sábado, 12 de junho de 2021

CAMPANHA: CONECTE-SE AO QUE IMPORTA - CAMPANHA DO PROGRAMA DEDICA - COM GABARITO

 Campanha: Conecte-se ao que importa


Campanha do Programa Dedica (Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente), da Associação dos Amigos do Hospital das Clínicas em Curitiba (PR). Disponível em: https://bit.ly/2OMOfMF. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 189.

Entendendo a campanha:

01 – O que você vê na imagem? Qual é o slogan da campanha?

      Um homem, possivelmente pai, no celular e o filho ao lado pedindo atenção.

02 – Relacione a frase que compõe o cartaz e a imagem.

      Enquanto o pai fica conectado à internet, respondendo aos amigos da rede e não prestando atenção em seu filho, a frase acima da imagem afirma que tem gente solicitando a amizade dentro de casa.

03 – Que objetivo da campanha pode ser deduzido pelo cartaz? Por que é promovida por uma associação ligada a um hospital?

      O objetivo deduzido da campanha é a conscientização de pais, mães ou responsáveis sobre dar mais atenção e conectar-se mais aos filhos do que à internet.

04 – Que recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria pode se relacionar a essa campanha? Por quê?

      Os pais precisam desconectar, dialogar e aproveitar oportunidades para conviver com a família com afeto e alegria. Porque os pais precisam proteger integralmente a criança e isso ocorre pelo diálogo e atenção às necessidades de crianças e adolescentes. Além disso, não adianta colocar limites sem apresentar-se como modelo.

05 – Por que essa atitude do pai do cartaz pode ser prejudicial à saúde da criança de acordo com as informações do artigo de divulgação científica?

      Porque, ao não dar atenção à criança, ela fica desprotegida, o que demonstra outras prioridades dadas pelo adulto.

CHARGE: DIA DAS CRIANÇAS - BRUNO GALVÃO - COM GABARITO

 Charge: Dia das crianças



GALVÃO, Bruno. Dia das Crianças, 30 out. 2013. Disponível em: http://chargesbruno.blogspot.com/2013/10/. Acesso em: 28 ago. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 184.

Entendendo a charge:

01 – O que você vê na imagem? Que contraste de cores é possível perceber?

      Crianças vidradas em seus celulares, individualmente, e diferentes brinquedos no chão, com as quais elas poderiam brincar. Há um contraste entre as crianças em preto e branco e os brinquedos coloridos.

02 – Qual é o sentido da onomatopeia click na charge?

      A onomatopeia mostra que as crianças estão teclando com alguém pelo celular.

03 – Que crítica social é feita nessa charge?

      As crianças estão deixando de se divertir com brincadeiras mais tradicionais e interagir umas com as outras, face a face, para ficarem imersas e expostas na internet.

 

CHARGE: GERAÇÃO Z - FLAMIR - COM GABARITO

 Charge: Geração Z



FLAMIR. Geração Z. Disponível em: https://bit.ly/2zfuhTs. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 179.

Entendendo a charge:

01 – O que você observa na charge? A ilustração e o texto estabelecem relação de reiteração ou complementaridade? Explique.

      Uma mãe e um pai observando o filho chorar, com um tablete na mão, porque na escola nova não forneceram a senha do wi-fi. A relação entre a ilustração e o texto é de complementaridade, pois, mesmo observando o tablete na mão do menino, não seria possível saber a razão do choro.

02 – Qual é a crítica social apresentada na charge? Qual é a sua opinião sobre ela?

      O uso do celular ou tablete na escola com acesso à internet. Resposta pessoal do aluno.

03 – Além de apresentar crítica, o que pode provocar humor na charge?

      O fato de o menino chorar porque a escola não forneceu a senha do wi-fi.

04 – Você já presenciou cenas parecidas com essa? Em caso afirmativo, compartilhe a experiência com os colegas.

      Resposta pessoal do aluno.

TIRINHA: ARMANDINHO SAPO - ALEXANDRE BLECK - COM GABARITO

 Tirinha: Armandinho sapo

BLECK, Alexandre. Armandinho. Disponível em: https://tirasarmandinho.tumblr.com. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 158.

Entendendo a tirinha:

01 – Do que trata essa tirinha?

      A tirinha fala sobre educação: o personagem Armandinho pergunta ao sapo quem está educando as pessoas.

02 – Que crítica social está implícita na pergunta de Armandinho? Qual é a sua opinião sobre isso?

      Sobre de quem é o papel de educar na sociedade.

03 – Qual é a transitividade do verbo educar? Qual é o complemento do verbo educar no primeiro quadrinho?

      Educar é verbo transitivo direto e o objeto direto é a gente.

04 – Como ficaria a oração quem está educando a gente na voz passiva analítica?

      Voz passiva analítica: A gente está sendo educado por quem? Ou A gente é educado por quem?



CHARGE: A ESCOLA E O FUTURO - IVAN CABRAL - COM GABARITO

 Charge: A escola e o futuro




CABRAL, Ivan. A escola e o futuro. Sorriso Pensante, 23 fev. 2016. Disponível em: https://bit.ly/2Teh8ms. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 150-1.

Entendendo a charge:

01 – O que você vê na charge? O que é mostrado em primeiro e em segundo plano?

      Em primeiro plano, é possível observar um aluno com um livro embaixo do braço e o olhar indignado, questionando se “O futuro tá na escola, ou é a escola que tá no futuro?”. Em segundo plano (ao fundo), vê-se uma imagem mais apagada do que seria a escola e uma faixa escrito “Greve!”.

02 – Que crítica social é apresentada na fala do menino? O que você acha do questionamento feito por ele?

      O discurso de que a escola é o futuro para as crianças não se concretiza, pois não são oferecidas condições necessárias para que elas estudem hoje para construir seu futuro. Resposta pessoal do aluno.

03 – Em sua opinião, qual seria a resposta à pergunta do menino?

      Resposta pessoal do aluno.

04 – Você já passou pela situação apresentada na charge? Em caso afirmativo, compartilhe sua experiência?

      Resposta pessoal do aluno.

05 – Você também acha que a educação é o caminho para um mundo melhor? Explique.

      Resposta pessoal do aluno.

06 – Como você vê a escola onde estuda?

      Resposta pessoal do aluno.

07 – O que você gostaria que fosse diferente em sua escola?

      Resposta pessoal do aluno

TIRINHA: MAFALDA E FELIPE - QUINO - COM GABARITO

 Tirinha: Mafalda e Felipe




    
QUINO. Toda Mafalda: da primeira à última tira. 2. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 140.

Entendendo a tirinha:

01 – A ideia que a tirinha pretende passar por meio da fala dos personagens Mafalda e Felipe é de humor ou de crítica? Explique.

      A ideia é de crítica, uma vez que esses personagens fazem uma avaliação desfavorável à humanidade no sentido de que não deu certo e que precisa começar de novo.

02 – Observe a expressão do interlocutor das crianças nos três quadrinhos. De que modo a expressão são desse personagem reflete o sentido produzido nas falas e posturas das crianças?

      No primeiro quadrinho, a expressão é de curiosidade e ele se mostra atento para saber sobre o que Mafalda e Felipe conversam. No segundo quadrinho, a expressão é de alegria associada ao fato de achar que as crianças estão brincando. No terceiro quadrinho, a expressão é de espanto por ter sido surpreendido com a resposta inesperada de Mafalda, não prevista para uma criança.

03 – No terceiro quadrinho, Mafalda emprega uma forma verbal na terceira pessoa do plural. Explique como se dá a concordância verbal na fala de Mafalda nesse quadrinho.

      Ao empregar a forma verbal estamos, Mafalda faz referência a ela e ao personagem Felipe. Trata-se de um sujeito composto e, em decorrência disso, o verbo precisou flexionar para concordar com esse sujeito. Equivale a: “Eu (Mafalda) e Felipe estamos falando da humanidade.”





quinta-feira, 10 de junho de 2021

NOTÍCIA: MINHA LÍNGUA, MINHA PÁTRIA - MARCELO TOLETO - COM GABARITO

 NOTÍCIA: MINHA LÍNGUA, MINHA PÁTRIA

Estudante de Letras da UFSCar, o indígena Luciano Ariabo Quezo decidiu escrever um livro didático para evitar o desaparecimento da língua que era falada em sua aldeia, o umutina-balatiponé


Por Marcelo Toledo

De Ribeirão Preto

A cada dia, o estudante Luciano Ariabo Quezo, 25, percebia que a língua portuguesa ocupava mais espaço na aldeia indígena onde nasceu e "engolia" sua língua materna, o umutina-balatiponé. Preocupado com a situação, especialmente após a morte de um ancião - um dos poucos que só falava o idioma nativo -, ele resolveu escrever um livro bilíngue para tentar evitar o desaparecimento da língua de sua família.

Quezo é natural de uma reserva na região de Barra do Bugres (MT), onde cerca de 600 pessoas falam o idioma.

Aluno do último ano do curso de Letras da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) em São Carlos, no interior paulista, ele trabalha no tema desde 2012, quando obteve uma bolsa da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) para sua pesquisa.

Só existem duas escolas indígenas no território umutina e, segundo ele, aprender a língua dependia do interesse individual. Após a morte do ancião, diz, não há mais idosos que dominem completamente a língua. E nem todos os jovens a conhecem.

Um esboço do projeto foi lançado em 2013, com 40 páginas e 180 exemplares, para ser testado e aprovado pela comunidade.

"Língua e Cultura Indígena Umutina no Ensino Fundamental" é destinado a alunos das séries iniciais das escolas de sua aldeia. Um irmão de Quezo trabalha em uma delas e utiliza o material com os estudantes.

Agora, a ideia do autor é aprimorar o material  produzido e aprofundar os temas abordados, chegando a pelo menos 200 páginas.

Dividido em quatro partes, o livro aborda as narrativas do povo, o artesanato, a história da comunidade e o corpo humano. As ilustrações são do próprio Quezo.

"Os mais velhos tinham o conhecimento, mas, entre os mais jovens, poucos falam o umutina. Quando o ancião morreu, em 2004, vi que o idioma poderia sumir se não fosse feito nada", afirma.

Segundo sua orientadora no projeto, a docente do departamento de Letras da UFSCar Maria Silvia Cintra Martins, Quezo teve a preocupação de consultar a comunidade sobre todo o processo de produção da obra.

"Sempre que propunha algo, ele dizia que tinha de conversar com seu povo. Como orientadora, aprendi muito. Foi uma troca, com ele aprendendo nossos padrões acadêmicos e eu conhecendo as exigências de uma comunidade indígena", diz.

Para compreender como são os textos, as questões  e as ilustrações de obras destinadas ao ensino fundamental, Quezo consultou material em português.

"Seu livro é resultado de um diálogo com outras obras de ensino de línguas. Ainda é a versão inicial, em fase de aplicação na aldeia, com vistas a uma  nova edição", diz a orientadora.

A obra ampliada não foi concluída ainda justamente por precisar de aprovação dos índios da aldeia de Quezo.

"O tempo da aldeia é diferente do nosso, não indígena", afirma Maria Silvia.

Além do livro, Quezo é pesquisador de um grupo de linguagens e etnicidades do departamento de Letras.

Cotas

A UFSCar criou um vestibular específico para alunos de comunidades indígenas a partir do primeiro semestre de 2008, após aprovação, no ano anterior, da medida pelo Conselho Universitário.

Cada um dos 61 cursos de graduação da universidade, nos campi de São Carlos, Araras, Sorocaba e Buri, municípios do interior paulista, oferece uma vaga específica para índios de etnias brasileiras.

O pré-requisito é que os candidatos tenham concluído o ensino médio na rede pública ou em escolas indígenas reconhecidas.

Glossário Umutina-Português

xotáxicanã - boa tarde

taykuria - como vai?

haré - peixe

kui - anta

- rio

olaripó - rio Paraguai

abiolô - crianças

xipá - casa

TOLEDO, Marcelo. Minha língua, minha pátria. Folha de S.Paulo. São Paulo, 15 abr. 2015. Cotidiano. p. C4. Acesso em: out. 2015.

Glossário:

etnicidade: estudo das características de determinada etnia, povo ou cultura.

Para entender o texto

1. Essa notícia foi publicada em um jornal, em 15 de abril de 2015.  Por que a indicação da data de publicação é importante em uma notícia de jornal, seja ele impresso ou digital?

A data é importante numa notícia de jornal porque é a principal função da notícia é informar sobre fatos da atualidade.

2. Por causa da credibilidade que se confere a esse tipo de órgão de imprensa, é possível afirmar que as informações do texto são verídicas. Explique o porquê.

Os fatos são verdadeiros, pois trata-se de um veículo que não pode correr o risco de ter sua credibilidade posta em dúvida por veicular informação falsa.

3. O público a que se destina o texto interfere, de alguma forma, na maneira como o texto foi redigido?

O público constituído por leitores do jornal é conhecido apenas genericamente. Não é possível precisar exatamente o público que lerá a notícia. Consequentemente, o redator da notícia procura produzir um texto conciso, sintético, de fácil compreensão.

4. Responda: você teve alguma dificuldade em entender essa notícia? Por quê?

Resposta pessoal. Sugestão: Espera-se resposta negativa. O fato relatado é de fácil compreensão e a linguagem utilizada é simples, direta.

5. O título da notícia lida, Minha língua, minha pátria, fornece alguma pista mais concreta sobre o fato noticiado? Explique.

Não, o título tem um caráter mais genérico.

6. A notícia costuma apresentar a linha fina, texto curto que aparece logo abaixo do título para completar seu sentido ou ampliar a informação. Na linha fina usa-se letra menor que o título e maior que o texto. Identifique na linha fina estes componentes da notícia:

a) Quem fez?

O estudante Luciano Ariabo Quezo.

b) O que ele fez?

Escreveu um livro didático.

c) Para quê?

Para evitar o desaparecimento da língua umutina-balatiponé falada anteriormente em sua aldeia.

7. Explique o título da notícia.

O título estabelece uma relação entre a língua e a nacionalidade do indivíduo.

8. O que parece ter impressionado mais a orientadora do indígena, a professora Maria Silvia Cintra Martins, no seu trato com esse aluno?

O fato de ele só tomar decisões depois de conversar com toda a sua comunidade.

9. Nem tudo o que acontece no mundo merece virar notícia. No meio jornalístico, costuma-se dizer:

Não é notícia um cão morder um homem; mas, se um homem morder um cão, isso é notícia.

a) Com base nessa informação, explique por que o fato relatado virou notícia.

Porque só o que é novo e relevante - ou, ainda, surpreendente - é noticiável. Nesta notícia o fato relatado remete a um acontecimento nada corriqueiro: um estudante indígena que escreveu um livro didático para evitar o desaparecimento da língua que era falada em sua aldeia.

b) Todas as notícias veiculadas pelo jornal impresso, pelo rádio, pela televisão ou pela internet são necessariamente impactantes?

Nem sempre são impactantes. Nem todas as notícias são surpreendentes.

10. Compare estes dois trechos da notícia:

Quezo é natural de uma reserva na região de Barra do Bugres (MT), onde cerca de 600 pessoas falam o idioma.

Existem duas escolas indígenas no território umutina e, segundo ele, aprender a língua dependia do interesse individual. Após a morte do ancião, diz, não há mais idosos que dominem completamente a língua.

O que você poderia dizer sobre o estado de preservação do idioma indígena da reserva de Barra do Bugres?

O estado de preservação do idioma era crítico e podia se extinguir, já que ficou constatado que ninguém mais domina completamente essa língua, e compreendam também que a segunda frase justifica a preocupação e a atitude dele.

11. Em sua opinião, o jornalista opina sobre o fato noticiado ou limita-se a relatar esse fato?

Resposta pessoal. Sugestão: O jornalista não opina sobre o fato, não emite nenhum juízo de valor, como, por exemplo, se a tarefa que o indígena se propôs a realizar é importante ou não.

 

TEXTO: PUROBURÁ, DJIAHÓJ, XIPÁYA E KURUÁYA SÃO LÍNGUAS VIRTUALMENTE EXTINTAS - COM GABARITO

 TEXTO: Puroburá, djiahój, xipáya e kuruáya são línguas virtualmente extintas


Dentro do grupo das línguas em risco de extinção incluídas no levantamento [feito pelo Instituto Socioambiental e pelo laboratório de línguas indígenas da Universidade de Brasília], quatro delas enfrentam uma situação especial: são lembradas, e não faladas, por um número muito reduzido de pessoas, que dominam apenas palavras e termos isolados dos idiomas. O puroburá e o djiahój contam apenas com seis lembrantes cada, que dominam somente termos soltos de cada uma delas.

Também lembrada por seis pessoas, a língua kuruáya é da família Mundurukú, segundo levantamento de 1995 do linguista Aryoon Rodrigues, originalmente falada pela tribo de mesmo nome, que foi considerada extinta em 1960 e hoje vive um movimento pendular entre a aldeia na região de Altamira (PA), e a cidade, segundo o Instituto Socioambiental. Situação mais grave ainda é enfrentada pela língua xipáya, falada originalmente pelo povo de mesmo nome, que também habita a região de Altamira e conta atualmente com apenas um lembrante, que conhece vocabulários e frases do idioma, mas não tem domínio pleno da língua.

Línguas em risco de extinção no Brasil. Disponível em: www.terra.com.br/noticias/educacao/infograficos/linguas-extintas. Acesso em: out. 2015.

Fonte da imagem-https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Famazonialatitude.com%2F2019%2F08%2F09%2Ffalar-e-existir-o-caso-de-linguas-ameacadas-no-brasil-e-no-equador%2F&psig=AOvVaw2mDGUTxYslWtl_eqZZq5H8&ust=1623406981957000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCJCiy8fsjPECFQAAAAAdAAAAABAJ.

 

ENTENDENDO O TEXTO

1.A situação das línguas puroburá, djiahój, xipáya e kuruáya é mais grave ou menos grave do que a da aldeia onde vive Ariabo?

 A situação é mais grave, pois, mesmo tendo anciões vivos, nenhum é falante da língua. São apenas "lembrantes", termo definido no texto.

2.Explique o uso das aspas no trecho seguinte:

A cada dia, o estudante Luciano Ariabo Quezo, 25, percebia que a língua portuguesa ocupava mais espaço na aldeia indígena onde nasceu e "engolia" sua língua materna, o umutina-balatiponé.

Sugestão: As aspas servem para destacar a palavra ou para indicar que ela não foi empregada em seu sentido próprio. Nesse caso, o enunciador emprega as aspas a fim de indicar um emprego da palavra que fugiria às situações de uso em que ela em geral aparece. É possível que isso tenha ocorrido porque o enunciador deve ter considerado que a forma verbal engoliu foi empregada metaforicamente. (As aspas são sinais que, do ponto de vista enunciativo, estão ligados à expressão da alteridade.)

3. Na notícia lida aparecem três siglas.

a) Você sabe o que é uma sigla? Se souber, localize as que aparecem no texto e escreva-as.

 Aparecem as siglas MT, UFSCar e Fapesp.

b) Qual é a sigla do estado em que você mora?

Resposta pessoal.

Boxe complementar:

O jovem indígena que tenta salvar seu idioma nativo explica: "Falamos 'facebook' mesmo".

Nascido na aldeia Umutina, em Mato Grosso, o estudante de Letras Luciano Ariabo Quezo, de 22 anos, fala sobre o livro didático bilíngue que prepara para garantir a sobrevivência do seu idioma nativo

Quantas pessoas falam umutina?

A aldeia tem 600 pessoas, mas só os mais velhos falam. Os novos aprendem só português. Eu só sei falar porque um ancião me ensinou.

Além de traduzir palavras, você vai codificar a estrutura da língua?

Sim, é fundamental para ensinar as crianças. Por exemplo, para o plural, não usamos a letra s no final. O que fazemos é colocar uma palavra que indica "grande quantidade" perto do substantivo. Assim: peixe é "haré"; peixes, "haré makeawá".

E os verbos?

Muitas vezes, não temos necessidade de usá-los. Para dizer "o rio Paraguai tem muitos peixes", por exemplo, é só acrescentar Olaripó, que é o nome que damos ao rio, à frase anterior: "Olaripó haré makeawá".

Há distinção entre gêneros?

Para substantivos e adjetivos, não. A distinção é só para alguns nomes próprios.

Como ficam palavras que designam coisas novas, como Facebook?

Fazemos como em português: adotamos o estrangeirismo. Não há nenhum problema nisso. Na aldeia, nós falamos "facebook" mesmo.

Os índios umutina usam Facebook?

A 15 quilômetros da aldeia há uma conexão com a internet. Todos os meus amigos usam.

SETTI, Ricardo. Veja, 18 abr. 2012. Disponível em: veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tema-livre/o-jovem-indigena-que-procura-salvar-seu-idioma-nativo-explica-falamos-facebook-mesmo/. Acesso em: out. 2015.

LEGENDA: Indígenas umutina em Barra do Bugres (MT), em 2013.

 

quarta-feira, 9 de junho de 2021

REPORTAGEM: AULA FAZ 82% DOS ALUNOS COMEREM MAIS FRUTAS - EDISON VEIGA - O ESTADO DE S.PAULO - COM GABARITO

 REPORTAGEM: AULA FAZ 82% DOS ALUNOS COMEREM MAIS FRUTAS

Edison Veiga - O Estado de S. Paulo

Depois de um ano, projeto do Hospital das Clínicas diminui obesidade em escola de SP

"Não tenho mais coragem de beber refrigerante todo dia", diz Sheila Alves Rezende, de 12 anos. "Antes não comia salada; agora, faço um esforço e como todo dia", conta Emily Gomes da Silva, também de 12 anos. "Era bolacha todo dia. Hoje em dia, só de vez em quando", relata Livia Alves, de 11 anos. "Eu ficava enrolando minha mãe na hora de comer salada. Mas aprendi a gostar", afirma Erick Kaik Neri Lazzarato, de 12 anos.

Parece reunião dos Comedores Compulsivos Anônimos. Mas são depoimentos de alunos da Escola Estadual Deputado Augusto do Amaral, no Jaguaré, zona oeste de São Paulo. Desde o início de 2013, eles participam de um projeto-piloto desenvolvido pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-USP) - o Meu Pratinho Saudável. O objetivo do trabalho foi mudar os hábitos alimentares da criançada. E os resultados já são visíveis.

Todos os 189 alunos participantes passaram por aferição de peso, altura para definição do IMC (Índice de Massa Corporal) e de circunferência abdominal no início do programa. Foi constatado sobrepeso ou obesidade em 39% dos meninos. Após um ano, as medições foram repetidas. Os meninos com sobrepeso ou obesidade representaram 36%. Na medição de circunferência abdominal, os avaliados como predispostos a desenvolver doenças  cardiovasculares, que representavam 44% no início do programa, passaram para 40%.

As respostas obtidas em questionário de hábitos alimentares também melhoraram. Após um ano da vigência do projeto, 82% dos alunos informaram ter aumentado o consumo de frutas, 65% passaram a fracionar as refeições, 73% ampliaram ingestão de legumes e 68% reduziram o consumo de gorduras. Os dados obtidos também mostram que 68% diminuíram a ingestão de doces, 62% reduziram o consumo de refrigerantes e 76% aumentaram a prática de atividades físicas. "Considerando que o projeto foi implementado há pouco mais de um ano, os números mostram grande avanço", avalia a médica Elisabete Almeida, coordenadora do Meu Pratinho Saudável.

Uma vez por mês, profissionais dos Hospitais das Clínicas vão até a escola. Ali realizam gincanas, dinâmicas, montagem de pratos com alimentos em resina e jogos nos quais os alunos aprendem conceitos como quantidade de gordura, sal e açúcar. "Nesse período também fizemos três reuniões com os pais de alunos", acrescenta a médica. Todo esse trabalho foi viabilizado graças a parcerias com a LatinMed Editora em Saúde e o Instituto Givaudan. "O período escolar é a melhor época para a criança aprender o que e quanto colocar no prato", acredita Elisabete.

Até a diretora do colégio conta que melhorou sua alimentação. "Aprendi a comer salada todos os dias e agora ando evitando refrigerante", confessa Rosane Molina Carvalho.

 Outras escolas

A iniciativa do Meu Pratinho Saudável vem sendo acompanhada pela Secretaria de Estado da Educação. A expectativa dos envolvidos é que o projeto se expanda para toda a rede. "Preocupamo-nos com o fato de a criança precisar se alimentar bem dentro e fora da escola", afirma a nutricionista Andreia Ignacio dos Santos, do Departamento de Alimentação e Assistência ao Aluno da Secretaria de Estado da  Educação. "Se esse projeto continuar dando resultados, é possível que haja um convênio para levá-lo para outras escolas."


FONTE: VEIGA, Edison. O Estado de S. Paulo. São Paulo, 28 set. 2014. Metrópole. p. A29. Disponível em: sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,aula-faz-82-dos-alunos-comerem-mais-frutas-imp-,1567328. Acesso em: jul. 2015.

Para entender o texto

1. Esse texto foi publicado em 28 de setembro de 2014. Tendo em vista essa informação, responda: essa data tem alguma relação com os eventos relatados no texto? Justifique sua resposta com elementos do próprio texto.

 Sim, a data de publicação tem total relação com os eventos do texto e é imprescindível saber dela para garantir a compreensão das indicações temporais ancoradas nela ("desde o início de 2013", "depois de um ano", "após um ano da vigência do projeto", "há pouco mais de um ano"). Além disso, o último parágrafo do texto encerra uma informação de um dos entrevistados que projeta a sequência do fato no futuro.

2. Leia o segundo parágrafo da notícia. O grupo a que se refere o jornalista existe de fato ou foi uma referência inventada?

A associação existe de fato e oferece um programa de recuperação para comedores compulsivos.

3.O texto apresenta diversos depoimentos curtos de alunos envolvidos no projeto noticiado. Em sua opinião, qual é a função desses depoimentos no texto?

Resposta pessoal. Sugestão: A função dos depoimentos é ajudar a sustentar a afirmativa do título.

4. Na notícia lida aparecem vários números percentuais. Identifique todos eles e explique a relevância desses numerais nesse texto.

 Assim como os depoimentos, os números percentuais são dados responsáveis por dar mais credibilidade às informações da notícia. Eles permitem que o leitor quantifique os resultados do programa noticiado.

5. Analise o infográfico que acompanha a notícia e responda no caderno:

a) Que informações desse infográfico são novas para você?

Resposta pessoal.

b) Considerando o critério estabelecido no infográfico para definir um prato saudável, que nota de zero a dez você daria para seus hábitos alimentares do dia a dia?

Resposta pessoal.