e rudes de dominação. No entanto, convém lembrar que a condenação da violência, em suas múltiplas formas, é um fenômeno moderno. No passado, seu emprego não era objeto de censura. Na era colonial, a propriedade da terra, fonte de poder e mando, se estendia a tudo o que gravitava em torno do patrimônio e de sua organização social – o patrimonialismo, inclusive o corpo das mulheres, dos escravos e das crianças. Tudo era concebido como uma espécie de extensão do poder senhorial.

        No mesmo sentido, empregar violência desmedida para extinguir inimigos, opositores políticos ou movimentos de protesto coletivo era recurso de poder legítimo. Ainda que saibamos que o presente não é mera repetição do passado, traços dessa cultura que associa violência – como se legítima fosse – ao poder social e político se atualizaram na cultura política brasileira, ao longo da história, concorrendo com a cultura política democrática que justamente apela para a tolerância, para o respeito às diferenças.

        IHU On-Line – Como compreender o signo da violência na sociedade contemporânea? Que dimensões – sutis e grotescas – estão em jogo?

        Sérgio Adorno – [...] No curso histórico, o Estado moderno é justamente a comunidade política que detém o monopólio legítimo do poder coercitivo, o que significa deter o monopólio das forças armadas e policiais, o monopólio da aplicação das leis – em especial as penais – e o monopólio fiscal. Pois bem, mais recentemente historiadores e sociólogos estão identificando, nas sociedades contemporâneas, um processo descivilizatório, marcado pela ruptura das regras de cortesia nas relações interpessoais – de que os xingamentos públicos de uns em relação aos outros e as agressões às identidades coletivas e pessoais são alguns dos sintomas mais notórios – e pelo enfraquecimento do Estado-nação por força do processo de globalização.

        [...]

        IHU On-Line – Por que a violência é algo que divide as pessoas? Como essa dinâmica reforça os processos de desigualdade?

        Sérgio Adorno – Ainda não há um consenso, entre pesquisadores e especialistas, em que de fato consistem sociedades seguras. Muitos de nós sustentam que, naquelas sociedades onde são menores as desigualdades sociais e há maior solidez institucional e reconhecimento das autoridades encarregadas de aplicar lei e ordem, as taxas de crimes, especialmente os violentos, são menores e não constituem uma preocupação exacerbada na agenda pública.

        [...] Quando alguns grupos sociais se sentem mais seguros do que outros porque são preferencialmente beneficiários da proteção estatal, temos um cenário de divisão.

        Exemplos são muitos. Por exemplo, veja a distribuição das taxas de homicídios entre os bairros de um município determinado. Nos bairros onde habitam preferencialmente cidadãos e cidadãs procedentes dos estratos médios e altos das hierarquias sociais, as taxas estão quase sempre abaixo da média local, regional ou nacional. O mesmo não ocorre nos bairros onde se concentram aqueles procedentes dos estratos socioeconômicos de baixa renda. Paradoxalmente, naqueles bairros de classes médias e altas, o medo do crime é exacerbado, e frequentemente os pobres são acusados de responsáveis pelos crimes e pela insegurança em geral. Nos bairros onde os pobres predominam, é comum observarmos a naturalização das mortes, como se fossem uma espécie de destino a ser cumprido.

        [...]

        IHU On-Line – A crise política e a fragilidade das instituições políticas agravam o problema da violência?

        Sérgio Adorno – Sim, seguramente. Principalmente quando desorganizam os serviços públicos, geram incertezas entre profissionais competentes e responsáveis e impedem alocação de recursos, modernização de equipamentos e de infraestrutura em geral. O resultado é sempre o enfraquecimento do poder institucional e o apelo, mais e mais, a medidas extralegais, à violência abusiva e a precipitação de medidas como a intervenção federal no Rio de Janeiro.

        IHU On-Line – Como a defesa intransigente da vida, como direito fundamental a todos os seres, independentemente da condição socioeconômica, conforma um paradigma capaz de reorganizar as dinâmicas da violência?

        Sérgio Adorno – Infelizmente, não se logrou ainda um consenso, mínimo que seja, a respeito de valores que não podem ser transgredidos, não importa em nome do quê. A vida, por exemplo. Temos visto, não apenas no campo da segurança pública, uma certa atitude de desprezo pela vida dos mais pobres, daqueles não alcançados pelas políticas públicas sociais distributivas. É como se aceitássemos, de bom grado, que uns devem morrer para que os “mais competentes” possam sobreviver. Questão indicativa de uma espécie de anestesia moral que se manifesta em alguns grupos socialmente privilegiados e que não revelam empatia e sequer compaixão com a vida e o destino social de milhares de famílias com seus filhos que, lamentavelmente, repetirão a trajetória trágica de seus pais.

        É preciso mudar esse cenário, transformar mentalidades, reconstruir princípios de vida associativa e cooperativa que ultrapassam as clivagens socioeconômicas, as desigualdades de poder. Trata-se de uma tarefa confiada às escolas e às universidades, aos formadores de opinião, aos gestores de redes sociais, aos governantes e políticos profissionais identificados com o bem comum, capazes de oferecer às próximas gerações uma qualidade de vida e de democracia superior.

MACHADO, Ricardo. Crise política e fragilidade das instituições agravam a violência. Entrevista especial com Sérgio Adorno. Revista Humanitas Unisinos On-line, Rio Grande do Sul, 10 mar. 2018. Disponível em: https://bit.ly/2ScFJXu. Acesso em: 24 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 131-4.

Entendendo a entrevista:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Alocação: destinação (referente à economia); uso para tratar de destinação de dinheiro.

·        Clivagem: Divisão ou oposição existente entre grupos sociais ou étnicos (Sociologia).

·        Coercitivo: que reprime.

·        Descivilizatório: tornando(-se) bárbaro, bruto, selvagem.

·        Estrato: cada uma das camadas sociais mais ou menos segregadas entre si em decorrência de suas diferenças.

·        Extralegal: tudo que não é disciplinado por lei.

·        Gênese: origem.

·        Instituição política: estrutura política, estabelecida por lei, que rege os poderes Executivo e Legislativo.

·        Monopólio: controle exclusivo de toda ou de quase toda atividade.

·        Paradoxalmente: contraditoriamente.

02 – Releia o título da reportagem:

        Crise política e fragilidade das instituições agravam a violência. Entrevista especial com Sérgio Adorno.”

a)   Como o título da reportagem foi produzido?

Foi produzido com uma paráfrase de uma fala do entrevistado.

b)   O que o título antecipa em relação à entrevista?

Duas das causas que agravaram a violência.

03 – No primeiro parágrafo da reportagem, é feita a apresentação e a contextualização do entrevistado. Responda:

a)   Quem é o entrevistado?

O professor Sérgio Adorno.

b)   Por que ele foi convidado pela Revista Instituto Humanitas Unisinos On-line para ser entrevistado?

Porque é especialista em estudos sobre violência.

c)   Qual a relevância da análise do entrevistado sobre a violência no Brasil? Que fatos originaram essa entrevista?

A relevância da entrevista é compreender como se origina a violência, tendo em vista que há uma escalada em todo o país, com o agravante no Rio de Janeiro, que culminou na intervenção militar.

04 – Durante a entrevista, o pesquisador apresentou uma tese sobre a origem da violência no Brasil. Responda:

a)   Segundo o entrevistado, quais são as raízes da violência no Brasil? Explique.

As raízes vem desde a colonização e em seus modos cruéis e rudes de dominação, incorporando valores à cultura até os dias de hoje, embora o mundo não valide mais a violência para tomar o poder de terras.

b)   O que o contexto histórico da criação da nação brasileira revela sobre a herança cultural da violência no Brasil?

Os colonizadores, quando chegaram ao Brasil, usaram métodos cruéis de dominação. Na era colonial, a propriedade da terra era conseguida extinguindo inimigos, opositores políticos ou movimentos de protesto coletivo. Tudo isso era visto como um recurso de poder legítimo. Esses traços de violência se arraigaram na cultura brasileira.

05 – Por que o autor e outros pesquisadores defendem que estamos vivendo um processo descivilizatótio? O que isso significa na prática?

      O processo descivilizatório é marcado pela ruptura das regras de cortesia nas relações interpessoais. Na prática, isso se revela com as ofensas nas redes sociais, por exemplo, a intolerância no trânsito ou a agressão física porque a pessoa pensa diferente ou é de outra etnia ou orientação sexual.

06 – De acordo com o entrevistador, a dinâmica da violência reforça desigualdades sociais. Responda:

a)   Como são as sociedades mais seguras de acordo com muitos pesquisadores?

São aquelas em que há menos desigualdades sociais e há maior solidez institucional e reconhecimento das autoridades encarregadas de aplicar a lei e a ordem. Nesses países, as taxas de homicídio são menores ou quase inexistentes.

b)   Qual exemplo é dado para mostrar que a desigualdade social e os números de violência caminham lado a lado?

Nos bairros em que habitam pessoas de classes alta e média-alta, as taxas de violência estão sempre abaixo da média local, regional ou nacional. Em contrapartida, nos bairros em que se concentram as classes mais pobres, o índice de violência é quase sempre mais alto que a média.

c)   Por que há maior percepção da violência entre pessoas que vivem em bairros menos violentos que aquelas de lugares com as taxas mais altas?

Nos bairros de classes média e alta, o medo do crime é exacerbado e frequentemente os pobres são acusados de serem responsáveis pelos crimes e pela insegurança em geral. Nos bairros mais pobres, há uma naturalização das mortes, e a percepção da violência é menor.

07 – A entrevista é um gênero textual do campo jornalístico/midiático cuja composição é apresentação, contextualização do entrevistado e do tema, pergunta e resposta. Responda:

a)   Releia o primeiro parágrafo. É feita a apresentação do tema ou do entrevistado? O que essa escolha revela sobre o enfoque dado pela Revista IHU nessa entrevista?

Sim, é feita a apresentação do tema e do entrevistado. Essa escolha revela o enfoque da Revista IHU em discutir temas, não o currículo das pessoas, e apresentar a posição assumida sobre determinadas questões.

b)   Na contextualização do entrevistado, qual enfoque é dado à sua biografia?

É dado o enfoque sobre o trabalho feito pelo entrevistado no Núcleo de estudos da Violência (NEV).

c)   Como o tema é apresentado? No texto, estabelece-se relação com o currículo do entrevistado?

O tema é apresentado com trechos da fala de Sérgio Adorno sobre violência. Além disso, o texto estabelece relação com o currículo do entrevistado, que é referência em estudos sobre violência.

d)   Na parte da entrevista, o enfoque encontra-se mais na pergunta ou na resposta? Que papéis são alternados entre entrevistador e entrevistado? Explique.

O enfoque encontra-se mais na resposta. Isso porque o papel do entrevistador é perguntar o que for pertinente para informar o leitor, e o do entrevistado, fornecer resposta integral àquilo que foi perguntado.

08 – Releia a entrevista, observando a distribuição dos tempos verbais no texto. Responda:

a)   Em quais situações do texto os verbos são apresentados no presente do indicativo? Que efeito de sentido é produzido com esse uso?

O texto apresenta-se predominantemente no presente do indicativo. Esse uso produz efeito de atualidade às informações e aos argumentos apresentados.

b)   Em quais situações do texto os verbos são apresentados no pretérito perfeito? Que efeito de sentido é produzido com esse uso?

Na parte da entrevista, em que o entrevistado aborda o contexto histórico que ele trata sobre a gênese da violência. O efeito produzido foi retomar ações passadas e relacioná-las com o presente, tendo em vista que, em seguida, volta-se a usar o presente do indicativo.

 

 

 

domingo, 27 de junho de 2021

ENTREVISTA: "O JOVEM É ESPECIALMENTE SUSCETÍVEL AOS APELOS DO CONSUMISMO" - THAIS PAIVA - COM GABARITO

 Entrevista: O jovem é especialmente suscetível aos apelos do consumismo

                    Especialista fala sobre as relações entre juventude e consumo desenfreado

Thais Paiva

24 de janeiro de 2017

        Prazer, sucesso, felicidade, alívio. Todas essas sensações costumam surgir como consequência da realização de um objetivo ou meta. No entanto, são também esses sentimentos que costumam respaldar o ato de comprar compulsivamente e, portanto, explorados pelo consumismo, modo de vida orientado para uma crescente propensão ao consumo de bens e serviços, em geral, supérfluos.

        Autora do livro O prazer das compras – o consumismo no mundo contemporâneo (Ed. Moderna), Maria Helena Pires Martins fala sobre a importância de debater esse tema com os jovens em fase escolar, se valendo de diferentes elementos do cotidiano deles, tais como o acesso a smartphones, moda e funk ostentação.

        Na entrevista abaixo, a especialista falou sobre a diferença entre necessidades reais e supérfluas, os reflexos do consumo desenfreado e a relevância de formar cidadãos que sejam consumidores responsáveis.

        Carta Educação: Em que contexto histórico a sociedade começou a ganhar ares consumistas?

        Maria Helena Martins: O consumo sempre existiu: consumimos alimentos, oxigênio, água, etc. Isso é essencial para a manutenção da vida. O consumismo é um fenômeno econômico e social que apareceu com maior ênfase após os anos 1960. É definido como sendo uma ideologia que encoraja a compra de produtos e serviços em quantidade sempre maior. Para manter esse nível de consumo, a indústria instituiu o que chamamos de “obsolescência programada”, ou seja, a introdução planejada de aperfeiçoamentos nos produtos para que sejam substituídos pelos modelos mais novos. Com isso, o consumidor descarta o produto que já tem, e que ainda funciona para os fins para os quais foi criado, e deseja o produto mais aperfeiçoado. O ciclo do desejo e a vontade de comprar são mantidos ativos dessa forma.

        CE: Como a juventude se relaciona com esse contexto? Quais são os principais fatores que levam o jovem a querer comprar cada vez mais?

        MHM: O jovem é especialmente suscetível aos apelos do consumismo. As mídias, tanto as mais antigas, como revistas, jornais, televisão, quanto as novas, difundidas pela internet, incluindo as mídias sociais, mostram propagandas de todos os tipos de produtos. Além disso, os blogs apresentam modos de vida considerados “desejáveis” pelos seus desenvolvedores, que ganham para mostrar certos produtos. O aval desses formadores de opinião tornou-se extremamente importante para os jovens que querem projetar uma determinada imagem. Por isso, tanto a moda adotada pelo grupo ao qual deseja pertencer, quanto o grupo em si, são importantes na formação desses valores consumistas.

        CE: Também podemos dizer que, hoje, os pais – mais ausentes – tentam recompensar essa falta de tempo compartilhado com itens de consumo?

        MHM: Sim, a família deveria ser o primeiro lugar de aprendizado do consumo consciente. É evidente que crianças e mesmo os adolescentes mais jovens não têm o autocontrole suficiente para frustrar seus desejos de consumo. Caberia aos adultos responsáveis da família discutir o que são as necessidades de sobrevivência e o que é supérfluo; propor o reaproveitamento de vários itens e a reciclagem de outros; apontar as consequências do consumismo para a sobrevivência humana no planeta; conversar sobre outros modos de se ter satisfação que não seja o consumo desenfreado. Mas os pais teriam, também, de ser educados dentro dessa perspectiva.

        CE: Muitas manifestações culturais como o funk fazem ode à ostentação. Isso é reflexo de uma sociedade que valoriza a posse?

        MHM: Não podemos nos esquecer das origens do funk carioca: as favelas do Rio de Janeiro. O funk ostentação, criado em São Paulo por volta de 2008, enfatiza, em suas letras, o consumismo, a conquista de bens materiais e a ambição de sair das favelas e conquistar seus objetivos de riqueza. Para essa parcela da população, em geral invisível, a única maneira de ser é por meio dos bens materiais. As ideias difundidas pelo funk ostentação foram abraçadas pela “nova classe média”, que ascendeu economicamente a partir de 2005 e mudou significativamente seu padrão de consumo.

        CE: Em contrapartida, temos uma série de serviços que já apostam em um consumo colaborativo, desde aluguel de roupas até serviços de caronas. Estamos começando a repensar nossa relação com o consumo e o desperdício?

        MHM: Sim, estamos começando a pensar nossa relação com o consumo e desperdício, por isso a educação é tão importante: antes de satisfazer todas as nossas vontades, precisamos pensar nas consequências de nossas ações para o futuro do planeta e para as gerações futuras. Hoje, já temos o uso compartilhado de bicicletas. Não tardará a chegar o uso compartilhado de carros, principalmente os elétricos. Precisamos de políticas públicas que enfatizem a necessidade do consumo consciente, do reuso, da transformação de objetos em matéria-prima para outros objetos, do descarte apropriado de pilhas, baterias, aparelhos eletrônicos, lâmpadas fluorescentes, tintas, pneus, óleo, além de políticas que incentivassem o uso de energia solar e eólica não só em indústrias, mas também nas residências, com um desconto do IPTU, por exemplo.

        CE: Como o professor pode trabalhar o tema do consumismo em sala de aula? Como educar para termos consumidores responsáveis?

        MHM: O trabalho da escola é extremamente importante para a conscientização dos alunos e de suas famílias. Devemos lembrar que as questões éticas envolvem sempre a ação. Por isso, é necessário que toda a escola esteja envolvida no programa de consumo consciente: a economia da água com torneiras que fecham automaticamente; o reuso de água de chuva para a limpeza da escola; o uso de luz de presença que acendem e apagam a partir do movimento; o uso e reuso adequado de papel, de livros e de cadernos; a conservação das salas de aula; o descarte adequado do lixo orgânico e do lixo reciclável; sistema de devolução de uniformes que não servem mais e podem ser reaproveitados por outros alunos menores. Cada escola e professor precisa agir dentro da realidade de sua comunidade e sala de aula. A discussão com os alunos pode levantar muitas maneiras de reaproveitamento de materiais que sejam significativos para eles.

        A mudança de hábitos exige a prática cotidiana das ações para que elas se transformem em novos hábitos mais adequados à sociedade contemporânea. Só o conhecimento teórico do que deve ser feito não é eficiente para que a ação se torne realidade. No caso do consumo, principalmente, em que precisamos dizer não para a satisfação de algumas de nossas vontades, temos de estar inspirados por princípios mais altos, como a nossa responsabilidade pelas gerações futuras. Temos de nos perguntar continuamente de que realmente precisamos para ter uma vida boa e digna, e lembrar que nenhum objeto exterior a nós vai nos trazer felicidade e um sentido de autorrealização.

PAIVA, Thais. “O jovem é especialmente suscetível aos apelos do consumismo”. Carta Educação, São Paulo, 24 jan. 2017. Disponível em: https://bit.ly/2koNMQc. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 237-240.

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Entendendo a entrevista:

01 – Releia o título e o subtítulo:

        “O jovem é especialmente suscetível aos apelos do consumismo”

        Especialista fala sobre as relações entre juventude e consumo desenfreado

a)   Por que o título da entrevista aparece entre aspas? Como foi elaborado?

Aparece entre aspas porque é parte da fala da entrevista. Ele foi elaborado usando o recurso de citação, embora não haja referência direta a entrevista, como o verbo de elocução e seu nome.

b)   O que o subtítulo antecipa em relação à entrevista?

Antecipa o tema abordado na entrevista com a especialista.

02 – Releia o primeiro parágrafo da entrevista e responda:

a)   Quais situações da sua vida promovem “prazer, sucesso, felicidade e alívio”?

Resposta pessoal do aluno.

b)   Você já sentiu essas sensações ao comprar algo? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

03 – No segundo parágrafo é feita a apresentação e a contextualização da entrevistada. Responda:

a)   Quem é a entrevistada?

A pesquisadora Maria Helena Pires Martins.

b)   Por que ela foi convidada pela Carta Educação para tratar de consumismo?

Porque é autora do livro O prazer das compras – o consumismo no mundo contemporâneo (Ed. Moderna).

c)   Do que seu livro trata?

Trata da importância do debate sobre consumismo com os jovens em fase escolar com base nos diferentes elementos do cotidiano deles, como o acesso a smartphones, moda e funk ostentação.

d)   De quais temas e assuntos a entrevistada abordou?

Na entrevista, a especialista falou sobre a diferença entre necessidades reais e supérfluas, os reflexos do consumo desenfreado e a relevância de formar cidadãos que sejam consumidores responsáveis.

04 – Durante a entrevista, a autora conceituou alguns termos. Responda:

a)   Qual é a diferença entre consumo e consumismo, segundo a autora?

O consumo sempre existiu em decorrência da necessidade de subsistir, sendo parte essencial para a manutenção da vida. O consumismo é um fenômeno econômico e social, uma ideologia que encoraja a compra de produtos e serviços em quantidade sempre maior do que a necessidade.

b)   Como surgiu a ideologia do consumismo? Qual mecanismo foi criado pela indústria que desencadeou esse fenômeno social?

Surgiu em meados de 1960, quando as empresas, para aumentar a produção e seus lucros, criou o mecanismo de “obsolescência programada”, introdução planejada de aperfeiçoamentos nos produtos para que sejam substituídos pelos modelos mais novos.

c)   Qual foi a consequência desse mecanismo das empresas vigente ainda no século XXI?

O consumidor descarta o produto que já tem por outro mais aperfeiçoado; dessa forma, alimenta o ciclo de vontade e desejo daquilo que, realmente, não tem necessidade.

d)   Você já tinha percebido esse mecanismo em relação aos eletroeletrônicos pessoais e de sua casa? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

05 – O principal aspecto tratado na entrevista é a relação dos jovens com o consumismo. Responda:

a)   Segundo a autora, o que leva os jovens ao consumismo?

Os jovens são muitos suscetíveis aos apelos de consumo das mídias, tanto as mais tradicionais, quanto as difundidas pela internet que mostram propagandas de todos os tipos de produto.

b)   Como é a influência dos blogueiros/vloggers em relação ao consumo dos jovens, segundo a entrevista? Explique.

Os blogs/vlogs apresentam modos de vida considerados “desejáveis” e têm patrocínio para anunciar certos produtos. A consequência disso é que o aval desses influenciadores digitais tem se tornado essencial para os jovens projetarem uma determinada imagem e adotarem a moda desse grupo do qual se identificam.

c)   Você costuma seguir esses influenciadores digitais? Eles influenciam ou já influenciaram suas escolhas de consumo? Comente.

Resposta pessoal do aluno.

06 – De acordo com a autora, qual deve ser o papel da família na educação para o consumo?

      Segundo a autora, os adultos responsáveis da família precisariam também educar-se para o consumo consciente.

07 – Que relação a autora faz entre a ascensão do “funk ostentação” e os padrões de consumo atuais? Você concorda ou discorda dela? Explique.

      Segundo a autora, o funk ostentação enfatiza, em suas letras, o consumismo, a conquista de bens materiais e a ambição em conquistar seus objetivos de riqueza. Esses valores culturais disseminados nas músicas têm como consequência a ideia de que a pessoa só se torna “alguém” se consumir determinados produtos e marcas. A segunda resposta pessoal do aluno.

08 – No que consiste o consumo colaborativo? Você já tinha ouvido falar nessa forma de consumo? O que achou dessa ideia?

      O consumo colaborativo consiste em compartilhar carros, bicicletas, espaços de trabalho e aparelhos eletrônicos. A segunda resposta pessoal do aluno.

09 – Reproduza a tabela abaixo e preencha-a com as propostas apresentadas pela autora em relação ao consumo consciente nas escolas:

·        Água: Troca de torneiras por aquelas que fecham automaticamente; reuso de água de chuva para a limpeza da escola.

·        Energia elétrica: Instalar luz de presença, que acende e apaga a partir do movimento.

·        Papel: Uso e reuso adequado de papel, livros e cadernos.

·        Descarte de lixo orgânico: Descarte adequado do lixo orgânico, separado do reciclável.

·        Descarte de lixo reciclável: Separação do lixo reciclável e encaminhamento da coleta seletiva.

·        Uniformes: Sistema de devolução de uniformes que não servem mais e podem ser reaproveitados por outros alunos menores.