segunda-feira, 6 de abril de 2020

MÚSICA(ATIVIDADES): PAIXÃO - KLEITON E KLEDIR - NA INTERPRETAÇÃO DA CANTORA SIMONE - COM QUESTÕES GABARITADAS

Música(Atividades): Paixão


                                                                  SIMONE

            
Amo tua voz e tua cor
E teu jeito de fazer amor
Revirando os olhos e o tapete,
Suspirando em falsete
Coisas que eu nem sei contar.

Ser feliz é tudo que se quer!
Ah! Esse maldito fecho éclair
De repente, a gente rasga a roupa
E uma febre muito louca
Faz o corpo arrepiar.

Depois do terceiro ou quarto copo
Tudo que vier eu topo.
Tudo que vier, vem bem.
Quando bebo perco o juízo.
Não me responsabilizo
Nem por mim, nem por ninguém.

Não quero ficar na tua vida
Como uma paixão mal resolvida
Dessas que a gente tem ciúme
E se encharca de perfume,
Faz que tenta se matar.

Vou ficar até o fim do dia
Decorando tua geografia
E essa aventura
Em carne e osso
Deixa marcas no pescoço.
Faz a gente levitar.

Tens um não sei que de paraíso
E o corpo mais preciso
Que o mais lindo dos mortais.
Tens uma beleza infinita
E a boca mais bonita
Que a minha já tocou.

                                                            Composição: Kledir / Kleiton
Entendendo a canção:

01– “Suspirando em falsete / Coisas que eu nem sei contar”. Classifique morfologicamente o que do período acima.
      Conjunção coordenativa explicativa.

02 – Quanto à estrutura do texto:
a)   Quantas estrofes tem o texto? Como são estruturadas?
Tem seis estrofes. É composta por versos e estrofes.

b)   Qual o esquema de rimas?
O esquema é aabb – trata-se de rimas emparelhadas.

03 – Marque os recursos empregados no texto que o caracterizam como poético:
a)   (   ) O fato de ser assinado por um poeta.
b)   (X) Rimas, estrofes, linguagem figurada.
c)   (   ) Descrição, rimas, diálogos e ação de personagem.

04 – Qual é o tema abordado na canção?
      O eu lírico está apaixonado e descreve o quanto é feliz com sua (eu) amada (o).

05 – O eu lírico conta algo que:
a)   (X) Está acontecendo no presente.
b)   (   ) Aconteceu em um passado bem próximo.
c)   (   ) Aconteceu num passado distante.
d)   (   ) Acontecerá num futuro bem próximo.

06 – Encontre na canção um verso que confirme sua resposta da pergunta n° 5.
      “Amo tua voz e tua cor...”.

07 – Você acha que quando estamos apaixonados, alguma coisa muda na nossa vida? Explique.
      Resposta pessoal do aluno.

08 – Reescreva o verso abaixo, substituindo a palavra grifada por um sinônimo.
      “Ah! Esse maldito fecho éclair”.
      “Ah! Esse maldito zíper”.



MENSAGEM ESPÍRITA: VALEI-VOS DA LUZ - PARA REFLEXÃO

Mensagem:Valei-vos da luz

“Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem.” – Jesus. (João, 12:35.)
    O homem de meditação encontrará pensamentos divinos, analisando o passado e o futuro.
     Ver-se-á colocado entre duas eternidades – a dos dias que se foram e a que lhe acena do porvir.
Examinando os tesouros do presente, descobrirá suas oportunidades preciosas.
     No futuro, antevê a bendita luz da imortalidade, enquanto que no pretérito se localizam as trevas da ignorância, dos erros praticados, das experiências mal vividas. Esmagadora maioria de personalidades humanas não possui outra paisagem, com respeito ao passado próximo ou remoto, senão essa constituída de ruína e desencanto, compelindo-as a revalorizar os recursos em mão.
    A vida humana, pois, apesar de transitória, é a chama que vos coloca em contacto com o serviço de que necessitais para a ascensão justa. Nesse abençoado ensejo, é possível resgatar, corrigir, aprender, ganhar, conquistar, reunir, reconciliar e enriquecer-se no Senhor.
    Refleti na observação do Mestre e apreender-lhe-eis o luminoso sentido. Andai enquanto tendes a luz, disse Ele.
Aproveitai a dádiva de tempo recebida, no trabalho edificante.
  Afastai-vos da condição inferior, adquirindo mais alto entendimento.
   Sem os característicos de melhoria e aprimoramento no ato de marcha, sereis dominados pelas trevas, isto é, anulareis vossa oportunidade santa, tornando aos impulsos menos dignos e regressando, em seguida à morte do corpo, ao mesmo sítio de sombras, de onde emergistes para vencer novos degraus na sublime montanha da vida.

CRÔNICA: PERDE O GATO - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

Crônica: Perde o gato
               Carlos Drummond de Andrade

        Um jornal é lido por muita gente, em muitos lugares; o que ele diz precisa interessar, senão a todos, pelo menos a um certo número de pessoas. Mas o que me brota espontaneamente da máquina, hoje, não interessa a ninguém, salvo a mim mesmo. O leitor, portanto, faça o obséquio de mudar de coluna. Trata-se de um gato.
        Não é a primeira vez que o tomo para objeto de escrita. Há tempos, contei de Inácio e de sua convivência. Inácio estava na graça do crescimento, e suas atitudes faziam descobrir um encanto novo no encanto imemorial dos gatos. Mas Inácio desapareceu e sua falta é mais importante para mim, do que as reformas do ministério.
        Gatos somem no Rio de Janeiro. Dizia-se que o fenômeno se relacionava com a indústria doméstica das cuícas, localizada nos morros. Agora ouço dizer que se relaciona com a vida cara e a escassez de alimentos. À falta de uma fatia de vitela, há indivíduos que se consolam comendo carne de gato, caça tão esquiva quanto a outra.
        O fato sociológico ou econômico me escapa. Não é a sorte geral dos gatos que me preocupa. Concentro-me em Inácio, em seu destino não sabido.
        Eram duas da madrugada quando o pintor Reis Júnior, que passeia a essa hora com o seu cachimbo e o seu cão, me bateu à porta, noticioso. Em suas andanças, vira um gato cor de ouro como Inácio cor incomum em gatos comuns e se dispunha a ajudar-me na captura. Lá fomos sob o vento da praia, em seu encalço. E no lugar indicado, pequeno jardim fronteiro a um edifício, estava o gato. A luz não dava para identificá-lo, e ele se recusou à intimidade. Chamados afetuosos não o comoveram; tentativas de aproximação se frustraram. Ele fugia sempre, para voltar se nos via distantes. Amava.
        Seria iníquo apartá-lo do alvo de sua obstinada contemplação, a poucos metros. Desistimos. Se for Inácio, pensei dentro de um ou dois dias estará de volta. Não voltou.
        Um gato vive um pouco nas poltronas, no cimento ao sol, no telhado sob a lua. Vive também sobre a mesa do escritório, e o salto preciso que ele dá para atingi-la é mais do que impulso para a cultura. É o movimento civilizado de um organismo plenamente ajustado às leis físicas, e que não carece de suplemento de informação. Livros e papéis, beneficiam-se com a sua presteza austera. Mais do que a coruja, o gato é símbolo e guardião da vida intelectual.
        Depois que sumiu Inácio, esses pedaços da casa se desvalorizaram. Falta-lhes a nota grave e macia de Inácio. É extraordinário como o gato “funciona” em uma casa: em silêncio, indiferente, mas adesivo e cheio de personalidade. Se se agravar a mediocridade destas crônicas, os senhores estão avisados: é falta de Inácio. Se tinham alguma coisa aproveitável era a presença de Inácio a meu lado, sua crítica muda, através dos olhos de topázio que longamente me fitavam, aprovando algum trecho feliz, ou através do sono profundo, que antecipava a reação provável dos leitores.
        Poderia botar anúncio no jornal. Para quê? Ninguém está pensando em achar gatos. Se Inácio estiver vivo e não sequestrado, voltará sem explicações. É próprio do gato sair sem pedir licença, voltar sem dar satisfação. Se o roubaram, é homenagem a seu charme pessoal, misto de circunspeção e leveza; tratem-no bem, nesse caso, para justificar o roubo, e ainda porque maltratar animais é uma forma de desonestidade. Finalmente, se tiver de voltar, gostaria que o fizesse por conta própria, com suas patas; com a altivez, a serenidade e a elegância dos gatos.
                                                       Carlos Drummond de Andrade

Entendendo a crônica:

01 – Nessa crônica, Carlos Drummond de Andrade vale-se da metalinguagem e pede desculpas porque não está correspondendo a expectativa do leitor e porque ele ficaria frustrado?
      Porque escreve uma crônica falando do sumiço de seu gato.

02 – Como é próprio do gênero crônica, o autor vale-se de um fato cotidiano para fazer uma reflexão. Qual ideia ele elabora?
      Brota espontaneamente da máquina a ideia de falar do desaparecimento de Inácio e a falta que ele o faz.

03 – Então, qual o tema desenvolvido?
a)   Esperança X desilusão.
b)   Liberdade X controle.
c)   Ausência X presença.
d)   Tradição X modernidade.
e)   Íntimo X privado.

04 – Classifique a crônica que você acabou de ler em:
a)   Lírica poética.
b)   Humorista.
c)   Ensaística.

05 – Considerando o título e os dois primeiros parágrafos, qual é o tema da crônica?
      O tema é o amor do autor pelo seu gato.

06 – Qual frase resume o sentimento do autor sobre o desaparecimento de Inácio?
      “Mas Inácio desapareceu e sua falta é mais importante para mim, do que as reformas do ministério.”

07 – Quais são os possíveis motivos para o desaparecimento de gatos na cidade do Rio de Janeiro?
      Dizia-se que o fenômeno se relacionava com a indústria doméstica das cuícas, localizada nos morros. E o outro motivo se relaciona com a vida cara e a escassez de alimentos.

08 – Qual é a relação da palavra que termina o parágrafo (amava) com o que foi dito antes?
      Que o gato Inácio amava os chamados afetuosos.

09 – Por que o autor e seu amigo desistiram da busca por Inácio?
      Porque o autor achava que se fosse Inácio dentro de um ou mais dias estaria de volta.

10 – O que você entende por “o gato é símbolo e guardião da vida intelectual?
      Resposta pessoal do aluno.

11 – Qual é a consequência da ausência de Inácio para a vida do autor e para o seu trabalho?
      Para o autor os lugares onde Inácio ficava na casa se desvalorizaram e para seu trabalho sua crítica muda.

12 – Como o último parágrafo contribui para construir o tom da crônica?
      No último parágrafo o autor usa uma linguagem simples e coloquial usando um tom mais informal.

13 – Nos parágrafos 5 e 7, o autor apresenta algumas características do gato Inácio. Cite-os:
      Parágrafo 5 – Afetuoso, amoroso, dourado, especial, arisco.
      Parágrafo 7 – Macio, silencioso, indiferente, crítico, intenso.

TEXTO: A FOME ESPREITA CADA VEZ MAIS PERTO - NELSON FRANCO JOBIM - COM GABARITO

Texto: A fome espreita cada vez mais perto
          
 Banco Mundial faz alerta alarmante a líderes reunidos em conferência da FAO
                                                      Nelson Franco Jobim

      LONDRES – O mundo atravessa uma crise na produção de alimentos e a humanidade corre o risco de enfrentar o “pesadelo inimaginável” de uma fome universal se não forem tomadas medidas urgentes, adverte um relatório do Banco Mundial a ser divulgado na conferência de cúpula mundial sobre alimentos, promovida pela Organização de Agricultura e Alimentos da Nações Unidas (FAO), que começa hoje em Roma.
        Ao fazer a previsão bombástica, os cientistas da maior agência de desenvolvimento do planeta admitem que o Banco Mundial agiu com “complacência” ao não dar mais ajuda à agricultura no passado recente. A ajuda ao desenvolvimento rural e à produção agrícola caiu em menos de uma década de US$ 6 bilhões para US$ 2,6 bilhões anuais. O relatório, revelado pelo jornal inglês The Independent on Sunday, marca uma mudança de posição do banco.
        A declaração final e o plano de ação já estão aprovados. São muito mais modestos que os sonhos de 1974, quando governos do mundo inteiro anunciaram em Roma que “dentro de uma década nenhuma criança irá dormir com fome, nenhuma família terá medo de não ter pão amanhã e o futuro e a capacidade de nenhum ser humano serão afetados pela desnutrição". A declaração deste ano admite que mais de 800 milhões de pessoas vão para a cama com fome todas as noites. Em 82 países, metade deles na África negra, a produção agrícola não basta para alimentar. O documento deve ser limitar a pedir aos países que “mantenham os esforços tendo em vista uma redução (do problema da fome) à metade nas próximas duas décadas”.
        Mais incisivo, o relatório do Banco Mundial alerta que será preciso dobrar a produção mundial de alimentos nos próximos 30 anos para atender ao aumento da demanda provocado pelo crescimento populacional e o desenvolvimento econômico, especialmente do Leste e do Sudeste da Ásia, onde vive quase um terço da humanidade. “É um desafio gigantesco”, diz o relatório. Até agora, o Banco Mundial afirmava que o planeta tinha capacidade de produzir alimentos além do consumo. Mas a colheita de grãos em 1995 ficou 225 milhões de toneladas abaixo da previsão do Banco Mundial. Foi o terceiro ano seguido com sucesso superior à produção. Os estoques caíram a níveis baixíssimos. A famosa montanha de alimentos da União Europeia – que subsidia pesadamente a agricultura, com metade do seu orçamento – foi reduzida a um morrinho.
        A longo prazo, o Banco Mundial tem ainda mais receios. A disponibilidade de água e terra é cada vez menor. Para produzir um quilo de trigo gastam-se mil litros de água. Para cada quilo de carne, o gado come sete quilos de grãos e os porcos quatro. Os lençóis subterrâneos no Meio-Oeste dos Estados Unidos, na China e na Índia estão secando. “De modo geral, as fontes baratas, limpas e renováveis de água já estão sendo exploradas”, observa o relatório. Pelo menos 20 países não têm água suficiente para sua população. Há uma grande preocupação de que a escassez de água provoque guerras no Oriente Médio, uma região predominantemente árida cuja população deve dobrar nos próximos 20 anos.
        Uma das mudanças de orientação do banco deve ser aumentar o financiamento de pequenos agricultores em países em desenvolvimento. Segundo pesquisas do Banco Mundial, pequenos agricultores são mais eficientes que grandes.
·        As regiões mais afetadas pela falta de alimento são a África subsaariana (principalmente a região dos Grandes Lagos, o Sudão e a Libéria), o Afeganistão, a Mongólia, o Laos, a Coréia do Norte, o Iraque e o Lêmen. Na América Latina, os países mais atingidos são o Peru, o Haiti e a Bolívia.
·        Um dos principais empecilhos ao aumento da produção alimentar é a falta de água para a agricultura. Pelo menos 20 países, com população de 230 milhões de pessoas, têm déficit de água. A situação é pior no Norte da África e no Oriente Médio. A água é farta na América Latina e no Sul da Ásia.
·        Os objetivos da FAO esbarram também na tendência mundial para a concentração de renda: desde 1961, a renda dos 20% mais ricos aumentou 61 vezes em relação aos 20% mais pobres.
·        A cada minuto, 47 pessoas cruzam a linha da pobreza, formada pelas pessoas que recebem menos de US$ 370 por ano. São 70 mil novos pobres por dia.
·        Hoje, 60% da população mundial vive com dois dólares por dia e 1,3 bilhão de pessoas, ou um quinto da população do planeta, sobrevivem com menos de 1 dólar por dia.
·        13 milhões de crianças morrem anualmente antes de completar 5 anos, por doenças ligadas à desnutrição.
                        Nelson Franco Jobim, in Jornal do Brasil, 13 nov. 1996.
                                    Fonte: Livro – Oficina de Redação – Leila Lauar Sarmento, 7ª Série. Editora Moderna, 1ª edição,1998. p. 134-7.
Entendendo o texto:

01 – Por que a fome vem se tornando um dos mais graves problemas no mundo?
      Devido à queda da produção agrícola e ao aumento das populações que passaram a consumir mais alimento.

02 – O que causou a crise na produção de alimentos, segundo o texto?
      O Banco Mundial retirou a sua ajuda à agricultura, e isso prejudicou o desenvolvimento da produção de alimentos.

03 – Que consequências mais imediatas a ameaça da fome traz para a humanidade?
      Com a desnutrição, muitas crianças são prejudicadas em seu desenvolvimento, o que contribui também para a diminuição da capacidade e da inteligência. Torna-se mais fácil contrair doenças e isso reduz o tempo de vida do homem.

04 – Diante do que se anunciou em 1974, podemos dizer que nós, brasileiros, estamos bem distantes desse sonho? Por quê?
      Sim. Apesar de algumas campanhas contra a fome, ela cresce, principalmente nas regiões mais pobres, como o Norte e o Nordeste.

05 – No texto, há um apelo aos países (terceiro parágrafo) visando à redução da fome no futuro. A seu ver, que medidas devem ser tomadas, para se evitar uma fome universal?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Ajuda aos países mais pobres e aos pequenos agricultores, melhor distribuição de renda, mais empregos e assistência aos desempregados.

06 – Segundo o texto, que fatos vêm exigindo uma maior produção de alimentos?
      O aumento demográfico e o desenvolvimento econômico, que proporciona o aumento do poder aquisitivo de várias pessoas, que passam a consumir mais.

07 – O que aconteceu com a “montanha de alimentos” da União Europeia? Por quê?
      Reduziu consideravelmente, devido à baixa produção e ao alto consumo dos produtos agrícolas.

08 – Por que é preocupante a utilização da água no planeta?
      Porque a disponibilidade de água é cada vez menor; os lençóis subterrâneos estão desaparecendo.

09 – Qual é a importância da água na produção de alimentos?
      Além da irrigação necessária às plantações, o gado precisa ser bem alimentado com grãos de trigo cujo cultivo consome muita água.

10 – Em que regiões do planeta o problema da fome é mais grave? Por quê?
      No Norte da África e no Oriente Médio em virtude principalmente da carência de água para a agricultura. Na América Latina, os países onde a fome ocorre com índices mais alarmantes são Peru, Haiti e Bolívia.

11 – Por que a concentração de renda agrava a fome?
      Há um aumento de consumo por parte das pessoas mais favorecidas, tirando do outro o alimento necessário à sua sobrevivência.

12 – Como se pode perceber, pelo texto, o grau de pobreza no mundo? O que você pensa sobre isso?
      Maior número de crianças morrem devido a doenças como a desnutrição; grande número de pessoas que ganham pouco ou estão desempregadas alimentam-se mal e vivem menos tempo.

terça-feira, 31 de março de 2020

FILME(ATIVIDADES): O CÃO E A RAPOSA - RICHARD RICH - COM QUESTÕES GABARITADAS

Filme(ATIVIDADES): O cão e a Raposa
 

18 de agosto de 1981 / 1h 23min / AnimaçãoAventura
Nacionalidade EUA

SINOPSE E DETALHES
        Um filhote de raposa órfão e um cachorrinho viram grandes amigos quando pequenos, mas a amizade deles se mostra impossível pois eles pertencem a mundos diferentes, e acabam tomando rumos distintos e se separando pelo destino. Quando adultos, eles se reencontram em uma situação que vai colocar à prova essa bela amizade e que talvez transforme os dois amigos de longa data em inimigos.
Entendendo o filme:

01 – De que se trata?
      Trata-se de um filme que retrata bem a amizade entre dois animais que tentam superar os preconceitos, obstáculos, dificuldades existentes, por causa de uma amizade verdadeira.

02 – Qual é o espaço em que toda a história transcorre?
      Em uma fazenda.

03 – A história assistida é um conto ou uma fábula? Justifique sua resposta.
      É uma fábula.

04 – Qual é o conflito existente na história?
      Dodó é uma raposinha órfã que cresceu ao lado de Toby, um filhote de cão de caça.

05 – Será que na vida real, há possibilidade de existir um conflito parecido entre os seres humanos? Justifique.
      Sim, pois embora somos humanos, algumas pessoas tem a natureza ruim (de caçador).

06 – Você já viu alguma situação parecida? Como enfrentaria barreiras em nome de uma amizade? Comente.
      Resposta pessoal do aluno.

07 – Na sua opinião, por que o “velho” decide não matar a raposa quando teve oportunidade? O que você imagina que deve ter passado na cabeça dele naquele momento?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Porque percebeu que a amizade entre a raposa e o cão era verdadeira. Passou pela cabeça dele, eles brincando quando crianças.

08 – Escolha quatro personagens da história e descreva algumas características que mais se destacam neles.
      Samuel Guerra – mal-humorado, velho, malvado e malandro.
      Toby – brincalhão, atrapalhado.
      Dodó – jovem, ingênuo.
      Viúva Tita – gentil, carinhosa.       



CRÔNICA: O SOM DA ÉPOCA - LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO - COM GABARITO

CRÔNICA: O som da época
                Luís Fernando Veríssimo

   Desconfio que ainda nos lembraremos destes anos como a época em que vivemos com o acompanhamento dos alarmes de carro. Os alarmes de carro são a trilha sonora do nosso tempo: o som da paranoia justificada.
        O alarme é o grito da nossa propriedade de que alguém está querendo tirá-la de nós. É o som mais desesperado que um ser humano pode produzir — a palavra "Socorro!" — mecanizado, padronizado e a todo volume. É "socorro!" acrescentado ao vocabulário das coisas, como a buzina, a campainha, a música de elevador, o "ping" que avisa que o assado está pronto e todos os "pings" do computador.
        Também é um som típico porque tenta compensar a carência mais típica da época, a de segurança. Os carros pedem socorro porque a sua defesa natural — polícia por perto, boas fechaduras ou respeito de todo o mundo pelo que é dos outros — não funciona mais. lhes resta gritar.
        Também é o som da época porque é o som da intimidação. Sua função principal é espantar, e substituir todas as outras formas de dissuasão pelo simples terror do barulho. O som da época em que os decibéis substituíram a razão. Como os ouvidos são, de todos os canais dos sentidos, os mais difíceis de proteger, foram os escolhidos pela insensibilidade moderna para atacar nosso cérebro e apressar nossa imbecilização. Pois são tempos literalmente do barulho.
        O alarme contra roubo de carro também é próprio da época porque frequentemente não funciona. Ou funciona quando não deve. Ouvem-se tantos alarmes a qualquer hora do dia ou da noite porque, talvez influenciados pela paranoia generalizada, eles disparam sozinhos. Basta alguém se aproximar do carro com uma cara suspeita e eles começam a berrar.
        Decididamente, o som do nosso tempo.

VERISSIMO, Luís Fernando. O som da época. 
Jornal Zero Hora, Porto Alegre, 29 set. 2011.
Entendendo o texto:

01 – Assinale a única alternativa correta em relação ao emprego de advérbios no texto.
a) O advérbio “mais” (ref. 15 e 16) expressa a mesma circunstância nas duas ocorrências no texto.
b) Com o emprego do advérbio “Só” (ref. 17), o autor manifesta o sentido de insuficiência, isto é, o ato de gritar é considerado o mínimo que alguém pode fazer diante da violação de seu patrimônio.
c) O advérbio de tempo “frequentemente” (ref. 18), embora seja sintaticamente acessório, desempenha um papel importante no texto, porque relativiza a afirmação de que o alarme contra roubo de carro não funciona.
d) O advérbio “talvez” (ref. 19), por meio do qual o autor faz uma afirmação não categórica, poderia ser posicionado no final da frase em que se encontra, sem acarretar mudança de sentido.
e) O advérbio “Decididamente” (ref. 20), que poderia ser substituído por “De fato” ou “Definitivamente”, exprime um menor grau de certeza.

02 – Qual a finalidade do texto?
        Lembrar da época em que os alarmes de carro são trilha sonora, o som da paranoia justificada.

03 – Não se percebe no texto registro da linguagem:
a)   Culta
b)   Regional
c)   Científica

 04 – Por que os carros pedem socorro?
         Porque a sua defesa natural – polícia por perto, boas fechaduras ou respeito de todo o mundo pelo que é dos outros – não funciona mais. Só lhes resta gritar.

05 – Qual a função do alarme?
        É espantar e substituir todas as outras formas de dissuasão pelo simples terror do barulho.

06 – Pesquise o significado da palavra dissuasão.
        Induzir ou instigar alguém a mudar de opinião ou de intenção; fazer com que essa pessoa mude de ideia.










MENSAGEM ESPÍRITA: O LIVRO DOS ESPÍRITOS - CAP.III- RETORNO DA VIDA CORPORAL À VIDA ESPIRITUAL - PARA REFLEXÃO


Mensagens Espírita: O livro dos Espíritos

ALLAN KARDEC – Tradução Matheus R. Camargo
Perguntas e respostas
                      Livro Segundo
MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
                          Capítulo III
RETORNO DA VIDA CORPORAL À VIDA ESPIRITUAL

Separação da alma e do corpo



154 – A separação da alma e do corpo é dolorosa?
      Não. Frequentemente o corpo sofre mais durante a vida do que no momento da morte: neste, a alma nada sente. Os sofrimentos que se experimentam algumas vezes no momento da morte são prazer para o Espírito, que vê chegar o fim de seu exílio.
      Na morte, a que ocorre pelo esgotamento dos órgãos em consequência da idade, o homem deixa sem o perceber: é uma lâmpada que se apaga por falta de energia.

155 – Como se dá a separação da alma e do corpo?
      Uma vez que os laços que a retinham são rompidos, ela se desprende.

155.a) A separação se dá instantaneamente e por uma transição brusca? Há uma linha de demarcação nitidamente traçada entre a vida e a morte?
      Não, a alma se desprende gradualmente, não escapa como um pássaro cativo que é subitamente libertado. Esses dois estados se tocam e se confundem; dessa forma, o Espírito se desprende pouco a pouco dos laços que o prendiam: eles se desatam, não se rompem.

      Durante a vida, o Espírito está unido ao corpo por seu envoltório semi-material ou períspirito. A morte é a destruição apenas do corpo, e não desse segundo envoltório, que se separa do corpo quando nele cessa a vida orgânica. A observação prova que, no instante da morte, o desprendimento do períspirito não se completa subitamente; opera-se gradualmente, com uma lentidão muito variável, conforme os indivíduos. Em alguns, é bem rápido, e pode-se dizer que o momento da morte é o mesmo da libertação, algumas horas depois. Mas em outros, sobretudo aqueles cuja vida toda foi exageradamente material e sensual, o desprendimento é muito mais lento e algumas vezes pode durar dias, semanas e até meses, o que não implica que haja nos corpos a menor vitalidade, nem a possibilidade de um retorno à vida, mas uma simples afinidade entre o Espírito e o corpo, que se deve sempre à importância que o Espírito deu à matéria durante a vida. De fato, é racional conceber que quanto mais o Espírito estiver identificado com a matéria, mais ele sofrerá para separar-se dela, ao passo que a atividade intelectual e moral, a elevação de pensamentos, operam um início de desprendimento, mesmo durante a vida do corpo, e, quando chega a morte, o desprendimento é quase instantâneo. Este é o resultado de estudos feitos sobre todos os indivíduos observados no momento da morte. Essas observações provam ainda que a afinidade que em certos indivíduos persiste entre a alma e o corpo é, às vezes, muito penosa, pois o Espírito pode experimentar o horror da decomposição. Esse caso é excepcional e peculiar a certos gêneros de vida e a certos gêneros de morte, mostra-se em alguns casos de suicidas.

156 – A separação definitiva da alma e do corpo pode ocorrer antes que a vida orgânica cesse completamente?
      Na agonia, a alma às vezes já deixou o corpo: há somente a vida orgânica. O homem não tem mais consciência de si mesmo, ainda lhe resta um sopro de vida. O corpo é uma máquina movida pelo coração; existe enquanto o coração fizer circular o sangue nas veias, e não necessita da alma para isso.

157 – No momento da morte, a alma tem, às vezes, uma aspiração ou êxtase que a faz entrever o mundo no qual vai entrar?
      Frequentemente a alma sente romperem-se os laços que a prendem ao corpo. Então, ela se esforça ao máximo para desfazê-los totalmente. Já em parte desprendida da matéria, vê o futuro desenrolar-se à sua frente, e usufrui, por antecipação, do estado de Espírito.

158 – O exemplo da lagarta que primeiramente rasteja na terra e depois se fecha em seu casulo, numa morte aparente, para renascer numa existência radiante, pode dar-nos uma ideia da vida terrena, depois do túmulo e, enfim, de nossa nova existência?
      Uma leve ideia. A figura é boa. Entretanto, seria necessário não a levar ao pé da letra, como fazeis frequentemente.

159 – Que sensação a alma experimenta no momento em que se reconhece no mundo dos Espíritos?
      Isso depende. Se tu fizeste o mal impelido pelo desejo de fazê-lo, num primeiro momento te sentirás envergonhado. Para o justo é bem diferente: a alma sente-se como que aliviada de um grande peso, pois não teme nenhum olhar perscrutador.

160 – O Espírito reencontra imediatamente os que conheceu na Terra e que morreram antes dele?
      Sim, conforme sua afeição mútua; muitas vezes eles vêm recebe-lo na sua volta ao mundo dos Espíritos, ajudando-o a desligar-se das amarras da matéria. Também ocorre com frequência de reencontrar os que tinha perdido de vista durante sua vida na Terra; ele vê os que são errantes; os que estão encarnados, vai visitar.

161 – Na morte violenta e acidental, quando os órgãos ainda não enfraqueceram pela idade ou por doenças, a separação da alma e o acessar da vida acontecem simultaneamente?
      Geralmente acontece assim, mas, em todo caso, o instante que os separa é muito curto.

162 – Após a decapitação, por exemplo, o homem conserva, por alguns instantes, a consciência de si mesmo?
      Frequentemente ele a conserva durante alguns minutos, até que a vida orgânica seja completamente extinta. Porém, muitas vezes também a apreensão da morte o faz perder essa consciência, antes do instante do suplício.

      Trata-se, aqui, apenas da consciência que o supliciado pode ter de si mesmo, como homem e por intermédio dos órgãos, e não como Espírito. Se não perdeu essa consciência antes do suplício, pode então conservá-la por alguns instantes, mas de curtíssima duração, que cessa necessariamente com a vida orgânica do cérebro. Isso não implica que o períspirito esteja inteiramente desprendido do corpo, ao contrário: em todos os casos de morte violenta, quando esta não ocorre pela extinção gradual das forças vitais, os laços que unem o corpo ao períspirito são mais tenazes, e o desprendimento completo é mais lento.