sábado, 2 de abril de 2022

ANÚNCIO: QUEM NASCE EM SÃO PAULO É: AES ELETROPAULO - ADJETIVOS PÁTRIOS - COM GABARITO

 Anúncio: Quem nasce em São Paulo é:

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        Quem nasce em São Paulo é: espanhol, gaúcho, italiano, mineiro, sul-africano, norte-americano, pernambucano, japonês, cearense, libanês e também paulistano. É apressado, gentil, determinado, elegante, forte, cordial, trabalhador, solidário e também paulistano.

        Dizem que 30% das pessoas que moram em São Paulo não nasceram em São Paulo. Mas não importa. Foi nesta cidade que nasceu o sonho de uma vida melhor para todas essas pessoas. Elas acolheram e foram acolhidas por esta cidade. Ajudaram e foram ajudadas por esta cidade. Por isso, não precisa nascer em São Paulo para ser paulistano. Basta ter sonho, esperança e um grande coração.

        Parabéns, São Paulo, pelos 453 anos.

        Uma homenagem da AES Eletropaulo, mais energia na vida da cidade.

Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 109-110.

Entendendo o anúncio:

01 – Na parte de cima do anúncio, o anunciante emprega vários adjetivos pátrios e não pátrios para caracterizar “quem nasce em São Paulo”.

a)   Quais desses adjetivos são pátrios?

Espanhol, gaúcho, italiano, mineiro, sul-africano, pernambucano, japonês, cearense, libanês, paulistano.

b)   Que características da população de São Paulo os adjetivos não pátrios destacam? Marque com um X os itens corretor:

·        Hábitos.

·        Gosto musical.

·        Caráter.

·        Receptividade.

·        Moda.

·        Educação.

02 – Quando o nome de uma cidade coincide com o nome do estado, pode haver dúvidas sobre o adjetivo pátrio a ser utilizado. Por exemplo, é carioca quem nasce na cidade do Rio de Janeiro; já quem nasce no estado do Rio é fluminense.

a)   Que adjetivo é utilizado para caracterizar quem nasce no estado de São Paulo? E na cidade de São Paulo?

Quem nasce no estado de São Paulo é paulista; quem nasce na cidade de São Paulo é paulistano.

b)   Interprete: Por que, então, segundo o anúncio, quem nasce em São Paulo é espanhol, gaúcho, italiano, etc.?

O anúncio dá a entender que, além dos paulistanos, a cidade também foi formada por muitos migrantes e imigrantes.

c)   Que frase do parágrafo iniciado após a enumeração dos adjetivos resume e confirma sua resposta anterior?

Por isso, não precisa nascer em São Paulo para ser paulistano.

03 – Se, de acordo com o anúncio, não é preciso ter nascido em São Paulo para ser “paulistano”, então o que une e iguala todos os habitantes dessa cidade?

      O sonho de uma vida melhor para todos, a esperança e um grande coração.

04 – Na parte de baixo do anúncio se lê: “Uma homenagem da AES Eletropaulo, mais energia na vida da cidade”. Eletropaulo é a empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica à cidade de São Paulo.

a)   Que sentidos tem a expressão “mais energia na vida da cidade”, no contexto?

Tem o sentido de que a Eletropaulo está fornecendo energia elétrica à cidade e, ao mesmo tempo, de que esse fornecimento é o que dá à cidade firmeza, força, vigor.

b)   Levante hipóteses: Com que finalidade a empresa anunciante presta essa homenagem à cidade?

Resposta pessoal do aluno. Sugestões: Como a empresa fornece energia à cidade, ela também é paulistana, como os imigrantes; Para melhorar a imagem da empresa junto ao consumidor; Para transmitir a impressão de que a Eletropaulo, assim como os paulistanos, tem o sonho de uma vida melhor.                                                                                   

 

ANEDOTA: OS PORCOS - ZIRALDO - AMBIGUIDADE - COM GABARITO

 Anedota: Os porcos

               Ziraldo

        O garoto encarregado de cuidar do chiqueirinho veio avisar ao patrão que tinha sumido um dos porcos. O patrão, furioso, dá a maior bronca:

        -- Moleque irresponsável! Malandro! Se a gente não ficar de olho, vocês não fazem nada direito! Vai ver você deixa os bichos andarem por aí de qualquer jeito! E agora, vê? Some um porco. Se eu estivesse lá no chiqueiro, não estaria faltando nenhum.

As anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo: Melhoramentos, 2005. p. 39.

Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 112-3.

Entendendo a anedota:

01 – O humor da anedota é construído em torno da ambiguidade da última frase do texto.

a)   O que o patrão quis dizer com essa frase?

Se ele tivesse cuidado dos porcos, nenhum teria escapado.

b)   Que outro sentido a frase apresenta no contexto?

Não estaria faltando nenhum porco, porque com ele, que é um porco, a conta ficaria completa.

02 – A palavra chiqueirinho é o diminutivo do substantivo chiqueiro. Que tipo de informação o diminutivo transmite a respeito do chiqueiro?

      A informação de que o chiqueiro não era grande.

03 – Observe esta frase: “O patrão, furioso, dá a maior bronca”.

a)   Como a frase ficaria se fossem dois patrões, em vez de um?

Os patrões, furiosos, dão a maior bronca.

b)   A que classe gramatical pertence a palavra furioso?

À classe dos adjetivos.

c)   Que variação sofreu a palavra patrão quando foi passada para o plural?

A terminação –ão foi substituída por –ões.

04 – No texto são empregadas as palavras porco e porcos.

a)   A que classe gramatical elas pertencem?

À classe dos substantivos.

b)   Que variação sofreu a palavra porco para indicar plural, ou seja, que se trata de mais de um porco?

Ganhou, no final, a letra –s.  

c)   Qual é o feminino da palavra porco? Como se forma o feminino dessa palavra?

Porca. Com a substituição de –o por –a.   

TIRA: OZZY E ERCÍLIA - ARTIGO DEFINIDO E INDEFINIDO - COM GABARITO

 Tira: Ozzy e Ercília

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Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 119-120.

Entendendo a tira:

01 – Ercília, a prima de Ozzy, está passando alguns dias na casa dele. Observe o último quadrinho. O que Ozzy quer dizer com a afirmação que faz no último balão?

      Ele sugere que, por a prima ser menina, ninguém quer ficar com ela.

02 – Observe as palavras destacadas nas frases:

        “Porque a minha foi viajar!”

        O seu pai foi junto?”

        “Então, por que você não foi para um hotel?”

        “Mas eu sou uma menina!”

        Em quais frases as palavras destacadas atribuem ao substantivo que acompanham:

a)   A ideia de um elemento determinado, conhecido, específico, definido?

Na 1ª e na 2ª frase.

b)   A ideia genérica e imprecisa de um elemento qualquer e indefinido entre muitos?

Na 3ª e na 4ª frases.

03 – No 1° quadrinho, Ozzy diz:

        “Por que você está passando uns tempos aqui na minha casa?”

        Que sentido a palavra uns atribui ao substantivo tempos nessa frase?

      Atribui um sentido de imprecisão, ou seja, não se sabe exatamente quanto tempo a prima vai ficar na casa de Ozzy.

ANÚNCIO: ÁRVORE DE NATAL - PALAVRAS OXÍTONAS - COM GABARITO

 Anúncio: Árvore de Natal


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Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 136-7.

Entendendo o anúncio:

01 – No anúncio, foi suprimido propositalmente o acento de quatro palavras oxítonas. Identifique e reescreva essas palavras, acentuando-as adequadamente.

      Também, ipês, jequitibás, Pará.

02 – Miriti é uma palavra oxítona. Ela deve ser acentuada? Por quê?

      Não, pois não é terminada em a(s), e(s), o(s) ou em/ens.

03 – A palavra tem, empregada no anúncio, não apresenta acento gráfico. Essa grafia está de acordo com as regras da língua escrita? Por quê?

      Sim, pois trata-se da forma do verbo ter na 3ª pessoa do singular.

04 – O anúncio valoriza elementos da natureza e da paisagem brasileira ao citar seis palavras provenientes da língua tupi.

a)   Troque ideias com os colegas e tentem descobrir quais são essas palavras. Se necessário, consultem um bom dicionário.

Ipês, carnaúbas, jequitibás, miriti, Abaetetuba, Pará.

b)   Dessas palavras, quantas são oxítonas?

Quatro.

c)   Considerando que o anunciante fabrica cosméticos extraídos de produtos naturais brasileiros, explique de que modo o anúncio contribui para promover seus produtos.

Ao valorizar os elementos naturais da flora brasileira, o anunciante indiretamente também promove e valoriza seus produtos, que são extraídos da flora nacional.

     

TEXTO: O ESPAÇO DO CIDADÃO - FRAGMENTO - MILTON SANTOS - VIVÊNCIAS - PROJETO DE VIDA -COM GABARITO

 Texto: O espaço do cidadão – Fragmento

    

Do indivíduo ao cidadão

        [...]

        Uma coisa é a conquista de uma personalidade forte, capaz de romper com os preconceitos. Outra coisa é adquirir os instrumentos de realização eficaz dessa liberdade. Sozinhos, ficamos livres, mas não podemos exercitar a nossa liberdade. Com o grupo, encontramos os meios de multiplicar as forças individuais, me diante a organização. É assim que nosso campo de luta se alarga e que um maior número de pessoas se avizinha da consciência possível, rompendo as amarras da alienação. É também pela organização que pessoas inconformadas se reúnem, ampliando, destarte, sua força e arrastando, pela convicção e o exemplo, gente já predisposta mas ainda não solidamente instalada nesses princípios redentores.

        [...]

        Como categoria política, a cidadania pode e deve submeter-se a diversas propostas de realização: estamos no terreno de uma ideia que busca, de um lado, a sua teoria e que, de outro, busca a sua prática possível. A resposta a essas indagações resultará de um jogo em que à filosofia até mesmo se podem misturar ou se opor interesses mesquinhos gastrintestinais. Trata-se, em última análise, de um debate em procura de uma lei e, por isso, a resposta obtida é única, fixa, estável, permanente, ainda que seja o fruto de um arranjo apenas momentâneo. Dele podemos discordar intimamente – e até mesmo exprimir publicamente a nossa inconformidade, mas sua eficácia durará até que o equilíbrio que a gerou ceda lugar a um outro novo.

        [...]

        A luta pela cidadania não se esgota na confecção de uma lei ou da Constituição porque a lei é apenas uma concreção, um momento finito de um debate filosófico sempre inacabado. Assim como o indivíduo deve estar sempre vigiando a si mesmo para não se enredar pela alienação circundante, assim o cidadão, a partir das conquistas obtidas, tem de permanecer alerta para garantir e ampliar sua cidadania.

        Lugar e valor do indivíduo

        “O espaço impõe a cada coisa um determinado feixe de relações, porque cada coisa ocupa um lugar dado”.

        Cada homem vale pelo lugar onde está: o seu valor como produtor, consumidor, cidadão, depende de sua localização no território. Seu valor vai mudando, incessantemente, para melhor ou para pior, em função das diferenças de acessibilidade (tempo, frequência, preço), independentes de sua própria condição. Pessoas, com as mesmas virtualidades, a mesma formação, até mesmo o mesmo salário têm valor diferente segundo o lugar em que vivem: as oportunidades não são as mesmas. Por isso, a possibilidade de ser mais ou menos cidadão depende, em larga proporção, do ponto do território onde se está. Enquanto um lugar vem a ser condição de sua pobreza, um outro lugar poderia, no mesmo momento histórico, facilitar o acesso àqueles bens e serviços que lhes são teoricamente devidos, mas que, de fato, lhe faltam.

        [...]

SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. In: SILVA, Elisane; NEVES, Gervásio Rodrigo; MARTINS, Liana (org.). Milton Santos: O espaço da cidadania e outras reflexões. Porto Alegre: Fundação Ulisses Guimarães, 2011. p. 159-161.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 128-129.

Entendendo o texto:

01 – Com base no que foi lido, debatam sobre a diferença entre indivíduo e cidadão.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É esperado que os alunos compreendam como indivíduo a pessoa humana e como cidadão o indivíduo que está inserido em um contexto social e histórico e, por isso, tem suas ações submetidas a sistemas de justiça.

02 – Milton Santos considera que o valor do indivíduo enquanto cidadão está diretamente ligado aos espaços que ele frequenta e habita. Vocês concordam com essa visão? Justifiquem suas opiniões levando em conta a definição de cidadania apresentada no glossário da página anterior.

      Resposta pessoal do aluno.

03 – Expliquem a afirmação “Sozinhos, ficamos livres, mas não podemos exercitar a nossa liberdade”, considerando o que já sabem de justiça, direito, dever e cidadania.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Espera-se que os alunos compreendam que, sozinhos, podemos ir contra sistemas que restringem as liberdades, mas nós não teremos força suficiente para modificar essas estruturas.

04 – Vocês concordam com as afirmações do autor sobre a luta pela cidadania? Justifiquem.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Incentive os alunos a justificar suas opiniões e a apresentar exemplos que corroborem seus pontos de vista.

05 – Em quais espaços podemos exercitar a cidadania?

      Em todos os espaços.

TIRA: RELAÇÕES PÚBLICAS - MAFALDA - COM GABARITO

 Tira: Relações públicas

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Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1998. v. 1, p. 113.

Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 149.

Entendendo a tira:

01 – De que trata esta tira?

      Trata-se de como deve trabalhar um relações públicas da empresa.

02 – Quem são as personagens?

      Manuelito e Susanita.

03 – Em certos contextos, a palavra um é numeral; em outros, é artigo indefinido. No 3° quadrinho, a palavra um é artigo ou numeral? Por quê?

      É numeral. Como Susanita pega muitos caramelos do saquinho, Manuelito, ao gritar a palavra um, emprega-a com o sentido de “apenas um”.

04 – E no 2° quadrinho? Justifique sua resposta.

      É artigo, pois se refere a um caramelo qualquer.

05 – Explique a contradição existente na fala de Manuelito.

      Manuelito, colocando-se no papel de empresário, como seu pai, quer mostrar-se humano, mas acaba revelando-se egoísta.

RELATO: JUVENTUDE TRANSFORMADORA - CRIATIVOS DA ESCOLA - VIVÊNCIAS - PROJETO DE VIDA - COM GABARITO

 Relato: Juventude transformadora

       [...] A voz de jovens que transformam suas realidades

        Todos os dias, os mais de 48 milhões de jovens brasileiros entre 14 e 29 anos enfrentam os desafios de viver, estudar e trabalhar em um país de proporções continentais, desigualdades abismais e culturas diversas como o Brasil. São jovens como Conceição, que faz licenciatura teatral; ou Rodrigo, que acorda às 6h40 para pegar ônibus e ir para a escola; ou ainda Brena, que toca um projeto sobre igualdade de gênero na sua comunidade. [...]

        A construção dessas pessoas enquanto sujeitos de direito, no entanto, é moderna; nas sociedades greco-romanas, crianças ou adolescentes eram considerados meros objetos de propriedade ou uma fase de “imperfeição” provisória; no Brasil colônia, a depender da classe social, crianças e jovens tinham que trabalhar tanto quanto os adultos, e não lhes era resguardado nenhum tipo de proteção.

        Hoje, longe de ser considerada como uma fase passageira ou sem direitos, a juventude é compreendida como uma condição social de intensas transformações, atravessada e moldada por onde esse jovem nasce, sua classe social, seu gênero e raça, sendo a geração que mais sente na pele a presença ou ausência de políticas públicas ou do Estado em si, mas também aquela que é capaz de alterar e transformar o seu entorno.

        Segundo o último censo do IBGE de 2010, a população brasileira é majoritariamente jovem, sendo que 52% tem entre 14 e 29 anos e mais de 80% deles vivem em áreas urbanas. É também uma juventude multirracial; quase 50% deles se declara negro ou pardo, enquanto 34% branco. [...]

        “O jovem está em constante transformação. Ele é a transformação”, relata Rodrigo Cardoso, 17, um dos idealizadores do projeto Xeque Mate, que usa o xadrez para recuperar a autoestima de uma escola em São Gonçalo (RJ). “Ele é uma transformação ambulante, pode mudar de opinião e a cada dia trazer uma ideia nova. Tem também uma boa capacidade de adaptação, consegue absorver conhecimento e botá-lo em prática. É bom incluir os jovens nesse momento de transformação da sociedade, porque é aí que ele mostra todo seu potencial”.

        O olhar inovador para as questões da atualidade é, para Conceição Soares, de 20 anos, uma das qualidades inerentes da juventude. Ela é uma das responsáveis pelo Ecomuseu de Pacoti, museu comunitário que valoriza os saberes locais da homônima cidade cearense.

        “A gente costuma dizer que os jovens são o futuro, mas isso significa que eles são deixados para depois. Estamos vivendo o agora, experimentando o presente. Temos que ser agentes do presente”, afirma a jovem, que hoje cursa licenciatura em teatro.

[...].

Criativos da Escola. Dia da juventude: a voz de jovens que transformam suas realidades. Porvir, 12 ago. 2019. Disponível em: https://porvir.org/dia-da-juventude-a-voz-de-jovens-que-transformam-suas-realidades/. Acesso em: 11 fev. 2020.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 200.

Entendendo o relato:

01 – De que maneira vocês acham que o trecho de texto acima se relaciona com o título do capítulo?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É importante que os alunos discutam que o principal papel do jovem é seu potencial de transformar a sociedade, seja por meio da escola, seja após o Ensino Médio, no mercado de trabalho ou por meio de outra atividade.

02 – Vocês concordam que o jovem é um importante agente transformador da sociedade? Reflitam sobre os exemplos que vocês viram ao longo deste capítulo, as intervenções que vocês fizeram e os caminhos de futuro que pretendem percorrer.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Esse é o momento para retomar exemplos e ações que foram realizadas no decorrer da trajetória escolar da turma com o intuito de refletir sobre os impactos dessas ações na comunidade e reconhecer o poder de transformação da juventude e da colaboração.

03 – Independentemente dos pontos centrais de seus projetos de vida, vocês acham que podem contribuir como agentes transformadores para uma sociedade mais justa, inclusiva e democrática? Como?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Sim, independentemente dos caminhos escolhidos, é possível trilhá-los com consciência crítica e responsabilidade, trabalhando de maneira colaborativa para uma sociedade melhor.

 

RELATO: SER A MUDANÇA QUE QUERO VER NO MUNDO BASTA? - SANDRA CASELATO - COM GABARITO

 Relato: Ser a mudança que quero ver no mundo basta?

         A mudança social só acontece se houver mudança pessoal. Mas apenas a mudança pessoal não é suficiente para que haja mudança social. 

        No cenário atual, em que enfrentamos o aquecimento global, o consumo desenfreado de recursos naturais não renováveis, a degradação de solos agricultáveis, o aumento do desmatamento, o ressurgimento de pensamentos xenófobos nacionalistas e fascistas pelo mundo, a concentração cada vez maior de riqueza, o aumento da pobreza e a banalização de tudo isso – torna-se cada vez mais urgente a conscientização sobre a importância de pensarmos coletivamente transformações estruturais, sociais e com novos padrões de consumo, partilha justa e cuidado com o planeta.

        Mudanças nos padrões estruturais e socioculturais só acontecem quando há transformações em comportamentos individuais. Porém, a mudança pessoal isolada não é suficiente para que haja mudanças sociais ou culturais. 

        [...]

        Sem dúvida, nossas ações pessoais são importantes para a construção da coletividade. [...] A soma do que cada um faz individualmente constitui a forma como nos organizamos socialmente, como interagimos e nos relacionamos, como estabelecemos nossas instituições sociais e como nossa cultura se forma. 

        Porém, apenas a mudança de um indivíduo não é suficiente para que haja mudança social. "Uma andorinha só não faz verão", como diz o ditado.

        Para que haja mudanças significativas e impactantes é necessário existir uma massa crítica, uma quantidade mínima de pessoas para que uma nova dinâmica social possa se dar em cadeia de modo autossustentável.

        Por isso considero essencial o engajamento, a influência ativa e a organização de ações coletivas em relação às questões públicas, sociais e ambientais que afetam a todos nós. Importante conhecermos nosso poder pessoal, capacidade e possibilidade de influenciar e nos engajarmos coletivamente expandindo nosso círculo de influência com ações estratégicas e planejadas. 

        Uma andorinha sozinha pode influenciar muitas outras e juntas fazer um belo verão! 

CASELATO, Sandra. Ser a mudança que quero ver no mundo basta? ECOA, 4 fev. 2020. Disponível em: https://sandracaselato.blogosfera.uol.com.br/2020/02/04/ser-a-mudanca-que-quero-ver-no-mundo-basta/. Acesso em: 5 fev. 2020.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 189.

Entendendo o relato:

01 – Na opinião de você, como o trecho se relaciona com o título desta unidade?

      Resposta pessoal do aluno Sugestão: É preciso pensar no coletivo e em como cada um pode contribuir para esse coletivo, seja neste momento escolar, seja em seus planos futuros.

02 – Como você responderia à pergunta feita no título do texto?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: De acordo com o texto, a mudança pessoal pode ser um primeiro passo, mas não é suficiente para a mudança social. Incentive a reflexão sobre as diferenças entre o alcance e a efetividade de ações individuais e coletivas.

03 – Para você, qual é a importância de atuar de forma consciente e coletiva na comunidade?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Agir de maneira coletiva é o caminho para promover grandes transformações sociais e garantir uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.

04 – Como a atuação na sociedade está relacionada ao projeto de vida?

      Independentemente do projeto de vida de cada um, todos podem contribuir para uma sociedade melhor. Para isso, ao planejar o projeto de vida, é importante que cada um considere necessidades individuais e coletivas e pense em como isso pode se traduzir em contribuições para a sociedade.

TEXTO: CONCEPÇÕES DE JUVENTUDE QUE ESTÃO PRESENTES NAS POLÍTICAS PÚBLICAS - VIVÊNCIAS- PROJETO DE VIDA - COM GABARITO

 Texto: Concepções de juventude que estão presentes nas políticas públicas

        Etapa problemática ou risco social

        [...] Pauta-se nos comportamentos considerados de risco como, por exemplo, envolvimento com a violência, a criminalidade [...]. No Brasil, este foi o enfoque predominante nas ações governamentais dos anos 1980 e 1990 que se concentraram em programas nas áreas da saúde e da segurança pública. Tais ações têm como objetivo ocupar o tempo livre dos jovens e eram direcionadas para públicos que apresentam características de vulnerabilidade, risco ou transgressão [...].

        Período preparatório                                       

        Nesta abordagem, a juventude é entendida como um período de transição entre a infância e a vida adulta. [...] Os jovens são, portanto, desqualificados e definidos pelo o que não são. Esta abordagem desconsidera a juventude como portadora de conhecimentos e vivências anteriores. Além disso, passa a ideia de um mundo adulto estável, para o qual se deve preparar.

        Juventude: Futuro do país

        Esta perspectiva deposita na juventude a resolução dos problemas de exclusão social e de desenvolvimento do país. Aposta em uma contribuição construtiva dos jovens para a solução dos problemas que afetam as comunidades em que vivem, porém ignora as suas necessidades e demandas. No Brasil, esse enfoque foi muito difundido nos anos 2000, por meio das agências de cooperação internacional, organismos multilaterais e fundações empresariais.

VALLE, Ana Luiza Rocha do; AZAMBUJA, Andréa; CARPEGIANI, Fernanda. Juventudes e Ensino Médio. São Paulo: Projeto Faz Sentido, 2016. p. 13. Disponível em: https://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111-RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf. Acesso em: 4 fev. 2020.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 110.

Entendendo o texto:

01 – Um dos títulos dos trechos acima é “Juventude: Futuro do país”. O que vocês pensam sobre isso? Os jovens são o futuro do país? Expliquem.

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Qual dos três trechos, na opinião de vocês, mais se aproxima da visão que vocês têm do que é (ou são) a juventude (ou juventudes)? Por quê? Caso não se identifiquem com nenhum deles, proponham um trecho que se aproxime mais do que vocês pensaram.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Medeie o diálogo propondo questões norteadores sobre cada item, auxiliando os alunos a sistematizar suas linhas de raciocínio.

03 – Leiam o trecho a seguir. Vocês concordam com o panorama descrito? Por quê?

        A participação de jovens no mercado de trabalho no Brasil é marcada por vários desafios, como informalidade, baixa remuneração, alto índice de rotatividade, precarização da relação de trabalho e dificuldade de conciliação entre estudos, responsabilidades familiares e trabalho. O desemprego entre os jovens brasileiros é de duas a três vezes maior do que o desemprego entre os adultos.

ORGANIZAÇÃO Internacional do Trabalho. Emprego Juvenil no Brasil. Disponível em: www.ilo.org./brasilia/temas/emprego/WCMS_618420/lang--pt/index.htm. Acesso em: 4 fev. 2020.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Auxilia os alunos a relacionar o excerto com a seção de abertura desta unidade, refletindo sobre o impacto do desamparo estrutural aos jovens.

 

RELATO: TRANSFORMANDO A REALIDADE AO MEU REDOR - VIVÊNCIAS - PROJETO DE VIDA - COM GABARITO

Relato: Transformando a realidade ao meu redor

          Jovens reduzem evasão escolar de um jeito diferente no sertão do Ceará

         De acordo com o Censo Escolar 2018, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Brasil possui 2 milhões de crianças e jovens fora da escola sendo que, desse total, cerca de 1,3 milhão são adolescentes entre 15 e 17 anos. Essa situação também era um problema presente na Escola Estadual Adrião do Vale Nuvens, em Santana do Cariri (CE): só em 2017, 79 alunos abandonaram as aulas. Preocupadas com as consequências dessa exclusão escolar para o futuro dos colegas, três alunas do 2º ano do Ensino Médio decidiram agir. Era a largada do projeto “Células motivadoras: conectando-se com o futuro”, um dos premiados na 5ª Edição do Desafio Criativos da Escola, de 2019, iniciativa do Instituto Alana.

        Para entender os reais motivos que levavam tantos adolescentes a desistirem da escola, as alunas conversaram com os colegas em exclusão escolar para escutar os motivos da desistência. A vulnerabilidade social, o baixo incentivo familiar, a falta de estrutura da escola e a dificuldade de transporte eram problemas identificados frequentemente. [...] Após essas descobertas, as estudantes sentiram necessidade de se aproximar desses colegas e, com o auxílio dos educadores, começaram a visitá-los para apoiar seu retorno às aulas. 

        As garotas criaram, ainda, as “Cartas Quentes”, mensagens de incentivo escritas pelos próprios alunos para os colegas que estavam fora da escola, e organizaram rodas de conversa e palestras para dialogar sobre a importância de seguir os estudos. Como resultado, o número de alunos evadidos caiu para 59, em 2018, e despencou para apenas um caso no primeiro semestre deste ano. Hoje, todas as turmas do colégio têm uma “célula motivadora”, um grupo de apoio feito de jovem para jovem para incentivar que todos continuem frequentando as aulas. O projeto segue a todo vapor e as meninas pretendem expandir a iniciativa para outras duas escolas municipais de Santana do Cariri.

        [...]                                           

           JOVENS reduzem evasão escolar de um jeito diferente no sertão do Ceará. Criativos da escola. Disponível em: https://criativosdaescola.com.br/jovens-reduzem-evasao-escolar-de-um-jeito-diferente-no-sertao-o-ceara/. Acesso em: 30 jan. 2020.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 154.

Entendendo o texto:

01 – O que vocês acham do projeto relatado nesse trecho?

      Resposta pessoal do aluno.

02 – O resultado desse projeto seria diferente se não tivesse sido realizado em conjunto, “de jovem para jovem”? Expliquem.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: A realização conjunta do projeto foi determinante para os resultados obtidos.

03 – Vocês já participaram de algum projeto com o objetivo de solucionar algum problema compartilhado por um grupo?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Caso algum dos alunos já tenha participado, valorize seu relato e oriente os demais a praticarem a escuta ativa.

04 – Projetos como o relato no trecho de texto acima mostram a importância da colaboração coletiva para a transformação de sonhos em realidade. Vocês consideram possível uma sociedade baseada na colaboração? Justifique sua resposta.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É possível e desejável que a sociedade seja baseada na colaboração.

 

 


FILOSOFIA: O UBUNTU COMO UMA ÉTICA SOCIAL - NATHALIA DA LUZ - VIVÊNCIAS - PROJETO DE VIDA - COM GABARITO

 Filosofia: O Ubuntu como uma ética social

         Ubuntu: a filosofia africana que nutre o conceito de humanidade em sua essência

        Rio – Uma sociedade sustentada pelos pilares do respeito e da solidariedade faz parte da essência de ubuntu, filosofia africana que trata da importância das alianças e do relacionamento das pessoas, umas com as outras. Na tentativa da tradução para o português, ubuntu seria “humanidade para com os outros”. Uma pessoa com ubuntu tem consciência de que é afetada quando seus semelhantes são diminuídos, oprimidos.

        – De ubuntu, as pessoas devem saber que o mundo não é uma ilha: “Eu sou porque nós somos”. Eu sou humano, e a natureza humana implica compaixão, partilha, respeito, empatia – detalha Dirk Louw, doutor em Filosofia Africana pela Universidade de Stellenbosch (África do Sul).

        Dirk conta que não há uma origem exata da palavra. Estudiosos costumam se referir a ubuntu como uma ética “antiga” que vem sendo usada “desde tempos imemoriais”. [...]

        – No fundo, este fundamento tradicional africano articula um respeito básico pelos outros. Ele pode ser interpretado tanto como uma regra de conduta ou ética social. Ele descreve tanto o ser humano como “ser-com-os-outros” e prescreve que “ser-com-os-outros” deve ser tudo. [...]

        Na esfera política, o conceito é utilizado para enfatizar a necessidade da união e do consenso nas tomadas de decisão, bem como na ética humanitária.

        [...]

LUZ, Nathalia da. Ubuntu: a filosofia africana que nutre o conceito de humanidade em sua essência. Por dentro da África, 24 set. 2014. Disponível em: www.pordentrodaafrica.com/cultura/ubuntu-filosofia-africana-que-nutre-o-conceito-de-humanidade-em-sua-essencia. Acesso em: 16 jan. 2020.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 127.

Entendendo a filosofia:

01 – Vocês já conheciam a filosofia ubuntu? Em caso afirmativo, compartilhem o que sabem. Vocês concordam com ela? Expliquem suas opiniões.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É possível que os alunos conheçam a filosofia por meio de músicas e artistas que a difundem. Caso isso ocorra, incentive-os a apresentar essas referências à turma.

02 – O trecho acima afirma que ubuntu poder ser compreendido como “uma regra de conduta ou ética social”. O que vocês entendem por ética?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Aproveite o momento para mapear os conhecimentos prévios da turma sobre ética.

03 – Em que medida vocês acham que fortalecer o conceito do ubuntu pode fortalecer a coletividade?

     Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É esperado que os alunos compreendam que, ao exercitar a ideia de “ser-com-os-outros”, as ações e as decisões coletivas se tornam mais fáceis e mais fortes.

04 – Como o princípio de “eu sou porque nós somos” se relaciona com a igualdade e com a equidade?

      Ao afirmamos “eu sou porque nós somos”, estamos também afirmando que nós somos iguais (princípio da igualdade) e que devemos agir para que esse status de igualdade seja alcançado por todos (princípio da equidade).